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Principais substitutos temporários de pele para o tratamento de queimaduras e lesões cutâneas na medicina veterinária

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Academic year: 2021

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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC Curso de Medicina Veterinária

Trabalho de Conclusão de Curso

Principais substitutos temporários de pele para o tratamento de

queimaduras e lesões cutâneas na medicina veterinária

Gama-DF 2020

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ANA CAROLINA VIANA SERPA

Principais substitutos temporários de pele para o tratamento de

queimaduras e lesões cutâneas na medicina veterinária

Artigo apresentado como requisito para conclusão do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientador(a): Prof(a). MSc. Fabiana Sperd Volkweis

Gama-DF 2020

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ANA CAROLINA VIANA SERPA

Principais substitutos temporários de pele utilizados para o tratamento de queimaduras e lesões cutâneas na medicina veterinária

Artigo apresentado como requisito para conclusão do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Gama, 02 de Julho de 2020.

Banca Examinadora

Prof. MSc. Fabiana Sperd Volkweis Orientador

Prof. MSc. Guilherme Kanciukaitis Tognoli Examinador

Prof. MSc. Franco Metzker Poggiani Examinador

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Graduanda do Curso de Medicina Veterinária, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac. E-mail: aniinhaviiana123@gmail.com.

Principais substitutos temporários de pele utilizados para o

tratamento de queimaduras e lesões cutâneas na medicina

veterinária

Ana Carolina Viana Serpa

Resumo: Na medicina veterinária o tratamento de feridas abertas nos animais é de

fundamental importância devido à grande demanda de atendimentos a animais que apresentam lesões de diversos tipos e origens. Muitas vezes, por conta da grande perda tecidual e da contaminação a cicatrização dessas lesões acontece por segunda intenção e o tratamento precisa ser realizado com a utilização de curativos diários o que leva a um alto custo. O presente trabalho consiste em pesquisa aplicada de caráter explicativa, que visa identificar alguns tipos de substitutos de pele que podem ser utilizados no tratamento de queimaduras e lesões cutâneas em animais. A utilização de substitutos temporários de pele como um recurso terapêutico em lesões e queimaduras, chama a atenção por possuir benefícios na redução da contaminação das lesões, auxilia em uma melhor cicatrização, reduz o desconforto gerado nos animais quando comparados aos tratamentos tradicionais, diminui a quantidade de curativos, protege a lesão de traumas e reduz os custos do tratamento. A pele de rã, membrana amniótica, pericárdio bovino e pele de tilápia do Nilo são alguns dos substitutos biológicos de origem animal que apresentam resultados positivos na maioria dos casos onde são utilizados, entretanto, a deficiência de estudos realizados em animais é grande e a necessidade de se explorar essa terapêutica é fundamental.

Palavras-chave: Curativos biológicos. Cicatrização de feridas. Pele de tilápia. Pele de rã.

Pericárdio bovino.

Abstract: In veterinary medicine, the treatment of open wounds in animals is of fundamental

importance due to the great demand for care for animals that present injuries of different types and origins. Often, due to the great tissue loss and contamination, the healing of these lesions happens by second intention and the treatment needs to be carried out with the use of daily dressings, which leads to a high cost. The present work consists of applied research of an explanatory character, which aims to identify some types of skin substitutes that can be used in the treatment of burns and skin lesions in animals. The use of temporary skin substitutes as a therapeutic resource in injuries and burns, draws attention because it has benefits in reducing the contamination of injuries, helps in better healing, reduces the discomfort generated in animals when compared to traditional treatments, decreases the amount bandages, protects the injury from trauma and reduces treatment costs. Frog skin, amniotic membrane, bovine pericardium and Nile tilapia skin are some of the biological substitutes of animal origin that present positive results in most cases where they are used, however, the deficiency of studies in animals is great and the need exploring this therapy is essential.

Keywords: Biological dressings. Wound healing. Tilapia skin. Frog skin. Bovine

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1 INTRODUÇÃO

A pele é caracterizada como uma barreira seletiva que recobre a superfície corpórea garantindo o equilíbrio fisiológico podendo ser considerada o maior órgão dos animais vertebrados. A perda da integridade dessa barreira pode desencadear o surgimento de várias alterações nocivas a esse órgão assim como possíveis infecções que podem se agravar e até mesmo levar o animal a óbito. (THEORET, 2009).

A ferida é classificada como uma solução de continuidade que acomete os tecidos, gerando perda da função fisiológica e anatômica, pois causa danos de graus variados ao local acometido. (SLATTER, 1998). Existem diferentes formas de se classificar uma ferida, e essa classificação dependerá da sua forma de apresentação, dito isso, as feridas podem ser diferenciadas também entre abertas e fechadas. (WILLIAMS; MOORES, 2013).

As feridas abertas são aquelas no qual há a interrupção no nível da pele e/ou mucosas, alguns exemplos desse tipo de ferimento são lacerações, incisões em procedimentos cirúrgicos, perfurações, avulsões, úlceras e queimaduras. (WILLIAMS; MOORES, 2013).

As feridas fechadas são caracterizadas pela permanência intacta da camada superficial, o que acaba gerando uma proteção para a ferida e consequentemente diminuindo o risco de contaminação, são exemplos de feridas fechadas, os hematomas, esmagamento e contusões. Mesmo não ocorrendo interrupção cutânea, pode ocorrer graves lesões na pele e nos tecidos adjacentes por conta do comprometimento da circulação sanguínea. (LOPES, 2016). Portanto, independente da lesão, deve-se fazer uma avaliação cuidadosa e de maneira completa para se determinar os danos ocorridos na pele e suas estruturas para se realizar a melhor abordagem terapêutica de acordo com cada caso.

Em relação às feridas decorrentes de queimaduras, a classificação é feita de acordo com a intensidade de acometimento do tecido, queimaduras superficiais ou de primeiro grau acometem somente a epiderme, as de espessura parcial ou profunda, ou de segundo grau provocam dano maior na derme, as lesões de espessura total ou também conhecidas como de terceiro grau vão apresentar todas as suas estruturas danificadas incluindo os nervos, as queimaduras que se estendem além da derme, denominadas de quarto grau apresenta lesões semelhantes com as queimaduras de terceiro grau, entretanto apresentam maior dano, acometendo músculos, ossos e geralmente o seu processo de cicatrização ocorre por segunda intenção ou por meio de cirurgias reconstrutivas. (FOSSUM

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As cirurgias reconstrutivas são comumente realizadas na correção de defeitos secundários, traumatismos, anomalias congênitas e procedimentos de retirada de neoplasias. Existem diferentes tipos de técnicas que podem ser utilizadas para a correção desses defeitos, como por exemplos os retalhos e enxertos, sendo necessário para a realização desse tipo de procedimento um planejamento cuidadoso e uma técnica cirúrgica atraumática para evitar que haja muita tensão, retorcimento e comprometimento circulatório. (FOSSUM et al., 2014).

Além das cirurgias reconstrutivas, as membranas biológicas surgem como alternativa terapêutica uma vez que protegem mecanicamente a ferida, previnem infecções e estimulam a neovascularização do local acometido, sendo assim, contribuem no processo de cicatrização dessas feridas. (OLIVEIRA; ALVARENGA, 1998).

A pele de porco, pele de rã, pericárdio de bovino, membrana amniótica e a pele de tilápia do Nilo, são alguns dos enxertos biológicos de origem animal, que tem sido utilizado em curativos para o tratamento de feridas. (ALVES et al., 2015).

O presente trabalho consiste em pesquisa aplicada de caráter explicativa, que visa identificar alguns tipos de substitutos temporários de pele que podem ser utilizados no tratamento de queimaduras e lesões cutâneas em animais, assim como suas vantagens e desvantagens. Nesse sentido, os resultados serão apresentados de forma qualitativa, a partir da coleta de informações de fontes secundárias.

2 REVISÃO DE LITERATURA

A pele possui diversas estruturas especializadas que a levam a ser considerada um órgão, podendo citar como exemplos as glândulas, nervos, vasos e músculos. A pele em conjunto com os pelos e tecido subcutâneo em cães recém-nascidos corresponde a 24% do seu peso corporal e em um cão adulto corresponde a 12%, sendo ela considerada o maior órgão do organismo. (VIGUIER; DEGORCE, 1992). Este órgão é constituído pela epiderme, uma porção epitelial de origem ectodérmica e pela derme, uma porção subjacente de tecido conjuntivo e de origem mesodérmica (PAVLETIC, 2003; MONTEIRO-RICIERE, 2006; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008), entretanto, alguns autores consideram a hipoderme como uma terceira porção de pele, camada de tecido conjuntivo adiposo que se encontra de baixo da derme. (VIGUIER; DEGORCE, 1992; MILLER et al., 2013;).

A epiderme é formada por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, constituída por 85% de queratinócitos, 5% de melanócitos, 3 a 8% de células de Langerhans e 2% de células de Merkel. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008). A queratina é a substância

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mais importante da epiderme, agindo na imunidade cutânea e na inflamação sendo produzida pelos queratinócitos. As camadas basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea são possíveis de serem identificadas na epiderme. Nos cães a renovação celular da epiderme corresponde a 22 dias, desde a camada basal à granulosa. (MILLER et al., 2013).

A derme é constituída de tecido conjuntivo, que faz o suporte da epiderme e junção da pele com o tecido subcutâneo. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008). É composta de matriz extracelular, formada por fibras e substâncias celulares fundamentais como os fibroblastos, melanócitos, mastócitos, alguns neutrófilos, linfócitos eosinófilos, histiócitos e plasmócitos. (MILLER et al., 2013). Além dessas substâncias, a derme apresenta estruturas nervosas, músculos eretores do pelo, folículos pilosos, glândulas, muitos vasos sanguíneos e linfáticos. (PAVLETIC, 2003).

A hipoderme se encontra abaixo da derme e é constituída por células adiposas e em menor parte por fibras elásticas e de colágeno (FIGURA 1). Esta camada tem origem mesodérmica e contribui para o processo de manutenção da temperatura corporal, suporte de reserva energética, além de representar também uma estrutura de amortecimento. (PAVLETIC, 2003).

Figura 1- Esquema da pele dos carnívoros.

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2.1. Cicatrização de feridas cutâneas

As feridas são resultado da perda da integridade cutânea e para promover uma reparação do tecido acometido, inicia-se uma cascata de eventos celulares, moleculares e bioquímicos. O processo cicatricial é considerado um evento fisiológico, sistêmico e dinâmico, que apresenta três fases, entre elas a inflamatória, proliferativa e a fase de remodelamento ou maturação. (ISAAC et al., 2010).

A fase inflamatória é caracterizada como o inicio da cascata e ocorre logo após a lesão cutânea e vascular. A lesão promove uma exposição do colágeno da matriz extracelular, e ativa a agregação plaquetária, permitindo assim a liberação de fatores de crescimento e quimiocinas que vão promover a quimiotaxia dos neutrófilos, monócitos e macrófagos. (CAMPOS; BORGES-BRANCO; GROTH, 2007).

Na fase proliferativa, os eventos celulares vão ser responsáveis pela reestruturação da derme (fibroplasia), angiogênese e reeptelização. (ISAAC et al., 2010). A fibroplasia é responsável pela migração e proliferação de fibroblastos e também pela síntese de colágeno. (TAZIMA; DE ANDRADE VICENTE; MORIYA, 2008). A angiogênese estimula a formação de novos vasos nas proximidades da ferida, o que permite o desenvolvimento do tecido de granulação. (ISAAC et al., 2010). Já em relação a reeptelização, sua função principal é a reestruturação das funções da epiderme, que é a proteção mecânica, regulação de temperatura no local, defesa contra microrganismos e barreira hídrica. (LAUREANO; RODRIGUES, 2011).

A fase de remodelamento ou manutenção é responsável pelo aumento da resistência ao local acometido e faz a deposição de novos elementos da matriz extracelular (MEC), esse evento acontece ao longo de todo o processo cicatricial. (LAUREANO; RODRIGUES, 2011). O aumento da resistência ocorre devido à remodelagem das fibras de colágeno, com o aumento das ligações transversas e um melhor alinhamento do colágeno, ao longo das linhas de tensão. (TAZIMA; DE ANDRADE VICENTE; MORIYA, 2008).

2.2. Queimadura

Queimaduras são lesões que acometem os tecidos orgânicos oriundas de traumas de origem térmica, essas lesões podem variar de pequenas bolhas até formas mais graves, que geram respostas sistêmicas de acordo com a extensão e profundidade. Inúmeros estudos são realizados na busca de encontrar curativos que sejam eficazes na redução de contaminações

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das lesões, que auxiliem no processo de cicatrização e ainda ofereçam resultados estéticos. (LIMA et al., 2017).

As feridas térmicas são praticamente incomuns na prática veterinária. A grande parte dos casos de queimaduras relatados é referente a acidentes ocorridos nas clínicas veterinárias, e a maioria está relacionada ao calor suplementar oferecido, para tratara pacientes que apresentam hipotermia. (PAVILETIC; TROUT, 2006).

A detecção precoce da profundidade de uma ferida por queimadura pode não ser realizada na fase inicial, essas lesões são facilmente ignoradas pelos veterinários e pelos tutores, por conta do pelo que esses animais possuem, o que acaba escondendo a ferida e geralmente as lesões por queimadura são vistas dias depois, com isso a avaliação cuidadosa e a inspeção do animal como um todo é de extrema importância para minimizar esse tipo de problema. (PAVILETIC; TROUT, 2006).

As queimaduras superficiais podem apresentar-se avermelhadas, com um grau de edema variado. A superfície da ferida pode aparecer relativamente seca ou úmida, isso vai depender da integridade da epiderme. A pele do cão e do gato, normalmente não apresenta bolhas, ao contrário das queimaduras superficiais de seres humanos. As queimaduras de espessura total geralmente se curam de maneira lenta, a pele necrótica é propensa a infecções que podem se expandir, se tornarem infecções sistêmicas e serem fatais para pacientes extremamente queimados. (PAVILETIC; TROUT, 2006).

Os substitutos temporários de pele são eficazes no tratamento de queimaduras tanto superficiais recentes quanto para a cobertura total da pele lesionada, enquanto se espera o enxerto definitivo. Esses substitutos de pele podem ser trocados em intervalos regulares ou serem mantidos até que haja a cicatrização da lesão ou aplicação do enxerto, no caso de haver uma boa aderência e não apresentar infecção. (LIMA et al., 2017). Além das vantagens citadas anteriormente, os substitutos temporários de pele, como a pele de tilápia do Nilo surgem como uma boa opção para tratar animais selvagens, facilitando o manejo e diminuindo tempo de cativeiro. (PASSINI; AIUB, 2019).

A utilização de materiais biológicos tem sido estudada para tratar lesões provocadas por queimaduras devido ao alto custo dos curativos sintéticos e biossintéticos. Assim, os substitutos de pele estão sendo considerados úteis no tratamento de queimaduras superficiais pelo fato de reduzirem a frequência com que é realizada a troca de curativos. (LIMA et al., 2017).

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2.3. Pele de tilápia

A tilápia do Nilo (Oreochromisniloticus) é pertencente à família dos ciclídeos, sua origem vem da bacia do rio Nilo no Leste da África e é encontrada nas regiões tropicais e subtropicais. Esse peixe possui uma pele com alta resistência à tração e é considerado um produto nobre e de alta qualidade. (SILVA et al., 2015).

Lima et al. (2017) realizaram um estudo no qual utilizaram a pele de tilápia do Nilo no tratamento de queimaduras de segundo grau superficiais em ratos com o objetivo de avaliar os resultados desse procedimento. Estudos histológicos foram realizados, chegando a conclusão de que essa pele contém uma grande quantidade de colágeno Tipo I, é resistente a tração e apresenta uma boa umidade, tendo certas semelhanças com a pele humana, mostrando melhores resultados que a pele de rã, porco e até mesmo a de cães.

Ainda em relação ao estudo comparativo realizado por Lima et al. (2017) foi possível observar que a aplicação da pele de tilápia em ratos apresentou uma boa aderência à ferida assim como uma melhora no processo de cicatrização sem alterações histológicas da derme, pois ao ser feita a esterilização da pele da tilápia, não foi encontrado a presença de bactérias gram (+), gram (-) ou fungos.

De acordo com estudos realizados o colágeno tipo I encontrado na pele de tilápia estimula a liberação de Fatores de Crescimento de Fibroblastos (FCF), esses fibroblastos estimulam a liberação de Fatores de Crescimento de Queratinócitos (KGF), essas duas citosinas são de fundamental importância para o processo de fechamento de feridas. (TANG; SAITO, 2015).

Os grupos de ratos tratados com a pele de tilápia por Lima et al. (2017) tiveram um padrão cicatricial superior devido à capacidade de obstrução da ferida, diminuindo a formação de exsudatos e crostas. Durante a realização dos estudos foram encontradas reações inflamatórias de grau leve a moderada nas feridas recobertas pela pele de tilápia, diferente da intensa resposta aguda que foi possível de ser observada nos grupos controle, tendo interferência positiva no processo de cicatrização desse grupo, sendo assim confirmado o benefício da utilização da pele de tilápia. A pele de tilápia apresenta também outros componentes benéficos, como os peptídeos que são pequenos grupos proteicos como as defensinas, hepcidinas e interleucinas que auxiliam na cicatrização. (DANTAS, 2017).

Miranda e Brandt realizaram estudos em humanos adultos, com o objetivo de avaliar a eficácia da pele de tilápia como curativo de origem biológica no tratamento de queimaduras de 2° grau superficial e profunda, comparando-a com curativos à base de hidrofibra de prata

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interessante. Você pode posicionar a caixa de texto em qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Desenho para alterar a formatação da caixa de texto de citação.]

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(Aquacel AG®). Embora esse estudo tenha sido realizado em humanos foi possível concluir que a pele de tilápia é eficaz como curativo biológico, e ao finalizar o procedimento de curativos os pacientes relataram sentir menos dor com utilização da pele de tilápia, concluindo um efeito positivo comparado ao grupo tratado com Aquacel AG®, entretanto não houve inferioridade entre os grupos.

Passini e Aiub (2019) relatam em seu trabalho casos de animais que sofreram queimaduras de segundo e terceiro grau e foram tratados com a pele de tilápia. Um dos casos foi de um filhote de leão da montanha (Puma concolor) foi encontrado após um incêndio e apresentava queimaduras de segundo e terceiro grau em suas mãos e pés, esse animal foi submetido ao tratamento com pele de tilápia, que oferece vários benéficos como proteção, auxilia na diminuição da dor, pois atua nas terminações nervosas e promove uma rápida cicatrização por ser rica em colágeno. O tratamento do leão da montanha durou seis semanas e ele teve uma boa adaptação à bandagem.

Outro caso aconteceu em um acampamento com fogueira em Davis, na Califórnia, se transformou em um desastre ambiental. O incêndio provocou queimaduras em diversos animais, no qual foram encontrados dois coiotes (Canis latrans) e três gatos (Felis catus), apresentando queimaduras de segundo e terceiro grau em seus membros. O resultado obtido com o uso da pele de tilápia nessas queimaduras foi ótimo, pois promoveu uma cicatrização tão boa que a pele dos animais voltou a crescer em aproximadamente cinco dias, um processo que geralmente demora semanas para ocorrer em queimaduras graves. A pele de tilápia pode transferir colágeno para a área queimada e atua como um substituto dérmico que proporciona alívio e diminui a dor do paciente. (PASSINI; AIUB, 2019).

Em outro relato de caso que ocorreu após um incêndio florestal, foram encontrados dois ursos negros (Ursos Americanos), no Sul da Califórnia. Esses animais apresentavam queimaduras de segundo grau em seus pés e por se tratar de animais selvagens o tratamento dessas queimaduras se torna mais complicado, pois os ursos devem ser separados e eles não se adaptam a vida em cativeiro rapidamente. Nesse caso optou-se pela utilização da pele de tilápia que possui uma grande quantidade de colágeno e permanece úmida na pele por mais tempo que a gaze (FIGURA 2). Depois de a ferida ser desinfeccionada, a pele de tilápia foi coberta com papel arroz para ajudar a mantê-la intacta. O enxerto com a pele de tilápia teve benefícios imediatos após duas semanas, diminuindo consequentemente o tempo de cativeiro para esses animais, que seria de aproximadamente seis semanas para quatro semanas e em questão de dias a pele em seus coxins começaram a crescer (FIGURA 3). (PASSINI; AIUB, 2019).

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Figura 2- Ursa (Ursus arctos) com queimadura em membros pelvicos, resgatada e levada ao Departamento de Peixes e Vida Selvagem da Califórnia.

Fonte: PASSINI e AIUB, 2019.

Fonte: PASSINI; AIUB, 2019.

Figura 3- Cicatrização observada no pé da ursa (Ursus arctos) em aproximadamente três semanas após o tratamento.

Fonte: PASSINI; AIUB, 2019.

O tratamento convencional de queimaduras tem a necessidade das trocas diárias dos curativos, esse procedimento pode causar dor e desconforto ao paciente, sendo necessário em alguns casos o uso de analgésicos e sedação para minimizar o sofrimento do animal. (FILHO, 2014). Assim, uma das maiores vantagens na utilização da pele de tilápia é a possibilidade de poder ficar na ferida por mais tempo, geralmente até o final da cicatrização e sem precisar fazer trocas diárias, gerando menos dor e desconforto ao paciente. (FILHO et al., 2017). A aderência que a pele de tilápia faz sobre a ferida, cria uma espécie de tampão, diminuindo a chance de haver contaminação e perda de líquido. (MIRANDA; BRANDT, 2018).

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2.4. Membrana amniótica

A membrana amniótica humana começou a ser utilizada na medicina logo após a Segunda Guerra Mundial, sendo considerada tão eficiente quanto à própria pele do indivíduo. Indica-se a utilização dessa membrana em qualquer tipo de queimadura ou ferimento, contanto que seja feita a preparação adequada da membrana, preservando-a em glicerina 98%, além de realizar uma limpeza rigorosa da lesão. As vantagens de sua utilização consistem na proteção da área afetada, auxilia no processo cicatricial, favorece o desenvolvimento mais rápido do tecido de granulação, age na diminuição da dor e previne infecções. Já em relação ás desvantagens podemos citar a dificuldade de se obter essa membrana e também a sua aplicação na lesão sem que ela tenha sido preparada e limpa de maneira correta. (AZEVEDO, 1997).

Azevedo (1997) realizou estudos em humanos que sofriam com queimaduras de 2° e 3° grau empregando o uso da membrana amniótica em seu tratamento, utilizou também essa membrana em outros tipos de lesões e chegou a conclusão de que sua utilização é eficiente nesses tipos de tratamento pois traz resultados significativos.

Sawhney (1989) também realizou um estudo utilizando membrana amniótica humana em pacientes com queimaduras de graus variados. Foram incluídas no estudo o tratamento de 90 feridas por queimaduras dérmicas, divididas entre o grupo 1, que foi o de controle e o grupo 2 que foi tratado com a membrana amniótica. Cada grupo foi dividido em três subgrupos de 15 pacientes no qual havia pacientes com queimaduras dérmicas de profundidade superficial, profundidade intermediária e com queimaduras profundas. A aplicação da membrana amniótica na pele humana diminui dor e promove mais conforto ao paciente, além de reduzir a quantidade de exsudato e protege o epitélio de traumas causados por curativos. Nas queimaduras dérmicas de profundidade superficial e intermediária, o curativo primário com membrana amniótica promove cura. Nas queimaduras dérmicas mais profundas, a membrana amniótica é útil na promoção da regeneração precoce do epitélio e cicatrização.

Oliveira e Alvarenga (1998) realizaram um estudo experimental, no qual fizeram a utilização de membrana amniótica equina conservada em glicerina 98%, à temperatura ambiente, para o tratamento de feridas que foram adquiridas através de procedimento cirúrgico nos membros locomotores de equinos, foi utilizando para o experimento dois grupos

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de equinos com 15 feridas cada, um desses grupos foi tratado com a membrana amniótica e o outro grupo, o de controle recebeu no ferimento apenas gazes umedecidas com solução fisiológica. Nesse estudo foi possível avaliar a eficiência da membrana amniótica que permitiu a cicatrização das feridas sem apresentar rejeição.

Em um estudo realizado por Aceto et al. (2007), foi utilizado a membrana amniótica e pericárdio canino como curativos biológicos em ferimentos experimentais em cães, até o sétimo dia de pós-operatório. Esse estudo teve como objetivo avaliar a formação de tecido de granulação que se forma a baixo do curativo e se é eficaz no auxilio da recepção de enxertia cutânea autógena. A membrana amniótica e o pericárdio canino utilizados nesse trabalho não estimularam o processo de granulação necessária para ser feita a enxertia, entretanto podem ser utilizados como curativos biológicos oclusivos.

2.5. Pele de rã

A pele de anfíbios é um xenoenxerto que vem sendo utilizado no tratamento de queimaduras. (PICCOLO et al., 2008). A pele de sapo apresenta em sua composição lipídeos, proteínas e peptídeos e por esse motivo ela vem sendo utilizada como curativo. (KUMAR et

al., 2002; GOMES et al., 2007).

Embora a pele fresca de sapo seja eficiente como curativo temporário, ela nem sempre está disponível em grande quantidade, portanto, a liofilização vem sendo apresentada como um método alternativo para atender essa necessidade. O uso de fármacos biológicos liofilizados, como amnion e pele de suínos, vem sendo estudados e demonstrando vantagens importantes, evitando a necessidade de curativos dolorosos que geralmente são associados a sangramentos e muitas vezes necessitam de anestesia geral, além do fato de serem curativos biológicos mais econômicos, de fácil manejo e aplicação. (GAJIWALA, 2004; HOSSEINI et

al., 2009).

Bazaz et al. (2013) realizaram um estudo que teve como objetivo avaliar os efeitos da aplicação tópica de pele de sapo Rana ridibunda, liofilizada em pó na cicatrização de feridas em camundongos. Os animais foram divididos em três grupos de maneira aleatória, o grupo FO (experimental) tiveram suas feridas tratadas com a pomada e pó de pele de rã, o grupo O (controle positivo) foram tratados apenas com pomada e o grupo C (controle negativo) não recebeu tratamento. Os procedimentos operatórios foram realizados em condições assépticas e os animais foram encaminhados para gaiolas individuais. Este estudo mostrou resultados satisfatórios, incluindo redução da inflamação, aumento da proliferação de

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fibroblastos e colágeno, neovascularização e fechamento mais rápido da ferida (FIGURA4). Outro resultado positivo no tratamento das feridas com pele de sapo liofilizada foi a redução da carga microbiana no local, confirmando assim as propriedades antibacterianas deste fármaco.

Figura 4- Cicatrização. Imagem (A) Fechamento da ferida do grupo FO, (B) Fechamento do grupo O e (C) Fechamento do grupo C.

Fonte: BAZAR et al., 2013.

Já Piccolo et al. (2008), realizou inicialmente um experimento utilizando a pele de sapo em queimaduras de espessura total em ratos Wistar, chegando a conclusão de que era o curativo biológico mais útil, pois possuí vantagem de ter seu próprio antibiótico e outras substâncias ativas na pele. Por conta do resultado positivo que teve com os ratos, o autor aderiu o uso da pele de Rana catesbiana (Shaw), também conhecida como sapo-boi, em queimaduras parciais profundas e queimaduras de espessura total, infectadas ou não apresentadas por humanos (FIGURA 5). A adesão da pele de sapo ao leito da ferida é muito boa, havendo uma perda progressiva dessa pele por conta da cura ou formação de tecido de granulação. Em relação à suas vantagens, podemos citar a fácil disponibilidade, baixo custo e sua preparação que é relativamente fácil. Além do fato de sua aplicação poder ser feita em conjunto com qualquer agente, evitando também a desidratação da ferida e consequentemente diminuindo a perda de água e calor. A pele de sapo também diminui a contaminação da ferida, cria um microambiente que protege os tecidos que estão em desenvolvimento, aumenta o conforto do paciente e exige menos fármacos para a dor. A pele não pode ser reesterelizada é complicado manter uma rotina estéril para o seu uso, entretanto é uma boa opção para a cobertura temporária de feridas de queimaduras extirpadas e profundas de segundo grau.

Apesar de Bazaz et al. (2013) e Piccolo et al. (2008) terem apresentado resultados satisfatórios com a utilização de pele de sapo em lesões e queimaduras de ratos e humanos em seus trabalhos. Falcão et al. (2002) realizaram um estudo utilizando a pele de Rana

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catesbiana como curativo biológico oclusivo no tratamento de feridas cutâneas em cães, no

qual 13 dos 15 animais utilizados no estudo apresentaram destruição da pele de rã no período de observação, o retalho sofreu deslocamento parcial, permitindo a exposição da pele de rã em diversos locais na superfície da ferida. Neste trabalho, não houve benefícios no uso da pele de rã, como curativo biológico na cicatrização das feridas dos cães e a rejeição foi sugerida como fator principal.

Figura 5- A: Queimadura coberta com pele de sapo. B: Paciente após a aplicação da pele de sapo. C: Remoção a pele de sapo. D: Ferida cicatrizada.

Fonte: PICCOLO et al., 2008.

2.6. Pericárdio de bovino

O pericárdio bovino preservado em glicerina 98%, mantém a integridade do ferimento onde ele é adicionado por longos períodos, agindo assim como um curativo oclusivo, embora possua uma estrutura permeável ele mantém a secreção à superfície da ferida. (CHANDA et

al., 1994).

O tratamento de feridas com o pericárdio bovino tem seu processo evolutivo dividido em duas etapas, a primeira é a fibrino-colágena dependente e ocorre em um período de 24 horas após a sua aplicação e a segunda etapa é a fibro-vascular e se desenvolve entre 24h a 72h após ser aplicada. (ALSBJORN, 1992).

Araújo et al. (2018) utilizou o pericárdio bovino em uma lesão lacerativa provocada por carcinoma de células escamosas diferenciado em um equino. O procedimento cirúrgico foi realizado e em seguida a ferida foi totalmente coberta pelo pericárdio que fez uma oclusão completa da ferida, o curativo foi feito com compressa e fixado com bandagem sendo feita a troca do curativo a cada 24 horas, o animal recebeu alta com 30 dias de tratamento. A resposta positiva desse tratamento levou a conclusão de que o pericárdio bovino conservado em

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glicerina a 98% é uma opção boa, barata e de fácil conservação em feridas extensas de equinos, pois gera uma ótima reepitelização e cicatrização, mantem a ferida limpa e com pouca secreção.

Figura 6- Imagem a esquerda apresenta o pericárdio após dessecação, limpo em água corrente e conservado em glicerina a 98%. Imagem a direita apresenta mostra o pericárdio bovino sobre a ferida cirúrgica, fazendo a completa oclusão.

Fonte: ARAÚJO et al., 2018.

A utilização da pele de tilápia do Nilo, membrana amniótica, pele de rã e pericárdio bovino como substitutos temporários de pele para o tratamento ferimentos decorrente de queimaduras e lesões cutâneas em animais e humanos, mostraram resultados satisfatórios na maioria dos casos citados neste trabalho. A tabela abaixo apresenta de maneira resumida a classificação desses substitutos temporários de pele assim como algumas das suas vantagens, desvantagens, fase de cicatrização e a maneira de conservação desses materiais.

Tabela- Classificação dos substitutos temporários de pele, em relação as vantagens, desvantagens, fase de cicatrização e conservação.

Vantagens Desvantagens Fase de cicatrização Conservação da pele Pele de tilápia do Nilo -Permanência na ferida por mais tempo. -Acelera o processo cicatricial.

-Fácil manejo e aplicação.

-Não necessita trocas diárias.

-Causa menos dor e desconforto ao paciente. -Possui uma boa

aderência a ferida. -Protege de infecções. -Colocação em uma ferida contaminada. - Não esterilização da pele. -Chance de rejeição. -Inicial ou -Após desbridamento (se necessário) -Fresca e estrerilizada

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17 Membrana amniótica -Fácil manejo e aplicação. - Acelera o processo cicatricial.

-Boa adesão à ferida. -Causa menos dor e desconforto ao paciente. -Proteção do epitélio. -Colocação em uma ferida contaminada. - Não conservação da pele. - Chance de rejeição. -Dificuldade de obtenção. -Inicial ou -Após desbridamento (se necessário) -Em glicerina 98% Pele de rã

-Boa adesão à ferida. - Acelera o processo cicatricial.

- Causa menos dor e desconforto ao paciente. -Baixo custo.

- Fácil preparação. -Não necessita de trocas diárias. -Colocação em uma ferida contaminada. - Não esterilização da pele. -Chance de rejeição. -Inicial ou -Após debridamento (se necessário) -Fresca e esterilizada ou liofilizada Pericárdio bovino

-Mantem a ferida limpa. -Acelera o processo cicatricial

-Promove uma oclusão completa.

-Mantém a integridade do ferimento por longos períodos.

-Mantém a secreção na superfície da ferida. -É barata.

-De fácil conservação.

-Colocação em uma ferida contaminada. - Não conservação da pele. - Chance de rejeição. -Fase Inicial Ou -Após desbridamento (se necessário) -Em glicerina 98% 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as pesquisas apresentadas neste artigo, a utilização de substitutos temporários de pele para tratar queimaduras e lesões cutâneas trazem resultados bem positivos e satisfatórios. Embora seja eficiente a utilização desses substitutos, a deficiência de estudos realizados em animais é grande, com isso a necessidade de explorar essa terapêutica é fundamental.

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter me dado forças nos momentos difíceis, por ter me guiado e me mostrado o caminho da medicina veterinária, me tornar medica veterinária sempre foi um sonho quando criança e agora estou prestes a realiza-lo.

Não poderia deixar de agradecer aos meus pais, Senhora das Mercês Viana e Natanael Nunes Serpa que foram meus pilares durante essa trajetória, sempre se esforçando e lutando para que eu pudesse entrar na faculdade e me formar, tudo que eu sou hoje e o que vou me tornar devo a vocês. A minha família toda sempre me encorajou, me apoiou, incentivaram minha escolha e acreditaram na minha capacidade, sou muito grata a todos vocês.

Agradeço também a minha orientadora Fabiana Volkweis por todo direcionamento e dicas no decorrer do desenvolvimento do meu trabalho. Sou grata também a todos os professores que fizeram parte desses 5 anos de graduação, cada um teve uma participação especial na minha vida e os ensinamentos passados levarei comigo durante minha jornada.

Tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas especiais na faculdade, fiz amizades verdadeiras e a Gabriela Duque é uma das amigas que vou levar pra vida, ela sempre foi minha parceira e passou comigo todas às dificuldades, raivas e alegrias durante a graduação, além de me incentivar e ter paciência quando eu fazia milhares de perguntas, obrigada amiga você foi um presente que a faculdade me deu.

Outra pessoa muito importante e que não posso deixar de agradecer é meu companheiro Luís Eduardo, como eu sou grata por você ter entrado na minha vida, por todo o apoio, pela paciência que teve comigo e por acreditar na minha capacidade, em momento

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algum você me deixou desistir, obrigada por tudo.

Por fim, gostaria de agradecer também a todos as pessoas que trabalham no Centro Veterinário Asa Sul (CVAS), obrigada pela oportunidade de estágio e por depositarem tanta confiança em minha pessoa, vocês foram muito importantes nessa fase da minha vida, os veterinários, auxiliares, as secretárias, aprendi muito com cada um de vocês.

Escrever esse TCC foi um desafio, tive alguns empecilhos durante o processo, mas estou feliz por ter conseguido desenvolve-lo. Essas limitações e dificuldades me encorajaram a pensar em projetos futuros que com dedicação e muito estudo sei que posso realiza-los.

“Não importa o que aconteça, continue a nadar.” (WALTERS, GRAHAM; PROCURANDO NEMO, 2003).

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