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Jornal do Conselho Regional de Serviço Social - CRESS 12ª Região Dezembro de 2015

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Jornal do Conselho Regional de Serviço Social - CRESS 12ª Região Dezembro de 2015

Arte Original: Rafael W

(2)

COM A PALAVRA O CRESS

É

com satisfação que a gestão “Coletivizar para Seguir na Luta”, período 2014-2017, vem socializar as ações planeja-das e executaplaneja-das no ano de 2015, construídas coletivamente, por meio das Comissões Precípuas e Temáticas.

Esta edição especial de fi m de ano tem como temário central “Os Fundamentos do Serviço So-cial”. E por que escolhemos esse tema? Será que não estamos can-sados de falar, debater e refl etir sobre ele? Contudo, temos cons-tatado no cotidiano, que é preciso retomar tais fundamentos, pois estamos deixando-os, muitas ve-zes, em detrimento da burocracia institucional que interfere no fazer profi ssional crítico e protagonista. Assim, os leitores serão brindados com o texto “Apontamentos sobre os fundamentos em Serviço So-cial” de autoria do Prof. Dr. Hélder Boska de Moraes Sarmento, do curso de Serviço Social da UFSC.

Das ações que daremos con-tinuidade em 2016 destaca-se no Via CRESS a implementação dos NUCRESS, fortalecendo a articu-lação com a categoria no Estado de Santa Catarina.

No CRESS em Ação destaca-mos o 44º Encontro Nacional do Conjunto CFESS/CRESS, o Se-minário “Serviço Social e Diversi-dade Trans”, o Encontro Regional Serviço Social, Relações Frontei-riças e Fluxos Migratórios - Re-gião Sul e, por fi m, o Seminário Nacional de Seguridade Social. Destacamos as Rodas de Conver-sa que foram realizadas ao longo de 2015, à partir da demanda re-cebida pela categoria e pautada no planejamento do CRESS 12ª Região no âmbito de suas Comis-sões.

No que se refere ao Fique Sa-bendo, esta edição traz diversos temas importantes para a cate-goria, informações relativas as 30 horas, sobre o Transborde

Judi-ciário e também nossa última As-sembleia.

Na seção destinada às Comis-sões Precípuas e Temáticas os/as leitores/as encontrarão um resu-mo das ações/atividades e repre-sentações, conforme as propos-tas planejadas.

Na seção da entrevista apre-sentamos a Assistente Social Lélica Elis Pereira de Lacerda, a qual nos traz informações sobre os fundamentos da profi ssão, tema central deste jornal.

Com base na temática “Funda-mentos do Serviço Social”, deixa-mos as seguintes questões para serem refl etidas e respondidas por cada um/a de nós em nossa traje-tória profi ssional: estamos lutando contra a corrente da naturalização dos direitos violados? Combate-mos os valores individualistas que levam à visão fragmentada do sujeito social? Trabalhamos para romper a burocracia institucional que nos levam a ações pulveriza-das, desconectadas? Considera-mos a visão crítica e de totalida-de da vida social no nosso fazer profi ssional? Entendemos, a ne-cessidade de estarmos vigilantes a caminho de uma nova ordem societária, como aponta o nosso projeto ético-político-profi ssional?

Assim, com essas refl exões, desejamos a todas/os as/os As-sistentes Sociais, conselheiros/ as, trabalhadores/as do CRESS/ SC, estudantes de graduação e pós-graduação, docentes, um fi m e começo de ano baseados nos princípios da Unidade na Diversi-dade, no respeito às diferenças de crenças, etnias, culturas, de raça e classe.

A gestão “Coletivizar para se-guir na Luta” agradece a partici-pação de todos/as que estiveram conosco fazendo a história do Serviço Social em Santa Catarina neste ano de 2015!

Rosana Maria Prazeres Conselheira Presidente

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AS RODAS DE CONVERSA REALIZADAS EM 2015

O

CRESS 12ª Região pro-moveu seis Rodas de Conversas, em 2015, a fi m de propiciar várias refl e-xões com a categoria profi ssio-nal. Os temas propostos foram sugeridos pelas Comissões de Políticas Sociais e Ampliada de Ética e Direitos Humanos, cuja seleção baseou-se nas demandas trazidas pelos/as profi ssionais, como também as bandeiras de lutas do conjunto CFESS/CRESS.

A primeira Roda de Conver-sa ocorreu no dia 05 de agos-to no auditório do CRESS/ SC e teve como tema “A Nor-ma Técnica do Ministério da Saúde Sobre o Aborto Legal e Seguro” (Direito das

Usuá-rias). Para mediar a discussão foi convidada a enfermeira Car-men Lúcia Luz, pesquisadora na área, também responsável pela implantação do protocolo de atenção as vítimas de vio-lência sexual no município de Florianópolis. O público alvo foram os/as conselheiros/as e colaboradores/as do CRESS/ SC.

A segunda Roda de Conver-sa realizada pelo CRESS/SC ocorreu na cidade de Chapecó, no dia 11 de agosto de 2015, em parceria com a Associação dos Profi ssionais Assistentes Sociais da Região Oeste – APAS OESTE e com apoio da Associação dos/as Assistentes Sociais da Microrregião do Alto Irani – ASMAI e da UNOCHA-PECÓ, com o tema “Desastres Naturais e a Atuação do/a Assistente Social”, reunindo

aproximadamente 140 profi s-sionais e estudantes.

Na oportunidade, as profi

s-sionais Regina Pan-ceri e Cristiane Mar-ques trabalharam sobre a temática proposta, problema-tizaram o termo “de-sastres naturais”, afi rmando a neces-sidade do trabalho preventivo, da

cria-ção dos planos municipais de contingência da defesa civil e a atuação do Serviço Social fren-te a esses eventos.

A terceira Roda de Conver-sa datada de 17 de setembro em Canoinhas teve como tema

Assistentes Sociais

Compe-tência e Atribuições em De-fesa das Políticas Sociais” e

contou com a participação de cerca de 15 Assistentes Sociais e as mediadoras foram Rosana Maria Prazeres (Presidente do CRESS/SC) e Zenici Dreher Herbst (Secretária do CRESS/ SC).

No dia 25 de setembro, a quarta Roda de Conversa dis-cutiu o tema “Serviço Social e Previdência Social Desafi os e Perspectivas no Contexto Contemporâneo”. Realizada

no auditório do CRESS/SC, este evento contou com a pre-sença de 35 participantes, sen-do que a facilitasen-dora convidada para provocar o debate foi a Assistente Social Edivane de Jesus, trabalhadora do INSS.

Para a quinta Roda de Con-versa realizada em Blumenau no dia 21 de outubro o tema proposto foi “Ética Profi ssio-nal e o CRESS Nesse Con-texto”. Estiveram presentes 60

participantes, dentre eles estu-dantes, profi ssionais supervi-sores de campo e docentes da

Universidade Regional de Blu-menau – FURB. O tema foi mediado pela a Coordenadora Técnica do CRESS Maria Do-lores Thiesen.

A última Roda de Conversa aconteceu dia 27 de novembro, teve como tema “Diálogos so-bre o Exercício Profi ssional com a População em Situa-ção de Rua” e recebeu como

convidada a Assistente Social Dra. Rosana Sarmento no au-ditório do CRESS/SC para co-ordenar o debate, com a fi na-lidade de fazer uma refl exão sobre o exercício profi ssional do/a Assistente Social frente a esta demanda que vem se apresentando intensamente para a categoria.

As seis Rodas de Conver-sas de 2015 possibilitaram

dis-cussões acerca de assuntos pertinentes à formação e prá-tica profi ssional oportunizando maior aproximação à realidade dos/as Assistentes Sociais e fortalecendo a correlação entre a teoria e a prática.

Tendo em vista as inúmeras refl exões e contribuições das Rodas de Conversas, torna--se imprescindível que outras aconteçam, e sendo assim, convidamos a categoria a fi ca-rem atentos ao site do CRESS/ SC para a programação do ano de 2016.

EVENTOS

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CRESS EM AÇÃO

44º ENCONTRO NACIONAL DO CONJUNTO CFESS/CRESS

C

onforme cronograma do CFESS, no período de 04 a 07 de setembro de 2015 ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, o 44º Encontro Nacional do Conjunto CFESS/ CRESS. Este evento tem por fi -nalidade reunir representantes (conselheiros/as, trabalhado-res/as e profi ssionais de base) de todos os CRESS do país para discutir e acompanhar as ações a serem desenvolvidas pelo conjunto.

Neste 44º Encontro, o tema central tratou da “Ofensiva ne-oconservadora e o Serviço So-cial no cenário atual”, segundo os debates travados no referi-do evento, o conservareferi-dorismo está instalado em todas as instâncias da sociedade e se manifesta mesclado ao senso comum, promovendo

diferen-tes formas de pre-conceito e de dis-criminação, sendo este um desafi os aos profi ssionais, que devem resistir e pautar os prin-cípios do projeto ético-político da profi ssão.

O CRESS/SC

foi representado pelos seguin-tes delegados, representando a diretoria: Rosana Maria Pra-zeres CRESS nº 2840, Rosi-nete Laurindo CRESS nº 1839, Ana Silvia Simon CRESS 4017 e Samuel Salezio dos Santos CRESS 5185, os/as profi ssio-nais de base: Anna Carolina do Espírito Santo CRESS nº 5957, Ana Paula Althaus CRESS nº 5076, Patrícia Chaves de Sou-za CRESS nº 4649 e Ederson

Oliveira Lara CRESS nº 5078 e por fi m representando os tra-balhadores/as: Maria Dolores Thiesen CRESS 1811 e Cle-verton Cidiclei Maciel CRESS nº 4188.

O 44º Encontro Nacional, reuniu representantes dos 39 CRESS e Seccionais de todo o território nacional, resultando em ações previstas no Relató-rio Final, que está disponível no site do CRESS 12ª Região.

5º SEMINÁRIO NACIONAL:

SERVIÇO SOCIAL E SEGURIDADE SOCIAL

No período de 19 a 21 de no-vembro de 2015, foi realizado o 5º Encontro Nacional: Serviço Social e Seguridade Social na cidade de Belo Horizonte/MG.

O objetivo deste encontro é reafi rmar, em tempos de crise do capital, a luta e defesa da Seguridade Social como impor-tante mediação dos direitos da classe trabalhadora nesta so-ciedade de mercantilização da vida e barbárie.

Representando o CRESS 12ª Região neste evento, par-ticiparam as conselheiras Ze-nici Dreher Herbst, Rosinete Delfi no Laurindo, o conselheiro Samuel Salézio dos Santos e o Agente Fiscal Cleverton Cidi-clei Maciel.

A retomada deste importante

debate, em um tempo histórico marcado por forte ofensiva con-servadora e restritiva aos direi-tos sociais, realizada por meio de ajuste fi scal, fragmentação das políticas, superexploração

do trabalho, expressa o com-promisso do conjunto CFESS/ CRESS com a classe trabalha-dora e um projeto profi ssional voltado a defesa dos direitos sociais e humanos.

Foto: Cassiano Ferraz/CRESS

Foto: Rafael W

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CRESS EM AÇÃO

Foto: Rafael W

erkema/CFESS

ENCONTRO REGIONAL SERVIÇO SOCIAL, RELAÇÕES

FRONTEIRIÇAS E FLUXOS MIGRATÓRIOS - REGIÃO SUL

No dia 16/07/2015 foi realiza-do o Encontro Regional Serviço Social, Relações Fronteiriças e Fluxos Migratórios - Região Sul na cidade de Curitiba/PR, onde estavam presentes represen-tantes dos CRESS de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Cada CRESS apresentou na oportunidade o levantamento que realizou nos municípios de fronteira com países sul-ame-ricanos. O objetivo do evento foi conhecer as particularida-des dos territórios fronteiriços e fl uxos migratórios e suas de-terminações para o exercício profi ssional dos/as Assistentes Sociais.

O CRESS 12ª Região, em parceria com o Centro de Re-ferência em Direitos Humanos

da UFFS, realizou um levan-tamento junto aos profi ssio-nais do município de Dionísio Cerqueira que faz fronteira com a Argentina, sendo que o conselheiro Samuel Salezio dos Santos CRESS 5185 e a conselheira Samantha Roloff CRESS 4953 apresentaram os dados coletados. Vale destacar que as demandas mais recor-rentes aos Assistentes Sociais, no atendimento a estrangeiros, principalmente argentinos, são benefícios eventuais, benefício de prestação continuada e tra-tamentos de saúde. Este é um refl exo da fragilidade/escassez de políticas públicas do país vizinho, que buscam no Brasil melhores condições de prote-ção social. Ressalta-se ainda, o atendimento a pessoas de

outras nacionalidades, como paraguaios, colombianos, hai-tianos, africanos (diversos paí-ses) que migram ao município e ao Estado em busca de refú-gio, regularização e permanên-cia no país. Os/as profi ssionais apontam como difi culdades, a falta de interlocução com os/ as profi ssionais da Argentina (sendo que em Bernardo de Irigoyen - Argentina) município de fronteira, não há Assisten-te Social, bem como a falta de espaços de discussão e de for-mação sobre as políticas públi-cas em regiões fronteiriças.

Este evento propiciou uma importante troca de informa-ções e experiências, diante dos desafi os postos à profi ssão, frente a esta temática.

SEMINÁRIO “SERVIÇO SOCIAL E DIVERSIDADE TRANS”

R

ealizado nos dias 11 e 12 de junho de 2015 o Se-minário “Serviço Social e Diversidade Trans”, ocorreu em São Paulo/SP proporcionando amplo debate com os/as pro-fi ssionais Assistentes Sociais de todo país. Representando o CRESS 12ª Região, partici-param do evento a conselheira Eliete Maria de Lima e a Coor-denadora Técnica Maria Dolo-res Thiesen.

O foco das discussões foi em torno da realidade da popu-lação trans e a luta pela afi rma-ção dos direitos, bem como con-tra o preconceito. No cotidiano profi ssional temos presenciado uma ampliação de atendimen-tos prestados à população LGBT, tornando-se fundamen-tal compreender as expressões

da sexualida-de e isexualida-dentida- identida-de identida-de gêne-ro, as quais ocorrem es-pecialmente na infância e adolescência. De acordo com as dis-cussões re-alizadas no evento uma

das principais ações dos/as Assistentes Sociais é a desna-turalização das manifestações de preconceito e por intermédio das políticas sociais os/as pro-fi ssionais tem o compromisso de instituir um exercício profi s-sional voltado ao acolhimento das demandas, com um olhar despatologizante garantindo o

acesso aos direitos sociais. O evento apontou uma direção clara, que as respostas pro-fi ssionais devem voltar-se a afi rmação da luta pela eman-cipação humana tomando por fundamentação os valores e princípios ético-políticos do Serviço Social.

(6)

VIA CRESS

A

implantação dos NU-CRESS em Santa Cata-rina foi um dos desafios desta gestão, já que a Resolu-ção nº 22 foi aprovada em 16 de dezembro de 2014 após ampla discussão com a cate-goria. As ações planejadas e executadas estão intimamente ligadas às deliberações do con-junto CFESS/CRESS .

O CRESS é dotado de au-tonomia administrativa e finan-ceira assim como “os núcleos são espaços de articulação e organização dos/as Assisten-tes Sociais que cumprem o pa-pel de interiorização, descen-tralização e democratização da gestão política do CRESS”. O CRESS somos todos nós, e, os NUCRESS compõem este con-junto, a princípio em fase de implantação e de expectativas conforme pudemos constatar nas regiões que organizaram os encontros em 2015, bem como na reunião com os/as

co-ordenadores/as e secretários/ as realizada no CRESS/SC, em 25 de setembro de 2015. As competências estão definidas na Resolução nº 022/2014, porém, as deman-das que surgiram nas plená-rias dos NUCRESS fizeram a diferença no planejamento das ações para 2016, tanto na Co-missão de Políticas Sociais, como nas demais comissões,

pois os temas são abrangen-tes e relevanabrangen-tes, assim pode--se priorizar ações de acordo

OS NUCRESS EM SANTA CATARINA

Região de Criciuma

Região de Mafra

Região de São José Região de Joaçaba

Região de Itajaí

Região de Joinville Região de Chapecó

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VIA CRESS

I ENCONTRO DOS/AS COORDENADORES/AS E

SECRETÁRIOS/AS DOS NUCRESS

No dia 25/09/2015 ocorreu o primeiro encontro na sede do CRESS dos Coordenadores/ as e Secretários/as dos NU-CRESS do Estado de Santa Catarina.

O encontro teve por objetivo propiciar refl exões acerca dos desafi os atuais à profi ssão e organizar a agenda comum dos NUCRESS para o ano 2016. E teve como pauta a análise de conjuntura da profi ssão, a refl exão sobre o projeto ético--político do Serviço Social, os desafi os postos à profi ssão no enfrentamento ao conservado-rismo, as atribuições e compe-tências dos/as Coordenadores/ as e Secretários/as, a discus-são sobre a dividiscus-são territorial para formação dos NUCRESS, a refl exão sobre as bandeiras de luta do conjunto CFESS/ CRESS e por fi m a agenda de encontros regionais para o ano

de 2016. O encontro foi coor-denando pela conselheira Co-ordenadora da Comissão de Políticas Sociais Zenici Dreher Herbst e acompanharam os trabalhos participando das dis-cussões a conselheira presi-dente Rosana Maria Prazeres, a conselheira Ana Silvia Simon, o conselheiro Samuel Salézio

dos Santos e a coordenadora técnica Fabiana Luiza Negri.

Os Núcleos do CRESS-SC foram formados durante o ano de 2015, em encontros regio-nais nos quais Assistentes So-ciais puderam participar esco-lhendo através de votação o/a Coordenador/a e Secretário/a de cada NUCRESS.

com as demandas elencadas pela categoria legitimando as deliberações do conjunto. Este assunto foi pauta de muitas reuniões, tanto nesta gestão como na gestão anterior, pois, um dos principais objetivos é a aproximação do CRESS com a categoria, mas é participando do processo que se confi rma o orgulho da equipe do CRESS 12ª Região ao ver acontecer a organização da categoria

através dos NUCRESS, assim como, a preocupação em aten-der as expectativas no coleti-vo.

Cabe ao CRESS represen-tar a categoria assim como cabe a categoria representar o CRESS nos diferentes espaços de discussão política e de inte-resse do conjunto, para além das questões de fi scalização e disciplina. Fica o desafi o da continuidade, ampliação e

for-talecimento das ações em con-junto.

O CRESS 12ª Região tem formalizado em sua jurisdição oito NUCRESS, nas regiões: Oeste - Chapecó, Vale do Rio do Peixe - Caçador, Sul - Cri-ciúma, Grande Florianópolis - São José, Vale do Itajaí - Itajaí, Norte e Vale do Itapocú - Join-ville, Planalto Norte - Mafra e Alto Vale do Itajaí - Rio do Sul.

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APONTAMENTOS SOBRE OS FUNDAMENTOS

EM SERVIÇO SOCIAL

ARTIGO

HÉLDER BOSKA DE MORAES SARMENTO

Professor doutor dos cursos de graduação e pós-graduação em Serviço Social da UFSC

A

discussão do trabalho profi ssional do/a assis-tente social deixou de ser apenas prática. Ocorreu um avanço signifi cativo na compre-ensão de que as relações que confi guram sua formação e exercício profi ssional são com-plexas, isto é, expressão das relações sociais concretas da sociedade historicamente de-terminadas. É uma profi ssão, portanto, resultante de uma especialização do trabalho co-letivo, determinada pela divisão sociotécnica do trabalho, que se desenvolve em um espaço delimitado, no campo das políti-cas sociais, nas relações entre Estado e sociedade. Simples assim, mas como chegamos a esta formulação?

Após as críticas e questio-namentos que a profi ssão fez sobre sí mesma na sua rela-ção com a sociedade, princi-palmente com os setores po-pulares na América Latina e sua luta contra as diferentes formas de opressão, injustiça, desigualdade e pela democra-tização reconhecido como mo-vimento de reconceituação. O Serviço Social latino-america-no cria um movimento (de re-conceituação) e como o próprio nome indica, desestabiliza, tira do lugar a posição consensual em que a profi ssão se encon-trava, ou seja, reconhece e põe em movimento as suas forças internas, interesses e as

con-tradições externas (societárias) da qual é parte inalienável.

Este movimento força a profi ssão ao longo dos anos 70/80 a inaugurar uma preo-cupação com os seus funda-mentos. Não mais uma posição cordata e passiva nas rotinas institucionais diante de tantas desigualdades. É necessário buscar outras opções (teóricas e políticas) para compreen-der esta luta que se trava nas sociedades capitalistas, uma luta de classes da qual os/as assistentes sociais também fa-zem parte. Exige-se um novo olhar, compreensão de sí e dos outros, consciência e compro-misso com os/as trabalhado-res/as, com os direitos, com a democracia enveredando por um processo contínuo de lutas. Abre-se um ciclo de esclareci-mentos, por meio da pesquisa, de que somos diferentes, com perspectivas teóricas e políti-cas distintas que transitam en-tre o funcionalismo, a fenome-nologia e o marxismo.

Esta construção diferencia-da desencadeou um necessá-rio adensamento teórico, polí-tico e épolí-tico ao longo dos anos 90/2000. Adensamento porque não cabia mais uma aproxima-ção (superfi cial) com perspec-tivas teóricas para qualifi car a prática. Era preciso compre-ender sua natureza no interior da sociedade e, a partir desta concepção, sua direção

so-cial, opções e escolhas éticas e políticas. Isto só foi possível, com a aproximação e aprofun-damento com o marxismo e a obra marxiana. Uma concep-ção que exige outra compreen-são do modo de ser do homem, da relação teoria e prática, en-quanto unidade da diversida-de, do paradigma do trabalho, mesmo em uma sociedade que aliena o homem neste proces-so e condição de sujeito de sua própria história.

A compreensão teorica-mente elaborada da constru-ção dessa realidade humano--social, que se dá na produção e reprodução da vida social, implica conhecer o trabalho, a “questão social”, o Estado, a Política Social, as classes sociais e suas implicações e contradições nas relações que se estabelecem com o Serviço Social. É o profícuo e consoli-dado caminho que se faz no período de 2000/2010.

Após reconstruída a traje-tória do Serviço Social pelos seus próprios sujeitos históri-cos, conscientes das rupturas realizadas e de sua natureza complexa e contraditória, o que nos aparece como desafi o nestes últimos anos e nos pró-ximos? A profi ssão! Sim, o Ser-viço Social enquanto profi ssão respondendo às necessidades e demandas e sua produção de conhecimento enquanto contri-buição efetiva neste processo.

(9)

É neste ponto (como mo-vimento dialético que retorna, embora não mais o mesmo, agora reconstruído, transfor-mado, como superação) que o Serviço Social se coloca e é co-locado. Por isto, a preocupação contemporânea com os funda-mentos.

Não mais no sentido de bus-car uma aproximação com as tendências teóricas que res-pondam às demandas práticas (esta relação é autoimplicada) é fazer-se e colocar-se neste movimento como sujeito cons-ciente, coletivo, enquanto área de conhecimento que produz com sua intervenção, mas que o faz também com sua interpre-tação.

A ideia de fundamentos tem várias signifi cações em nosso cotidiano. Pode ser princípio, raiz, sentido ou razão de ser. Porém, preocupa que muitas vezes assume apenas a co-notação de uma aproximação com uma determinada teoria, previamente defi nida por sujei-tos externos a nossa vontade. Esta é a questão porque há uma construção histórica e co-letiva do Serviço Social. Com-preender os fundamentos é ir além de um conteúdo comum, é o que explica uma preferên-cia, escolha, realização de uma alternativa e não outra, ou seja, quando há justifi cativa racional para tal.

Portanto, fundamentar é

ar-gumentar, oferecer razões cor-retamente articuladas que nos permitem esclarecer porque aceitamos determinados prin-cípios e valores (ética), certas teorias e critérios frente a ou-tros, e dos quais resultam nos-sas ações (política). É desta maneira que podemos superar as arbitrariedades e apatias tão presentes na sociedade atual (do individualismo, consumo e mercantilização da vida), pre-venindo um fanatismo próprio pautado em uma crença cega e a adesão incondicional.

É neste movimento dialético que o Serviço Social encontra--se consigo mesmo e, por isto, a necessidade de fundamentos que o coloquem como interlo-cutor (sujeito na produção de conhecimentos). Porém, não pode ser a construção de prin-cípios indemonstráveis, a par-tir dos quais seus argumentos derivam, mas construir aqueles pressupostos sem os quais os argumentos são impossíveis e, a partir destes, orientamos nos-sas ações.

Acerca disto aprendemos que não temos mais uma teo-ria e uma metodologia como elementos independentes e autonomos que lançamos mão em nossa prática profi ssional. Construimos fundamentos his-tóricos, teóricos e metodoló-gicos. São históricos porque fruto de nosso trabalho nas condições materiais de nossa

existência. Teóricos, porque compreendemos a realida-de e, a partir realida-dela, abstraimos seu movimento como concre-to pensado, que implica ações concomitantes e articuladas, isto é, metodología. Outrossim, não é possível este caminho histórico, teórico e metodoló-gico, sem um conjunto de rel-fexões críticas acerca de nos-sas ações e condutas morais, ou seja, uma ética. E, se existe uma moralidade, é esta o cam-po sobre o qual se constrói a política. É deste conjunto que nossas escolhas técnicas que se apresentam como respostas as situações objetivas.

Assim, pergunta-se, quais os caminhos para discussão dos fundamentos em Servi-ço Social? Não temos dúvidas de que sejam históricos, teóri-cos e metodológiteóri-cos, com im-plicações éticas e políticas e, técnicas. A questão que nos preocupa é se nosso diálogo e argumentos entre profi ssionais e usuarios, dependendo da for-ma como se usa o fundamento, propiciará inibição ou liberta-ção de sujeitos.

Dizia Manoel de Barros “nin-guém é pai de um poema sem morrer” (2015, p.55). Com a licença do poeta, se a poiésis é o movimento da criatividade humana. Não seria o momento dos/as assistentes sociais de-monstrarem seus argumentos e fundamentos?

ARTIGO

Referências

(10)

FIQUE SABENDO

II ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE 2015

F

oi realizada na tarde do dia 22/10 a II Assembleia Geral Ordinária de 2015. Na ocasião estiveram pre-sente Assistentes Sociais de base, membros da diretoria do CRESS, além de trabalhado-res/as do Conselho.

A conselheira presidente Rosana Maria Prazeres abriu a assembleia dando boas vin-das aos participantes e na se-quência a vice-presidente Ro-sinete Delfi no Laurindo iniciou a apresentação das principais ações realizadas pelas comis-sões precípuas e temáticas do CRESS no ano de 2015, listou os espaços nos quais o Conse-lho possui representação, além dos eventos nos quais conse-lheiros/as estiveram presentes, na continuidade listou os Gru-pos de Trabalhos onde estão atuando os trabalhadores/as e conselheiros/as.

Seguindo a pauta foi apre-sentada as ações planejadas para 2016. A conselheira 1ª tesoureira Kátia Carvalho Fi-gueiredo fez a apresentação da

receita e das despesas do CRESS até o mês de outu-bro e apresen-tou a proposta orçamentária para o ano de 2016. Duas op-ções de

rea-juste da anuidade para o pró-ximo ano foram apresentadas, e após um debate foi aprovada por votação a proposta que prevê a correção de 9,882% (INPC) + 5%, totalizando o va-lor da anuidade em R$ 495,03.

Esse aumento representa um acréscimo de R$ 10,69 em cada uma das 6 parcelas, sen-do que para pagamentos em cota única no mês de janeiro há um desconto de 15% (R$ 420,78), em fevereiro 10% (R$ 445,53) e ainda há um descon-to de 5% para pagamendescon-to em cota única no mês de março de 2016 (R$ 470,28).

Finalizando a II Assembleia Geral Ordinária de 2015 a

con-selheira presidente Rosana Prazeres falou da importância da anuidade paga pelos pro-fi ssionais, valor que é a única fonte de receita do CRESS e destina-se à manutenção do Conselho, à fi scalização e orientação da profi ssão, à emissão dos documentos de identidade profi ssional e da Declaração de Regularidade, à realização de cursos, eventos, rodas de conversas; destina-se a manter os/as representantes dos/as Assistentes Sociais em Grupos de Trabalhos de diver-sas áreas e assim fortalecer a profi ssão não só nos locais de trabalho, mas também para com a sociedade.

No fi nal de 2014, O CRESS 12ª Região passou a acom-panhar o Projeto de Lei PLC/0032.4/2014 que versa sobre a realização de 30 ho-ras semanais aos Assistentes Sociais que trabalham em ór-gãos do Estado de Santa Ca-tarina. Em 09 de junho de 2015 o CRESS 12ª Região, este-ve presente em Audiência da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legisla-tiva do Estado de Santa

Cata-rina (ALESC), para articular e acompanhar a defesa sobre a continuidade do debate sobre o PLC/0032.4/2014.

Acompanharam esta audi-ência Assistentes Sociais que atuam nas seguintes entidades/ instituições: Tribunal de Justiça de Santa Catarina; Universida-de FeUniversida-deral Universida-de Santa Catarina; Secretaria de Assistência So-cial da Prefeitura de São José; Secretaria de Assistência So-cial, Trabalho e Habitação de

Florianópolis; Secretaria de As-sistência Social da Prefeitura de Balneário Camboriú.

Como encaminhamento será realizada uma audiência pública, prevista para o pró-ximo ano, com a participação de profi ssionais e a sociedade, a fi m de propiciar o esclareci-mento sobre o projeto de lei, e defendendo as 30 horas para os/as Assistente Sociais.

de trabalho, mas também para

PLC/0032.4/2014 - 30 HORAS PARA OS/AS ASSISTENTES SOCIAIS

QUE ATUAM EM ÓRGÃOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

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OFICINA REGIONAL DA ABEPSS SUL I

GRUPO DE TRABALHO - GT “TRANSBORDE DO JUDICIÁRIO”

O

GT “Transborde do

Ju-diciário” é parte de um

esforço conjunto entre o CRESS 12ª Região/SC, CRP 12ª Região, SES, CES, CEAS, FETSUAS/SC, entre outras en-tidades estaduais, tendo por objetivo identifi car a incidência de demandas advindas do Ju-diciário para os profi ssionais que se encontram inseridos em Serviços Públicos Municipais de Saúde e Assistência Social de Santa Catarina.

Conforme noticiado em 2014, este GT aplicou Projeto Piloto para o referido levanta-mento, onde foi constatada a necessidade de adaptação do

questionário inicialmente utili-zado. Nesse sentido, durante o primeiro semestre de 2015 o GT, composto por integrantes acima mencionados, reviu as questões do instrumental, bem como reavaliou a metodologia de aplicação do mesmo. Con-cluída a revisão, no 2º semestre de 2015, a consulta foi dispo-nibilizada a todos/as os/as As-sistentes Sociais e psicólogos/ as que exclusivamente estão lotados/as em equipamentos públicos municipais do Sistema Único de Saúde e Sistema Úni-co de Assistência Social.

O instrumental para o levantamento de dados foi

disponibilizado através do site: https://pt.surveymonkey. com/r/683TCL, e até o início do mês de novembro de 2015 o questionário foi respondido por 208 profi ssionais, sendo 125 psicólogos/as e 83 Assistentes Sociais. O término da aplicação do questionário foi até o dia 30 de novembro de 2015. E, para a compilação dos dados, o GT contará com apoio de um mestre em matemática, na sequência os integrantes do grupo iniciarão as análises dos dados coletados.

Marta de Lourdes de Almeida Nunes Conselheira do CRESS/SC

FIQUE SABENDO

Foi realizada no dia 24 de setembro, em Porto Alegre/RS, a Ofi cina Regional de Gradua-ção e Pós-GraduaGradua-ção, Região Sul I.

Estiveram em debate diver-sas temáticas referentes à for-mação em Serviço Social e ao exercício profi ssional. Daí a op-ção pelo tema principal sobre “os projetos de universidade na sociabilidade do capital e os rebatimentos na formação em serviço social: um enfoque so-bre os processos de avaliação” e dos seguintes temas especí-fi cos:

a) Os sistemas de avalia-ção do ensino superior, vistos a partir do debate do Serviço Social, segundo as Diretrizes Curriculares;

b) Os desafi os do projeto de formação profi ssional do Serviço Social no contexto da pós-graduação: a construção da unidade entre graduação e

pós-graduação;

c) Fórum de Estágio: orien-tação nacional e experiências locais; e os desafi os e perspec-tivas do estágio supervisionado em Serviço Social nos projetos de extensão universitária;

d) O debate das Residên-cias Multiprofi ssionais e Apri-moramento em Saúde, a partir da direção social da profi ssão,

contextualizando as diversas experiências na região.

Na ocasião foi referendada a participação da Assistente So-cial Maria Helena de Medeiros de Souza eleita representante de Supervisão de Campo da Região Sul I, conselheira do CRESS/SC integrante da Co-missão Articulação e Forma-ção.

missão Articulação e

(12)

COMISSÕES

COMISSÃO DE ARTICULAÇÃO E FORMAÇÃO

Grupo de Trabalho e

Formação do Conjunto CFESS/CRESS (GT)

O GT/CFESS Trabalho e Formação constitui um espa-ço de debates e deliberações acerca de temas importantes sobre a formação e o exercício profi ssional dos/as Assistentes Sociais, e conta com a parti-cipação de representantes de todos os Conselhos Regionais de Serviço Social brasileiros, da ABEPSS, da ENESSO e do CFESS.

A Região Sul está sendo representada pela Conselhei-ra Rosana Maria PConselhei-razeres (CRESS SC) e pela Conselhei-ra Ilda Lopes Witiuk (CRESS PR). Este ano ocorreram dois encontros, Brasília (28/03/15) e Rio de Janeiro (03/11/15). Abai-xo citamos algumas bandeiras do plano de lutas e principais ações a serem contempladas para 2016:

Plano de Lutas (agenda perma-nente) e Ações previstas:

1. Abertura de Cursos de Serviço Social em Universida-des Públicas;

2. Combate à precarização das Instituições de Ensino Su-perior;

3. Defesa dos 10% do PIB para educação pública;

4. Posição contrária ao Mes-trado Profi ssional;

5. Posição contrária ao siste-ma de ensino EAD para gradu-ação em Serviço Social;

6. Aprofundar o debate sobre o Serviço Social na Educação;

7. Levantamento da existên-cia de bacharelados interdisci-plinares nas instituições de

en-sino nos Estados;

8. Aprofundar discussão so-bre residência multiprofi ssio-nal, levando em consideração estruturas, conteúdos de for-mação e do exercício profi ssio-nal, carga horária de 60 horas semanais;

9. Aprofundamento da dis-cussão sobre Estágio em pro-jetos de extensão;

10. Apresentação pelo CFESS de parecer jurídico so-bre supervisão de estágio sen-do realizada, simultaneamente, por supervisora/o acadêmica/o e de campo.

II CONGRESSO CATARINENSE DE ASSISTENTES

SOCIAIS

A Comissão de Articulação e Formação (CAF) do CRESS 12ª Região, vem trabalhando na di-reção de cumprir com seu ob-jetivo de fomentar junto à cate-goria o debate atualizado sobre a profi ssão frente a atual con-juntura social e política do País. Após a experiência exitosa do I Congresso Catarinense de Assistentes Sociais (I CCAS), realizado em agosto de 2013, na cidade de Florianópolis-SC, anunciamos a realização do II Congresso Catarinense de Assistentes Social (II CCAS). A Comissão organizadora é composta por profi ssionais de base, coordenação técnica do CRESS, conselheiros/as da CAF e docentes do Curso de Serviço Social das Unidades de Formação Acadêmica (UFA’s) de Santa Catarina. Tendo como tema central ”Serviço Social 80 Anos no Brasil: competências e atribuições profi ssionais frente às demandas em tempos de

crise e barbárie do capital”. O objetivo principal do Congresso é situar o Serviço Social bra-sileiro na contemporaneidade, promovendo o debate coletivo sobre o exercício profi ssional do Serviço Social, em interface com o processo de formação, mobilizando a categoria ao po-sicionamento crítico no âmbito da intervenção nas expressões da questão social, em tempos de crise e barbárie do capital.

Pretende-se demarcar a importância da qualifi cação e fortalecimento da atuação do/ da Assistente Social em suas demandas, sem o deslocamen-to dos princípios e diretrizes que contemplam o seu Projeto Ético-Político. A intenção é fa-zer deste Congresso um marco para o Serviço Social de Santa Catarina, aproximando saberes e qualifi cando teoricamente os/ as profi ssionais e estudantes para um exercício profi ssional crítico e transformador, colado à classe trabalhadora e à ga-rantia de direitos.

Para o II CCAS estão previs-tas duas mesas principais para discutirmos sobre os 80 anos do Serviço Social brasileiro: as transformações no mundo do trabalho e nas políticas sociais e as competências e atribuições dos/as Assistentes Sociais e a defesa dos direitos humanos e sociais. Assim como estão pre-vistas 12 Plenárias Simultâne-as com temáticSimultâne-as voltadSimultâne-as ao cotidiano profi ssional.

Estamos trabalhando para proporcionar um evento de ele-vado nível com custo acessível para todos/as Assistentes So-ciais.

(13)

COMISSÕES

A Comissão de Comunica-ção, representada pelas Con-selheiras Natalli Pazini Silva e Rosana Maria Prazeres e pelo assessor de comunicação Cassiano Ferraz, participou do ComunicaSul, realizado no dia 16/07 em Curitiba, o encontro teve como tema a “Democrati-zação da mídia e liberdade de imprensa”. Após amplo debate foram realizadas trocas de ex-periências entre as Comissões de Comunicação dos três esta-dos (SC, RS e PR).

No mês de setembro, dias 03 e 04, foi realizado o 4º

Se-minário Nacional de Comu-nicação na cidade do Rio de Janeiro. Além do Seminário foi realizado um Workshop de capacitação das assessorias e comissões de comunicação.

O tema do Seminário foi “Serviço Social, democratiza-ção e direito à comunicademocratiza-ção” e teve como objetivo discutir a Política de Comunicação do Conjunto. Participaram do Se-minário as Conselheiras Rosa-na M. Prazeres e Natalli Pazini Silva, a Coordenadora Técnica Fabiana Negri e o Assessor de Comunicação Cassiano Ferraz.

A primeira mesa redonda abordou: “Comunicação e ideo-logia na América” e na sequên-cia foi realizada a mesa-redon-da “A política de comunicação do Conjunto CFESS-CRESS”, que contou com a presença dos representantes do GT de Revisão da Política de Comu-nicação.

No segundo dia de encon-tro foi realizado o Workshop “O que é assessoria de comuni-cação?”, visando capacitar as assessorias e comissões de comunicação.

COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

O

ano de 2015 foi de muitos desafi os e de signifi cativo aumento de demandas à Comissão de Orientação e Fiscalização – COFI. Tal fato se justifi ca pela ofensiva neoliberal que, no âmbito da sociedade brasileira tenta desmobilizar movimentos legítimos com a sua criminali-zação, anular políticas sociais básicas, atacar programas so-ciais que buscam melhor distribuição de renda e desqualifi -car a formação profi ssional de olhar crítico e macroeconômi-co. Para isso, a precarização na formação em serviço social, através de alternativas à co-mercialização do ensino su-perior investe numa formação profi ssional tecnicista, equivo-co apontado e desequivo-construído pela Profª Dra Maria Teresa dos Santos (CRESS em Deba-te nº6) quando afi rma que a for-mação não deve ser entendida “no sentido da ação pela ação, mas como atividade concreta do homem na transformação do mundo (...) voltadas para

as respostas profi ssionais no enfrentamento das expressões da questão social no cotidiano dos trabalhadores na socieda-de capitalista”.

Diante disso, as ações da COFI (janeiro a setembro de 2015) estão concentradas em visitas de orientação e fi sca-lização, audiências, reuniões externas e atendimentos na sede que chegaram a 85 ati-vidades. Orientações sobre o exercício profi ssional via tele-fone alcançaram número sig-nifi cativo de 403 contatos. Por via eletrônica (e-mails) foram emitidas 269 respostas aos/ às Assistentes Sociais. Para a organização interna que pos-sibilita a vazão das demandas que chegam, através de comu-nicações eletrônicas internas, reuniões internas e emissão de expedientes com orientações e notifi cações somaram o ex-pressivo número de 407 ativi-dades.

Seguindo o planejamento anual, as ações foram 39,8% na Grande Florianópolis, 21,6%

no Oeste, 20,5% na Região Serrana e os demais 18,2% distribuídas pelo Vale do Itajaí, Sul e Norte do Estado (consi-derando que a maior concen-tração de Assistentes Sociais é de 49% na Grande Florianó-polis e no Oeste). As temáticas mais encontradas foram sobre às competências e atribuições privativas em 72% das deman-das, em 47% a jornada de tra-balho, 34% tratou da questão da autonomia profi ssional com mesmo percentual para con-curso público e ampliação de vagas, 29% abordou temática relativa à Resolução CFESS nº493/2006 sobre condições éticas e técnicas, seguidos de exercício ilegal e irregular, ins-trumentais técnicos, supervisão de estágios e outros temas.

Atualmente a COFI está com o número de 183 processos em andamento e dedicação de 57,73% do tempo dos/as 3 Agentes Fiscais (1 em licença maternidade) em atividades de orientação via e-mail e telefo-ne.

(14)

COMISSÕES

COMISSÃO PERMANENTE DE ÉTICA

N

o período de 10 a 17 de outubro o CRESS 12ª Região participou do 14° Curso de Capacitação para Agentes Multiplicadores/as, ofertado pelo Conjunto CFESS/ CRESS. O objetivo do Curso de Capacitação foi de qualifi car Agentes Multiplicadores para ministrarem os cursos “Éti-ca em Movimento” que ocor-rem nos CRESS. Esta agenda de capacitação do Conjunto CFESS/CRESS ocorre anual-mente e conta com um repre-sentante por estado.

O CRESS 12ª Região tem apresentado seu compromisso com efetiva participação nos momentos de capacitação de Agentes Multiplicadores, tendo como horizonte a interioriza-ção das ações de capacitainterioriza-ção

do CRESS, atingindo assim o maior número possível de As-sistentes Sociais das mais dife-rentes regiões do Estado.

É no espaço do curso “Ética em Movimento” que a categoria tem a oportunidade de partilhar conhecimentos sobre o Exercí-cio Profi ssional, considerando dentre outras, as dimensões Ética, Filosófi ca, da Práxis Pro-fi ssional, dos Direitos Huma-nos, bem como, dos Instrumen-tos Processuais do Conjunto CFESS/CRESS.

Além da possibilidade de oferecer capacitação à catego-ria o curso “Ética em Movimen-to” tem a importante vertente de instruir os profi ssionais quanto aos fl uxos processuais e as de-núncias éticas que chegam ao CRESS.

No ano de 2015 a Comissão Permanente de Ética desenvol-veu dois cursos do “Ética em Movimento”, um ocorreu no pri-meiro semestre de 2015 e teve como público os/as conselhei-ros/as e membros das Comis-sões de Instrução do CRESS 12ª Região, o segundo curso ocorreu com profi ssionais de Joinville no segundo semestre de 2015, onde participaram cer-ca de 40 Assistentes Sociais.

Neste ano também foram julgados seis Processos Disci-plinares Éticos e um Processo Disciplinar e ainda, contamos hoje 16 casos entre Denúncias e Processos Disciplinares Éti-cos em tramitação no CRESS 12ª Região

14° CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA AGENTES MULTIPLICADORES/AS OFERTADO PELO CFESS E OS CURSOS ÉTICA EM MOVIMENTO DO CRESS 12ª REGIÃO

Neste ano de 2015 foram realizadas diversas ações pla-nejadas cumprindo a totalidade do planejamento. A Comissão teve um cuidado especial no equacionamento das contas (receitas e despesas) para ga-rantia das atividades precípuas do CRESS, entre elas as visitas de Orientação e Fiscalização, a implantação dos NUCRESS pelo Estado de Santa Catarina, a participação nos eventos de caráter deliberativo como En-contros Nacionais e Regionais do conjunto CFESS/CRESS.

Na Assembleia realizada no mês de outubro de 2015 foi aprovado o valor da anuidade para 2016 com base no índice ofi cial de infl ação – INPC + 5%, garantindo as ações planejadas e a manutenção do CRESS 12ª

Região.

Ressalta-se que após o ano de 2013 as contas dos Con-selhos Profi ssionais passaram a ser analisadas pelo TCU e nossas contas não tiveram ne-nhuma ressalva, demonstran-do nosso compromisso com a categoria profi ssional no que se refere à boa gestão dos re-cursos do CRESS 12ª Região.

BOLETOS ON-LINE

Com o objetivo de facilitar o processo de recebimento e pagamento dos boletos das anuidades, o CRESS 12ª Região vem estudando a possibilidade de implantação de um sistema para consulta e impressão de boletos on-line. A proposta de implementação do

Boleto on-line tem por fi nalidade minimizar custos à categoria com os gastos operacionais na emissão dos carnês impressos. O CRESS 12ª Região esta-rá disponibilizando, a partir do próximo ano, o acesso ao siste-ma de Boletos on-line via Site. Neste ano enviaremos os bole-tos através dos carnês impres-sos pelos Correios e também há a possibilidade de disponi-bilizar os boletos on-line, caso todos os testes tenham êxito.

Para que os/as profi ssio-nais tenham acesso aos Bole-tos on-line devem cadastrar-se no site www.cress-sc.org.br e após imprimi-los. A possível data será informada posterior-mente pelos meios de comuni-cação do CRESS/SC.

(15)

Lélica Elis Pereira de Lacerda – Possui graduação em Serviço So-cial pela Universidade Estadual de Londrina - UEL(2005), Mestrado em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2013), é Doutoranda em Serviço Social pela UFSC. Atualmente é professora da Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT, e já atuou como Assistente Social na Prefeitu-ra de Itajaí.

Via Social - Qual a importância de refl etirmos e resgatarmos os fundamentos da profi ssão, em tempos de crise e barbárie do capital?

Lélica Lacerda - É preciso que

compreendamos que vivenciamos uma época de derrocada do capital, não (ainda) pela luta dos trabalha-dores, mas pelas próprias contra-dições inerentes à sua dinâmica econômica de mercado que precisa de lucros sempre ampliados, che-gando num ponto de saturação da exploração.

Compreender os fundamentos da profi ssão signifi ca compreen-der a dinâmica histórica da qual emerge o Serviço Social enquanto profi ssão para materializar direitos formalmente conquistados pela luta dos trabalhadores, ou seja, ele atua em serviços sociais que garantem direitos na medida em que sanam necessidades humanas dentro dos marcos do capital. Isto em tempos em que a exploração humana atin-ge patamares sem precedentes (avançando sobre direitos históricos dos trabalhadores) e que o capital fi nanceiro estrangula os orçamen-tos públicos absorvendo dos cofres da União quase 50% de todas as despesas.

As necessidades sociais tendem a se radicalizar; as respostas es-tatais tendem a ser cada vez mais insufi cientes, tendendo a maior re-corrência a violência. As políticas sociais continuam sendo a resposta

para as necessidades coletivas dos trabalhadores. Por isso elas podem ter, sob um viés crítico, um papel catalizador de lutas e de desmisti-fi cação do real, pois a precariedade das políticas sociais deixa grossas pistas do caráter de classe do Es-tado, o que é fundamental para que a classe trabalhadora se reivindique como classe dirigente.

Via Social - Em que medida os fundamentos da profi ssão podem contribuir com a leitura da realida-de social no subsídio à intervenção profi ssional?

Lélica Lacerda - A apreensão

dos fenômenos sociais é pré-requi-sito para um trabalho técnico crítico. Podemos dizer que o conhecimento crítico dos fundamentos da profi s-são é o que diferencia o exercício profi ssional qualifi cado. Qualquer um pode promover ações de en-frentamento a fome, atendimento aos enfermos, etc. Mas a formação profi ssional do assistente social precisa instrumentalizar o profi ssio-nal com um aparato teórico-meto-dológico que o torne apto a apreen-der os fenômenos sociais com que lida para além da imediaticidade cotidiana. É preciso rigor científi co pautado no método materialista--histórico-dialético para se perceber a dinâmica social por traz dos fenô-menos sociais.

Quando os profi ssionais não compreendem os fundamentos da profi ssão, eles são incapazes de se sobrepor à aparência para chegar à essência dos fenômenos e com isso, identifi ca de forma errônea as necessidades da família trabalha-dora com que atua e, consequente-mente, propõe ações profi ssionais que mais oprimem do que sanam suas necessidades. Quando se iso-la tais fenômenos sociais da dinâmi-ca macrossocial que os engendra, então o sujeito afetado pela a refra-ção da “questão social” passa a ser culpabilizado por suas mazelas, e o

profi ssional recai necessariamente na psicologização da “questão so-cial”, aniquilando qualquer possibi-lidade de exercício da autonomia profi ssional relativa para engendrar ações emancipatórias.

Via Social - Como os fundamen-tos da profi ssão propiciam elemen-tos para a superação do senso co-mum nas ações profi ssionais?

Lélica Lacerda - Não é pela

co-erente leitura da realidade que o Serviço Social se legitima, ao con-trário! Para o mercado, quanto mais acrítico e pragmático for o trabalho do/a assistente social, de forma mais efetiva ele promove a adminis-tração da barbárie e coesiona poli-ticamente a sociedade entorno do projeto burguês.

Por isso, o trabalho do/a assis-tente social pode muito bem ser executado a partir do senso co-mum, que é sempre o pensamento da classe que detém o poder eco-nômico e também o poder político e, consequentemente, faz da sua ideologia a dominante.

Temos que ter em mente que as respostas profi ssionais dos/as as-sistentes sociais se dão no plano do cotidiano profi ssional. O cotidiano é a esfera do aparente, onde os fenô-menos se revelam na sua imediati-cidade e as respostas são mecâni-cas e acrítimecâni-cas. Por isso o cotidiano tende a ser a esfera da alienação, onde prepondera o senso comum.

A superação do senso comum requer aos profi ssionais que leiam a realidade a partir dos fundamen-tos teórico-metodológicos da pro-fi ssão que por meio de categorias analíticas, tais como mais-valia, propriedade privada, mercado mun-dial, etc. são capazes de explicar os fenômenos sociais para além da aparência.

SOU ASSISTENTE SOCIAL

Entrevista

Lélica Elis Pereira de Lacerda

Professora da UFMT

Com a Assistente Social:

CRESS

os fenômenos sociais para além da

(16)

DESPESAS OPERACIONAIS R$

Despesas com Pessoal 523.403,29 Obrigações Patronais 117.807,80 Material de Consumo 4.082,64 Serviço de Terceiros e Encargos 154.860,14 Outros Serviços e Encargos 157.948,77 Diversas Despesas de Custeio 1.694,49 Fundo Nac. de Aux. aos CRESS 13.617,26 Contribuição Pasep 4.009,71 Despesas de capital 808,41

SUB-TOTAL 978.232,51

Demonstrativo do Resultado do Exercício 01/01/15 a 31/10/15

APROXIME-SE DA SUA REGIÃO

RECEITA BRUTA R$

Receita de Contribuições 1.090.165,97 Receita Patrimonial 54.787,10 Receita de Serviços 17.596,65 Transferências Correntes 0,00 Outras Receitas Correntes 133.530,80

SUB-TOTAL 1.296.080,52 SUPERÁVIT LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 317.848,01 NUCRESS GRANDE FLORIANÓPOLIS -

São José

Coordenadora: Patricia Carmem Rodrigues Secretário: Claudemir Osmar da Silva

Contato:nucressgrandefl orianopolis@gmail.com NUCRESS VALE DO ITAJAÍ - Itajaí

Coordenador: Ederson de Oliveira Lara Secretária: Rosane Cristina Gonçalves Contato: nucress.valedoitajai@gmail.com

NUCRESS NORTE E VALE DO ITAPOCÚ -

Joinville

Coordenadora: Daniele Giovanella Silveira Secretária: Karen Lili Fechner

Contato: nucressjoinville@gmail.com NUCRESS ALTO VALE DO ITAJAÍ -

Rio do Sul

Coordenadora: Denise Garcia Dolejal Secretária: Paula Eleutério de Britto Contato: nucressaltovale@gmail.com

NUCRESS VALE DO RIO DO PEIXE -

Caçador

Coordenadora: Carmem Silvia Batistella Secretária: Dircéia Lucia Franz

Contato: nucresscacadorsc@bol.com.br NUCRESS PLANALTO NORTE -

Mafra

Coordenadora: Jéssica de Jesus Vieira Secretária: Maike Sheila T. Steidel

Contato: nucress-scregiaoamplanorte@hotmail. com

NUCRESS OESTE - Chapecó

Coordenadora: Rosangela Huning Secretária: Kelly Caon

Contato: nucress.oeste@gmail.com NUCRESS SUL - Criciúma

Coordenadora: Cristiane de Souza Secretária: Osana de Oliveira Gonçalves Contato: nucress.sulsc@gmail.com

CONTATO DOS NUCRESS DE SANTA CATARINA

O

CRESS 12ª Região tem formalizado em sua jurisdição 08 (oito) NUCRESS, nas regiões: Oeste - Chapecó, Vale do Rio do Peixe - Caçador, Sul - Criciúma, Grande Florianópolis - São José, Vale do Itajaí - Itajaí, Norte e Vale do Itapocú - Joinville, Planalto Norte - Mafra e Alto Vale do Itajaí - Rio do Sul.

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