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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA. Diego Bento da Silva

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Diego Bento da Silva

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: ações para sua prevenção

Rio Branco 2020

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Diego Bento da Silva

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: ações para sua prevenção

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização Gestão do Cuidado em Saúde da Família, Universidade Federal do Triângulo Mineiro como requisito parcial para obtenção do Certificado de Especialista.

Orientadora: Ms. Andréa Fonseca e Silva

Rio Branco 2020

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Diego Bento da Silva

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: ações para sua prevenção

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização Gestão do Cuidado em Saúde da Família, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, como requisito parcial para obtenção do Certificado de Especialista

Banca examinadora

Ms. Andréa Fonseca e Silva – orientadora- PMBH

Profa. Dra. Matilde Meire Miranda Cadete- UFMG

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Se alguém procura a saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no futuro as causas da doença; em caso contrário, abstém-te de o ajudar.

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RESUMO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocupa a segunda posição entre as doenças que mais causam mortes em todo o mundo. Além de ser a razão de um grande número de mortes o Acidente Vascular Cerebral também resulta em sequelas irreversíveis, pois é um agravo gerado pela interrupção da circulação do sangue, seja pelo entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos. A possibilidade de intervenção na atenção primária chama a atenção para a problemática, uma vez que a promoção e prevenção são pilares para esse nível de atenção. Além disso, o Conselho Federal de Medicina, afirma que a ocorrência do Acidente Vascular Cerebral cresceu 32,6% entre 2008 a 2014 no Acre, tornando o Estado o segundo em termos de porcentagem vítimas do AVC. Este trabalho objetivou propor um Plano de Intervenção a fim de ampliar o conhecimento dos usuários da comunidade São Francisco assistidos pela equipe de saúde da UBS Josefá Nunes quanto aos fatores de risco associados ao AVC. O plano de intervenção seguiu os passos do Planejamento Estratégico Situacional desenvolvido pela equipe de saúde da Unidade Básica de Saúde Josefá Nunes no município de Manoel Urbano-AC. Foram desenvolvidos planos de ação a serem implementados na comunidade com intuito de reduzir os casos de AVC e promover a saúde dos indivíduos. Para sua fundamentação, fez-se pesquisa na SciELO e Google Acadêmico. Dessa forma, esse projeto visa um impacto positivo na prevalência e incidência de AVC entre os usuários sob responsabilidade da equipe Josefá Nunes tendo em vista que os “nós críticos” do problema podem perfeitamente serem submetidos a intervenção no primeiro nível de atenção da rede de saúde.

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Doenças Crônicas não Transmissíveis.

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ABSTRACT

Stroke occupies the second position among the diseases that cause the most deaths worldwide. In addition to being the result of a large number of deaths or stroke, it also results in irreversible dryness, causing aggravated interruption of blood circulation, making hair stupid or breaking blood vessels. One possibility of intervention in primary care is to take care of the problem, since it promotes and prevents the pillars for this level of care. In addition, or Federal Council of Medicine, it states that the occurrence of Stroke increased 32.6% between 2008 and 2014 in Acre, becoming the State or the second in terms of the percentage of stroke victims. The work aimed to provide an Intervention Plan in order to expand or develop two users from the São Francisco community assisted by the UBS Josefá Health team for how many years of risk associated with stroke. The intervention plain followed the steps of Situational Strategic Planning developed by the health team of the Basic Health Unit of Josefá Nunes in the municipality of Manoel Urbano-AC..Action plans were developed to be implemented in the community with the aim of reducing stroke cases and promoting people's health. For its reasons, research was carried out at SciELO and Google Scholar In this way, this project has a positive impact on the prevalence and incidence of HCV among users under the responsibility of the Josefá Nunes team, considering that the “critics” of the problem will be perfectly subject to intervention and not to the first level of attention to health. network. of health.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACS Agente Comunitário de Saúde

AMIB Associação Médica Intensiva Brasileira APS Atenção Primária à Saúde

AVC Acidente Vascular Cerebral

AVCh Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico AVCi Acidente Vascular Cerebral Isquêmico CFM Conselho Federal de Medicina

DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis

EIAVD Escala de Independência em Atividades da Vida Diária ESF Equipe de Saúde da Família

FA Fibrilação Atrial HTA Hipertensão Arterial

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica MIF Medida de Independência Funcional

OMS Organização Mundial da Saúde

PES Planejamento Estratégico Situacional PMM Programa Mais Médicos

PNAB Política Nacional de Atenção Básica PNH Política Nacional de Humanização RAS Rede de Atenção à Saúde

SAPS Secretária de Atenção Primária à Saúde SciELO Biblioteca Eletrônica Científica Online SUS Sistema Único de Saúde

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1- Classificação de prioridade para os problemas identificados no

diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde Josefa Nunes, Unidade Básica de Saúde Josefa Nunes, município de Manoel Urbano, Estado do Acre.

14

Quadro 2 - Abordagem dos fatores de risco modificáveis e não modificáveis

ligados ao AVC.

24

Quadro 3 – Operações sobre o “nó crítico 1” - Falta de orientação sobre vida

saudável relacionado ao problema Acidente Vascular Cerebral na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Josefa Nunes, do município Manoel Urbano, Estado do Acre.

27

Quadro 4 – Operações sobre o “nó crítico 2” - Falta de atividades e açoes de

combate relacionado ao problema Acidente Vascular Cerebral na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Josefa Nunes, do município Manoel Urbano, Estado do Acre.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10

1.1 Aspectos gerais do município 10

1.2 O Sistema Municipal de Saúde 10

1.3 Aspectos Gerais da Comunidade 11

1.4 A Unidade Básica de Saúde Josefá Nunes 11

1.5 A Equipe de Saúde da Família 12

1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da equipe 12

1.7 O dia a dia da equipe 13

1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade (primeiro passo)

13

1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de intervenção (segundo passo)

14

2 JUSTIFICATIVA 15

3 OBJETIVOS 16

4 METODOLOGIA 17

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18

5.1 Atenção Primária à Saúde 18

5.2 Estratégia Saúde da Família 20

5.3 Acidente Vascular Cerebral 22

5.4 Abordagem do Acidente Vascular Cerebral na Atenção Primária à Saúde

24

6 PLANO DE INTERVENÇÃO 26

6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo) 26

6.2 Explicação do problema (quarto passo) 26

6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo) 26

6.4 Desenho das operações (sexto passo) 27

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 30

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10

1 INTRODUÇÃO

1.1 Aspectos gerais do município

Manoel Urbano é um município do interior do Acre, localizado na região norte do Brasil. Foi estabelecido as margens do Rio Purus no ano de 1976 e, recebeu esse nome em homenagem a Manuel Urbano da Encarnação – um grande explorador desse rio. Vale ressaltar que o então território de Manoel Urbano foi desmembrado do município, também acreano, Sena Madureira de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017).

A cidade possui uma área territorial de 10.760,25 km² para 7.981 habitantes o que corresponde a uma densidade demográfica de 0,74 hab/km². É integrante da microrregião de Sena Madureira e mesorregião do Vale do Juruá (IBGE, 2017).

O município possui quatro escolas estaduais de ensino básico e duas de ensino médio, oito escolas municipais de ensino básico compreendendo tanto a Zona Urbana e quanto a Zona Rural. A taxa de alfabetização na idade de 6 a 14 anos é de 78% e a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do município foi de 4,9(IBGE (2017).

Manoel Urbano sobrevive economicamente de agricultura de subsistência e prestação de serviços. Cerca de 46,9% da população possuem um rendimento mensal de pelo menos meio salário mínimo (IBGE, 2017). Boa parte da pavimentação da cidade foi construída de pedras, como em alguns outros municípios do Estado, sendo que somente alguns bairros centrais as ruas são asfaltadas. A cidade costuma ser bastante festiva no período do aniversário da cidade no dia 14 de maio. As festividades costumam durar cerca de uma semana, e inclui feiras de comidas típicas, apresentação de grupos de dança, bandas, desfile cívico e muito mais.

1.2 O Sistema Municipal de Saúde

Na área da saúde o município abriga cinco Unidades Básicas de Saúde com ênfase na atenção primária ao indivíduo, sendo necessário encaminhamento para a capital do Estado os pacientes que necessitam de algum atendimento mais especializado como: quimioterapia, radioterapia, cirurgias, ressonâncias magnéticas, etc. Tem, ainda, uma academia de saúde, uma ambulância, um Departamento de

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Vigilância em Saúde Municipal, dois Polos Bases Indígenas e uma Unidade Mista de gestão estadual. A Estratégia de Saúde da Família com Saúde Bucal implantada em 2001.

A relação com os outros municípios é boa, e sempre que necessitamos de encaminhamento de referencia, os pacientes são bem recebidos, apesar de que toda a rede de saúde do Estado precisar de maior efetividade. A capital do Estado é que se responsabiliza pelos atendimentos de alta complexibilidade de praticamente todo a região ficando muitas vezes fica sobrecarregada.

1.3 Aspectos Gerais da Comunidade

O Bairro São Francisco abriga aproximadamente 1.840 habitantes, localizada na parte central do município. Não possui pavimentação nas ruas do bairro, e este problema é agravado com a chegada do período chuvoso na região.

Os moradores da comunidade, na sua grande maioria, são trabalhadores autônomos que realizam os mais diversos serviços como, carpintaria, alvenaria, limpeza de casas, quintais e entre outros. A outra parcela da população é composta por

Os demais trabalhadores são prestadores de serviços composta por servidores públicos e terceirizados. Existem algumas iniciativas sociais discretas por parte da própria comunidade e a população se posiciona positivamente frente a atividades dessa natureza.

1.4 A Unidade Básica de Saúde Josefa Nunes

A Unidade de Saúde de atenção fica situada na parte central da Cidade no Bairro São Francisco, na rua Francisco Ferreira Mendes, tendo sido inaugurada há cerca de 17 anos. Trata-se de um prédio mantido pela Secretária Municipal de Saúde, considerada como padrão adequado para as instalações de uma Unidade Básica de Saúde.

Contamos com os seguintes compartimentos:

 Um Consultório de Clínica Básica;

 Um Consultório Odontológico;

 Uma Sala de Curativo;

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 Uma Sala de Imunização

 Uma Sala de Nebulização

 Uma Farmácia

A principal necessidade da unidade hoje é a ampliação do quadro de funcionários, pois ainda são poucos profissionais para atender a demanda espontânea da comunidade e implantar a proposta de acolhimento do Sistema Único de Saúde.

Não possuímos sala de reuniões e, por essa razão, utilizamos uma das salas de enfermagem nos momentos que não estão sendo realizados atendimentos a população, geralmente nos sábados.

1.5 Equipe de Saúde da Família

A Equipe ESF II foi implantada na UBS no ano de 2001 e, é formada pelos profissionais apresentados a seguir: cinco Agentes Comunitárias de Saúde (ACS), uma enfermeira, uma auxiliar de Enfermagem e um médico.

1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da equipe

A Unidade de Saúde Josefa Nunes funciona de segunda à sexta das 7:00 hs da manhã às 17:00 da tarde com atendimentos ambulatoriais. Contamos com apoio dos agentes comunitários que se revezam nas atividades administrativas como atualização de arquivos e cadastros. Utilizamos essa escala de agentes comunitários auxiliando no controle de arquivos pois apenas o enfermeiro não consegue dar conta sozinho de todo o trabalho e ainda atender as necessidades espontaneas dos usuários.

A equipe de PSF III ocupa-se quase que exclusivamente do atendimento da demanda espontânea, pois apesar de possuir duas equipes de atenção atuando, as mesmas são formadas por quantidade pequena de profissionais. Realizamos atendimentos essenciais como consultas médicas, pré-natal, puericultura, atendimento odontológico, assistência aos hipertensos e diabéticos.

1.7 O dia a dia da equipe

Realizamos atendimentos essenciais como consultas médicas, pré-natal, puericultura, atendimento odontológico, assistência aos hipertensos e diabéticos.

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Nas quintas e sextas no período da tarde são realizados serviços de atenção domiciliar, com visitas nas moradias com atendimentos personalizados a necessidade individual das famílias que foi previamente estipulado pelos agentes comunitários de saúde.

Os pacientes que fazem uso de medicação controlada são visitados semanalmente pelos agentes comunitários e mensalmente pelo médico. Quando os agentes comunitários identificam a necessidade de mais de uma visita do médico por mês, informam a Unidade Básica.

1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade (primeiro passo)

Os problemas relacionados abaixo foram identificados por meio de uma investigação rápida, simples e de baixo custo na comunidade São Francisco – área de cobertura da Unidade Básica de Saúde Josefá Nunes. A equipe de profissionais se mobilizou para observações aos aspectos sociais e econômicos da população atendida, bem como os serviços essenciais oferecidos à comunidade. Além disso, foram analisados prontuários clínicos e relatórios dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que atuam na área de abrangência. Foram identificados os seguintes problemas na região:

 Elevado número de casos de Acidente Vascular Cerebral;

 Pacientes com Hipertensão;

 Pacientes Diabéticos;

 Saneamento básico insuficiente;

 Casos de violência doméstica;

 Falta de água tratada;

1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de intervenção (segundo passo)

Com base na pesquisa de estimativa rápida na comunidade foi elaborado o quadro de problemas, em que os mesmos foram elencados por ordem de priorização

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e determinadas a capacidade de enfrentamento e importância de sua resolução. Tudo isso seguindo as propostas de Campos, Faria e Santos (2018).

Quadro 1- Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde Josefa Nunes, Unidade Básica de Saúde Josefa Nunes, Município de Manoel Urbano, Estado do Acre.

Problemas Importância* Urgência** Capacidade de

enfrentamento*** Seleção/ Priorização**** Alta incidência de AVC Alta 7 Parcial 1

Hipertensão Alta 6 Parcial 2

Diabetes Alta 6 Parcial 3

Saneamento básico insuficiente Media 4 Fora 4 Casos de violência domestica Media 4 Fora 5

Falta de água tratada Baixa 3 Fora 6

Fonte: próprio autor, 2020. *Alta, média ou baixa

** Total dos pontos distribuídos até o máximo de 30 ***Total, parcial ou fora

****Ordenar considerando os três

Indiscutivelmente o AVC apresenta uma alta importância na área de abrangência da ESF, além dos casos que já ocorreram, existe uma necessidade de prevenção aos usuários que estão no grupo de risco para evitar complicações pela doença futuramente. Vale ressaltar que os outros dois problemas prioritários são doenças crônicas que, entre seus agravantes está o AVC.

2 JUSTIFICATIVA

O AVC é uma enfermidade bastante complexa, uma vez que quando ocorre, a vida do paciente é totalmente dependente do tempo em que o mesmo irá receber os

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cuidados e os tratamentos necessários o que significa que, quanto mais rápido o socorro maiores as chances de recuperação. A Associação Médica Intensiva Brasileira (AMIB,2018) afirma que quanto menos tempo decorrido entre o diagnóstico e o tratamento, menores as chances de sequelas. Desta forma, torna-se primordial a identificação dos sinais e sintomas para atendimento emergência imediato. Mesmo sendo uma doença autoimune e incapacitante pode ser evitada com simples medidas de prevenção tomados durante toda a vida.

A possibilidade de intervenção na atenção primária chama a atenção para a problemática, uma vez que a promoção e prevenção são pilares para esse nível de atenção.

Além disso, o Conselho Federal de Medicina (2014) afirma que a ocorrência do AVC cresceu 32,6% entre 2008 e 2014 no Acre, tornando o Estado, o segundo em termos de porcentagem vítimas do AVC, tonando o problema o mais relevante no momento.

Portanto, propor intervenção junto a este problema se justifica pois trata-se de problema epidemiológico de relevância em nossa região.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Elaborar um Plano de Intervenção a fim de ampliar o conhecimento dos usuários da comunidade São Francisco assistidos pela equipe de saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS) Josefá Nunes quanto aos fatores de risco associados ao AVC.

3.2. Objetivos específicos

 Incentivar práticas e hábitos saudáveis no cotidiano dos usuários da UBS.

 Propor ações e atividades educativas que vise a conscientizações dos usuários quanto aos cuidados preventivos que podem ser tomados para evitar um AVC.

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4 METODOLOGIA

O plano de intervenção seguiu os passos preconizados no Planejamento Estratégico Situacional (PES) desenvolvido pela equipe de saúde da UBS Josefá Nunes no município de Manoel Urbano-AC.

O Planejamento Estratégico Situacional (PES), a partir de seus fundamentos e método, propõe o desenvolvimento do planejamento enquanto um processo participativo. Sendo assim, possibilita a incorporação dos pontos de vista dos vários setores sociais, incluindo a população, e que os diferentes atores sociais explicitem suas demandas, propostas e estratégias de solução, numa perspectiva de negociação dos diversos interesses em jogo. (FARIA, CAMPOS E SANTOS, 2018, p. 26)

Para essa investigação foi utilizado o método de estimativa rápida dos problemas para analisar dos determinantes sociais em saúde que afetam a comunidade. Faria, Campos e Santos (2018) apontam como vantagens a abordagem bastante rápida e eficiente nos custos, como também por contribuir para a participação da comunidade e facilitar o trabalho intersetorial.

Para a realização do projeto foi realizada uma revisão da literatura na Scientific Electronic Library online (SciELO) e no Google Acadêmico, usando os descritores Acidente Vascular Cerebral, Doenças Crônicas não Transmissíveis e Atenção Primária à Saúde e foram lidos artigos na lingua portuguesa do período 2012 a 2020.

Ao decorrer do trabalho foram realizadas algumas etapas, como a priorização dos problemas de saúde, da área de abrangência, e priorizando segundo sua importância e a capacidade de enfrentá-los, sendo escolhido os mais relevantes, neste caso o Acidente Vascular Cerebral.

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5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1 Atenção Primária à Saúde

O Ministério da Saúde define Atenção Primária à Saúde (APS) como:

A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2012, p 19).

A APS tem a reponsabilidade de atuar como “porta de entrada” para o sistema público de saúde e estabelecer uma estreita comunicação com a Rede de Atenção à Saúde (RAS). Vale ressaltar que a atuação da mesma baseia-se em princípios e diretrizes como, universalidade, acessibilidade, vínculo, continuidade cuidado, integralidade da atenção, responsabilização, humanização, equidade e participação social, bem como considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral (BRASIL, 2012).

A assistência com base no princípio da integralidade, norteada pelas ações interdisciplinares, faz da APS a porta de entrada para um atendimento horizontal, que deve permear todos os níveis da assistência, buscando atender as necessidades de saúde de cada indivíduo (SILVA et al., 2018, p. 395).

Diante de sua relevância para o Sistema Único de Saúde (SUS) foipublicado um Decreto Nº 9.795, de 17 de maio de 2019, institucionalizando a APS como Secretaria no âmbito do Ministério da Saúde – Secretária de Atenção Primária à Saúde (SAPS) (BRASIL, 2019a).

Mendonça et al. (2018) destacam o papel revolucionário das propostas da APS, uma vez que vem reformulando os conhecimentos profissionais e as práticas assistências utilizadas anteriormente. Para os autores, a APS tem o objetivo de descentralizar o atendimento à saúde nos hospitais, permitindo a diminuição do fluxo de usuários em locais de atenção especializada quando o problema pode ser facilmente solucionado nos pontos de atenção primária.

Um dos mecanismos de maior destaque é a Estratégia de Saúde da Família (ESF) como política de implantação da APS, desde então a cobertura da população

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brasileira por equipes de saúde só vem aumentando de 2 mil equipes em 1998 para 43 mil equipes em 2018, o que corresponde a aproximadamente 130 milhões de pessoas, isto é, 62,5% da população brasileira (TASCA et al., 2020).

Além da ESF o setor de saúde brasileiro implantou Programa Mais Médicos (PMM), criado pela Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, visando intervenção na formação em saúde, provimento de médicos e ampliação da infraestrutura dos serviços, bem como a diminuição da carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS, a redução das desigualdades regionais na saúde e a efetivação da APS no país ( BRASIL, 2013a). Esse programa tem como objetivo a consolidação da APS como mecanismo de atenção a diversos problemas de saúde e, tem demonstrado um grande potencial na ampliação da cobertura assistencial e na distribuição equitativa de médicos, fazendo com que municípios com maior vulnerabilidade não sofra com escassez de médicos (KEMPER, 2019).

A expansão da ESF ampliou a acessibilidade a partir da conversão de UBS em estratégias de saúde da família e pela construção de novos serviços, principalmente, em áreas distantes e menos providas de recursos sociais, viabilizando a prestação de ações em saúde a uma população anteriormente excluída (ALMEIDA;FAUSTO ; GIOVANELLA, 2011 apud PAULA et al., 2016, p. 4072).

É importante ressaltar a Política Nacional de Humanização (PNH) implementada pelo MS no ano de 2003, que deve atuar de forma articulada com todos os pontos de atenção do sistema de saúde. No caso da APS “a humanização dá-se por meio do acolhimento qualificado e impõe-se como desafio, uma vez que não deve prescindir do envolvimento dos distintos atores para a sua efetivação” (MENEZES; SANTOS, 2017).

Os resultados alcançados até aqui com a reformulação do modelo assistencial vigente são bastante positivos, no entanto, muitos estudos destacam os grandes desafios enfrentados pela APS para alcançar a cobertura completa como, por exemplo, escassez de profissionais médicos, restrições orçamentárias, localizações remotas e maior cobertura populacional por planos privados de saúde. Mesmo com todos as barreiras existentes, a APS vem se apresentando como um caminho para organização do SUS. Dessa forma, serve de exemplo para os países latino-americanos que desejem efetivar políticas públicas direcionadas para a ampliação do acesso e da cobertura universal em saúde para sua população (TASCA et al., 2020).

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A ESF foi escolhida para organizar o processo de trabalho da APS no Brasil devido ao seu alto potencial de articulação individual e coletiva no que diz respeito ao processo saúde-doença. Além disso, espera-se que essa abordagem seja capaz de modificar a maneira de promover cuidado em saúde, reestruturando a dinâmica de trabalho do modelo assistencial voltado para doença para um modelo voltado ao sujeito, seu contexto familiar, social e econômico (BRITO; MENDES; SANTOS NETO; 2018).

Trata-se de um programa implantado para alcançar os desafios à política de saúde estabelecida pela Constituição Federal de 1988 e do SUS (SORATTO et al., 2015). O MS considera que para isso é necessário ações e atividades que visem a promoção à saúde e qualidade de vida dos usuários, intervindo em todos os aspectos que represente risco à saúde e bem-estar.

Para isso Soratto et al. (2015, p.588) consideram que mudanças significativas são fundamentais:

O processo de construção e implantação da ESF é resultante de um conjunto de embates travados por diferentes concepções ideológicas e atores sociais ao longo dos anos, e a forma como a ESF é assumida pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) tem uma longa trajetória de formulações e reformulações e de lutas que decorrem principalmente das discussões no campo da saúde.

Para o desenvolvimento dessas mudanças no âmbito da APS faz-se necessário a atuação da ESF em uma UBS, o desempenho desse nível de atenção é capaz de solucionar 80% dos problemas de saúde de uma população e, é responsável pelo encaminhamento caso o paciente precise de um cuidado especializados. A equipe de multiprofissionais necessita de pelos menos um médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, um enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, um auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS) (BRASIL, 2013a).

A ESF tem como foco principal a atenção à saúde da família, e para isso deve considerar o meio ambiente e o estilo de vida dos usuários sob sua responsabilidade, bem como oferecer às famílias serviços de saúde preventiva e curativa em suas próprias comunidades, sem a necessidade de um hospital como era no modelo assistencial anterior ao SUS. Vale ressaltar que para que essa assistência seja efetivamente positiva se faz necessário desenvolver ações e serviços

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direcionados as especificidades de cada familiares, levando em consideração todos os aspectos positivos e negativos verificados em cada área de abrangência (AQUINO; CONCEIÇÃO; PEREIRA; 2017).

Além de tudo, a ESF é uma importante aliada no combate aos Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), Jardim e Navarro (2017, p.123) destacam o papel da mesma no combate a esse tipo de agravos a saúde:

No que se refere ao Fortalecimento das Ações de Promoção da Saúde no Cuidado Integral de DCNT fica evidente o importante papel que a Atenção Básica e, sobretudo a Estratégia Saúde da Família (ESF) têm neste processo, uma vez que as práticas na ESF são pautadas pelo trabalho interdisciplinar, à programação e à implementação das atividades segundo critérios de risco à saúde e pelo desenvolvimento de ações intersetoriais viabilizando o desenvolvimento de ações de promoção da saúde, prevenção e atenção às DCNT buscando reduzir a prevalência dos principais fatores de risco relacionados nos territórios sobre responsabilidade das equipes.

Nessa perspectiva, cada equipe de multiprofissionais deve desenvolver estratégias de saúde canalizadas para a necessidade da comunidade atendida diante de diagnóstico de saúde da população adscrita, avisando conhecer os fatores de risco associados ao controle de doenças crônicas não transmissíveis e atuar no sentido de supera-los (JARDIM; NAVARRO; 2017).

Paula et al. (2016, p. 4072) afirmam que a “presença da EFS na UBS local estreia a relação entre o sistema de saúde e os usuários, possibilitando a prestação de serviço dos profissionais e a ampliação da qualidade do serviço”. Essa reformulação na atenção vem demonstrando avanços significativos na assistência principalmente no que diz respeito à oferta de ações de saúde, ao acesso e uso dos serviços, além de contribuir diretamente para o decréscimo nas taxas dos indicadores de óbitos por doenças infecto parasitárias e mortalidade infantil (JARDIM; NAVARRO, 2017).

Diante de todo o exposto não resta dúvidas do importante papel desenvolvido pelas ESFs em todo território nacional, possibilitando uma maior cobertura do sistema público de saúde e prestando serviço de qualidade aos usuários de todas as localidades, até mesmo as mais remotas.

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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocupa a segunda posição entre as doenças que mais causam mortes em todo o mundo. Segundo Araújo et al. (2018) foram 6,7 milhões de morte no mundo no ano de 2012 e, as projeções da Organização Mundial da Saúde apontam que até 2030 essa posição será mantida, o que corresponde a 12, 2% dos óbitos previsto para o ano.

Além de ser a razão de um grande número de mortes o AVC também resulta em sequelas irreversíveis, pois é um agravo gerado pela interrupção da circulação do sangue, seja pelo entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos.

O AVC provoca sequelas de ordem física, funcional e emocional, sendo caracterizado pelo comprometimento súbito da função cerebral causado pela falta de oxigenação e glicose em uma parte do cérebro (MARQUES et al., 2020). Canuto e Nogueira (2015) destacam as implicações dessas sequelas na saúde dos indivíduos acometidos:

As injúrias cerebrais produzidas pelo AVC, quando não causam morte, resultam, muitas vezes, em importantes distúrbios funcionais, a exemplo de hemiplegia, afasia, cegueira, alterações táteis-proprioceptivas, mentais e cognitivas. Essas sequelas podem levar à incapacidade total ou parcial da pessoa, com grandes implicações para a sua qualidade de vida pela incapacitação, pelos anos de vida produtiva perdidos e pelos altos gastos financeiros envolvidos (CANUTO; NOGUEIRA, 2015, p.2562).

Existem diversos instrumentos para avaliar o nível de capacidade funcional dos indivíduos que sofreram um AVC. Uma das principais é a Medida de Independência Funcional (MIF), que consiste em analisar o domínio motor e cognitivo que o paciente possui, e para isso conta com 18 itens agrupados em seis funções: autocuidado, controle de esfíncteres, transferências, locomoção, comunicação e cognição social. O resultado é obtido pela somatória dos escores obtidos em cada item avaliado, os mesmos possuem uma variação entre um a sete, em que um quer dizer dependência total e 7 independência total. Além da MIF temos a Escala de Katz, também conhecida como Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (EIAVD), direcionada mais especificamente para a avaliação da capacidade funcional dos idosos. Essa escala é baseada em seis itens que analisam o desempenho do indivíduo nas atividades de autocuidado, considerando a alimentação, o controle de esfíncteres, as transferências, a higiene pessoal, a capacidade de se vestir e de tomar banho. Apesar de ter sido desenvolvida para pacientes idoso, essa escala é uma boa

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alternativa para a avaliação de pacientes acometidos de AVC em qualquer faixa etária (GUERRA et al.,2017).

Existe duas variações desse tipo de agravo – Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) e Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCh).

O AVC isquêmico é causado por uma obstrução vascular, gerando a interrupção do fluxo sanguíneo e suspendendo distribuição de oxigénio e glicose ao tecido cerebral, afetando todo o organismo. O AVC hemorrágico é definido por uma hemorragia, uma extravasão difusa/localizada de sangue no parênquima cerebral que leva à destruição de tecido. (SILVA, 2012)

Após a incidência de qualquer um dos dois se faz necessário avaliar a qualidade de vida da pessoa e fornecer uma atenção em saúde ao AVC de qualidade, além de oferecer todo o suporte aos cuidadores e familiares (CANUTO; NOGUEIRA, 2015).

Existe uma grande variação da gravidade do AVC a nível mundial com taxas de mortalidade entre os 59 por 100.000 pessoas no continente Americano e os 115 por 100.000 habitantes na Europa (SILVA, 2012). Acredita-se que essa constante está diretamente relacionada como fatores sociais, biológicos, comportamentais e característica fisiológicas.

Ainda que o AVC se apresente como um problema extremamente grave possui grandes possibilidades de prevenção, isto possibilita o desenvolvimento de ações direcionadas a medidas preventivas como estratégia de saúde efetiva. A prevenção primária é fundamental, tendo em vista que mais de 77% dos AVC ocorrem pela primeira vez. Dessa forma as medidas preventivas possuem bons resultados, com taxas de 40% de redução de AVC num período de 20 anos em países desenvolvidos (GAGLIARD, 2015).

Silva (2012) aponta que os fatores de risco são os mesmos para homens e mulheres, no entanto a maioria dos estudos encontra uma maior prevalência de Fibrilação Atrial (FA), Hipertensão Arterial (HTA) e obesidade nas mulheres, enquanto nos homens prevalecem as doenças cardíacas, tabagismo e consumo de álcool.

Além disso, podemos classificar os fatores de risco entre modificáveis e não modificáveis, a tabela abaixo explicita cada situação:

Quadro 2 – Abordagem dos fatores de risco modificáveis e não modificáveis ligados ao AVC

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24

FATORES DE RISCO NÃO MODIFICAVÉIS

FATORES DE RISCO MODIFICAVÉIS

Hipertensão Arterial Idade

Tabagismo Sexo

Diabetes Raça/ etnia

Dislipidemias Genética

Dieta Sedentarismo

Obesidade e distribuição da gordura corporal

Cardiopatias Alcoolismo Fonte: Gagliardi (2015)

5.4 Abordagem do Acidente Vascular Cerebral na Atenção Primária à Saúde

O Ministério da Saúde elaborou em 2013 o “Manual de Rotinas para a atenção ao AVC” que possui caráter informativo – ilustrado com tabelas, imagens, fluxogramas, escalas e etc. O manual é direcionado a orientação dos profissionais quanto aos protocolos clínicos a serem seguidos em casos de pacientes com AVC e, explica a como deve ser a organização dos serviços de saúde desde o primeiro nível de atenção até os pontos de atenção hospitalares (BRASIL, 2013b).

O AVC é conhecido por deixar muitas sequelas na vida dos pacientes acometidos, assim o MS estabeleceu, também no ano de 2013, as Diretrizes de Atenção à Reabilitação da pessoa com AVC. Essas diretrizes destacam principalmente a necessidade de um acompanhamento interdisciplinar por uma equipe de profissionais após a ocorrência da doença, para minimizar os efeitos negativos desse agravo a saúde (BRASIL, 2013b).

Como nova estratégia do sistema de saúde brasileiro propos a Linha de Cuidado ao Adulto com Acidente Vascular Cerebral:

A Linha de Cuidado do Adulto com Acidente Vascular Cerebral vai levar informação aos usuários do SUS e apoiar o trabalho dos profissionais de saúde da Atenção Primária e da Rede de Atenção à Saúde. O conteúdo tem informações relativas às ações e atividades de prevenção, tratamento e reabilitação que são desenvolvidas por equipe multidisciplinar em cada serviço de saúde (BRASIL, 2019b, s/p).

Tudo isso direcionado a uma melhor assistência aos usuários do sistema de saúde, focando na integração dos serviços de saúde e buscando prestar assistências em todos os níveis de atenção da RAS (BRASIL, 2019a).

(25)

25

6 PLANO DE INTERVENÇÃO

Este trabalho tem como base a discussão de uma proposta para o problema relacionado a saúde, o Acidente Vascular Cerebral, e visa ampliar conhecimento

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26

sobre a doença e tambem possibilitar uma forma de diminuir a incidência do problema de uma maneira mais rápida e efetiva e com o baixo custo.

6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo)

Na área de abrangência da UBS Josefá Nunes existe uma prevalência de DCNT muito grande, especialmente hipertensão e diabetes, esse é um aspecto preocupante pois essas doenças costumam ser causadoras de diversos agravos a saúde e, o principal deles é o AVC.

Além disso, é perceptível que a maior parte da população não possui hábitos saudáveis como, prática de exercícios e alimentação adequada o que contribui significativamente para o surgimento de problemas de saúde, especialmente as DCNT.

É possível perceber durante os atendimentos e as visitas domiciliares que não existe uma preocupação prévia dos usuários quanto ao desenvolvimento de doenças, isto é, pouco cuidado com a saúde individual e coletiva.

6.2 Explicação do problema selecionado (quarto passo)

A ESF Josefá Nunes é responsável por 410 famílias e integrando essas famílias existem 99 pacientes com alguma doença crônica. Logo, uma parcela significativa de usuários está no grupo de risco para AVC e, precisam integrar um processo de educação permanente para redução das possibilidades de ser acometido pela respectiva doença.

6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo)

Foram selecionadas as situações relacionadas com o problema principal que nossa equipe tem possibilidade de ação mais direita e que podem ter um impacto importante sobre o problema escolhido, entre elas:

 Falta de orientação sobre vida saudável e os riscos do AVC

 Falta de atividades/ações de combate aos problemas que podem ocasionar o AVC

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27

Nossa equipe de saúde propôs, com base dos nós críticos, as operações e projetos necessários para sua solução, os produtos e resultados esperados dessas operações, conforme apresentados nos quadros 3 e 4.

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Quadro 3 – Operações sobre o “nó crítico 1” – Falta de orientação sobre vida saudável relacionado ao problema Acidente Vascular Cerebral na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Josefa Nunes, do município Manoel Urbano, Estado do Acre

Nó crítico 1 Falta de orientação sobre vida saúde saudável. Operação

(operações)

Ampliar o conhecimento da doença AVC pelos usuários assistidos na comunidade São Francisco

Orientar as pessoas a terem uma vida mais saudável, na alimentação e na prática de atividades físicas.

Projeto .+ Saúde

Resultados esperados

Usuários com vida mais saudável e conhecedores do AVC e dos riscos a que estão expostos.

Produtos esperados

Campanha voltada a todas as pessoas na buscam uma saúde mais equilibrada.

Grupos educativos funcionando sistematicamente Recursos

necessários

Cognitivo: informações sobre como ter vida saudável

Estrutural: espaços para realização dos grupos de educação; Palestras voltadas para a comunidade .

Recursos críticos Estrutural: espaço físico para as palestras; Cognitivo: conhecimento sobre os problemas; Financeiro: para a divulgação da campanha. Controle dos

recursos críticos

Secretaria municipal de saúde, responsável.

Ações estratégicas

Desenvolver junto com a equipe ações de coordenação de palestras.

Prazo De julho de 2019 a Setembro de 2020.

Responsável (eis) pelo

acompanhamento das ações

Médico e enfermeiro de saúde da família .

Processo de monitoramento e avaliação das ações

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29

Quadro 4 – Operações sobre o “nó crítico 2” – Falta de atividades e açoes de combate relacionado ao problema Acidente Vascular Cerebral na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Josefa Nunes, do município Manoel Urbano, Estado do Acre

Nó crítico 2 Atividades/ações de combate aos problemas que podem ocasionar o AVC.

Operação (operações)

Mostrar para a população como algumas doenças são prejudiciais a saúde e podem ocasionar problemas e como a falta de atividades/ações de combate aos problemas podem ocasionar o AVC.

Promover uma interação entre agentes de saúde a pessoas com problemas cardíacos e com doenças crônicas

Projeto Mobilize-se por uma saúde mais sólida.

Resultados esperados

Melhora na condição de vida de pessoas que sofreram distúrbios de saúde que possam ocasionar o AVC.

Produtos esperados

Pessoas conscientes acerca do AVC e seguindo as orientações da equipe de saúde

Grupos educativos funcionando sistematicamente Recursos

necessários

Cognitivo: informações sobre determinados distúrbios; Estrutural: visitas e palestras com a equipe;

Financeiro: Compra de material de divulgação da campanha. Recursos críticos Estrutural: visitas e palestras com a equipe;

Financeiro: divulgação da campanha e compra de materiais. Controle dos

recursos críticos

Secretaria municipal de saúde, motivação: indiferente.

Ações estratégicas Desenvolver junto com a equipe ações de promoção a saúde como, atividades/ações que estimulem atividade física regular e alimentação saudável.

Prazo De julho de 2019 a Setembro de 2020.

Responsável (eis) pelo

acompanhamento das ações

Médico

Enfermeiro de saúde da família.

Processo de monitoramento e avaliação das ações

(30)

30

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Abordar maneiras de prevenção AVC é fundamental para ampliar a expectativa de vida da população, considerando a transição epidemiológica que ocorre em função das mudanças nos índices de mortalidade, isto é, as doenças infecciosas dão lugar a DCNT.

Pensando nisso, o sistema de saúde precisa se reinventar para atender as demandas desse novo perfil epidemiológico que vem se instalando nas últimas décadas em todo o mundo, só assim será possível que longevidade seja acompanhando por qualidade de vida.

Dessa forma, esse projeto visa um impacto positivo na prevalência e incidência de AVC entre os usuários sob responsabilidade da ESF Josefá Nunes tendo em vista que os “nós críticos” do problema podem perfeitamente ser submetidos a intervenção no primeiro nível de atenção da rede de saúde.

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31

REFERENCIAS

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Referências

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