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Panorama Semanal. Análise Fundamentalista Análise XP. Top Picks. Índice. Estratégia & Portfólio: No radar, Copom e payroll...

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Análise Fundamentalista

Panorama Semanal

Estratégia & Portfólio: No radar, Copom e payroll...

Análise XP

Top Picks

Racional das alterações:

Optamos pela retirada de MRV devido a forte performance em apenas 1 semana. Julgávamos que as ações embutiam um pessimismo excessivo, assim, resolvemos incluí-la na carteira na segunda passada. Nesse período, a MRV apresentou um desempenho de +7%, enquanto que o Ibovespa +4%. Resolvemos retornar para a Even, um ativo que apresenta um desconto maior. A Even está negociando a múltiplos extremamente atraentes. A empresa reportou um bom resultado operacional e o ano de 2014 tende a ser positivo para a companhia, que segue negociando a 4,8x P/E 2014E e 0,8x P/BV. Assim, acreditamos que as ações da Even possam apresentar um desempenho superior ao Ibovespa na nossa Top Pick, pois havíamos retirado apenas para um movimento tático em MRV, que se mostrou acertado. Optamos pela retirada de Lojas Americanas (LAME4), pois ela apresentou elevado desempenho (+17,6%) no período, enquanto que o Ibovespa apresentou elevação de 10,3% no mesmo período. Reportou resultado operacional acima do esperado. Continuamos gostando do ativo no setor de varejo, porém, acreditamos que existam outros ativos que possam apresentar um desempenho melhor. Para compor o portfólio optamos, também, por Ambev. Observamos um fraco desempenho das ações da companhia na semana e no mês de março e acreditamos que seja decorrente do provável aumento de impostos que entrará em vigor amanhã, dia 1º de abril. Na nossa opinião, as ações da companhia já embutem esse aumento nos impostos. No lado positivo para as ações da companhia, amanhã será divulgada a prévia da carteira teórica do Ibovespa e acreditamos que Ambev deva subir dos atuais 3,8% para 5,3%, um incremento considerável para as ações da companhia. Aliado a isso, o 1T14 apresentou forte crescimento de vendas de bebidas, devido ao clima (calor) e postergação do carnaval para março.

Sai: MRV (MRVE3) e Lojas Americanas (LAME4) Entra: Even (EVEN3) e Ambev (ABEV3)

Portfólio: BB Seguridade (20%), Ambev (20%), Even (20%), Itaúsa (20%), Bradespar (20%).

Visão Macroeconômica Retrospectiva

Semana marcada por uma agenda internacional fraca, com foco na economia local. Por aqui, foram divulgados dados do mercado de trabalho, resultado consolidado do setor público e o relatório trimestral de inflação do Banco Central, além da pesquisa de avaliação do atual governo. Lá fora, tivemos a terceira e última leitura do PIB do quarto trimestre dos Estados Unidos.

Perspectiva

Semana recheada, com diversos indicadores econômicos mundiais no radar. No Brasil, quarta-feira é dia de COPOM, com a decisão da política monetária. Já no mercado internacional, chama atenção a agenda pesada dos Estados Unidos que, além de trazer o relatório de emprego e a taxa de desemprego, traz dados da balança comercial, ISM, PPI e discurso da chairwoman do Fed, Janet Yellen. Já na Zona do Euro, os destaques ficam por conta da reunião do Banco Central Europeu e índices de atividade econômica. Na Ásia, o destaque fica por conta da reunião do Banco Central da Austrália e Índia. Além da rodada de PMIs do setor industrial e de serviços ao redor do mundo.

Destaques na Agenda

Índice

Resumo

Visão Macroeconômica Visão Macroeconômica: Agenda Top Picks: Portfólio Sugerido Top Picks: Estatísticas & Rentabilidade Estudo da semana

Disclaimer

William Castro Alves Analista, CNPI

Dia Hora Local Indicador

31/03/2014 22:00 CHI PMI manufatura 01/04/2014 10:00 BRA PMI Manufatura Brasil HSBC 02/04/2014 -- BRA Taxa Selic 03/04/2014 09:30 EUA Seguro-desemprego 04/04/2014 10:30 BRA Produção/Vendas de veículos Anfavea

Fonte: Bloomberg & Análise XP

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Visão Macroeconômica

Retrospectiva: cenário nada favorável para Dilma.

Semana marcada por uma agenda internacional fraca, com foco na economia local. Por aqui, foram divulgados dados do mercado de trabalho, resultado consolidado do setor público e o relatório trimestral de inflação do Banco Central, além da pesquisa de avaliação do atual governo. Lá fora, tivemos a terceira e última leitura do PIB do quarto trimestre dos Estados Unidos.

No Brasil, tivemos dados do mercado de trabalho com a pesquisa mensal de emprego, que trouxe um aumento de 5,1% em fevereiro, ante resultado de 4,8% visto em janeiro. O resultado ficou abaixo da taxa observada em fevereiro de 2013, de 5,6%. O total de pessoas ocupadas mostrou estabilidade no último mês. Já a população economicamente ativa (PEA) voltou a mostrar recuo em fevereiro, em -0,4%. A redução da PEA é o que justifica a baixa taxa de desemprego, mesmo em um cenário de fraca evolução do estoque de ocupados. Sobre a remuneração do trabalho, o rendimento médio real habitual ficou em 3,1%, sendo superior ao mesmo mês do ano passado. Apesar de ficar abaixo da taxa vista em janeiro de 3,6%, ainda é bastante significativo.

O resultado do setor público consolidado mostrou um superávit primário de R$ 2,130 bilhões em fevereiro. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperava de um déficit de R$ 1,5 bilhão a um superávit de R$ 2,5 bilhões. O esforço fiscal foi composto por um déficit de R$ 3,389 bilhões do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social). Já os governos regionais (estados e municípios) contribuíram com um superávit de R$ 5,468 bilhões no mês. Os Estados registraram um superávit de R$ 4,107 bilhões, enquanto os municípios tiveram um resultado de R$ 1,360 bilhão, já as estatais tiveram superávit primário de R$ 52 milhões.

O esforço fiscal do setor público caiu nos primeiros dois meses deste ano em relação ao mesmo período de 2013. As contas do setor público acumulam, até fevereiro, um superávit primário de R$ 22,052 bilhões, o equivalente a 2,73% do PIB. No mesmo período do ano passado, o superávit primário era maior de R$ 27,220 bilhões ou 3,66% do PIB. O resultado do governo central no 1º bimestre mostra uma maior necessidade de elevação do contingenciamento do orçamento, caso as receitas não surpreendam positivamente no 2º bimestre e/ou as despesas não cedam.

Já na quinta-feira, o Banco Central divulgou o relatório trimestral de inflação e a CNI/Ibope divulgou a primeira pesquisa neste ano de avaliação do governo Dilma Rousseff. O relatório veio em um tom mais hawkish, devendo continuar com um aumento na taxa de juros de 0,25 p.p. na próxima reunião. O Comitê avaliou que a dinâmica salarial ainda está gerando pressão inflacionária e que as pressões nos produtos in natura se manifestam, mesmo que transitório, causando efeitos secundários que devem ser limitados pelos efeitos da política monetária. A projeção para o PIB caiu de 2,3% para 2,0%. Enquanto a inflação (IPCA) deste ano, subiu para 6,2%, ante 5,6% e, para 2015, saiu de 5,3% para 5,5%.

Já a pesquisa de avaliação do governo Dilma mostrou uma queda na aprovação, saiu de 43% para 36%. Vale ressaltar que o período em que foi realizada a pesquisa foi entre os dias 14 e 17 de março, antes do rebaixamento de raiting da S&P e também antes de todo o escândalo com a Petrobras. O percentual da população que avalia o governo como ótimo ou bom caiu 7 p.p., enquanto o número de pessoas que avaliam como ruim e péssimo subiu de 20% para 27%. A aprovação do governo por área de atuação também caiu. Os setores de saúde e segurança pública mostraram as maiores desaprovações da atuação do governo, com 77% e 76%, respetivamente. Essa pesquisa fez o mercado doméstico andar e a Bolsa sustentou sete dias de alta. Este ano teremos eleição, vale monitorar as agendas das pesquisas de avaliação do governo e de intenção de votos ao longo do ano.

Já no cenário internacional tivemos a divulgação da terceira e última leitura do PIB. A economia dos Estados Unidos cresceu mais no quarto trimestre de 2013, após revisão. O PIB do país teve expansão a uma taxa anualizada de 2,6% no período, em vez de 2,4% como o informado anteriormente. A revisão de alta foi dada principalmente devido ao comércio americano, com o gasto do consumidor tendo a maior alta em três anos, ao subir a uma taxa anualizada de 3,3% nos três últimos meses de 2013. Mesmo com o dado revisado, o desempenho econômico no trimestre final do ano passado foi inferior aquele registrado nos três meses antecedentes, quando o PIB americano cresceu 4,1%. Em nossas estimativas, a economia norte-americana deverá crescer em torno de 2,0%.

Já o número de novos pedidos de seguro-desemprego no país caiu em 10 mil na semana encerrada em 22 de março. O resultado veio mais baixo desde novembro passado e também acabou inferior àquele previsto por alguns economistas, que esperavam uma marca de 325 mil. Já no setor imobiliário, as vendas pendentes de casas nos Estados Unidos recuaram pelo oitavo mês consecutivo. O índice que mede esse desempenho cedeu 0,8% entre janeiro e fevereiro deste ano, para 93,9, e diminuiu 10,5% perante fevereiro de 2013.

Perspectiva: no radar, Copom e payroll.

Semana recheada, com diversos indicadores econômicos mundiais no radar. No Brasil, quarta-feira é dia de COPOM, com a decisão da política monetária. Já no mercado internacional, chama atenção a agenda pesada dos Estados Unidos que, além de trazer o relatório de emprego e a taxa de desemprego, traz dados da balança comercial, ISM, PPI e discurso da chairwoman do Fed, Janet Yellen. Já na Zona do Euro, os destaques ficam por conta da reunião do Banco Central Europeu e índices de atividade econômica. Na Ásia, o destaque fica por conta da reunião do Banco Central da Austrália e Índia. Além da rodada de PMIs do setor industrial e de serviços ao redor do mundo.

Por aqui, a decisão de política monetária deve mostrar mais um reajuste de 0,25 p.p. na taxa básica de juros, levando a Selic a 11% ao ano. Mesmo com a redução do ritmo do aperto monetário, de 0,50 p.p. para 0,25 p.p., a última ata do Copom reforçou a ideia de que o processo de ajustamento das condições monetárias deverá continuar devido à resistência da inflação ser mais intensa do que o esperado. Já para as próximas reuniões, o reajuste na taxa de juros não está dado e o Banco Central está disposto a aumentar a Selic. Com isso, deve-se monitorar a agenda e o quadro econômico ao longo desse ano, a fim de conseguir antecipar qual o rumo da política monetária. Nossas análises mostram que o processo do ciclo de aperto monetário está próximo ao fim.

Ainda na economia doméstica, na quinta-feira, conheceremos os dados da produção industrial de fevereiro. Os indicadores coincidentes sugerem que a indústria deve mostrar um resultado novamente positivo, entretanto não há razão para euforia, dado que o cenário continua ruim, com baixa competitividade, ambiente de exportações desfavorável e a demanda doméstica ainda está deteriorada quando comparado com os anos anteriores.

Já no ambiente internacional, o grande destaque fica por conta do payroll na sexta-feira. O relatório de emprego americano de março deve mostrar uma melhora. Após a Ata do Fomc afastar temores de que o mercado de trabalho aquecido poderia causar uma mudança da condução da política monetária, a taxa de desemprego deve ficar no patamar de 6,6%.

Na Zona do Euro, o destaque fica por conta da leitura preliminar da inflação. A taxa anual de inflação da zona do euro atingiu em março seu menor nível desde novembro de 2009, realimentando temores quanto ao quadro de deflação na região. O índice de preços ao consumidor (CPI) ficou abaixo das estimativas de 0,6% e subiu 0,5% em maro ante igual mês do ano passado, permanecendo bem abaixo da meta de inflação, que é de uma taxa ligeiramente abaixo de 2%. Na quinta-feira, o Banco Central Europeu trará a decisão da política monetária, após o número de inflação, a expectativa é de que a autoridade monetária adote mais estímulos econômicos.

(3)

Visão Macroeconômica: Agenda

Hora Local Indicador

Data Exp.

Ant.

06:00 EUR IPC principal (a.a.) Mar 0,008 0,01

10:00 EUA ISM Milw aukee Mar 51 48,59

10:45 EUA Índ Purchasing Mgr Chicago Mar 59,5 59,8

11:00 EUA U.S. Releases Annual Wholesale Inventory and Sales Revisions-- --

--11:30 EUA Atividade manuf Fed Dallas Mar 2,5 0,3

22:00 CHI PMI manufatura Mar 50,1 50,2

22:45 CHI PMI Manufatura China HSBC Mar 48,1 48,1

-- BRA CNI Consumer Confidence Mar -- 108,8

08:00 BRA IPC-S IPC FGV mar/31 0,0081 0,0083

09:00 BRA Fabricação PPI (a.m.) Fev -- 0,015

10:00 BRA PMI Manufatura Brasil HSBC Mar -- 50,4

10:45 EUA PMI Manufatura EUA Markit Mar 55,9 55,5

11:00 EUA Manufaturados ISM Mar 54 53,2

11:00 EUA Gastos com construção (a.m.) Fev 0,001 0,001

11:00 EUA IBD/TIPP Otimismo econômico Abr 46 45,1

15:00 BRA Balança comercial mensal Mar $100M -$2125M

15:00 BRA Total de exportações Mar $17925M $15934M

15:00 BRA Total de importação Mar $18200M $18059M

-- EUA Vendas internas de veículos Mar 12.30M 11.98M

-- EUA Total de vendas Mar 15.80M 15.27M

05:00 BRA IPC FIPE - mensal Mar 0,0078 0,0052

06:00 EUR IPP (a.m.) Fev 0 -0,003

08:00 EUA MBA-Solicitações de empréstimos hipotecários mar/28 -- -0,035

09:00 BRA Produção industrial (a.m.) Fev 0,005 0,029

09:15 EUA ADP Variação setor empregos Mar 190K 139K

11:00 EUA Pedidos de fábrica Fev 0,012 -0,007

11:30 BRA Vendas de veículos Fenabrave Mar -- 259357

22:45 CHI PMI Composto China HSBC Mar --

---- BRA Taxa Selic Abr 2 0,11 0,1075

-- BRA Utilização da capacidade CNI (SA) Fev -- 0,827

05:30 EUR PMI Composto UE Markit Mar -- 54,5

06:00 EUR Vendas a varejo (a.m.) Fev -0,005 0,016

08:30 EUA Challenger redução postos de trabalho (a.a.) Mar -- -0,244

08:30 EUA Índice panorama consumidor RBC Abr -- 51,8

08:45 EUR BCE - taxa de refinanciamento Abr 3 0,0025 0,0025

08:45 EUR Taxa de facilidade de depósito BCE Abr 3 0 0

09:30 EUA Balança comercial Fev -$38.5B -$39.1B

09:30 EUA Seguro-desemprego mar/22 2850K 2823K

10:00 BRA PMI Composto Brasil HSBC Mar --

--10:45 EUA PMI Composto EUA Markit Mar -- 55,8

05:10 EUR PMI Varejo zona do euro Markit Mar --

--09:30 EUA Variação na folha pgto de manufaturados Mar 6K 6K

09:30 EUA Taxa de desemprego Mar 0,066 0,067

09:30 EUA Média de ganhos por hora (a.m.) Mar 0,002 0,004

09:30 EUA Variação de emprego de famílias Mar -- 42

10:30 BRA Produção de veículos Anfavea Mar -- 281452

10:30 BRA Vendas de veículos Anfavea Mar -- 259328

10:30 BRA Exportações de veículos Anfavea Mar -- 28843

-- BRA Serasa Retail Activity -- --

--sexta-feira, 4 de abril de 2014 segunda-feira, 31 de março de 2014

terça-feira, 1 de abril de 2014

quarta-feira, 2 de abril de 2014

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Top Picks: Portfólio Sugerido

BB Seguridade (BBSE3)

A instituição representa um agregado de instituições focadas em produtos no mercado de seguros (BB Seguros), corretagem (BB corretora) e resseguros (IRB-Brasil). A empresa é bastante lucrativa, devido a baixa necessidade de investimentos, capilaridade e ampla capacidade de expansão a partir da baixa penetração na base de cliente do Banco do Brasil e no mercado incipiente brasileiro. Vale ressaltar que o anuncio de criação de uma nova instituição financeira por parte do BB e Banco Postal é considerada uma nova possibilidade de expansão para suas operações. Devido as cerca de 6 mil agências do Banco Postal, presentes em todo o pais. Sendo assim, adicionamos o ativo na carteira semanal em função do resultado trimestral divulgado acima das expectativas, patamar de preço considerado atrativo (P/E 2014e 15x) e fraco desempenho de curto prazo. Criando assim uma boa oportunidade de investimento para criação de valor no curto prazo.

Itaúsa (ITSA4)

O grupo foi constituído para centralizar as decisões financeiras e estratégicas de um conjunto de empresas. Atualmente sua composição está, quase exclusivamente, apoiada em Itaú Unibanco (96%). Neste sentido, a melhor definição do ativo e suas perspectivas podem ser obtidas através de uma análise a respeito do banco Itaú Unibanco. O banco enxugou custos e despesas nos últimos trimestres, além de ter realizado aquisições relevantes, como a participação remanescente da Redecard e CorpBanca. Acreditamos que o desempenho divulgado no 4º trimestre superou as expectativas do mercado, sendo a melhora performance dentre as instituições financeiras. O banco demonstra que segue em tendência positiva em termos de queda de inadimplência, evolução de sua margem com clientes, custos operacionais sob controle e continuidade do foco em ganhos de eficiência. Principal risco de curto prazo, o julgamento que tramita no STF, pode gerar desconforto e volatilidade no período de investimento. Seguimos em uma visão conservadora com relação ao efeitos que este evento binário pode proporcionar ao sistema financeiro nacional. Porém, acreditamos que a instituição dispõe de excesso de capital suficiente para absorver impactos significativos. Vale ressaltar o desconto relevante com relação ao valor de mercado da soma de suas participações, atingindo 21% em 31/01/2014.

Ambev (ABEV3)

Ambev dispensa apresentações. O retorno da mesma à carteira semanal é decorrente do fraco desempenho das ações da companhia na semana e no mês de março. Acreditamos que esse fraco desempenho é decorrente do provável aumento de impostos que entrará em vigor amanhã, dia 1º de abril. Na nossa opinião, as ações da companhia já embutem esse aumento nos impostos. No lado positivo para as ações da companhia, amanhã será divulgada a prévia da carteira teórica do Ibovespa e acreditamos que Ambev deva subir dos atuais 3,8% para 5,3%, um incremento considerável para as ações da companhia. Aliado a isso, o 1T14 apresentou forte crescimento de vendas de bebidas, devido ao clima (calor) e postergação do carnaval para março. Assim, recomendamos exposição ao ativo.

Bradespar (BRAP4)

Bradespar é uma holding que administra investimentos do Bradesco em empresas não Financeiras. O objetivo da empresa é buscar a valorização do patrimônio de seus acionistas a partir do investimentos em outras companhias. Os atuais investimentos da Bradespar são: 92,6% do total estão investidos nas ações de Vale (91,6% nas ON e 0,96% nas PNA’s); e os demais 7,4% em ações da CPFL Energia. O valor de mercado das participações de Bradespar, descontada de sua dívida líquida remonta . Quando descontamos a divida líquida (divida bruta menos seu caixa) da Bradespar, chegamos a um montante de R$ 10,585 bilhões ao passo que o valor de bolsa é de R$ 6,774 bilhões, ou seja, um desconto de 36% sobre o valor de mercado dos ativos. Esse é um dos motivos que nos levam a recomendar suas ações, uma vez que o desconto médio observado ao longo de anos se situou entre 15% e 20%. Logo entendemos que as atuais condições de mercado exacerbaram esse desconto de forma injustificada. Nos últimos 12 meses as ações de Bradespar acumulam queda de 25% ao passo que VALE5, 16%, o que reforça nossa ideia de exagero do mercado. Entendemos que isso se refere as especulações em torno da renovação de acordo de acionistas da Valepar (controladora da Vale a qual a Bradespar faz parte) que data 2017. Isso levanta especulações de que a Bradespar poderia elevar sua participação na Vale comprando mais participação, supostamente advinda de uma redução da Previ, mas com certo prêmio, o que poderia reduzir seu pagamento de dividendos inclusive. Refutamos tal ideia e entendemos que tais especulações criaram oportunidade de investir nesse veículo de exposição a Vale de forma indireta. Entendemos que se expor a Bradespar é comprar ações de uma empresa com um interessante yield de 7% (estimado para 2014), que negocia numa relação de 0,7x Patrimônio, e que se expõe essencialmente a Vale.

Even (EVEN3)

A Even atua nas regiões metropolitanas nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, voltada para empreendimentos residenciais dos segmentos acessível e emergente, através da marca Open e dos segmentos médio, médio-alto e alto, por meio da marca Even. Vale ressaltar que a companhia possui uma atuação verticalizada, executando todas as etapas do processo, desse a prospecção do terreno, incorporação e vendas, até a construção e financiamento ao cliente. A Even está negociando a múltiplos extremamente atraentes. A empresa reportou um bom resultado operacional e o ano de 2014 tende a ser positivo para a companhia, que segue negociando a 4,8x P/E 2014E e 0,8x P/BV. Assim, acreditamos que as ações da Even podem apresentar um desempenho superior ao Ibovespa na nossa Top Pick, havíamos retirado apenas para um movimento tático em MRV, que se mostrou acertado.

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Benção disfarçada

Zeina Latif

Por trás dos complexos modelos das agências de classificação de risco, uma variável se destaca: o PIB.

Sua importância pode ser direta, pela taxa de crescimento, ou indireta pela sua influência sobre variáveis associadas à solvência externa e fiscal do país, como o déficit em transações correntes e os indicadores fiscais - déficit e dívida pública. Por exemplo, o baixo crescimento do PIB acaba gerando queda de arrecadação tributária e incentivos ao aumento de despesas públicas, piorando os resultados fiscais.

Assim, o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela S&P, no fim do dia, reflete a decepção com o crescimento do Brasil e, mais do que isso, a avaliação de que o governo não dispõe de instrumentos para alterar o quadro rapidamente.

Como a S&P fez este movimento em um ano eleitoral, é provável que avalie que qualquer que seja o próximo presidente, ele terá grandes dificuldades para consertar o motor avariado do crescimento e ajusta-lo para acelerar o país, propondo uma agenda econômica crível em um horizonte de tempo previsível. A S&P não está julgando crenças e ideologia do governo ou sua política econômica em si, mas sim avaliando seus resultados efetivos. Não há uma viés ideológico da S&P ou das demais agências. Há a constatação dos resultados obtidos.

As agências de classificação de risco não condenaram a combinação de estímulo ao consumo feito nos últimos anos com paralela redução das taxas de juros, que era considerado pelo governo como solução para destravar investimentos. Tampouco as agências se manifestaram contrariamente às diversas políticas setoriais feitas tanto via orçamento e bancos públicos como via proteção a setores, como as políticas de conteúdo nacional.

As agências começaram a criticar o país quando as políticas econômicas vieram acompanhadas de opacidade das contas públicas e, finalmente, quando ficou claro que não só a política econômica falhava em gerar crescimento, como também começava a causar o encolhimento do potencial de crescimento do país.

Como agravante, dúvidas se acumulam. O mercado discute qual será a agenda de Dilma no eventual segundo mandato. Não há clareza sobre isso. Só poucas apostas sem qual qualquer convicção. Se nem a política econômica pode ser vislumbrada, o que dizer de uma agenda de reformas? Atualmente, um ano é longo prazo.

Alguns passos foram dados na direção correta, ainda que muitas vezes de forma ruidosa e atrapalhada: a agenda de concessões de infraestrutura, a reorientação da política monetária e o anúncio da meta de superávit primário de 1,9% do PIB. Ajudam, mas são insuficientes para eliminar as várias distorções criadas nos últimos anos no sistema econômico e para dar maior visibilidade em um horizonte nebuloso. Fomos jogados em um equilíbrio inferior, com inflação mais alta e crescimento mais baixo, e não estamos conseguindo reagir à altura do desafio. Mantém-se assim o ceticismo.

E como se não bastasse, surge o temor do racionamento de energia, se não neste ano, no próximo.

Controle de tarifas públicas, políticas de estímulo equivocadas que sobrevivem e esqueletos fiscais que estão se formando são elementos que asfixiam a capacidade de entregar bons resultados fiscais e de reduzir a inflação tempestivamente.

As dificuldades da Petrobras, com efeitos perversos de toda ordem – impactos setoriais, nos indicadores fiscais, na balança comercial, nas expectativas inflacionárias, nos investimentos, na confiança dos investidores – deveriam ter sido gatilho para ajustar preços de derivados de forma mais ativa. Da mesma forma, o risco de desequilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica deveria ter impedido o adiamento de recomposição de tarifas de energia via as chamadas bandeiras tarifárias, cuja implantação estava prevista para 2014.

A fórmula de subir juros para corrigir excessos da política econômica tem limites. Não consegue dar conta de tantas distorções, podendo até trazer mais dificuldades se em dose exagerada. Não à toa a S&P critica o mix de política econômica. Elevar juros é uma política de fácil execução, ao contrário do aperto fiscal, que esbarra em maiores dificuldades. No entanto, seu custo é elevado. Enquanto isso, a contração fiscal, na altura do campeonato, ajudaria o país a crescer. A boa notícia é que o rebaixamento da nota de credito do pais poderá contribuir para uma renovação da agenda econômica, pois o não ajuste tornará a fatura ainda mais cara.

A avaliação das agências reflete a frustração com os resultados, inclusive pelo próprio governo. Apesar de críticas aqui e ali às agências de classificação de risco, o fato é que o rebaixamento da nota reflete uma vulnerabilidade do país. Reconhecer isso ao invés de desqualificar a agência é um teste de amadurecimento.

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Top Picks: Estatísticas & Rentabilidade

Rentabilidade (~12:10h) Carteira 2,4 5,7 15,0 1,1 17,8 52,0 - - - -Ibovespa -2,7 -17,7 8,2 -17,3 6,9 -20,3 - - - -dif. p.p. 5,1 p.p. 23,4 p.p. 6,8 p.p. 18,5 p.p. 10,9 p.p. 72,3 p.p. - - - -Carteira 5,4 11,5 1,8 -1,5 - - - -Ibovespa 4,4 5,8 -8,2 -8,6 - - - -dif. p.p. 1,0 p.p. 5,7 p.p. 10,0 p.p. 7,1 p.p. - - - -*Inicial: Carteira XP 30/4/2009 Carteira 0,59 - -5,2% -22,1% 14,3% 2,3% 39,69 100,00 72,00 0,3% 8,5% -12,5%

TTM: Últimos 12 meses (Traling Twelve months)

Maior Retorno Semana Menor Retorno Semana Alpha (TTM) Vol. (TTM) # Sem. # Sem. Positivo # Sem. Negativo Retorno Médio Semana

Estatísticas:Top Picks

Portfólio Beta (TTM) Beta (atual) VaR (TTM) Sharpe (TTM) Portfólio semana 4 sem. 26 sem. 52 sem.

Inicial* Portfólio 2014 2013 2012 2011 2010

Performance: Top Picks

70 80 90 100 110 120

DESEMPENHO 2013

Top Picks Ibovespa

60 80 100 120 140 160 180

mai-10 dez-10 jul-11 fev-12 set-12 abr-13

DESEMPENHO HISTÓRICO

Top Picks Ibovespa

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 BRAP4 IBOV ITSA4 BBSE3 Top Picks LAME4 MRVE3

∆% Semanal

(7)

Disclaimer

1. O atendimento de nossos clientes pessoas físicas e jurídicas (não institucionais) é realizado por agentes de investimento. Todos os agentes de investimento que atuam através da XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos Corretora”) encontram-se devidamente registrados na Comissão de Valores Mobiliários. A relação completa de agentes de investimento da XP Investimentos Corretora pode ser consultada no site http://www.cvm.gov.br > Agentes Autônomos > Relação dos Agentes Autônomos contratados por uma Instituição Financeira > Corretoras > XP Investimentos e no site http:// www.xpi.com.br, da XP Investimentos. Na forma da legislação da CVM, o agente autônomo de investimento não pode administrar ou gerir o patrimônio de investidores. O agente de investimento é um intermediário e depende da autorização prévia do cliente para realizar operações no mercado financeiro.

2. Este relatório foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (´XP Investimentos Corretora´) e tem como único propósito fornecer informações que possam ajudar o investidor a tomar sua decisão de investimento. Este relatório não constitui oferta ou solicitação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data da divulgação deste relatório e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis.

3. O analista de investimento responsável pela elaboração deste relatório, em conformidade ao artigo 17, I, da Instrução Normativa CVM n. 483/10, declara que as recomendações expressas neste relatório refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais e foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à pessoa ou a instituição à qual está vinculado.

4. O analista de investimento está indiretamente envolvido na intermediação dos valores mobiliários objeto deste relatório, em conformidade ao artigo 17, II, c, da Instrução Normativa CVM n. 483/10. 5. A remuneração do analista de investimento responsável por este relatório é indiretamente influenciada pelas receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela pessoa a que esteja vinculado, em conformidade ao artigo 17, II, e, da Instrução Normativa CVM n, 483/10.

6. Os instrumentos financeiros discutidos neste relatório podem não ser adequados para todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de cada investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A rentabilidade de instrumentos financeiros pode apresentar variações, e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste relatório em relação a desempenhos futuros. A XP Investimentos Corretora se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo.

7. Este relatório não pode ser reproduzido ou redistribuído para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento por escrito da XP Investimentos Corretora. Informações adicionais sobre os instrumentos financeiros discutidos neste relatório se encontram disponíveis quando solicitadas.

8. A Ouvidoria da XP Investimentos Corretora tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. Para contato, ligue 0800 722 3710.

9. O custo da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da Corretora: www.xpi.com.br. 10. Inexistem situações de conflitos de interesses entre a XP Investimentos e a utilização desse produto.

11. Este relatório é baseado na avaliação dos fundamentos de determinadas empresas e dos diferentes setores da economia. A análise do ativo objeto do relatório utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento. 12. Este produto é indicado, sobretudo, a investidores cujo perfil haja sido definido como Moderado, Moderado-agressivo, Agressivo, de acordo com a Política de Suitability empregada pela XP Investimentos.

13. Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, dependendo das cotações nos mercados. O investimento em ações é um investimento de risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. O patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto.

Referências

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