Manual de
Diagramação
Revista LUPA
v.01 – Março/Abril de 2007
Apresentação
•
A publicação de uma Revista-Laboratório da Faculdade de Comunicação
(Facom) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) vem a consolidar um desejo
antigo da instituição de participar ativamente no âmbito de circulação das
publicações jornalísticas da cidade, registrando a vida cultural e social de
Salvador, assim como de divulgar as ações do nosso corpo discente,
disponibilizando de forma ampla e irrestrita à comunidade soteropolitana em
geral.
•
Objetivos específicos:
– Divulgar a produção dos alunos do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social/UFBA;
– Estimular a produção de textos dos alunos do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social/UFBA;
– Criar um elo entre a teoria e a prática do jornalismo, através de um produto laboratorial; – Colocar em circulação um produto editorial não comercial dirigido à juventude
universitária.
•
Público-alvo:
– Jovens universitários residentes em Salvador e Região Metropolitana (Grande Salvador).
Formato
•
Miolo da Revista:
– 32 ou 36 páginas
Papel: A4 , Couchê Fosco 110g. Cor: 1x1
Folha solta
•
Capa da Revista:
– 4 páginas
Papel: A4, Couche Fosco 150g. Verniz Total Cor: 4x4
•
Tiragem:
– 4.000 unidades.•
Distribuição:
– gratuita.•
Periodicidade:
– semestral.Logotipo
“A eficiência da expressão visual do logotipo depende
de sua diferenciação, percepção, comunicação, memorização,
universalidade, permanência.”
(Alexandre Wollner)
* Logotipo = “Palavra elaborada e composta com caracteres tipográficos originais, recebendo em um dos sinais um desenho característico para reforço de identificação visual, em sua construção”
Nova Marca
•
A marca da Lupa foi criada a partir de alguns conceitos:
– Do significado da palavra lupa, enquanto instrumento óptico que consiste
de uma lente com a capacidade de ampliar imagens, textos;
– Referência ao formato circular da lente da lupa (ponto). Constatou-se que
não seria necessário usar o desenho da lupa em si, por conta da fácil
definição de seu nome. Seria um exagero usar uma lupa na marca.
Optou-se apenas por usar o círculo, elemento este que também Optou-será utilizado no
projeto gráfico da revista, como no final dos textos e nos ícones das
editorias;
– Da idéia de originalidade do logotipo, através da transformação de um tipo
existente e não a partir apenas da utilização do mesmo de forma simplista.
Redesenho do tipo “CentSchbook BdCn BT”;
– Do público alvo da revista: jovem, antenado com as novidades editoriais;
– Da dinâmica do conteúdo da revista, de forma que o logo também possa
ser animado para uma versão digital;
– Legibilidade, originalidade, fácil aplicação sobre fundos diversos. Cor preta
como preferencial.
Elementos da Capa
Marca da Lupa, sem local fixo. Deve ter constraste em relação a imagem de fundo. Chamadas para as 3 matérias de destaque da revista. A primeira chamada deve referir-se a matéria de capa. Notas referentes a edição da revista: Selo da Facom-UFBA. Deve ter
constraste em relação ao fundo. A imagem de capa tem como pré-requisito: cor, significado, relação com o tema e com a matéria principal, qualidade para impressão.
Elementos da Capa – uso de imagens
Exemplos de capa onde a marca da Lupa muda de lugar e de cor, a depender da imagem. As capas devem ter um apelo visual forte, chamando para a leitura.
"Uma boa revista precisa de uma capa que a ajude a conquistar
leitores e os convença a levá-la para casa. ‘Capa’, como diz
o jornalista Thomaz Souto Corrêa, ‘é feita para vender revista’.
Por isso, precisa ser o resumo irresistível de cada edição,
uma espécie de vitrine para o deleite e a sedução do leitor."
Malha Gráfica (Grid)
• Para organização das páginas da revista, é utilizada uma estrutura modular horizontal e vertical (grid), fundamental para determinar a área tipográfica, estabelecer tamanhos de tipos, entrelinhamento, larguras das composições, numeração de páginas, definir blocos de texto e imagens, abertura de editorias, situar níveis para a capa.
Uso da Malha Gráfica: casos especiais
•
A quebra da malha gráfica (em parte) é permitida em casos
especiais, sob consulta ao diretor de arte. Deve-se ter o cuidado
para que essa quebra não se repita em matérias seqüenciais.
Diagramação
O diagramador-designer tem um papel fundamental na editoração das matérias da
Lupa. Dentro do projeto gráfico editorial, é importante entender a revista como
um produto tridimensional
[1]
(um objeto harmonioso), resultado do estilo que é
definido para a peça como um todo, assim como um projeto página a página
(matérias específicas), resultado do layout.
Principal característica: monocromático e bem diagramado, de forma a conquistar
o leitor para cada matéria.
“Se, por um lado, a impressão em uma cor significa uma séria restrição,
por outro mostra a maestria dos artistas-designers em conseguir dar
variedade e vivacidade a uma publicação impressa dentro de limites tão estreitos.”
(Chico Homem de Melo)
Unidade x Flexibilidade
A unidade de diagramação é dada pela “simplicidade unificadora do princípio ao
fim”, constante em todas as páginas de uma edição, e mantida em outras
edições, desde a capa. É definida pelos elementos repetidos na revista:
estrutura, espaços, tipografia, adornos, elementos repetidos no mesmo local,
pictogramas das editorias, tratamento do box de informações, formato
padronizado das páginas, enfim, a arte fixa.
Ao mesmo tempo, cada página deve permitir uma flexibilidade para variar de acordo
com a especificidade de cada matéria, de forma a tornar aquela área explorável
pelos editores. Cabe ao editor o papel de definir a importância da matéria, o que
é preciso destacar. E isto deve ser transmitido de forma clara ao diagramador,
que, por sua, vez terá o papel de comunicar visualmente os conceitos. Cada
texto tem uma “voz”, isto é, a emoção da matéria, que pode ser expressa
através da tipografia do título e da composição da página, seguindo as seguintes
regras:
– Dentro do estilo da revista, desenvolver um bom comportamento gráfico;
– Bom senso;
– Equilíbrio: de idéias, linguagem, escala, seqüência, consistência.
– Atentar para os limites e recursos da revista.
Matéria como individual
O diagramador tem o papel de expressar a essência da matéria, a serviço da
comunicação (não da arte!), isto é, seduzir o jovem leitor: chamar sua atenção,
fazer com que ele leia e compreenda os objetivos da matéria. Para isso, é
possível utilizar artifícios que despertem a curiosidade: enfatizar através do
tamanho, forma, contraste, isolamento, variação da percentagem de preto (cor),
utilização de imagens, quebra da matéria em sub-componentes (titulo, subtítulos,
texto, ilustração, box), espaços em branco.
Dentro dos limites do preto e branco, existe mais que os tons de cinza. Utilize o
contraste:
– Grande/ pequeno;
– Comprido/ curto;
– Escuro/ claro;
– Apertado/ solto;
– Excitante/ normal;
– Clássico/ moderno.
Editorias X Pictogramas
Pictogramas são “representações icônicas, utilizadas na
comunicação gráfica que, pela sintetização de traços,
planos e linhas, torna a imagem de rápida apreensão”
(WOLLNER: 2003, 317).
Para identificação das editorias foram criados
pictogramas, aplicados no cabeçalho inicial de cada
editoria, com referência também no índice da revista.
•
Editorial
•
Prova dos 9: eeferente a educação na Facom, na
UFBA e outras instituições.
•
Passepartout: editoria de arte, cultura, música.
•
Circo Urbano: editoria de comportamento.
•
Meio e Mensagem: editoria de mídia: crítica aos
conteúdos, temas de comunicação em geral, analise
de comportamento da mídia, propriedade, etc. e as
colunas de opinião dos professores da faculdade.
•
Impressões: editoria de ensaio fotográfico.
•
Cubo mágico: editoria de criação literária.
* Também foram criados pictogramas para representar o site, o blog, fale com a Lupa e box de informações.
Editorias X Pictogramas
•
Conteudo
A primeira matéria da editoria deve apresentar a sinalização da editorianeste formato, com a tarja preto ao fundo.
A primeira matéria da editoria deve
apresentar a sinalização da editoria
neste formato, com a tarja preto ao fundo.
A partir da segunda página da editoria, não se deve usar a
tarja.
A partir da segunda página da editoria, não se deve usar a
Sumário
Detalhe da Capa Editoria + ícone Página + Titulo ou chamada de cada matériaEditorial
Sinalização
Frase na font Baskerville itálico. Título do texto, editor, texto com capitular
Foto da turma Marca e
Referências
Expediente
Fale com a Lupa
Contato
Paginação
Na lateral externa (parte inferior) da página deve conter o número da página e o nome da
revista em minúsculo, seguido do número da
edição.
Na lateral externa (parte inferior) da página deve conter o número da página e o nome da
revista em minúsculo, seguido do número da
edição.
Em caso de fundo escuro, o texto da paginação deve ter constraste, possibilitando a leitura.
Paginação: casos especiais
•
Casos em que a
paginação pode não
aparecer:
– Na página de Sumário; – Na página de Editorial; – Em uma das páginas do
meio da revista, seção Impressões;
– Em casos em que a foto ou ilustração necessitem ocupar o local, desde que isso não aconteça em duas páginas seguidas.
• Ex: Se o número da página ímpar não aparecer, deve aparecer na página par.
Tipografia
•
A revista Lupa usa como tipo base para textos, títulos, créditos:
– Bell Gothic Black BT
– Bell Gothic BT
– Bell Gothic BT Bold
•
Em caso de textos em itálico, usar a font:
– Baskerville
•
A font padrão pode ser usada preenchida, em outline, inclinada,
Títulos
O uso de outros tipos (fantasia) pode
ocorrer apenas em títulos e
subtítulos, desde que a font tenha
uma identidade com o conteúdo do
texto: orgânica, moderna, rebuscada,
clássica etc.
Texto x Parágrafo: capitular
•
Casos em que a capitular
pode ser utilizada:
– texto do editorial
– texto da seção literária Cubo Mágico. – caso especial, em que a diagramação
com estilo medieval peça este tipo de recurso.
•
Característica:
– a altura da capitular é de apenas 2 linhas.
Texto x Parágrafo
•
Alinhamento do texto à esquerda e irregular à direita.
•
Palavras devem ser hifenizadas (em caso de quebra)
preferencialmente após as duas primeiras sílabas.
•
Parágrafos são definidos pelo sinal “_” no início de cada
parágrafo, seguido de um espaço. Sem recuo de texto ou
espaço entrelinha diferenciado.
Entrevista
•
Em entrevistas, os parágrafos não
usam “_” no início. As perguntas da
entrevista ficam em negrito.
•
O resumo inicial da entrevista é
delimitado por um box. Nele, o
nome do entrevistado e alguma
informação pertinente ficam em
negrito.
Entrevista a Nome
Créditos
Quanto o fotógrafo e o redator for a mesma pessoa, não é necessário repetir o nome.Quanto o autor não for o mesmo,
separar usando barra vertical.
Texto Nome | Foto Nome | Ilustração Nome
Alinhar o primeiro nome dos créditos à malha gráfica.
Olho
Antes do intertítulo, uma linha em branco.
Usar a font Bell Gothic Black BT, no mesmo tamanho do texto. A depender da matéria, o olho pode
vir sobre fundo branco ou preto. Em matérias especiais, a font do olho pode ser a mesma usada para o título, desde que permita fácil leitura.
Box de serviço
•
Características:
– Título sempre alinhado à direita do box, centralizado verticalmente em relação ao pictograma, sobre a linha do box (Bell Gothic Black BT, tamanho 10pt, alinhamento centralizado na caixa de texto de fundo branco)
– Borda em fio, com cantos arredondados (Fio de 6pt. Object/Corner Effects. Effect: Rounded, Size: 6mm)
– Há possibilidade de usar bullets (circular)
– O box não deve ocupar mais da metade da página
– O texto do box utiliza o mesmo estilo do texto da matéria – Deve seguir a grade da página
Texto: marcação do fim
Ao final da matéria, entrevista, artigo, deve constar o ponto, sempre alinhado à direita.
Nos casos em que não o texto não der espaço para o ponto, este deve vir na linha logo abaixo.
Uso de Imagem
As imagens, antes de tudo, devem ter um significado editorial e devem ser
utilizadas para ênfase e orientação da leitura:
•
Infografia: mapas e gráfico podem ser elaborados para transmitir
dados estatísticos, distâncias, localização ou contar uma história. A
infografia tem por característica os binômios “imagem + texto”, “verbal +
não verbal”, de forma que o não-verbal prevaleça sobre o verbal. Este
último tem o papel de complementar a imagem.
•
Humor e Crítica: utilização de cartum e charge. “Cartum é o desenho
de humor na sua acepção mais ampla, enquanto a charge é o humor de
intervenção, relacionado aos conceitos políticos e sociais imediatos”
(HOMEM DE MELO: 2006, 128).
•
Ilustração: uso de técnicas diversas de ilustração (desenho, colagem,
pintura, digital), podendo compor toda a página, como moldura ou
aparecer como vinhetas.
•
Fotografia: imagens pensadas em preto e branco. Uso adequado ao
grid da página. Não usar imagem como fundo de texto (background), a
não ser que a seção tenha uma reportagem visual.
Uso de Imagem
As imagens podem seguir a malha gráfica (na questão do alinhamento).
Sangramento de página não deve ser usado com freqüência, não repetido em matérias em seqüência.
Sangramentos são indicados principalmente para seções que tenham como base a
imagem: seção impressões, seção ilustrado, entrevistas.
Impressões
•
Esta seção de ensaio
fotográfico é um caso a
parte e deve ser
estudada a depender
das imagens.
•
Observações:
– Texto com capitular;
– Os textos devem usar a font base;
– Créditos devem seguir o padrão dos textos;
Anúncios
•
Espaço dedicado aos anúncios:
– Contra Capa: página do principal patrocinador.
– Página após seção Cubo Mágico (verso da contra-capa): página de apoiador.
•
Referência ao patrocínio da UFBA
deve ser feita na página do
Editorial.
•
Formato: Tamanho A4, 4 cores,
CMYK.
– O anúncio pode ser fornecido pelo anunciante;
– Ou pode ser elaborado pela equipe de
Referências
•
Bibliografia:
– HOMEM DE MELO, Chico (org.). Design de revistas: Senhor está para a ilustração assim como Realidade está para a fotografia. In: O design gráfico brasileiro Anos 60. São Paulo: Cosac & Naify, 2006. 98-187 p.
– Editora Abril. A Revista no Brasil.
– Editora Abril. Utilizando a parte gráfica para propósitos editoriais – Notas da palestra Jan White. In: Boletim Editorial Abril especial, n. 20. < http://www.botecodeideias.jor.br
> Acessado em 28/09/2006.
– WOLLNER, Alexandre. Alexandre Wollner: Design visual 50 anos. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. 336 p.
– MARCELI, Tathiana. Design de Jornais: quase tudo que você precisa saber para projetar um jornal. Rio de Janeiro: Editora Impress, 2006. 64 p.
– SCALZO, Marília. Jornalismo de Revista.