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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL

DEAG – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Joana de Medeiros Farias

Ijuí, RS, Brasil

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Relatório de Estágio Curricular Supervisionado em

Medicina Veterinária

Joana de Medeiros Farias

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, na área de Clínica e Cirurgia de

Equinos, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

(UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau em Medicina

Veterinária.

Orientadora: Profª MSc. Luciane Ribeiro Viana Martins

Ijuí, RS, Brasil

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Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

DEAg – Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária

elaborada por

Joana de Medeiros Farias

como requisito parcial para obtenção do grau em Medicina Veterinária

COMISSÃO EXAMINADORA

:

Luciane Ribeiro Viana Martins (UNIJUI) (Orientadora)

Denize da Rosa Fraga (UNIJUI)

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RESUMO

Relatório do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTORA: JOANA DE MEDEIROS FARIAS

ORIENTADORA: LUCIANE RIBEIRO VIANA MARTINS Data e local da Defesa: Ijuí, 29 de Novembro de 2013.

O Estágio Curricular Supervisionado foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) no período de 01 de agosto a 04 de setembro de 2013, totalizando 150 horas, e contou com a supervisão do Médico Veterinário Rodrigo Otávio do Canto Cardona. Durante esse período foram acompanhadas atividades na área de clínica e cirurgia de equinos e caninos. Nesse relatório serão abordados dois casos clínico-cirúrgicos sendo o primeiro de uma cesariana para correção de distocia em equino sem raça definida (SRD). A distocia é definida como parto anormal ou difícil e não é de ocorrência comum em equinos. O segundo relato de caso se refere à inflamação colônica em equino da raça Crioula. A inflamação colônica é uma patologia que acomete o intestino grosso e não apresenta fisiopatologia definida, sendo na maioria dos casos tratada através de cirurgia. O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária demonstrou a aplicabilidade prática dos conhecimentos obtidos no curso de Medicina Veterinária bem como possibilitou o aprendizado de técnicas empregadas no tratamento e prevenção de diversas patologias dos equinos e caninos.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Relação das atividades desenvolvidas na área de Clínica de Equinos durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, no período de agosto a setembro de 2013 ... 10 Tabela 2 - Relação das atividades desenvolvidas na área de Cirurgia de Equinos e

Caninos durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, no período de agosto a setembro de 2013 ... 11

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa das regiões do Estado do Rio Grande do Sul adaptado para visualização da região na qual o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado ... 8 Figura 2 –

Figura 3 – Figura 4 – Figura 5 –

Evolução clínica dos componentes do eritrograma do equino com distocia atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ ... Evolução clínica dos componentes do leucograma do equino com distocia atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ ... Evolução clínica das enzimas hepáticas e renais do equino com distocia atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ ... Incisão do abdômen na linha mediana ventral (A). Localização e exteriorização do útero (B). Incisão do útero para retirada do feto morto (C). Feto enfisematoso após a cirurgia de cesariana (D) ...

15 16 17 18 Figura 6 – Figura 7 –

Síntese do útero após retirada do feto (A). Útero suturado com sutura de Cushing (B). Síntese da cavidade abdominal com sutura de Sultan (C). Pele suturada após cirurgia de cesariana (D) ... Imagem ultrassonográfica do útero do equino com metrite pós-parto (A). Conteúdo mucopurulento expelido pela vulva do equino (B) ...

18 19 Figura 8 – Equino após 27 dias de tratamento no Hospital Veterinário da UNICRUZ .... 21 Figura 9 – Resultado do ph do líquido marrom-esverdeado coletado através da

sondagem nasogástrica do estômago do equino ... 23 Figura 10 –

Figura 11 –

Figura 12 – Figura 13 –

Evolução clínica dos componentes do leucograma do equino com inflamação colônica atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ ... Enterotomia realizada no equino (A). Remoção do conteúdo fecal presente no ceco (B). Enteróclise do ceco com água morna (C). Sutura do ceco com sutura de Cushing (D) ... Síntese da musculatura na cavidade abdominal (A). Sutura contínua simples na pele após o procedimento cirúrgico (B) ... Equino apresentando diarreia no pós-operatório (A). Diarreia com com perda do epitélio da mucosa do intestino indicado pela seta (B) ...

25

26 27 27

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LISTA DE ANEXOS

Fontes de aquisição ... 35

Anexo A – Hemograma realizado no dia 21/08/2013... 37

Anexo B – Hemograma realizado no dia 22/08/2013 ... 38

Anexo C – Bioquímico realizado no dia 22/08/2013 ... 39

Anexo D – Resultado da cultura microbiológica de lavado uterino ... 40

Anexo E – Antibiograma da bactéria Staphylococcus aureus ... 41

Anexo F – Antibiograma da bactéria Escherichia coli ... 42

Anexo G – Hemograma realizado no dia 03/09/2013 ... 43

Anexo H – Bioquímico realizado no dia 03/09/2013 ... 44

Anexo I – Hemograma realizado no dia 26/08/2013 ... 45

Anexo J – Bioquímico realizado no dia 26/08/2013 ... 46

Anexo L – Hemograma realizado no dia 29/08/2013 ... 47

Anexo M – Bioquímico realizado no dia 29/08/2013 ... 48

Anexo N – Resultado da cultura microbiológica de suab anal ... 49

Anexo O – Antibiograma da bactéria Staphylococcus aureus ... 50

Anexo P – Antibiograma da bactéria Escherichia coli ... 51

Anexo Q – Hemograma realizado no dia 02/09/2013 ... 52

Anexo R – Bioquímico realizado no dia 02/09/2013 ... 53

Anexo S – Hemograma realizado no dia 09/09/2013 ... 54

Anexo T – Bioquímico realizado no dia 09/09/2013 ... 55

Anexo U – Hemograma realizado no dia 16/09/2013 ... 56

Anexo V – Bioquímico realizado no dia 16/09/2013 ... 57

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 8

1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 10

2. DISCUSSÃO ... 12

2.1 Cesariana para correção de distocia em equino sem raça definida (SRD) ... 12

2.2 Inflamação colônica em equino da raça Crioula ... 22

CONCLUSÃO ... 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 31

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INTRODUÇÃO

Os estágios curriculares são disciplinas previstas no currículo acadêmico que possibilitam o incremento na formação do estudante no âmbito social, profissional e cultural. Os estágios complementam o aprendizado permitindo que o aluno estabeleça uma conexão entre a teoria e a prática ratificando ou não a área escolhida para atuação profissional.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária iniciou no dia 01 de agosto de 2013 e terminou no dia 04 de setembro de 2013, totalizando 150 horas, e foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ), no município de Cruz Alta, região do Alto Jacuí (figura 1). O estágio foi supervisionado pelo Médico Veterinário Rodrigo Otávio do Canto Cardona e foram desenvolvidas atividades na área de clínica e cirurgia de equinos além de procedimentos cirúrgicos em caninos.

O Hospital Veterinário de Cruz Alta apresenta fluxo intenso de atendimento tanto na clínica e cirurgia de pequenos animais quanto na clínica e cirurgia de equinos. Os blocos cirúrgicos apresentam divisão física e são bem equipados com oxímetro de pulso, aparelho de anestesia inalatória com sistema de filtro valvular, cilindro de oxigênio, mesa cirúrgica em aço inoxidável para caninos e mesa cirúrgica com sistema eletrohidráulico para equinos, climatizadores e sala de indução anestésica estofada para equinos, o que propicia boa prática e aprendizado nos procedimentos cirúrgicos. O objetivo desse relatório é descrever dois casos

Figura 1. Mapa das regiões do Estado do Rio Grande do Sul adaptado para visualização da região na qual o Estágio Final foi realizado.

Fonte: Atlas Socioeconômico do Estado do Rio Grande do Sul.

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clínico-cirúrgicos que foram acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

O primeiro relato de caso se refere a um parto distócico que foi corrigido através de intervenção cirúrgica (cesariana) em um equino sem raça definida. A distocia é definida como parto difícil (SMITH, 2006) e representa uma situação de emergência que precisa ser resolvida imediatamente para manutenção do bem-estar da matriz e do feto (VANDEPLASSCHE, 1993). Distocias ocorrem em todas as fêmeas domésticas, porém a incidência é mais alta em vacas e cadelas (TONIOLLO e VICENTE, 1993) e menos incidente (cerca de 1%) em equinos (REED e BAYLY, 2000). Por esta espécie apresentar prenhez longa, o parto é um evento importante dentro do ciclo reprodutivo (VALENTE et al, 2006). Dessa forma, recomenda-se que as éguas sejam avaliadas obstetricamente e ginecologicamente no periparto, através de palpação retal e ultrassonografia (PTASZYNSKA, 2007), e sejam assistidas durante o parto (SMITH, 2006) como forma de prevenção e diagnóstico de distocia.

O segundo relato de caso se refere à inflamação colônica em equino da raça Crioula. As doenças que envolvem o sistema digestório como as cólicas, as diarreias e as enterotoxemias, representam 50% dos problemas médicos que resultam na morte de cavalos adultos (GONÇALVES, JULLIAND, LEBLOND, 2002). A colite é a inflamação aguda do cólon e geralmente vem associada a uma série de eventos fisiopatológicos locais e sistêmicos como a diarreia (SMITH, 2006), a qual pode ser intensa e com avanço clínico rápido (HODGSON e ROSE, 1993). A fisiopatologia da colite não está completamente esclarecida e várias podem ser as causas que levam a ocorrência dessa enfermidade (REED e BAYLY, 2000).

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1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade de Cruz Alta, localizado na rodovia municipal Jacob Della Méa, km 5.6, Distrito Parada Benito, no município de Cruz Alta/RS, durante o período de 1° de agosto a 4 de setembro de 2013 na área de clínica e cirurgia de equinos e cirurgia de caninos.

Na área de Clínica de Equinos foram acompanhados 13 atendimentos clínicos distintos, conforme segue na tabela 1.

ATIVIDADE n %

Raio-x 5 22,73

Exame ginecológico ultrassonográfico 3 13,64

Metrite 2 9,09

Odontologia 2 9,09

Tratamento para deiscência de pontos 2 9,09

Atrofia massetérica 1 4,55

Flebite 1 4,55

Infiltração articular 1 4,55

Ruptura de fibras musculares 1 4,55

Sondagem nasogástrica 1 4,55

Tétano 1 4,55

Tratamento de ferida lacerada 1 4,55 Tratamento para ruptura de tendões 1 4,55

TOTAL 22 100,00

Tabela 1. Relação das atividades desenvolvidas na área de Clínica de Equinos durante o Estágio Final.

Na área de cirurgia de equinos e caninos foram acompanhados 12 procedimentos cirúrgicos diferentes envolvendo sistema digestório, sistema reprodutor masculino e feminino, sistema tegumentar e sistema locomotor, relacionados na tabela 2.

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ATIVIDADE n %

Ovariohisterectomia* 3 20,00

Vólvulo intestinal 2 13,33

Abcesso rostral 1 6,67

Artroscopia 1 6,67

Distocia com cesariana 1 6,67

Distocia com fetotomia 1 6,67

Enterolitíase 1 6,67 Inflamação colônica 1 6,67 Lipoma pedunculado 1 6,67 Neurectomia 1 6,67 Penectomia 1 6,67 Mastectomia parcial** 1 6,67 TOTAL 15 100,00

Tabela 2. Relação das atividades desenvolvidas na área de Cirurgia de Equinos e Caninos durante o Estágio Final.

* Procedimento cirúrgico eletivo realizado em caninos.

** Procedimento cirúrgico realizado em caninos para retirada de neoplasia mamária.

Nesse relatório, serão abordados dois casos clínicos: um caso de cesariana para correção de distocia em equino sem raça definida (SRD) e um caso de inflamação colônica em equino da raça Crioula.

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2. DISCUSSÃO

2.1 Cesariana para correção de distocia em equino sem raça definida (SRD)

Eutocia ou parto normal é definido como o processo fisiológico pelo qual ocorre a expulsão do produto para o meio exterior após a ruptura dos envoltórios fetais, ao término do período gestacional (PRESTES, 2000). O parto ocorre a partir da interação entre fatores neuroendócrinos e mecânicos, entretanto, a interação entre esses fatores ainda não foi completamente esclarecida (HAFEZ, 1988).

Quando um equino inicia o trabalho de parto, devem ser observados o tempo de ruptura da membrana corioalantóide, a duração e intensidade do trabalho de parto, se houve o aparecimento de membrana ou parte fetal na vulva e se houve algum tipo de tentativa de auxílio ao parto (REED e BAYLY, 2000; SMITH, 2006). O auxiliador só deve intervir quando não houver rompimento das bolsas fetais; quando há contrações, mas o parto não progride e quando os membros do feto não protruirem pela vulva (GRUNNERT, 1977).

A distocia é definida como parto anormal ou difícil, tendo origem materna ou fetalambas, que impede a passagem do neonato pelo canal do parto (ARTHUR, 1975; REED e BAYLY, 2000; ROBERTS, 1986). A probabilidade de ocorrer uma distocia de origem fetal (mau posicionamento, má postura, má apresentação) é muito maior do que de origem materna tanto em éguas quanto em ruminantes (HAFEZ, 1988; ROSSDALE e RICKETTS, 1980).

Nos cruzamentos em que a fêmea é menor que o macho, por exemplo, pode ocorrer uma desproporção fetopélvica pré-dispondo à distocia. A desproporção fetopélvica é uma causa comum de distocia em ruminantes e constitui-se numa causa rara de distocia em equinos (SMITH, 2006).

No tratamento de animais com distocia, é imprescindível o acesso precoce ao animal em trabalho de parto e a escolha do método para correção. Os procedimentos obstétricos para correção de um parto distócico são o reposicionamento, a tração ou extração forçada, a fetotomia, a episiotomia, a laparotomia e a láparo-histerectomia (SMITH, 2006; REED e BAYLY, 2000).

O reposicionamento é o método utilizado com maior frequência e serve para corrigir má postura, posição e apresentação seguida da liberação do feto. Consiste em retornar o feto à apresentação, posição e postura normais por repulsão, rotação, versão e ajuste ou extensão dos membros fetais. Deve ser empregado quando o feto ainda estiver vivo, antes do uso da extração forçada e o menos traumático possível. É dependente do tempo em que o animal se

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encontra em distocia e da causa da distocia (REED e BAYLY, 2000). Smith (2006) afirma que o reposicionamento é mais difícil na égua do que na vaca, pois requer extensa repulsão para propiciar um espaço adequado à manipulação.

A extração forçada consiste na aplicação de força de extração sobre o feto dentro do útero sendo utilizada na inércia uterina, após a mutação corretiva, na dilatação cervical inadequada, nas apresentações posteriores e combinada com a fetotomia. Quando utilizada sem cuidado pode resultar na lesão do feto e do trato reprodutivo da fêmea. É necessário observar a postura e posição do feto antes de utilizar esta técnica (REED e BAYLY, 2000; SMITH, 2006).

A fetotomia é a redução do tamanho do feto removendo-se os membros ou dissecando-se o corpo. É indicada quando não o feto não pode ser liberado por mutação, tração ou extração forçada, quando o feto estiver morto na ausência de contração uterina, quando o feto não apresentar-se enfisematoso em alto grau, quando o feto apresentar-se muito grande em relação ao canal do parto, dilatação cervical incompleta e quando houver anormalidades na apresentação, na posição e na postura fetal. Apresenta vantagens como redução do tamanho fetal, eliminação da necessidade de uma cesariana, trauma reduzido, preservação do canal do parto, praticidade, menor custo, etc. No entanto, se não for realizada corretamente por um obstetra experiente poderão ocorrer lesões no canal do parto (BLANCHARD, 1989; REED e BAYLY, 2000; ROBERTS, 1986; SMITH, 2006; VANDEPLASSCHE, 1993).

Para prevenção de lacerações perineais, pode ser empregada a técnica da episiotomia. A episiotomia é um procedimento obstétrico controlado que pode ser realizado na égua para promover maior dilatação vulvar a fim de facilitar a expulsão do produto (PRESTES, 2000). Deve ser evitada a incisão única linear no períneo em direção ao ânus, sobre risco de haver lacerações incontroladas. Preferencialmente, procedem-se incisões oblíquas lateralmente à comissura dorsal ou superior da vulva. Terminado o parto, aplicam-se pontos de sutura na mucosa e pele, reconstituindo o local. A perfeita simetria deve ser observada, evitando-se deformações (JENNINGS, 1984; KERSJES, NÉMETH, RUTGERS, 1986).

A laparotomia é indicada nos casos que envolvem torção uterina. A torção pode ocorrer meses antes do animal iniciar trabalho de parto e pode provocar sinais prolongados de cólica que não são aliviados quando o animal é tratado para cólica intestinal. O diagnóstico é realizado palpando-se o útero via retal e os ligamentos largos (REED e BAYLY, 2000).

A láparo-histerectomia ou cesariana consiste na liberação do feto através de incisão na parede abdominal e no útero da égua. Reed e Bayly (2000) afirmam que a cesariana é

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indicada quando o feto estiver vivo e não puder ser liberado de outra forma, pelve fraturada, pelve pequena, feto grande, torção uterina, impossibilidade de liberação do feto de outras formas (ROBERTS, 1986; VAUGHN, 1972). Smith (2006) complementa que a cesariana pode ser o único procedimento para liberação de fetos enfisetamosos, deformados e bicornes. A cesariana oferece algumas complicações como ruptura da artéria uterina durante a manipulação, sobrevivência da égua e do potro e manutenção da capacidade reprodutiva da fêmea (REED e BAYLY, 2000; STASHAK e VANDERPLASSCHE, 1993).

Um equino, fêmea, SRD, com 16 anos de idade, pesando 450kg, chegou ao Hospital Veterinário da UNICRUZ no dia 21 de agosto de 2013. O proprietário relatou que a égua estava prenhe de um equino da raça Quarto de Milha e apresentava corrimento vaginal mucotransparente há 6 dias, emagrecimento progressivo e rolava-se no piquete no qual estava solta. Relatou também que acreditou que a égua havia abortado. Procurou o feto, mas não o encontrou. Solicitou, então, atendimento do veterinário local que recomendou a aplicação de ocitocina e a realização de exame ginecológico ultrassonográfico por outro profissional, pois esse não possuía o aparelho. O proprietário não soube informar a dose aplicada de ocitocina e nem a data da cobertura/parição da égua.

Ao exame clínico, o equino apresentava temperatura retal de 37,8°C, mucosa rosa pálida, frequência cardíaca elevada com 72 batimentos/minuto, presença de movimentos intestinais na ausculta abdominal e contrações uterinas. A frequência cardíaca estava elevada. Realizou-se palpação retal e vaginal. Constatou-se que havia um cheiro fétido e secreção serosanguinolenta proveniente do útero. O potro encontrava-se em estática fetal normal com apresentação longitudinal anterior, posição superior e atitude estendida (GRUNERT, 1977). Diagnosticou-se distocia com morte fetal e recomendou-se a cesariana.

No pré-operatório, administrou-se 1,1mg/kg de Flunixina meglumina¹ endovenoso para alívio da dor e realizou-se coleta de sangue para realização de hemograma (eritrograma e leucograma), proteínas plasmáticas totais, fibrinogênio e bioquímico com mensuração das enzimas hepatocelulares alanina amino transferase (ALT) e da enzima colestática Gama glutamil transferase (GGT), além de avaliar a função renal com mensuração da uréia e creatinina. Nos dias 22 de agosto e 3 de setembro foram realizadas novas coletas de sangue solicitando-se ao Laboratório de Patologia Clínica a avaliação dos mesmos exames já mencionados anteriormente.

O eritrograma (figura 2) não apresentou nenhuma alteração significativa nos dias 21 de agosto e 22 de agosto, revelando a presença de corpúsculos de Howell-Jolly, inclusões esféricas de restos celulares nas hemácias, que sinalizam a resposta da medula óssea em

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relação ao estado anêmico do animal (LOPES, BIONDO, SANTOS, 2007). No entanto, o equino não apresentou nenhum quadro de anemia em nenhuma das datas coletadas não havendo correlação da presença desses corpúsculos com o quadro inflamatório gerado pela distocia. Segundo Coles (1984) os corpúsculos de Howell-Jolly são vistos eventualmente no eritrócito do cavalo. As proteínas plasmáticas totais apresentaram-se sempre dentro do parâmetro de referência tanto no trans-operatório como no pós-operatório.

34,7 54,5 42,0 14,6 7,7 35,6 52,8 37,0 13,2 7,0 35,9 52,9 27,0 9,7 5,1 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 CHCM 31-36% VCM 37-58fL Hematócrito 32-53% Hemoglobina 11-19g/dL Eritrócitos 6,8-12,9milhões 03/09/2013 22/08/2013 21/08/2013

Por outro lado, alguns componentes do leucograma apresentaram alterações significantes (figura 3). A leucopenia por neutropenia evidenciada no trans-operatório demonstra a intensidade da resposta inflamatória ocorrida no organismo do animal. De acordo com Lopes, Biondo e Santos (2007) severas infecções bacterianas podem provocar uma leucopenia por neutropenia, pois ocorre depleção, ou seja, uma demanda de leucócitos anormalmente grande deixando o pool medular de reserva exaurido (COLES, 1984). Os neutrófilos bastonetes foram encontrados apenas no dia 22 de agosto encontrando-se dentro do parâmetro esperado. Os linfócitos apresentaram variações, mas também estavam dentro do valor de referência esperado.

O fibrinogênio (figura 3), proteína plasmática de fase aguda produzida pelo fígado, pode elevar-se entre 3-4 dias e permanecer alto por vários dias quando ocorrem processos inflamatórios (LOPES, BIONDO, SANTOS, 2007). Coles (1984) complementa que o fibrinogênio desempenha papel importante na defesa do organismo ao ser transportado para o

Figura 2. Evolução clínica dos componentes do eritrograma do equino com distocia atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ.

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espaço extravascular auxiliando na localização de processos patológicos. A elevação do fibrinogênio demonstra a resposta inflamatória provocada pela distocia.

600 2520 1260 4200 800 2546 4020 6700 600 2775 7881 11100 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 Fibrinogênio 100-400mg/dL Linfócitos 1500-7700/mm³ Neutrófilos segmentados 2260-8580/mm³ Leucócitos totais 5400-14500/mm³ 03/09/2013 22/08/2013 21/08/2013

No que diz respeito ao exame bioquímico (figura 4), foram avaliadas a função renal, através da creatinina e uréia, e a função hepática através das enzimas alanina amino transferase (ALT) e da enzima colestática Gama glutamil transferase (GGT). A creatinina, substância nitrogenada não-proteica formada durante o metabolismo celular da creatinina e fosfocreatinina, estava abaixo do parâmetro de referência, não apresentando significado clínico importante (COLES, 1984). Um animal acometido com distocia apresenta desidratação e a hipovolemia decorrente disso induz a baixa perfusão tecidual, resultando em limitado fornecimento de oxigênio aos tecidos e diminuição no volume de sangue circulante nos néfrons no rim (DI FILIPPO, SANTANA, PEREIRA, 2008). Consequentemente, ocorre diminuição na taxa de filtração glomerular no rim provocando diminuição na concentração da uréia plasmática devido a reabsorção nos túbulos renais (COLES, 1984).

Figura 3. Evolução clínica dos componentes do leucograma do equino com distocia atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ.

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17,98 0,94 14,24 3,84 16,56 1,06 20,12 2,96 0 5 10 15 20 25 Uréia 21,4-51,36U/L Creatinina 1,2-1,9mg/dL GGT 4,3-13,4U/L ALT 3-23U/L 03/09/2013 22/08/2013

Após a realização dos exames, o equino foi encaminhado para o bloco cirúrgico para realização da cesariana. A medicação pré-anestésica (MPA) era realizada com os fármacos que estivessem disponíveis no estoque do Hospital Veterinário da UNICRUZ. Na cirurgia de cesariana do equino, administrou-se 1mg/kg de Cloridrato de xilazina² na MPA. Na indução anestésica administrou-se 5mg/Kg de Cloridrato de cetamina³ e 5mg/kg de Diazepam4. Após induzido, fez-se entubação oro-traqueal e o animal foi colocado em decúbito dorsal na mesa cirúrgica. Manteve-se o equino em anestesia geral com isoflurano5. No trans-operatório, administrou-se 5L de Ringer com lactato de sódio6 e 4g de ceftriaxona7 diluída em 5mL de solução de Ringer com lactato de sódio6, ambos pela via endovenosa.

Antes da abertura do abdômen, fez-se tricotomia ampla da região abdominal, assepsia utilizando-se álcool, iodo e álcool e colocaram-se os campos cirúrgicos. O cirurgião, o auxiliar e o instrumentador estavam devidamente paramentados. Incisou-se o abdômen na linha mediana ventral, localizou-se o útero e exteriorizou-se o máximo possível para evitar a contaminação da cavidade peritoneal. Colocaram-se compressas abaixo do útero para impedir que restos fetais caíssem para dentro da cavidade. Incisou-se o útero e retirou-se o feto enfisematoso (figura 5).

Figura 4. Evolução clínica das enzimas hepáticas e renais do equino com distocia atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ.

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Para síntese do útero, utilizou-se sutura contínua invaginante não contaminante dupla (Cushing) com fio náilon n° 1. Para síntese da cavidade abdominal, suturou-se a musculatura com sutura de Sultan com fio vicryl n° 2, subcutâneo com sutura isolada simples com náilon n° 0 e a pele suturou-se com pontos contínuos simples com náilon 2-0 (figura 6).

Figura 5. Incisão do abdômen na linha mediana ventral (A). Localização e exteriorização do útero (B). Incisão do útero para retirada do feto morto (C). Feto enfisematoso após a cirurgia de cesariana (D).

Figura 6. Síntese do útero após retirada do feto (A). Útero suturado com sutura de Cushing (B). Síntese da cavidade abdominal com sutura de Sultan (C). Pele suturada após cirurgia de cesariana (D).

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No pós-operatório, o animal foi tratado com Flunixina meglumina1 na dose de 1,1mg/kg, endovenoso, de 24/24 horas, por 4 dias; Sulfato de gentamicina8 na dose de 2mg/kg, endovenoso, de 24/24 horas, por 7 dias e com Enrofloxacina9 na dose de 2,5mg/kg diluídos em 7mL de solução de ringer com lactato de sódio6, endovenoso lento, 12/12 horas, por 7 dias.

Os medicamentos, sulfato de gentamicina e enrofloxacina, administrados para tratamento no pós-operatório do equino com distocia apresentam apenas recomendação para administração pelas vias intramuscular. De acordo com a literatura, a administração de medicamentos pela via não recomendada pode acarretar em prejuízos à saúde do animal como a ocorrência de choque anafilático. Além disso, a enrofloxacina não apresenta recomendação para administração em equinos (SPINOSA, GÓRNIAK, BERNARDI, 2011).

Decorridos oito dias após a cirurgia, realizou-se exame ginecológico ultrassonográfico que revelou a presença de folículo pré-ovulatório com 32mm de diâmetro no ovário esquerdo e pontos ecogênicos no útero evidenciando que a égua apresentava metrite pós-parto (figura 7-A). Administrou-se 10UI de ocitocina10 pela via intramuscular. Cerca de uma hora após a aplicação do medicamento o animal expulsou conteúdo mucopurulento pela vulva (figura 7-B).

Segundo Souza et al (2009), a ultrassonografia permite uma avaliação eficiente do útero, auxiliando no prognóstico e diagnóstico da infecção. Contudo, Paiva Júnior (2008) complementa que para o diagnóstico das infecções uterinas também devem ser levados em consideração o histórico, a inspeção, a palpação retal e a vaginoscopia acompanhados de outras técnicas complementares como a citologia endometrial, cultura bacteriológica, biópsia uterina e ultrassonografia.

Figura 7. Imagem ultrassonográfica do útero do equino com metrite pós-parto (A). Conteúdo mucopurulento expelido pela vulva do equino (B).

(21)

De acordo com a literatura, a ocitocina é um medicamento que necessita de receptores para sua atuação no útero obtendo-se resposta mais intensa desse medicamento até 24h do início do parto (SPINOSA, GÓRNIAK, BERNARDI, 2011). Além disso, apresenta meia-vida de 5 a 20 minutos. Dessa forma, a administração da ocitocina não foi efetiva para o tratamento da metrite. Esse fato é explicado levando-se em consideração o tempo decorrido da cirurgia até a detecção da metrite (8 dias após o parto) não havendo receptores viáveis para ocitocina provocar contrações na musculatura lisa do útero; o tempo decorrido da administração do fármaco até a expulsão do conteúdo uterino (1h) e a manipulação do útero no exame ginecológico ultrassonográfico pode ter contribuído para expulsão do conteúdo.

No dia seguinte, realizou-se novo exame ginecológico ultrassonográfico que revelou a permanência da infecção uterina. Realizou-se, então, a lavagem uterina (flushing) com solução de Ringer com lactato de sódio6 e enviou-se o líquido para cultura e antibiograma no Laboratório de Microbiologia do Hospital Veterinário da UNICRUZ. O tratamento da endometrite em éguas consiste em auxiliar fisicamente o útero a limpar os resíduos inflamatórios e outros contaminantes. Por isso, a lavagem uterina é um método eficaz no tratamento da metrite, pois ajuda a remover o conteúdo infeccioso do útero e não há risco de desenvolvimento de resistência (PTASZYNSKA, 2007).

Na cultura microbiológica obteve-se crescimento bacteriano de Staphylococcus

aureus, sensível apenas à sulfadoxina+trimetoprim e intermediária à ceftriaxona sódica e

florfenicol, e Escherichia coli, sensível apenas a sulfadoxina+trimetoprim e resistente aos demais antibióticos testados. No entanto, apesar de ter sido realizado antibiograma, não foram administrados medicamentos intra-uterinos para o tratamento da metrite.

Doze dias após a cirurgia, o animal apresentou claudicação dos membros anteriores e deiscência de pontos da região abdominal ventral. Ao exame clínico para diagnóstico da claudicação, a palpação da artéria digital palmar revelou pulso negativo demonstrando que não havia laminite. Não foi realizado raio-x. Por se tratar de um animal idoso que apresentava alterações ósseas na região do carpo, administrou-se 4mg/kg de fenilbutazona11 endovenosa, 1x ao dia, por 3 dias para alívio da dor. Além dessa medicação, administrou-se também 4mg/kg de sulfato de gentamicina8 endovenoso, 1x ao dia, por 5 dias e 3g de benzilpenicilina potássica12 endovenosa, de 8 em 8hs, por 5 dias devido ao fato do equino ter apresentado metrite que poderia evoluir para uma septicemia. A deiscência de pontos foi tratada lavando-se a ferida com água corrente, lavando-secando-a, passando-lavando-se água oxigenada e colocando-lavando-se açúcar cristal.

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O equino ficou internado durante 27 dias quando, então, foi liberado (figura 8). Recomendou-se ao proprietário lavar a ferida com água, secá-la e aplicar cicatrizante no local.

A partir desse relato de caso clínico cirúrgico, aconselha-se a avaliação da matriz e do reprodutor masculino antes do acasalamento para que não ocorra distocia devido a desproporção fetopélvica. Nesse sentido, o acompanhamento da gestação e do parto na égua é de extrema importância como forma de prevenir e diagnosticar problemas obstétricos.

Figura 8. Equino após 27 dias de tratamento no Hospital Veterinário da UNICRUZ.

(23)

2.2 Inflamação colônica em equino da raça Crioula

As doenças que envolvem o sistema digestório como as cólicas, as diarreias e as enterotoxemias, representam 50% dos problemas médicos que resultam na morte de cavalos adultos (GONÇALVES, JULLIAND, LEBLOND, 2002). Apesar dos avanços em relação aos métodos de diagnóstico, técnicas anestésicas, cirúrgicas e acompanhamento intensivo no pós-operatório, a mortalidade permanece alta (THOEFNER et al., 2003).

Por possuir peculiaridades anatômicas em seu aparelho digestório, a espécie equina apresenta predisposição a alterações morfofisiológicas graves, responsáveis por sinais de dores abdominais intensas, conhecidas como cólica ou abdômen agudo (PEIRÓ e MENDES, 2004) que pode variar desde um distúrbio passageiro a um episódio complexo e de difícil resolução (ALVES, 1994). Entretanto, outros fatores frequentemente associados a alterações no manejo, na atividade física ou na dieta, infestações parasitárias e fatores intrínsecos, tais como sexo, raça e idade, também tornam o equino propenso a episódios de cólica (LACERDA NETO et al., 1989).

Os equinos acometidos com cólica apresentam agitação da cauda, patear do solo, deita e levanta-se com frequência, rolar-se, coicear o abdômen, brinca com a comida e a água e olhar para o flanco (FRAPE, 2007). Os sinais sistêmicos também aparecem como sudorese, aumento das frequências cardíaca e respiratória, pulso fraco, tempo de preenchimento capilar (TRC) prolongado, extremidades frias e mucosa de coloração vermelho-brilhante a cianóticas (SMITH, 2006). As causas mais comuns de cólica são as gastrointestinais com acúmulo de gás intestinal, cecal ou colônico, hipermotilidade ou espasmos intestinais, compactação alimentar, impactação do mecônio (recém-nascidos) e úlceras gástricas (potros). Por outro lado, vólvulo intestinal, lipoma pedunculado, enterolitíase, parasitismo, dilatação gástrica e enterocolite são causas menos comuns dessa enfermidade (SMITH, 2006).

Em equinos com cólica, as alterações ocorridas nas alças intestinais favorecem a transferência de bactérias e toxinas do lúmen intestinal para a corrente sanguínea, contribuindo para a manifestação de sinais sistêmicos diversos (MOORE e BARTON, 2003). As alterações ocorridas nas alças intestinais repercutem diretamente na composição dos fluidos orgânicos (VALADÃO et al., 1996). Por isso, a identificação e a caracterização dos desequilíbrios metabólicos são importantes para o tratamento clínico ou cirúrgico adequado do paciente com quadro de abdômen agudo (JOHNSON, 1995).

Um dos distúrbios do intestino grosso que acomete os equinos é a inflamação colônica, patologia comum e devastadora, pois pode causar perda de líquido e eletrólitos, endotoxemia, sepse, choque e morte (PALMER e WHITLOCK, 1991). A fisiopatologia da

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inflamação colônica e da diarreia ainda é objeto de estudo dos pesquisadores. Alguns agentes como Salmonela typhimurium, Salmonella agona, Clostridium perfringens tipo A,

Clostridium difficile, Ehrliquia risticci, antiinflamatórios não esteroidais, antibióticos como

tetraciclinas (WINTZER, 1990), toxicose por metais pesados, plantas tóxicas, peritonite e parasitismo (Strongylus sp.) (HODGSON e ROSE, 1993) podem provocar inflamação do intestino grosso e causar diarreia.

Um equino, fêmea, da raça Crioula, com 5 anos de idade, pesando 400kg, chegou ao Hospital Veterinário da UNICRUZ no dia 26 de agosto de 2013. O proprietário relatou que a égua apresentou dores intensas, sudorese, olhava para o flanco, escavava o solo e deitava-se. Como o animal estava na propriedade na cidade de Santa Maria, o proprietário levou o animal até o Hospital de Santa Maria para atendimento clínico. A médica veterinária colocou a sonda nasogástrica e constatou que o animal não apresentava refluxo. A égua foi, então, encaminhada para o Hospital Veterinário da UNICRUZ.

Ao chegar ao hospital, o equino estava deitado no caminhão e apresentava diarreia com cheiro fétido. Foi realizado exame clínico onde se constatou temperatura retal de 35,9°C, frequência cardíaca de 50bpm, mucosa hiperêmica e tempo de reperfusão capilar de 2s. Colocou-se a sonda nasogástrica. Havia refluxo gástrico com líquido marrom-esverdeado no estômago com pH alcalino (figura 9). Suspeitou-se clinicamente da ocorrência de Síndrome cólica. O equino foi, então, encaminhado para o bloco cirúrgico.

O refluxo gástrico é resultado da paralisia da musculatura lisa do intestino. Se o equino não for sondado, ocorre distensão progressiva do estômago e intestino, e sequestro de líquidos e eletrólitos provocando desidratação (MELO, PALHARES, FERREIRA, 2007). No intestino distendido, poderá ocorrer aumento da pressão hidrostática intraluminal, elevação das pressões venosa e linfática porta, isquemia e absorção de toxinas (SINGER, 1998).

Figura 9. Resultado do ph do líquido marrom-esverdeado coletado através da sondagem nasogástrica do estômago do equino.

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No pré-operatório, realizou-se a coleta de sangue e enviou-se ao Laboratório de Patologia Clínica do Hospital Veterinário da UNICRUZ para realização de hemograma (eritrograma e leucograma), proteínas plasmáticas totais, fibrinogênio e bioquímico com mensuração das enzimas hepatocelulares alanina amino transferase (ALT) e da enzima colestática Gama glutamil transferase (GGT), além de avaliar a função renal com mensuração da uréia e creatinina. Nos dias 29 de agosto, 02, 09, 16 e 17 de setembro foram realizadas novas coletas de sangue solicitando-se ao Laboratório de Patologia Clínica novas avaliações para os mesmos exames já mencionados anteriormente.

O eritrograma (hemograma) não apresentou nenhuma alteração significativa em nenhuma das datas. No dia 26 de agosto, o hemograma revelou a presença de corpúsculos de Howell-Jolly, inclusões esféricas de restos celulares nas hemácias, que sinalizam a resposta da medula óssea em relação ao estado anêmico do animal (LOPES, BIONDO, SANTOS, 2007). No entanto, o equino não apresentou nenhum quadro de anemia em nenhuma das datas coletadas não havendo correlação da presença desses corpúsculos com o quadro inflamatório do intestino grosso. Segundo Coles (1984) os corpúsculos de Howell-Jolly são vistos eventualmente no eritrócito do cavalo. As proteínas plasmáticas totais apresentaram-se sempre dentro do parâmetro de referência no trans-operatório e no pós-operatório.

Por outro lado, alguns componentes do leucograma (hemograma) apresentaram alterações significantes (figura 10). A leucopenia por neutropenia evidenciada no trans-operatório e no pós-trans-operatório (dias 26 e 29 de agosto) demonstra a intensidade da resposta inflamatória ocorrida no organismo do animal. De acordo com Lopes, Biondo e Santos (2007) severas infecções bacterianas podem provocar uma leucopenia por neutropenia, pois ocorre depleção, ou seja, uma demanda de leucócitos anormalmente grande deixando o pool medular de reserva exaurido (COLES, 1984). A reação compensatória da medula óssea é lenta perdurando o estado leucocitário por alguns dias. Os neutrófilos bastonetes foram encontrados apenas no dia 26 de agosto encontrando-se dentro do parâmetro esperado. Os basófilos, os eosinófilos os linfócitos e os monócitos apresentaram variações, mas também estavam dentro do valor de referência esperado.

O fibrinogênio (figura 10), proteína plasmática de fase aguda produzida pelo fígado, pode elevar-se entre 3-4 dias e permanecer alto por vários dias quando ocorrem processos inflamatórios (LOPES, BIONDO, SANTOS, 2007). Coles (1984) complementa que o fibrinogênio desempenha papel importante na defesa do organismo ao ser transportado para o espaço extravascular auxiliando na localização de processos patológicos. No dia 29 de agosto,

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o fibrinogênio elevou-se consideravelmente demonstrando a resposta inflamatória provocada pela inflamação colônica no intestino grosso.

300 1749 5300 1000 1850 5000 400 4503 7900 300 260 2600 400 1612 6200 400 3864 6900 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 Fibrinogênio 100-400mg/dL Neutrófilos segmentados 2260-8580/mm³ Leucócitos totais 5400-14500/mm³ 17/09/2013 16/09/2013 09/09/2013 02/09/2013 29/08/2013 26/08/2013

No que diz respeito ao exame bioquímico (exames em anexo), foram avaliadas a função renal, através da creatinina e uréia, e a função hepática através das enzimas alanina amino transferase (ALT) e da enzima colestática Gama glutamil transferase (GGT). A uréia (exame em anexo) apresentou variações, mas manteve-se dentro do parâmetro de referência. A creatinina, substância nitrogenada não-proteica formada durante o metabolismo celular da creatinina e fosfocreatinina, estava elevada no dia 26 de agosto. Sabe-se que um equino com cólica apresenta desidratação. A hipovolemia decorrente dessa desidratação induz a baixa perfusão tecidual, resultando em limitado fornecimento de oxigênio aos tecidos e diminuição no volume de sangue circulante nos néfrons no rim (DI FILIPPO, SANTANA, PEREIRA, 2008). Consequentemente, ocorre diminuição na taxa de filtração glomerular no rim provocando aumento na creatinina sérica circulante (DIVERS, et al., 1987).

A avaliação das enzimas hepáticas ALT e GGT não se mostrou significativa para esse caso clínico. A enzima ALT é válida apenas para avaliar lesão hepática em cães e gatos (LOPES, BIONDO, SANTOS, 2007). As enzimas cujas concentrações são frequentemente determinadas na avaliação das lesões intestinais em equinos com cólica são a creatina quinase (CK), a aspartato aminotransferase (AST), a lactato desidrogenase (LDH) e a fosfatase alcalina (FROSCHER e NAGODE, 1981; VALADÃO et al., 1996).

Figura 10. Evolução clínica dos componentes do leucograma do equino com inflamação colônica atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ.

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A medicação pré-anestésica (MPA) era realizada com os fármacos que estivessem disponíveis no estoque do Hospital Veterinário da UNICRUZ. Na cirurgia do equino com inflamação colônica, administrou-se 0,1mg/kg de acepromazina13 via endovenosa como medicação pré-anestésica. Na indução anestésica, administrou-se 5mg/Kg de Cloridrato de cetamina³ e 5mg/kg de Diazepam4 ambos pela via endovenosa. Após induzido, fez-se entubação oro-traqueal e o animal foi colocado em decúbito dorsal na mesa cirúrgica. Manteve-se o equino em anestesia geral com isoflurano5. No trans-operatório, administrou-se 10mcg/kg de dopamina14 e 1,5mg/kg de lidocaína 2%15 diluídos em 17L de Ringer com lactato de sódio6 pela via endovenosa, além de 3g de ceftriaxona7 diluída em 5mL de solução de Ringer com lactato de sódio6, pela mesma via.

Antes da abertura do abdômen, fez-se tricotomia ampla da região abdominal, assepsia utilizando-se álcool, iodo e álcool e colocaram-se os campos cirúrgicos. O cirurgião, o auxiliar e o instrumentador estavam devidamente paramentados. Incisou-se o abdômen na linha mediana ventral. Inspecionou-se a cavidade abdominal (laparotomia exploratória) para verificar se não havia a presença de enterólitos. Após, realizou-se enterotomia. Incisou-se o ceco retirando-se todo o conteúdo fecal e efetuando-se a enteróclise (lavagem) com água morna. Realizou-se a síntese do ceco com sutura de Cushing dupla com fio categut 2-0 e vicryl 2-0 (figura 11).

Figura 11. Enterotomia realizada no equino (A). Remoção do conteúdo fecal presente no ceco (B). Enteróclise do ceco com água morna (C). Sutura do ceco com sutura de Cushing (D).

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Para síntese da cavidade abdominal, suturou-se a musculatura com sutura de Sultan e vicryl n° 2; o subcutâneo com sutura isolada simples com fio náilon n° 1 e a pele com ponto contínuo simples com fio náilon n° 2-0 (figura 12).

No pós-operatório, o equino apresentava diarreia com perda do epitélio da mucosa do intestino (figura 13). Administrou-se Flunixina meglumina¹ na dose de 1,1mg/kg endovenoso, 1x ao dia, por 4 dias; Ceftriaxona7 na dose de 3g diluída em 5mL de solução de Ringer com lactato de sódio6 endovenoso, de 12 em 12hs, por 7 dias; Sulfato de gentamicina8 na dose de 4mg/kg endovenoso, de 12 em 12hs, por 7 dias; Metronidazol16 na dose de 15mg/kg endovenoso, de 12 em 12hs, por 7 dias.

Figura 12. Síntese da musculatura na cavidade abdominal (A). Sutura contínua simples na pele após o procedimento cirúrgico (B).

Figura 13. Equino apresentando diarreia no pós-operatório (A). Diarreia com perda do epitélio da mucosa do intestino indicado pela seta (B).

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No dia seguinte ao procedimento cirúrgico, o animal apresentou paralisia do íleo. O íleo paralítico caracteriza-se por diminuição na motilidade propulsora, aumento no tempo de trânsito do líquido e de substâncias particuladas e distensão do intestino (REED e BAYLY, 2000). As catecolaminas circulantes, a administração de dopamina para controle da pressão arterial e a manipulação mecânica do intestino durante o procedimento cirúrgico podem pré-dispor os equinos a ocorrência de íleo paralítico (MELO, PALHARES, FERREIRA, 2007). Esse distúrbio geralmente é acompanhado de refluxo gástrico sendo recomendado a intubação nasogástrica para descompressão do intestino. Por isso, o animal permaneceu sondado no pós-operatório.

Na tentativa de reverter o quadro clínico foram administradas drogas pró-cinéticas, pois facilitam ou aumentam o movimento da ingesta ao longo do trato gastrointestinal (VAN HOOGMED, 2003). A terapia utilizada no equino foi 1 ampola de cloridrato de metoclopramida17 pela via intramuscular, por 3 dias e 1,5mg/kg de lidocaína 2%15 sem vasoconstritor em 2L de solução de Ringer com lactato de sódio6 pela via endovenosa em infusão contínua. No entanto, Reed e Bayly recomendam que a metoclopramida seja administrada pela via endovenosa em infusão contínua por 30minutos na dose se 0,5mg/kg (inicialmente) e 0,25mg/kg nas infusões subsequentes.

Três dias após a cirurgia foi realizado suab anal e enviado ao Laboratório de Microbiologia. Na cultura microbiológica obteve-se crescimento bacteriano de

Staphylococcus aureus, sensível apenas à florfenicol e intermediária à eritromicina, e Escherichia coli, resistente a todos os antibióticos testados. Apesar de ter sido realizado

antibiograma, nenhum dos antibióticos foi administrado no equino.

QUINN et al. (2005) afirma que a coleta e envio de amostra para cultivo microbiológico só poderá ser feita se o animal não estiver recebendo terapia antimicrobiana, pois poderá ocorrer interferência do medicamento utilizado no resultado do cultivo bacteriano

in vitro. Nesse caso, a amostra deveria ter sido coletada no dia em que o animal chegou ao

hospital veterinário antes de receber antibioticoterapia.

A égua apresentou deiscência de pontos alguns dias após a cirurgia, sendo tratada com lavagem da ferida com água corrente, secando-a, passando-se água oxigenada e colocando-se açúcar cristal.

Catorze dias após a cirurgia a égua apresentou tromboflebite jugular. Nos equinos, a tromboflebite jugular é geralmente de origem iatrogênica, resultante da complicação do uso prolongado de cateteres venosos ou de injeções intravenosas que causam lesão mecânica ou química na parede do vaso (BAYARS et al., 2003; WEIMER, GRUYS, VAN HOECK,

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2005). Segundo Reed e Bayly (2000), para manutenção da terapia intravenosa, recomenda-se a observação diária do local da inserção do catéter para redução dos riscos de flebite e infecções e a rotatividade desses locais, com intervalos de 24 a 48 horas. Procedimento esse que não foi realizado no equino permanecendo com o cateter por 7 dias.

A tromboflebite foi tratada com pomada tópica a base de dimetilsulfóxido18 (DMSO) e heparina sódica19, 1x ao dia, por 7 dias; 10 comprimidos de ácido acetilsalicílico20 via oral, 1x ao dia, durante 7 dias; 3g de ceftriaxona7 endovenosa de 12 em 12hs, por 4 dias e 5mg/kg de fenilbutazona11 endovenosa, 1x ao dia, por 5 dias.

No dia 18 de setembro, a égua retornou para a propriedade. Na avaliação clínica, não apresentou alteração dos parâmetros vitais tendo se recuperado totalmente da inflamação colônica. Recomendou-se ao proprietário tratar a deiscência de pontos lavando-se a ferida com água, secando-a e aplicando cicatrizante no local.

A partir do acompanhamento desse relato, fica explícito a importância dos centros médicos bem equipados para tratamento clínico e cirúrgico dos equinos com inflamação colônica, visto que essa enfermidade evolui rapidamente podendo levar o animal a óbito.

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CONCLUSÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária permitiu que eu fizesse uma conexão entre a teoria e a prática, possibilitando um incremento na minha formação no âmbito social, profissional e cultural. Além disso, permitiu aprofundar o conhecimento adquirido na disciplina de Clínica de Grandes Animais na área de clínica de equinos. Os casos clínico-cirúrgicos acompanhados durante o estágio demonstraram a importância da pesquisa como fonte de compreensão dos diversos processos patológicos que acometem os equinos.

O relato da cesariana para correção de distocia em equino sem raça definida (SRD) mostrou a relevância da observação da égua e do garanhão antes de realizar o acasalamento, o acompanhamento gestacional e do momento do parto como forma de prevenir e diagnosticar alterações obstétricas evitando a perda econômica da égua e do neonato.

No relato da inflamação colônica em equino da raça Crioula ficou clara a relevância dos centros médicos veterinários bem equipados para tratamento clínico e cirúrgico dos equinos acometidos com essa enfermidade, pois evolui rapidamente podendo levar o animal ao óbito.

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FONTES DE AQUISIÇÃO

1. Banamine® injetável. Schering-Plough Saúde Animal Ind. e Com. Ltda. Av. Sir Henry Wellcome, 335 - Moinho Velho. Cotia, São Paulo.

2. Sedomin®. Ceva Saúde Animal Ltda. Rua Manoel Joaquim Filho, n° 303, bairro Santa Terezinha. Paulínia, São Paulo.

3. Cetamin®. Syntec do Brasil. Rua Soluções do Lar, 105. Jd. Rio Cotia. Cotia, São Paulo.

4. Diazepam genérico®. União química. Avenida do Café, 277, 7º andar. Jabaquara, São Paulo.

5. Isofluorano genérico®. Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica Limitada. Rodovia Presidente Dutra, Km 310. Itatiaia – Rio de Janeiro.

6. Ringer lactato de sódio®. Laboratório Sanobiol Ltda. Av. das Quaresmeiras, 451. Distrito Industrial, Pouso Alegre, MG.

7. Triaxton®. Ariston Indústrias Químicas e Farmacêuticas. Rua Aderbal Stresser , 84. Raposo Tavares, São Paulo.

8. Pangran®. Virbac do Brasil Indústria e Comércio Ltda. Av. Eng. Eusébio Stevaux, 1368, São Paulo.

9. Enro Flec® 10% injetável. Vansil Indústria Veterinária. Rua João Augusto Cirelli, 640. Distrito Industrial – Descalvado, São Paulo.

10. Ocitocina forte®. UCB Saúde Animal. Praça Dr. Joaquim Batista, 150. Jaboticabal, São Paulo.

11. Fenilvet®. Vansil Indústria Veterinária. Rua João Augusto Cirelli, 640. Distrito Industrial – Descalvado, São Paulo.

12. Aricilina®. Ariston Indústrias Químicas e Farmacêuticas. Rua Aderbal Stresser , 84. Raposo Tavares, São Paulo.

13. Acepran® 1%. Vetnil Indústria e Comércio de Produtos Veterinários Ltda. Avenida José Nicolau Stabile, 53. Burck-Lavoureira, São Paulo.

14. Cloridrato de dopamina® genérico. Laboratório Teuto Brasileiro S.A. Rua VP 7-D, módulo 11, quadra 13, DAIA. Anápolis, Goiás.

15. Dorfin®. Hertape Calier Saude Animal S/A. Rodovia MG-050, Km 18,5 Distrito Industrial, Juatuba, Minas Gerais.

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16. Metronidazol® 5mg/mL – 100mL - genérico. Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda. Rua Manoel Mavignier, 5000 – Precabura. Eusébio, Ceará.

17. Noprosil®. Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda. Rua Manoel Mavignier, 5000 – Precabura. Eusébio, Ceará.

18. Dimesol® gel. TRAJETÓRIA Farmacêutica, Coméstica e Veterinária Ltda. Rua Ernesto Ferreira Alegria, 33 - Jardim Primavera. Duque de Caxias, Rio de Janeiro. 19. Trombofob® gel. Abbott Laboratórios do Brasil Ltda. Rua Michigan, 735 - Brooklin,

São Paulo.

20. Ácido acetilsalicílico® genérico. Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08, Bairro Chacara Assay. Hortolândia, São Paulo.

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