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j
Manual de Procedimentos
Veja nos Próximos
Fascículos
a IPI - Fato gerador
a ICMS - Alíquotas interna e
interestadual
a ICMS - Base de cálculo
ICMS - IPI e Outros
Fascículo N
o01/2014
Santa Catarina
/
a
Federal
IPI
Prazos de recolhimento . . . . 01/
a
Estadual
ICMS
Fato gerador e incidência do imposto . . . . 03
/
a
IOB Setorial
Federal
Automotivo - Programa Inovar-Auto - Regulamentação complemen-tar . . . . 08
/
a
IOB Comenta
Estadual
Alíquota aplicável nas operações com bens e mercadorias importados do exterior destinados a empresas de construção civil . . . . 09
/
a
IOB Perguntas e Respostas
IPI
e-CAC - Certificado digital . . . . 10
ICMS/SC
Documentos fiscais - CT-e - MDF-e - Carga-lotação . . . . 10
Capa:
Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE
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Impresso no Brasil
Printed in Brazil Boletim IOB
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
ICMS, IPI e outros : IPI : prazos de
recolhimento... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de
procedimentos)
ISBN 978-85-379-2039-8
1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.
13-13795 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)
2. Brasil : Imposto sobre Produtos
Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)
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ICMS - IPI e Outros
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jIPI
Prazos de recolhimento
SUMÁRIO 1. Introdução
2. Prazos de recolhimento e códigos de receita do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) 3. Quadro prático 4. Preenchimento do Darf 5. Calamidade pública 1. Introdução O período de apuração do IPI incidente nas saídas de produ-tos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado é mensal, exceto quanto ao imposto devido no desemba-raço aduaneiro de produtos importados.
Neste texto, examinaremos as datas de venci-mento para pagavenci-mento do tributo, em relação aos fatos
geradores do exercício de 2014, inclusive em relação aos tributos incluídos na sistemática do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelas Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).
(RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 259; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38) 2. PrazoS dE rEColhIMEnto E CódIgoS dE rECEIta do doCuMEnto dE arrECadação dE rECEItaS FEdEraIS (darF)
O IPI deverá ser recolhido de acordo com o respectivo código de receita a ser inserido no Darf, observadas as instruções contidas no quadro a seguir:
a
Federal
As datas de
vencimento de tributos federais administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), devidos pelos sujeitos passivos domiciliados nos municípios abrangidos por decreto estadual que tenha reconhecido estado de calamidade
pública, ficam prorrogadas para o último dia útil do 3º mês subsequente, abrangendo
o mês da ocorrência do evento que ensejou a decretação do estado de
calamidade pública e o mês subsequente
Prazos
Produto Código de receita Período de apuração Prazo para pagamento Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI 1020 Mensal Até o 10º dia do mês subsequente ao
de ocorrência dos fatos geradores. Bebidas do Capítulo 22 da TIPI 0668
Mensal Até o 25º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores. Cigarros do código 2402.90.00 da TIPI 5110
Veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI 0676 Produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02,
87.04, 87.05 e 87.11 da TIPI 1097 Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo
22), de cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e dos produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI
5123
Regime especial de tributação - Cervejas (veja Nota 2) 0821 Regime especial de tributação - Demais bebidas (veja
Nota 2) 0838
Notas
(1) No caso de o dia do vencimento não ser considerado útil, o prazo será antecipado para o primeiro dia útil que o anteceder (Lei nº 8.383/1991, art. 52, § 4º; Lei nº 11.933/2009, art. 4º).
(2) O regime especial de tributação, opcional, instituído pelo art. 58-J da Lei nº 10.833/2003, aplica-se às bebidas classificadas nos códigos 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02 (exceto os Ex 01 e 02 do código 2202.90.00) e 22.03 da TIPI. Em relação às posições 22.01 e 22.02, esse sistema de tributação alcança, exclusivamente, água e refrigerantes, refrescos, cerveja sem álcool, repositores hidroeletrolíticos e compostos líquidos prontos para o consumo que contenham como ingrediente principal inositol, glucoronolactona, taurina ou cafeína.
O imposto será recolhido, ainda, no ato do pedido de autorização da venda de produtos trazidos do exterior a título de bagagem, despachados com isen-ção do imposto ou com pagamento de tributos nas condições previstas na legislação aduaneira.
(Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, “a” e “c”, § 4º; Lei nº 8.850/1994, art. 1º; Lei nº 10.833/2003, art. 58-J; Lei nº 11.933/2009, art. 4º; RIPI/2010, art. 262, caput, II, III e IV, pará-grafo único; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Decreto nº 6.707/2008, arts. 1º e 22 a 26; Ato Declaratório Executivo Codac nº 70/2008)
2.1 Importação
Em relação aos fatos geradores relacionados ao desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira (importação), o IPI será recolhido antes da saída do produto da repartição que processar o despacho.
(Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, § 3º; Lei nº 8.850/1994, art. 1º, § 2º; RIPI/2010, art. 262, I)
2.2 optantes pelo Simples nacional
As pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional devem recolher o IPI juntamente com os demais tributos incluídos na sistemática de arreca-dação instituída pela Lei Complementar nº 123/2006, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta.
Não havendo expediente bancário na data do vencimento, o pagamento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior.
Nota
Na hipótese de a microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) possuir filiais, o recolhimento dos tributos devidos pelo Simples Na-cional será feito por intermédio da matriz (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38, § 1º).
(Lei Complementar nº 123/2006, art. 21, III; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38)
3. Quadro PrátICo
Prazos
Produto/código de receita Período de apuração Prazos para recolhimento Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI - código de arrecadação 1020.
Vencimento: até o 10º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores. fevereirojaneiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro 10.02.2014 10.03.2014 10.04.2014 09.05.2014 10.06.2014 10.07.2014 08.08.2014 10.09.2014 10.10.2014 10.11.2014 10.12.2014 09.01.2015 a) bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres - Capítulo 22 da TIPI - código de arrecadação 0668;
b) cigarros do código 2402.90.00 da TIPI - código de arrecadação 5110; c) veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI - código de arrecadação 0676;
d) produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 da TIPI - código de arrecadação 1097;
e) todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), de cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e dos produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI - código de arrecadação 5123;
f) cervejas sujeitas a regime especial de tributação - código de arrecadação 0821; e g) demais bebidas sujeitas a regime especial de tributação - código de arrecadação 0838. Prazo para recolhimento: até o 25º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores. janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro 25.02.2014 25.03.2014 25.04.2014 23.05.2014 25.06.2014 25.07.2014 25.08.2014 25.09.2014 24.10.2014 25.11.2014 24.12.2014 23.01.2015 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional - DAS gerado pelo aplicativo de cálculo
dispo-nível na Internet.
Prazo para recolhimento: até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta.
janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro 20.02.2014 20.03.2014 22.04.2014 20.05.2014 20.06.2014 21.07.2014 20.08.2014 22.09.2014 20.10.2014 20.11.2014 22.12.2014 20.01.2015 (Lei nº 8.383/1991, art. 52,caput, I, “a” e “c”; Lei nº 10.833/2003, art. 58-J; Lei nº 8.850/1994, art. 1º; Lei Complementar nº 123/2006, art. 21, III; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38)
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
4. PrEEnChIMEnto do darF
Admitindo-se que determinado contribuinte, não optante pelo Simples Nacional, tenha apurado no mês de janeiro/2014 débito do IPI no valor de R$ 150.000,00, com prazo para recolhimento até 25.02.2014, e que o produto por ele fabricado esteja classificado em “Demais produtos - código Darf 5123”, o pagamento deverá ser efetuado por meio do Darf, em 2 vias, cujo preenchimento ilustramos a seguir:
DarF
5. CalaMIdadE PúBlICa
As datas de vencimento de tributos federais admi-nistrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), devidos pelos sujeitos passivos domiciliados nos municípios abrangidos por decreto estadual que tenha reconhecido estado de calamidade pública, ficam prorrogadas para o último dia útil do 3º mês subsequente, abrangendo o mês da ocorrência do evento que ensejou a decretação do estado de cala-midade pública e o mês subsequente.
A prorrogação do prazo aplica-se também às datas de vencimento das parcelas de débitos objeto de parcelamento concedido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e pela RFB e não implica direito à restituição de quantias eventualmente já recolhidas.
(Portaria MF nº 12/2012)
N
a
Estadual
ICMS
Fato gerador e incidência do imposto
SUMÁRIO 1. Introdução
2. Hipóteses de ocorrência do fato gerador 3. Caracterização do fato gerador
4. Momento da ocorrência do fato gerador 5. Local da operação para mercadoria ou bens 6. Local da prestação de serviços
7. Considerações sobre o estabelecimento 8. Não incidência
9. Modelos
10. Infrações e penalidades
1. Introdução
O Regulamento do ICMS do Estado de Santa Catarina, aprovado pelo Decreto nº 2.870/2001, disci-plina as operações em que será considerada ocorrida a circulação de mercadorias, bem como a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunici-pal e de comunicação, sendo necessária, para tanto, a caracterização da ocorrência do fato gerador.
Neste procedimento, trataremos das hipóteses de incidência e ocorrência do fato gerador do imposto.
2. hIPótESES dE oCorrênCIa do Fato gErador
O imposto tem como fato gerador:
a) as operações relativas à circulação de merca-dorias, inclusive o fornecimento de alimenta-ção e bebidas em bares, restaurantes e esta-belecimentos similares;
b) as prestações de serviços de transporte inte-restadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; c) as prestações onerosas de serviços de
comu-nicação, por qualquer meio, inclusive a gera-ção, a emissão, a recepgera-ção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
d) o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competên-cia tributária dos municípios;
e) o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre servi-ços, de competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual; f) o recebimento de mercadorias, destinadas a
consumo ou integração ao Ativo Permanente, oriundas de outra Unidade da Federação (UF); g) a utilização, por contribuinte, de serviço cuja
prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada à operação ou à prestação subsequente. O imposto incide também sobre:
a) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
b) o serviço prestado no exterior ou cuja presta-ção se tenha iniciado no exterior;
c) a entrada, no território do Estado, em opera-ção interestadual, de petróleo, inclusive lubrifi-cantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industriali-zação.
(RICMS-SC/2001, art. 1º)
3. CaraCtErIzação do Fato gErador
A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua.
(RICMS-SC/2001, art. 2º)
4. MoMEnto da oCorrênCIa do Fato gErador
Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
a) da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabe-lecimento do mesmo titular;
b) do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabeleci-mento;
c) da transmissão a terceiro de mercadoria de-positada em armazém-geral ou em depósito fechado, neste Estado;
d) da transmissão de propriedade de mercado-ria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabele-cimento transmitente;
e) do início da prestação de serviços de trans-porte interestadual e intermunicipal de qual-quer natureza;
f) do ato final do transporte iniciado no exterior; g) da prestação onerosa de serviço de
comuni-cação, feita por qualquer meio, inclusive a ge-ração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
Nota
Na hipótese da letra “g”, quando o serviço for prestado mediante pa-gamento em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário.
h) do fornecimento de mercadoria com presta-ção de serviços:
h.1) não compreendidos na competência tri-butária dos municípios;
h.2) compreendidos na competência tributá-ria dos municípios e com indicação ex-pressa de incidência do imposto de com-petência estadual, como definido na lei complementar aplicável;
i) do desembaraço aduaneiro de bens ou mer-cadorias importados do exterior;
j) do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;
ICMS - IPI e Outros
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k) da aquisição em licitação pública de merca-dorias ou bens importados do exterior e apre-endidos ou abandonados;
l) da entrada, no território do Estado, de lubrifi-cantes e combustíveis líquidos e gasosos de-rivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado ou do Distrito Federal, quando não destinados à comercialização ou à indus-trialização;
m) da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada à operação ou à prestação subsequente; n) da entrada, no estabelecimento do
contri-buinte, de mercadoria oriunda de outro Estado ou do Distrito Federal, destinada ao consumo ou ao ativo permanente.
Considera-se também ocorrido o fato gerador no consumo, ou na integração ao ativo permanente, de mercadoria oriunda de outra UF, adquirida para comercialização ou industrialização.
Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do desembaraço adu-aneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsável exigir a comprovação do pagamento do imposto.
(RICMS-SC/2001, art. 3º)
5. loCal da oPEração Para MErCadorIaS ou BEnS
O local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsá-vel, tratando-se de mercadoria ou bem, é:
a) onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador;
b) onde se encontre, quando em situação irregu-lar pela falta de documentação fiscal ou quan-do acompanhaquan-do de quan-documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária;
c) o do estabelecimento que transfira a proprie-dade, ou o título que a represente, de merca-doria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado;
Nota
O disposto na letra “c” não se aplica às mercadorias recebidas em regime de depósito de contribuinte estabelecido em outro Estado ou no Distrito Federal.
d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física;
e) importado do exterior, o do domicílio do adqui-rente, quando não estabelecido;
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem importa-dos do exterior e apreendiimporta-dos ou abandonaimporta-dos; g) o do estabelecimento adquirente, inclusive de
consumidor final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não desti-nados à industrialização ou à comercialização; h) onde o ouro tenha sido extraído, quando não
considerado como ativo financeiro ou instru-mento cambial;
Nota
Para os efeitos da letra “h”, o ouro, quando definido como ativo financei-ro ou instrumento cambial, deve ter sua origem identificada.
i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos. Quando a mercadoria for remetida para armazém--geral ou para depósito fechado do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída será considerada ocor-rida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente.
(RICMS-SC/2001, art. 4º, caput, I e §§ 1º a 3º)
6. loCal da PrEStação dE SErvIçoS
O local da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsá-vel, é:
a) tratando-se de prestação de serviço de trans-porte:
a.1) onde tenha início a prestação;
a.2) onde se encontre o transportador, quan-do em situação irregular pela falta de quan- do-cumentação fiscal ou quando acompa-nhada de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária;
a.3) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada à operação ou à prestação subsequente, e para os efeitos do RICMS-SC/2001, art. 12, § 2º (na hipótese da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada à operação ou à prestação subsequente, será considerado o valor da prestação
no Estado de origem ou no Distrito Fe-deral e o imposto a recolher será o resul-tado da aplicação do percentual equiva-lente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual);
b) tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação:
b.1) o da prestação de serviço de radiodifu-são sonora e de som e imagem, assim entendido o da geração, emissão, trans-missão, retranstrans-missão, repetição, am-pliação e recepção;
b.2) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão ou assemelhados com que o ser-viço é pago;
b.3) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada à operação ou à prestação subsequente, e para os efeitos previstos no RICMS--SC/2001, art. 12, § 2º (na hipótese da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em ou-tro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada à operação ou à pres-tação subsequente, será considerado o valor da prestação no Estado de origem ou no Distrito Federal e o imposto a re-colher será o resultado da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual); b.4) o do estabelecimento ou domicílio do
to-mador do serviço, quando prestado por meio de satélite;
b.5) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos;
Nota
Na hipótese da letra “b”, tratando-se de serviços não medidos, que en-volvam localidades situadas em diferentes UF e cujo preço seja cobra-do por períocobra-dos definicobra-dos, o imposto devicobra-do será recolhicobra-do em partes iguais para as UF onde estiverem localizados o prestador e o tomador.
c) tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou do domi-cílio do destinatário.
(RICMS-SC/2001, art. 4º, caput, II e § 4º)
7. ConSIdEraçõES SoBrE o EStaBElECIMEnto
O estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas
físicas ou jurídicas exercem suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encon-trem armazenadas mercadorias, sendo considerado autônomo cada estabelecimento do mesmo titular.
Considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado no comércio ambulante ou na captura de pescado.
Na impossibilidade de determinação do estabele-cimento, considera-se como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou constatada a prestação.
Considera-se extensão do estabelecimento o veículo utilizado em vendas fora do estabelecimento.
Respondem pelo crédito tributário todos os esta-belecimentos do mesmo titular.
(RICMS-SC/2001, art. 5º)
8. não InCIdênCIa
O imposto não incide sobre:
a) as operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
b) as operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos pri-mários e produtos industrializados semielabo-rados, ou serviços;
Nota
Equipara-se às operações de que trata a letra “b” a saída de mercado-ria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, des-tinada a:
a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabe-lecimento da mesma empresa;
b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.
Com base na Lei nº 12.567/2003, art. 8º, entendem-se compreendidas na equiparação, além das saídas com destino às tradings, reguladas pelo Decreto-Lei federal nº 1.248/1972, as saídas com destino à empre-sa exportadora com o fim específico de exportação.
c) as operações interestaduais relativas à ener-gia elétrica e ao petróleo, inclusive lubrifican-tes e combustíveis líquidos e gasosos dele de-rivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização;
d) as operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; e) as operações relativas a mercadorias que
te-nham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos municípios,
res-ICMS - IPI e Outros
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salvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar;
f) as operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de es-tabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie;
g) as operações decorrentes de alienação fidu-ciária em garantia, inclusive a operação efe-tuada pelo credor em decorrência do inadim-plemento do devedor;
h) as operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário;
i) as operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salva-dos de sinistro para companhias seguradoras;
(RICMS-SC/2001, art. 6º)
9. ModEloS
A seguir, apresentamos os modelos de nota fiscal relacionada a uma operação normalmente tributada para exemplificação.
Lembramos que os dados preenchidos são mera-mente ilustrativos e que os demais campos devem ser preenchidos com base na legislação vigente.
9.1 Modelo de nota fiscal
10. InFraçõES E PEnalIdadES
A seguir, apresentamos algumas infrações e penalidades relacionadas à incidência do imposto. rELaÇÃo DE INFraÇÕEs E PENaLIDaDEs
Infração Penalidade Fundamento legal
Deixar de submeter, total ou par-cialmente, operação ou prestação tributável à incidência do imposto
Multa de 75% do valor do imposto. A multa prevista será reajustada para:
a) 100% do valor do imposto, quando não tiver sido emitido documento fiscal; b) 150% do valor do imposto, quando a operação ou prestação estiver consignada em documento fiscal:
b.1) com numeração ou seriação repetida;
b.2) que indique, nas respectivas vias, valores ou destinatários diferentes; b.3) que indique valor inferior ao efetivamente praticado na operação ou prestação; b.4) que descreva de forma contraditória, nas respectivas vias, os dados relativos à especificação da mercadoria ou serviço;
b.5) de outro contribuinte ou de empresa fictícia, dolosamente constituída ou cuja inscrição foi baixada ou declarada nula segundo edital publicado pela administra-ção tributária;
b.6) indicando tratamento tributário vinculado à destinação da mercadoria ou do serviço e que não tenha chegado ao destino nele declarado;
b.7) emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) ou qualquer outro equipamento não homologado ou não autorizado pelo Fisco; e
b.8) emitido por equipamento ECF com adulteração em dispositivo de hardware ou no software básico.
Aplica-se a multa no caso de imposto devido por responsabilidade ou por substi-tuição tributária, não declarado ao Fisco na forma prevista na legislação.
Lei nº 10.297/1996, art. 52
Submeter tardiamente operação ou prestação tributável à incidên-cia do imposto ou recolher o im-posto apurado, pelo próprio contri-buinte, ou o devido por estimativa fiscal, após o prazo previsto na le-gislação, antes de qualquer proce-dimento administrativo ou medida de fiscalização
Multa de 0,3% ao dia, até o limite de 20%, do valor do imposto. Lei nº 10.297/1996, art. 53
N
a
IOB Setorial
FEdERal
Automotivo - Programa Inovar-Auto -
Regulamentação complementar
O Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior baixou a Portaria MDIC nº 297/2013, a qual estabelece regulamentação complementar em cumprimento a diversos dispositivos do Decreto nº 7.819/2012, alterado pelo Decreto nº 8.015/2013, que regulamentou o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto).
Os termos do projeto de investimento, de que trata o art. 5º do Decreto nº 7.819/2012, para instalação, no País, de fábrica dos produtos a que se refere o Anexo I do mesmo Decreto, ou, em relação a empresas já instaladas, de novas plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos,
passaram a vigorar na forma dos Anexos da citada Portaria MDIC nº 297/2013.
Para fins dos benefícios fiscais do Inovar-Auto, as alterações ou os ajustes no projeto de investimento aprovado deverão ser comunicados ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e, após análise, poderão ensejar Portaria de Habilitação e Termo de Compromisso aditivos.
A produção de modelo de produto ainda não fabri-cado no País está relacionada a modelo de veículo que nunca obteve o Código de Marca/Modelo/Versão junto ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), como fabricado no País, e cujo requerimento dirigido ao Denatran para concessão do referido código de Marca/Modelo/Versão indicar essa condição.
Nos casos em que a empresa habilitada na moda-lidade prevista no inciso III do art. 2º do Decreto nº 7.819/2012 não for detentora da tecnologia industrial,
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
EStadual
Alíquota aplicável nas operações com
bens e mercadorias importados do
exterior destinados a empresas de
construção civil
Nas operações interestaduais que destinem mercadorias ou serviços a contribuintes do imposto, a alíquota aplicável será de 4%, nas operações com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro:
a) não tenham sido submetidos a processo de in-dustrialização; ou
b) ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, re-novação ou recondicionamento, resultem em
mercadorias ou bens com conteúdo de impor-tação superior a 40%, observado o disposto no Capítulo LXII do Título II do Anexo 6 do RICMS-SC/2001.
Embora a Resolução do Senado Federal nº 13/2012 não especifique que a alíquota de 4% deva ser aplicada somente nas operações entre contribuintes, ao fixar a alíquota o Senado Federal, fez uso de sua competên-cia privativa de fixar a alíquota interestadual do ICMS. Nas operações interestaduais destinadas a consu-midor final localizado em outro Estado, todavia, aplica--se a alíquota interna e não a alíquota interestadual.
Nesse sentido, a alíquota de 4% não é aplicável às operações interestaduais destinadas a consumidor final localizado em outro Estado.
A Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizou resposta à consulta acerca de operações promovidas deverá apresentar, no prazo de até 6 meses contados
a partir da sua habilitação, o contrato de transferência ou licenciamento de tecnologia ou cooperação téc-nica averbado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Na impossibilidade de cumprimento desse prazo, por razões alheias à vontade da empresa habilitada, esta deverá apresentar para avaliação as justificativas que demonstrem tal condição.
Considerando-se o disposto no inciso II do § 1º do art. 13 do Decreto nº 7.819/2012, a empresa reque-rente, para habilitação, deverá apresentar elementos que comprovem o início do projeto de investimento e o cumprimento do cronograma físico-financeiro apresentado.
A renovação da habilitação fica condicionada ao cumprimento do cronograma físico-financeiro do projeto de investimento.
A empresa habilitada ao Inovar-Auto, na modali-dade do inciso III do art. 2º do Decreto nº 7.819/2012, somente poderá ser enquadrada na modalidade do inciso I desse dispositivo mediante a apresentação ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de:
a) Licença de Operação emitida pelo Poder Pú-blico, no exercício de sua competência de controle;
b) Código de Marca/Modelo/Versão junto ao Denatran, comprobatório da produção do veí-culo no País.
O descumprimento do compromisso de produção de novos produtos a que se refere o Anexo I do Decreto nº 7.819/2012, constante do projeto de investimento aprovado, acarretará o cancelamento da habilitação da empresa.
A apuração do crédito presumido do IPI, de que tratam os arts. 13 e 16 do Decreto nº 7.819/2012, está vinculada ao cumprimento do cronograma físico--financeiro constante do projeto de que trata o art. 5º do mesmo Decreto.
A empresa beneficiária deverá apresentar trimes-tralmente relatórios ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, com os valores efetiva-mente realizados, nos termos do Anexo II da Portaria MDIC nº 297/2013.
Os relatórios deverão ser apresentados até o último dia do 2º mês subsequente ao término do trimestre-calendário.
Esse prazo teve início em 02.10.2013, em relação às habilitações já em vigor; no caso de nova habilita-ção, o prazo inicia-se a partir da publicação desta no Diário Oficial da União.
(Decreto nº 7.819/2012; Decreto nº 8.015/2013; Portaria MDIC nº 297/2013)
N
a
IOB Comenta
IPI
e-CaC - Certificado digital
1) Como poderá ser feito o acesso ao Centro Vir-tual de Atendimento ao Cliente (e-CAC) por meio do certificado digital?
No caso de utilização de certificado digital, o acesso ao e-CAC poderá ser feito também:
a) por procurador legalmente habilitado em pro-curação eletrônica outorgada pelo contribuinte; b) pelo representante da empresa responsável
perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurí-dica (CNPJ);
c) pela matriz, no caso de filial; e
d) pela sucessora, no caso de sucedida.
(Instrução Normativa RFB nº 1.077/2010, art. 1º, § 2º)
ICMS/SC
Documentos fiscais - CT-e - MDF-e - Carga-lotação
2) O emitente de Conhecimento de Transporte Ele-trônico (CT-e) poderá emitir o Manifesto EleEle-trônico de Documentos Fiscais (MDF-e) também na carga-lotação?
Sim. O Estado de Santa Catarina autoriza a emis-são de MDF-e na carga-lotação, assim entendida a que corresponda a único conhecimento de transporte.
(RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 71, § 4º, I)
Não incidência - Caracterização - Comercial exportadora - aspectos
3) Quais aspectos devem ser considerados para caracterizar uma empresa como comercial exportadora, para o efeito de se beneficiar da não incidência do ICMS?
Considera-se empresa comercial exportadora:
a) aquela constituída nos termos do Decreto-Lei nº 1.248/1972, inclusive trading company, e que estiver inscrita como tal no Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; b) as demais empresas comerciais que
realiza-rem operações mercantis de exportação, ins-critas no Cadastro de Exportadores e Importa-dores da Secex do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior.
(RICMS-SC/2001, Anexo 6, art. 194, § 2º)
Transportador - autônomo - Tomador
4) Como deve proceder o tomador de serviço ca-tarinense que contratar um transportador autônomo?
Na operação de venda praticada por contribuinte catarinense que contrate transportador autônomo para entregar a mercadoria ao cliente, localizado em outro município ou em outro Estado, na nota fiscal que o remetente emitir para acompanhar a mercadoria, devem ser indicados os seguintes dados relativos à prestação do serviço:
a) o preço do serviço;
b) a base de cálculo do imposto; c) a alíquota aplicável;
d) o valor do imposto retido;
e) a identificação do responsável pela retenção e pelo pagamento do imposto;
f) a declaração “O ICMS sobre a prestação do serviço de transporte de cargas foi retido e será recolhido por substituição tributária - RI-CMS-SC/01 - Anexo 6, art. 124”.
(RICMS-SC/2001, Anexo 6, art. 126)
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por contribuinte catarinense com empresas de cons-trução civil, não contribuinte do ICMS, localizada em outros Estados da Federação. O questionamento é a respeito da adoção da alíquota interestadual de 4% nessas operações.
O regulamento catarinense estabelece que, para efeitos da aplicação da alíquota mencionada, as saídas interestaduais destinadas a empresas de construção civil equiparam-se a saídas a contribuin-tes do ICMS.
Assim a consulta expõe:
A previsão legal restringe sua aplicação tão-somente à condição do destinatário caracterizar-se como empresa de construção civil. Ressalte-se finalmente que eventuais benefícios fiscais, concedidos por meio de regime espe-cial, deverão obedecer à regulamentação própria, nos termos do ato concessório.
Ante o exposto proponho que se responda à consulente que aplica-se a alíquota de 4% (quatro por cento) às opera-ções interestaduais com produtos importados, destinados a empresas de construção civil, nos termos do parágrafo único do artigo 27 do RICMS/SC.
(Resolução SF nº 13/2012; RICMS-SC/2001, art. 27, IV e § 1º; Consulta nº 76/2013)