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XVIII Congresso Brasileiro de Automática / 12 a 16 de Setembro 2010, Bonito-MS. ISBN

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IMPLEMENTA ¸C ˜AO DE UM SISTEMA DE AQUISI ¸C ˜AO DE DADOS E CONTROLE

DE UMA C´ELULA A COMBUST´IVEL DE MEMBRANA POLIM´ERICA

Leonardo S. Caixeta, Marcos V. Moreira, Jo˜ao C. Basilio COPPE - Programa de Engenharia El´etrica

Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Emails: leonardo@ares.ind.br, moreira@dee.ufrj.br, basilio@dee.ufrj.br

Abstract— The polymer electrolyte membrane fuel cell is a clean and efficient energy conversion device that has several applications on the field of engineering. Static and dynamic mathematical models can be found in the literature, developed with the view to designing and evaluating the performance of fuel cell systems. Several of these models are semi-empirical, namely, experimental data are necessary in order to compute its parameters by using an identification method. In this work, a data acquisition and control system for a single polymer electrolyte fuel cell is presented. The main objective of this system is to generate sufficient data to obtain the parameters of a model that is suitable for evaluating the performance of the fuel cell system.

Keywords— PEM fuel cell, Modeling, Energy Conversion.

Resumo— A c´elula a combust´ıvel de membrana polim´erica ´e um alternativa n˜ao poluente e eficiente de convers˜ao de energia, com aplica¸c˜oes em diversas ´areas da engenharia. Modelos est´aticos e dinˆamicos podem ser encontrados na literatura desenvolvidos com o objetivo de projetar e analisar o desempenho de sistemas de c´elula a combust´ıvel. V´arios desses modelos s˜ao semi-emp´ıricos, ou seja, requerem dados experimentais para que os seus parˆametros sejam obtidos por algum m´etodo de identifica¸c˜ao. Neste trabalho, um sistema de aquisi¸c˜ao de dados e controle para uma c´elula unit´aria de membrana polim´erica ´e apresentado. O objetivo principal deste sistema ´e gerar dados suficientes para que os parˆametros de um modelo em regime permanente apropriado para avalia¸c˜ao do desempenho de um sistema de c´elula a combust´ıvel sejam obtidos.

Keywords— C´elula a combust´ıvel de membrana polim´erica, Modelagem, Convers˜ao de Energia. 1 Introdu¸c˜ao

Uma c´elula a combust´ıvel ´e um dispositivo eletro-qu´ımico que combina oxigˆenio e hidrogˆenio, com a ajuda de catalisadores, para produzir eletricidade (Lee e Lalk, 1998). Entre os diversos tipos de c´elulas a combust´ıvel existentes, a c´elula a combust´ıvel com membrana trocadora de pr´otons, tamb´em conhecida como c´elula a combust´ıvel de membrana polim´erica (PEM - do inglˆes Polymer Electrolyte Membrane), ´e atualmente um dos tipos mais desenvolvidos. A c´elula do tipo PEM possui alta confiabilidade, alta eficiˆen-cia (entre 40 e 60%), trabalha a temperaturas infe-riores a 100oC e possui alta densidade de potˆencia (na faixa de 0, 8W/cm2). Todas essas caracter´ısticas

tornam a c´elula do tipo PEM a alternativa tecnol´o-gica mais promissora para aplica¸c˜oes como eletrˆonicos port´ateis, gera¸c˜ao de energia distribu´ıda, e ve´ıculos (Handbook, 2002).

Diversos modelos matem´aticos para uma c´elula a combust´ıvel do tipo PEM podem ser encontrados na literatura dividindo-se basicamente em dois grupos: modelos te´oricos (Amphlett et al., 1995a; Springer et al., 1991; Nguyen e White, 1993); e modelos semi-emp´ıricos (Lee e Lalk, 1998; Amphlett et al., 1995b; Larminie e Dicks, 2003; Al-Baghdadi, 2005; Correa et al., 2004; Correa et al., 2005; Wang et al., 2005; Chu et al., 2000; Mann et al., 2000; Fowler et al., 2002; Mo-reira e da Silva, 2009). Os modelos te´oricos s˜ao basea-dos em equa¸c˜oes eletroqu´ımicas, termodinˆamicas e de mecˆanica dos fluidos, possuindo muitos detalhes que requerem o conhecimento de parˆametros que s˜ao dif´ı-ceis de serem obtidos como, por exemplo, n´ıveis de umidade, coeficientes de transferˆencia, e espessura da

camada catal´ıtica ativa. Por outro lado, modelos semi-emp´ıricos s˜ao mais simples de serem obtidos e podem ser utilizados para prever o desempenho do sistema de c´elula a combust´ıvel para aplica¸c˜oes de engenharia (Haraldsson e Wipke, 2004).

Em Moreira e da Silva (2009) um novo modelo em regime permanente semi-emp´ırico que requer menos esfor¸co computacional do que os outros modelos na literatura ´e apresentado. O novo modelo est´atico con-siste em uma ´unica equa¸c˜ao n˜ao linear obtida a par-tir das equa¸c˜oes semi-emp´ıricas apresentadas por Am-phlett et al. (1995a), AmAm-phlett et al. (1995b) e Mann et al. (2000). Em Moreira e da Silva (2009) ´e mostrado que essa ´unica equa¸c˜ao possui graus de liberdade su-ficientes para prever o desempenho de uma c´elula com varia¸c˜oes nas principais vari´aveis do processo, a saber: temperatura da c´elula, umidade dos gases na entrada da c´elula, vaz˜ao dos gases reagentes, press˜ao nos canais do catodo e anodo, e corrente el´etrica. As-sim, o modelo semi-emp´ırico desenvolvido em Moreira e da Silva (2009) ser´a utilizado neste trabalho para modelar o comportamento em regime permanente de uma c´elula a combust´ıvel de membrana polim´erica.

Uma vez definidas as vari´aveis que influenciam o desempenho de uma c´elula a combust´ıvel, o pr´oximo passo ´e controlar e medir tais vari´aveis visando obter os parˆametros do modelo matem´atico. Neste trabalho um sistema de aquisi¸c˜ao de dados e controle para uma c´elula unit´aria de membrana polim´erica ´e apresentado. Nesse sistema todas as vari´aveis do sistema s˜ao contro-ladas e dados s˜ao obtidos permitindo que os parˆame-tros do modelo em regime permanente sejam calcula-dos. Este trabalho est´a organizado da seguinte forma: na se¸c˜ao 2, o funcionamento b´asico de uma c´elula a

(2)

combust´ıvel ´e explicado. Na se¸c˜ao 3 o modelo em regime permanente apresentado em Moreira e da Silva (2009) ´e revisto. Na se¸c˜ao 4, o sistema de aquisi¸c˜ao de dados e controle de uma c´elula a combust´ıvel tipo PEM ´e descrito. Na se¸c˜ao 5, baseado nos dados expe-rimentais obtidos com o sistema de aquisi¸c˜ao de dados e controle, os parˆametros do modelo s˜ao identificados. Por fim, na se¸c˜ao 6, as conclus˜oes s˜ao apresentadas.

2 Opera¸c˜ao b´asica de uma c´elula a combust´ıvel

Uma c´elula a combust´ıvel unit´aria ´e composta basica-mente de dois eletrodos porosos catalisados separados por um eletr´olito s´olido. Esse eletr´olito (membrana) ´e um pol´ımero condutor de ´ıons. No lado do anodo, um combust´ıvel (um g´as rico em hidrogˆenio) ´e fornecido sob uma determinada press˜ao. O g´as ent˜ao atravessa o eletrodo poroso at´e alcan¸car a camada de catalisador do anodo onde reage, liberando el´etrons e formando pr´otons:

H2→ 2H++ 2e−. (1)

Os el´etrons liberados na semi-rea¸c˜ao do anodo (1) s˜ao transferidos atrav´es de um circuito externo para o ca-todo. Ao mesmo tempo dois ´ıons H+ fluem atrav´es

da membrana para o catodo. No lado do catodo, um oxidante (em geral ar) ´e fornecido. Quando o oxigˆenio alcan¸ca a camada catal´ıtica do catodo, ele reage com os el´etrons provenientes do eletrodo e os ´ıons H+ do

eletr´olito formando ´agua:

O2+ 4e−+ 4H+→ 2H2O. (2)

Portanto, a rea¸c˜ao total na c´elula ´e dada por: 2H2+ O2→ 2H2O + calor + energia el´etrica. (3)

´

E importante ressaltar que a hidrata¸c˜ao da membrana ´e um fator crucial para o funcionamento da c´elula. A membrana deve possuir um n´ıvel adequado de ´agua para uma boa condutividade iˆonica uma vez que ´ıons

H+se movem pela membrana polim´erica cercados por

mol´eculas de ´agua. Logo, a desidrata¸c˜ao da membrana leva a um aumento na resistˆencia ao fluxo de pr´otons. Por outro lado, um excesso de ´agua, principalmente no catodo onde ´agua ´e formada na semi-rea¸c˜ao (2), leva a problemas de difus˜ao de oxigˆenio no eletrodo poroso. Assim, para obten¸c˜ao do modelo na se¸c˜ao a seguir, ´e suposto que a hidrata¸c˜ao da membrana ´e mantida em um n´ıvel adequado. Isso ´e conseguido na pr´atica man-tendo os gases de entrada na c´elula apropriadamente umidificados como ser´a visto na se¸c˜ao 4.

3 Modelo n˜ao linear de uma c´elula a combust´ıvel do tipo PEM

3.1 Potencial de Equil´ıbrio Termodinˆamico

Se toda a energia qu´ımica dos gases reagentes em uma c´elula a combust´ıvel fosse convertida em trabalho para mover el´etrons em um circuito externo, ent˜ao a tens˜ao de sa´ıda da c´elula seria igual ao potencial de equil´ıbrio termodinˆamico. Supondo, uma adequada circula¸c˜ao de oxidante no canal do catodo, ´e mostrado em Mo-reira e da Silva (2009) que o potencial de equil´ıbrio

termodinˆamico, E, pode ser escrito da seguinte forma:

E= ²1+ ²2T + ²3T ln(Pan−0.5PHsat2O) + ²4T ln(Pca−P sat H2O) (4) em que ²1 = 1, 4833, ²2 = −0, 85 × 10−3+ 2, 155 × 10−5ln γ, ² 3= 4, 31×10−5, ²4= 2, 155×10−5, γ ´e uma

constante que depende da rela¸c˜ao entre a fra¸c˜oes mo-lares de oxigˆenio e de nitrogˆenio no canal do catodo, T (K) ´e a temperatura de opera¸c˜ao da c´elula, Pan(atm) representa a press˜ao no canal do anodo, Pca (atm) ´e a press˜ao no canal do catodo, Psat

H2O ´e a press˜ao de

satura¸c˜ao de vapor d’´agua. A press˜ao de satura¸c˜ao de vapor d’´agua (em bar) pode ser calculada utilizando-se a utilizando-seguinte express˜ao (Al-Baghdadi, 2005):

log10P

sat

H2O=−2, 1794 + 0, 02953(T − 273, 15) − 9, 1837 ×10−5(T − 273, 15)2+ 1, 4454

×10−7(T − 273, 15)3. (5)

3.2 Perdas por ativa¸c˜ao

As perdas por ativa¸c˜ao s˜ao decorrentes das rea¸c˜oes qu´ımicas que ocorrem na superf´ıcie dos eletrodos e s˜ao mais significativas nas baixas correntes. Em Moreira e da Silva (2009) a seguinte express˜ao para as perdas por ativa¸c˜ao ´e apresentada:

ηact= α1+ α2T + α3T ln(Pan− 0.5PHsat2O)

4T ln(Pca− PHsat2O) + α5T ln(i), (6)

em que os coeficientes αk, para k = 1, . . . , 5, s˜ao obti-dos a partir de daobti-dos experimentais e i (A) denota a corrente de opera¸c˜ao da c´elula.

Note que todos os termos no lado direito da equa¸c˜ao (6), exceto o termo associado a α5, tem a

mesma forma do que os termos da equa¸c˜ao (4). Por-tanto, a equa¸c˜ao de perdas por ativa¸c˜ao pode ser vista como uma corre¸c˜ao nos termos da equa¸c˜ao (4) para levar em considera¸c˜ao as perdas na c´elula sem carga, mais um termo que ´e dependente da temperatura de opera¸c˜ao da c´elula multiplicado pelo logaritmo da cor-rente. Essa abordagem ´e diferente da usual para o c´al-culo da tens˜ao da c´elula, levando a menos parˆametros a serem identificados (Moreira e da Silva, 2009).

3.3 Perdas ˆohmicas

As perdas ˆohmicas s˜ao resultantes da resistˆencia ao fluxo de el´etrons atrav´es dos eletrodos e tamb´em a re-sistˆencia ao fluxo de pr´otons atrav´es da membrana. Assim, a resistˆencia ˆohmica depende do material uti-lizado para fabricar os eletrodos e das condi¸c˜oes de opera¸c˜ao da c´elula, incluindo temperatura, densidade de corrente e umidade da membrana. Dessa forma, a express˜ao para a resistˆencia equivalente, Req, de uma c´elula a combust´ıvel pode ser obtida empiricamente, sendo dada por:

Req = r1+ r2T + r3i + r4T2. (7)

Portanto, as perdas ˆohmicas s˜ao dadas pela seguinte equa¸c˜ao:

(3)

3.4 Perdas por concentra¸c˜ao

As perdas por concentra¸c˜ao, tamb´em conhecidas como perdas por transporte de massa, s˜ao o resultado da varia¸c˜ao de concentra¸c˜ao efetiva dos gases reagentes na superf´ıcie dos eletrodos durante a opera¸c˜ao da c´elula a combust´ıvel, e s˜ao mais relevantes ao se tra-balhar com altas densidades de corrente. Se ar ´e uti-lizado como oxidante e n˜ao for bem circulado, ent˜ao, para altas correntes, o nitrogˆenio pode se acumular no catodo e bloquear o suprimento de oxigˆenio. As per-das de concentra¸c˜ao tamb´em podem ser causaper-das pelo aumento da forma¸c˜ao de ´agua l´ıquida resultante da rea¸c˜ao qu´ımica no catodo. As perdas por concentra¸c˜ao podem ser descritas por (Larminie e Dicks, 2003):

ηconc= m exp(ni). (9)

em que n e m s˜ao constantes.

3.5 Tens˜ao de sa´ıda de uma c´elula a combust´ıvel

A tens˜ao de sa´ıda de uma c´elula a combust´ıvel unit´aria pode ser definida como:

Vcell= E + ηact+ ηohm+ ηconc, (10) em que E, ηact, ηohm e ηconc s˜ao dados por (4), (6), (8) e (9), respectivamente. Substituindo o termo do lado direito da equa¸c˜ao (10), de acordo com (4), (6), (8) e (9), obt´em-se: Vcell = ψ1+ ψ2T + ψ3T ln(Pan− 0.5PHsat2O) + ψ4T ln(Pca− PHsat2O) + ψ5T ln i + ψ6i + ψ7T i + ψ8i2+ ψ9T2i + m exp(ni), (11) em que ψ1 = ²1+ α1, ψ2 = ²2+ α2, ψ3 = ²3+ α3, ψ4= ²4+ α4, ψ5= α5, ψ6 = −r1, ψ7= −2, ψ8= −r3, and ψ9= −r4.

Os parˆametros ψk, k = 1, . . . , 9, m e n podem ser obtidos a partir de dados experimentais utilizando-se m´etodos de identifica¸c˜ao. Para tanto, ´e necess´ario construir um sistema que controle as principais va-ri´aveis do processo e que permita a aquisi¸c˜ao dessas vari´aveis. Um sistema de aquisi¸c˜ao de dados e controle ´e apresentado a seguir.

4 Sistema de aquisi¸c˜ao de dados e controle

4.1 Equipamentos utilizados

O diagrama do sistema de controle da c´elula a com-bust´ıvel implementado neste trabalho ´e apresentado na figura 1. A c´elula a combust´ıvel utilizada no expe-rimento foi a c´elula unit´aria FC25-GH, fabricada pela Electrocell. Essa c´elula possui membrana com ´area de 25cm2, placas bipolares em comp´osito de grafite

de baix´ıssima porosidade com espessura de 8mm, re-sistˆencia para aquecimento embutida de 60W (127V

AC), entrada para termopar, press˜ao de opera¸c˜ao

m´axima de at´e 3 atm (com m´axima diferen¸ca entre canais de 0, 3atm), temperatura nominal de opera¸c˜ao de 60oC, e trabalha com gases (hidrogˆenio e oxigˆe-nio/ar) com umidade de 100% nas entradas dos canais do anodo e catodo.

O sistema ´e abastecido por dois cilindros de ar-mazenagem de gases contendo ar seco e hidrogˆenio

Figura 1: Diagrama do sistema de aquisi¸c˜ao de dados e controle da c´elula a combust´ıvel.

com 99, 9999% de pureza. A press˜ao de sa´ıda dos cilin-dros ´e regulada pelas v´alvulas V-1 e V-2 em aproxi-madamente 15 atm. Contudo, para o funcionamento do controlador de vaz˜ao, essa press˜ao deve ser re-duzida para 5 atm. Assim, as v´alvulas reguladoras de press˜ao V-5 e V-6 s˜ao utilizadas para reduzir a press˜ao dos gases de entrada no controlador de vaz˜ao e essas press˜oes s˜ao medidas pelos manˆometros M-5 e M-6. O controlador de vaz˜ao ´e composto por um medidor de fluxo de massa (MFM) da marca MKS modelo 247D que utiliza duas v´alvulas de controle (uma para cada canal de g´as) da s´erie 1479 do mesmo fabricante, com limite m´aximo de controle de 2 l/min.

O controle de press˜ao nos canais do catodo e anodo ´e realizado pelas duas v´alvulas microm´etricas V-7 e V-8, da marca Hoke modelo ss200, instaladas nos canais de sa´ıda da c´elula. Essa escolha visa permi-tir um controle manual preciso da press˜ao nos canais de entrada da c´elula a combust´ıvel. A verifica¸c˜ao da press˜ao de opera¸c˜ao ´e realizada pelos 2 manˆometros de baixa press˜ao M-7 e M-8 (limite da escala de 3 atm) localizados imediatamente antes dos canais de entrada da c´elula.

Para seguran¸ca, as v´alvulas de bloqueio 3 e V-4 s˜ao utilizadas para interromper o fornecimento dos gases combust´ıveis caso necess´ario.

Os gases s˜ao umidificados por dois saturadores adiab´aticos. Cada saturador possui dois recipientes com canais de entrada e sa´ıda isolados entre si, sendo um mais interno e outro mais externo, como mostra a figura 2. O recipiente interno, que possui comunica¸c˜ao com o canal de distribui¸c˜ao de g´as foi preenchido com ´agua destilada pela qual os gases reagentes borbulham carregando assim mol´eculas de ´agua, em um processo de umidifica¸c˜ao conhecido por borbulhamento. Si-multaneamente, o recipiente mais externo comunica-se com um banho termost´atico, fabricado pela SBS modelo TBC22, que faz circular continuamente pelo mesmo um flu´ıdo contendo 30% de etileno e 70% de ´agua, com temperatura controlada. Com a circula¸c˜ao cont´ınua do flu´ıdo, ap´os um determinado tempo, a temperatura dos gases na entrada da c´elula e do flu´ıdo

(4)

Figura 2: Diagrama do saturador adiab´atico uti-lizado para umidifica¸c˜ao dos gases reagentes.

se equilibram permitindo o controle da temperatura dos gases de entrada.

A medi¸c˜ao de temperatura na c´elula foi reali-zada utilizando um termopar tipo K e um amplifi-cador AD595 da Analog Device, que fornece uma sa´ıda de tens˜ao proporcional a temperatura obedecendo a raz˜ao 10mV /oC. O circuito integrado AD595 ainda possui uma compensa¸c˜ao autom´atica de junta fria e permite uma precis˜ao de medi¸c˜ao de ±3oC.

Para o controle de temperatura da c´elula, foi uti-lizada a resistˆencia de 60W embutida (uma c´elula unit´aria precisa ser aquecida para alcan¸car a tempe-ratura ´otima de opera¸c˜ao), um rel´e de estado s´olido LOTI 125ZXS-RXS, uma placa de aquisi¸c˜ao de sinais PCI-1711, fabricada pela Advantech, e um computa-dor Pentium IV, 1,7 GHz. O rel´e ´e utilizado para chavear a tens˜ao da rede visando fornecer `a resistˆen-cia um valor eficaz de tens˜ao desejado.

A corrente na c´elula a combust´ıvel foi variada utilizando-se associa¸c˜oes de resistores de potˆencia e uma carga eletrˆonica constru´ıda para operar a baixas tens˜oes (a tens˜ao de uma c´elula unit´aria ´e inferior a 1V ). A carga eletrˆonica permite o ajuste fino do valor de corrente requerido pela carga.

A aquisi¸c˜ao de dados foi feita utilizando-se a placa PCI-1711, utilizada tamb´em para o controle de tem-peratura, que possui 16 canais de entrada anal´ogicos e dois canais de sa´ıda anal´ogicos. O sotware utilizado no controle e aquisi¸c˜ao de dados foi o SIMULINK (Mat-lab) atrav´es da ferramenta Real-Time Windows Tar-get.

4.2 Configura¸c˜ao do sistema

4.2.1 Vaz˜oes dos gases reagentes

A partir da semi-rea¸c˜ao qu´ımica (2) no catodo de uma c´elula, ´e poss´ıvel ver que para cada mol de O2, quatro

el´etrons s˜ao utilizados. Portanto, a vaz˜ao molar de

O2 gasto na semi-rea¸c˜ao qu´ımica no catodo depende

da corrente i requerida pela carga e pode ser calculada

da seguinte forma (Larminie e Dicks, 2003): ˙nO2=

i

4F (moles/s), (12)

em que F = 96487C denota a constante de Faraday. Assim, a vaz˜ao m´assica de O2´e dada por:

˙

mO2 =

32 × 10−3i

4F (kg/s). (13)

Contudo, no nosso sistema ar ´e utilizado no lugar de

O2 puro e, portanto, ´e necess´ario adaptar a equa¸c˜ao

(13) a esse caso. Isso pode ser facilmente feito observando-se que a massa molar do ar seco ´e igual a 28, 97 × 10−3kg/mol e que a fra¸c˜ao molar de O

2no

ar seco ´e igual a 0, 21. Assim, a vaz˜ao m´assica de ar ´e dada por:

˙

mar= 28, 97 × 10 −3I

0, 21 × 4F (kg/s). (14) Se a vaz˜ao de ar dada pela express˜ao (14) for fornecida `a c´elula, ent˜ao todo o oxigˆenio ser´a consumido na rea¸c˜ao qu´ımica do catodo. Na pr´atica isso n˜ao pode ser feito e uma vaz˜ao de ar maior deve ser fornecida. A raz˜ao entre a vaz˜ao fornecida e a consumida na c´elula ´e denotado por λar (estequiometria), sendo que o valor m´ınimo que deve ser atribu´ıdo a λar ´e 2 (Larminie e Dicks, 2003). Assim, a vaz˜ao volum´etrica de ar que deve ser fornecida `a c´elula para o seu correto funciona-mento ´e dada por:

˙var= 18, 207λari (ml/min). (15) Neste trabalho, λar ´e escolhido igual a 3 e a vaz˜ao de ar configurada no MFM ´e ˙var = 1200ml/min que atende a maior corrente esperada da c´elula (22A).

Seguindo o mesmo racioc´ınio para o c´alculo da vaz˜ao de H2 necess´aria para operar a c´elula obt´em-se:

˙vH2= 7, 50λH2i (ml/min), (16)

em que ˙vH2 denota a vaz˜ao volum´etrica de H2 e λH2 ´e a estequiometria de H2. Supondo λH2 = 3

e i = 22A, obt´em-se ˙vH2 = 495ml/min. O valor

configurado para a opera¸c˜ao do sistema foi, portanto, ˙vH2 = 500ml/min.

4.2.2 Umidade dos gases reagentes

A hidrata¸c˜ao da membrana ´e crucial para a opera¸c˜ao da c´elula. A membrana deve conter uma quantidade adequada de ´agua para ter uma boa condu¸c˜ao iˆonica, uma vez que ´ıons H+ se locomovem pela membrana

cercados por mol´eculas de ´agua. Assim, se a mem-brana estiver desidratada, a resistˆencia ao fluxo de pr´otons ´e aumentada e a membrana pode ser danifi-cada permanentemente. Por outro lado, um excesso de ´agua leva a problemas com a difus˜ao dos gases pelos eletrodos porosos, aumentando as perdas por concen-tra¸c˜ao. Assim, um gerenciamento de ´agua apropriado para a opera¸c˜ao da c´elula ´e necess´ario.

Visando garantir 100% de umidade relativa dos gases nos canais de entrada, como recomendado pelo fabricante da c´elula a combust´ıvel, um valor igual a 80oC foi configurado no banho termost´atico para con-trole da temperatura do l´ıquido de aquecimento dos saturadores. Caso esse valor seja excessivo, ou seja,

(5)

haja um excesso de ´agua no canal do catodo, ent˜ao isso se reflitir´a em perdas consider´aveis na regi˜ao de altas correntes devido ao bloqueio dos poros dos eletro-dos (perdas por concentra¸c˜ao). Por outro lado, se a umidifica¸c˜ao dos gases for insuficiente, ent˜ao haver´a uma r´apida queda na tens˜ao com correntes m´edias devido `as perdas ˆohmicas, i.e., devido ao aumento da resistˆencia ao fluxo de pr´otons. Como observado nos experimentos realizados em laborat´orio o valor de 80oC para a temperatura do l´ıquido de aquecimento dos gases de entrada nos saturadores n˜ao levou a ne-nhuma das duas situa¸c˜oes e, portanto, foi considerado aceit´avel.

4.2.3 Press˜oes nos canais do catodo e anodo

As press˜oes nos canais do anodo e catodo da c´elula foram mantidos aproximadamente iguais controlando-se manualmente duas v´alvulas microm´etricas. Os va-lores escolhidos para as press˜oes no canal do catodo,

Pca, e no canal do anodo, Pan, nos experimentos foram: 1, 5 atm; 2 atm; e 2, 5 atm.

4.2.4 Controle de temperatura da c´elula A temperatura da c´elula ´e outro fator importante na opera¸c˜ao do sistema. Se a temperatura da c´elula ´e baixa, a sua eficiˆencia ´e reduzida, e se a temperatura ´e elevada, isso pode ocasionar a desidrata¸c˜ao da mem-brana e, consequentemente, aumento da resistˆencia e perdas. Assim, um valor ´otimo existe para a tempe-ratura de opera¸c˜ao da c´elula. De acordo com o fabri-cante esse valor ´otimo para a c´elula FC25-GH ´e em torno de 60oC.

Diversos fatores influenciam a temperatura da c´elula como, por exemplo, a temperatura dos gases nos canais de entrada, a temperatura ambiente e, princi-palmente, a corrente el´etrica requerida pela carga. Na figura 3 ´e mostrada a varia¸c˜ao de temperatura para um degrau de corrente de 15A aplicado em 60 segun-dos com press˜ao nos canais do catodo e anodo iguais a 1, 5 atm. A temperatura antes da aplica¸c˜ao do degrau de corrente foi mantida em torno de 66oC aplicando-se uma tens˜ao sobre a resitˆencia de aquecimento embu-tida na c´elula obembu-tida utilizando-se um Variac. Como pode ser visto, com a corrente el´etrica de 15A re-querida pela carga, a temperatura da c´elula cresce com o tempo alcan¸cando aproximadamente 72oC em 550 segundos. Esse valor de temperatura ´e demasi-adamente elevado para a c´elula FC25-GH levando a uma queda de tens˜ao significativa (a tens˜ao em 550 segundos alcan¸cou aproximadamente 0, 25V ) e a ne-cessidade de se desligar o sistema por seguran¸ca. As-sim, para a opera¸c˜ao da c´elula, ´e necess´ario controlar a sua temperatura de forma a rejeitar esses dist´urbios, mantendo-a o mais pr´oximo poss´ıvel do valor desejado. Para controlar a temperatura da c´elula, foi imple-mentado um controlador on-off com intervalo diferen-cial de 1oC, que determina os valores eficazes de tens˜ao a serem aplicados na resistˆencia de aquecimento, e um sistema PWM (do inglˆes, Pulse Width Modulation), que controla os tempos de abertura e fechamento de um rel´e de estado s´olido que chaveia a tens˜ao da rede (127 V ), de forma que os valores eficazes de tens˜ao

50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 60 65 70 75 tempo (s) Temperatura (ºC)

Figura 3: Gr´afico de temperatura para um degrau de corrente de 15A aplicado em 60 segundos no sistema sem controle realimentado.

- m- - - -¾ 6 r(t) + y(t) PWM CAC e Resistˆencia Termopar U1 U2 -RedeRel´e el´et.

Figura 4: Diagrama de blocos do controle de tem-peratura da c´elula.

sejam efetivamente aplicados na resistˆencia. O con-trole foi implementado digitalmente utilizando-se uma placa de aquisi¸c˜ao de dados e controle, um computa-dor e o software SIMULINK. Um diagrama de blocos do controle ´e apresentado na figura 4 em que r(t) de-nota a temperatura de sa´ıda desejada, y(t) dede-nota a temperatura da c´elula, e U1e U2s˜ao constantes. Para

o controle de temperatura, U1 foi definido como 53 V , que ´e um valor eficaz de tens˜ao superior `a

ten-s˜ao necess´aria para que a c´elula, sem carga, tenha temperatura igual a 65oC, e para U

2 foi escolhido o

valor zero. Como a constante de tempo da resposta de temperatura da c´elula a combust´ıvel aquecida pela re-sistˆencia ´e aproximadamente igual a 1000s, o per´ıodo escolhido para o chaveamento do rel´e de estado s´olido foi igual a 2s.

Na figura 5 ´e mostrada a curva de temperatura do sistema controlado em que um degrau de corrente de 19A ´e aplicado em 60 segundos. O valor de referˆencia neste caso ´e 65oC. Note que o sistema rejeita o degrau de dist´urbio como desejado, o que mostra a efic´acia do sistema de controle de temperatura empregado.

Nos experimentos realizados os valores de referˆen-cia para as temperatura de opera¸c˜ao da c´elula foram 55oC, 60oC e 65oC. Esses valores foram escolhidos visando trabalhar na faixa de opera¸c˜ao sugerida pelo fabricante como a mais eficiente (em torno de 60oC). 4.2.5 Corrente el´etrica

Ap´os todo o aparato configurado e operando dentro dos valores projetados, os gases reagentes foram

(6)

liga-20 40 60 80 100 120 140 160 180 40 45 50 55 60 65 70 75 80 tempo (s) Temperatura (ºC)

Figura 5: Gr´afico de temperatura para um degrau de corrente de 19A aplicado em 60 segundos no sistema com controle realimentado.

dos nos seus respectivos canais e uma carga externa foi conectada aos terminais da c´elula. Para correntes in-feriores a 3A, o ajuste da corrente fornecida pela c´elula foi feito utilizando-se uma carga eletrˆonica. Contudo, para correntes mais elevadas foi necess´ario introduzir resistˆencias em paralelo com a carga eletrˆonica para determinar a corrente fornecida pela c´elula. Valores de corrente at´e 22A foram obtidos da c´elula a com-bust´ıvel.

4.3 Resultados

Visando encontrar os parˆametros do modelo do sis-tema dado pela equa¸c˜ao (11), curvas de polariza¸c˜ao para diferentes pontos de opera¸c˜ao foram obtidas. Para tanto, associado a cada um dos trˆes valores de press˜ao nos canais do anodo e catodo definidos na sub-se¸c˜ao 4.2.3 (1, 5 atm, 2 atm e 2, 5 atm), curvas de po-lariza¸c˜ao para as trˆes temperaturas definidas na sub-se¸c˜ao 4.2.4 (55oC, 60oC, e 65oC) foram obtidas. Nas figuras 6, 7 e 8 s˜ao mostradas as curvas de polariza¸c˜ao para 1, 5 atm, 2 atm, e 2, 5 atm, respectivamente, de press˜ao nos canais dos eletrodos da c´elula. Em cada uma das figuras, os pontos representados por o, ¦ e 2 est˜ao associados `as temperaturas 55oC, 60oC e 65oC, respectivamente.

5 Identifica¸c˜ao do modelo

Uma vez obtidos os dados experimentais, apresenta-dos sob a forma de curvas de polariza¸c˜ao nas figuras 6, 7 e 8, o pr´oximo passo ´e a determina¸c˜ao a partir desses dados dos parˆametros da equa¸c˜ao (11) do mo-delo est´atico da c´elula a combust´ıvel.

Note que, para a varia¸c˜ao de temperatura de ape-nas 10oC definida neste trabalho, ´e poss´ıvel ver, pela caracter´ıstica t´ıpica da resistividade de uma mem-brana polim´erica de Nafion (Buchi e Scherer, 1996; Mann et al., 2000; Moreira e da Silva, 2009), que o termo da resistˆencia ˆohmica associado ao quadrado da temperatura pode ser desprezado. De fato, esse termo ´e desprezado em Amphlett et al. (1995b) onde ´e con-siderada uma varia¸c˜ao de 30oC de temperatura. As-sim, fazendo essa simplifica¸c˜ao no modelo da equa¸c˜ao

tens ˜a o (V ) corrente (A) 0 5 10 15 20 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Figura 6: Dados experimentais obtidos para uma c´elula a combust´ıvel com press˜oes Pca = Pan = 1, 5 atm e temperaturas de opera¸c˜ao 55oC (o), 60oC (¦) e 65oC (2), e curvas de polariza¸c˜ao si-muladas (linhas cont´ınuas).

tens ˜a o (V ) corrente (A) 0 5 10 15 20 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Figura 7: Dados experimentais obtidos para uma c´elula a combust´ıvel com press˜oes Pca= Pan= 2 atm e temperaturas de opera¸c˜ao 55oC (o), 60oC (¦) e 65oC (2), e curvas de polariza¸c˜ao simuladas (linhas cont´ınuas).

(7)

t ens˜ a o (V) corrente (A) 0 5 10 15 20 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Figura 8: Dados experimentais obtidos para uma c´elula a combust´ıvel com press˜oes Pca = Pan = 2, 5 atm e temperaturas de opera¸c˜ao 55oC (o), 60oC (¦) e 65oC (2), e curvas de polariza¸c˜ao si-muladas (linhas cont´ınuas).

Tabela 1: Parˆametros do modelo da c´elula FC25-GH.

Parˆam. Valor Parˆam. Valor

ψ1 −1, 1322 × 10−2 ψ5 −5, 5140 × 10−5 ψ2 2, 9079 × 10−3 ψ6 1, 2727 × 10−2 ψ3 1, 4426 × 10−3 ψ7 −1, 3099 × 10−4 ψ4 −1, 1612 × 10−3 ψ8 2.1379 × 10−3

n 0, 08 m −1.8124 × 10−1

(11), obt´em-se a seguinte express˜ao para a tens˜ao de uma c´elula unit´aria:

Vcell = ψ1+ ψ2T + ψ3T ln(Pan− 0.5PHsat2O)

+ ψ4T ln(Pca− PHsat2O) + ψ5T ln i + ψ6i

+ ψ7T i + ψ8i2+ m exp(ni). (17)

Para determinar os valores dos coeficientes ψk,

k = 1, . . . , 8, n e m, um algoritmo de busca ser´a

ado-tado. Para tanto, observe que para um valor de n fixo, tem-se que a equa¸c˜ao (17) ´e linear nos coeficientes

ψk, k = 1, . . . , 8 e m. Portanto, uma busca exaus-tiva para determinar o valor ´otimo de n pode ser feita em torno de uma faixa de valores para n, calculando-se, para cada valor de n, os parˆametros do modelo pelo m´etodo dos m´ınimos quadrados e o erro m´edio quadr´atico. Uma vez que um valor t´ıpico para n para uma c´elula com 25cm2de ´area da membrana ´e igual a

0, 32(A−1) (Larminie e Dicks, 2003), a faixa de valo-res para a busca utilizada neste artigo foi n ∈ [0, 01; 1]. Os valores dos parˆametros encontrados est˜ao apresen-tados na tabela 1, e nas figuras 6, 7 e 8 s˜ao mostradas as curvas de polariza¸c˜ao com os parˆametros obtidos para o modelo (linhas cont´ınuas). Comparando os da-dos experimentais com as curvas simuladas, pode ser visto que h´a uma boa semelhan¸ca entre os dois, com uma m´axima diferen¸ca percentual entre os dados ex-perimentais e os valores obtidos a partir do modelo de apenas 6,32%.

6 Conclus˜oes

Neste trabalho ´e descrito um sistema de aquisi¸c˜ao de dados e controle para uma c´elula a combust´ıvel de membrana polim´erica. A partir dos dados experimen-tais gerados pelo sistema, os parˆametros de um mo-delo est´atico da c´elula a combust´ıvel foram identifica-dos utilizando um algoritmo de busca e o m´etodo identifica-dos m´ınimos quadrados. Esse modelo pode ser utilizado para avalia¸c˜ao de desempenho de sistemas de c´elulas a combust´ıvel para diferentes aplica¸c˜oes em engenharia como, por exemplo, eletrˆonicos port´ateis, gera¸c˜ao de energia distribu´ıda, e aplica¸c˜oes veiculares.

7 Agradecimentos

Os autores agradecem ao Sr. Ayr M. Portilho Bentes Jr. do NUCAT, IMA/UFRJ, e ao Dr. Jos´e Geraldo de Melo Furtado do Centro de Pesquisas de Energia El´etrica, CEPEL, pela ajuda na realiza¸c˜ao deste tra-balho. Os autores agradecem tamb´em o apoio do Ins-tituto de Macromol´eculas, IMA/UFRJ, local onde o sistema pode ser implementado.

Este trabalho foi parcialmente financiado pelo CNPq e FAPERJ.

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