INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS
Profª Maria Sichonany Moterle
maria_sichonany@hotmail.com
Escola Técnica Estadual Santa Isabel – ETESI São Lourenço do Sul – RS
Curso Técnico em Agropecuária Componente Curricular: Avicultura
Objetivo das Instalações
Fatores que devem ser considerados para a escolha do local (município)
Fatores que devem ser considerados na escolha do terreno para instalação do galpão (Aviário)
O que deve ser realizado antes da instalação do galpão no terreno?
Orientação dos Galpões
Dimensões do galpão para a criação de Aves de Corte (Frango)
Equipamentos para aclimatação do Galpão Isolamento entre Galpões
Dimensões do galpão para a
criação de Aves de Corte
Largura do Beiral do telhado
Dimensões do galpão para a criação de Aves de Corte (Frango)
Lanternim
Dimensões do galpão para a criação de Aves de Corte (Frango)
O lanternim corresponde a abertura superior do telhado
Deve apresentar 10% da largura do galpão
Seu "ponto“ deve ser de 20 a 30 centímetros
Lanternim:
10% da Largura do Galpão
Telhado
O telhado deve ser me duas aguas. O material da cobertura pode ser:
Telhas de Amianto
Telhas de Cerâmica (barro), Telhas de Fibrocimento
Não é aconselhável o uso de telha de Zinco (calor e ruído)
Inclinação do telhado entre 20 a 30%, incluindo os beirais.
Paredes do Galpão
Paredes frontais:
1/3 de alvenaria e 2/3 em elementos vazados; Toda de alvenaria.
Paredes laterais:
Muretas de alvenaria de 25 a 30 centímetros de altura
(máximo 60cm);
Completando o restante com tela (malha 1”), inclusive
no lanternim.
A tela deve possuir malhas pequenas de modo que
não permitem a entrada de pássaros e outros animais.
Galpão moderno todo em alvenaria com isolamento
térmico nas paredes
Piso
Ideal que seja de Concreto mais ou menos liso
Outros materiais afins ou chão batido (em
regiões mais secas);
Espessura de 5 cm;
Suportar a entrada de trator;
Nivelado e a 20-30 cm do nível do terreno
Com declive de 0,5 a 1% no sentido das laterais
do galpão, partindo do centro, para facilitar a
limpeza do aviário.
Calçadas Laterais
Cimento com largura de 50% de largura do beiral Com inclinação de 3%
10 cm abaixo do piso do galpão
Esta calçada tem a finalidade de proteger os alicerces,
piso e as paredes contra a umidade, além de facilitar o trabalho de manejo da granja
Objetivo:
Alívio ao estresse térmico
Aumentar o bem-estar das aves
Termoneutralidade
Equipamentos para aclimatação do
Galpão
Cortinas
Exaustor
Resfriadores
NEBULIZADORES
PAD COOLING – Painel Evaporativo
Equipamentos para aclimatação do
Galpão
Cortinas
Tem o objetivo de evitar a entrada de corrente de ar frio dentro do aviário.
Instaladas com roldanas e catracas ou outros sistemas que
permitem abrir e fechar a lateral do galpão em alguns segundos. Devem ser colocadas de forma que feche de baixo para cima
Devem ser translúcidas (transparência), que permitam a
passagem da claridade sem a presença e passagem de raios UVA e UVB.
Devem ser resistentes e de fácil limpeza.
Cor da cortina: clara (amarela, azul) para não necessitar luz artificial durante o dia e
também porque a cor clara absorve menos calor do que as cores
escuras.
As cortinas devem ser colocadas sempre por toda a extensão lateral do galpão.
Equipamentos para aclimatação do Galpão
Ventilação Forçada:
Ventiladores (Ventilação Positiva)
Exaustores (Ventilação Negativa)
Resfriamento do ar
Nebulização - libera gotículas de água
quando o ventilador está ligado
Exaustor
O Exaustor força a entrada de ar uniforme para dentro do galpão É fundamental o perfeito
isolamento do galpão na cobertura, laterais e nos exautores
Entrada de ar
Saída de ar pelos exaustores
Resfriamento utilizando
NEBULIZADORES
Resfriamento utilizando
PAD COOLING – Painel Evaporativo
Resfriamento utilizando
PAD COOLING – Painel Evaporativo
Resfriamento utilizando PAD COOLING –
Painel Evaporativo
Painel de controle de temperatura
Automatizado Painel de controle de temperatura Manual
Sensor de temperatura do interior do galpão
Equipamentos para aclimatação do Galpão
Sistema de Alarme
• Acionamento com queda de energia ou pane do sistema
• Comunicação por sinal sonoro ou via celular
Isolamento entre Galpões
Distâncias Mínimas recomendadas entre granjas, conforme Instrução Normativa Nº4/2007 do MAPA
Distância entre Granja e Abatedouro 5.000 m
Distância entre Bisavozeiros e Avozeiros 5.000 m
Distância entre Matrizeiros 300 m
Distância entre entre Núcleos e Limites Periféricos da Propriedade 100 m
Distância entre Núcleo e Estrada Vacinal 500 m
Distância entre Núcleos de Diferentes Idades 300 m
Distância entre Recria e Produção 500 m
Distância Mínima entre aviários do mesmo Núcleo = dobro da largura dos aviários
Ou 100 m de distancia com barreiras físicas (árvores)
2*L
L
Distância Mínima entre aviários do mesmo
Núcleo
Isolamento entre Galpões
Barreiras Naturais
Reflorestamentos com árvores não
frutíferas, matas naturais, bem como a presença de elevações topográficas, servem de barreiras sanitárias naturais, diminuindo o risco de contaminação entre as unidades avícolas e o estresse (calor) para as aves.
Núcleos de produção avícola Estrada Principal Núcleos de aves com diferentes idades Núcleos de Matrizeiros
Equipamentos para Galpão de
produção de Frangos de Corte
Cama
Fornecimento de ração - Silos e
Comedouros
Fornecimento de água - Reservatórios e
Bebedouros
CAMA
Material absorvente distribuída pelo piso do galpão; Absorção da umidade produzida pelas fezes, urina e
vazamentos dos bebedouros;
Isolar o piso de cimento ou terra.
Deve apresentar as seguintes características:
Material leve e absorvente; Ter umidade entre 20 e 25%; Partículas de tamanho médio;
Que seja macia e de fácil decomposição;
Com inexistência de contaminações por fungos e micro toxinas,
Que não seja alérgica e não produza pó; Disponível a baixo custo.
A má qualidade da cama pode:
Aumentar os riscos de infecções oculares nas
aves e do trato respiratório;
Comprometer a imunidade das aves;
Pode gerar aumento na mortalidade das aves;
Comprometer o desempenho do lote.
CAMA
Tipos de material utilizados
Maravalha - É a mais usada para cama de frangos de
corte, deve-se ter o cuidado de evitar usar material de
madeira de lei (madeira dura), porque absorve pouca
umidade e de difícil decomposição, para uso posterior
como adubo orgânico.
Casca de Arroz - Além de ser um material pouco
absorvente, compacta com facilidade e propicia a
formação do gás de amônia, a casca de arroz favorece
também o aparecimento de problemas respiratórios nas
aves pela poeira que produz, em épocas de baixa
umidade.
CAMA
Cama de
Maravalhada
Tipos de material utilizados
Sabugo de milho triturado - É um excelente material,
com boa absorção e não compacta.
Palhas ou palhadas trituradas - A facilidade de se obter
as palhadas depende do tipo de cultura que predomina
na região onde se encontra o aviário. Pode ser de
diversas culturas como: milho, feijão, soja, aveia,
trigo...
CAMA
Tipos de material utilizados
Casca de amendoim - É um material com boa
capacidade de absorção, porém com alta incidência de
fungos e formação de micotoxinas.
Cama Usada - Pode-se utilizar também cama de lotes
de frangos, anteriores já acabados (abatidos). Desde
que não tenham ocorrido problemas sanitários com o
lote. Esta cama deverá passar por um processo de
fermentação (tratamento para desinfecção), depois
colocada em exposição ao sol. Podendo ser usada em
até 18 lotes consecutivos
CAMA
CAMA
Equipamentos para Galpão de produção de Frangos de Corte
Para a escolha do material a ser
utilizado na cama do aviário deve ser
levado em consideração:
Disponibilidade
Custos
Manejo para Conservação da Cama
Preferencialmente diário
Retirada do excesso de umidade
Revolvimento
Se a cama estiver muito úmida acrescenta-se
cal e/ou cama nova
Pesquisadores costumam dizer que:
“A qualidade da cama é um termômetro para
saber se o lote vem se desenvolvendo bem. É
um termômetro para avaliar qualidade da
carcaça, da pata e o desempenho zootécnico
do lote, como peso intermediário, consumo de
ração e água. Cem por cento do lote hoje
depende da qualidade de cama.”
Manejo da Cama entre Lotes
A reutilização de cama de aviário para criação de
mais de um lote é uma prática comum.
Em condições em que não tenham ocorrido
episódios sanitários (doenças) durante a criação
das aves, a cama pode ser reutilizada, desde que
essa seja submetida a tratamento para inativação
ou redução de patógenos.
Manejo da Cama entre Lotes
Inativação ou redução de patógenos:
Enleiramento no centro do aviário
Consiste no empilhamento da cama, no centro do
aviário e em cobri-la com lona plástica em toda a sua extensão.
É recomendado um período de, no mínimo, 10 dias
do processo antes da remoção da lona e redistribuição da cama no aviário.
Na área dos pinteiros geralmente se utiliza cama
nova, embora não seja uma regra.
Para obtenção de efeito redutor expressivo sobre
bactérias indesejáveis, o período de tratamento das camas não deve ser inferior a 12 dias.
Empilhamento da cama no centro do aviário
Manejo da Cama entre Lotes
Inativação ou redução de patógenos:
Cobertura com lona em todo o aviário
Após a retirada do lote de aves do aviário, a cama é
umedecida antes da colocação da lona.
É importante que a lona seja bem colocada, de
forma a evitar a entrada de ar. Para tal, recomenda-se que as laterais e extremidades da lona recomenda-sejam colocadas por baixo da camada de cama, rente ao piso do aviário.
Após cerca de 10 dias do processo a lona é retirada,
a cama revolvida e o restante das penas devem ser queimadas com lança chamas.
Colocação de lona em todo o piso do galpão
Restante das penas queimados com lança chamas
Manejo da Cama entre Lotes
Inativação ou redução de patógenos:
Aplicação de cal
método bastante difundido
Remoção de toda a cama úmida, compactada (em
crostas) ou em má condição logo após a retirada do
lote de aves
Aplicação de lança-chamas, uniformemente, em toda
a superfície da cama, para queimar as penas
Manejo da Cama entre Lotes
Inativação ou redução de patógenos:
Aplicação de cal
Distribuição de cal em todo o galpão (mínimo de
3,6Kg/m³), até 72 horas antes do alojamento das aves,
utilizando equipamento apropriado para incorporar
uniformemente o produto na cama
Adição de cama nova, seca, em quantidade equivalente a
cama que foi removida, na área dos pinteiros
Após a incorporação de cal, aplicar o lança-chamas,
uniformemente, em toda a cama, para queima das penas
Alojamento das aves de dois a três dias após a aplicação
do cal
Aplicação de cal após a retirada do lote de aves
Fornecimento de ração
Silos e Comedouros
Silo
Local onde é armazenada a ração;
O número de silos e a capacidade de cada silo
dependerá do número de aves em cada galpão e do tempo (dias) que essas aves irão ficar alojadas até o abate.
A disposição do silo na granja está ligada a logística da granja
Pode ser no centro do aviário ou na extremidade
Importante: Limpara e desinfetar o silo após a criação de cada lote
Fornecimento de ração
Silos e Comedouros
Tipos de Comedouros
Equipamentos para Galpão de produção de Frangos de Corte
Fornecimento de ração
Silos e Comedouros
Comedouros Infantis
Para 8 até 10 dias de idade da ave
(pintinho)
1 comedouro para 80 pintinhos
Modelos
Tubular infantil
Tipo tijela
Fornecimento de ração
Silos e Comedouros
Comedouros Adultos
Após 8-10 dias de idade da ave
Comedouros tubulares
Capacidade para 10 a 15 kg de ração
(semi-automáticos);
A ração desce para o prato conforme
ocorre o consumo;
Recomendação: 1 comedouro para cada 30
frangos.
Distância de 1,1m a 1,5m entre si.
Fornecimento de ração
Silos e Comedouros
Comedouros Adultos
Comedouros automáticos de prato
cano com uma rosca rígida “sem fim” no
seu interior movida por um motor na extremidade da linha. A ração desce para o prato conforme ocorre o consumo;
Acoplado ao cano estão os pratos que serão
abastecidos de ração;
Atualmente são os comedouros mais usados
em aviários comerciais.
Água
Necessária para vários processos:
Digestão;
Metabolismo;
Termorregulação.
Atua como regulador da temperatura corporal
das aves;
Meio de aplicação de medicamentos;
Fresca e limpa
Padrões semelhantes ao consumo humano
Fornecimento de água
Reservatórios e Bebedouros
Reservatórios (caixa d’água)
Deve ser abrigada do sol;
As tubulações devem ser enterradas
nos solo, pois as aves não consomem
água quente no calor (verão)
Fornecimento de água
Reservatórios e Bebedouros
Dias de Idade da Ave Consumo de água por 100 aves/dia (Litros) 7 53-56 14 95-106 21 138-155 28 176-198 35 210-234 42 245-275 49 272-306 56 291-328
Consumo de água conforme a idade da ave
Tipos de Bebedouros
Fornecimento de água
Reservatórios e Bebedouros
Equipamentos para Galpão de produção de Frangos de Corte
Nipple com taça
Bicos com Nipple
Bebedouros Infantis
Para pintos até 5 – 6 dias de idade
Mais usado Copo de Pressão
Material pode ser de plástico ou
alumínio
Capacidade para 2 a 5 litros de água;
Recomendação: 1 bebedouro para cada 80
pintos.
Fornecimento de água
Reservatórios e Bebedouros
Bebedouro tipo Copo de Pressão
Bebedouros Adultos
Após 5 – 6 dias de idade
Bebedouro automático pendular
Funcionam automaticamente
Com válvulas controladoras do fluxo de
água, conforme o peso da água dentro do bebedouro;
Recomendação: 1 bebedouro para cada 80
a 100 frangos.
Fornecimento de água
Reservatórios e Bebedouros
Fornecimento de água
Reservatórios e Bebedouros
Equipamentos para Galpão de produção de Frangos de Corte
Bebedouros Adultos
Bebedouro NIPPLE
Tendência para todos os aviários
Vantagens:
Não é necessário lavagens periódicas;
Pode ser usado desde o primeiro dia de vida das aves; Não ocupa espaço no galpão;
Evita transmissão horizontal de doenças por meio da
água;
Evita derramamento de água na cama, mantendo-a
Fornecimento de água
Reservatórios e Bebedouros
Equipamentos para Galpão de produção de Frangos de Corte
Bebedouro NIPPLE
Recomendado:
15 a 20 frangos por bico 30 pintos por bico
Desvantagens:
Entupimento;
Necessita filtro duplo antes das linhas de
Fornecimento de água
Reservatórios e Bebedouros
Equipamentos para Galpão de produção de Frangos de Corte
Bebedouro NIPPLE
Dosador de medicamentos via
água
Equipamentos para o Pinteiro
Os pinteiros são áreas onde ficam
abrigados os pintinhos nos primeiros
dias de idade
Equipamentos para o Pinteiro
Círculos de Proteção
Cercados necessários no início das criações
Tem a função:
Evitar que o pintinho saia área de calor; Evita a entrada de corrente de ar frio;
Evita que se afastem dos comedouros e bebedouros; Concentrar o calor numa pequena área,
economizando gastos com aquecimento;
Evita que os pintinhos fiquem amontoados em
cantos (quando estão com frio).
Equipamentos para o Pinteiro
Círculos de Proteção
Material utilizado: Utilizam-se folhas de Eucatex
(papelão), compensado ou outro material similar
Para cada círculo de 500 pintos deve ser usado 5 folhas
de eucatex de 2 m de comprimento por 0,40 a 0,60 m de altura
Devem ficar situado aproximadamente a 0,50 a 0,60 m
de distância da borda da campânula, nos primeiros dias de idade do pinto.
Conforme o passar dos dias (dependendo da
temperatura) é necessário abrir-se o círculo, de maneira que aumenta a área útil dos pintinhos, até a retirada total do circulo.
Equipamentos para o Pinteiro
Círculo de Proteção
Equipamentos para Galpão de produção de Frangos de Corte
Cama dentro do Círculo de Proteção
Circulo de
Proteção
Equipamentos para o Pinteiro
Círculo de Proteção
Campânula
Fonte de aquecimento para os pintinhos
na fase inicial da criação
Pode ser elétrica, à Lenha e à gás
Elétrica
Pequenas criações (uma lâmpada para 50
pintos)
Custo elevado,
Não fornece bom aquecimento
Equipamentos para o Pinteiro
Campânula
À Lenha
Usado em regiões de clima frio para aquecer o
galpão como um todo
Desvantagem: excesso de fumaça e CO2
Equipamentos para o Pinteiro
Campânula
À Gás
Mais utilizados na avicultura industrial; Baixo custo;
Vários modelos com capacidade variando de
500 a 2500 pintos;
Controlados manualmente ou
automaticamente através de um termostato próximo aos pintos.