Trauma de extremidade
Objetivo geral:
Conhecer os principais traumas de extremidades e as intervenções pré-hospitalares
Objetivo específico:
– Diferenciar fratura, luxação e entorse; – Conhecer as técnicas de imobilização;
Trauma de extremidade
Revisão esqueleto
• O corpo humano adulto possui cerca de 206 ossos e
mais de 700 músculos;
• Os ossos nas crianças menores são mais flexíveis
que no adulto;
• O processo de maturação óssea estende-se até os
20 anos aproximadamente;
• osteoporose é mais comum nas mulheres;
• Os ossos são estruturas vivas como qualquer órgão
do corpo humano (possuem vascularização e inervação e dependem também de oxigênio e de nutrientes para sua sobrevivência).
Trauma de extremidade
Divisão do esqueleto
Esqueleto axial
Esqueleto apendicular
Classificação dos ossos
Ossos longos Ossos curtos
Ossos laminares (planos) Ossos alongados
Ossos pneumáticos Ossos irregulares Ossos sesamóides Ossos suturais
Trauma de extremidade
Definição de fratura
é qualquer interrupção na continuidade de um osso.
Classificação de fratura
O osso se quebra atravessando a pele, ou existe uma ferida associada que se estende desde o osso fraturado até a pele.Aberta
A pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas.
Trauma de extremidade
Sobre fratura
• Embora fraturas sejam comuns nos acidentes,
raramente representam risco à vida isoladamente;
• Pode indicar risco de morte quando associado a
lesão vascular (hemorragias);
• As situações com aspectos impressionantes não
devem desviar a atenção do tratamento de lesões com risco de morte em outras áreas do corpo.
Trauma de extremidade
Característica das fraturas
Dor Deformidade Edema Impotência funcional
Crepitação óssea
Trauma de extremidade
Condutas pré-hospitalares
Garantir a maior estabilidade da estrutura fraturada
Segurar a estrutura pelas articulações
Utilizar uma tala que ultrapasse as articulações distal e proximal em 10cm
Não reintroduzir ossos expostos e controlar sangramentos .
Condutas pré-hospitalares
Trauma de extremidade
Retirar anéis, pulseiras, adereços
Checar perfusão capilar periférica antes e depois da imobilização
Manter os dedos visíveis após imobilização
Emendas de talas se dá por sobreposição das talas em 20cm .
Trauma de extremidade
Fratura X Hemorragia
1000 a 2000ml Fêmur Acima de 1000ml Pelve 125ml Costela 250 a 500ml Rádio/Ulna 500 a 750ml ÚmeroTrauma de extremidade
Definição de Luxação
Ocorre quando a cabeça do osso, devido a um mecanismo de trauma, está fora da cápsula articular,posição anatômica.
Definição de Entorse
Ocorre quando a articulação realiza um movimento além do seu grau de
amplitude normal, podendo lesionar
Trauma de extremidade
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e
entorse
Impotência funcional; Dor; Deformidade; Palidez; Alteração anatômica Edema; Encurtamento ou alongamento*. * luxaçãoCondutas pré-hospitalares
Trauma de extremidade
A tala deve ultrapassar 20cm antes e depois da articulação lesada A crioterapia (20min) alivia a sensação de dor
Jamais tentar colocar o osso no lugar
Manter na condição mais confortável
Não movimente a articulação
Queimaduras
Função • Proteção contra infecções e lesões • Prevenção contra perda de líquidos • Regulação da temperatura• Contato sensorial com
o meio ambiente Camadas:
• Epiderme • Derme
• Tecido subcutâneo Corresponde a 15% do peso corporal do adulto.
Queimaduras
Lesão da pele, seus anexos e estruturas, produzida por agente térmico (calor ou frio), elétrico, biológico, produto químico e/ou irradiação ionizante.
Queimaduras
Térmica: causada pelo calor ou frio excessivos sejam líquidos, sólidos ou gazes;
Elétrica: produzida pela corrente elétrica - eletricidade de alta ou baixa voltagem;
Química: contato de substâncias corrosivas com a pele;
Radiação: resulta da exposição a luz solar ou fontes ionizantes.
Biológica: resulta da exposição a substâncias de organismos vivos.
Queimaduras
Severidade da queimadura
Para que se possa determinar a gravidade da queimadura é necessário observar:
Profundidade da queimadura; Extensão corporal atingida; Localização;
Idade da vítima;
Presença de lesões associadas; Doenças preexistentes e
Queimadura: quanto a profundidade
Queimadura de 1ºgrau:
Atinge epiderme.
Geralmente provocada pela exposição ao sol. Características:
Hiperestesia¹ Eritema².
Discreto ou nenhum edema. Presença de perfusão.
Pele quente e seca; Sem cicatrizes
¹ Sensibilidade excessiva a qualquer estímulo
² Rubor congestivo da pele, por via de regra temporário
Novidade:
Queimadura de 2ºgrau:
Atinge epiderme e derme.
Geralmente provocada por escaldaduras, chamas, líquidos superaquecidos.
Características: Muito dolorosa Hiperemia¹ Flictena (bolha²). Aparência rosea ou esbranquiçada (2º grau profundo). Superfície úmida; Cicatrizes variáveis.
¹ Aumento da irrigação sangüínea no local
² Coleção localizada de líquido na epiderme, produzida por queimadura
Queimadura de 3ºgrau:
Atinge epiderme, derme, tecidossubcutâneos, podendo invadir todas as estruturas do corpo.
Geralmente provocada por chamas, substâncias químicas, combustíveis inflamáveis, corrente elétrica.
Características:
Indolor¹
Vasos trombosados.
Tecido enegrecido (carbonizado),
aperolado, esbranquiçado, mosqueado. Cicatrizes.
¹ Que não povoca dor por destruição de fibras nervosas
Queimadura: quanto a extensão
Extensão corporal atingida
(Regra dos nove)Adulto
Queimadura: localização e idade
Localização
Envolvimento de áreas críticas:
Face;
Palmas das mãos; Plantas dos pés; Genitália; Seios; Articulações; Circulares.
Idade
Queimadura: lesões associadas
Lesões associadas
Lesões traumáticas: Trauma de crânio; Fraturas; Hemorragias... Patologias: Asma; Diabetes mellitus; Insuficiência renal...Doenças pré-existentes
Desmaios
Identificar através de sinais e sintomas sugestivos de emergências clínicas no desmaio e seus primeiros socorros.
Objetivo
Definição
Sincope ou desmaio é caracterizada pela perda da consciência de curta duração que não necessite de manobras específicas para a recuperação.
• Hipóxia
• Hipoglicemia
• Hipotensão arterial • Choque psicogênico...
Desmaios
• Posicionar vítima em decúbito dorsal numa superfície
plana e rígida;
• Elevar membros inferiores de 20 a 30 cm, deslocando
o fluxo de sangue das pernas para a cabeça (exceto se houver trauma de crânio).
• Facilitar a respiração (solicitar que curiosos se afastem);
• Afrouxar as roupas; • Remover calçados;
• Não dar nada para beber ou comer estando a vítima
estiver desmaiada;
• Não colocar álcool, éter ou qualquer outra substância
para a vítima cheirar.
Conduta
Desmaios
• Aguardar que a vítima recobre a consciência e
conduzi-la ao médico, monitorando respiração, batimentos cardíacos e pressão arterial.
Sinais e sintomas
• Palidez (lábios descorados); • Suor frio;
• Falta de forças.
Desmaios
Condutas emergenciais: certo ou errado
Posição lateral de segurança
Desmaios
Condutas emergenciais: certo ou errado
Gestante desmaiada: decúbito lateral esquerdo
Elevação dos membros inferiores
Desmaios
Convulsões
Também conhecido por ataque epilético, desordem cerebral de curta duração repercutindo em espasmos desordenados ao resto do corpo.
A epilepsia é caracterizada pelas crises repetidas ao longo da vida da vítima, não é contagiosa.
Em algumas crises é comum o paciente morder a língua, apresentar dificuldades respiratórias e cianose.
• Após a crise o paciente fica confuso, há relaxamento
dos esficteres.
Convulsão
Convulsões
• Intoxicações;
• Doenças neurológicas;
• Traumatismo crânio-encefálico;
• Doenças infecciosas (meningite, tétano)
Principais causas
Convulsões
1) Perda da consciência. (possibilidade de TCE)
2) Perda do controle dos esfíncteres urinário e anal; 3) Hipóxia e cianose;
4) Episódios de amnésia.
Sinais e sintomas
A maioria das crises convulsivas é de curta duração.
Emergência: crises convulsivas de duração igual ou superior a 30
Convulsões
1) Proteger a cabeça da vítima
• Posicione o paciente em decúbito dorsal, proteja a cabeça e facilite a
respiração permitindo que a saliva escoe (lateralize a cabeça da vítima). 2) Afaste os objetos: evite que se machuque com golpes em
objetos dispostos ao seu redor
3) Garantir vias aéreas pérvia 4) Não introduzir nada pela boca
• Não dar nada para beber ou comer
5) Depois da crise, proteja a privacidade do paciente e explique-o que deve receber auxíliexplique-o médicexplique-o;
6) Coloque na posição lateral de segurança;
7) Monitore a respiração e administre oxigênio suplementar; 8) Transporte o paciente para o hospital
Não introduza nada na boca do paciente.
Envenenamento
Intoxicação ou envenenamento é uma emergência médica causada pela absorção de substâncias tóxicas ou venenosas.
Qualquer substância química dependendo de sua dose poderá ser um tóxico.
Atenção:
Cada pessoa reage diferentemente, algumas pessoas têm a capacidade de tolerar bem um veneno, já outras, a mesma quantidade de veneno pode ser fatal.
Envenenamento
Uma substância tóxica pode entrar no organismo por quatro diferentes formas:
• Ingestão; • Inalação;
• Absorção através da pele;
• Injetada.
O socorrista deve levar sempre consigo o telefone do Centro de Informações Toxicológicas: 08007802000 – CIATOX.
Podem existir diferentes protocolos específicos para diferentes casos. Os protocolos, mesmo quando diferentes, devem ser seguidos com prioridade.
Envenenamento
1. Garanta o Suporte Básico de Vida;
2. Peça orientação do Centro de Informações Toxicológicas, se existir;
3. Sob orientação médica, pode-se oferecer carvão ativado;
4. Induzir vômito (contra indicado em intoxicações por ingestão de substâncias corrosivas ou irritantes, derivados de petróleo, pacientes inconscientes ou em convulsão);
5. Guarde em saco plástico toda a substância eliminada através de vômito pelo paciente; e
6. Transporte com monitoramento constante.
Orientações de primeiros socorros
Envenenamento
• Sudorese
• Lacrimejamento
• Alterações pupilares: midríase ou miose • Queimação nos olhos e mucosas
• Queimaduras ou manchas ao redor da boca • Alterações da consciência
• Cefaleia
• Convulsões
Envenenamento
• Dificuldade para deglutir • Náuseas e vômitos
• Distensão e dor abdominal
• Alterações na pele: palidez, hiperemia ou cianose • Odores característicos: na respiração, roupa,
ambiente
• Alterações na frequência cardíaca (taquicardia, bradicardia e arritmias)
• Respiração anormal (taquipneia, bradipneia ou dispneia)
• Choque e óbito
Envenenamento
• A vítima intoxicada não deve beber nada (nem
mesmo água ou leite).
• Os socorristas não devem oferecer carvão ativado ou
xarope de ipeca para a vítima, a não ser que seja recomendado pelo Centro de Controle de Intoxicação.
• Não induzir o vômito se a vítima ingeriu derivados de
petróleo (como querosene e gasolina) ou substâncias corrosivas e cáusticas (ácido ou base).
• Também não provocar o vômito se a vítima estiver
com alterações de consciência.
Conduta perigosa
Envenenamento
• Guarde as embalagens de produtos, restos de
substâncias ou conteúdos vomitados, para facilitar a identificação do veneno e tratamento adequado.
• Em caso de contato com a pele e/ou olhos, lave a
região atingida com bastante água corrente e limpa.
• O melhor a ser feito é remover a vítima para o
hospital o mais rápido possível.
Conduta perigosa
O envenenamento é um dos casos em que o socorrista poderá remover a vítima rapidamente para o hospital sem aguardar o Serviço de Emergência Especializado.
Ligue para o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) e obtenha