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A GRUPAMENTO DE ESCOLAS S AMORA C ORREIA. Datas da visita: 10 a 12 de Dezembro de 2007

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Datas da visita: 10 a 12 de Dezembro de 2007

A

GRUPAMENTO DE

E

SCOLAS

DE

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Agrupamento de Escolas de Samora Correia I – Introdução

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um “programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho”.

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Samora Correia realizada pela equipa de avaliação que visitou esta Unidade de Gestão entre 10 e 12 de Dezembro de 2007. Os capítulos do relatório ― caracterização da unidade de gestão, conclusões da avaliação por domínio, avaliação por factor e considerações finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais da Unidade de Gestão, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento de Escolas de Samora Correia, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Agrupamento de Escolas de Samora Correia, será oportunamente disponibilizado no sítio internet da IGE (www.ige.min-edu.pt).

E sca la de ava lia ção ut iliza da

N ív eis de cla ssif ica ção do s cinco domínios na U nidade de Gest ão

Muito Bom ― Predominam os pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos, generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

Bom ― Revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em

procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

Suficiente ― Os pontos fortes e os pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos

positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da Unidade de Gestão. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

Insuficiente ― Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes. Não demonstra uma prática coerente e

não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

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II – Caracterização da Unidade de Gestão

O Agrupamento situa-se na freguesia de Samora Correia, no município de Benavente, e foi criado no ano escolar de 2001/2002.

A população da freguesia ronda os 12 826 habitantes, segundo os sensos de 2001, distribuídos por uma área

de 322,41 [km2]. Todavia, nos últimos anos tem-se registado um aumento significativo de novos habitantes, quer

de pessoas que residiam nos grandes centros urbanos e que, mesmo continuando aí as suas actividades profissionais, optaram por viver numa zona que lhes oferece maior qualidade de vida, quer por emigrantes de várias nacionalidades. Actualmente, a população é bastante heterogénea a nível socioeconómico e começa a existir uma diversidade sociocultural relevante. Samora Correia apresenta um crescente desenvolvimento urbano com grande expansão nas áreas do comércio, restauração e serviços que asseguram bastantes postos de trabalho e respondem às necessidades. No sector primário, existe um conjunto importante de pequenas, médias e grandes explorações agrícolas, bem como da criação de gado. É de salientar que a Companhia das Lezírias, S.A. se encontra sediada nesta freguesia.

O Agrupamento de Escolas de Samora Correia é constituído por dois Jardins-de-Infância, duas Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) e pela a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Prof. João Fernandes Pratas, Escola Sede do Agrupamento. Quando foi formalmente criado, apesar de todos os centros educativos se situarem na localidade, não existia grande colaboração pedagógica entre si, acabando por se constituir como Agrupamento através de orientações emanadas pela Direcção Regional de Educação de Lisboa

O número de alunos tem aumentado nos últimos anos: 190 crianças na Educação Pré-escolar; 586 alunos no 1.º CEB; 290 alunos no 2.º CEB; 370 alunos no 3.º CEB; 11 alunos no Curso de Educação e Formação (CEF) de Informática; 5 alunos do Ensino Básico Recorrente por Unidades Capitalizáveis (EBRUC); e 9 formandos do Curso de Educação e Formação de Adultos (EFA), de Certificação Escolar de Nível Básico. Estas duas últimas ofertas são leccionadas em regime nocturno. A Acção Social Escolar apoia 240 alunos do Ensino Básico, sendo 196 do Escalão A e 44 do Escalão B. No que diz respeito à diversidade linguística, cultural e étnica constata-se que cerca de 10% dos alunos são oriundos de outros países.

O corpo docente é constituído por 8 educadoras e 111 professores, na maioria profissionalizados e do quadro. Os docentes titulares são 15. Este Agrupamento teve durante anos grande mobilidade docente a qual só há um ano deixou de se verificar, devido ao actual regime de concursos que permite a colocação de professores por 3 anos no mesmo estabelecimento.

O pessoal não docente é constituído por 59 elementos: 38 auxiliares de acção educativa, 3 assistentes de acção educativa, 9 cozinheiros e 9 administrativos. Dos 59 elementos, 9 são funcionários da autarquia, todos do quadro, e prestam serviço a tempo inteiro, nos diferentes estabelecimentos que integram o Agrupamento. Dos restantes, 28 são do quadro e 22 são contratados, sendo este número insuficiente. Todo o pessoal é gerido pelo órgão de gestão independentemente de terem vínculo com o Ministério da Educação ou com a autarquia.

A grande maioria dos pais e encarregados de educação apresenta um nível de escolaridade que se situa entre o Ensino Básico e o Ensino Secundário e, na generalidade, são empregados de escritórios ou de serviços, vendedores, operários, artífices, condutores de veículos e operadores de equipamentos pesados móveis.

Todos os estabelecimentos do Agrupamento se encontram bem conservados e equipados e cumprem as normas de segurança (cada estabelecimento possui um plano de segurança), mas o aumento demográfico da população não foi acompanhado, ainda, pela construção de novas unidades de gestão. Por isso, há carências a nível da oferta na Educação Pré-Escolar, 32 crianças em lista de espera, no 1.º CEB, todas as 26 turmas encontram-se em horário duplo; e a Escola Sede, projectada para 24 turmas, tem actualmente 30 turmas. Esta situação tem-se revelado um constrangimento que se tem reflectido negativamente nas condições de trabalho do pessoal docente, não docente e discente. Por outro lado, a proximidade dos diferentes estabelecimentos, bem como dos equipamentos desportivos e culturais, tem sido facilitadora da gestão dos tempos curriculares e extra-curriculares.

III – Conclusões da avaliação

1. Resultados Suficiente

Nas provas de aferição do 4.º ano, as classificações obtidas foram superiores às atribuídas internamente, quer a Língua Portuguesa quer a Matemática. Estes resultados devem-se, fundamentalmente, à estabilização e ao trabalho conjunto do corpo docente no 1.º CEB.

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Agrupamento de Escolas de Samora Correia

Nas provas de aferição do 6.º ano, as classificações obtidas em Língua Portuguesa foram ligeiramente inferiores às classificações atribuídas internamente e em Matemática foram superiores.

Nos dois últimos anos lectivos, verificou-se um aumento na classificação média nos exames do 9.º ano de escolaridade na disciplina de Língua Portuguesa, enquanto que na disciplina de Matemática houve uma descida.

No sentido de introduzir e desenvolver estratégias e metodologias para melhorar as aprendizagens, nomeadamente nos 2.º e 3.º CEB, o Agrupamento reformulou os vários documentos orientadores da vida escolar para entrarem em vigor no presente ano lectivo e aderiu, designadamente ao Plano Nacional de Leitura, ao Plano de Acção para a Matemática, ao Programa “Computadores, Redes e Internet na Escola” (CRIE) e criou o CEF de informática, Por outro lado, constituiu uma equipa de auto-avaliação, nomeadamente para compreender melhor as causas do (in)sucesso.

Os alunos identificam-se com o Agrupamento e contam com o apoio e a disponibilidade do pessoal não docente, dos docentes, dos Directores de turma (DT), dos Coordenadores de Escola e do Conselho Executivo (CE) na resolução dos problemas com que se deparam no quotidiano.

Os alunos têm um comportamento disciplinado, conhecendo e cumprindo, na generalidade, as regras de funcionamento do Agrupamento, havendo um bom relacionamento entre discentes, docentes e pessoal não docente.

2. Prestação do serviço educativo Bom

No presente ano lectivo, a Escola B 2,3 tem apenas 4 grandes Departamentos, que coincidem com o estabelecido no concurso para professor titular. Este novo modelo de organização Departamental é muito recente e está a ser avaliado para que se tirem conclusões no final do ano lectivo. Todavia, a sua eficácia está a suscitar dúvidas em alguns docentes.

Os Coordenadores de Departamento asseguram a qualidade científica e pedagógica, verificando a adequação das planificações, dos materiais fornecidos aos alunos, assim como dos instrumentos de avaliação utilizados.

O Agrupamento não dispõe de Serviços de Psicologia e Orientação (SPO), mas estabeleceu um protocolo com a Câmara Municipal de Benavente para os alunos serem apoiados e avaliados psicologicamente.

A Equipa de Apoios Educativos tem desenvolvido um trabalho consistente, respondendo assim às necessidades educativas dos alunos, em estreita articulação com os DT e com os docentes, bem como com os encarregados de educação.

A oferta curricular é pouco diversificada, pois só existe um EFA e um CEF e no presente ano lectivo terminará o EBRUC.

3. Organização e gestão escolar Bom

O Projecto Educativo do Agrupamento (PE) foi elaborado tendo em conta o contexto social do Agrupamento e contempla as áreas de intervenção consideradas prioritárias, nomeadamente a gestão curricular, a organização e funcionamento dos espaços e serviços escolares, o insucesso e o abandono escolar.

O CE e o Conselho Pedagógico assumem-se como pólos de organização, decisão e gestão.

Na gestão dos recursos humanos, o CE tem tido em conta as competências pessoais e profissionais do seu corpo docente, respeitando, na distribuição de serviço e na constituição das turmas, os interesses dos alunos, nomeadamente através do critério da continuidade pedagógica e mantendo, sempre que possível, a coesão grupo/turma ao longo do percurso escolar.

As instalações, espaços e equipamentos são, de um modo geral, adequados, existindo cuidado com a sua manutenção, segurança e melhoramento. Os recursos materiais estão acessíveis e, de um modo geral, bem organizados.

Actualmente, não existe Associação de Pais e Encarregados de Educação, o que tem dificultado o seu nível de participação na vida escolar.

Face à existência de alunos de outras nacionalidades, cada estabelecimento adapta os Projectos Curriculares de Turma, tendo em conta as dificuldades que se colocam na aprendizagem da Língua Portuguesa.

4. Liderança Bom

Os documentos orientadores da vida escolar expressam com clareza a visão dos responsáveis pela administração e gestão. A liderança tem uma visão prospectiva, tendo iniciado, no presente ano lectivo, um processo de avaliação e monitorização a fim de identificar pontos fracos e propor soluções para os mesmos.

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Os Departamentos, os DT, os professores, o pessoal não docente e a representante da autarquia, revelaram, de um modo geral, disponibilidade e empenho para participarem nas actividades e nos projectos em desenvolvimento, tendo em vista a melhoria dos resultados escolares e uma maior credibilização do Agrupamento junto da comunidade local.

O Agrupamento tem algumas parcerias já consolidadas, designadamente com a Câmara Municipal de Benavente, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, a Segurança Social, o Centro de Saúde, a Sociedade Filarmónica União Samorense e a Associação para o Desenvolvimento Integrado das Crianças. Todavia, há uma insuficiente articulação com as Escolas do concelho, assim como com as Escolas que recebem os alunos que concluíram a escolaridade obrigatória.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento Suficiente

O processo de auto-avaliação iniciado no presente ano lectivo visa proporcionar conhecimento sobre a

realidade escolar; reajustar a acção dos órgãos de gestão, estabelecer estratégias e planos de acção. Todavia, tratando-se de um processo em fase inicial não é possível avaliar, ainda, o seu impacto no planeamento e na gestão das actividades, na organização da escola e nas práticas profissionais.

A presente estabilidade do corpo docente, da AE e do CE e o respectivo desempenho das lideranças, a motivação da equipa de auto-valiação, bem como as recentes acções desenvolvidas pelo Agrupamento, afiguram-se como factores de deafiguram-senvolvimento e poderão garantir a sustentabilidade do progresso.

IV – Avaliação por factor 1. Resultados

1.1 Sucesso académico

No ano lectivo de 2006/2007, tendo em conta os dados constantes no Perfil de Escola e os que foram disponibilizados pelo CE, a taxa de transição/conclusão no final do 1.º CEB foi a mais elevada dos últimos três anos (94,1%). Nos 1.º, 2.º e 3.º anos de escolaridade as taxas de transição foram de 98,6%, 87,5% e 94,4%, respectivamente. Nas provas de aferição do 4.º ano, as classificações obtidas foram superiores às atribuídas internamente, quer a Língua Portuguesa quer a Matemática, tendo em conta a distribuição pelos diferentes níveis da escala de avaliação utilizada em ambas as situações. Estes resultados devem-se, fundamentalmente, à estabilização e ao trabalho conjunto do corpo docente no 1.º CEB.

As taxas de transição/conclusão, nos 5.º e 6.º anos de escolaridade foram de 80,9% e 81,9%, respectivamente. As disciplinas de maior insucesso no 2.º CEB foram a Matemática, o Inglês, a História e Geografia de Portugal, bem como as Ciências da Natureza. Nas provas de aferição do 6.º ano, tendo em conta a distribuição pelos diferentes níveis da escala de avaliação utilizada, as classificações obtidas em Língua Portuguesa foram ligeiramente inferiores às classificações atribuídas internamente; em Matemática foram superiores, sendo de referir que a classificação interna de Não Satisfaz foi de 30,5% enquanto que a correspondente classificação da prova desceu para de 21,6%.

As taxas de transição/conclusão no 3.º CEB foram 70,7% no 7.º ano, 87,4% no 8.º ano e 56,9% no 9.º ano. Embora se trate de alunos que são acompanhados dentro do Agrupamento desde o 1º ano de escolaridade, a taxa de conclusão do 3º ciclo não chega a 60%. No ano lectivo de 2005/2006, a classificação média nos exames do 9.º ano de escolaridade na disciplina de Língua Portuguesa foi igual à média nacional (2,7), e no ano lectivo de 2006/2007 (3,4), foi superior (3,2). Na disciplina de Matemática, a classificação média nos exames do 9.º ano de escolaridade, no ano lectivo de 2005/2006 (2,5), foi superior à média nacional (2,4) e no ano lectivo de 2006/2007 (2,0), foi inferior (2,2). As disciplinas de maior insucesso neste nível de ensino foram, entre outras, a Matemática, a Língua Portuguesa, as Línguas Estrangeiras e as Ciências Físico-Químicas.

O Agrupamento reformulou os vários documentos orientadores da vida escolar para entrarem em vigor no presente ano lectivo e aderiu, designadamente ao Plano Nacional de Leitura, ao Plano de Acção para a Matemática, ao Programa CRIE e criou o CEF de informática, no sentido de introduzir e desenvolver estratégias e metodologias para melhorar as aprendizagens, nomeadamente nos 2.º e 3.º CEB. Por outro lado, constituiu uma equipa de auto-avaliação, mormente para compreender melhor as causas do (in)sucesso.

O Agrupamento não tem comparado, formalmente, os resultados escolares obtidos com os de outras Escolas/Agrupamentos.

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Agrupamento de Escolas de Samora Correia

Presentemente, o abandono escolar não é significativo e quando se verifica algum caso, o Agrupamento tem conseguido reverter a situação, nomeadamente com o apoio dos agentes do Projecto “Escola Segura”.

1.2 Participação e desenvolvimento cívico

A participação dos alunos na concepção dos diferentes projectos do Agrupamento não é muito evidente, apesar dos alunos dos 2.º e 3.º CEB terem participado, recentemente, num inquérito por questionário, realizado pela equipa de auto-avaliação, para a concepção do PE – triénio de 2007 a 2009.

Os alunos identificam-se com as Escolas do Agrupamento e contam com a disponibilidade e o apoio dos docentes, dos DT, do pessoal não docente, dos Coordenadores de Escola e do CE na resolução dos problemas com que se deparam diariamente.

A área curricular não disciplinar de Formação Cívica nos 2.º e 3.º CEB tem sido um espaço de diálogo e reflexão sobre a escola, as relações interpessoais e a sociedade. Ao Conselho de Turma compete a discussão, planificação e gestão do trabalho a desenvolver e ao DT a sua operacionalização. Assim, sob a supervisão do Conselho de Turma, ao qual apresenta trimestralmente um plano de trabalho, o DT define os assuntos que em

função do diagnóstico efectuado melhor se contextualizam com o seu grupo de alunos.Esta área na Educação

Pré-Escolar e no 1.º CEB é planificada, no início de cada ano lectivo, pelos docentes e operacionalizada pelo educador/docente titular de grupo/turma, estando os objectivos a atingir e as actividades a desenvolver consignados no Projecto Curricular dos Jardins-de-Infância e nos respectivos Projectos Curriculares de Escola. 1.3 Comportamento e disciplina

Os alunos, embora com características heterogéneas, têm um comportamento disciplinado, conhecendo e cumprindo, na generalidade, as regras de funcionamento do Agrupamento. Nas diferentes entrevistas em painel, os actores educativos referiram não existirem graves problemas de insegurança nem de indisciplina e haver um bom relacionamento entre discentes, docentes e pessoal não docente, com respeito e atenção pelos direitos e deveres mútuos. Todavia, têm-se verificado alguns problemas de comportamento com os alunos do 5.º ano de escolaridade na sala de aula devido, designadamente à transição de ciclo, apesar de terem sido, na sua esmagadora maioria, alunos das Escolas do 1.º CEB do Agrupamento, e nelas este tipo de situações não se ter verificado.

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

O Agrupamento valoriza as aprendizagens dos alunos, estimulando o sucesso, quer académico, quer educativo. Por isso, tem vindo a aderir a várias iniciativas, como por exemplo: o Plano Nacional de Leitura; o Plano de Acção para a Matemática e o Plano Nacional de Ensino da Matemática no 1.º CEB; e a implementar várias acções, como por exemplo, os Projectos Desafios e Adapta, para alunos com necessidades educativas especiais. Para além destas acções, estão previstas a introdução de Quadros Interactivos na sala de aula e a existência de Quadros de Valor e Excelência no presente ano lectivo. Não obstante, algumas destas medidas são recentes e ainda não se reflectiram nos resultados académicos, nomeadamente nos 2.º e 3.º CEB.

As actividades de enriquecimento curricular poderão não ser as que mais interessam aos alunos, à excepção do Desporto Escolar. Por isso, algumas têm pouca adesão.

Há famílias que apresentam expectativas elevadas para o futuro dos seus educandos que não coincidem com os resultados académicos que estes apresentam. Quando acabam o 9.º ano, com bastante frequência, os alunos preferem seguir cursos ministrados em Escolas Profissionais. No entanto, na entrevista em painel, os discentes declararam querer prosseguir os estudos no Ensino Secundário para ingressarem no Ensino Superior. O Agrupamento não dispõe, formalmente, de estudos relativos à evolução académica e/ou profissional dos alunos, quando estes completam o 3º CEB e saem do Agrupamento.

2. Prestação do serviço educativo

2.1 Articulação e sequencialidade

No início do ano lectivo de 2006/2007, a Escola Sede deixou de ter 8 Departamentos Curriculares e optou por 4 grandes Departamentos, que coincidem com o estabelecido no concurso para professor titular. Esta mudança foi discutida pelos docentes em sede de Departamento e, posteriormente, em Conselho Pedagógico, onde foi votada

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por maioria. Há Coordenadores que reúnem com os docentes de cada disciplina, para além das reuniões em plenário, outros têm um porta-voz por disciplina que informa o Coordenador do que vai acontecendo e intervém na reunião plenária. Este novo modelo de organização departamental é muito recente e está ser avaliado para que se tirem conclusões no final do ano lectivo. No entanto, a sua eficácia está a suscitar dúvidas em alguns docentes. O Departamento da Educação Pré-Escolar reúne-se com regularidade para trocar informações, uniformizar critérios e definir novas estratégias para o desenvolvimento das suas actividades; o mesmo acontecendo com o Departamento do 1.º CEB. No entanto, este último tem algumas dificuldades para se reunir porque todas as turmas do 1.º CEB têm horário duplo, devido ao aumento demográfico da população que não foi acompanhado, ainda, pela construção de novas unidades de gestão. Esta separação departamental não é facilitadora da articulação e sequencialidade entre a Educação Pré-Escolar e o 1.º CEB.

No início de cada ano lectivo existem várias reuniões entre o CE e as Coordenadoras de Estabelecimento para a organização das actividades a desenvolver durante o ano.

No presente ano lectivo, houve articulação formal entre as educadoras titulares de grupo, os docentes titulares de turma do 1.º CEB e a equipa de constituição de turmas dos 2.º e 3.º CEB e os DT para que fossem constituídas turmas mais equilibradas em todos os ciclos e disponibilizada maior informação sobre os alunos nos Conselhos de Turma e de Docentes. O mesmo aconteceu, como já era hábito, a nível dos apoios educativos e da identificação de crianças e alunos com necessidades educativas especiais. Nas disciplinas, em cada Departamento, a articulação efectua-se também no que diz respeito ao planeamento das actividades curriculares, como por exemplo, a gestão de programas e a aferição de critérios de avaliação.

Existe uma deficiente articulação sequencial com as Escolas Secundárias e Profissionais que recebem os alunos que prosseguem os estudos.

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

Os Coordenadores de Departamento não têm tido a prática de supervisionar as actividades lectivas em sala de aula, excepto em situações problemáticas. Todavia, o acompanhamento dos docentes tem ocorrido ao nível do planeamento e da avaliação das diversas actividades pedagógicas em curso. A qualidade científica e pedagógica é assegurada pelos Coordenadores de Departamento que verificam a adequação das planificações, dos materiais fornecidos aos alunos, assim como dos instrumentos de avaliação utilizados. No Departamento das Línguas, a utilização de testes diagnóstico das aprendizagens, no 5.º ano de escolaridade, é uma prática comum. No Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, está previsto que o último teste de cada período lectivo seja igual para todas as turmas de cada ano de escolaridade.

Os resultados académicos dos alunos são monitorizados através dos registos em actas dos Conselhos de Turma, dos Departamentos, das estatísticas e avaliados pelos Departamentos e Conselho Executivo e, posteriormente, pelo Conselho Pedagógico.

A avaliação na Educação Pré-Escolar é qualitativa e é realizada através de um ficha informativa comum a todos os grupos, sendo aí registadas as aquisições que as crianças vão fazendo no seu percurso educativo e são entregues aos encarregados de educação em reuniões no final dos 1.º e 3.º períodos.

O Agrupamento não tem um plano de formação. Contudo, a formação dos docentes tem sido realizada no Centro de Formação de Associação de Escolas Educatis, tendo em conta a oferta disponibilizada que tem sido, essencialmente, sobre Informática e Plataforma Moodle, bem como acções sobre necessidades educativas especiais, como por exemplo, a dislexia. No entanto, os docentes, de uma forma geral, sentem necessidade de formação contínua ao nível didáctico e científico. A formação disponibilizada no âmbito do Plano Nacional de Ensino da Matemática, no 1.º CEB, a alguns docentes do Agrupamento, tem sido do seu agrado, pois tem permitido a implementação e o desenvolvimento de novas estratégias e metodologias na sala de aula. No presente ano lectivo está prevista uma formação a nível da Escola B 2,3, dinamizada pelos docentes da disciplina de Matemática sobre Quadros Interactivos.

2.3 Diferenciação e apoios

O Agrupamento não dispõe de SPO, mas, no ano escolar de 2005/2006, estabeleceu um protocolo com a Câmara Municipal de Benavente e, nessa sequência, foram colocadas duas psicólogas clínicas para apoiarem e avaliarem psicologicamente os alunos, bem como uma socióloga que realiza intervenção familiar e comunitária. Além disso, existe uma articulação com o Centro de Saúde de Samora Correia que apoia o Agrupamento em várias acções, como por exemplo, o Clube de Saúde, nas suas diferentes vertentes, e o Projecto de Saúde Oral no 1.º CEB.

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Agrupamento de Escolas de Samora Correia

A Equipa de Apoios Educativos, através das docentes da educação especial, dos docentes do apoio educativo e dos tutores, tem desenvolvido um trabalho consistente, respondendo assim às necessidades educativas dos alunos, em estreita articulação com os DT e com os professores, bem como com os encarregados de educação.

Os alunos com necessidades educativas especiais são logo identificados na Educação Pré-Escolar. As iniciativas desenvolvidas para proporcionar a integração de alunos, cerca de 92, com necessidades educativas especiais de carácter prolongado e permanente, para além do apoio pedagógico acrescido e da pedagogia diferenciada na sala de aula, têm passado por dois projectos. O Projecto “Desafio” foi criado para alunos do 1.º ciclo com currículo escolar próprio ou currículo alternativo e visa, essencialmente, o desenvolvimento aprofundado de competências cognitivas, sensoriais, motoras, comunicação e socialização. O Projecto “Adapta” destina-se a alunos em transição para a vida activa e pretende desenvolver competências que permitam a sua autonomia, recorrendo a diferentes ambientes de trabalho, existentes em meio escolar, como por exemplo, o apoio às crianças dos Jardins-de-Infância.

Este trabalho de apoio educativo acentua sistematicamente a vertente inclusiva. No entanto, não existe um técnico especializado para realizar a orientação escolar e profissional.

Os outros alunos com dificuldades de aprendizagem também são apoiados.

No presente ano lectivo, os apoios da disciplina de Matemática são ministrados pelos respectivos professores para aumentar a sua eficácia.

A monitorização dos resultados dos apoios educativos não tem sido, formalmente, realizada.

A turma de CEF de Informática foi constituída de modo a corresponder às necessidades de um segmento da população escolar e, assim, diminuir o insucesso e o abandono escolar, bem como assegurar a integração dos mesmos na vida activa.

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

A existência de um EFA e apenas de um CEF de Informática, não havendo outros relacionados com as características do contexto em que o Agrupamento se insere, bem como o terminus, no presente ano lectivo, do EBRUC torna a oferta curricular pouco diversificada. No entanto, os projectos/programas a que o Agrupamento aderiu e as acção implementadas, designadamente: Plano Nacional de Leitura; Plano de Acção para a Matemática; Desporto Escolar; Plano Nacional de Ensino da Matemática no 1.º CEB; Programa CRIE; Plataforma Moodle; actividades de enriquecimento curricular na Educação Pré-Escolar e no 1.º CEB, em parceria com instituições da freguesia; Projecto “Ciência no 1.º Ciclo”, que decorre ao longo do ano lectivo, para os alunos do 4.º ano das duas Escolas do Agrupamento, dinamizado pelos docentes de Físico-Químicas e por alunos do 9.º ano, possibilitando a realização de experiências de acordo com as metodologias científicas, programadas e adequadas à sua faixa etária; Projecto de Saúde Oral no 1.º CEB; Tutorias; Clube da Protecção Civil; Clube da Saúde; Projectos Desafios e Adapta, para alunos com necessidades educativas especiais; Clube Manobras; Atelier de Matemática e Sala de Estudo; mobilizam já recursos muito significativos. Para além destas acções, estão previstas, no presente ano lectivo, a introdução de Quadros Interactivos na sala de aula e a existência de Quadros de Valor e Excelência.

Na Escola Sede, as actividades no âmbito do ensino experimental das ciências são desenvolvidas numa sala específica que fica aquém das necessidades.

O Agrupamento investiu na utilização de meios informáticos, aumentou o software existente e tem promovido progressivamente o uso da Internet e da plataforma Moodle, no sentido da divulgação da informação no seio da comunidade educativa. Actualmente, os pais e encarregados de educação, que tenham essa possibilidade, poderão ter acesso, através do Portal do Agrupamento, às faltas e às classificações dos seus educandos.

3. Organização e gestão escolar

3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

O Agrupamento tem PE, aprovado no presente ano lectivo, que se operacionaliza nos Projectos Curriculares dos Jardins-de-Infância, de cada uma das escolas do 1.º ciclo e dos 2.º e 3.º ciclos e nos demais documentos organizacionais, tais como o Plano Anual de Actividades, o Regulamento Interno, os Projectos Curriculares de Turma e programas como o Plano de Acção da Matemática e o Plano Nacional de Leitura.

O PE foi elaborado tendo em conta os pontos fracos sentidos pela comunidade escolar e o contexto social do Agrupamento e tem como tema “Uma Janela para o Futuro”; nele constam as prioridades estabelecidas, nomeadamente a promoção da integração de todos os alunos na comunidade escolar; o reforço da capacidade

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pedagógica dos estabelecimentos de ensino, a valorização do desempenho escolar dos alunos, de acordo com os princípios de trabalho, respeito, solidariedade e civismo; os objectivos e áreas de intervenção consideradas relevantes, mormente a gestão curricular, a organização e funcionamento dos espaços e serviços escolares, o insucesso e o abandono escolar. Para colmatar alguns dos pontos fracos identificados foram adoptadas estratégias para a melhoria, algumas das quais ainda em fase embrionária, como por exemplo, a construção do Projecto Curricular do Agrupamento com vista a uma efectiva articulação curricular entre os vários ciclos e anos.

A Ocupação Plena dos Tempos Escolares dos alunos, vulgo aulas de substituição, foi organizada dando prioridade à substituição pelo professor da mesma turma e depois do mesmo ciclo.

Os documentos orientadores da vida do Agrupamento, como o seu Projecto Educativo e o Regulamento Interno são muito recentes, não sendo ainda possível avaliar o seu impacto. O Conselho Executivo e o Conselho Pedagógico são impulsionadores do planeamento, concepção e desenvolvimento de todas as actividades do Agrupamento, assumindo-se como pólos de organização, decisão e gestão. O Agrupamento esteve sem AE durante três anos lectivos, situação que inviabilizou, durante esse período, a aprovação dos documentos básicos organizadores da vida da escola e a planificação de uma estratégia de acção a longo prazo, bem como a constituição de uma direcção com mandato.

3.2 Gestão dos recursos humanos

A direcção do Agrupamento é constituída por um conjunto de docentes empenhadas na melhoria da qualidade educativa. Conhece e tem em conta as competências dos professores aquando da distribuição do serviço docente, implementando, sempre que possível, os critérios da continuidade pedagógica na docência e nas direcções de turma, tendo iniciado, no presente ano lectivo, o projecto de tutorias que visa o acompanhamento e apoio de alunos com graves problemas emocionais. As turmas constituídas no 1.º ano do 1.º ciclo tendem a manter-se até ao 9.º ano, no caso de não haver reprovações ou indicações em contrário.

O acolhimento de docentes e não docentes, colocados pela primeira vez no Agrupamento, é planeado pelo CE, Coordenadoras de Estabelecimento e Coordenadores de Departamento, verificando-se que as práticas exercidas, quer no início do ano, quer no quotidiano, contribuem para a adaptação e integração no ambiente escolar.

A distribuição do pessoal auxiliar é manifestamente insuficiente, tendo em conta o horário de funcionamento dos estabelecimentos, o número de turmas não corresponder à lotação para os quais foram concebidos e os equipamentos dos mesmos. Os Serviços de Administração Escolar estão organizados pelas áreas funcionais previstas, sendo o número de pessoal reduzido face às necessidades do Agrupamento, existindo alguma rotatividade, sempre que necessário, no desempenho de funções. A formação do pessoal não docente tem sido escassa neste último triénio. O pessoal administrativo frequentou acções relacionadas com a gestão de processos e o atendimento personalizado. As auxiliares de acção educativa, através do Centro de Associação de Escolas

Educatis e do Sindicato, tiveram formação sobre relações interpessoais.

O absentismo docente não é, actualmente, significativo e tem vindo a diminuir desde que foram estabelecidas as aulas de substituição.

O absentismo do pessoal não docente também não é significativo, mas, muitas vezes, gera constrangimentos devido ao número insuficiente de auxiliares de acção de educativa.

3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros

As instalações, espaços e equipamentos são, de um modo geral, adequados, existindo cuidado com a sua manutenção, segurança e melhoramento. Os recursos materiais estão acessíveis e, de um modo geral, bem organizados. No entanto, é de referir que os materiais e equipamentos da biblioteca da Escola Sede são insuficientes e pouco diversificados. Está prevista a integração no Programa Rede de Bibliotecas Escolares, a fim de melhorar esta situação. Por outro lado, os recursos informáticos dos Serviços de Administração Escolar são escassos face às necessidades.

É de salientar o trabalho desenvolvido pelas educadoras e pelos pais das crianças para conservar e melhorar os espaços exteriores do Jardim-de-Infância Prof. António José Ganhão.

As opções orçamentais, segundo o CE, são definidas de acordo com as necessidades manifestadas pelos diferentes sectores e estabelecidas prioridades pelo Conselho Administrativo. As verbas suplementares atribuídas pela Autarquia, Empresas e Colectividades, têm permitido desenvolver alguns projectos, assim como a conservação e a manutenção dos edifícios e dos espaços escolares.

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Agrupamento de Escolas de Samora Correia 3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

Actualmente, não existe Associação de Pais e Encarregados de Educação. Não obstante, estes estão representados na Assembleia de Escola e em cada turma. Os educadores/professores titulares de turma e os DT adequam os horários das reuniões e de atendimento de acordo com as disponibilidades das famílias. Todavia, o Agrupamento ainda não encontrou uma estratégia concertada a fim de envolver os pais e encarregados de educação na vida da escola, pois, se por um lado sente a sua falta de interesse, por outro, nem sempre os convida para assistirem a actividades em que os seus educandos participam.

A utilização das novas tecnologias, como por exemplo, a Plataforma Moodle é uma das estratégias recentemente definidas pelo Agrupamento para a melhoria da comunicação com a comunidade educativa.

A AE, na sua constituição, conta com elementos da autarquia e das actividades económicas, o que tem sido uma mais-valia, por exemplo, para o estabelecimento de parcerias e protocolos junto de algumas instituições. 3.5 Equidade e justiça

Numa perspectiva de equidade e justiça a gestão pedagógica é feita de forma a privilegiar o diálogo na gestão de conflitos e na resolução dos problemas, bem como na partilha dos recursos, o que se manifesta, nomeadamente: na distribuição do serviço docente de acordo com os critérios discutidos e aprovados pelo Conselho Pedagógico, sob proposta dos Departamentos; na continuidade pedagógica; na constituição de turmas, mantendo, sempre que possível, a coesão grupo/turma ao longo do percurso escolar.

O Agrupamento integra um grande número de alunos com necessidades educativas especiais, que são identificados e acompanhados pela equipa de apoios educativos. Esta intervém também na resolução de problemas surgidos no âmbito da inclusão e socialização na comunidade escolar. Também os alunos de outras nacionalidades são objecto de acompanhamento específico. Face à existência de alunos de outras nacionalidades, cada estabelecimento adapta os Projectos Curriculares de Turma, tendo em conta as dificuldades que se colocam na aprendizagem da Língua Portuguesa.

4. Liderança

4.1 Visão e estratégia

O Agrupamento tem uma liderança com visão prospectiva, que iniciou um processo de avaliação e monitorização, a fim de identificar pontos fracos e propor soluções para os mesmos. Trata-se de um processo muito recente, iniciado no presente ano lectivo, o que não permite avaliar o impacto de tais medidas. No entanto,

os documentos orientadores da vida escolar, recentemente reformulados, expressam com clareza, a visão dos

responsáveis da administração e gestão do Agrupamento.Todavia, a diversificação da oferta educativa ainda não é a desejável tendo em conta o público-alvo.

4.2 Motivação e empenho

Os responsáveis do Agrupamento conhecem bem a sua área de acção, estão motivados para tomar decisões e a responsabilizarem-se por elas. Os Departamentos, os DT, os professores, o pessoal não docente e a representante da autarquia, revelaram, de um modo geral, disponibilidade e empenho para participarem nas actividades e nos projectos em desenvolvimento, tendo em vista a melhoria dos resultados escolares e uma maior credibilização do Agrupamento junto da comunidade local.

4.3 Abertura à inovação

O Agrupamento, na sequência da estabilidade da AE e do CE, desencadeou uma reforma ao nível da elaboração dos documentos orientadores da gestão e administração escolar com a finalidade de melhorar o sucesso global dos alunos, apesar de oferta educativa contemplada não ser muito diversificada. Todavia, como já foi supra referido, as medidas neles contempladas estão ainda numa fase prematura de implementação.

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4.4 Parcerias, protocolos e projectos

Além dos projectos já enunciados existem algumas parcerias já consolidadas, designadamente com a Câmara Municipal de Benavente, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, a Segurança Social, o Centro de Saúde, a Sociedade Filarmónica União Samorense e a Associação para o Desenvolvimento Integrado das Crianças. Estas duas últimas associações locais são co-responsáveis pelas Actividades de Enriquecimento Curricular no 1.º CEB promovidas pela autarquia.

A Câmara tem vindo a cooperar num âmbito muito alargado, quer ao nível da conservação de espaços e edifícios – incluindo a Escola Sede do Agrupamento, como por exemplo, na construção de um ginásio – quer na colocação de duas psicólogas clínicas, bem como na dinamização de colóquios, seminários e actividades culturais. No entanto, há uma insuficiente articulação com outras Escolas do concelho, assim como com as Escolas que recebem os alunos que concluíram a escolaridade obrigatória.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento 5.1 Auto-avaliação

A direcção do Agrupamento elegeu, no presente ano lectivo uma equipa de auto-avaliação (constituída exclusivamente por docentes) que auscultou os diferentes intervenientes da comunidade educativa, através de inquéritos, nas áreas seguintes: sucesso académico, gestão e liderança, clima e ambiente educativos, segurança, instalações, funcionamento da cantina, bufete e secretaria.

Esta auto-avaliação tem por objectivos proporcionar conhecimento sobre a realidade escolar; reajustar a acção dos órgãos de gestão, estabelecer estratégias e planos de acção. Todavia, tratando-se de um processo em fase inicial não é possível tirar conclusões quanto ao seu impacto no planeamento e na gestão das actividades, na organização do Agrupamento e nas práticas profissionais.

A análise dos resultados escolares tem permitido a reflexão nos Conselhos de Turma, nos Departamentos, no Conselho de Docentes e no Conselho Executivo, tendo sido o actual tratamento estatístico realizado pela equipa de auto-avaliação.

5.2 Sustentabilidade do progresso

A actual estabilidade do corpo docente, da AE e do CE e o respectivo desempenho das lideranças, a

motivação da equipa de auto-valiação, bem como as recentes acções desenvolvidas pelo Agrupamento, afiguram-se como factores de desenvolvimento e poderão garantir a sustentabilidade do progresso.

V – Considerações finais

Apresenta-se agora uma síntese dos atributos da Unidade de Gestão (pontos fortes e pontos fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos) que poderá orientar a sua estratégia de melhoria.

Neste âmbito, entende-se por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; oportunidade: condição

externa à organização que poderá ajudar a alcançar os seus objectivos; constrangimento: condição externa à organização que poderá prejudicar o cumprimento dos seus objectivos.

Todos os tópicos seguidamente identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

ƒ A recente reformulação dos documentos orientadores da vida do Agrupamento e a constituição de uma equipa de auto-avaliação, na sequência dos novos mandatos da Assembleia de Escola e do Conselho Executivo, com vista à melhoria dos resultados académicos e educativos;

ƒ Os apoios educativos e o acompanhamento psicológico que visam o sucesso educativo, o desenvolvimento de competências, a inclusão e a socialização dos alunos;

ƒ O desempenho dos Directores de Turma no acompanhamento dos alunos;

ƒ O estabelecimento de parcerias e protocolos com instituições da comunidade local que tem permitido o desenvolvimento das actividades escolares.

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Agrupamento de Escolas de Samora Correia Pontos fracos

ƒ A oferta educativa pouco diversificada tendo em conta a população escolar; ƒ A inexistência de formação contínua dos docentes ao nível didáctico e científico;

ƒ A inexistência de Associação de Pais e Encarregados de Educação que dificulta o nível de participação das famílias na vida escolar;

ƒ A deficiente articulação sequencial com as Escolas Secundárias e Profissionais que recebem os alunos que prosseguem os estudos.

Oportunidades

ƒ O estabelecimento de protocolos com a Companhia das Lezírias, S.A. com vista à criação de Cursos de Educação e Formação relacionados com as características do contexto em que o Agrupamento se insere.

Constrangimentos

ƒ A insuficiência de instalações escolares na freguesia, tendo em conta o aumento demográfico verificado nos últimos anos, implica lista de espera na Educação-Pré-Escolar, turmas do 1.º CEB com horário duplo e na Escola Sede, projectada para 24 turmas, haver actualmente 30 turmas.

ƒ O número reduzido dos auxiliares de acção educativa e do pessoal administrativo face às necessidades do Agrupamento, tendo em conta o elevado número de alunos e o horário de funcionamento dos estabelecimentos de educação e ensino.

ƒ A inexistência de Serviço de Psicologia e Orientação ou de um técnico especializado nesta área para realizar a orientação escolar e profissional dos alunos.

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