G
Sumário
Sumário
Fonética ...3
Fonética ...3
Acentuação gráfica ...4
Acentuação gráfica ...4
Ortografia bás
Ortografia bás
ica
ica
...
...
...
...
5
5
Emprego do hífen ...6
Emprego do hífen ...6
Radicais gregos e latinos ...7
Radicais gregos e latinos ...7
Formação de palavras...8
Formação de palavras...8
Principais prefixos ...10
Principais prefixos ...10
Principais sufixos ...11
Principais sufixos ...11
Semântica ...12
Semântica ...12
Classes gramaticais...15
Classes gramaticais...15
Verbos – modos e tempos
Verbos – modos e tempos
...
...
...19
...19
Vozes do verbo
Vozes do verbo
...
...
...
...
20
20
Análise sintática interna ...21
Análise sintática interna ...21
Orações subordinadas ...28
Orações subordinadas ...28
Orações coordenadas ...29
Orações coordenadas ...29
Concordância
Concordância
verbal
verbal
...
...
...
...
30
30
Concordância nominal ...31
Concordância nominal ...31
Regência verbal ...33
Regência verbal ...33
A preposição e os pronomes relativos ...34
A preposição e os pronomes relativos ...34
Crase ...35
Crase ...35
Colocação pronominal ...36
Colocação pronominal ...36
Pontuação ...36
Pontuação ...36
Discurso direto e indireto ...38
Discurso direto e indireto ...38
Figuras de linguagem ...39
Sumário
Sumário
Fonética ...3
Fonética ...3
Acentuação gráfica ...4
Acentuação gráfica ...4
Ortografia bás
Ortografia bás
ica
ica
...
...
...
...
5
5
Emprego do hífen ...6
Emprego do hífen ...6
Radicais gregos e latinos ...7
Radicais gregos e latinos ...7
Formação de palavras...8
Formação de palavras...8
Principais prefixos ...10
Principais prefixos ...10
Principais sufixos ...11
Principais sufixos ...11
Semântica ...12
Semântica ...12
Classes gramaticais...15
Classes gramaticais...15
Verbos – modos e tempos
Verbos – modos e tempos
...
...
...19
...19
Vozes do verbo
Vozes do verbo
...
...
...
...
20
20
Análise sintática interna ...21
Análise sintática interna ...21
Orações subordinadas ...28
Orações subordinadas ...28
Orações coordenadas ...29
Orações coordenadas ...29
Concordância
Concordância
verbal
verbal
...
...
...
...
30
30
Concordância nominal ...31
Concordância nominal ...31
Regência verbal ...33
Regência verbal ...33
A preposição e os pronomes relativos ...34
A preposição e os pronomes relativos ...34
Crase ...35
Crase ...35
Colocação pronominal ...36
Colocação pronominal ...36
Pontuação ...36
Pontuação ...36
Discurso direto e indireto ...38
Discurso direto e indireto ...38
Figuras de linguagem ...39
Gramática
Gramática
Fonética
Fonética
Letra
Letra
É oÉ o símbolo gráfico que representa os fonemas símbolo gráfico que representa os fonemas – –
é
é oo desenho dos fonemasdesenho dos fonemas. O alfabeto português é. O alfabeto português é
composto por 26
composto por 26 letras:letras: A A , B, C, D,, B, C, D,EE, F, G, H,, F, G, H,II, J, K, L,, J, K, L,
M, N,
M, N,OO, P, Q, R, S, T,, P, Q, R, S, T, UU, V, W, X, Y, Z. As letras desta-, V, W, X, Y, Z. As letras
desta-cadas são as
cadas são as vogaisvogais, as demais são as, as demais são as consoantesconsoantes..
Vogal –
Vogal –A /a/, E /e/, O /o/ A /a/, E /e/, O /o/
Semivogal –
Semivogal – i /y/, U /w/ i /y/, U /w/
Consoante –
Consoante – as restantesas restantes
Fonema
Fonema
É
É aa menor unidade sonora menor unidade sonora que se pode distin-que se pode
distin-guir em uma língua. A partir das diferentes
guir em uma língua. A partir das diferentes
unida-des sonoras, conseguimos diferenciar as palavras.
des sonoras, conseguimos diferenciar as palavras.
Observe:
Observe:
f
f ila /ila / v v ilaila
p
pão /ão / s sãoão
d
d ado /ado /f f ado /ado /l l adoado
s seeco / sco / saaco / sco / soococo b boola / bla / beelala ma mal l / ma / mar r / m / meel l
Sílaba
Sílaba
É o fonema pronunciado em uma única emissão
É o fonema pronunciado em uma única emissão
de voz. Ou seja:
de voz. Ou seja:
pão
pão – pronunciado em uma única emissão de voz, – pronunciado em uma única emissão de voz,
portanto, representa uma sílaba.
portanto, representa uma sílaba.
seco
seco – pronunciado em duas emissões de voz, – pronunciado em duas emissões de voz,
portanto, representa duas sílabas.
portanto, representa duas sílabas.
Fonema, Letra e Sílaba
Fonema, Letra e Sílaba
Exemplos de identicação:
Exemplos de identicação:
prático – 7 letras, 7
prático – 7 letras, 7 fonemas, 3 sílabas;fonemas, 3 sílabas;
pena – 4 letras, 4 fonemas, 2 sílabas;
pena – 4 letras, 4 fonemas, 2 sílabas;
apertado – 8
apertado – 8 letras, 8 fonemas, 4 sílabas.letras, 8 fonemas, 4 sílabas.
Atenção
Atenção
Nem sempre o número de letras corresponde ao
Nem sempre o número de letras corresponde ao
número de fonemas, nem cada fonema é
número de fonemas, nem cada fonema é
represen-tado por uma única letra e vice-versa. Observe os
tado por uma única letra e vice-versa. Observe os
casos em que isso ocorre no português.
casos em que isso ocorre no português.
1.º) Dífono: quando uma letra
1.º) Dífono: quando uma letra
representa dois fonemas.
representa dois fonemas.
tórax [tóraKS], sexo [seKSo]
tórax [tóraKS], sexo [seKSo]
2.º) Quando um mesmo fonema
2.º) Quando um mesmo fonema
é representado por diferentes letras.
é representado por diferentes letras.
Por exemplo, o fonema [z] nas palavras.
Por exemplo, o fonema [z] nas palavras.
eXaminar, Zangado, caSaco
eXaminar, Zangado, caSaco
3.º) Quando uma letra é utilizada de f
3.º) Quando uma letra é utilizada de f
orma
orma
simplesmente decorativa, devido, comumente,
simplesmente decorativa, devido, comumente,
a fatores históricos. No português, isso ocorre
a fatores históricos. No português, isso ocorre
com a letra “H” em início de palavras.
com a letra “H” em início de palavras.
Homem [omem], Hoje [oje], Habitação [abitação]
Homem [omem], Hoje [oje], Habitação [abitação]
4.º) Quando uma letra
4.º) Quando uma letra
representa fonemas diferentes.
representa fonemas diferentes.
enXada – som de [x], eXcluir – som de [s], seXo –
enXada – som de [x], eXcluir – som de [s], seXo –
som de [ks], eXecutado – som de [z]
som de [ks], eXecutado – som de [z]
5.º) Dígrafos ou Digramas.
5.º) Dígrafos ou Digramas.
Quando duas letras representam um fonema. São
Quando duas letras representam um fonema. São
dígrafos:
dígrafos:ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu, qu, an, am,qu, an, am,
en, em, in, im, on, om,
en, em, in, im, on, om, un, umun, um..
Observe os exemplos:
Observe os exemplos:
Chile – 5 letras, 4 fonemas [Xile]
Chile – 5 letras, 4 fonemas [Xile]
sucesso – 7 letras, 6 fonemas [suceso]
sucesso – 7 letras, 6 fonemas [suceso]
apaguei – 7
apaguei – 7 letras, 6 fonemas [apagei]letras, 6 fonemas [apagei]
ontem – 5 letras, 3 fonemas [õte]
ontem – 5 letras, 3 fonemas [õte]
também – 6
também – 6 letras, 4 fonemas [tãbe]letras, 4 fonemas [tãbe]
nascer – 6 letras, 5 fonemas [naSer]
nascer – 6 letras, 5 fonemas [naSer]
desço – 5 letras, 4 fonemas [deSo]
Gramática
Gramática
exceção –exceção – 7 letras, 6 fonemas 7 letras, 6 fonemas [eSesão[eSesão]]
ninho – 5 letras, 4 fonemas [niÑo]
ninho – 5 letras, 4 fonemas [niÑo]
Encontros consonantais
Encontros consonantais
Além dos
Além dos dígrafosdígrafos, existem mais dois tipos de en-, existem mais dois tipos de
en-contros consonantais.
contros consonantais.
Perfeitos
Perfeitos –– consoante +consoante +rr ou ou ll, na mesma sílaba:, na mesma sílaba:
PRa / to, FLa / min / go.
PRa / to, FLa / min / go.
Imperfeitos
Imperfeitos – sílabas separadas: aM / Bos, aD / – sílabas separadas: aM / Bos, aD /
Vo / ga / do. Vo / ga / do.
Importante
Importante
Encontros consonantais que começam palavras
Encontros consonantais que começam palavras
não são separados. Exemplo: Psi /co/ lo
não são separados. Exemplo: Psi /co/ lo / gi /a, PNeu,/ gi /a, PNeu,
PNeu / mo / ni
PNeu / mo / ni / a. Sublinhar – sub / li / nhar , abrupto/ a. Sublinhar – sub / li / nhar , abrupto
– ab / rup / to.
– ab / rup / to.
Encontros vocálicos
Encontros vocálicos
Há três tipos de encontros vocálicos.
Há três tipos de encontros vocálicos.
Ditongo
Ditongo
Crescentes
Crescentes – semivogal ( – semivogal (i, ui, u) e vogal () e vogal (a, e, oa, e, o) na) na
mesma sílaba: Fábio, sábia, profícuo.
mesma sílaba: Fábio, sábia, profícuo.
Decrescentes
Decrescentes – –vogal e semivogal na mesma síla-vogal e semivogal na mesma
síla-ba: foi, mau, sabeis.
ba: foi, mau, sabeis.
Tritongo
Tritongo
Semivogal + vogal + semivogal
Semivogal + vogal + semivogal na mesma sílaba:na mesma sílaba:
Uruguai, quais, averiguei.
Uruguai, quais, averiguei.
Hiato
Hiato
Encontro de 2 vogais em sílabas diferentes (+ de
Encontro de 2 vogais em sílabas diferentes (+ de
uma emissão de voz): cair, baú, álcool.
uma emissão de voz): cair, baú, álcool.
Acentuação grá
Acentuação grá
ca
ca
Acentuação da sílaba tônica
Acentuação da sílaba tônica
Todas as palavras são acentuadas tonicamente,
Todas as palavras são acentuadas tonicamente,
isto é, uma de suas sílabas é pronunciada mais
isto é, uma de suas sílabas é pronunciada mais
for-temente.
temente.
Exemplo: Exemplo:
Caderno – a sílaba pronunciada com mais força é
Caderno – a sílaba pronunciada com mais força é
“der” – essa é a sílaba tônica.
“der” – essa é a sílaba tônica.
As palavras proparoxítonas têm como sílaba
As palavras proparoxítonas têm como sílaba
tôni-ca a antepenúltima, as paroxítonas, a
ca a antepenúltima, as paroxítonas, a penúltima e aspenúltima e as
oxítonas a última. Entretanto, algumas palavras
oxítonas a última. Entretanto, algumas palavras
ne-cessitam de acento gráfico em sua sílaba tônica. Isso
cessitam de acento gráfico em sua sílaba tônica. Isso
se deve ao fato de essas palavras saírem do padrão
se deve ao fato de essas palavras saírem do padrão
natural de pronúncia da Língua Portuguesa – 80%
natural de pronúncia da Língua Portuguesa – 80%
das palavras de nossa língua são paroxítonas, como
das palavras de nossa língua são paroxítonas, como
as palavras lua, bola, cabeça, espelho etc.
as palavras lua, bola, cabeça, espelho etc.
Utilidade do acento gráco
Utilidade do acento gráco
Evidenciar o deslocamento da tonicidade da sílaba
Evidenciar o deslocamento da tonicidade da sílaba
de determinada palavra do padrão natural de
de determinada palavra do padrão natural de
pro-núncia para outro diferente.
núncia para outro diferente.
Exemplo: Exemplo:
Também – observe a diferença comparando com
Também – observe a diferença comparando com fa- fa- zem
zem ee pe pedem; biquíni – compare com escredem; biquíni – compare com escrevi vi , , rurubi bi ..
Aplicação do acento grá
Aplicação do acento grá
co
co
Todas as palavras
Todas as palavras
1.
1. proparoxítonasproparoxítonas levam levam
acento gráfico.
acento gráfico.
Exemplo: Exemplo:
Fórmula, pêssego, prático, máquina, tática,
Fórmula, pêssego, prático, máquina, tática,
aca-dêmico etc.
dêmico etc.
Aqui
Aqui se se inserem inserem os os vocábulos vocábulos paroxítonoparoxítonos s ter-
ter-minados em
minados em ditongo crescenteditongo crescente ( (ea, eo, ia, ie,ea, eo, ia, ie,
io, ao, ua, ue
io, ao, ua, ue ), ),por se considerar, para fins depor se considerar, para fins de
acentuação, que estas palavras são
acentuação, que estas palavras são pro proparparoxí-
oxí-tonas relativas ou eventuais.
tonas relativas ou eventuais.
Exemplo: Exemplo:
Fêmea, núcleo, ciência, superfície, prêmio, mágoa,
Fêmea, núcleo, ciência, superfície, prêmio, mágoa,
água, tênue.
água, tênue.
Por serem mais comuns as
Por serem mais comuns as palavraspalavras
2.
2. paroxíto-
paroxíto-nas
nas terminadas em terminadas em a(s), e(s), o(s), ema(s), e(s), o(s), em ee ens, ens, estas não recebem acento gráfico, já as
estas não recebem acento gráfico, já as
paro-xítonas com outras terminações como
xítonas com outras terminações como l, n, r,l, n, r,
x, ps, ã(s), ão(s), ei(s), i(s), on(s), um, uns, u,
x, ps, ã(s), ão(s), ei(s), i(s), on(s), um, uns, u,
us
us, receberão o acento gráfico., receberão o acento gráfico.
Exemplo: Exemplo:
Fica, lume,
Fica, lume, lobo, lobo, limpem, parlimpem, parabéns / hábil, tabéns / hábil, táxiáxi, jó, jóqueiquei,,
tênis, repórte
tri-Gramática
buição se estabelecerá, então, a acentuação gráfica das oxítonas: a inversão da regra. Ou seja:
Palavras a(s), e(s), o(s),
em*, ens* O resto
Oxítonas Sim Não
Paroxítonas Não Sim
* Palavras com mais de uma sílaba.
Exemplo:
André, conhecê-lo, chulé, Marabá, jiló.
Ditongos
3. – acentuam-se os ditongos eu(s), oi(s), ei(s) quando forem abertos, com exce-ção das palavras paroxítonas.
Exemplo:
chapéu, troféu, herói, constrói, ideia, pastéis, epo- peia, jiboia etc.
Hiatos
4. – as vogais i e u recebem acento agu-do sempre que formam hiato com a vogal an-terior e ficam sozinhas na sílaba ou com s.
Exemplo:
Baú, raízes, gaúcho, ruído, caíste.
Cuidado
Não se acentua hiato seguido de nh. Exemplo: rai-nha, tairai-nha, ventoinha.
Não se acentuam mais os hiatos que tenham como antecedente ditongos decrescentes como em boiuna e baiuca.
Não há acento agudo quando o i e o u formam ditongo e não hiato: gratuito, fortuito, intuito etc.
Não há acento agudo quando as vogais i eu não estão isoladas nas sílabas: ca-iu, ra-iz, ru-im.
Monossílabos tônicos
5. – acentuam-se os mo-nossílabos tônicos terminados ema,e eo.
Exemplo:
pá, fé, pó.
Acentos diferenciais
6. – servem para distin-guir duas palavras que são grafadas da mes-ma formes-ma.
Observe os exemplos dos vocábulos que são acentuados:
pôr (verbo infinitivo), por (preposição). pôde (pret. perf.), pode (pres. ind.).
tem e vem (3.a p. sing), têm, vêm (3.a p. pl.).
Intervêm, contêm, mantêm (3.a p. pl), para
diferenciar de intervém, contém, mantém (3.a p. sing., acentuados por regra) – e
de-mais derivados de ter e vir.
Ortograa básica
G ou J
-agem, -igem, -ugem
1. / -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio são grafados com g: garagem, viagem (substantivo), fuligem, ferrugem, pe-dágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio etc.
Após
2. a inicial usa-se ge ou gi: agitar, agente, agenda, agência etc.
Observação: ajeitar deriva de jeito. Palavras derivadas de outras com
3. j:
sujo/sujei-ra, laranja/laranjeisujo/sujei-ra, loja/lojista. Verbos terminados em
4. jar : arranje, suje, viaje, viajem, enferrujem etc.
X ou CH
Após ditongo, usa-se
1. x: peixe, paixão, desleixo, caixa, faixa etc.
Após
2. en inicial aplica-se x: enxada, enxaque-ca, enxame, enxuto, enxugar etc.
Observação: encher deriva de cheio, encharcar , de charco.
Palavras estrangeiras aportuguesadas: xampu 3.
( shampoo), xerife ( sheriff ).
Palavras indígenas, africanas, sem tradição 4.
escrita: xavante, xangô, xique-xique, Erexim, muxoxo, caxambu, abacaxi etc.
Observação: esses tipos de vocábulos serão sempre grafados com x, ç, j.
Gramática
Exemplo:
jiboia, Juçara, Paraguaçu, muçurana etc. Após
5. me, emprega-se x: México, mexerica, mexilhão, mexer, mexerico.
Exceção: mecha.
S ou Z
Usa-se
1. snos sufixos -ês, -esa (para indicação de nacionalidade, título, origem),-ense,-oso,
-osa (formadores de adjetivos), -isa (indica-dor de ocupação feminina): chinês, burguesa, catarinense, amoroso, perigosa, sacerdotisa. Após ditongos, usa-se
2. s: coisa, causa, Neusa, Eusébio, náusea.
Usa-se
3. Z nos sufixos-ez,-eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos),
-izar (formador de verbos), -zação (formador de substantivos): rígido, rigidez; belo, beleza; civilizar, civilização, realizar, realização.
S, C, Ç e X ou SC, SÇ, SS, XC e XS
Correlação gráfica entre
1. nd ens na formação de substantivos a partir de verbos: ascender, ascensão; distender, distensão; pretender, pretensão; tender, tensão; estender, exte n-são.
Correlação gráfica entre
2. ced ecess em nomes formados a partir de verbos: ceder, cessão; conceder, concessão; ex ceder, ex cessivo; aceder, acesso.
Correlação gráfica entre
-3. ter e -tenção em
nomes formados a partir de verbos: abster, abstenção; ater, atenção; conter, con ten-ção; deter, detenção; reter, retenção.
Graa dos porquês
Por que
Quando puder ser substituído por pelo qual ou equivaler apor que razão (motivo). É usado para fa-zer perguntas.
O motivo por que voltei é segredo. Por que você voltou?
Não sabemos por que ele voltou.
Por quê
Quando for marcada pausa por qualquer sinal de pontuação. Final de frase.
Sabes por quê? Eu sei por quê.
Porquê
Quando estiversubstantivado pelos determinan-tes o, um, meu, este, algum, qualquer.
Todos temos os nossos porquês. Não sei o porquê disso.
Porque
Usado nas respostas, equivale a conjunção (pois, porquanto, uma vez que).
Ela não respondeu porque não quis.
Emprego do hífen
Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos
Ante, anti, arqui, auto, contra,
extra, infra, intra, micro, neo,
proto,pseudo,semi,sobre,supra
eultra.
Antes de h e nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento.
Anti-inflamatório, anti-herói, ar-qui-inimigo, auto-observação, contra-ataque, intra-abdominal, micro-ônibus, proto-histórico, neo-humanismo, semi-interno, supra-hepático, sobre -humano, sobre-excelente.
Gramática
Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos
Super, hipere inter. Antes dehe r. Super-homem, hiper-hidrose, inter-regional.
Pane circum. Antesdeh, vogal, mou n. Pan-americano, pan-negritude, circum-adjacente, circum-murado, circum-hospitalar.
Mal. Antes de he vogal. Mal-humorado, malquerer (mal--querido, porém), mal-educado.
Aquém, além, bem, ex, sem, grã, grão, pré, pós, próe recém.
Sempre. Aquém-fronteiras, ex-namorado, pós-graduação, pró-paz, grã-duquesa, recém-casado, vergonha, sem-cerimônia, pré-vestibular, pré-adoles-cente, grão-mestre, grão-duque, bem--ajambrado, bem-vindo, além--túmulo, além-país. (Exceções: predefinir, predeterminado, predispor, predizer, preexistir).
Ad, ab, obe sob. Antes de r. Ad-rogar, ab-rogar, ob-repção, sob-roda.
Sub. Antesder, be h. Sub-reitor, bibliotecário, sub-humano ou subumano, sub-he-pático.
Para, co. Aglutina-se com o segundo ele-mento.
Parachoque, paraquedas, paraque-dista, coautor, coeditor.
Nãose emprega o hífen nos compos-tos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo ele-mento começa por vogal diferente.
Autoafirmação, autoajuda, auto-aprendizagem, contraexemplo, extraescolar, intrauterino, neoex-pressionista, semiaberto, suprao-cular, ultraelevado.
Nãose emprega o hífen nos com-postos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r
ous, devendo essas consoantes se duplicarem.
Antessala, antirreumático, arquir-rival, sobressair, sobressalente, sobressaltar, ultrarromântico, ul-trassonografia, suprarrenal, su-prassensível.
Radicais gregos e latinos
Principais radicais gregos
Aero – AR Antropo – HUMANO Arquia – GOVERNO Auto – A SI MESMO Bio – VIDA Cali – BELO Cosmo – ESPAÇO Cromo – COR Crono – TEMPO
Gramática
Cracia – PODER Demo – POVO Derma – PELE Dromo – PISTA Etno – RAÇA Fono – VOZ Foto – LUZ Fobia – MEDO Fagia – COMER Gamo – RELAÇÃO Geo – TERRA Grafia – ESCRITA Hemo – SANGUE Hetero – DIFERENTE Hidro – ÁGUA Homo – IGUAL Lito – PEDRALogo – QUE ESTUDA / PALAVRA Macro – GRANDE Micro – PEQUENO Miso – AVERSÃO Mono – UM Neo – NOVO Orto – CORRETO Poli – MUITOS Potamos – RIO Proto – À FRENTE Pseudo – FALSO Pan – TUDO Pato – DOENÇA Piro – FOGO Psique – ALMA/MENTE Quilo – MIL Scopia – INVESTIGAÇÃO Teo – DEUS Termo – TEMPERATURA Topo – LUGAR Tele – DISTANTE Terapia – TRATAMENTO Teca – CONJUNTO Tanatos – MORTE Zoo – ANIMAL
Principais radicais latinos
Agri – CAMPO Cor – COR
Cida – QUE MATA Cola – HABITANTE Bi(s) – DUAS VEZES Equi – IGUAL Fugo – FUGA/ESCAPE Igni – FOGO Loco – LUGAR Multi – MUITOS Oni – TUDO Semi – METADE
Sesqui – UMA VEZ E MEIA Rus – CAMPO Tri – TRÊS Urbs – CIDADE Voro – COMER
Formação de palavras
Família de palavras
Conjunto de palavras que possuem o mesmo ra-dical.
GOVERNar
GOVERNo
GOVERNador
GOVERNável desGOVERNado
GOVERNabilidade
GOVERNante desGOVERNo
Processos de formação de palavras
Há dois processos de formação de palavras na Lín-gua Portuguesa: formação por derivação e forma-ção porcomposição.
Gramática
Derivação
Formação de nova palavra mediante acréscimo de afixo.
Derivação prexal
Formação de nova palavra mediante acréscimo de prefixo.
Termo Primitivo Derivação Prefixal
Escola Pré-escola Feliz Infeliz Legal Ilegal
Derivação suxal
Formação de nova palavra mediante acréscimo de sufixo.
Termo Primitivo Derivação Sufixal
Feliz Felizmente
Legal Legalidade
Suave Suavizar
Nervo Nervoso
Derivação prexal e suxal
Formação de nova palavra mediante acréscimo de prefixo e sufixo em sequência.
Termo Primitivo Derivação Prefixale Sufixal
Feliz Infelizmente
Cumprir Descumprimento
Legal Ilegalidade
Derivação parassintética
Formação de nova palavra mediante acréscimo si-multâneo de prefixo e sufixo.
Termo Primitivo ParassintéticaDerivação
Noite A noitecer
Beleza Embelezar
Termo Primitivo ParassintéticaDerivação
Velho Envelhecer
Alma Desalmado
Corrente A correntado
Derivação regressiva (ou deverbal)
Formação de nova palavra mediante decréscimo de um sufixo ou de desinências do radical.
Termo Primitivo Derivação Regressiva
Debater Debate Cantar Canto Recuar Recuo Perder Perda Atacar Ataque
Derivação imprópria
Formação de nova palavra mediante modificação da classe morfológica original em função do contex-to frasal.
Não aceito um não como resposta. (substantivo) Aristides tinha umfalar complicado. (substantivo)
Dou-lhe esta carta rosa. (adjetivo)
Composição
Formação de nova palavra mediante associação de dois ou mais radicais simples.
Há dois processos de composição: composição por justaposição e composição por aglutinação.
Composição por justaposição
Os radicais componentes da composição mantêm sua integridade sonora.
Justaposição Radicais Porco-espinho Porco e espinho
Passatempo Passa e tempo
Girassol Gira e sol
Gramática
Composição por aglutinação
Os radicais componentes da composição não mantêm sua integridade sonora.
Aglutinação Radicais Simples
Vinagre Vinho acre
Aguardente Água ardente
Embora Em boa hora
Fidalgo Filho de algo
Outros processos
de formação de palavras
Composição erudita
Composição com radicais de mesma origem.
Composição Origem
Locomotiva Loco (latim) e motiva (latim)
Biologia Bio (grego) e logia (grego)
Retilíneo Reti (latim) e líneo (latim)
Hibridismo
Derivação ou composição através de radicais de diferentes idiomas.
Hibridismo Origem
Automóvel Auto (grego) e móvel (latim)
Burocracia Buro (francês) e cracia (grego)
Televisão Tele (grego) e visão (português)
Sociologia Sócio (latim) e logia (grego)
Redução vocabular
Diminuição do tamanho da palavra por abrevia-ção, abreviatura ou sigla.
Abreviação Origem Cinema Cinematógrafo Moto Motocicleta Foto Fotografia Abreviatura Origem Subst. Substantivo Adj. Adjetivo Sigla Origem
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
ONU Organização das Nações Unidas
PT Partido dos Trabalhadores
Sida (Aids) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Onomatopeia
Representação de sons e ruídos através da escrita.
Exemplos:
Tique-taque, quero-quero, bem-te-vi, miau etc.
Principais prexos
a – AUSÊNCIA 1. ante – ANTES 2. anti – OPOSTO 3. com – COMPANHIA 4. contra – CONTRÁRIO 5.de – MOVIMENTO PARA BAIXO 6.
des – MOVIMENTO CONTRÁRIO 7.
epi – EXTERNO 8.
ex (com hífen) – ESTADO ANTERIOR 9.
ex – MOVIMENTO PARA FORA 10. extra – ACIMA DE 11. eu – BOM/BEM 12. hiper – EXCESSO 13. hipo – ESCASSEZ 14. in – NEGAÇÃO 15.
in – MOVIMENTO PARA DENTRO 16. inter – ENTRE 17. pré – ANTES 18. pró – A FAVOR/À FRENTE 19.
Gramática
re – REPETIÇÃO/MOVIMENTO PARA TRÁS 20.
retro – MOVIMENTO PARA TRÁS 21. super – ACIMA DE 22. trans – ATRAVÉS DE 23. sub – ABAIXO 24. vice – SUBSTITUTO 25. ultra – ALÉM DE 26.
Principais suxos
Suxos que formam
substantivos de verbos
Agente
Verbo Substantivo
Navegar Navegante
Agredir Agressor
Contar Contador
Amar Amante
Combater Combatente
Ação
Verbo Substantivo
Trair Traição
Suar Suadouro
Ferir Ferimento
Concorrer Concorrência
Lugar
Verbo Substantivo
Viver Viveiro
Matar Matadouro
Beber Bebedouro
Laborar Laboratório
Suxos que formam
substantivos de adjetivos
Adjetivo Substantivo
Belo Beleza
Árido Aridez
Doce Doçura
Bom Bondade
Rápido Rapidez
Honesto Honestidade
Suxos que formam
adjetivos de substantivos
Substantivo Adjetivo
Horror Horrível
Barba Barbudo
Terror Terrível
Horizonte Horizontal
Perigo Perigoso
Gosto Gostoso
Suxos que formam
advérbios de adjetivos
Adjetivo Advérbio
Rápido Rapidamente
Feliz Felizmente
Luxuoso Luxuosamente
Geral Geralmente
Obstinado Obstinadamente
Gramática
Suxos que formam
adjetivos de verbos
Verbo Adjetivo
Justificar Justificável
Compreender Compreensível
Suportar Suportável
Sofrer Sofrível
Suxos que formam verbos
Classe Primitiva Verbo
Civil Civilizar
Flor Florescer
Duro Endurecer
Manhã Amanhecer
Real Realizar
Semântica
Semântica ( sema = “sentido”) é a ciência que estuda a significação das palavras e das senten-ças.
O signo linguístico verbal
(a palavra escrita ou falada)
Signo linguístico é uma estrutura mínima linguís-tica constituída por duas partes: significante e signi-ficado.
Signicante
Parte perceptível do signo linguístico, constituída de sons que podem ser representados por letras. É também classificado como plano de expressão.
Signicado
Parte inteligível do signo linguístico, constituída de um conceito. É também classificado como plano de conteúdo.
Polissemia
A polissemia ( poli = “muitos”; sema = “sentido”) acontece quando um plano de expressão (signifi-cante) é suporte para mais de um plano de conteú-do (significaconteú-do).
Exemplo:
A palavra “linha”.
Acabou alinha para costura.
Os jogadores formaram uma linha de ataque fulminante.
O capiau manteve alinha durante a janta.
Tua linha de raciocínio é muito elaborada para mim.
Vocês jogam nalinha; eu, no gol.
Quallinha de ônibus devo pegar para ir ao Igua-temi?
É importante salientar que a polissemia é geral-mente neutralizada pelo falante ou pelo redator atra-vés da definição de um determinado contexto.
Contexto
Contexto é uma unidade linguística de âmbito maior, na qual se insere outra de âmbito menor. Des-sa forma:
Palavra < Contexto da Frase < Contexto do Parágrafo
< Contexto Textual
Portanto, todo significado é definido pelo contex-to. A esse constante processo linguístico chamamos designificado contextual.
Denotação x Conotação
Denotação
Conceito de origem, significação básica da pala-vra, sentido oficial do signo linguístico.
Conotação
Significação derivada, acréscimo de significado, readaptação de sentido do signo linguístico.
Sinonímia
Gramática
Xexéu e Janjãoencontraram a tartaruguinha em-baixo da geladeira.
Xexéu e Janjãoacharam a tartaruguinha embaixo da geladeira.
Antonímia
Incompatibilidade de significado entre duas pala-vras.
Janjão éalto e gordo. Xexéu ébaixo e magro.
Ambiguidade
Duplicidade de sentido.
Janjão disse a Xexéu que seu pai não comparecerá à reunião.
O mendigo bateu na velhinha com a bengala.
Atacaram os bandidos os policiais.
Acarretamento
Quando uma significação permite que consiga-mos inferir outra. Há dois tipos de acarretamento:
hiponímia ehiperonímia.
Hiponímia
Relação entre uma palavra de sentido mais espe-cífico com uma outra de sentido mais abrangente, genérico.
Hiperonímia
Relação entre uma palavra de sentido mais abran-gente, genérico com uma outra de sentido mais es-pecífico.
Janjão gosta de sair com seu labrador. (hiponí-mia)
Janjão gosta de sair com seucão.(hiperonímia)
Deslize
Uso inadequado de uma significação dentro de um determinado contexto.
Ao verificar o aparelho elétrico, percebeu que o problema estava nofuzil queimado. (impropriedade)
Ao verificar o aparelho elétrico, percebeu que o problema estava nofusível queimado.
Homonímia x Paronímia
Homônimos
São vocábulos que se pronunciam da mesma for-ma, mas que diferem no sentido. Podem ter grafia e pronúncia idênticas: são (santo), são (sadio) e são (verbo ser).
Parônimos
São os vocábulos que apresentam certa semelhan-ça de grafia e de pronúncia, mas que têm significado diferente, tais como ratificar e retificar.
Exemplos de Homônimos e Parônimos
acender: ligar, pôr fogo
•
ascender: subir
•
acento: sinal gráfico
•
assento: local próprio para sentar-se
•
a princípio: inicialmente
•
em princípio: teoricamente
•
acerca de: sobre
•
a cerca de: proximidade (distância)
•
há cerca de: referência a tempo
•
afim: semelhante
•
a fim (de): finalidade
•
amoral: indiferente à moral
•
imoral: contrário à moral
•
ao encontro de: a favor
•
de encontro a: contra
•
ao invés de: ao contrário de
•
em vez de: no lugar de
•
à-toa: sem vergonha (adjunto adnominal)
•
à toa: sem rumo (adjunto adverbial de modo)
Gramática
casual: por acaso
•
causal: indica causa
•
cassar: anular
•
caçar: perseguir
•
cavaleiro: homem a cavalo
•
cavalheiro: homem gentil
•
censo: contagem
•
senso: juízo
•
cessão: ato ou efeito de ceder
•
sessão: reunião
•
secção ou seção: parte de um todo
•
comprimento: medida
•
cumprimento: saudação, ato ou efeito de
cum-•
prir
concerto: sessão musical, harmonização
•
conserto: ato de arrumar
• cozer: cozinhar • coser: costurar • delatar: denunciar • dilatar: ampliar •
descrição: ato ou efeito de descrever
•
discrição: modéstia
•
despercebido: desatento, não notado
•
desapercebido: desprovido
•
emergir: subir à tona
•
imergir: afundar
•
eminente: importante
•
iminente: próximo de acontecer
•
emigrar: que sai de lugar
•
imigrar: que entra em lugar
•
estada: permanência de pessoa
•
estadia: permanência de veículo
•
flagrante: evidência
•
fragrante: aromático
•
fosforescente: pouco luminoso
• florescente: florido • fluorescente: luminoso • incipiente: iniciante • insipiente: ignorante •
infligir: aplicar pena
•
infringir: transgredir
•
mandato: delegação de poder
•
mandado: ordem judicial
•
prescrever: determinar, regular
•
proscrever: desterrar, abolir
• ratificar: confirmar • retificar: corrigir • sustar: suspender • suster: manter •
tachar: censurar, acusar de defeito
•
taxar: regular preço
•
tráfego: movimentação de veículos
•
tráfico: negócio ilícito
Gramática
Classes gramaticais
Substantivo
Nomeia seres, coisas (subst. concretos) e ideias (subst. abstratos).
Exemplo:
Casa, homem, lobo, livro, liberdade, beleza.
Flexões:gênero, número e grau.
Tipos de substantivos
Substantivos concretos e substantivos abstratos
Concretos: casa, cadeira, homem, Pedro, Deus, alma, fada, gnomo.
Abstratos: beleza, esperança, verdade, justiça, bondade, nudez, vontade.
Ele vive da plantação de cana. (abstrato = ato de plantar)
A plantação de cana pegou fogo. (concreto = canavial)
Substantivos comuns e substantivos próprios
Comuns: cidade, homem, cachorro, santo, rio.
Próprios: Porto Alegre, George, Tóbi, Antônio, Guaíba.
Substantivos primitivos e
substantivos derivados
Primitivos: caça, cabeça, roupa, maçã.
Derivados: caçador, cabeceira, roupinha, macieira.
Substantivos simples e
substantivos compostos
Simples: caça, cabeça, roupa, maçã.
Compostos: caça-níquel, quebra-cabeça, guarda--roupa, banana-maçã.
Substantivos coletivos
O arquipélago japonês é ameaçado por terre-motos.
(conjunto de ilhas)
O céu tem oitenta e oito constelações. (conjuntos de estrelas)
Abanda terminou de tocar. (conjunto de músicos)
Gêneros
Substantivos biformes
São aqueles que apresentam uma forma para cada gênero.
menino menina
cantor cantora
papa papisa
imperador imperatriz
boi vaca
homem mulher
peixe-boi peixe-mulher
Substantivos uniformes
São aqueles que apresentam uma única forma para os dois sexos. Dividem-se em comuns-de-dois gêneros, epicenos e sobrecomuns.
Comum-de-dois gêneros
É aquele que apresenta uma única forma para os dois sexos, mas cujo gênero se distingue pela presen-ça de um determinante, como o artigo.
o/aestudante o/a jornalista
o/achefe o/asem-terra
o/aatleta o/a jovem
Epicenos
São substantivos de um só gênero que se refe-rem a ambos os sexos; nesse caso, o sexo pode ser diferenciado pela presença das palavras macho e
Gramática
o jacaré (gênero masculino) o jacarémacho (sexo masculino) o jacaréfêmea (sexo feminino)
a cobra(gênero feminino) a cobra macho (sexo masculino) a cobra fêmea (sexo feminino)
Sobrecomuns
São os que só têm um gênero e se referem a am-bos os sexos. Nesse caso, o sexo só é definido no contexto.
a criança (gênero feminino)
a testemunha (gênero feminino)
o membro (gênero masculino)
o cônjuge(gênero masculino)
Há casos em que a mudança de gênero de um substantivo acarreta mudança em seu significado.
Observe os contextos abaixo.
A cabeça lhe doía. (parte do corpo)
O cabeça do grupo foi preso. (líder, chefe)
A capital estava em chamas. (cidade principal)
O capital não foi suficiente. (dinheiro)
A caixa estava aberta. (recipiente)
O caixa estava aberto. (atendente, cobrador) Há casos de substantivos cujo gênero costuma va-cilar sobretudo na linguagem coloquial. Devem ser consultados para a escrita formal.
São masculinos: o champanha ou o champanhe o guaraná o soprano o dó o lança-perfume o contralto São femininos:
a sentinela a aluvião a crisma a dinamite a alface a bacanal a cal a agravante a atenuante a xérox ou
a xerox
Flexão
Flexão dos substantivos compostos
Regra geral
Flexionam-se os dois elementos que compõem o substantivo.
tenente-coronel tenentes-coronéis
navio-fantasma navios-fantasmas
guarda-florestal guardas-florestais
couve-flor couves-flores
quadro-negro quadros-negros
sexta-feira sextas-feiras
Exceções
Pluraliza-se apenas o primeiro quando o segundo limita o significado do primeiro.
banana-prata bananas-prata peixe-espada peixes-espada salário-família salários-família
licença-maternidade licenças-maternidade navio-escola navios-escola
pombo-correio pombos-correio
Pluraliza-se o primeiro elemento quando o substan-tivo composto tem entre dois substansubstan-tivos uma prepo-sição.
pé-de-moleque pés-de-moleque mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça copo-de-leite (flor) copos-de-leite
Pluraliza-se apenas o segundo elemento quando o primeiro for verbo ou termo invariável.
guarda-chuva guarda-chuvas guarda-sol guarda-sóis sempre-viva sempre-vivas abaixo-assinado abaixo-assinados vice-presidente vice-presidentes
Gramática
Adjetivo
Indica qualidade ou estado dos seres, modifican-do o substantivo.
Exemplo:
inteligente, rápido, feio, loira, magra etc.
Flexões: gênero, número e grau.
Flexão dos adjetivos
compostos
Flexiona-se em gênero e em número apenas o úl-timo elemento.
evento ibero-americano conferência ibero--americana
eventos ibero--americanos
conferências ibero--americanas
terno amarelo-escuro camisa amarelo-escura
ternos amarelo-escuros camisas amarelo--escuras
caos político-econômico situação político--econômica
sapato vermelho-claro meia vermelho-clara
sapatos vermelho-claros meias vermelho-claras
Exceções
Adjetivo composto tendo substantivo como o último elemento, não ocorrerá nenhuma exão
terno azul-piscina camisa azul-piscina
ternos azul-piscina camisas azul-piscina
colete amarelo-abóbora gravata amarelo--abóbora coletes amarelo--abóbora gravatas amarelo--abóbora Adjetivos de formação
“cor-de-substantivo” são invariáveis
cintocor-de-rosa meiacor-de-rosa
cintoscor-de-rosa meiascor-de-rosa
Adjetivos azul-marinho e
azul-celeste nunca se exionam
cinto azul-marinho meiaazul-marinho
cintosazul-marinho meiasazul-marinho
Adjetivo surdo-mudo exiona ambos os elementos
homem surdo-mudo mulhersurda-muda
homens surdos-mudos mulheres -surdas-mudas
Advérbio
Exprime uma circunstância (tempo, intensidade, lugar etc.), modificando o adjetivo ou outro advérbio.
Exemplo:
Ontem, aqui, muito, somente.
Flexões:grau (em alguns).
Verbos
Indica um processo – ação, estado ou fenômeno da natureza – situando – em função do tempo.
Flexões:modo, tempo, número, pessoa, voz.
Artigo
Antecede o substantivo, indicando seu gênero e número, determinando-o ou generalizando-o. Os ar-tigos definidos são: o(s), a(s). Os artigos indefinidos são:um, uma, uns, umas.
Flexões: gênero e número.
Conjunção
Estabelece ligação entre termos de mesma função e orações.
Exemplo:
Porém (conectivo de orações sindéticas coordena-das adversativas).
Gramática
Interjeição
Exprime apelo, emoções súbitas ou sentimentos. Palavra-frase.
Exemplo:
Cuidado!, Socorro!, Verdade?, Tchau!
Flexões: não flexiona.
Numeral
Denota a quantidade, ordenação ou proporção dos seres.
Exemplo:
Três, terceiro, terço, triplo.
Flexões: gênero, número, grau (alguns).
Tipos de numeral
Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco etc.
Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto etc.
Multiplicativos:dobro, triplo, quádruplo, quíntu-plo etc.
Fracionários:meio, terço.
Pronome
Acompanha ou substitui o nome.
Flexões: gênero, número, pessoa, caso.
Tipos de pronomes
Retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Oblíquos:me, te, se, nos...
Possessivos:meu, teu, seu, nosso...
Demonstrativos:este, esse, aquele...
Indefinidos: algum, nenhum, alguém, tudo, nada...
Interrogativos:qual, quem, o quê...
Relativos: que, quem, qual, quanto, como, cujo, onde.
Preposição
Liga termos de uma oração. Serve para estabele-cer relações entre os termos. Dividem-se em:
Preposições essenciais
(funcionam apenas como preposições)
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, en-tre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.Preposições acidentais
(palavras de outras classes gramaticais
que podem funcionar como preposições)
como, segundo, exceto, salvo, menos, afora, me-diante, fora etc.
Flexões:não flexionam.
Pronomes regidos por preposição
Pronomes Pessoais Retos
1.a pessoa Eu, Nós
2.a Pessoa Tu, Vós
3.a pessoa Ele(s), Ela(s)
Pronomes Pessoais Oblíquos
Pess. e n.° Átonos Tônicos
1.a pess. sing. Me Mim
2.a pess. sing. Te Ti
3.a pess. sing. O, a,lhe Ele, ela
1.a pess. pl. Nos Nós
2.a pess. pl. Vos Vós
3.a pess. pl. Os, as, lhes Eles, elas
Também são pronomes pessoais oblíquos se, si, comigo, contigo, consigo, conosco. Não foram in-cluídos na tabela por serem sempre reflexivos.
Regra I – as preposições essenciais regem prono-mes pessoais oblíquos tônicos.
Exemplo:
Levei o presente para ti . Estamos falandode mim e ti .
Faça isso por nós. (esse nós é oblíquo, não é o pessoal, de mesma grafia).
Gramática
Regra II – as preposições acidentais regempro-nomes pessoais retos. São preposições acidentais: conforme, consoante, segundo, durante, mediante, como, salvo, fora, que.
Exemplo:
Quando eu crescer, quero ser como tu. Incluam todosexceto eu.
Todos agirão conforme eu e ele mandarmos. (esse ele não é o oblíquo tônico, de mesma grafia)
Cuidado
Somente os pronomes pessoais retos podem ser
sujeito, os pronomes pessoais oblíquos serão sem-pre complemento.
Verbos – modos e tempos
a) Modo indicativo
Expressa certeza, realidade ou verdade.
Pretérito Perfeito
cant ei cant aste cant ou cant amos cant astes cant aramPretérito Imperfeito
cant ava cant avas cant ava cant ávamos cant áveis cant avamPretérito Mais-que-perfeito
cant ara cant aras cant ara cant áramos cant áreis cant aramFuturo do Pretérito
cant aria cant arias cant aria cant aríamos cant aríeis cant ariamFuturo do Presente
cant arei cant arás cant ará cant aremos cant areis cant arãoPresente
cant o cant as cant a cant amos cant ais cant amb) Modo subjuntivo
Expressa dúvida, possibilidade, incerteza, hipótese.
Presente
cant e cant es cant e cant emos cant eis cant emGramática
Pretérito Imperfeito
cant asse cant asses cant asse cant ássemos cant ásseis cant assemFuturo
cant ar cant ares cant ar cant armos cant ardes cant aremc) Modo imperativo
Expressa uma ordem, pedido, súplica ou con-selho.
Afirmativo Negativo
Estuda tu Não estudes tu Estude você Não estude você Estudemos nós Não estudemos nós Estudai vós Não estudeis vós Estudem vocês Não estudem vocês
Vozes do verbo
Ativa
Quando o sujeito pratica a ação indicada pelo verbo.
O vendaval destelhou as casas.
Passiva
Quando o sujeito sofre (ou recebe) a ação indica-da pelo verbo.
As casas foram destelhadas pelo vento.
Reexiva
Quando o sujeito pratica e sofre a ação indicada pelo verbo.
A moça se feriu com um canivete.
Recíproca
Quando há um sujeito que representa dois agentes e pacientes um do outro.
Os cães morderam-se na disputa pelo osso.
Passagem da voz ativa para passiva
Veja:
O professor examinou as provas.
sujeito verbo obj. direto
As provas foram examinadas pelo professor.
sujeito verbo agente da passiva
Procedimento
O objeto direto passa a ser o sujeito. a.
O sujeito passa à função de agente da pas-b.
siva.
O verbo se desdobra, numa forma composta, c.
formada pelo verbo ser (ir, estar),no mesmo tempo do verbo da ativa, e o seu próprio particípio.
Outros termos que não
sejam sujeito, verbo e objeto
No dia de Natal, com muito carinho, Paulo enviou para a noiva um buquê de flores e um cartão.
No dia de Natal, com muito carinho, um buquê de flores e um cartão foram enviados por Paulo para a noiva.
Conclusão
Outros termos que eventualmente houver na ora-ção permanecem.
Formas verbais compostas
Pedrinho devia estar distribuindo os convites. Os convites deviam estar sendo distribuídos por Pedrinho.
Gramática
Conclusão
Apenas o último componente da forma verbal composta é desdobrado.
Os demais permanecem com eventuais adapta-ções de concordância.
Pronomes pessoais
Tu me convidarás.
Eu serei convidado por ti.
Conclusão
Os pronomes passam do caso reto para o oblíquo e vice-versa, sempre que isso for necessário.
Observação importante
Uma oração só pode passar para a voz passiva quando tiver objeto direto.
Observe as frases:
Não podemos continuar a agir assim.
•
Nas últimas semanas, a garota parecia
preocu-•
pada.
Naquela casa, costumam ocorrer coisas
estra-•
nhas.
Conclusão
Como não há objeto direto, nenhuma pode ser passada para voz passiva.
Análise sintática interna
Análise dos diferentes papéis que os termos pos-suem em uma determinada oração.
Termos da oração
Classificação tradicional (sugerida pela NGB)
Termos essenciais da oração: sujeito, predica-do e predicativo (figuram usualmente na oração).
Termos integrantes da oração: objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva (constituem a oração mediante o apa-recimento de outro termo).
Termos acessórios da oração: adjunto adno-minal, adjunto adverbial, aposto e vocativo* (são dispensáveis na estrutura da oração).
*O vocativo é um termo isolado da oração, pois não se liga a nenhum outro termo dela.
Para tornar nossas análises mais claras, faremos outro tipo de abordagem no estudo dos termos da oração.
Classificação a ser usada
Termos associados ao nome: adjunto adnomi-nal, aposto, predicativo e complemento nominal.
Termos associados ao verbo: sujeito, predica-do, objeto direto, objeto indireto, agente da passi-va e adjunto adverbial.
Termo isolado da oração: vocativo.
Termos associados ao nome
Adjunto Adnominal
Termo satélite do núcleo do sintagma nominal. É um termo subordinado ao núcleo a que se refere. É a função própria dos artigos, dos pronomes ad- jetivos, dos numerais adjetivos, dos adjetivos e das
locuções adjetivas.
O aluno responsável estuda.
As mulheres do Rio de Janeiro são muito bonitas.
Aqueles assuntos não foram abordados.
Dois problemas atingiam o Governo. Observe agora os exemplos que seguem:
1.O aluno interessado estuda.
Gramática
Predicativo
Termo atributivo de estados, de qualidades e de modos de ser dos substantivos, o qual não se liga a eles de maneira adjunta. O predicativo é um termo subordinado ao nome a que se refere. Pode ser um sintagma nominal, um sintagma adjetival ou um sintagma preposicional.
Ele éinteligente. (S. Adj. – Predicativo do Sujeito)
Ele éum homem inteligente. (S.N. – Predicativo do Sujeito)
O predicativo pode se referir ao sujeito ou ao objeto. Ele élouco. (Predicativo do Sujeito)
Chamei-ode louco. (Predicativo do Objeto)
O juiz considerou o réu inocente. (Predicativo do Objeto)
Qual a possível ambiguidade em cada uma das frases abaixo? O juiz considerou o réu inocente.
O marido viu a esposa em prantos.
Mariana encontrou a casa suja.
Observe agora os períodos que seguem: Nosso problema é esse.
Nosso problema é que eles não se entendem.
Complemento nominal
Termo complementar de sentido do nome. Assim como há verbos transitivos, há nomes transitivos, que requerem complemento. Estes são sempreabstratos. O complemento nominal pode complementar o sentido de umadjetivo, de um advérbio, ou de umsubstantivo, sempre com auxílio de preposição.
Era fielaos amigos. (CN de adjetivo)
Agia independentementede princípios. (CN de advérbio)
Gramática
Agora observe os seguintes exemplos:
O amor de mãe é eterno. (adjunto adnomi-nal)
O amorà mãe é eterno. (complemento nomi-nal)
Observe os períodos que seguem: Janjão tinhanecessidade disso.
Janjão tinha necessidade de que o ajudas- sem.
Aposto
Termo que tem a função de explicar, especificar, explicitar, resumir, enumerar, identificar outro termo já expresso na oração. É um termo subordinado ao núcleo nominal a que se refere e é acessório, ou seja, sua presença não é obrigatória para estrutura frasal. Existem vários tipos de aposto. Para fins didáticos, vamos estudar um a um.
O aposto explicativo é um sintagma nominal que dá uma explicação a um núcleo de sintagma nominal.
A primavera , estação do amor e das flores , começou ontem. (aposto explicativo)
Luís , sujeito inescrupuloso , veio pedir-me a mão de minha filha. (aposto explicativo)
Oaposto especificativo particulariza e identifica o termo a que se refere.
O presidente Lula participou de um debate ontem. (aposto especificativo)
A cidade de São Paulo estava alagada. (apos-to especificativo)
A Avenida Paulista é o coração comercial do Brasil. (aposto especificativo)
Hoje é dia três de maio. (aposto especifica-tivo)
O aposto enumerativo introduz uma enumera-ção, uma listagem de elementos contidos em deter-minado núcleo da frase.
Tudo lhe trazia tristezas: a sala, o quarto, a cama, os lençóis, os móveis, o cigarro e o ca-chorro.(aposto enumerativo)
O aposto resumitivo ou recapitulativointroduz uma síntese de elementos enumerados em determi-nado núcleo da frase.
A sala, o quarto, a cama, os lençóis, os mó-veis, o cigarro, o cachorro, tudo lhe trazia tris-tezas. (aposto resumitivo)
Observe os períodos que seguem: Só lhe peço uma coisa: isso.
Só lhe peço uma coisa: que me deixe em paz.
Termos associados ao verbo
Sujeito
Termo sobre o qual é feita uma declaração verbal e com o qual o verbo concorda. Está ligado ao verbo e, portanto, é subordinado a ele.
O homemencontrou a esposa na praia. Eu nãocompareci à festa.
O sujeito é o sintagma nominal fundamental na oração. Vimos que só não têm sujeito os verbos di-tos impessoais. Quando eles aparecem, diz-se que há
oração sem sujeito.
Choveu muito ontem.
Fazia um calor insuportável naquela manhã de domingo.
Amanheceu.
Está uns dez graus agora.
Fez cinco graus na serra gaúcha.
Havia pessoas insatisfeitas com o resultado do jogo.
Não houve muitos festivais de música nessa década.
Gramática
Faz quinze anos que não o vejo.
Não venho a Minas Gerais há quinze anos.
Sãovinte e duas horas.
Deviam ser umas sete horas.
É dia quinze de abril.
Passou das dez.
Basta de discussão! “ Chega de saudade...”
Se o verbo não é impessoal, o sujeito existe e pode ser determinado ou indeterminado.
Sujeito indeterminado
É aquele que existe, mas que se desconhe-ce, seja por não se conhecer o autor da ação ver-bal, seja por não se querer sua menção. Vimos que, em português, há duas maneiras de se in-determinar o sujeito: com o verbo na terceira pessoa do plural sem contexto; ou na terceira pessoa do singular acompanhado do índice de indetermina-ção do sujeito se.
Falaram mal de você na festa.
Encontraram uma galinha no quintal.
Precisa-se de funcionários. Não se chegou a lugar algum.
Sujeito elíptico (ou desinencial)
É aquele que existe, que se determina, mas que não aparece expresso claramente. Fica implícito gra-ças ao contexto ou à desinência verbal.
Observação: também é chamado sujeito oculto, terminologia hoje desusada.
Maria dormia um sono profundo. Sonhava
com os anjos.
Não pude vir ontem
Esperamos por você.
Note que o sujeito do verbo sonhar é determinado pelo contexto: só pode ser “Maria” o termo com o qual o verbo concorda. Nos dois exemplos seguintes, o verbo já dá o indício do sujeito, devido à conjugação verbal: - “eu” em “pude vir”; “nós” em “esperamos”.
Quando o sujeito está escrito (expresso), ele pode ter um núcleo ou mais. Se tem um núcleo é dito sujei-to simples; se tem mais de um, sujeito composto.
Eu não pude vir ontem. (suj. simples)
Vósnãoquisestes vir . (suj. simples)
Todos compareceram à festa. (suj. sim- ples)
O assassino não escolheu a vítima. (suj. sim- ples)
Ambos saíram com os pais. (suj. simples)
O não-ser corrói -me a alma. (suj. simples)
Você e ele não sairão sozinhos. (suj. composto)
O pai e a filha viveram aqui por um ano. (suj. composto)
Não podem estar ausentesa lua e as estrelas
em nosso céu hoje. (suj. composto)
Ela, o marido e a filha foram internados
numa clínica de tratamento antidrogas. (suj. com- posto)
Choveram rios de lágrimas em seu rosto. (suj. simples)
João amanheceu cansado. (suj. simples) Observe os períodos que seguem:
Isso é preciso.
É preciso que se façam tais observações ra- pidamente.
Predicado
Sintagma verbal em si, a declaração verbal da ora-ção. Eliminando-se o sujeito, todo o resto é predicado na oração.
A mulher saiu de casa ontem. A músicatocava i ncessantemente.
Encontrei os livros dentro do armário.
Houve discussões desnecessárias.
A classificação do predicado se dá em função de seu(s) núcleo(s). O predicado terá núcleo no-minal se dentro dele aparecer um predicativo. O predicado terá núcleo verbal se dentro dele
apa-Gramática
recer um verbo nocional (VTD, VTI, VI, VL). Assim, o predicado pode ser: verbal, nominal ou verbo--nominal.
Predicado verbal
É aquele que só tem um núcleo: um verbo no-cional.
Minha mãechegou ontem. (VI)
Os pais sempreesperam seus filhos. (VTD)
Há um estranho em nossa casa. (VTD)
Precisamos de cuidados. (VTI)
Os professores informaram os alunos do aci-dente da diretora. (VTDI)
Patrícia não estáem casa. (VI)
Predicado nominal
Só tem um núcleo: o predicativo. Como não ocor-re núcleo verbal, o verbo só pode ser de ligação.
Xexéu parecia muito cansado.
(VL; “cansado” – predicativo do sujeito) Ele tornou-seum excelente arquiteto.
(VL; “um excelente arquiteto” – predicativo do sujeito)
Janjão era só lágrimas.
(VL; “lágrimas” – predicativo do sujeito) Minha mulher éisso.
(VL; isso – predicativo do sujeito)
Predicado verbo-nominal
Tem dois núcleos: um verbal (verbo nocional); outro nominal: o predicativo.
Os alunos chegaram cansados. (VI + predicativo do sujeito)
Janjãobeijousua mulher melancólico. (VTD + predicativo do sujeito)
Eleassistiu ao filme entediado. (VTI + predicativo do sujeito)
O professor classificou os alunos de incapa- zes.
(VTD + predicativo do objeto) Xexéuchamou-me delouco.
(VTD ou VTI + predicativo do objeto) A imprensafezdele umherói .
(VTD + predicativo do objeto) A mãevestiua filha debruxa.
(VTD + predicativo do objeto)
O namoro com Melissa tornou-o umastro. (VTD + predicativo do objeto)
Gostode vocênua.
(VTI + predicativo do objeto)
Precisode você sadio.
(VTI + predicativo do objeto)
Complementos verbais
Termos que complementam o sentido de verbos transitivos. Os complementos verbais são os seguin-tes sintagmas nominais: o objeto direto e o objeto indireto. Objeto direto é o complemento de um VTD e, portanto, é subordinado ao verbo. Objeto indireto é o complemento de um VTI e, portanto, é subordinado ao verbo. No caso de VTDIs, ocorrem os dois objetos simultaneamente.
a. Objeto direto
Comprei o carro.
Gostaria de vê-los agora.
Ela fumouum cigarro fedorento. Ela bebeuum uísque vagabundo. Observe os dois exemplos abaixo:
Quero isso.
Quero que vocês venham à festa amanhã.
Objeto direto preposicionado é o complemento preposicionado de um VTD. O objeto direto preposi-cionado não aparece aleatoriamente. Existem casos em que o objeto direto preposicionado é obrigatório. O que precisamos destacar é que em nenhum caso a preposição virá por uma necessidade do verbo.
Gramática
pronomes oblíquos tônicos só aparecem a)
após preposição; portanto, toda vez que um pronome tônico vier como objeto direto, este será preposicionado.
Ela acompanhou a mim. Eu não encontrei a ela.
sujeito é sintagma nominal não preposiciona-b)
do; portanto, sempre que houver ambiguida-de gerada por inversão da orambiguida-dem natural da frase, o objeto direto virá preposicionado. Surpreenderam os aliados os inimigos.
(Sentença ambígua)
Surpreenderamaos aliados os inimigos. (Sentença clara)
Surpreenderam os aliados aos inimigos. (Sentença clara)
toda vez que a palavra “Deus” figurar como c)
objeto direto, este virá preposicionado. Aqui, a preposição figura como um elemento que garante o respeito à divindade.
Respeitea Deus. Não ofenda a Deus. Não podemos ver a Deus.
se houver paralelismo na construção sintá-d)
tica e um objeto figurar preposicionado, é de hábito preposicionar também o que lhe vier paralelo.
Amaao próximo comoa ti mesmo.
ocorre objeto direto preposicionado quando e)
se quer dar ideia partitiva (parte do todo). Bebemosdo vinho e comemos do pão.
ocorre comumente objeto direto preposicio-f)
nado quando as palavras “quem”, “tudo” e “todos” são o núcleo do objeto direto.
A quem você procura?
Esta é a mulher a quem amo. Respeitavaa todos.
Temiaa tudo.
também o objeto direto preposicionado g)
está presente em construções cristalizadas no idioma.
Espere por mim.
De repente, ele sacou da arma.
Objeto direto pleonástico é um pronome átono (me, te, se, o, a, nos, vos, se, os, as) que aparece para reforçar um objeto direto já presente na oração.
A miséria, sempre a encontramos por toda parte.
A ele, elao amava bastante. Isso, não o sei.
b. Objeto indireto
Ela desobedeceu às regras da instituição. Ela assistiuao último filme de seu ídolo. Gosto dessa música.
Ele nunca me perguntou nada. Ela concordou comigo.
Observe os dois exemplos a seguir: Ele precisava disso.
Ele precisava de que o ajudassem nas tare-fas.
Objeto indireto pleonástico: pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, se, lhes) que aparece para reforçar um objeto indireto já presente na oração.
Gramática
A mim, ela só me desobedecia. Nãolhe pedíamos nada a ele.
Adjunto adverbial: termo complementar circuns-tancial. É assessório, ou seja, aparece apenas para indicar uma circunstância à ação verbal. É a função própria do advérbio, das locuções e das expressões adverbiais.
A maçã caiu da árvore. (lugar)
Àquela hora, as opiniões eram contraditórias. (tempo)
Chegamosao colégio pontualmente. (lugar; tempo)
O menino morreu de fome. (causa)
Ele falou conosco sobre sua mulher . (assunto) Ele veioa pé. (meio)
Ele falou com calma. (modo)
Ele é um homem muito bom. Fala muito , mas fala muito bem. (intensidade)
Talvez ele seja escritor. (dúvida)
Queria passear contigo. (companhia)
Nunca me falaram a respeito. (tempo)
Cuidado
Preciso do carro. (objeto indi-reto)
Saí do carro. (adjunto ad-verbial)
Fui ao colégio. (adjunto ad-verbial)
Cheguei à casa de meu pai . (ad- junto adverbial)
Observe os exemplos abaixo: O menino morreu de fome.
O menino morreu porque tinha fome. Apesar do medo , enfrentei meu rival.
Embora estivesse com medo , enfrentei meu rival.
Agente da passiva: termo que, na voz passiva, realiza a ação verbal, já que o sujeito a sofre. Lembre--se de que, na passagem da voz passiva para a ativa, o agente da passiva torna-se sujeito da oração.
A História é feita por grandes homens.
Os sindicatos são formados de trabalhadores.
A mulher foi morta pelo marido.
Os jovens ficam entusiasmados
com essas ideias.
Termo isolado da oração
Vocativo:
Termo que identifica o interlocutor a que se dirige. É um termo isolado da oração, pois não se subordina a nenhum outro termo.
Caro amigo , recebe meus pêsames sinceros a ti.
Senhor Deus , por que nos abandonastes? Desejo, minha musa , que fiques para sempre comigo.
Ó Maria , onde está você?
“Meu canto de morte, guerreiros , ouvi!” (Gonçalves Dias)
Gramática
Orações subordinadas
Orações subordinadas substantivas
Subjetiva
Exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
É bom que você estude.
Objetiva direta
Exerce a função de objeto direto da oração prin-cipal.
Desejo que você passe.
Objetiva indireta
Exerce a função de objeto indireto do verbo prin-cipal.
Necessitamos de que você saia.
Predicativa
Exerce a função de predicativo. A verdade é que te amo.
Completiva nominal
Desempenha a função de complemento nominal. Tenho necessidade de que você me ame.
Apositiva
Desempenha a função de aposto em relação a um nome.
Só te faço um pedido: que venhas logo.
Agente da passiva
Exerce função de agente da passiva.
O trabalho foi feito por quem tinha competên-cia.
Orações subordinadas adjetivas
Uma oração subordinada adjetiva é introduzida por pronome relativo.
Restritiva
É aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere.
Pedra que rola não cria limo.
Explicativa
É aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propriedade pres-suposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere.
A pedra,que é dura , resiste ao tempo.
Orações subordinadas adverbiais
As orações subordinadas adverbiais desempe-nham a função de adjunto adverbial.
Causais
porque, visto que, uma vez que, como.
•
Ela faz sucesso porque é muito inteligente. Como era muito esperto, sempre achava um jeitinho de escapar.
Condicionais
se, caso, a menos que, a não ser que, desde
•
que.
Irei à festa, se vierem me buscar de carro em casa.