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MAQUINAGEM ECOLÓGICA: FURAÇÃO DE ALUMÍNIO CÕM LUBRIFICAÇÃO MÍNIMA

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Academic year: 2021

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MAQUINAGEM ECOLÓGICA: FURAÇÃO DE ALUMÍNIO CÕM

LUBRIFICAÇÃO MÍNIMA

J. Paulo Davim 1,Pedro Reis 2

Dept Eng. Mecânica, Universidade de Aveiro, Campus Universitário de Santiago, 3810-193 Aveiro, Portugal

lei: +351 234 370830 ; Fax+351 234 370953 temail: Pdavim@mec.ua.pt2 emaii : pedroreis@mec.ua.pt

Neste artigo pretende-se apresentar um estudo comparativo sobre a influência do tzpo de lubrificação (a seco, mínima (250 ml.K’) e abundante (120000 ml.K’)) no processo de corte (Pressão espec(fica de corte) e na qualidade superficial. Os ensaios de furação foram realizados -em provetes de alumínio “Puro comercial“. Através de um dinamómetro piezoeléctrico foram medidas as forças de corte, nomeadamente o momento (lvi) e força de avanço (fa). Posteriormente efectuaram-se medições da rugosidade média aritmética (Ra) nos furos passantes. Os resultados óbtidos demonstraram que a lubrificação mínima apresenta vantagens relativamente à abundante dado que do ponto de vista do processo, pressão espec(fica de corte (Ks) e da peça (precisão dimensional) são semelhantes, mas do ponto de vista ecológico (ambiental) a lubrflcação mínima apresenta inúmeros beneficios.

1. INTRODUÇÃO

Actualmente, a maioria das operações

de maquinagem por arranque de apara

empregam fluídos de corte. Contudo, a sua utilização indiscriminada causa maleficios

do ponto de vista ecológico (ambiental).

Segundo Byers, 1994, os fluídos de corte podem ser designados por refrigerantes ou lubrificantes. O termo refrigerante foi proposto pelos investigadores após f. W. Taylor ter verificado que a vida da ferramenta melhorava com a aplicação de água. O termo lubrificante surgiu com a introdução

de óleos.

O emprego da lubrificação/refrigeração

nas operações de corte de maquinagem apresentam dois objectivos distintos: a

redução do coeficiente de atrito (acção lubrificante) e a diminuição da temperatura (acção refrigerante). (Davim J.P., 1995).

A aplicação de um fluído de corte na zona de formação da apara permite um melhoramento na vida da ferramenta, no acabamento superficial e na facilidade de remoção e transporte das aparas, ou seja, melhoria na eficiência do processo de corte.(Sokoviá, M. e Mijanovié, K., 2001)

No entanto, o emprego massivo dos fluídos de corte origina uma série, de desvantagens, que além de representar maleficios para a saúde do operador e para

o meio ambiente, têm implicações ao nível de custos de produção,

que os custos

relacionados com a aquisição, manutenção

e gestão dos fluídos são elevados. RESUMO

(2)

Segundo Sanz C. e Fuentes, E., 2001, o custo relacionado com o fluído de corte e sua gestão é superior ao custo relacionado com a ferramenta de corte.

Na tentativa da redução da quantidade de fluídos de corte presentes na maquinagem, com o objectivo de melhorar a compatibilidade entre o meio ambiente e

as máquinas-ferramenta, foi introduzido o

conceito de lubrificação mínima. Baseia-se na técnica da diminuição da quantidade de

fluído de corte, denorninãda por

lubrificação mínima (Minimal Quantity Lubrication— MQL), utilizando fluídos de corte bi5degradáveis e não tóxicos. (Sokovié, M. e Mijanovié, K., 2001)

A maquinagem. a seco pode ser uma alternativa desejada ecologicamente devido ás leis de protecção ambientais e aos regulamentos de segurança e saúde sendo vista como uma prióridade das empresas num futuro próximo. No entanto, a

maquinagem a seco apenas vai ser aceite no meio industrial quando a qualidade do produto e tempos de maquinagem forem

semelhantes aos encontrados na

maquinagem com lubrificação. (Sreejith, P.S., e Ngoi, B.K.A, 2000)

Os fluídos de corte são necessários na maquinagem de materiais como as ligas de alumínio e a maioria dos aços de baixa dureza que tendem a aderir à ferramenta de corte. Como tal foi dada especial atenção

ao desenvolvimento da técnica da

lubrificação mínima (MQL).

Recentemente, vários investigadorës, (Braga et ai., 1999, Sreejith and Ngoi, 2000, Sokovié and Mijanovié, 2001, Braga et ai., 2002, Kelly and Cotterell, 2002) dedicaram-se ao estudo da influência da lubrificação na furação de alumínio e concluíram que o futuro da lubrificação na fliração passa pela utilização da maquinagem a seco e da lubrificação

mínima (MQL). A utilização da

lubrificação mínima conduz por um lado a uma qualidade do furo semelhante à obtida com lubrificação abundante e por outro lado as evidentes vantagens do ponto de vista ecológico e ambientai.

Braga et ai. (1999), efectuaram urna pesquisa no sentido de restringir ao máximo o uso do fluído de corte na maquinagem. Para tal, desenvolveram um estudo com o objectivo de comparar o caudal de óleo utilizado no processo de lubrificação mínima com a lubrificação abundante para analisar a eficiência do

caudal. Os resultados obtidos

demonstraram que a maquinagem com um caudal mínimo de óleo foi mais eficaz quando comparada com a lubrificação com

a lubrificação, abundante. Também verificaram que o uso da técnica de lubrificação ar-óleo, com um caudal mínimo de 0 ml.h’ foi suficiente para garantir a qualidade do furo.

Kelly, J. e Cotterell, M., (2002), efectuaram uma série de ensaios utilizando vários métodos de lubrificação com diversos parâmetros de corte com o

objectivo de chegar a uma solução óptima para a furação das ligas de alumínio (ACP 5080). Os resultados obtidos, sugerem que

o futuro da lubrificação na furação passa

pela técnica da lubrificação mínima.

Braga et al. (2002), verificaram que o

melhoramento das ferramentas de

carbonetos sinterizados revestidos e das propriedades químicas e mecânicas dos materiais das ferramentas, têm provocado um aumento da vida da ferramenta nos processos de maquinagem. Dedicaram-se ao estudo da comparação do desempenho das brocas em presença da técnica da lubrificação mínima (10 ml.h’ de óleo

num fluxo de ar comprimido) e da

lubrificação abundante de óleo

refrigerante/lubrificante na furação da liga de Alumínio-Siiício (A356).

Os resultados obtidos demonstraram que a utilização da lubrificação mínima apresentava resultados similares aos obtidos quando é usada a lubrificação abundante. Também concluíram que a

qualidade dos furos obtida com a

lubrificação mínima é igual ou superior à obtida com a lubrificação abundante.

(3)

2.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL k

A medição da

aritmética (Ra) nos

rugosidade média

furos passantes foi 2.1 Materiais e Meios

Os ensaios foram realizados em

provetes de alumínio “Puro comercial” (Série AA 1050-O) obtidos por extrusão

com uma espessura de lOOmm. Foram

efectuados furos passantes.

Na ftiração foram utilizadas brocas helicoidais de carbonetos sinterizados (K10), R415.5-0500-30-ACO 1010, como

se observa na Figura 1, com 5 mm

diâmetro e um ângulo de ponta de 140°, segundo a normaDfl\l 6537.

Para a realização dos ensaios foi

utilizado o centro de maquinagem “VCE MJKRON 500”, com uma potência de

11kW e uma velocidade de rotação máxima de 7500 r.p.m.

Fig. 2 -Dinamómetro piezoeléctrico Kistler 9072

utilizado nos ensaios

efectuada através do rugosímetro Hommeltester Ti 000, de acordo com a

Norma 4287/1, conforme se observa na Figura 3.

Fig. 3-Medição da rugosidade média aritmética

através do rugosímetro Fig.1 —Broca Helicoidal de carbonetos sinte

rizados (K10) utilizada nos ensaios de furação.

O aperto da placa, na prensa de maxilas do centro de maquinagem, foi realizado

através de um sistema de pinças de modo a

que não existissem vibrações nem deslocamento da mesma.

Através de um dinamómetro piezoelectrico Kistler 9072 e do

respectivo sistema de aquisição de dados (amplificador de carga Kistler®50 19)

foram adquiridas as forças de corte, nomeadamente o momento (M) e força de avanço (Fa), como se observa na Figura 2.

Posteriormente efectuou-se o cálculo do valor da pressão específica de corte (Ks), através da seguinte expressão:

Ks=8X (1)

axd

sendo, M o momento em N.cm, a o avanço

em mm!rot e d o diâmetro do furo em mm.

3. RESULTADOS OBTIDOS E SUA

DISCUSSÃO

O programa de ensaios teve como

objectivo avaliar a influência do modo de lubrificação no processo de corte e na qualidade superficial, em função dos

parâmetros processuais (Vc e a).

Na Tabela 3, podemos observar os resultados experimentais obtidos através da expressão (1) para a pressão específica de corte (Ks), e para a rugosidade média aritmética (Ra), em função dos parâmetros processuais, para os vários modos de lubri ficação (a Seco, Mínima e Abundante).

Nas Figuras 4-6 podemos observar a influência do modo de lubrificação (a Seco, Mínima e Abundante), no momento (M),

em função dos parâmetros processuais (Vc

(4)

Tabela 3: Valores experimentais da pressão específica de corte (Ks), e da rugosidade média aritmética (Ra), em

funçãodos parâmetros processuais para os vários modos de lubrificação (a) Seco, (b) Mínima, (c) Abundante.

Ensaios Vc a Momento Força de Ks Ra

[m/minJ tmm/rot] [N.cm] avanço [N/mm2] [JJmJ*

[N] . 1 0.15 138 826 2944 3.64 2 (3820 rpm)60 0.2 142 1104 2272 5.3 3 0.25 174 1341 2227.2 5.85 4 0.15 12$ 821 2730.7 3.79 (477’5rpm) 0.2 137 1032 2192 4.73 6 0.25 160 1330 204$ 5.44 7 0.15 120 811 2560 3.16 90 0.2 127 955 2032 4.42 (5730 rpm) 9 0.25 149 1346 1907.2 5.24 * média de 3 ensaios

Ensaios Vc a Momento Força de Ks - Ra

[mlminJ tmm/rot] [N.cm] avanço tNImm2] [tmJ*

[N] 1 0.15 126 881 2688 2.38 2 60 0.2 145 1091 2320 2.48 . (3$2orpm). 3 0.25 168 1354 2150.4 2.51 4 0.15 105 862 2240 2.31 (477’5rpm) 0.2 125 1075 2000 2.32 6 0.25 148 1331 1894.4 2.34 7 0.15 101 $51 2154.7 1.97 8 (5730 rpm) 0.2 120 1035 1920 2.02 9 0.25 145 1291 1$56 2.13 *média de 3 ensaios

Ensaios Vc a Momento Força de Ks Ra

[mlminJ [mm/rot] [N.cm] avanço [NImm2] [JImJ*

[N] 1 0.15 102 833 2176 1.8 2 (3$20 rpm)60 0.2 127 1113 2032 2.09 3 0.25 154 1373 1971.2 2.13 4 0.15 100 297 2133.3 1.78 (4775 rpm) 0.2 122 1154 1952 1.93 6 0.25 145 1367 1$56 2 7 0.15 9$ 826 2090.7 1.64 90 0.2 118 1110 1$88 1.87 (5730 rpm) 9 0.25 132 1206 1689.6 1.75 (a) (5) (c) *média de 3 ensaios

(5)

Fig. 4-Momento em função do avanço para as diferentes velocidades de corte (a) Vc=60 mlmin, (b) Vc=75

mlmin e (c) Vc=90 m/min para a lubrificação a Seco.

Na figura 7, podemos observar a, evolução da pressão específica de corte (Ks) em funçãodo avanço, e da velocidade de corte para os vários tipos de

lubrificação (a Seco, Mínima e

Abundante).

Na Figura 7 podemos ainda verificar

que a pressão específica de corte (Ks)

diminui com o aumento de ambos os parâmetros processuais (velocidade de

corte e avanço). Verificamos também que

a maquinagem a seco apresenta valores de

Ks superiores ao da maquinagem com lubrificação.

Na Figura 8, podemos observar a evolução da rugosidade média aritmética (Ra) em função dos parâmetros processuais (Vc e a) para os vários modos

de lubrificação (a Seco, Mínima e

Abundante).

Na figura 2 podemos verificar que a rugosidade média aritmética (Ra) aumenta com o avanço e diminui com a velocidade

de corte. Verificamos também que a maquinagem a seco apresenta valores de Ra superiores ao da maquinagem com lubrificação. finalmente verificamos que

os valores de Ra para a maquinagem com

lubrificação mínima são semelhantes aos obtidos para a maquinagem com lubrificação abundante.

A precisão dimensional (IT) pode relacionar-se com a rugosidade média aritmética (Ra) através da seguinte equação empírica:

ITRax3O (2)

sendo, Ra a rugosidade média aritmética em rim.

0 0200,40060’ 0 0,20 O40O:6O ‘ 0 02O40d,60

Tempo [sJ _—a=0,l5mm/rot

f

—a0,2Omm/rot —a0,25mm/rot

200 180 160 E 140 120 (a) °° 80 60 40 20 200 180 160 140 (b) 120 © 100 80 E 60 40 20 200 180 160 ‘140 120 (e) ioo 80 60 © 40 20 0,20 0.40 0,60 —a=0l5mm/rot O 0,20 0,40 0,60 —a0 ,2Omm/rot O 0,20 0,40 b,60 ______________Tempo [s] —a0,25mm/rot O 0,20 0,40 0,60 —a0,l5mm/rat 020 0,40 060 0,20 04O 6,60 —a0,2Omm/rot —a0,25mm/rot Tempo [sJ

(6)

Fig. 5-Momento em função do avanço para as diferentes velocidades de corte, (a) Vc=60 mlmin, (b) Vc=75

mJmin e (c) Vc=90 mlmin, para a lubrificação Mínima.

200 180 160 140 120 / ‘ 0100 80 60 40 20 o,io o,o 040 —a0,l5mmfrot

o,o o,1o o,o

—a=0,20mm/rot 0,20 0,10 6:60 Tempo [s] —a=025mrn/rot 0,20 0,40 0,60 —‘a=0,15mm/rot O 0,20 0,40 0,60 —a0 20mm/rot

1

O 020 040 6,60 ______________Tempo [s] —a0 ,25mm/rot 200 160 160 140 120 (a) 0100 80 4? 200 180 160 14% 120 (b) 100 80 60 © 40 20 200 180 160 E 140 120 (c) 100 80 4? E 60 O 40 20

o,io o,o o4o

—a0,lOmm/rot o 0,20 0,40 0,60 —a0 2Omm/rot O 020 040 0:60 _____________Tempo [s] —a0 25mm/rot

.ti

0,0 o,o o,o

—a=0,l5mmfrot 0 0,0 0:40 0:60 —a0 2Omm/rot O 0:20 0:40 0:60 Tempo [s] —a=025mm/rot

na

200 180 E 160

Z

140 120 ft\ © U) 100 4? E 80 © 60 40 20 O 0,20 0,40 0,60 —a=0,lSmm/rot 0,0 0,60 —a02Omm/rot 0,20 0,40 0,60 Tempo [s] —a0 ,25mm/rot

(7)

200 180 160 140 120 (c) 4. 80 60 40 20 O 0,0 0,0 0,0 —a0,l5mm/tot

o,io o,io o,o —a02Omm/rot O 0,0 0,60__Tempo [s] —a0 25mmfrot — 3200 3000 . 2800 ‘ 2600 2400 2200 2000 1800 o ‘ 1600 1400 E o •0 o ia 0.1 -0.15 Q2 0.25 0.3 Avanço tmm/rot]

Fig. 6 -Momento em função do avanço para as diferentes velocidades de corte: (a) Vc=60 mlmin, (b) Vc=75

mlmin e (c) Vc =90 mlmin para a lubrificação Abundante

3200 3000 2800 2600 2400 2200 -2000 1800 o 1600 1400 e

N

Lubrificação a Seco •Vc=60m/mm • Vc=75 mlmin ÀVc9Omjmjn -(a) , 7.0 ——--- -— Lubrificação a Seco a 6.0 •Vc6OmImm e 5.0- ,•Vc75m/min 4.0 3.0- À . 2.0-a o 0.0 - 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 -(a) Avanço tnun/rotl •% o D A o Lubrificação Minima OVc6Om/min DVc=75m/min AVc9Omlmin (b) 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 Avanço tmm/rotl 7.0 --— Lubrificação Mínima 6.0-- OVc6OmImin 15.0- DVc75mJmjn 4.0- AVc 90 mlmin . 3.0 2.0 A A a 1.0 o L __________ 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 (b) Avanço [mm/mtj 3200 3000 -2800 2600 -2400 2200 2000 1800 -1600 1400 Lubrificação Abundante øVc6Om/min DVc=75 mlmin --AVc =90 m1mín - o A 7.0 LubrificaçãoAbundante 6.0 . OVc=60 mJmín E 5.0 DVc=75min a 4.0 -- AVc 9OmJmín 3.0 2.0 - - 1.0-= 0.0 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 (c) Avanço tmm/rotl 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 (c) Avanço Imm/rotl

-Fig.7— Evolução da pressão específica de corte (Ks)

em função dos parâmetros processuais para os vários tipos de lubrificação (a) a Seco (b) Mínima e (c)

Abundante

Fig. 8—Evolução da rugosidade média aritmética

(Ra) em função dos parâmetros processuais, para os vários modos de lubrificação (a) a Seco (b) Mínima

(8)

-Na Figura 9, podemos observar a

evolução da precisão dimensional (IT) em função dos parâmetros processuais, para os vários tipos de lubrificação.

Podemos observar na Figura 9, que a maquinagem a seco origina pior precisão dimensional (IT 12-13) em relação à

maquinagem com lubrificação. Verificamos também que a precisão dimensional obtida com lubrificação (Mínima ou Abundante) apresenta valores similares (IT1O-1 1) entre

eles o que poderá levar à substituição da

lubrificação Abundante pela Mínima.

4. CONCLUSÕES

Tendo em consideração os resultados experimentais obtidos na ftiração de

alumínio com os vários modos de

lubrificação podemos estabelecer as

seguintes conclusões:

• a pressão específica de corte (Ks)

diminui com ambos os parâmetros processuais (Vc e a). A maquinagem a seco apresenta valores de Ks superiores

aos da lubrificação.

• a rugosidade média aritmética (Ra)

diminui com a velocidade de corte e aumenta com o avanço. A maquinagem a

200 180 -160 140 -120 o 100 80 ___________ 60 o o

20-seco apresenta valores de Ra superiores

aos da lubrificação.

• a maquinagem com lubrificação mínima apresenta valores de Ra semelhantes aos obtidos para a maquinagem com lubrificação abundante.

• a precisão dimensional melhora bastante com a lubrificação e existe uma variação notória na qualidade entre a maquinagem

a seco e com lubrificação, seja mínima

ou abundante.

• em função dos parâmetros processuais utilizados foi possível obter qualidades superficiais (precisão dimensional) de construção. mecânica corrente, nomeadamente IT1O e 11 para maquinagem com lubrificação (mínima e abundante) e qualidade de construção mecânica grosseira, 1T12 e 13, para a maquinagem a seco.

• a lubrificação mínima apresenta vantagens relativamente à abundante dado que do ponto de vista do processo (Ks) e qualidade superficial (IT) são semelhantes, mas do ponto de vista ecológico (ambiental) a mínima apresenta inúmeros beneficios.

Fig. 9-Evolução da precisão dimensional (IT) em ftmção dos parâmetros processuais, para os vários modos de lubrificação

t

IT 13 jjtm À ITY1=75jim .-IT10=48pm Lubrificação a Seco • vc=60 m/min • Vc=75m/min ÀVc= 90 rn/min LubrificaçãoMínima Vc=60 m/min DVc=75m/min t Vc=90 m/min Lubrificação Abundante vc =60 m/min DVc=75 mfmin t Vc=90 m/min 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 Avanço [mm/mt]

(9)

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem aos Eng.0S

António Festas, Carlos Peixoto e Rute

Gomes a colaboração prestada na

experimentação.

Finalmente agradecem ao

Monteiro Baptista da FEUP pela

do dinamómetro piezoeléctrico

medição das forças de corte.

REFERÊNCIAS

Braga D. U., Diniz A. E., Coppini N. L. e Miranda G. W. A., “Utilização da Técnica de Mínima Lubrificação por Névoa na Furação da Liga de Alumínio-Silício SAE-323”, IV Congreso iberoamericano de Ingen ieria Mecanica, Santiago-Chile, 1999.

Braga D. U., Diniz A. E., Coppini N. L. e Miranda G. W. A., “Using a Minirnum Quantity of Lubricant (MQL) and a Diarnand Coated Tool in the Drilling of Aluminium Silicon Alloys”, Journat of Materiais

Processing Techno/ogv, Vol.122, 2002, pp.

127-138.

Byers, J.P., “Metalworking fluids”, Marcei Dekker, New York, 1994, pp.6l- 98.

Davim J. P., “Princípios de Maquinagem”, Livraria A/medina, Coimbra, 1995, pp.

169-177.

Sokovié M., e Mijanovié K., “Ecological Aspects of the Cutting Fluids and its Influence on Quantifiable Pararneters of the Cutting Processes”, Journai of Materiais Processi;zg Technotogv, Vol.109, 2001, pp.

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Sanz, C., e Fuentes, E., “Mecanizado en Seco: Alternativas ai Método Convencional de LubricacíonlRefrigeracíon“, Revista TOPE, 2001, pp. 29-34.

Sreejith P. 5. e Ngoi B. K. A., “Diy Machining: Machining of the Future”, Jozirnai ofMateriais Prpcessing Technoiogy, Vol. 101, 2000, pp. 287-29 1.

Kelly J. F. e Cotterell M. G., “Mínirnal Lubrification Machining of Alurniníurn Alloys”, Joítrnai of Materiais Processing Technolôgy, Vol. 120, 2002, pp. 327-334. Prof. A.

cedência

(10)

Referências

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