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Plano de negócios para uma microempresa de estampas em camisetas e brindes em geral em Ijuí/RS

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – BACHARELADO – MODALIDADE PRESENCIAL

PLANO DE NEGÓCIOS PARA UMA MICROEMPRESA

DE ESTAMPAS EM CAMISETAS E BRINDES EM GERAL

EM IJUÍ/RS

Mauro Luis Ferrari

Orientador:Marcos Paulo Dhein Griebeler

Ijuí/RS 2013

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MAURO LUIS FERRARI

PLANO DE NEGÓCIOS PARA UMA MICROEMPRESA

DE ESTAMPAS EM CAMISETAS E BRINDES EM GERAL

EM IJUÍ/RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (Dacec).

Orientador:Marcos Paulo Dhein Griebeler

Ijuí/RS 2013

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DEDICATÓRIA

À minha família, esposa, amigos e colegas, pela atenção, amor, carinho, estímulo, paciência, força e apoio que sempre dedicaram em todos os momentos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por esta conquista.

Ao meu orientador, mestre Marcos Paulo Dhein Griebeler, pelo profissionalismo, competência, dedicação e paciência com que sempre me orientou.

Agradeço aos amigos e colegas pelo apoio e incentivo. A todos os professores que me guiaram nesta caminhada transmitindo seus conhecimentos para que pudesse chegar até aqui.

Aos colaboradores do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação – Dacec.

E a todos que, de alguma forma, contribuíram para meu aprendizado no decorrer do curso.

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PLANO DE NEGÓCIOS PARA UMA MICROEMPRESA DE ESTAMPAS EM CAMISETAS E BRINDES EM GERAL EM IJUÍ/RS¹

Mauro Luis Ferrari²; Marcos Paulo Dhein Griebeler³

¹ Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Administração da Unijuí.

² Aluno do curso de Graduação em Administração da Unijuí, mauro.ferrari@unijui.edu.br ³ Professor orientador, doutor, curso de Administração da Unijuí, marcos.dhein@unijui.edu.br

RESUMO

O presente trabalho tem como foco principal a elaboração de um plano de negócios para uma microempresa de estampas em camisetas e brindes em geral. Durante a execução do trabalho foram abordadas teorias sobre organizações, prestação de serviço, breves conceitos de empreendedor e empreendedorismo, e também conceitos sobre planos de negócio. Esses apontamentos serviram de base teórica para a elaboração deste estudo. O empreendimento em questão enquadra-se na forma tributária optante pelo Simples Nacional, sendo uma empresa de pequeno porte, constituída de dois sócios-proprietários. A estrutura é simples, pois conta com apenas um funcionário e os sócios-proprietários. O negócio da empresa é a atuação no ramo de estampas de foto produtos, com a prestação de serviços de estampas e também a produção e venda destes tipos de produtos para o público em geral e público estudantil (formandos universitários). Quanto à estratégia a ser adotada pela empresa, o foco a ser atingido como público-alvo é o âmbito estudantil, principalmente os formandos universitários. Com isso, tem-se o intuito de formar parceria junto a empresas do ramo de formaturas, atingindo um nicho de mercado específico no município de Ijuí. A empresa terá como missão oferecer produtos de qualidade para consumidores exigentes que procuram presentear as pessoas com itens personalizados, sendo esta uma marca da empresa na customização de produtos para o cliente. Quanto à visão, pretende ser referência no ramo de estampas em foto produtos, buscando a eficácia nos seus processos de produção e atendimento ao cliente. Quanto aos pontos fortes do empreendimento, tem-se o trabalho familiar, a localização da empresa – próximo a avenidas com grande fluxo de pessoas – além do atendimento cordial. Em relação aos pontos fracos, tem-se a pouca experiência no ramo de foto produtos e inexperiência no ramo empresarial. Abordando a oportunidade do negócio, a economia do município de Ijuí é propícia para o setor de serviços e possui um grande público estudantil constituído, em sua maioria, por universitários. As principais ameaças encontradas foram a forte influência dos concorrentes e o pouco conhecimento na clientela sobre os itens em foto produtos no mercado. Com isso, na pesquisa de mercado elaborada foi possível analisar de forma bem-expressiva a clientela, principalmente o público estudantil, como também a concorrência e possíveis fornecedores de produtos, sendo possível elaborar uma classificação dos dados obtidos por meio de gráficos, permitindo, assim, ter uma decisão mais eficaz para o processo da empresa. Na estruturação do plano de negócio, quanto à parte financeira, o valor do investimento inicial total é de R$ 41.968,55, com este valor dividido em três grupos subtotais: subtotal1 (pré-operacional) no valor de R$ 2.400,00, subtotal2 (investimento fixo) obtendo o valor de R$ 15.017,50 e subtotal3 (capital de giro), este último necessário para o início das atividades da empresa, no valor de R$ 24.551,05. O financiamento do investimento

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terá a participação de 30% do total em capital próprio, sendo este o valor de R$ 12.324,27 e capital de terceiro correspondente a 70% do valor do financiamento, obtendo a quantia de R$ 28.756,63. A projeção de receita elaborada no primeiro mês de atuação da empresa será no valor de R$ 10.940,00 e anualmente esse valor será de R$ 131.280,00. Com isso, após 5 anos de atuação na empresa essa quantia terá um acréscimo de 40%. O empreendimento tem como taxa interna de retorno de investimento 26,50%, apresentando o investimento como rentável, superando a taxa mínima de atratividade definida pela empresa que é de 18%. A lucratividade mensal apresentada é de 1,54%, resultando positivamente para a empresa. No valor total dos investimentos realizados a rentabilidade obtida foi de 0,40%. O resultado líquido no primeiro ano da empresa após seu exercício será no valor de R$ 2.015,81. O valor investido terá o retorno para o empreendedor a partir do quarto ano de atuação da empresa, tendo o Payback de 249,8 meses. Sendo assim, o plano de negócio indica para o empreendedor o caminho a ser seguido no seu empreendimento. Com isso, tem-se mais resultados eficazes com o planejamento de suas ações. A realização deste estudo respondeu positivamente a questão deste trabalho e se constatou que a empresa F & R Brindes e Estampas em geral é viável em seus aspectos econômico-financeiros.

Palavras-chave: Viabilidade. Plano de negócio. Estratégia. Oportunidade.

Introdução: O objetivo principal do estudo é elaborar um plano de negócios para a formação de uma microempresa de estampas em camisetas e brindes em geral no município de Ijuí/RS. Este relatório tem por objetivo servir de instrumento base na execução do plano de negócios, para verificar se o empreendimento é viável nos aspectos econômico-financeiros. Este trabalho tem uma justificativa de grande importância pelo fato de existir o interesse na introdução de um negócio próprio no ramo promocional de estampas em camisetas e foto produtos, visualizando a oportunidade Por existirem empresas que atuam no ramo de formaturas no município de Ijuí. O objetivo da organização é verificar a viabilidade econômica e financeira do negócio no ramo de estampas em foto produtos. A realização de um plano de negócio é fundamental para haver uma maior segurança quanto ao sucesso do empreendimento.

Resultados e Discussão:Com os resultados alcançados após a tabulação dos dados, o estudo referente ao plano de negócios demonstra ser viável quanto à aplicação dos recursos financeiros para este investimento. O valor investido terá o retorno para o empreendedor a partir do quarto ano de atuação da empresa. Com a projeção de resultado para os próximos cinco anos, pode-se observar que a demonstração de resultados apresentou saldo acumulado positivo até o final do período de cinco anos. Sendo assim, de acordo com os resultados projetados, a empresa é economicamente viável.

Metodologia: Quanto aos objetivos propostos, o estudo classifica-se em uma metodologia de natureza aplicada, como pesquisa exploratória, com procedimentos técnicos de campo, bibliográfica e documental.

Conclusão: Na elaboração do plano de negócio observou-se que o empreendimento é viável nos aspectos econômicos e financeiros, e em relação à lucratividade mensal do empreendimento foi obtido o valor de 1,54% sobre as receitas totais. A rentabilidade mensal obtida foi de 0,40% sobre o investimento total, indicando que a empresa é atrativa para investimentos. O ramo de estampas em foto produtos é promissor no município de Ijuí, e por ser um município com grande influência do público estudantil, percebeu-se a oportunidade neste nicho de mercado (formandos universitários).

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Classificação Utilizada pelo Sebrae para o Tamanho das Empresas ... 16

Quadro 2 – Tipos de Empreendedores ... 22

Quadro 3 – Diferenças e Similaridades entre o Empregador e o Empreendedor ... 23

Quadro 4 – Roteiro Esquematizado para o Projeto de Negócio ... 26

Quadro 5 – Tipos de Estrutura do Plano de Negócios na Visão de Quatro Autores ... 28

Quadro 6 – Pesquisa Quantitativa e Qualitativa ... 36

Quadro 7 – Quadro de Análise e Interpretação dos Dados... 38

Quadro 8 – Demonstrativo das Respostas dos Questionários Respondidos pelos Concorrentes Identificados ... 54

Quadro 9 – Investimentos Pré-Operacionais... ... 67

Quadro 10 – Investimento Fixo ... 68

Quadro 11 – Necessidade de Capital de Giro ... 69

Quadro 12 – Investimento Inicial ... 69

Quadro 13 – Estoque Inicial ... 70

Quadro 14 – Depreciação ... 70

Quadro 15 – Financiamento ... 71

Quadro 16 – Custos Fixos ... 72

Quadro 17 – Custos Variáveis ... 73

Quadro 18 – Projeção de Produção Diária de Produtos ... 73

Quadro 19 – Projeção de Receita Mensal ... 74

Quadro 20 – Total de Receitas e Custo Variável... 74

Quadro 21 – Impostos ... 74

Quadro 22 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ... 75

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Quadro 24 – Ponto de Equilíbrio ... 77

Quadro 25 – Lucratividade ... 78

Quadro 26 – Rentabilidade ... 78

Quadro 27 – Payback ... 78

Quadro 28 – Payback, Projeção para os Próximos 5 Anos ... 79

Quadro 29 – Valor Atual Líquido ... 80

Quadro 30– Payback Atualizado ... 81

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Município em que reside ... 45

Gráfico 2 – Gênero ... 46

Gráfico 3 – Faixa etária ... 46

Gráfico 4 – Renda mensal aproximada... 47

Gráfico 5 – Prioridades no momento da compra ... 47

Gráfico 6 – Forma de Pagamento ... 48

Gráfico 7 – Geralmente você realiza pesquisa de preço antes de efetuar suas compras?49 Gráfico 8 – Pagariam mais por um produto pela qualidade ... 49

Gráfico 9 – Costumam presentear em datas especiais com produtos personalizados .... 50

Gráfico 10 – Se sim, por quais das opções você optaria?... 50

Gráfico 11 – Com relação a sua futura formatura, como foi feita a negociação com a empresa responsável pela organização da colação de grau? ... 51

Gráfico 12 – Quanto aos serviços oferecidos pela empresa de formatura, em relação aos brindes, qual destas opções lhe chamou mais atenção? ... 51

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LISTA DE ABREVIATURAS

MEI – Micro empreendedor Individual CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica INSS – Instituto Nacional de Seguro Social

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ISS – Imposto Sobre Serviço

CCMEI – Certificado da Condição de Micro empreendedor TIR- Taxa Interna de Retorno;

VAL- Valor Atual Líquido;

TMA- Taxa Mínima de Atratividade;

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas DRE – Demonstração do Resultado do Exercício

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 12

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 13

1.1 Apresentação do Tema ... 13

1.2 Problema ou Questão do Estudo ... 13

1.3 Objetivos ... 14

1.4 Justificativa ... 14

2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 16

2.1 Organizações ... 16

2.2 Prestação de Serviços ... 18

2.3 Breves Considerações Sobre o Empreendedor e Empreendedorismo ... 20

2.4 Plano de Negócios ... 25

3. METODOLOGIA DA PESQUISA ... 36

3.1 Classificação da Pesquisa ... 36

3.2 Sujeitos da Pesquisa e Universo Amostral ... 38

3.3 Coleta de Dados ... 38

3.4 Análise e Interpretação dos Dados ... 39

3.5 Sistematização do Estudo ... 39 4. PLANO DE NEGÓCIOS ... 41 4.1 Análise de Mercado ... 45 4.2 A Empresa ... 59 4.3 Plano de Marketing ... 66 4.4 Plano Financeiro ... 68

4.5 Viabilidade Econômicae Recomendações ... 78

CONCLUSÃO ... 84

REFERÊNCIAS ... 86

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INTRODUÇÃO

O plano de negócios é um instrumento eficiente e necessário para a abertura de uma empresa, por isso é preciso adotar uma cultura entre os empreendedores de introduzir cada vez mais o plano de negócios no cotidiano empresarial.

O plano de negócios pode ser aplicado tanto em uma empresa iniciante quanto em uma organização já existente, e a partir da ideia central é definido seu formato e são identificados os pontos de diferenciação pelos quais a companhia irá competir no mercado, para assim, então, minimizar as chances de insucesso no ambiente em que a empresa atuará. Por isso, a realização de um plano de negócio é fundamental para haver uma maior segurança quanto ao sucesso do empreendimento, pois o acadêmico do curso de Administração tem a possibilidade de estabelecer uma relação entre a teoria que foi apresentada durante o decorrer do curso e a prática a ser efetivada na execução do plano de negócios.

Este relatório tem por objetivo servir de instrumento base para a execução de um plano de negócios para verificar se o empreendimento é viável nos aspectos econômico-financeiros, com o intuito de montar uma microempresa de estampas em camisetas (especialmente para formaturas) e brindes em geral.

O presente trabalho está estruturado nas seguintes etapas: apresentação do tema, problema ou questão de estudo, objetivos gerais e específicos e justificativa. O referencial teórico mostra a abordagem dos autores sobre os seguintes assuntos: organizações, prestação de serviços, empreendedorismo e plano de negócios, temas fundamentais para o entendimento desta pesquisa. No início da elaboração deste estudo a coleta de dados obtida na pesquisa de campo obteve um público de 117 entrevistados, sendo a maioria estudantes universitários. Também foram pesquisadas empresas de fornecedores e concorrentes no ramo de estampas, visando a uma qualidade significativa de dados para a obtenção de melhores resultados para o estudo em questão. A metodologia deste trabalho foi composta por: classificação da pesquisa, sujeitos da pesquisa e universo amostral, coleta de dados, análise e interpretação dos dados e sistematização do estudo. No item seguinte está a elaboração do plano de negócio, sendo este o principal propósito da pesquisa, seguido das conclusões e, por último, os itens pós-textuais que são constituídos pelas referências e apêndices.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este tópico visa à descrição do tema, seguido pelo problema ou questão de estudo, dos objetivos gerais e específicos e da justificativa do foco do estudo.

1.1 Apresentação do Tema

No atual cenário globalizado o ser humano tem por desafio reinventar-se para que assim então possa conseguir manter-se nesse mercado competitivo e capitalista. Plano de negócio é, antes de tudo, o processo de validação de uma ideia que o empreendedor realiza pelo planejamento detalhado da empresa. Elaborar um plano de negócio no ramo comercial de estampas em camisetas e brindes em geral requer alguns aspectos importantes como: análise de mercado, tipo de serviço a ser oferecido, público-alvo, investimentos em infraestrutura e equipamentos, receitas e localização da empresa. Camisetas e brindes personalizados são um dos presentes mais vendidos no comércio de produtos promocionais. Apesar de já estar aproximadamente há 20 anos no mercado, ainda é um produto bem-aceito e o mercado concorrente ainda não é tão expressivo para se considerar um mercado sem espaço para investimento.

O estudo em questão tem como tema a viabilidade econômico-financeira para formar uma microempresa de estampas em camisetas (especialmente para formaturas) e brindes em geral, a partir da execução de um plano de negócios.

1.2. Problema ou Questão de Estudo

Definindo-se o tema, apresenta-se a formulação do problema de estudo neste relatório de pesquisa: É viável a criação de uma microempresa de estampas em camisetas e brindes em geral no município de Ijuí/RS?

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1.3. Objetivos

Os objetivos do estudo representam os resultados a alcançar, projetando a área de ação de investigação e servindo de referência para o desenvolvimento no questionamento levantado na problematização do tema.

1.3.1. Objetivo geral

Verificar a viabilidade econômico/financeira de uma microempresa de estampas em camisetas e brindes em geral através da elaboração de um plano de negócio.

1.3.2 Objetivos Específicos

 Analisar o mercado de estampas em camisetas e brindes em geral de Ijuí/RS, identificando suas ameaças, oportunidades, forças e fraquezas.

 Verificar a viabilidade econômico-financeira a partir do plano de negócio elaborado.  Propor um conjunto de sugestões para a criação do empreendimento.

1.4 Justificativa

Este trabalho é de grande importância pelo fato de que existe o interesse na implantação de um negócio próprio no ramo promocional de estampas em camisetas, tendo em vista que já existem empresas que atuam no ramo de formaturas no município de Ijuí. A realização de um plano de negócio é fundamental para haver uma maior segurança quanto ao sucesso do empreendimento.

Para o mercado e a sociedade em geral, tem-se a possibilidade de opção por uma empresa com uma nova proposta de trabalho, com o foco inicial na busca em atendimento para empresas de formaturas, propiciando a geração de mais emprego e renda para o município.

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Para a universidade e para o curso de Administração a execução deste trabalho é mais uma fonte de pesquisa a todos os interessados na área de plano de negócios bem como na instalação do mesmo. Além disso, abre a possibilidade de estabelecer uma relação entre a teoria e a prática.

Para o acadêmico, concluinte do curso de Administração, é um momento de intensificar os conhecimentos na área construídos durante o curso, vivenciando a prática do meio empresarial na coleta e interpretação dos dados, e sendo uma excelente oportunidade de construir uma ferramenta eficaz e de grande utilidade no futuro e no próprio negócio.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo será apresentada a fundamentação teórica do trabalho voltada à realização de um plano de negócio como base de sustentação para a questão de estudo e objetivos.

2.1 Organizações

Toda empresa existe para produzir algo e prestar algum serviço à sociedade. O conceito de organização vem sendo redefinido, ao longo do tempo, com as transformações que ocorrem no âmbito social, cultural, político e tecnológico, como também no meio ambiente, com o tema da sustentabilidade cada vez mais evidente no cotidiano empresarial. Para Chiavenato (1995), uma empresa é um conjunto de pessoas que trabalha junto, no sentido de alcançar objetivos por meio da gestão de recursos humanos, materiais e financeiros. A cooperação entre os colaboradores da empresa são aspectos fundamentais para o sucesso do negócio.

Geralmente as empresas são constituídas de várias pessoas, embora existam empresas individuais, formadas por um só indivíduo. Chiavenato (2012) comenta que as empresas têm como características os seus objetivos de negócio, que podem ser diretos ou indiretos. Os objetivos diretos são: a produção de produtos ou a prestação de serviços. Os objetivos indiretos são: almejar ganhar mais do que gasta para produzir e satisfazer as expectativas de todas as partes interessadas. De acordo com seu ramo de atividade, as empresas podem ser classificadas em: industriais, comerciais e prestadoras de serviços. As empresas industriais são as que produzem bens de consumo ou bens de produção mediante a transformação de matérias-primas. As empresas comerciais são as que vendem mercadorias ou produtos acabados diretamente ao consumidor. As empresas prestadoras de serviços são as que oferecem trabalhos especializados, como transporte, educação, saúde, comunicação, serviços de manutenção, etc.

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Nas organizações, em sua estrutura, existe uma divisão de tarefas e atribuição de responsabilidades para cada colaborador. Quanto ao tipo de colaborador na organização, há uma pessoa que exerce um papel fundamental nas funções de liderança, planejamento e controle dos recursos humanos e de outros recursos materiais, financeiros e tecnológicos disponíveis na empresa. Essa pessoa é o administrador. Em relação à estrutura de uma organização, ela pode ser formal ou informal. A organização formal é planejada e estruturada seguindo um regulamento interno. Na organização informal as relações são geradas espontaneamente entre as pessoas, resultado do próprio funcionamento e evolução da empresa. Existe um conjunto de elementos que está diretamente associado a uma organização, como clientes, fornecedores, concorrentes, comunicação social, entre outros.

Quanto ao negócio nas organizações existem dois tipos básicos: produção industrial e de serviços. O negócio de uma organização define-se pelos desejos ou necessidades que ela satisfaz quando o usuário ou consumidor compra seus produtos ou utiliza seus serviços. A satisfação dos consumidores e usuários é o negócio básico de qualquer organização. O objetivo de um negócio é produzir e vender com lucro produtos/serviços de um nicho específico de clientes. A motivação do lucro é um dos principais motivos que engaja o vendedor no negócio e cria bases para o empreendedorismo.

Chiavenato (2012) comenta que, quanto ao porte, as empresas ou organizações podem ser classificadas em grandes, médias e pequenas conforme alguns critérios, como o número de empregados, o volume de faturamento anual, o patrimônio, etc. A seguir é demonstrado em um Quadro a classificação referente ao porte das empresas.

Quadro 1 – Classificação utilizada pelo Sebrae para o tamanho das empresas

Classificação (porte) N° de empregados Indústria

N° de empregados Comércio e serviços

Microempresa até 19 empregados até 9 empregados

Pequena empresa 20 a 99 10 a 49

Média empresa 100 a 499 50 a 99

Grande empresa 500 ou mais 100 ou mais

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A contribuição das micro, pequenas e médias empresas para a economia é fundamental; elas têm grande importância representativa, pois geram emprego e renda familiar, como também têm papel relevante na incubação de grandes empresas, como escola de mão de obra e complemento na cadeia produtiva. Abordando o processo de aprendizagem do empreendedor, na pequena empresa essa etapa é essencialmente baseada em ações, pois o empreendedor tem um aprendizado contínuo, mas se para de aprender, para de ter sucesso em suas ações.

Em relação ao estudo abordado neste trabalho, referente ao plano de negócios, o porte da organização a ser criada é de uma microempresa de estampas em camisetas e brindes em geral. Quanto às informações para o empreendedor abrir seu negócio, no caso da modalidade como microempreendedor individual (MEI), a formalização é feita de forma gratuita pela internet no endereço <www.portaldoempreendedor.gov.br>. Após o cadastramento, a inscrição na Junta Comercial, o CNPJ, INSS e Alvará Provisório de Funcionamento são obtidos imediatamente gerando um documento único que é o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual – CCMEI.

O microempreendedor não tem taxas para o registro da empresa. Ele deve pagar apenas 5% do salário mínimo de INSS (R$ 33,90), R$ 5 de ISS (Prestadores de Serviço) e R$ 1 de ICMS (Comércio e Indústria). O custo máximo para quem realiza atividade mista é de R$ 39,90 por mês. Os valores são recolhidos em conjunto por meio de carnê emitido exclusivamente no Portal do Empreendedor e o vencimento dos impostos é até o dia 20 de cada mês (PORTAL BRASIL, 2013). Se o microempreendedor optar pelo Simples Nacional, pela tabela vigente a alíquota é de 4% sobre o faturamento anual de até R$ 180.000,00.

Referindo-se às organizações, a prestação de serviços será abordada no capítulo seguinte, procurando demonstrar conceitos sobre o tema para um melhor entendimento do trabalho a ser estudado.

2.2 Prestação de Serviços

A prestação de serviço tem como característica a intangibilidade, enquanto o produto é um objeto material e o serviço não é palpável. Segundo Kuhn e Dama (2009), este ramo é constituído de empresas que têm como objetivo comercial a prestação de serviços aos seus clientes. Exemplo: serviços básicos (hidrelétrica, estradas, ferrovias, água); serviços sociais

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(habitação, hospitais, serviços de saúde); outros serviços (hotéis, turismo, empresas de transporte, corretor de seguros, profissionais liberais, vigilância, oficina mecânica); serviços industriais (usinagem, zincagem, corte, solda, etc.).

Uma das principais maneiras de uma empresa de prestação de serviços se destacar no mercado concorrente é prestar serviços de alta qualidade, conquistando o cliente e satisfazendo sua necessidade. O quesito-chave é atender ou exceder as expectativas de qualidade dos consumidores-alvo. Chiavenato (2012) também destaca que as empresas prestadoras de serviços não produzem mercadorias, mas oferecem atividades profissionalizadas.

Segundo Kuhn e Dama (2009) a característica deste ramo é prestar serviço especializado aos clientes. Geralmente está direcionada a apoiar os serviços básicos das empresas, como contabilidade, consertos e manutenção de equipamentos, desenvolvimento de

software, consultoria técnica, dentre outras. Em relação a este estudo, referente à

microempresa de estampas, tem-se o foco do trabalho, no planejamento estratégico informal do empreendimento e na prestação de serviço de estampas para empresas de formatura.

Os negócios envolvendo serviços não requerem grandes investimentos em equipamentos e estoques, como nas indústrias, no atacado e no varejo. Segundo Salim (2005), geralmente as empresas de prestação de serviços têm uma estrutura mais simples, porque não têm estoques e os custos de vendas podem ser embutidos no próprio custo dos serviços vendidos. Desse modo, suas operações são simplificadas e reduzem as necessidades de capital. Este tipo de empreendimento pode ser desenvolvido em ambientes domésticos, como em casa – na sala ou na garagem.

Todo negócio precisa ser muito bem-definido para ter um foco preciso. O conhecimento técnico do empreendedor a respeito do produto/serviço a ser produzido é importante, mas também se faz necessário reunir informações sobre o mercado em que atuará e sobre as expectativas da clientela.

Em relação ao marketing na prestação de serviço, esta é a parte mais difícil de formular na estratégia geral dos negócios, pois sem uma boa estratégia de marketing o negócio pode fracassar, independentemente de serem boas ou não as outras partes desenvolvidas. Com isso, deve-se ter o foco da excelência no ato de prestar o serviço ao cliente e buscar se inserir no mercado promocional de foto produtos.

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Na microempresa, um dos desafios quanto a sua estratégia de atuação no mercado para reduzir os riscos e a vulnerabilidade é que se adote a estratégia da expansão, diversificando clientes de diferentes segmentos evitando ficar dependendo de apenas um ou dois (Dolabela, 1999). Quanto à produção, o produto a ser oferecido deve satisfazer e surpreender o cliente com um planejamento eficiente e eficaz no seu processo e uma apresentação positiva de qualidade.

Conforme Chiavenato (1995), o plano de produção representa aquilo que a empresa pretende produzir dentro de um determinado exercício ou período de tempo. Na organização a área de finanças é de vital importância para a empresa, e o gerenciamento financeiro é a área que trabalha com os recursos financeiros e possui dois aspectos: a rentabilidade (retorno possível do investimento) e a liquidez (rápida conversão em dinheiro). Em relação ao ambiente da empresa em que ela se insere – o macroambiente – temos os aspectos econômicos, legais, demográficos, sociais e políticos. No microambiente identificam-se os clientes, os concorrentes, os fornecedores e os grupos reguladores, como legislação trabalhista e tributária.

2.3 Breves Considerações Sobre o Empreendedor e Empreendedorismo

O termo empreendedorismo vem sendo concebido ao longo do tempo na busca de uma concepção atual e inovadora. Chiavenato (2012) destaca, na História do empreendedorismo, que o termo empreendedor (derivado da palavra francesa entrepreneur) foi usado pela primeira vez em 1725 pelo economista Richard Cantillon, que dizia ser entrepreneur em indivíduo que assume riscos. Dolabela (2008) afirma também que Jean-Baptiste Say (1964), considerado o pai do empreendedorismo, e o economista austríaco Schumpeter (1934), que relançou as ideias sobre o empreendedor e seu papel na sociedade, associam o empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e ao aproveitamento de oportunidades de negócios.

O conceito de empreendedorismo trata não só de indivíduos, mas de comunidades, cidades, regiões, países. Implica a ideia de sustentabilidade. É o processo de criar algo novo e assumir os riscos e as recompensas. Os empreendedores constituem a minoria dentre as pequenas empresas. Eles criam algo novo, diferente; eles mudam ou transformam valores. O empreendedor tem a sensibilidade dos negócios e a percepção financeira para identificar e aproveitar as oportunidades no mercado.

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Dornelas (2008) comenta que o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades, e a perfeita instituição destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso. Dolabela (2008, p. 67) cita o conceito de estudiosos, como o do professor Howard H. Stevenson, da Universidade Harvard University:

“Nós definimos empreendedorismo como a exploração da oportunidade independentemente dos recursos que se tem à mão. A capacidade empreendedora não é nem um conjunto de características da personalidade nem uma função econômica. É, isto sim, padrão coeso e mensurável de comportamento gerencial.”

O empreendedor vê a mudança como norma; sempre está buscando a mudança, reage a ela e a explora como uma oportunidade; é alguém que desenvolveu a sensibilidade para perceber as necessidades do ambiente em que está inserido e tem o papel de articulador de recursos e pessoas para satisfazer as necessidades da empresa. Conforme Hisrich e Peters (2004), em quase todas as definições de empreendedorismo tem-se um consenso de que ocorre uma espécie de comportamento que inclui: (1) tomar iniciativa; (2) organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de transformar recursos e situações para proveito prático; e (3) aceitar o risco ou fracasso. O fracasso da empresa pode acontecer se o gestor não mudar suas ideias, ter pouca comunicação com os sócios, colaboradores e clientes, e se ele fazer mais ao invés de aprender mais. O empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza. Fazer dinheiro é mais divertido do que gastá-lo. É uma das melhores armas contra o desemprego.

Para ser empreendedora, entretanto, uma empresa tem de possuir características especiais, além de ser nova e pequena. A seguir será demonstrada na Figura 1 as três características básicas do empreendedor.

Figura 1 – Características básicas do empreendedor

Fonte: Chiavenato (2012, p. 14). Necessidade de realização Autocon-fiança Disposição para assumir riscos

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Drucker (1994) descreve o espírito empreendedor como uma característica distinta, seja de um indivíduo ou de uma instituição. São sujeitos que aproveitam as oportunidades para criar as mudanças. O empreendimento é um comportamento e não um traço de personalidade.

Em relação ao empreendimento, Filion e Dolabela (2000) referem que a oportunidade de negócio surge quando existe a possibilidade de o negócio ocupar um nicho de mercado ainda não explorado, que possa representar algo diferente para o consumidor e corresponder a uma necessidade não satisfeita pelo mercado. Com isso, pode-se agregar valor para o cliente.

O empreendedor tem um novo olhar sobre o mundo à medida que presencia a evolução e valoriza suas experiências e seu capital intelectual, tomando decisões acertadas. Utilizar instrumentos de motivação, como o que aprender e como aprender, lhe permitirá abrir caminho para realizar seu sonho. Isso abre novas trilhas, explora novos conhecimentos, define os objetivos e dá o primeiro passo. Para Filion e Dolabela (2000), o empreendedor, pela própria natureza de sua atividade, tem de estar permanentemente de olho nos acontecimentos, traçando diretrizes e corrigindo rumos para chegar aonde pretende.

Conforme Dolabela (1999), o empreendedor designa atividades, seja na transformação de conhecimentos em produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento ou na inovação em áreas como marketing, produção, organização, etc. A seguir, no Quadro 2, são apresentados alguns tipos de empreendedores.

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Quadro 2: Tipos de empreendedores

TIPOS DE EMPREENDEDORES EXEMPLOS

Um indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja.

Empresa de prestação de serviços no ramo de corte e costura (alfaiate).

Uma pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir ou de fazer propaganda dos seus produtos e/ou serviços, agregando novos valores.

QUEM É: Luiza Helena Trajano, presidente da

rede de lojas Magazine Luiza.

O QUE FAZ: Dirige uma das maiores redes de

varejo do país.

Um empregado que introduz inovações em uma empresa, provocando o surgimento de valores adicionais.

Bernardinho

Bernardo Rezende é o treinador com mais títulos na História do voleibol mundial, incluindo cinco medalhas olímpicas consecutivas, dirigindo a seleção brasileira feminina e a masculina. Seus grandes diferenciais são a disciplina, determinação e verdadeira obsessão por treinar suas equipes até chegar próximo à perfeição.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em Gestão de Negócios I (Notas de aula-1°/2013) e em <www.exame.abril.com.br> (líderes para inspirar empreendedores).

Com os exemplos supracitados tem-se um breve conceito de tipos de empreendedores. Ser empreendedor é também saber definir projetos e realizá-los. Para isso, convém se habituar a dividir seus planos em etapas, que deverão ser realizados gradualmente, passo a passo. Para uma pessoa ter uma cultura empreendedora, a mesma deve rodear-se de modelos de empreendedorismo, por exemplo casos de pessoas que já obtiveram sucesso na instalação da sua empresa, e também obter níveis de relações que podem influenciar suas atitudes. O que diferencia o empreendedor dos outros agentes da organização é a capacidade de definir visões, projetos que compreendem elementos de inovação e se afastam do que já existe (FILION; DOLABELA, 2000).

Estas ideias, no entanto, não são fórmulas ou modelos prontos que, se instituídos, darão certo, mas sim passos que, se devidamente explorados e corretamente alimentados, apresentam resultados que permitem proporcionar um maior êxito no empreendimento. Em relação ao perfil do empreendedor, fatores do comportamento e atitudes que contribuem para o sucesso podem variar de um lugar para outro. Deve-se ter em mente, porém, que uma

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pessoa que compra uma empresa e não introduz qualquer tipo de novidade empreendedora e inovação, não pode ser considerada uma pessoa empreendedora, pois é visto somente como um gerente-proprietário. Quanto aos desafios que o empreendedor encontra na atuação do seu dia a dia, no caso de uma empresa familiar, destaca-se que o diretor desse tipo de empresa terá de agir como dono e administrador e precisará tomar decisões estratégicas para gerenciar e escolher muito bem as pessoas para executar as tarefas na empresa.

Algumas características podem ser garimpadas em cada indivíduo para que se determine antecipadamente – antes da elaboração do Plano de Negócio – seu potencial empreendedor (SEBRAE, 2013), como: conhecer o ramo de atuação e buscar sempre novas informações; possuir capacidade de liderar e motivar; correr riscos calculados; ser otimista, organizado e criativo; possuir comprometimento e determinação; ter persistência e não desistir e superar obstáculos; ser independente e autoconfiante; estabelecer metas; buscar oportunidades e tomar iniciativa; acompanhar o desempenho dos concorrentes; planejar e realizar um monitoramento sistemático das ações. A seguir, no Quadro 3, demonstra-se as diferenças e similaridades entre o administrador e o empreendedor.

Quadro 3 – Diferenças e similaridades entre o empregador e empreendedor

 Empregador – voltado para os atos de planejar, organizar, dirigir e controlar (abordagem clássica e processual).

 Visionários

 Sabem tomar decisões

 São indivíduos que fazem a diferença  Sabem explorar ao máximo as

oportunidades  Determinados e dinâmicos  Dedicados  Otimistas  Independentes  Ficam ricos  Empreendedor – possui

características extras, para além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais.

 São líderes e formadores de equipes  Bem-relacionados

 Planejam muito

 Possuem conhecimento  Assumem riscos calculados  Criam valor para a sociedade

Fonte: Gestão de Negócios I (Notas de aula-1°/2013).

Com as definições de empreendedorismo e empreendedor já abordadas anteriormente durante o texto, pode-se prosseguir com o plano de negócios, o próximo assunto a ser estudado.

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2.4 Plano de Negócio

A princípio, pode-se definir Plano de Negócio como um documento de planejamento, elaborado de acordo com as necessidades de cada empreendimento, capaz de nos mostrar toda a sua viabilidade e estratégias do ponto de vista estrutural, administrativo, estratégico, mercadológico, técnico, operacional e financeiro.

Na visão de Filion e Dolabela (2000, p. 164):

Plano de negócio é, antes de tudo, o processo de validação de uma idéia que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa. Ao prepará-lo, terá elementos para decidir se deve ou não abrir a empresa que imaginou, lançar um novo produto que concebeu, proceder a uma expansão, etc.

Mediante este conceito percebe-se que esta ferramenta administrativa serve como um apoio ao empreendedor, independente de sua formação e de seu tempo de experiência sobre o empreendimento em questão. Um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta uma empresa é o plano de negócios. É por meio dele que o empreendedor irá situar-se no seu ambiente de negócios, pois é cada vez mais importante pensar em um plano bem-elaborado que indique os caminhos a serem seguidos.

Segundo Dornelas (2008, p. 84):

O plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. As seções que compõem um plano de negócios geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento. Cada uma das seções do plano tem um propósito específico. Um plano de negócios para uma pequena empresa pode ser menor que o de uma grande organização, não ultrapassando talvez de dez a quinze páginas. Muitas seções podem ser mais curtas que outras e até menores que uma única página de papel. Mas para chegar ao formato final geralmente são feitas muitas versões e revisões do plano até que seja adequado ao público-alvo.

O plano de negócio é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras. Conforme Hisrich e Peters (2004, p. 210),

O plano de negócio é um documento preparado pelo empreendedor em que são descritos todos os elementos externos e internos relevantes envolvidos no início de um novo empreendimento. É com freqüência uma integração de planos funcionais como os de marketing, finanças, produção e recursos humanos.

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O primeiro interessado no plano de negócios é o próprio empreendedor, que poderá aprofundar suas ideias sobre o negócio e testá-las antes de iniciar o empreendimento, aprimorando, dessa forma, suas concepções e estratégias para vencer as dificuldades previsíveis. Para conseguir investidores, o empreendedor terá, no plano de negócios, a linguagem comum e a base do contrato que será estabelecido se eles se colocarem de acordo na parceria. Segundo Dornelas (2005), por meio do plano de negócios há possibilidade de:  entender e estabelecer diretrizes para o negócio;

 gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas;

 monitorar o dia a dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário;

 conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas de risco, etc.;

 identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa;  estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo

(fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações, etc.).

Infelizmente, novos negócios são abertos no Brasil sem que seja feito antes um plano de negócios. Na Europa, e principalmente no Canadá e nos Estados Unidos, é uma ferramenta usual, utilizada por empreendedores novos e antigos. Outro ponto que é preocupante também: boa parte dos que fazem um plano de negócios antes de iniciá-lo não se preocupa depois em segui-lo e em atualizá-lo periodicamente. Segundo Dornelas (2005, p. 96), “a importância desta ferramenta pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um administrador.” De acordo com Chiavenato (2012), o roteiro do plano de negócio não elimina os possíveis erros, mas ajuda a enfrentá-los e a direcionar melhor os seus esforços.

O plano de negócios é uma ferramenta para o empreendedor expor suas ideias em uma linguagem que os leitores do plano de negócios entendam e, principalmente, que mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado. Durante o plano de negócios pode-se ter mudanças profundas no projeto ou até mesmo o abandono da ideia quando se iniciam os trabalhos de pesquisa e análise dos dados para a montagem do plano. É justamente aí que se percebe o tamanho da sua importância e se tem a oportunidade de modificar o negócio que está apenas no papel, antes de o empreendimento estar atuando no mercado.

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Chiavenato (2012) comenta que esse documento é uma espécie de plano de viabilidade de uma ideia; é como uma espécie de checklist para não deixar nenhum dado passar despercebido. Dolabela (2008) destaca alguns detalhes que podem definir o Plano de Negócio e mostrar formas de pensar sobre o futuro do negócio: para onde ir, como ir mais rapidamente, o que fazer durante o caminho de modo a diminuir incertezas e riscos, e descrever um negócio: quanto à existência da oportunidade de negócio e como o empreendedor irá atuar na busca e gerenciamento de recursos para aproveitá-la. Não deve ser confundido com a empresa: o Plano de Negócios não é o negócio, mas sua descrição.

O Sebrae desenvolveu um esboço de plano de negócio; assim, é apresentado a seguir um roteiro esquematizado para o projeto de negócio.

Quadro 4 – Roteiro esquematizado para o projeto de negócio

1. Ramo de atividade: Por que escolheu este negócio?

2. Mercado consumidor: Quais são os clientes? O que tem valor para os clientes?

3. Mercado fornecedor: Quem são os fornecedores de insumos e serviços? 4. Mercado concorrente: Quem são os concorrentes?

5. Produtos/serviços a serem ofertados:

Quais são as características dos produtos/serviços? Quais são os seus usos menos evidentes?

Quais são as suas vantagens e desvantagens diante dos concorrentes? Como criar valor para o cliente por meio dos produtos/serviços?

6. Localização:

Quais são os critérios para a avaliação do local ou do “ponto”? Qual é a importância da localização para seu negócio?

7. Processo operacional:

Como sua empresa vai operar etapa por etapa? (Como fazer?) Como fabricar? Como vender? Como fazer o serviço? Qual trabalho será feito? Quem o fará? Com que material? Com que equipamento? Quem tem conhecimento e experiência no ramo? Como fazem os concorrentes?

8. Previsão de produção, previsão de vendas ou previsão de serviços:

Qual é a necessidade e a procura do mercado? Qual é sua provável capacidade de produção? Qual é a disponibilidade de matérias-primas e de insumos básicos? Qual é o volume de produção/vendas/serviços que você planeja para seu negócio?

9. Análise financeira:

Qual é a estimativa da receita da empresa? Qual é o capital inicial necessário? Quais são os gastos com materiais? Quais são os gastos com pessoal de produção, gastos gerais de produção? Quais são as despesas administrativas? Quais são as despesas de vendas e qual a margem de lucro desejada?

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Os “clientes” do Plano de Negócio podem ser o próprio empreendedor, sócios e empregados, parcerias em potencial como distribuidores, representantes, órgãos governamentais de financiamento, bancos, como também grandes clientes atacadistas, distribuidores e franqueados. Rainho (2008) descreve que o sucesso do plano depende, além dos objetivos, de estratégias e programas consistentes e de uma boa metodologia para sua instituição. Com relação ao tamanho do plano de negócios, a seguir serão abordados alguns exemplos que podem ser fixados.

2.4.1 Tamanho do plano de negócios

O conteúdo e o tamanho do plano dependem exclusivamente das necessidades dos usuários. É recomendável para o autor escrever o plano de negócios de acordo com as necessidades do mercado e o público-alvo a ser atingido. Segundo Dornelas (2008), não existe um tamanho ideal ou quantidade exata de páginas.

A seguir alguns exemplos de planos de negócios.

Plano de negócio completo: é utilizado quando se pleiteia uma grande quantidade de dinheiro ou quando é necessário apresentar uma visão completa do seu negócio. Pode variar de 15 a 40 páginas mais material anexo.

Plano de negócio resumido: é usado quando se necessita apresentar algumas informações resumidas a um investidor para chamar a sua atenção para que requisite um plano de negócios completo. Deve mostrar os objetivos macros do negócio, investimentos, mercado e retorno sobre o investimento e focar as informações específicas requisitadas. Geralmente varia de 10 a 15 páginas.

Plano de negócio operacional: é muito importante para ser empregado internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários. É excelente para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos estratégicos da organização. Seu tamanho é variável dependendo das necessidades específicas de cada empresa em termos de divulgação junto aos funcionários. Segundo Kunh e Dama (2009), não existe tamanho ideal para um plano de negócio, no entanto o que se deve observar é quem será o seu público-alvo.

É importante, além do plano escrito, elaborar uma apresentação para o público-alvo. Torna-se necessário selecionar os aspectos mais relevantes para elaborar a sua apresentação. Deve-se tomar o cuidado de não tornar muito extensa a apresentação (duração de 20 a 30

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minutos). Outra dica importante a ser considerada na elaboração do plano de negócio é a utilização de software específico, o que a tornará mais rápida e eficiente. Atualmente no mercado existem diversos softwares para elaboração do plano de negócio (Easyplan, Business

Plan Pro, Makemoney, dentre outros).

2.4.2 Estrutura de um plano de negócio

Todo e qualquer empreendimento tem suas características particulares, por isso não existe uma estrutura padrão e única para a elaboração de um plano de negócios. Conforme Kunh e Dama (2009), qualquer plano de negócio, no entanto, deve ter um mínimo de seções que proporcionarão um entendimento completo do negócio.

Com o intuito de acrescentar mais referências ao estudo, a seguir apresenta-se a descrição de cada seção que compõe o plano de negócios na visão de quatro autores:

Quadro 5 – Tipos de estrutura do plano de negócios na visão de quatro autores

TIPOS DE ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIOS NA VISÃO DE QUATRO AUTORES DORNELLAS (2008) FILLION E DOLABELLA (2000) KUNH E DAMA (2009) SERVIÇO... (2013a)  Capa;  Sumário;  Sumário Executivo;  Análise Estratégica;  Descrição da Empresa;  Produtos e Serviços;  Plano Operacional;  Plano de Recursos Humanos;  Análise de Mercado;  Estratégia de Marketing;  Plano Financeiro;  Anexos.  Parte I: Sumário Executivo;

 Parte II: A Empresa;  Parte III: Plano de

Marketing;  Parte IV: Plano

Financeiro;  Capa;  Sumário;  Sumário Executivo/Resumo do Plano;  Análise de Mercado;  Produtos e Serviços;  A empresa;  Plano de Marketing;  Plano Financeiro;  Viabilidade Econômica;  Recomendações;  Anexos.  Capa;  Sumário;  Sumário Executivo;  Planejamento Estratégico do Negócio;  Descrição da Empresa;  Produtos e Serviços;  Análise de Mercado;  Plano de Marketing;  Plano Financeiro;  Anexos.

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A seguir apresenta-se a descrição de cada seção que compõe o plano de negócios. Esta estrutura é sugerida por Filion e Dolabela (2000).

Sumário Executivo

Primeiramente tem-se o sumário executivo, que resume as principais informações que serão apresentadas no plano de negócios. Chiavenato (2012) comenta que esta etapa é uma introdução ao negócio, bem como informações gerais sobre o empreendimento, missão do negócio, fontes de recursos, etc. Dornelas (2008) expõe que o sumário executivo deve ser escrito com ênfase nos assuntos que mais interessam ao leitor do plano de negócios.

Para Filion e Dolabela (2000, p. 167-168), “O Sumário Executivo sintetiza os diversos módulos do Plano de Negócio. Seu objetivo é oferecer ao leitor, de forma objetiva e resumida, uma visão geral do negócio, as estratégias propostas e os principais resultados a serem alcançados.” Segundo estes mesmos autores, este é o momento de “venda” da ideia do negócio, e deve conter:

 Enunciado do projeto

 Competência dos responsáveis  Produtos, serviços e tecnologia  Mercado potencial

 Elementos de diferenciação  Previsão de vendas

 Rentabilidade e projeções financeiras e necessidades de financiamento

No sumário executivo apresenta-se o resumo de todo o conteúdo do plano de negócios. Ele é de grande importância para o leitor e deve ser feito após a elaboração de todos os demais itens do plano de negócio. É necessário conter uma síntese das principais informações que constam em seu Plano de Negócios.

A Empresa

Na sequência consta a descrição da empresa. Nela apresenta-se as ideias que dão vida à empresa bem como sua estrutura de funcionamento legal e operacional. Conforme Filion e Dolabela (2000), há tópicos a serem apresentados; são eles:

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• Missão • Objetivos

• Estrutura organizacional e legal

• Síntese das responsabilidades da equipe dirigente • Plano de operações e parcerias

Chiavenato (2012) comenta o seguinte quando se refere à missão na descrição da empresa:

a) Missão: significa a razão de ser do próprio negócio: por que ele foi criado e para que ele existe. A missão da empresa está voltada para a definição do negócio e do cliente, a fim de saber o que fazer (produto/serviço), como fazer (tecnologia a ser utilizada) e para quem fazer (mercado).

Quanto aos objetivos, assevera:

b) Objetivos: são estados desejáveis que se pretende alcançar e realizar como: lucro, serviço ao cliente e oferta de valores econômicos desejados (bens ou serviços) que justificam a existência do negócio, e também a responsabilidade social pela sociedade na qual a empresa opera.

Seguindo Kunh e Dama (2009), esta seção apresenta uma breve descrição do empreendimento, incluindo a sua equipe gerencial, juntamente com a necessidade de pessoal, estrutura legal, tamanho, localização, infraestrutura e parcerias ou sociedades. É importante descrever como será a estratégia empresarial, iniciando pela formulação da missão, da visão, dos objetivos estratégicos e estratégias empresariais como um todo.

Plano de Marketing

O plano de marketing se constitui em: análise prévia de mercado e estratégia a ser executada após o início do empreendimento. O seu papel é orientar o processo decisório de

marketing. Esse plano é como um mapa; ele mostra a empresa, para onde ela está indo e como

vai chegar lá. Dolabela (2008) destaca que marketing é o processo de planejamento de uma organização que busca realizar trocas com o cliente; cada um tem interesses específicos: o cliente quer satisfazer suas necessidades e a empresa quer gerar receita. No entendimento de Filion e Dolabela (2000), a análise de mercado é voltada para o conhecimento de clientes, concorrentes, fornecedores e do ambiente em que a empresa vai atuar, tendo por objetivo

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saber se o negócio é realmente viável. Consiste em compreender as forças atuantes no mercado em que a empresa opera ou pretende operar no futuro. Na estratégia de marketing faz-se o planejamento da forma como a empresa oferecerá seus produtos ao mercado, visando a otimizar suas potencialidades de sucesso. Chiavenato (2012) afirma que o plano de

marketing contém a descrição dos produtos e serviços a serem oferecidos, características,

preço, estrutura, maneira de comercialização e distribuição, estratégias promocionais e localização do negócio.

Na visão de Dornelas (2008), a estratégia de marketingdeve mostrar como a empresa pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, principais clientes, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade, bem como projeções de vendas.

De acordo com Kotler (1998), composto de marketing é o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo estabelecido. Essas ferramentas estão classificadas em quatro grupos amplos: produto, preço, praça e promoção (4 Ps). As decisões do mix de marketing exercem influência direta sobre os canais comerciais e os consumidores finais da organização. Geralmente, a maioria das variáveis só pode ser modificada no longo prazo, com exceção do preço, o que denota a importância do mix de marketing para o sucesso da organização. Os objetivos do marketing são as definições daquilo que deve ser realizado pela empresa nas áreas principais, durante períodos específicos de tempo, com objetivos de curto (um ano) e longo prazos (três a cinco anos).

Mediante o plano de marketing a empresa poderá adotar estratégias específicas para vender seu produto e/ou serviço adotando métodos e meios que utilizará para atingir seus objetivos de vendas. Desta forma, a necessidade de um planejamento é fundamental. Dolabela (1999) comenta que o marketing tem as seguintes finalidades básicas: detectar oportunidades (nichos mercadológicos) de mercado ou demandas inadequadamente satisfeitas pelas ofertas existentes, seja da própria empresa ou de seus concorrentes, e preencher esses nichos com o mínimo de recursos e custos operacionais em troca de uma desejável receita. A seguir serão demonstradas em cinco partes as etapas do plano de marketing.

Inicialmente tem-se a etapa 1, que mostra que é na análise de mercado que podem se identificar as ameaças e oportunidades que a empresa irá encontrar no setor. Na análise do setor no ambiente externo, resumidamente encontra-se os seguintes aspectos: demográficos,

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econômicos, legais, políticos, tecnológicos e culturais. No ambiente interno devem ser analisados os produtos de linha, novos produtos, promoção, comercialização, sistema de informações, estrutura organizacional, tecnologia, suprimentos, parque industrial, recursos humanos, estilo de administração, resultados empresariais, recursos financeiros/finanças, controle e imagem institucional. Salim (2005) menciona que quando o mercado-alvo é de menor amplitude, é possível realizar projeções com menor rigor estatístico, utilizando entrevistas, mala direta, publicações especializadas, visitas a feiras e exposições, relatórios e estatísticas publicadas na internet.

Em seguida, na parte 2, os concorrentes devem ser analisados pois significam uma grande ameaça ao futuro empreendimento. Algumas características devem ser levantadas, como tempo de atuação, porte, localização e mercado em que atua. É necessário evidenciar os pontos fortes e fracos e também a estratégia adotada. Salim (2005) comenta que a análise da concorrência deve ser feita com relação a aspectos e características importantes de um produto/serviço, comparando cada um deles com os dos produtos/serviços de concorrentes.

Na sequência, na parte 3, tem-se os fornecedores, que são um importante fator da organização, pois fornecem insumos e matérias-primas para a empresa; devem ser identificados com nome, localização, tempo de atuação no mercado; e também quanto ao produto: preço, prazo de entrega, condições de pagamento e pontos positivos e negativos.

Na parte 4 os clientes devem ser aprofundados na pesquisa e analisados de tal forma, para, assim, identificar como será a clientela-alvo e seu tamanho, seu perfil (faixa etária, renda, escolaridade), como desejam adquirir o produto e qual preço eles estariam dispostos a pagar.

Concluindo, na parte 5 apresenta-se a análise de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças para a abertura de um próprio negócio. Como ferramenta indispensável nesse processo de estudos aparece a matriz Swot, que avalia os pontos fortes e fracos e as oportunidades e ameaças em relação ao produto/serviço oferecido. Assim, pode-se, por meio dos dados obtidos, transformar pontos fracos em oportunidades e melhorar o negócio visando a tentar eliminar as ameaças e os riscos que se tem na atuação no mercado.

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Plano Financeiro

O plano financeiro é uma parte do plano de negócios que trata de um conjunto de informações financeiras, como controles e planilhas de cálculos, sistematizados em diferentes documentos contábeis que se compõem de previsões das operações e servem como ferramenta gerencial para o planejamento financeiro da empresa. A maioria dos pequenos e médios empreendedores tem o hábito de administrar as finanças da empresa de maneira intuitiva, e com a execução do plano de negócio a parte financeira da organização terá, com certeza, mais chances de obter eficácia em ações.

Conforme Dornelas (2008), no plano financeiro compõe-se a seção de finanças, que deve apresentar em números todas as ações planejadas para a empresa e as comprovações, por meio de projeções futuras (quanto necessita de capital, quando e com que propósito), de sucesso do negócio. Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com o horizonte de, pelo menos, três anos, balanço patrimonial, análise do ponto de equilíbrio, necessidades de investimentos, demonstrativos de resultados e análise de indicadores financeiros do negócio, como faturamento previsto, margem prevista, prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback), taxa interna de retorno (TIR), etc.

Na concepção de Oliveira, Peres Jr. e Silva (2005), o planejamento financeiro permite que a empresa obtenha informações antecipadas quanto à necessidade ou disponibilidade de recursos, facilitando as decisões sobre fatores que envolvem o gerenciamento de caixa, como, por exemplo, investimentos e financiamentos.

Na visão de Kunh e Dama (2009, p. 36):

a seção que trata do plano financeiro deve representar em valores todas as projeções feitas das etapas anteriores, as necessidades de investimento para montar a estrutura de funcionamento do empreendimento e início da atividade (investimento inicial, mais capital de giro e investimentos auxiliares, como registros, reserva técnica). Delineado o volume de recursos a ser investido, esta parte deverá descrever também a estrutura financeira, ou seja, a estrutura de capital, ou melhor, como estes recursos serão financiados (capital próprio, capital de terceiro). Este plano deve projetar ainda os custos (fixos e variáveis) e as receitas, bem como o fluxo líquido anual de caixa e o demonstrativo de resultado dos exercícios (DRE), de todos os exercícios que abrangem o plano de negócio.

O plano financeiro traz as projeções de resultados em termos financeiros e mostra a análise de viabilidade do negócio. Apresenta dados financeiros, como controles e planilhas de cálculos, que possibilitam ao empreendedor conduzir as atividades do seu negócio dentro do que foi planejado, corrigindo distorções e se adaptando às mudanças de mercado,

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possibilitando, assim, uma visão mais clara para o empreendedor da parte financeira do seu negócio. A área financeira é a parte final do plano de negócios. Nela apresentam-se os dados em valores (R$), indicadores e taxas necessárias para ver se o empreendimento é viável ou não. De acordo com Kunh e Dama (2009, p. 64), as etapas que compõem o plano financeiro são: a descrição dos investimentos, a estratégia de financiamento destes investimentos, os custos previstos, as receitas projetadas e a construção dos demonstrativos de resultado (DRE) e do fluxo líquido anual de caixa.

Kunh e Dama (2009) descrevem as etapas citadas anteriormente do plano financeiro: investimentos: tem o objetivo de estimar o total de recursos de capital necessário para o estabelecimento do negócio. Neste item descreve-se e se dimensionam os investimentos pré-operacionais (necessários antes da instituição do plano), os investimentos fixos e os de capital de giro iniciais necessários para o estabelecimento do empreendimento.

Quanto às estratégias de financiamento possíveis para a instituição do plano de negócio, mostra-se o custo do capital equivalente a cada uma das fontes. Estas fontes são subdivididas em capital próprio e capital de terceiros. Os custos e receitas projetados estão relacionados com a quantidade a ser produzida e/ou vendida. Os custos são determinados pelos recursos necessários para a manutenção da estrutura e para a produção do produto/serviço comercializado. As receitas expressam o resultado da quantidade vendida pelo preço de venda.

O demonstrativo de resultado é um resumo ordenado da movimentação das receitas e despesas em um determinado período. O fluxo de caixa consiste no acompanhamento das entradas e saídas de recursos financeiros, e o fluxo líquido anual de caixa mostra o resultado anual líquido do ano.

Este referencial teórico dispôs-se como instrumento de grande importância para o desenvolvimento deste trabalho, servindo de base para a argumentação do estudo. Sendo assim, a seguir será apresentada a metodologia adotada para esta pesquisa.

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3. METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capítulo serão desenvolvidos e apresentados a classificação da pesquisa, os seus sujeitos, o universo amostral, a coleta de dados, a análise e a interpretação dos dados, finalizando com o plano de sistematização do estudo.

3.1 Classificação da Pesquisa

As classificações da pesquisa que seguem foram determinadas para este estudo se construir com base em informações de fontes seguras.

a) Quanto a sua natureza

De acordo com Teixeira, Zamberlan e Rasia (2010), a pesquisa classificou-se, quanto a sua natureza, como pesquisa aplicada, pois gerou conhecimentos novos sobre o tema. Trata-se, ainda, de mostrar a aplicação prática voltada à solução de problemas específicos da realidade em que o ramo de estampas em foto produtos atua no mercado.

b) Quanto aos seus objetivos

Em relação aos seus objetivos, a pesquisa também pode ser classificada como exploratória, sobre a qual o pesquisador não dispõe do entendimento suficiente para prosseguir com o projeto de investigação, segundo Teixeira, Zamberlan e Rasia (2010). O estudo em questão qualifica-se como pesquisa exploratória, pois, embora trabalha sobre a construção de um plano de negócios, buscou-se conhecer o mercado empresarial de estampas e brindes no município de Ijuí/RS.

Neste sentido, esta pesquisa classifica-se, ainda, como descritiva, pois foram expostas características de uma determinada população, fenômeno ou relação entre variáveis por intermédio de uma pesquisa de mercado feita pelo próprio autor, que serviu de base para a análise dos dados que visou a estudar a viabilidade econômico-financeira de abertura de uma microempresa de estampas em camisetas (especialmente para formaturas em âmbito acadêmico) e brindes em geral, a partir da execução de um plano de negócios.

Referências

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