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ABIN - Curso de Legislação de Interesse Da Atividade de Inteligência

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Curso de Legislação de Interesse

da Atividade de Inteligência

(15 Normas)

Estudo direcionado em exercícios

– Prof. Róger –

Olá, meus cumprimentos a todos!

Apresento a você o novo curso de legislação específica, voltado para o concurso

público da Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, com o objetivo de prover

vagas nos cargos de Oficial de Inteligência e de Agente de Inteligência.

Mas, antes de entrarmos nas questões jurídicas propriamente ditas, gostaria de

apresentar a você um breve comentário sobre a importância do nosso concurso,

nossos desafios e nossa metodologia de trabalho.

Para começar a falar da importância da nossa matéria, inicio minha exposição

com a seguinte notícia veiculada no www.correioweb.com.br... Pessoal, olha só

que notícia interessante:

Concursos

Câmara aprova MP que revê plano de cargos da Abin e cria

440 vagas

14/08/2008 12:25

Do CorreioWeb

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida

Provisória 434/08, que autoriza a Agência Brasileira de

Inteligência (Abin) a contratar 440 novos servidores através

de concurso público.

A medida estabelece também um novo plano de cargos e

carreiras para os funcionários da agência. Dentre as novas

oportunidades, 240 são para oficiais de inteligência (nível

superior) e 200 para agente de inteligência (nível médio). A

MP segue agora para votação no Senado.

(2)

Com a aprovação, os analistas e assistentes de informação

passam a ser denominados como oficiais (nível superior) e

agentes (nível médio) de inteligência. O salário inicial dos

oficiais foi revisado de R$ 7,4 mil para R$ 9,7 mil, e o teto

passou de R$ 10,3 mil para R$ 13,5 mil. Já os servidores na

ativa receberão o aumento retroativo até abril.

Para os funcionários de nível médio, o subsídio mensal passará

de R$ 2,95 mil para R$ 6,67 mil. No fim da carreira, eles

poderão chegar a receber R$ 12,1 mil - hoje o limite fica em

R$ 9,25 mil. A progressão na carreira será condicionada ao

tempo de serviço, com intervalos mínimos de permanência em

cada padrão de remuneração, e à capacitação.

Como receberão subsídio, os funcionários da Abin não poderão

receber qualquer gratificação ou adicional, inclusive vantagens

pessoais, como incorporação de função ou adicional por tempo

de serviço.

Então, pessoal, como todos podem observar, esse concurso é bem interessante,

com uma atividade interessante, um “salário” interessante, uma carreira

interessante, um ambiente interessante, enfim... tudo nele é interessante.

Com isso, esperamos uma concorrência interessante também, o que exige de nós

uma preparação específica.

Assim sendo, quais são os desafios da nossa matéria?

Eu sempre tenho dito em minhas aulas que todo o concurso que cobra matéria

específica o candidato precisa de maior atenção nisso.

Você pode até encontrar muita gente estudando, há muito tempo, direito

constitucional, por exemplo. Direito constitucional é uma matéria que, ao estudar

para um concurso, o candidato estará, automaticamente, estudando para vários

concursos.

O mesmo pode acontecer para direito administratrivo (aliás, se você observar

bem, essas matérias, nesse nosso concurso de agora, não estão difíceis, pois a

banca examinadora “enxugou-as” muito bem).

Dessa forma, veja que, se você pode encontrar concorrentes estudando há muito

direito constitucional e administrativo e português e etc há muito tempo, JÁ O

MESMO NÃO PODEMOS FALAR EM RELAÇÃO À LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PARA A

ABIN.

Não existem pessoas que há muito estudam a legislação de interesse da

atividade de inteligência, porque essa matéria serve apenas para esse concurso e

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depois não servirá para outros concursos.

Com isso, os candidatos estarão mais ou menos com o mesmo pré-conhecimento

o que fará, certamente, termos uma concorrência mais homogênea, fazendo com

que a nota de corte sofra tendência de elevação.

Assim, se você for bem nessa matéria, PARABÉNS! Você terá uma vantagem

competitiva importante.

Mas... ... ...

Se você for mal na nossa matéria, você terá uma desvantagem competitiva

desinteressante.

Outra coisa:

Direito constitucional e direito administrativo têm doutrina abundante no

mercado. A nossa matéria não... ou seja, você não encontra no mercado livros

doutrinários para concursos que sistematizam o direito específico contido na

legislação de interesse da atividade de inteligência.

Da mesma forma, você não encontra no mercado provas anteriores pelas quais

temos uma base para estudo.

Por essas razões e por outras, o nosso curso é de fundamental importância para

sua preparação para o concurso da ABIN.

Então, diante desses desafios, qual será nossa metodologia?

Teremos, além dessa aula demonstrativa, mais 6 aulas, 1 por semana.

A cada semana, será disponibilizado a você uma série de questões, pois o nosso

curso consiste num estudo dirigido por meio de exercícios.

Sugiro que você leia várias vezes a legislação específica contida no edital, a qual

disponibilizei a todos, na íntegra e somente na parte que nos interessa, logo ao

final do nosso material.

Então, leia a lei várias vezes. Leia e releia a legislação que está nesta aula

demonstrativa, logo abaixo.

Depois, vamos, juntos, estudar, ponto a ponto, todas as questões fundamentais

dessa legislação específica.

Olha só como o CESPE vai cobrar de você esse conhecimento: ESTÁ ESCRITO NO

EDITAL DO NOSSO CONCURSO O SEGUINTE:

No item 16.1.1, que fala das habilidades exigidas, diz que “Os

itens das provas objetivas poderão avaliar habilidades que vão

além do mero conhecimento memorizado, abrangendo

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compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação,

valorizando a capacidade de raciocínio [do candidato]”. O item

seguinte, ou seja, o 16.1.2 diz que “Cada item das provas

objetivas poderá contemplar mais de uma habilidade e

conhecimento relativos a mais de uma área do conhecimento”.

O que você acha dessas observações?

Bem... vê se você concorda comigo: 1) NÃO ADIANTA DECORAR A LEGISLAÇÃO

ESPECÍFICA, pois o examinador quer medir seus conhecimentos que vão além do

mero conhecimento memorizado, 2) NÃO ADIANTA ESTUDAR A LEGISLAÇÃO

ESPECÍFICA DE FORMA ISOLADA, pois o examinador quer saber se você possui

habilidades e conhecimentos relativos a mais de uma área.

Assim, já que não temos uma doutrina jurídica específica para a nossa matéria,

teremos que fazer o seguinte:

1) Buscar compreender cada ponto da nossa matéria quanto à sua interpretação

e aplicação jurídicas;

2) Estudar a legislação específica buscando apoio em outras áreas do

conhecimento.

É isso que vamos fazer, ou seja, estudar a matéria com questões criativas,

comentando cada ponto no que tange ao raciocínio jurídico.

Vamos valorizar a interpretação da norma, bem assim sua aplicação a situações

concretas, com exemplos, esquemas, casos concretos, doutrina de outros ramos

do direito, princípios gerais do direito, jurisprudência e o que mais for necessário

para que tenhamos uma aproveitamento completo e profundo na nossa matéria,

à altura da necessidade de preparação para esse concurso que será tão

concorrido.

Para que tudo isso seja realizável, vamos fazer, em todas a nossas aulas,

questionários de reconhecimento da matéria, questões do tipo CERTO ou

ERRADO, exercícios de preencher lacunas, relacionar competências, etc.

Com a nossa experiência em CESPE, podemos lhe dizer quais os pontos principais

da matéria, ou seja, o que CERTAMENTE o CESPE cobraria, tendo em vista as

tendências em concursos anteriores.

Por exemplo, o CESPE sempre cobra dos candidatos sistemas de competências ou

atribuições, quando há isso na legislação específica. Por isso vamos reforçar esse

ponto.

Vamos também explorar vocabulário jurídico-técnico, nos termos que aparecerem

na nossa matéria.

(5)

Por fim, é importantíssima a sua participação no nosso fórum de dúvidas. Aqui no

Ponto dos Concursos, você tem um diferencial que é o nosso fórum, onde os

alunos têm a oportunidade de tirar dúvidas, discutir a matéria, observar a dúvida

dos outros alunos, promover um debate, aprofundar o entendimento.

Veja, somente com essa dinâmica de elaborar questões é que você conseguirár

fixar bem a matéria, ou seja, mesmo que você não tenha dúvida, se esforce para

criar uma e me enviar ao fórum, para que eu possa lhe responder, pois assim,

quando você cria uma pergunta, você estará “trabalhando” o texto e, com isso,

se familiarizando com ele, explorando suas perspectivas e, com isso,

apreendendo o conhecimento. Essa dinâmica é bem interessante e faço questão

de valorizar sua participação no nosso fórum.

Bem, com isso, vamos por as mãos à obra.

Meu nome é Róger. Sou servidor público há 16 anos e, atualmente, trabalho no

Tribunal Regional Federal da Primeira Região.

Já fiz vários concursos em minha carreira fui aprovado em vários também, tais

como Câmara dos Deputados, TCU, STJ, dentre outros...

Exerci vários cargos e funções, tais como Diretor de Recursos Humanos,

Supervisor de Treinamento, Chefe de Gabinete de Desembargador Federal,

Assessor Judiciário, Secretário da Mesa Diretora, Supervisor-revisor de Decisões

Judiciais, Oficial de Gabinete, Assistente Processual, dentre outras. Sou bacharel

em Administração e Direito e tenho especialização em Hermenêutica Jurídica e

Direito Processual. Tenho pós em Filosofia Existencialista e cursos de Atividade de

Inteligência, pela Associação dos Magistrados Brasileiros.

Mas, de tudo isso que já fiz na vida, posso dizer que a minha maior realização é a

de ser professor há mais de 20 anos, tendo atuado em instituições universitárias

e, nos últimos 5 anos, em diversos cursos para concursos públicos.

Sinto-me, ainda, tão concurseiro como você, pois nunca parei de estudar e

atualmente estou me preparando para o concurso da magistratura do DF.

Por isso, será, para mim, uma grande satisfação ter você como parceiro nessa

jornada que empreendemos rumo ao cargo público que sonhamos.

Seguir-se-ão alguns textos a respeito da atividade de inteligência... depois vou

disponibilizar a você algumas questões-exemplo de como será o nosso curso

propriamente dito nos exercícios e, por fim, como já falamos, você verá toda a

legislação que o edital exige, uma a uma, na seqüência do edital e somente na

parte que nos interessa.

Dessa forma, vamos começar agora a estudar...

Codialmente,

(6)

Prof. Róger.

Textos básicos sobre a atividade de inteligência

BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA

A história da Atividade de Inteligência no Brasil teve origem em 1927, quando foi

criado o Conselho de Defesa Nacional, órgão diretamente subordinado ao

Presidente da República. Até então, a atividade era exercida apenas no âmbito

dos ministérios militares.

Diversas foram as reformulações introduzidas na então atividade de Informações

ao longo do processo político nacional. Entre elas, cabe citar a criação, ocorrida

em 6 de setembro de 1946, do Serviço Federal de Informações e

Contra-Informações (SFICI).

O Brasil, no início da década de 60, apresentou um cenário interno bastante

conturbado, gerando manifestações de segmentos da sociedade. O quadro

evoluiu para uma intervenção militar no processo político nacional a partir de

março de 1964. Na ocasião, foi extinto o SFICI e criado o Serviço Nacional de

Informações (SNI).

Foi criado, em 1970, o Sistema Nacional de Informações (SISNI), integrado por

todos os órgãos de informações dos ministérios civis e militares. O SNI era o

órgão central desse sistema.

A partir de 1979, procurou-se ajustar as estruturas de Informações aos novos

tempos, pois já estava em andamento o processo de redemocratização do país.

Os governos da época buscaram alternativas no sentido de reposicionar a

atividade de Informações em seu correto espaço e devido limite.

Em 1990, no contexto de ampla reforma da Administração Pública Federal, o SNI

foi extinto. O exercício perene da atividade, todavia, foi preservado com a criação

da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que absorveu as atribuições do

SNI.

Em 7 de dezembro de 1999, o Presidente da República instituiu o Sistema

Brasileiro de Inteligência (SISBIN) e criou a Agência Brasileira de Inteligência

(ABIN). A criação da Agência proporcionou ao Estado brasileiro institucionalizar a

atividade de Inteligência, mediante ações de coordenação do fluxo de

informações necessárias às decisões de Governo, no que diz respeito ao

aproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e às ameaças, reais ou

potenciais, para os mais altos interesses da sociedade e do país.

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A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) é o serviço de inteligência civil do Brasil. A

função principal da ABIN é investigar ameaças reais e potenciais, bem como

identificar oportunidades de interesse da sociedade e do Estado brasileiro, e

defender o estado democrático de direito e a soberania nacional. Foi criada por

lei durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1999.

A área de atuação da ABIN é definida pela Política Nacional de Inteligência,

definida pelo Congresso Nacional de acordo com os focos indicados pelo Poder Executivo

Nacional como de interesse do país.

Como a maior parte dos orgãos estatais, os cargos da ABIN são preenchidos,

desde 1999, através de concurso público. Ainda fazem parte da agência alguns

ex-funcionários dos órgãos de inteligência que a antecederam, sobretudo do

chamado SNI, extinto pelo presidente Fernando Collor de Mello, em 1990.

Apesar do nome, a agência não tem natureza autárquica, tratando-se de órgão

da administração direta integrante da Presidência da República. É fiscalizada pelo controle

externo exercido pelo Congresso Nacional, que possui uma comissão mista de

senadores e deputados para este fim, denominada CCAI (Comissão Mista de

Controle da Atividade de Inteligência).

Um serviço de inteligência ou serviço de informações é geralmente um

departamento governamental cuja função é a coleta ou recolha de informações,

ditas "inteligência" nesse contexto, relacionadas com possíveis ameaças à

segurança do Estado. Quando um serviço obtém informações consideradas

secretas ou confidencias sobre um Estado, um país ou uma organização sem

autorização do detentor dessas informações, essa actividade é descrita como

espionagem.

A maioria dos serviços de inteligência (também chamados de serviços secretos)

já usou de espionagem, contando com a indulgência de seus respectivos

governos. A lei de todos os Estados considera como atividade criminosa a

espionagem de que são alvo.

Além de trabalhar na coleta ou recolha de informações, os serviços também

tentam evitar a ação de serviços de inteligência estrangeiros em seu país

(contra-espionagem).

Apesar de a espionagem ser praticada desde a antiguidade, a primeira rede de

informações relativamente organizada foi montada durante o século XVI, durante

o reinado de Elizabeth I, da Inglaterra.

O responsável pela rede de agentes era Sir Francis Walsingham, que recrutou contato

dentro e fora da Inglaterra, incluindo estadistas, diplomatas e artistas (entre eles o

dramaturgo Cristopher Marlowe, amigo de Shakespeare). Esse serviço entretanto foi uma

iniciativa pessoal de Walsingham mais do que um orgão oficial. O primeiro

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serviço de inteligência institucional foi criado durante o reinado de Luís XIV, da França.

Estima-se que o serviço de informações mais eficiente de todos os tempos seja o

serviço secreto de inteligência britânico (Secret Intelligence Service - SIS), mais

conhecido pelo seu antigo nome - MI6. O SIS tem um longo histórico de espionagem

internacional, inclusive no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. O SIS se tornou

conhecido através de livros de ficção, muitos deles escritos por pessoas que

trabalharam com ou para o serviço (John Le Carré, Ian Fleming, etc).

A CIA também foi alvo de muitas produções, sobretudo cinematográficas. Este serviço

de inteligência estadunidense foi criado em 1947, sob o nome de OSS (Organização de

Serviços Secretos), uma adicional de espionagem do FBI. Há registros, estes

tirados da programação televisiva do canal privado The History Channel, onde mostra a

fundação da instituição no começo do século XX.

Os americanos ainda incertos sobre sua inauguração e se era viável competir

com as potências européias da época, Alemanha e Inglaterra, pois ainda antes da Primeira

Guerra Mundial, eles eram muito mais experientes do que os americanos.

O Mossad - Serviço de Inteligência Israelense - também é conhecido por sua

eficiência, principalmente em manter o anonimato. Os serviços do orgão foram

utilizados ostensivamente na repressão não só aos grupos armados palestinos,

mas também aos refugiados de Gaza e Cisjordânia em geral, desde antes da Guerra do

Yom Kippur. Um agente do Mossad chamado Ira Levin ficou famoso por passar vários

anos infiltrado no Estado Maior da Síria.

INTELIGÊNCIA NO BRASIL

O atual serviço de inteligência é a Agência Brasileira de Inteligência.

Quatro formas de inteligência podem ser consideradas, DOUTRINARIAMENTE

falando:

HUMINT, ou aquela coletada por seres humanos

SIGINT, ou aquela coletada pela interceptação de sinais como comunicações,

radares e transmissão de dados.

IMINT, ou aquela coletada por meio imagens, como fotos de satélite

MASINT, ou aquela coletada por meio da medida e análise de assinatura de

eventos específicos, como explosões nucleares.

Historicamente, a maior fonte de informações foi a HUMINT, porém já há algum

tempo a SIGINT assumiu a importância principal.

A missão da ABIN consiste em coordenar as ações do Sistema Brasileiro de

Inteligência e produzir e salvaguardar conhecimentos sensíveis.

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O objetivo estratégico da Agência diz respeito a desenvolver atividades de

Inteligência voltadas para a defesa do Estado Democrático de Direito, da

sociedade, da eficácia do poder público e da soberania nacional.

Na condição de órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência, a ABIN tem

por competência planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as

atividades de Inteligência do País, obedecidas a política e as diretrizes

superiormente traçadas na forma da legislação específica.

Compete, ainda:

I - executar a Política Nacional de Inteligência e as ações dela decorrentes, sob a

supervisão da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional, do Conselho de

Governo;

II - planejar e executar ações, inclusive sigilosas, relativas à obtenção e análise

de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o

Presidente da República;

III - planejar e executar a proteção de conhecimentos sensíveis, relativos aos

interesses e à segurança do Estado e da sociedade;

IV - avaliar as ameaças, internas e externas, à ordem constitucional;

V - promover o desenvolvimento de recursos humanos e da doutrina de

Inteligência; e

VI - realizar estudos e pesquisas para o exercício e o aprimoramento da atividade

de Inteligência.

A ABIN, órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), tem a seu

cargo: planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar a atividade de

Inteligência.

Em conseqüência, cabe-lhe a atribuição de executar a Política Nacional de

Inteligência no mais alto nível do governo, de forma a integrar os trabalhos dos

demais órgãos setoriais de Inteligência do país.

A ABIN tem como competência assessorar o Chefe de Estado no desempenho de

suas elevadas funções, sobretudo em caráter preventivo, assegurando-lhe o

conhecimento antecipado de fatos e situações relacionados ao bem-estar da

sociedade e ao desenvolvimento e segurança do país.

Pessoal, a ABIN é órgão de Estado ou de Governo?

A ABIN é um ÓRGÃO DE ESTADO, não é um órgão de governo. O Estado

brasileiro é permanente. Os Governos, transitórios. A ABIN não tem qualquer

vínculo político-partidário. É um instrumento de Estado, voltado para a defesa da

sociedade brasileira, absolutamente apartidário. Seu compromisso ideológico é,

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de forma única e exclusiva, com a democracia.

A Agência Brasileira de Inteligência atua em duas vertentes:

1- INTELIGÊNCIA: Por meio da produção de conhecimentos sobre fatos e

situações de imediata ou potencial influência no processo decisório e na ação

governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.

2- CONTRA-INTELIGÊNCIA: Pela adoção de medidas que protejam os assuntos

sigilosos relevantes para o Estado e a sociedade e que neutralizem ações de

Inteligência executadas em benefício de interesses estrangeiros.

Essa divisão busca atender às necessidades rotineiras do processo decisório

presidencial.

A ABIN atua no acompanhamento de fatos emergentes, previsíveis ou não, com o

intuito de antecipar tanto oportunidades quanto possíveis ameaças ao Estado

Democrático de Direito.

As ações da Agência Brasileira de Inteligência são controladas e fiscalizadas pelos

Poderes Executivo e Legislativo.

No Executivo, tem-se o controle interno, de responsabilidade da Câmara de

Relações Exteriores e Defesa Nacional (supervisão e execução da Política

Nacional de Inteligência) e da Secretaria de Controle Interno da Presidência da

República (CISET), que inspeciona a aplicação de verbas orçamentárias.

O controle externo, a cargo do Poder Legislativo, é exercido pelo Tribunal de

Contas da União (gestão de recursos orçamentários) e pela Comissão Mista do

Congresso Nacional (ações decorrentes da Política Nacional de Inteligência).

Esta Comissão é integrada pelas lideranças majoritárias e minoritárias do

Congresso Nacional e pelos presidentes das Comissões de Relações Exteriores e

Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

VALORES E PRINCÍPIOS

A atividade de Inteligência constitui instrumento de Estado de que se valem os

sucessivos governos no planejamento, na execução e no acompanhamento de

suas políticas, em prol dos interesses nacionais.

Para atender a esta finalidade, a atividade de Inteligência brasileira

fundamenta-se na prefundamenta-servação da soberania nacional, na defesa do Estado Democrático de

Direito, na dignidade da pessoa humana e na fiel observância à Constituição e às

leis.

Para bem cumprir sua missão, a ABIN desenvolve uma atividade que abrange,

além de aspectos técnicos, a proposição de ética própria, ou seja, de um

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conjunto de valores que determina atitudes e padrões de comportamento, entre

eles:

1- Lealdade à Nação e, por extensão, à afirmação político-jurídica desta, o

Estado;

2- Profundo sentimento de servir à causa pública e jamais a si mesmo (finalidade

pública);

3- Consciência de que o exercício da atividade de Inteligência é impessoal e

apartidário;

4- Fidelidade à instituição e consciência de que os fins desta prevalecem sobre os

interesses pessoais; e

5- o comprometimento com os valores éticos e morais da Agência deve ser

assumido por todos os seus componentes, dentro e fora da organização.

Ética

Em linhas gerais, a ética na atividade de Inteligência preconiza que os

profissionais não podem utilizar o conhecimento em beneficio próprio. O

conhecimento só deve efetivar-se como poder por intermédio da autoridade

destinatária e em proveito da sociedade e do Estado brasileiros.

A seleção de novos recursos humanos e a confirmação de integrantes do quadro

atual da Inteligência pautam-se, sobretudo, pelos atributos morais dos

candidatos ou servidores - mais importantes que a experiência e os

conhecimentos científicos.

O principal alicerce da Ética na Abin é a Constituição Federal, sobretudo os

princípios contidos no artigo 1º. Os incisos e parágrafo único dão enquadramento

ético à atividade de Inteligência de Estado, pois são fundamentos da República

-soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais, pluralismo

político e o povo como fonte do poder.

Questões iniciais

1. O QUE É A AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA - ABIN?

É o órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência - SISBIN, que tem, a seu

cargo, planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar a atividade de

Inteligência do País, cumprindo a política e as diretrizes traçadas nos termos da

Lei que cria a Agência.

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2. POR QUE A DENOMINAÇÃO "DE INTELIGÊNCIA" E NÃO "DE INFORMAÇÕES"?

Porque no sentido de produção de conhecimentos voltados para a segurança do

Estado e da sociedade, é consagrado o uso do termo "Inteligência".

3. QUAL A FINALIDADE DA ABIN?

Assessorar o Presidente da República nas questões de interesse do Estado e da

sociedade.

4. QUAIS SÃO AS ATRIBUIÇÕES DA ABIN?

A ABIN trabalha em um universo específico, com a competência de:

I - planejar e executar ações, inclusive sigilosas, relativas à obtenção e análise de

dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o Presidente

da República;

II - planejar e executar a proteção de conhecimentos sensíveis, relativos aos

interesses e à segurança do Estado e da sociedade;

III - avaliar ameaças, internas e externas, à ordem constitucional;

IV - promover o desenvolvimento de recursos humanos e da doutrina de

Inteligência, e realizar estudos e pesquisas para o exercício e o aprimoramento

da atividade de Inteligência.

5. QUAIS SÃO AS ATIVIDADES DA ABIN?

Produção de conhecimentos estratégicos sobre ameaças e potencialidades,

internas e externas, para o planejamento, a execução e o acompanhamento da

ação governamental, com vistas à defesa do Estado e da sociedade; e proteção

de assuntos sigilosos relativos aos interesses do Estado e da sociedade.

6. COMO ESTÁ ESTRUTURADA A ABIN NO BRASIL?

A estrutura da Agência é composta de uma sede, localizada em Brasília/DF, e de

27 Superintendências Estaduais.

7. O QUE JUSTIFICA, HOJE, A EXISTÊNCIA DE UMA AGÊNCIA DE INTELIGÊNCIA

NO BRASIL?

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A inspiração para o exercício da atividade de Inteligência advém, em âmbito

externo, das necessidades de os governos conhecerem os obstáculos de natureza

velada ou dissimulada interpostos por outros centros de decisão à consecução de

seus objetivos.

Além disso, para a adoção de contramedidas que neutralizem esses efeitos, o

Governo necessita dispor de mecanismos capazes de identificar as

vulnerabilidades e as potencialidades internas.

Em ambos os casos, uma agência de Inteligência atua de forma complementar às

demais estruturas de governo, como mais um instrumento para a preservação da

soberania do País.

8. A ABIN ACOMPANHA A VIDA DE PESSOAS?

A ABIN acompanha fatos ou situações que possam caracterizar-se como ameaças

aos interesses nacionais. O alvo de interesse da ABIN, portanto, não são as

pessoas, mas os fatos.

9. A ABIN TEM ATUAÇÃO POLÍTICO-PARTIDÁRIA?

Não. A ABIN é um instrumento do Estado brasileiro, à disposição dos sucessivos

governos, independentemente de suas ideologias político-partidárias.

10. A ABIN PODE PRENDER PESSOAS?

Não. A ABIN não tem atribuições de polícia. Deter, prender, custodiar ou

interrogar são atos incompatíveis com a atividade de Inteligência.

11. A AGÊNCIA FAZ ESCUTA TELEFÔNICA?

Não. A Lei 9.296, de 24 de julho de 1996, que regulamenta o dispositivo

constitucional, art. 5º, inciso XII, estabelece os órgãos competentes para

executar, com autorização judicial, a interceptação telefônica. A ABIN não se

enquadra nessa determinação legal.

12. A ABIN MANTÉM INTERCÂMBIO COM AGÊNCIAS DE INTELIGÊNCIA

ESTRANGEIRAS?

Caso haja convergência dos interesses nacionais com os de outros países e o

Presidente da República julgue conveniente para a consecução dos objetivos

nacionais, a ABIN pode estabelecer intercâmbio de conhecimentos.

(14)

13. A AGÊNCIA ATUA EM COLABORAÇÃO COM OUTROS ÓRGÃOS?

Sim. A ABIN, como órgão central do SISBIN, atua em colaboração com os órgãos

que o compõem, que são entidades federais, e, mediante convênios, com

entidades estaduais, municipais e privadas que produzam conhecimentos

relacionados com a missão da Agência.

Por ser o órgão central do Sistema, não se deve entender que a Agência tenha

ascendência hierárquica. A Abin coordena a produção de conhecimentos para

atender às necessidades do Presidente da República, por intermédio do

cumprimento do Plano Nacional de Inteligência - PNI, fixado pela Agência com

base na Política Nacional de Inteligência, elaborada pela Câmara de Relações

Exteriores e Defesa Nacional, do Conselho do Governo.

14. A QUE TIPOS DE CONTROLE A ABIN ESTÁ SUJEITA?

Controle externo, sobre atos decorrentes da execução da Política Nacional de

Inteligência, a ser exercido por Comissão constituída por membros do Congresso,

e sobre a gestão de recursos orçamentários, pelo Tribunal de Contas da União; e

Controle interno, no âmbito do Poder Executivo, pela supervisão da execução da

Política Nacional de Inteligência, a ser exercida pela Câmara de Relações

Exteriores e Defesa Nacional, e da gestão dos mesmos recursos, pela Secretaria

de Controle Interno da Presidência da República.

15. QUAL O TRABALHO DE UM PROFISSIONAL DE INTELIGÊNCIA?

As tarefas de um profissional de Inteligência podem ser sintetizadas em observar

e interpretar fatos e situações das realidades nacional e internacional, visando à

produção de conhecimentos de interesse do Estado e da sociedade; identificar,

organizar e utilizar fontes variadas de dados; e executar os procedimentos de

segurança necessários à salvaguarda dos conhecimentos e dados produzidos e

custodiados, bem como das tarefas decorrentes.

16. COMO SÃO FORMADOS OS PROFISSIONAIS DE INTELIGÊNCIA?

Os profissionais da área de Inteligência são formados na Escola de Inteligência

da ABIN, sediada aqui Brasília.

De seus cursos constam assuntos como Fundamentos da Atividade de

Inteligência, Produção de Conhecimentos, Contra-Inteligência, Ciência Política,

Relações Internacionais, Direito, Psicologia, Comunicação, Sociologia,

Administração, Informática, Idiomas, Protocolo e Etiqueta.

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17. COMO INGRESSAR NA ABIN?

Por intermédio de concurso público e, excepcionalmente, por redistribuição ou

requisição de servidores de outros órgãos da administração pública.

18. É NECESSÁRIO CONHECIMENTO DE ALGUM IDIOMA ESTRANGEIRO PARA

INGRESSAR NA ABIN?

Sim. O candidato deve possuir conhecimentos de, pelo menos, um idioma

estrangeiro.

19. EXISTEM MULHERES NO QUADRO DE SERVIDORES DA AGÊNCIA?

Sim. O quadro de servidores da ABIN inclui mulheres, que desempenham

diversas funções, em sua maioria, como servidoras da carreira de Inteligência.

20. O QUE É ESPIONAGEM?

Espionagem é o crime que se caracteriza pela obtenção de dados de forma ilegal.

21. O BRASIL É ALVO DE AÇÕES DE ESPIONAGEM?

Todos os países são alvos, em potencial, de ações de espionagem.

22. O QUE É O PROGRAMA NACIONAL DE PROTEÇÃO AO CONHECIMENTO

-PNPC?

O PNPC é um Programa idealizado pela ABIN que visa à proteção do

conhecimento sensível, ou seja, daquele cuja preservação permitirá ao Estado

brasileiro melhor inserção no contexto global, revertendo os resultados,

conseqüentemente, em favor da sociedade brasileira.

O Programa pretende formar uma cultura que privilegie proteger esse tipo de

conhecimento, a fim de que não se comprometam as vantagens comparativas do

País nos diversos campos do conhecimento, notadamente os de cunho

estratégico.

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A pessoas ou organizações que detenham, lidem ou tenham sob sua custódia,

conhecimentos sensíveis, tanto do setor privado, quanto do governamental.

24. O QUE PODE FAZER UM CIDADÃO QUE QUEIRA SABER SE EXISTEM

INFORMAÇÕES A SEU RESPEITO NO BANCO DE DADOS DA ABIN?

O interessado deve enviar requerimento assinado para o Diretor-Geral da

Agência Brasileira de Inteligência solicitando, assim, a consulta e emissão de

certidão em seu nome.

Cumpre informar que, além do requerimento, deve ser enviado uma cópia da sua

carteira de identidade (RG) e do seu CPF para o endereço da ABIN.

25. POR QUE O ÓRGÃO DE INTELIGÊNCIA TEM DE SER SECRETO?

Um órgão de Inteligência não tem de ser secreto. As agências de Inteligência

foram criadas ou reestruturadas, em sua maioria, por lei, portanto, sua

existência é de domínio público. Parte das atividades desenvolvidas por essas

organizações é que recebe graus de sigilo, inclusive o grau secreto.

Bem, pessoal, os textos acima foram adaptados de algumas pesquisas que fiz, na

internet. Agora, a seguir, vou disponibilizar a você as questões que exploram,

DIRETAMENTE, a nossa matéria, ou seja, a LEGISLAÇÃO DE INTERESSE DA

ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA.

Exercícios do Curso

@

Legislação Específica

Lei nº 9.883/99 LEI No 9.883, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1999.

(17)

Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência Brasileira de Inteligência -ABIN, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído o Sistema Brasileiro de Inteligência, que integra as ações de planejamento e execução das atividades de inteligência do País, com a finalidade de fornecer subsídios ao Presidente da República nos assuntos de interesse nacional.

§ 1o O Sistema Brasileiro de Inteligência tem como fundamentos a preservação da soberania nacional, a defesa do Estado Democrático de Direito e a dignidade da pessoa humana, devendo ainda cumprir e preservar os direitos e garantias individuais e demais dispositivos da Constituição Federal, os tratados, convenções, acordos e ajustes internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte ou signatário, e a legislação ordinária.

§ 2o Para os efeitos de aplicação desta Lei, entende-se como inteligência a atividade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.

§ 3o Entende-se como contra-inteligência a atividade que objetiva neutralizar a inteligência adversa.

Art. 2o Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal que, direta ou indiretamente, possam produzir conhecimentos de interesse das atividades de inteligência, em especial aqueles responsáveis pela defesa externa, segurança interna e relações exteriores, constituirão o Sistema Brasileiro de Inteligência, na forma de ato do Presidente da República.

§ 1o O Sistema Brasileiro de Inteligência é responsável pelo processo de obtenção, análise e disseminação da informação necessária ao processo decisório do Poder Executivo, bem como pela salvaguarda da informação contra o acesso de pessoas ou órgãos não autorizados.

§ 2o Mediante ajustes específicos e convênios, ouvido o competente órgão de controle

externo da atividade de inteligência, as Unidades da Federação poderão compor o Sistema Brasileiro de Inteligência.

Art. 3o Fica criada a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, órgão de assessoramento direto ao Presidente da República, que, na posição de órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência, terá a seu cargo planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência do País, obedecidas a política e as diretrizes superiormente traçadas nos termos desta Lei.

Art. 3o Fica criada a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, órgão da Presidência da República, que, na posição de órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência, terá a seu cargo planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência do País, obedecidas à política e às diretrizes superiormente traçadas nos termos desta Lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Parágrafo único. As atividades de inteligência serão desenvolvidas, no que se refere aos limites de sua extensão e ao uso de técnicas e meios sigilosos, com irrestrita observância dos direitos e garantias individuais, fidelidade às instituições e aos princípios éticos que regem os interesses e a segurança do Estado.

Art. 4o À ABIN, além do que lhe prescreve o artigo anterior, compete:

I - planejar e executar ações, inclusive sigilosas, relativas à obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o Presidente da República; II - planejar e executar a proteção de conhecimentos sensíveis, relativos aos interesses e à segurança do Estado e da sociedade;

(18)

IV - promover o desenvolvimento de recursos humanos e da doutrina de inteligência, e realizar estudos e pesquisas para o exercício e aprimoramento da atividade de inteligência.

Parágrafo único. Os órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência fornecerão à ABIN, nos termos e condições a serem aprovados mediante ato presidencial, para fins de integração, dados e conhecimentos específicos relacionados com a defesa das instituições e dos interesses nacionais.

Art. 5o A execução da Política Nacional de Inteligência, fixada pelo Presidente da República, será levada a efeito pela ABIN, sob a supervisão da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo.

Parágrafo único. Antes de ser fixada pelo Presidente da República, a Política Nacional de Inteligência será remetida ao exame e sugestões do competente órgão de controle externo da atividade de inteligência.

Art. 6o O controle e fiscalização externos da atividade de inteligência serão exercidos pelo Poder Legislativo na forma a ser estabelecida em ato do Congresso Nacional.

§ 1o Integrarão o órgão de controle externo da atividade de inteligência os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, assim como os Presidentes das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

§ 2o O ato a que se refere o caput deste artigo definirá o funcionamento do órgão de controle e a forma de desenvolvimento dos seus trabalhos com vistas ao controle e fiscalização dos atos decorrentes da execução da Política Nacional de Inteligência.

Art. 7o A ABIN, observada a legislação e normas pertinentes, e objetivando o desempenho de suas atribuições, poderá firmar convênios, acordos, contratos e quaisquer outros ajustes.

Art. 8o A ABIN será dirigida por um Diretor-Geral, cujas funções serão estabelecidas no decreto que aprovar a sua estrutura organizacional.

§ 1o O regimento interno da ABIN disporá sobre a competência e o funcionamento de

suas unidades, assim como as atribuições dos titulares e demais integrantes destas.

§ 2o A elaboração e edição do regimento interno da ABIN serão de responsabilidade de

seu Diretor-Geral, que o submeterá à aprovação do Presidente da República.

Art. 9o Os atos da ABIN, cuja publicidade possa comprometer o êxito de suas atividades sigilosas, deverão ser publicados em extrato.

§ 1o Incluem-se entre os atos objeto deste artigo os referentes ao seu peculiar funcionamento, como às atribuições, à atuação e às especificações dos respectivos cargos, e à movimentação dos seus titulares.

§ 2o A obrigatoriedade de publicação dos atos em extrato independe de serem de caráter ostensivo ou sigiloso os recursos utilizados, em cada caso.

Art. 9º A - Quaisquer informações ou documentos sobre as atividades e assuntos de inteligência produzidos, em curso ou sob a custódia da ABIN somente poderão ser fornecidos, às autoridades que tenham competência legal para solicitá-los, pelo Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, observado o respectivo grau de sigilo conferido com base na legislação em vigor, excluídos aqueles cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

§ 1o O fornecimento de documentos ou informações, não abrangidos pelas hipóteses

previstas no caput deste artigo, será regulado em ato próprio do Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

§ 2o A autoridade ou qualquer outra pessoa que tiver conhecimento ou acesso aos documentos ou informações referidos no caput deste artigo obriga-se a manter o respectivo sigilo, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e penal, e, em se tratando de procedimento judicial, fica configurado o interesse público de que trata o art.

(19)

155, inciso I, do Código de Processo Civil, devendo qualquer investigação correr, igualmente, sob sigilo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Art. 10. A ABIN somente poderá comunicar-se com os demais órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com o conhecimento prévio da autoridade competente de maior hierarquia do respectivo órgão, ou um seu delegado.

Art. 11. Ficam criados os cargos de Diretor-Geral e de Diretor-Adjunto da ABIN, de natureza especial, e os em comissão, de que trata o Anexo a esta Lei.

Parágrafo único. São privativas do Presidente da República a escolha e a nomeação do Diretor-Geral da ABIN, após aprovação de seu nome pelo Senado Federal.

Art. 12. A unidade técnica encarregada das ações de inteligência, hoje vinculada à Casa Militar da Presidência da República, fica absorvida pela ABIN.

§ 1o Fica o Poder Executivo autorizado a transferir para a ABIN, mediante alteração de denominação e especificação, os cargos e funções de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, as Funções Gratificadas e as Gratificações de Representação, da unidade técnica encarregada das ações de inteligência, alocados na Casa Militar da Presidência da República.

§ 2o O Poder Executivo disporá sobre a transferência, para a ABIN, do acervo patrimonial alocado à unidade técnica encarregada das ações de inteligência.

§ 3o Fica o Poder Executivo autorizado a remanejar ou transferir para a ABIN os saldos das dotações orçamentárias consignadas para as atividades de inteligência nos orçamentos da Secretaria de Assuntos Estratégicos e do Gabinete da Presidência da República.

Art. 13. As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias.

Parágrafo único. O Orçamento Geral da União contemplará, anualmente, em rubrica específica, os recursos necessários ao desenvolvimento das ações de caráter sigiloso a cargo da ABIN.

Art. 14. As atividades de controle interno da ABIN, inclusive as de contabilidade analítica, serão exercidas pela Secretaria de Controle Interno da Presidência da República.

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 7 de dezembro de 1999; 178o da Independência e 111o da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Amaury Guilherme Bier Martus Tavares

Alberto Mendes Cardoso

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.12.1999

Decreto nº 4.376/2002

DECRETO Nº 4.376, DE 13 DE SETEMBRO DE 2002.

Dispõe sobre a organização e o funcionamento do Sistema Brasileiro de Inteligência, instituído pela Lei no 9.883, de 7 de dezembro de 1999, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.883, de 7 de dezembro de 1999,

DECRETA:

Art. 1o A organização e o funcionamento do Sistema Brasileiro de Inteligência, instituído pela Lei no 9.883, de 7 de dezembro de 1999, obedecem ao disposto neste Decreto.

(20)

§ 1o O Sistema Brasileiro de Inteligência tem por objetivo integrar as ações de planejamento e execução da atividade de inteligência do País, com a finalidade de fornecer subsídios ao Presidente da República nos assuntos de interesse nacional.

§ 2o O Sistema Brasileiro de Inteligência é responsável pelo processo de obtenção e

análise de dados e informações e pela produção e difusão de conhecimentos necessários ao processo decisório do Poder Executivo, em especial no tocante à segurança da sociedade e do Estado, bem como pela salvaguarda de assuntos sigilosos de interesse nacional.

Art. 2o Para os efeitos deste Decreto, entende-se como inteligência a atividade de obtenção e análise de dados e informações e de produção e difusão de conhecimentos, dentro e fora do território nacional, relativos a fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório, a ação governamental, a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.

Art. 3o Entende-se como contra-inteligência a atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a inteligência adversa e ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda de dados, informações e conhecimentos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, bem como das áreas e dos meios que os retenham ou em que transitem.

Art. 4o O Sistema Brasileiro de Inteligência é composto pelos seguintes órgãos: (Redação

dada pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

I - Casa Civil da Presidência da República, por meio do Centro Gestor e Operacional do

Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAM; (Redação dada pelo Decreto nº 4.872, de

6.11.2003)

II - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, órgão de coordenação das atividades de inteligência federal; (Redação dada pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

III - Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, do Gabinete de Segurança Institucional da

Presidência da República, como órgão central do Sistema; (Redação dada pelo Decreto nº

4.872, de 6.11.2003)

IV - Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, da Diretoria de Inteligência Policial do Departamento de Polícia Federal, do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, da Secretaria Nacional de Justiça; (Redação dada pelo Decreto nº 5.525, de 2005)

V - Ministério da Defesa, por meio do Departamento de Inteligência Estratégica da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais, da Subchefia de Inteligência do Estado-Maior de Defesa, do Centro de Inteligência da Marinha, do Centro de Inteligência do Exército e do Centro de Inteligência da Aeronáutica; (Redação dada pelo Decreto nº 5.388, de 2005)

VI - Ministério das Relações Exteriores, por meio da Coordenação-Geral de Combate aos Ilícitos Transnacionais da Subsecretaria-Geral de Assuntos Políticos; (Redação dada pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

VII - Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria-Executiva do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil;

(Redação dada pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

VIII - Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria-Executiva; (Redação

dada pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

IX - Ministério da Saúde, por meio do Gabinete do Ministro de Estado e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; (Redação dada pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

X - Ministério da Previdência Social, por meio da Secretaria-Executiva; (Redação dada

(21)

XI - Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Gabinete do Ministro de Estado;

(Redação dada pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

XII - Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria-Executiva; e (Redação dada

pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

XIII - Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

(Redação dada pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

XIV - Controladoria-Geral da União, por meio da Sub-Controladoria. (Redação dada pelo

Decreto nº 5.525, de 2005)

Parágrafo único. Mediante ajustes específicos e convênios, ouvido o competente órgão de controle externo da atividade de inteligência, as unidades da Federação poderão compor o Sistema Brasileiro de Inteligência.

Art. 5o O funcionamento do Sistema Brasileiro de Inteligência efetivar-se-á mediante articulação coordenada dos órgãos que o constituem, respeitada a autonomia funcional de cada um e observadas as normas legais pertinentes a segurança, sigilo profissional e salvaguarda de assuntos sigilosos.

Art. 6o Cabe aos órgãos que compõem o Sistema Brasileiro de Inteligência, no âmbito de suas competências:

I - produzir conhecimentos, em atendimento às prescrições dos planos e programas de inteligência, decorrentes da Política Nacional de Inteligência;

II - planejar e executar ações relativas à obtenção e integração de dados e informações; III - intercambiar informações necessárias à produção de conhecimentos relacionados com as atividades de inteligência e contra-inteligência;

IV - fornecer ao órgão central do Sistema, para fins de integração, informações e conhecimentos específicos relacionados com a defesa das instituições e dos interesses nacionais; e

V - estabelecer os respectivos mecanismos e procedimentos particulares necessários às comunicações e ao intercâmbio de informações e conhecimentos no âmbito do Sistema, observando medidas e procedimentos de segurança e sigilo, sob coordenação da ABIN, com base na legislação pertinente em vigor.

Art. 7o Fica instituído, vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional, o Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência, ao qual compete:

I - emitir pareceres sobre a execução da Política Nacional de Inteligência;

II - propor normas e procedimentos gerais para o intercâmbio de conhecimentos e as comunicações entre os órgãos que constituem o Sistema Brasileiro de Inteligência, inclusive no que respeita à segurança da informação;

III - contribuir para o aperfeiçoamento da doutrina de inteligência;

IV - opinar sobre propostas de integração de novos órgãos e entidades ao Sistema Brasileiro de Inteligência;

V - propor a criação e a extinção de grupos de trabalho para estudar problemas específicos, com atribuições, composição e funcionamento regulados no ato que os instituir; e

VI - propor ao seu Presidente o regimento interno.

Art. 8o São membros do Conselho os titulares dos seguintes órgãos: (Redação dada pelo

Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

I - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; (Incluído pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

II - Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; (Incluído pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

III - Secretaria Nacional de Segurança Pública, Diretoria de Inteligência Policial do Departamento de Polícia Federal e Departamento de Polícia Rodoviária Federal, todos do Ministério da Justiça; (Incluído pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

(22)

IV - Departamento de Inteligência Estratégica da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais, Centro de Inteligência da Marinha, Centro de Inteligência do Exército, Secretaria de Inteligência da Aeronáutica, todos do Ministério da Defesa;

(Incluído pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

V - Coordenação-Geral de Combate aos Ilícitos Transnacionais da Subsecretaria-Geral de Assuntos Políticos, do Ministério das Relações Exteriores; (Incluído pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

VI - Conselho de Controle de Atividades Financeiras, do Ministério da Fazenda; e

(Incluído pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

VII - Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAM, da Casa Civil da Presidência da República. (Incluído pelo Decreto nº 4.872, de 6.11.2003)

§ 1o O Conselho é presidido pelo Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que

indicará seu substituto eventual.

§ 2o Os membros do Conselho indicarão os respectivos suplentes.

§ 3o Aos membros do Conselho serão concedidas credenciais de segurança no grau "secreto".

Art. 9o O Conselho reunir-se-á, em caráter ordinário, até três vezes por ano, na sede da ABIN, em Brasília, e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu Presidente

ou a requerimento de um de seus membros. (Redação dada pelo Decreto nº 4.872, de

6.11.2003)

§ 1o A critério do presidente do Conselho, as reuniões extraordinárias poderão ser realizadas fora da sede da ABIN.

§ 2o O Conselho reunir-se-á com a presença de, no mínimo, a maioria de seus membros.

§ 3o Mediante convite de qualquer membro do Conselho, representantes de outros órgãos ou entidades poderão participar das suas reuniões, como assessores ou observadores.

§ 4o O presidente do Conselho poderá convidar para participar das reuniões cidadãos de notório saber ou especialização sobre assuntos constantes da pauta.

§ 5o As despesas com deslocamento e estada dos membros do Conselho correrão à custa

de recursos dos órgãos que representam, salvo na hipótese do § 4o ou em casos excepcionais, quando correrão à custa dos recursos da ABIN.

§ 6o A participação no Conselho não enseja nenhum tipo de remuneração e será considerada serviço de natureza relevante.

Art. 10. Na condição de órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência, a ABIN tem a seu cargo:

I - estabelecer as necessidades de conhecimentos específicos, a serem produzidos pelos órgãos que constituem o Sistema Brasileiro de Inteligência, e consolidá-las no Plano Nacional de Inteligência;

II - coordenar a obtenção de dados e informações e a produção de conhecimentos sobre temas de competência de mais de um membro do Sistema Brasileiro de Inteligência, promovendo a necessária interação entre os envolvidos;

III - acompanhar a produção de conhecimentos, por meio de solicitação aos membros do Sistema Brasileiro de Inteligência, para assegurar o atendimento da finalidade legal do Sistema;

IV - analisar os dados, informações e conhecimentos recebidos, com vistas a verificar o atendimento das necessidades de conhecimentos estabelecidas no Plano Nacional de Inteligência;

V - integrar as informações e os conhecimentos fornecidos pelos membros do Sistema Brasileiro de Inteligência;

VI - solicitar dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal os dados, conhecimentos, informações ou documentos necessários ao atendimento da finalidade legal do Sistema;

(23)

VII - promover o desenvolvimento de recursos humanos e tecnológicos e da doutrina de inteligência, realizar estudos e pesquisas para o exercício e aprimoramento da atividade de inteligência, em coordenação com os demais órgãos do Sistema Brasileiro de Inteligência;

VIII - prover suporte técnico e administrativo às reuniões do Conselho e ao funcionamento dos grupos de trabalho, solicitando, se preciso, aos órgãos que constituem o Sistema colaboração de servidores por tempo determinado, observadas as normas pertinentes; e

IX - representar o Sistema Brasileiro de Inteligência perante o órgão de controle externo da atividade de inteligência.

Parágrafo único. Excetua-se das atribuições previstas neste artigo a atividade de inteligência operacional necessária ao planejamento e à condução de campanhas e operações militares das Forças Armadas, no interesse da defesa nacional.

Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 13 de setembro de 2002; 181o da Independência e 114o da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Paulo Tarso Ramos Ribeiro Geraldo Magela da Cruz Quintão Osmar Chohfi

Alberto Mendes Cardoso

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 16.9.2002.

Decreto nº 6.408/2008

DECRETO Nº 6.408, DE 24 DE MARÇO DE 2008.

Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão, das Gratificações de Exercício em Cargo de Confiança e das Gratificações de Representação da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 50 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2007,

DECRETA:

Art. 1o Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos

em Comissão, das Gratificações de Exercício em Cargo de Confiança e das Gratificações de Representação da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, na forma dos Anexos I e II.

Art. 2o Os apostilamentos decorrentes da aprovação da Estrutura Regimental de que

trata o art. 1o deverão ocorrer no prazo de vinte dias, contado da data de publicação deste Decreto.

Parágrafo único. Após os apostilamentos previstos no caput, o Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República fará publicar, no Diário Oficial da União, no prazo de trinta dias, contado da data de publicação deste Decreto, relação dos titulares dos cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS a que se refere o Anexo II, indicando o número de cargos ocupados e vagos, sua denominação e respectivo nível.

Art. 3o O regimento interno da ABIN será aprovado pelo Ministro de Estado Chefe do

Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e publicado no Diário Oficial da União no prazo de noventa dias, contado da data de publicação deste Decreto. Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

(24)

Brasília, 24 de março de 2008; 187o da Independência e 120o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Paulo Bernardo Silva Jorge Armando Felix

Este texto não substitui o publicado no DOU de 25.3.2008.

ANEXO I

ESTRUTURA REGIMENTAL DA AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CAPÍTULO I

DA NATUREZA E COMPETÊNCIA

Art. 1o A Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, órgão integrante do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, criada pela Lei no 9.883, de 7 de

dezembro de 1999, na condição de órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência, tem por competência planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as

atividades de Inteligência do País, obedecidas a política e as diretrizes superiormente traçadas na forma da legislação específica.

§ 1o Compete, ainda, à ABIN:

I - executar a Política Nacional de Inteligência e as ações dela decorrentes, sob a supervisão da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo;

II - planejar e executar ações, inclusive sigilosas, relativas à obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o Presidente da República; III - planejar e executar a proteção de conhecimentos sensíveis, relativos aos interesses e à segurança do Estado e da sociedade;

IV - avaliar as ameaças, internas e externas, à ordem constitucional;

V - promover o desenvolvimento de recursos humanos e da doutrina de inteligência; e VI - realizar estudos e pesquisas para o exercício e o aprimoramento da atividade de inteligência.

§ 2o As atividades de inteligência serão desenvolvidas, no que se refere aos limites de sua extensão e ao uso de técnicas e meios sigilosos, com observância dos direitos e garantias individuais, fidelidade às instituições e aos princípios éticos que regem os interesses e a segurança do Estado.

§ 3o Os órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência fornecerão à ABIN, nos termos e condições previstas no Decreto no 4.376, de 13 de setembro de 2002, e

demais dispositivos legais pertinentes, para fins de integração, dados e conhecimentos específicos relacionados com a defesa das instituições e dos interesses nacionais.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Art. 2o A ABIN tem a seguinte estrutura organizacional:

I - órgãos de assistência direta e imediata ao Diretor-Geral: a) Gabinete;

b) Assessoria de Comunicação Social; c) Assessoria Jurídica;

d) Ouvidoria;

e) Corregedoria-Geral; e

f) Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração: 1. Departamento de Administração e Logística;

2. Departamento de Gestão de Pessoal; 3. Escola de Inteligência; e

(25)

II - órgãos específicos singulares:

a) Departamento de Inteligência Estratégica; b) Departamento de Contra-Inteligência; c) Departamento de Contraterrorismo; e

d) Departamento de Integração do Sistema Brasileiro de Inteligência; e III - unidades estaduais.

CAPÍTULO III

DA COMPETÊNCIA DAS UNIDADES Seção I

Dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Diretor-Geral Art. 3o Ao Gabinete compete:

I - prestar apoio administrativo e técnico ao Diretor-Geral;

II - organizar a agenda de audiências e as viagens do Diretor-Geral;

III - providenciar o atendimento às consultas e aos requerimentos formulados pelo Congresso Nacional; e

IV - coordenar e supervisionar as atividades de protocolo geral. Art. 4o À Assessoria de Comunicação Social compete:

I - planejar, supervisionar, controlar e orientar as atividades de comunicação social e contatos com a imprensa, a fim de atender suas demandas e divulgar assuntos afetos à Agência, resguardando aqueles considerados de natureza sigilosa;

II - planejar, executar e coordenar as atividades de cerimonial e aquelas em que

comparecer o Diretor-Geral, bem como orientar as demais unidades nas solenidades sob sua responsabilidade, previstas nos textos normativos; e

III - organizar campanhas educativas e publicitárias para a divulgação da imagem, missão, visão de futuro, valores e objetivos estratégicos da Agência, junto à sociedade brasileira e à comunidade internacional.

Art. 5o À Assessoria Jurídica compete:

I - cumprir e zelar pelo cumprimento das orientações normativas emanadas da Advocacia-Geral da União;

II - prestar assessoria direta e imediata ao Diretor-Geral e aos órgãos que integram a estrutura da ABIN, nos assuntos de natureza jurídica, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 11 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993;

III - examinar e aprovar minutas de editais de licitação, de instrumentos de contratos, de convênios e de outros atos criadores de direitos e obrigações, que devam ser

celebrados pela ABIN;

IV - analisar e apresentar solução para as questões suscitadas pela aplicação das leis e dos regulamentos relativos às atividades desenvolvidas pela ABIN; e

V - examinar e emitir parecer sobre projetos de atos normativos a serem expedidos ou propostos pela ABIN.

Art. 6o À Ouvidoria compete:

I - atuar como canal adicional de comunicação entre o servidor e o Diretor-Geral da ABIN;

II - ouvir reclamações, críticas e elogios relativos a serviços prestados por unidade da ABIN;

III - ampliar a capacidade do servidor e do cidadão de colaborar com ações da ABIN, na forma de sugestões que propiciem o aperfeiçoamento de serviços prestados; e

IV - identificar oportunidades de melhoria de procedimentos por parte da ABIN. Art. 7o À Corregedoria-Geral compete:

I - receber queixas e representações sobre irregularidades e infrações cometidas por servidores em exercício na ABIN, bem como orientar as unidades da Agência sobre o assunto;

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