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Panorama Semanal. Análise Fundamentalista Análise XP. Top Picks. Índice. Estratégia & Portfólio: Payroll no radar...

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Análise Fundamentalista

Panorama Semanal

Estratégia & Portfólio: Payroll no radar...

Análise XP

Top Picks

Racional das alterações:

Nesta semana optamos por fazer novamente um movimento intra-setorial para aproveitar distorções que ocorreram na semana passada. Na última semana reduzimos Estácio e alocamos 10% em Kroton para aproveitar um possível ajuste. O movimento se mostrou certo, uma vez que Kroton outperformou Estácio em quase 3 p.p.. Vamos fazer o movimento contrário esta semana, tirando Kroton da carteira e alocando o percentual em Estácio (nossa preferida do setor), que ficou um pouco para trás, sem motivos específicos. Continuamos otimistas com o setor de Educação como um todo.

Sai: Kroton (KROT3: -10%) Aumenta: Estácio (ESTC3: +10%)

Portfólio final: Cetip (25%), Ambev (20%), Estácio (25%), Itausa (20%), Petrobras (10%).

Visão Macroeconômica

Retrospectiva

A última semana trouxe como destaque o relatório trimestral de inflação, mostrando que o BC não deve fazer novos aumentos na Selic, e reduzindo a projeção do PIB para este ano em 1,6%. No mercado internacional, além da rodada de PMIs ao redor do mundo, chamou atenção a terceira e última leitura do PIB norte-americano, mostrando uma retração de 2,9% no primeiro trimestre deste ano, vindo mais fraco que o esperado de contração de 2,0% e da leitura anterior de 1,0%.

Perspectiva

A semana encerra na quinta-feira com feriado norte-americano e jogo do Brasil na sexta. Apesar de mais curta, teremos dados importante da economia norte-americana, com Chicago PMI e dado do setor imobiliário. Na sequência, novas rodadas de PMIs ao redor do mundo, e, por fim, o relatório de emprego dos EUA referente ao mês de junho. Já no Brasil, vale monitorar dados da produção industrial de maio e mais uma pesquisa eleitoral realizada pela Datafolha.

Destaques na Agenda

Índice

Resumo

Visão Macroeconômica Visão Macroeconômica: Agenda Top Picks: Portfólio Sugerido Top Picks: Estatísticas & Rentabilidade Estudo da Semana

Disclaimer

Dia Hora Local Indicador

30/06/2014 22:00 CHI PMI manufatura 01/07/2014 15:00 BRA Balança comercial mensal 02/07/2014 09:00 BRA Produção industrial (a.m.) 03/07/2014 09:30 EUA Variação na folha de pagamento 04/07/2014 05:10 EUR PMI Varejo zona do euro Markit

Fonte: Bloomberg & Análise XP

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Visão Macroeconômica

Retrospectiva: EUA ainda mostrando fragilidade, com PIB mais fraco do que o esperado.

Como de praxe, o BC divulgou o relatório Focus, chamou atenção as projeções de crescimento da atividade para 2014 e 2015. O crescimento da atividade econômica na última segunda-feira (23/6) saiu de 1,24% para 1,16% e, nesta segunda-feira (30/6), saiu 1,16% para 1,10%, em linha com a nossa visão que tem como teto para o crescimento deste ano 1,0%. Já as projeções para o PIB em 2015 desta semana saíram de 1,60% para 1,50%. Contudo as projeções de inflação permanecem no mesmo patamar altista, para este ano a projeção segue em 6,46% e em 2015 segue em 6,10%, ficando mais próxima do teto de meta de inflação do BC de 6,5%, do que do centro da meta, de 4,5%.

No relatório trimestral de inflação vale destacar o seguinte enunciado: “O Copom avalia que pressões inflacionárias ora presentes na economia – a exemplo das decorrentes dos processos

de realinhamentos de preços citados anteriormente e de ganhos salariais incompatíveis com ganhos de produtividade – tendem a arrefecer ou, até mesmo, a se esgotarem ao longo do horizonte relevante para a política monetária. Em prazos mais curtos, some-se a isso o deslocamento do hiato do produto para o campo desinflacionário. Ainda assim, o Comitê antecipa cenário que contempla inflação resistente nos próximos trimestres, mas, que, mantidas as condições monetárias, tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção.” Com isso, entendemos que a autoridade monetária não deve fazer novos reajustes na taxa básica de juros.

Na agenda internacional tivemos as leituras preliminares dos PMIs. O índice de gerente de compras do setor industrial da China voltou a mostrar expansão neste mês de junho e subiu a 50,8, ante 49,4 visto em maio. Com isso, o PMI industrial alcançou o maior nível em sete meses. Já na Zona do Euro, o PMI mostrou expansão, mas os números vieram mais fracos que o esperado. O índice composto da região de moeda única caiu ao menor nível do ano, a 52,8 em junho, de 53,5 em maio. Na indústria, o PMI perdeu força para 51,9 em junho, de 52,2 em maio. Enquanto que no setor de serviços, o PMI recuou a 52,8, contrariando a expectativa de manutenção em 53,2. Observando as duas maiores economias da Europa, o índice PMI composto da Alemanha caiu a 54,2 em junho, de 55,6 em maio, sendo o resultado mais fraco em oito meses. Na França, os números preliminares do índice PMI registraram a quarta queda mensal consecutiva, com o PMI composto recuando a 48,0 neste mês, de 49,3 em maio, mostrando desaceleração nos setores e sugerindo uma contração no segundo semestre.

Já o grande destaque ficou por conta da última leitura do PIB norte-americano referente ao primeiro trimestre. O índice veio mais fraco que o esperado de 2,0% e mostrou retração de 2,9% no período de janeiro a março deste ano, ante segunda leitura que mostrava contração de 1,0%. Parte desse movimento pode ser explicado pelo tempo ruim que prejudicou as atividades econômicas norte-americana no início do ano. A contração do primeiro trimestre reflete contribuições negativas dos estoques, das exportações, dos investimentos domésticos e estrangeiros, assim como dos gastos dos governos estaduais. Analisando a atividade econômica do país, nota-se que o consumo que é o motor do crescimento, chegou a 1%, mostrando desaceleração em comparação com o último trimestre de 2013, quando havia registrado uma alta de 3,3%. Já os investimentos privados caíram 11,7%, com uma contração do investimento doméstico de 4,2% e um retrocesso do investimento estrutural de 7,7%. As exportações americanas cederam 8,9%, praticamente dissipando o avanço de 9,5% registrado no último trimestre de 2013, enquanto as importações avançaram 1,8%.

Perspectiva: Payroll no radar.

A agenda internacional inicia com a divulgação do Chicago PMI nos Estados Unidos de junho que caiu 62,6, ante alta de 65,5 em abril e ficou abaixo da previsão de 62,9. Em seguida foi a vez de mais um indicador do setor imobiliário, as vendas pendentes de imóveis, que vieram acima do esperado de 1,5%, e subiram 6,1% em maio ante abril.

A terça-feira iniciará com o resultado divulgado pelo HSBC do PMI de serviços da economia chinesa e com a rodada dos PMIs industriais da região da Zona do Euro. E, na quarta-feira, é a vez do PMI de serviços e compostos dessa região. Já na quinta-feira será conhecido o relatório de emprego norte-americano do mês de junho. Espera-se que em junho sejam criadas cerca de 210 mil novas vagas tanto no setor público quanto consolidado, devendo ficar no mesmo nível de maio. Já a taxa de desemprego deve permanecer em 6,3%.

No campo doméstico, vale ficar atento aos números de produção industrial de maio. O resultado deve apontar um fraco desempenho no setor, mostrando uma retração de 0,30%, segundo estimativas. Destaque para o nível elevado dos estoques no setor automotivo que devem permanecer. Contudo, devido à atual conjuntura econômica, com alta taxa de juros, mercado de crédito, restrito, confiança do consumidor com tendência de queda e o cenário no setor de energia, esse desempenho do setor deve permanecer e mostrar um resultado negativo no segundo semestre.

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Visão Macroeconômica: Agenda

Hora Local Indicador

Data Exp.

Ant.

05:00 EUR Oferta monetária M3 (a.a.) Maio 0.8% 0.8%

06:00 EUR IPC principal (a.a.) Jun 0.7% 0.7%

09:30 BRA Balança orçamentária primária Maio -8.4B 16.9B 11:00 EUA Vendas imóveis pendentes (a.a.) Maio -9.6% -9.4%

22:00 CHI PMI manufatura Jun 51.0 50.8

22:45 CHI PMI Manufatura China HSBC Jun 50.8 50.8

-- BRA Abras May Supermarket Sales -- --

--05:00 EUR PMI Manufatura zona do euro Markit Jun 51.9 51.9

06:00 EUR Taxa de desemprego Maio 11.7% 11.7%

10:00 BRA PMI Manufatura Brasil HSBC Jun -- 48.8

10:45 EUA PMI Manufatura EUA Markit Jun 57.5 57.5

11:00 EUA Gastos com construção (a.m.) Maio 0.5% 0.2%

15:00 BRA Balança comercial mensal Jun $2800M $712M

-- EUA Vendas internas de veículos Jun 13.00M 13.11M

-- BRA Taxa de desemprego Maio 5.0% 4.9%

05:00 BRA IPC FIPE - mensal Jun -0.01% 0.25%

06:00 EUR IPP (a.m.) Maio 0.0% -0.1%

09:00 BRA Produção industrial (a.m.) Maio -0.5% -0.3%

09:15 EUA ADP Variação setor empregos Jun 205K 179K

11:00 EUA Pedidos de fábrica Maio -0.3% 0.7%

12:30 BRA Vendas de veículos Fenabrave Jun -- 293383

22:45 CHI PMI Composto China HSBC Jun -- 50.2

-- BRA Índice de preço de commodity (a.m.) Jun -- -1.96% -- BRA Utilização da capacidade CNI (SA) Maio -- 81.1%

05:00 EUR PMI Composto zona do euro Markit Jun 52.8 52.8

06:00 EUR Vendas no varejo (a.a.) Maio 1.8% 2.4%

09:30 EUA Balança comercial Maio -$45.0B -$47.2B

09:30 EUA Variação na folha de pagamento (exc agrícola) Jun 215K 217K

09:30 EUA Variaç em folha pgmto privada Jun 210K 216K

09:30 EUA Taxa de desemprego Jun 6.3% 6.3%

09:30 EUA Média de ganhos por hora (a.m.) Jun 0.2% 0.2% 09:30 EUA Novos pedidos seguro-desemprego jun/28 313K 312K

09:30 EUA Seguro-desemprego jun/21 2570K 2571K

10:00 BRA PMI Composto Brasil HSBC Jun -- 49.8

10:45 EUA PMI Composto EUA Markit Jun -- 61.1

11:00 EUA ISM Composto exceto manufatura Jun 56.3 56.3

05:10 EUR PMI Varejo zona do euro Markit Jun -- 49.9

sexta-feira, 4 de julho de 2014 segunda-feira, 30 de junho de 2014

terça-feira, 1 de julho de 2014

quarta-feira, 2 de julho de 2014

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Top Picks: Portfólio Sugerido

Petrobras (PETR3)

A Petrobras é uma companhia de capital aberto que atua como uma empresa integrada de energia nos seguintes setores: exploração e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, distribuição de derivados, gás natural, energia elétrica, gás-química e biocombustíveis. A companhia tem como acionista majoritário o governo brasileiro.

Itausa (ITSA4)

O grupo foi constituído para centralizar as decisões financeiras e estratégicas de um conjunto de empresas. Atualmente sua composição está, quase exclusivamente, apoiada em Itaú Unibanco (96%). Neste sentido, a melhor definição do ativo e suas perspectivas podem ser obtidas através de uma análise a respeito do banco Itaú Unibanco. O banco enxugou custos e despesas nos últimos trimestres, além de ter realizado aquisições relevantes, como a participação remanescente da Redecard e CorpBanca. Acreditamos que o desempenho continua superando as expectativas do mercado, sendo a melhora performance dentre as instituições financeiras. O banco demonstra que segue em tendência positiva em termos de queda de inadimplência, evolução de sua margem com clientes, custos operacionais sob controle e continuidade do foco em ganhos de eficiência. Principal risco de curto prazo, o julgamento que tramita no STF, pode gerar desconforto e volatilidade no período de investimento. Porém, acreditamos que a instituição dispõe de excesso de capital suficiente para absorver impactos significativos tendo um cenário mais favorável mais favorável para instituições financeiras. Vale ressaltar que consideramos que o ativo se encontra em patamar descontado, se comparado ao seu desempenho operacional (P/E 2014: 7,3 & 2015:6,5). No relativo, o setor em questão torna-se mais atrativo. Em função da evolução em termos de preço dos demais setores do meio financeiro.

Ambev (ABEV3)

Ambev dispensa apresentações. O retorno da mesma à carteira semanal é decorrente do fraco desempenho das ações da companhia na semana e no mês de março. Acreditamos que esse fraco desempenho é decorrente do provável aumento de impostos que entrará em vigor amanhã, dia 1º de abril. Na nossa opinião, as ações da companhia já embutem esse aumento nos impostos. No lado positivo para as ações da companhia, amanhã será divulgada a prévia da carteira teórica do Ibovespa e acreditamos que Ambev deva subir dos atuais 3,8% para 5,3%, um incremento considerável para as ações da companhia. Aliado a isso, o 1T14 apresentou forte crescimento de vendas de bebidas, devido ao clima (calor) e postergação do carnaval para março. Assim, recomendamos exposição ao ativo.

Cetip (CTIP3)

Mercados Organizados é a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de ativos privados do País, desempenhando o papel de integradora do mercado financeiro. Por intermédio da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários, a companhia é líder no Brasil nas atividades de registro, custódia e liquidação de ativos privados de renda fixa - como Certificados de Depósito Bancário (CDB), Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI), Letras Financeiras (LF) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Debêntures, entre outros - e de derivativos de balcão, funcionando como uma solução integrada para estes mercados. Também possui uma plataforma de negociação eletrônica para o mercado secundário de títulos públicos e privados. Realiza ainda processamento de DOCs e liquidação de TEDs. A instituição possui capital disperso. Porém, existem uma série de fatores que podem contribuir para uma performance positiva, no curto prazo, apesar do desempenho relevante no ano (+21%), como: baixa necessidade de capital, resiliência de preços praticados, alta geração de caixa e elevação do payout do ativo.

Estácio (ESTC3)

A Estácio é um dos mais relevantes grupos educacionais do país, com 78 cursos de graduação, mestrado, doutorado e cursos de extensão, para uma base de mais de 330 mil alunos. Atualmente conta com 260 mil alunos presenciais (com forte presença no RJ) e cerca de 70 mil alunos em EAD. Tanto no segmento presencial quanto no EAD, a empresa tem apresentado um crescimento de 2 dígitos em sua base de aluno. A empresa está em um momento de ganhos de margem e melhora operacional, que pode ser observado nos resultados dos últimos trimestres. Recentemente a Estácio adquiriu a UniSEB, marca muito forte em EAD, principalmente no estado de SP. Além do EAD ser um segmento muito promissor (cresce 2 dígitos nos últimos anos), com essa aquisição a Estácio entra em São Paulo, região em que a empresa não tinha uma presença muito forte. Outro ponto a se destacar é o FIES, financiamento oferecido pelo governo e que já está em andamento, proporcionando condições muito atraentes para os alunos, ao mesmo tempo que diminui a evasão e aumenta o ticket médio para as instituições participantes. Das empresas do setor de educação preferimos a Estácio, por se tratar de um case com maior visibilidade quanto aos ganhos de margem e crescimento, ao passo que para Kroton e Anhanguera ainda tem muito trabalho para fazer no curto prazo, com relação a fusão das empresas.

(5)

Top Picks: Estatísticas & Rentabilidade

Rentabilidade (~12:50h) Carteira 11,7 5,7 15,0 1,1 17,8 65,7 - - - -Ibovespa 2,6 -17,7 8,2 -17,3 6,9 -15,9 - - - -dif. p.p. 9,0 p.p. 23,4 p.p. 6,8 p.p. 18,5 p.p. 10,9 p.p. 81,6 p.p. - - - -Carteira -1,3 2,7 11,7 18,1 - - - -Ibovespa -2,5 -0,1 2,9 15,0 - - - -dif. p.p. 1,1 p.p. 2,8 p.p. 8,7 p.p. 3,1 p.p. - - - -*Inicial: Carteira XP 30/4/2009 Carteira 0,59 - -5,2% -22,1% 14,3% 2,3% 39,69 100,00 72,00 0,3% 8,5% -12,5%

TTM: Últimos 12 meses (Traling Twelve months)

Performance: Top Picks

Portfólio semana 4 sem. 26 sem. 52 sem.

Inicial* Portfólio 2014 2013 2012 2011 2010 Maior Retorno Semana Menor Retorno Semana Alpha (TTM) Vol. (TTM) # Sem. # Sem. Positivo # Sem. Negativo Retorno Médio Semana

Estatísticas:Top Picks

Portfólio Beta (TTM) Beta (atual) VaR (TTM) Sharpe (TTM) 70,0 80,0 90,0 100,0 110,0 120,0 130,0

DESEMPENHO 2013

Top Picks Ibovespa

120 140 160 180

DESEMPENHO HISTÓRICO

-8,00 -6,00 -4,00 -2,00 0,00 2,00 4,00 PETR3 ITSA4 IBOV Top Picks ABEV3 CTIP3 ESTC3 KROT3

∆% Semanal

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Estudo da Semana: Atenção ao Nordeste

Zeina Latif

As regiões nordeste e sudeste, que respondem por 26% e 44% do eleitorado respectivamente, são consideradas estratégicas pelos analistas políticos pelo poder de definir eleições presidenciais.

Foi assim em 2010, quando Dilma obteve 71% dos votos válidos do nordeste e 52% no sudeste, enquanto que na soma das demais regiões o quadro foi relativamente neutro, pois Dilma perdeu com margem estreita de 49% dos votos.

As últimas pesquisas eleitorais mostram que a disputa no sudeste será mais difícil para o atual governo, apesar de eventuais divergências de resultados. Pelo Datafolha (3 a 5 de junho), Dilma teria no primeiro turno apenas 26% das intenções de voto na região, enquanto o último Ibope (13 a 15 de junho) indica 34%; resultados bem distintos entre si mesmo levando em consideração a margem de erro das pesquisas. Ainda assim, ambos têm caído e estão bem abaixo do resultado do primeiro turno da eleição de 2010, quando Dilma obteve 40,7% dos votos válidos.

No nordeste, por outro lado, a margem é folgada. A intenção de voto em Dilma está em 48% pelo Datafolha e 52% pelo Ibope, ambos bem acima dos resultados em nível nacional, de 34% e 39%, respectivamente. No entanto, também no nordeste a intenção de voto tem recuado (estava em 59% pelo Datafolha de fevereiro); lembrando que no primeiro turno de 2010, Dilma obteve 61,6% dos votos na região.

Não sem razão, especialistas apontam que a eleição no nordeste será mais competitiva do que no passado, tornando a região ainda mais relevante estrategicamente por conta das dificuldades crescentes do atual governo no sudeste; o que não surpreende à luz do fraco desempenho dos indicadores econômicos da região.

Pela estimativa mensal de PIB calculada pelo Banco Central, a região sudeste é a que mais sofre com o baixo dinamismo econômico do país e a que mais desacelera. O crescimento anual acumulado em 12 meses até março deste ano ficou em 0,8%, bem abaixo da média nacional de 3,1%. A desaceleração desde 2010 é expressiva, pois naquele ano a região registrou crescimento de 7,2%. Sem dúvida a fraqueza da indústria é a principal responsável por este resultado.

É, portanto, um quadro desafiador para a presidente Dilma. A economia fraca pode estar alimentando o desejo de mudança, que atingiu 79% no sudeste em junho. No nordeste os dados são relativamente mais favoráveis, mas basicamente em linha com a média nacional.

O PIB da região cresceu 2,9% nos últimos 12 meses, depois de ter registrado 7% em 2010. O quadro, ainda que modesto, está em linha com o da média do país. E reflete a alta de 3,4% da produção industrial, o aumento de 6,1% no volume de vendas do varejo e de 8,2% na receita nominal de serviços, na mesma comparação. No que tange ao mercado de trabalho, variável central para a aprovação do governo, o quadro não é muito conclusivo. Enquanto a PNAD-contínua, com reduzida série histórica, indica estabilidade da taxa média anual de desemprego no nordeste em 2013 e queda de 9,8% para 9,1% entre os primeiros trimestres de 2013 e 2014, as pesquisas mensais do IBGE e do Dieese mostram uma inflexão. Pelo Dieese, que tem pesquisa mais ampla, a taxa a média anual ponderada para Fortaleza, Recife e Salvador está em 9,7% em abril deste ano ante 9,5% há um ano e também no fechamento de 2010, depois de ter atingido a mínima de 8,6% em agosto de 2011. Nada favorável.

Apenas pelo retrato atual dos indicadores macroeconômicos não se justificaria o grande diferencial de intenção de voto em Dilma no nordeste em relação à média do país. Mas isso não é novidade. Já se observou algo assim em 2010.

A diferença é que o filme hoje não é tão favorável quanto no passado. A região colheu muitos frutos com aumento do crédito e do consumo das famílias, principalmente entre 2005/07, e apresentou maior resiliência na crise de global de 2008/09. Agora, há uma desaceleração em curso da economia nordestina, que pode explicar a queda da taxa de aprovação da presidente – de 49% em fevereiro para 41% agora - e o aumento do desejo de mudança - em 67% pelo Datafolha. A ideia que os programas assistenciais seriam garantia de voto não parece tão clara, pois eles não têm evitado o possível aumento do desemprego na região. Frear o recuo da intenção de voto no nordeste e manter larga vantagem na região é essencial para Dilma, tendo em vista o ambiente mais competitivo no sudeste. O nordeste poderá ser importante campo de batalha. A vitória já é esperada, mas o que importa é o saldo de gols.

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