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O fracasso escolar e a gestão educacional: um desafio

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CENTRO DE EDUCAÇÃO – CE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EDUCACIONAL. O FRACASSO ESCOLAR E A GESTÃO EDUCACIONAL: UM DESAFIO. MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO. Rosangela Maria Ferrari Batiston. Três Passos, RS, Brasil. 2015.

(2) FRACASSO ESCOLAR E A GESTÃO EDUCACIONAL: UM DESAFIO. Rosangela Maria Ferrari Batiston. Monografia apresentada ao Curso de Especialização do Programa de PósGraduação em Educação a Distância, Área de Concentração em Gestão Educacional, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Gestão Educacional.. Orientadora: Prof.ª Janice Machado dos S. Jensen. Três Passos, RS, Brasil. 2015.

(3) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CENTRO DE EDUCAÇÃO – CE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EDUCACIONAL. A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Monografia de Especialização. O FRACASSO ESCOLAR E A GESTÃO EDUCACIONAL: UM DESAFIO Elaborada por. Rosangela Maria Ferrari Batiston. Como requisito para obtenção do grau de Especialista em Gestão Educacional. COMISSÃO EXAMINADORA:. Prof.ª Janice Machado dos S. Jensen (Ms) (Presidente/ orientadora). Prof. Mariglei Severo Maraschim (Dr.). Prof.ª Lúcia Bernadete Feling Koff (Ms.). Prof.ª Myrian Cunha Krum (Ms.) (Suplente). Três Passos, RS 2015.

(4) RESUMO. O FRACASSO ESCOLAR E A GESTÃO EDUCACIONAL: UM DESAFIO AUTORA: Rosangela Maria Ferrari Batiston ORIENTADORA: Professora Janice Machado dos S. Jensen. O fracasso escolar gera questionamento na educação sempre na busca de soluções. Para melhor entendê-lo buscou-se interpretá-lo através do processo ensinoaprendizagem, relação professor-aluno, a escola e família. Desta maneira, o objetivo da monografia é apresentar ao leitor o que é fracasso escolar e possibilidades de solução principalmente de como minimizar as interferências que são manter a docência ativa, repensar a prática pedagógica, a relação professor-aluno, e enfrentar o fracasso como desafio na prática do gestor escolar. O primeiro capítulo comenta sobre a gestão educacional e escolar colocando o sentido da busca dos objetivos educacionais necessários para as práticas pedagógicas. O segundo capítulo, explicita as variáveis neste processo tentando explicar o que é o fracasso, a identificação das causas e a influência da família. O terceiro capítulo ressalta o cotidiano escolar quanto à docência mostrando a relação aluno-professor, o plano pedagógico e teorias que podem minimizar o fracasso. E, o quarto capítulo com intuito de ampliar a visão do problema e formas como acontecem traz através desta pesquisa de cunho qualitativo elementos extraídos da utilização de um questionário para os alunos e professores em duas escolas. Para interpretação das respostas utilizou-se o método da Análise de Conteúdo. Concluiu-se que o fracasso deve ser buscado pela gestão democrática através de ações do gestor escolar com intuito de minimizar esse processo, primando pelo êxito e sucesso dentro do Projeto Político Pedagógico. Palavras-chave: Fracasso escolar. Gestão Educacional. Gestor Escolar..

(5) ABSTRACT. SCHOOL FAILURE AND EDUCATIONAL MANAGEMENT: A CHALLENGE AUTHOR: Rosangela Maria Ferrari Batiston GUIDANCE: Prof. Janice Machado dos S. Jensen Considering the educational management, a working steady progress of reality, elucidated here, one of the issues most discussed by the supervisors, which is the escolar. Notoriously failure is the lack of success and how to seek educational activities for their walk to the attainment of goals. Therefore, the first chapter talks about the educational and school management by placing the direction of the pursuit of educational goals required for the pedagogical practices successfully. The second chapter explains the variables in this process trying to explain what is the failure to identify the causes and the influence of the family. The third chapter highlights the everyday school life to teaching as showing the student-teacher relationship, teaching project and theories that can minimize failure. And the fourth chapter in order to enlarge the view of the problem and ways brings happen through this qualitative research elements extracted using a questionnaire for students and teachers in two schools. For interpretation of the responses we used the method of content analysis. It was concluded that the failure must be sought in the democratic management as success and successful experience within the Pedagogical Political Project. Keywords: School failure. Educational Management, School manager.

(6) LISTA DE APÊNDICES APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO COM OS ALUNOS (AS) DA ESCOLA ILDO MENEGUETTI, TRÊS PASSOS, DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EDUCACIONAL DA UFSM. ..... 71 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO COM OS PROFESSORES(AS) DAS ESCOLAS ILDO MENEGUETTI E COROINHA DARONCHI DE TRÊS PASSOS, DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EDUCACIONAL DA UFSM. ............................................................ 72.

(7) SUMÁRIO. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7 1 GESTÃO EDUCACIONAL E O FRACASSO ESCOLAR ...................................... 10 2 .VARIÁVEIS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM................................... 14 2.1.O que é fracasso escolar? ................................................................................ 16 2.2 Identificando as causas .................................................................................... 19 2.3 Influência da família .......................................................................................... 21 3. O COTIDIANO ESCOLAR E A GESTÃO DEMOCRÁTICA ................................. 23 3.1 O Projeto Político-Pedagógico(PPP) e a gestão escolar ............................... 25 3.2 Relação professor-aluno ................................................................................. 27 3.3 Teorias que podem fundamentar ações para minimizar o fracasso escolar ............................................................................................................... 30 4. METODOLOGIA ................................................................................................... 36 4.1 Descrição da metodologia ................................................................................ 36 4.2 Dados ilustrativos da metodologia – Alunos e professores ......................... 37 4.3 Descrição dos resultados, análise e refelexão ............................................... 43 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 64 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67.

(8) INTRODUÇÃO. A presente monografia apresenta o foco do conteúdo da gestão educacional e escolar dentro das práticas pedagógicas, do cotidiano escolar e com suas relações, como por exemplo, família, escola, relação professor-aluno. Neste aspecto vale lembrar que o desenvolvimento da aprendizagem pode acontecer ou não. Quando não acontece, dizemos que houve fracasso escolar. Tentando explicar o mesmo, o assunto discorrido será sobre a forma como ele acontece, de que maneira minimizar e salientar as interferências dentro da atividade docente, que práticas pedagógicas e ações do gestor podem ajudar para que isto não aconteça. Entre elas, poderão ser consideradas o desenvolvimento da gestão democrática com as práticas pedagógicas, o apoio da família e da própria escola no rendimento escolar juntamente com a própria comunidade. Além dessas muitas variáveis como família, escola e sociedade que podem interferir na aprendizagem, o fracasso é o resultado do conjunto de uma soma de fatores resultantes que não foram desenvolvidos de acordo com uma docência ativa e participante, ou seja, pais, alunos e sociedade. Somente a ação pedagógica é que vai orientar o desenvolvimento e amenizar situações como estas. O fracasso escolar não recai então na simples realidade social, mas apresenta vários pontos os quais devem ser trabalhados na escola. E, diante disto, procura-se uma intervenção de solucionar o problema, com uma gestão aberta e democrática que planeja e orienta seus alunos diante do projeto pedagógico. Portanto, o fracasso escolar é um tema relevante e polêmico e requer o olhar dos docentes sobre o mesmo. E inúmeras possibilidades podem ser avaliadas diante do problema em questão, como por exemplo, métodos de ensino, relação professoraluno, currículo, escola. E, diante da insatisfação, da busca de soluções e sabendo o que acontece na vida escolar do aluno foi elucidado o problema buscando interpretar, ou seja, verificar o que é, e como acontece. Que pode fazer o gestor para auxiliar o professor frente a esta situação? No primeiro capítulo o comentário é em relação a gestão educacional e escolar. No segundo capítulo, as variáveis que podem acontecer neste. processo. ressaltando. a. aprendizagem. como. resultado. do. próprio. desenvolvimento do aluno com as causas identificadas e a influência do grupo familiar. No terceiro capítulo, o cotidiano escolar e a gestão mostrando as várias facetas da.

(9) 8. educação e o plano político pedagógico. No quarto capítulo a explicação da maneira como foi desenvolvido o trabalho monográfico com a apresentação dos dados ilustrativos e a reflexão dos resultados. A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas municipais com o corpo docente e alunos de séries finais do ensino fundamental. Os resultados permitiram evidenciar prática e teoria em relação ao fracasso escolar, que pesquisadores e estudiosos associam a falta de participação da família. Segundo (TIBA ,1996): O interesse e participação familiar são fundamentais. A escola necessita saber que é uma instituição que completa a família, e que ambos precisam ser um lugar agradável e afetivo para os alunos/filhos. Os pais e a escola devem ter princípios muitos próximos para o benefício do filho/aluno (Tiba, 1996).. Considerou-se então, o fracasso escolar, apesar de ser uma realidade precisa de rumos novos, com professores que tenham sucesso, planos pedagógicos bem executados, valorizem alunos, família e o meio escolar onde vivem os educandos. Então o que podemos valorizar é a aprendizagem e ressaltar o Projeto Político Pedagógico (PPP), que deve ser realizado junto a gestão escolar, pois este tem a missão de cuidar do ensino-aprendizagem do aluno proporcionando o processo de integração. Logo, o PPP se traduz em estratégia para a efetivação dos princípios e fins da educação nacional, especialmente no que diz respeito à gestão democrática e permitindo que professores, pais, alunos, direção e equipe pedagógica participem da gestão da educação. E este trabalho monográfico tem significativa importância, pois o fracasso escolar além de todas as formas remete a análise da prática pedagógica e toda a trajetória do aluno não na permanência do erro, mas sim do sucesso. Neste caso, podemos ver o que diz a respeito, o documento do (CONAE, 2010): É importante observar, também, que a concepção de sucesso escolar de uma proposta democrática de educação não se limita ao desempenho do/da estudante. Antes, significa a garantia do direito à educação, que implica, dentre outras coisas, uma trajetória escolar sem interrupções, o respeito ao desenvolvimento humano, à diversidade e ao conhecimento. Além disso, implica a consolidação de condições dignas de trabalho, formação e valorização dos/das profissionais da educação e a construção de projetos.

(10) 9. político-pedagógicos (PPP) e planos de desenvolvimento institucional (PDI) articulados com a comunidade e as demandas dos movimentos sociais (CONAE, 2010).. Portanto, observa-se que, o fracasso e as dificuldades de aprendizagem sempre encontrarão intervenções pedagógicas, tentativas de abrir caminhos para a produção escolar pois a educação traz reflexões constantes das práticas pedagógicas, da aprendizagem e socialização dos conhecimentos buscando o êxito escolar..

(11) 1 GESTÃO EDUCACIONAL E O FRACASSO ESCOLAR. Discutir hoje esse assunto é ter o conhecimento dos planejamentos, do currículo e do projeto político pedagógico, pois ele é a democratização da escola sob dois aspectos: interno e externo. O aspecto interno contempla a administração e a participação da comunidade nos projetos enquanto que o externo está ligado à função social da escola, ou seja a maneira como socializa e interpreta o conhecimento. (SOUZA, 2007) A gestão que antes era administrativa hoje está ligada então ao termo: novas políticas públicas, associada ao conteúdo de outras ideias, entre elas a cidadania realizada a partir da participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos da comunidade escolar. Essa gestão busca o entendimento de que o alcance dos objetivos educacionais são conquistas necessárias e as práticas do cotidiano são um novo horizonte para que surja e possa se consolidar um processo democrático. As práticas pedagógicas administrativas podem ser o modelo a seguir, já que a gestão educacional precisa ter em mente o desenvolvimento, o repensar das práticas ou em que sociedade está embutido o projeto ou que projeto de sociedade encontram-se. para. os. educandos.. O. comprometimento. e. a. divisão. de. responsabilidades facilitam a participação de todos os envolvidos e garantem de que os procedimentos tem como referência a legislação vigente que norteiam as ações da escola. Portanto a LBB (1996) nos artigos 14 e 15 ressaltam as seguintes determinações: Art 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola: II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e.

(12) 11. administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. Partindo então do que diz a LDB, a gestão educacional apresenta-se como princípio de autonomia, delegando então a gestão democrática com todos os envolvidos. Sendo assim todo o sistema de educação é legitimado por leis que visam o seu crescimento. Ainda na LDB, art. 12, incisos I a VII, estão as principais delegações que se referem a gestão escolar. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidas; V – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII – informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. Então um dos elementos mais importantes para desenvolver o nível de aprendizado é a gestão escolar. Ela estimula o ensino de qualidade e impulsiona o desenvolvimento da educação como um todo e tem como foco escolar os problemas educacionais, conforme (LUCKE, 2000): A gestão escolar é uma dimensão, um enfoque de atuação, um meio e não um fim em si mesmo, uma vez que o objetivo final da gestão é a aprendizagem efetiva e significativa dos alunos, de modo que, no cotidiano que vivenciam na escola, desenvolvam as competências que a sociedade demanda, dentre as quais se evidenciam: pensar criativamente; analisar informações e proposições diversas, de forma contextualizada; expressar ideias com clareza, tanto oralmente, como por escrito; empregar a aritmética e a estatística para resolver problemas; ser capaz de tomar decisões fundamentadas e resolver conflitos, dentre muitas outras competências necessárias para a prática de cidadania responsável [...] ( LUCK, 2000).. E assim a gestão escolar hoje, ultrapassa a administração e envolve a participação da comunidade, valorizando a aprendizagem, identificando as causas, de como por exemplo, o tão temido fracasso escolar..

(13) 12. Com esta tentativa, o fracasso tem sido cuidadosamente estudado por vários autores como base de entender a história escolar dos alunos que visam a aprendizagem e a respeito de uma aprendizagem significativa, os PCN’S colocam que é: Necessária à disponibilidade para o envolvimento do aluno na aprendizagem, o empenho em estabelecer relações entre o que já sabe e o que está aprendendo. Essa aprendizagem exige uma ousadia para se colocar problemas, buscar soluções, e experimentar novos caminhos, de maneira diferente da aprendizagem mecânica, no qual o aluno limita seu esforço apenas em memorizar ou estabelecer relações diretas e superficiais. (PCNS, 1997). Duas grandes aliadas para ter-se o sucesso ou fracasso, atribui-se a escola e a família, que juntas atuam na formação do ser humano e que são de grande poder transformador, compreendendo todo o desenvolvimento do aluno em relação a aprendizagem. O fracasso é hoje, então, um fenômeno que acontece socialmente em vários aspectos da sociedade, culturais, políticos, sociais e econômicos e se torna complexo diante das situações. Considerando os aspectos citados anteriormente, ainda para muitos professores, o aluno continua sendo o principal responsável pelo insucesso mesmo sabendo que o que contribui para que isto aconteça são inúmeros fatores falhos de aprendizagem. Essa visão fragmentada precisa ser desmistificada no cotidiano escolar. Aqui, a gestão escolar desempenha uma função importante no contexto escolar pois proporciona a responsabilidade dos envolvidos num ensino de qualidade a todos os membros da comunidade apontando caminhos de práticas pedagógicas para o bom desempenho e sucesso dos alunos. Segundo (REIS, 2007): A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos. (REIS, 2007).

(14) 13. Portanto, o fracasso escolar é um desafio a ser vencido pela gestão escolar, pois entende-se como ação pedagógica ineficaz de acordo com (PATTO, 1996). E hoje mais do que necessário valorizar a gestão democrática em relação ao processo de ensino-aprendizagem..

(15) 2 VARIÁVEIS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM. A aprendizagem é um processo que ocorre diferentemente em cada aluno e é significativa, reflexiva e construída aos poucos, portanto todos aprendem, mas cada um de uma maneira. Mas, para que isso aconteça, a base do trabalho pedagógico e da gestão escolar visam organizar, planejar e promover intervenções que sejam reais e participativas. Então, a prática educativa de aprendizagem precisa favorecer a autonomia dos alunos, atender às diversidades, mobilizar os instrumentos de aprendizagem entre outros e neste momento temos o professor, o aluno, a escola e o conteúdo, portanto, o docente deve planejar e trabalhar de acordo com a realidade. Nessa direção, o papel do gestor escolar é imprescindível para estabelecer um clima participativo que seja convidativo e motivador do diálogo e da realização do trabalho coletivo com toda a comunidade escolar. O resultado pedagógico depende do conhecimento e da maneira como o professor desenvolve seu trabalho e a crença do aluno está em acreditar que aprende e assimila com sua própria capacidade, reconhecimento e valorização dos seus sonhos. A preocupação é então encontrar meios eficazes que possam assegurar a todos os alunos condições de um bom desempenho escolar. O que fazer com os alunos que apresentam dificuldades. Suscitar neles o desejo de aprender seria o primeiro passo e entender que o processo de aprendizagem é sempre individual e que todos precisam fazer um grande esforço para melhorar o seu desenvolvimento. Para tal, seu desempenho escolar não está aliado somente à notas baixas, desinteresse pelos conteúdos, distúrbios que podem ser cognitivos ou emocionais, assim como o acompanhamento dos pais e da gestão escolar são o caminho a ser seguido. É preciso existir uma sintonia entre aluno, pais e escola para se conseguir avanços, pois o aluno precisa estudar para ter um desempenho considerado satisfatório Os pais precisam sensibilizar mais seus filhos e despertar limites e o professor também. Quando este assim fizer, mais rapidamente alcançará seus objetivos e despertará a curiosidade e responsabilidade fazendo com que este aluno não se preocupe com notas, mas obtenha resultados e satisfação..

(16) 15. O diálogo e a motivação são a melhor forma de tirar a frustação, o desinteresse, até a falta de capacidade em alguns casos. Um olhar atento ao desajuste causado pela situação da falta de aprendizagem deve ser uma constante preocupação. Eis aí o papel mais importante, que é o da gestão escolar em perceber os fatos do cotidiano escolar e ajudar o professor a nortear este trabalho. Segundo as considerações de BERBAUM (1993) em torno da aprendizagem enfatiza-se o processo multiforme. A aprendizagem manifesta-se como um processo multiforme, de consequências não necessariamente previstas. Uma mesma situação pode modificar simultaneamente o saber, o saber-fazer e o saber-estar. (BERBAUM,1993). Vale ressaltar ainda que, a falta ou demora da aprendizagem é resultado do próprio desenvolvimento do aluno, como ritmo, tempo de aprender e estimulação em cada momento, portanto, o processo de aprendizagem segundo CABRAL (2008) é definido como: [...] um fenômeno natural do ser humano que envolve uma série de fatores: aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. Quando um bebê é estimulado por seus pais a pegar objetos ele o faz, acontecendo o mesmo quando é estimulado a engatinhar, mastigar, andar, ler, diferenciar cores e outras coisas. Dessa forma, é possível dizer que o processo de aprendizagem é tido a partir da motivação (CABRAL, 2008).. Assim, a linguagem utilizada para trazer isso ao aluno são formas de aprendizagem,. seja. pela. palavra,. gestos,. interiorização. do. conhecimento,. organização e exposição do mesmo e pelas competências a serem desenvolvidas. Logo, na vida escolar, é onde o aluno recebe o conhecimento e se torna capaz de aprender e produzir. Além, se pode falar também que o professor deve ser facilitador, fazendo que a aprendizagem dê condições de o aluno organizar o pensamento e expor as ideias. Também nas interações o aluno aprende pois há relacionamento social onde todos tem uma bagagem cultural, a qual é socializada nestes momentos. Para FREITAS (2000) o professor é: “aquele que, detendo mais experiência, funciona intervindo e mediando a relação do aluno com o conhecimento...”.

(17) 16. Sabemos então que as formas de aprendizagens são muitas, como por exemplo desde o nascimento ao longo da vida. Na vida escolar, uma das formas de aprender é pelo estímulo para que o aluno dê importância ao aprendizado, podendo então abranger o envolvimento integral do aluno como diz (KENSKI, 1996): [...] a aprendizagem pode se dar com o envolvimento integral do indivíduo, isto é, do emocional, do racional, do seu imaginário, do intuitivo, do sensorial em interação, a partir de desafios, da exploração de possibilidades, do assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos. (KENSKI, 1996).. Também aprendem pela forma como recebem o conhecimento, perpassam adiante, multiplicam a experiência, pela vivência diária e história de vida. As formas de aprender levam então o professor a buscar a compreensão e auto - estima do aluno, manter um bom relacionamento e mostrar que o aluno pode fazer a diferença e que a escola também se volta para o desenvolvimento da capacidade do aluno de utilizar o conhecimento adquirido. O aluno aprende quando estimulado, utiliza-se de recursos de pesquisa, e integra a sua cultura com a do outro. Considerando estão a aprendizagem do aluno, cabe ao professor dar condições e estimular estas condições propiciando o desenvolvimento de forma eficaz, pois a aprendizagem em sala de aula é o resultado do processo de relacionamento entre professor e aluno e a gestão escolar.. 2.1. O que é fracasso escolar?. Considerando a educação como meta do processo social da gestão democrática que acontece na vida escolar do aluno, pode-se dizer precisamente que, professores realizam atividades visando a aprendizagem, tendo em vista um conjunto de práticas pedagógicas, condições estas necessárias para o processo educativo que venha ao encontro do aluno e do que ele necessita naquele momento. Baseado nestas afirmações, pode-se dizer que a educação precisa ser transformada, e um dos meios para essa inovação, é pelo PPP, plano político pedagógico, tendo nele o que objetiva para o bom desenvolvimento do aprendizado.

(18) 17. como um todo e aplicado no contexto escolar, acontece o êxito. Ao contrário daquele muitas vezes esquecido e guardado em gavetas, ou aplicado e escolas com sucesso. E a prática educativa constitui, portanto, um processo de contínua renovação, de esforços em conjunto, de empenho e não de fragmentação, ou seja, momentos de indecisões e críticas. Desta maneira, mesmo a educação sendo instrumento de participação não desenvolve uma perspectiva de ajuste se as ações pedagógicas falharem. Então, conceitualmente, o fracasso escolar é entendido como um desajuste produzido em algum ponto do sistema educativo, ou seja, na formação dos docentes, na exigência dos conteúdos, na fragmentação curricular ou quem sabe nas responsabilidades oferecidas aos alunos para o aprendizado. Segundo (GIÚDICE, 2013): O fracasso escolar é difícil de ser definido e compreendido por se tratar de um fenômeno que não é natural, mas resultado das condições de interação entre a proposta e o ensino, a assimilação do aprendizado por parte dos alunos, os modelos de ensino e de avaliação, além do contexto escolar e familiar. (GIÚDICE, 2013). O que pensar então quando os alunos apresentam dificuldades de aprendizagem? Nestes casos quando as dificuldades de aprendizagem são detectadas como falta de entendimento. Transtornos, déficit de atenção surgem momentos em que os profissionais culpam a família, o aluno, a classe social e o próprio sistema. A falta de sensibilidade de o professor não chamar seus alunos na participação, no diálogo; colocá-lo publicamente em evidência, falta de comunicação e interpretação errada de objetivos e posicionamentos são fatos errados. Mas, convidar o aluno a rever o assunto, o estudo de maneira positiva, clara e perspicaz faz com que este abra um leque de oportunidades para a aprendizagem. Segundo ZANELLA (2001), o ser humano aprende em qualquer etapa ou momento da vida, modificando a si e ao mundo, portanto a função do professor é ajudar e propiciar o enfrentamento das situações colaborando positivamente para que o aluno participe e tenha vontade de ser o que é. Com certeza, o que era a causa deixará de acontecer. Desta forma apenas começa, mas inúmeros fatores como, físicos, psíquicos, doenças, substâncias químicas, relação professo-aluno também influenciam na aprendizagem ou fracasso..

(19) 18. Professores tentam resgatar suas respostas no passado, mais propriamente na década de 60 conforme SALES E SILVA (2008) em contraste com o ensino tradicional. Na década de 70, a força tarefa dá ênfase de minimizar o fracasso escolar. E nos anos 80 a atribuição era dos professores. Existe então um culpado para o insucesso compreendido como fracasso escolar? Segundo (FERNANDEZ 1994): “A culpa, o considerar-se culpado, em geral, está no nível imaginário” isto significa que em vez da culpa, o que deve existir é a responsabilidade. Para MEIRA (2002), “fracasso escolar é definido como um mau êxito”, por isso necessário definir bem claro que aprendizagem é o oposto e se esta não ocorre haverá um corte no processo vincular entre quem ensina e quem aprende.. .. A aprendizagem é então a articulação, entre saber, conhecimento e informação. E as manifestações do insucesso são múltiplas, como, por exemplo, abandono da escola antes do fim do ensino obrigatório, reprovações, atrasos no desenvolvimento cognitivo, conflitos familiares, métodos de ensino, indisciplina e a dificuldade dos professores em liderarem com os fenômenos de transferência. Estes fenômenos são aqueles que conduzem às situações em que o aluno transfere a sua agressividade para o professor gerando conflito e grave falta de aproveitamento na aprendizagem. Deve-se estar atenta a real situação do educador e do educando facilitando então o processo de desenvolvimento do saber. O primeiro fato, antes de analisar o fracasso escolar a ver, é a sustentabilidade de uma ação pedagógica eficiente que dê resultados para que os alunos visem o sucesso, por isso este problema visa esclarecer o significado do baixo rendimento ao qual foi denominado fracasso escolar, porque segundo ROVIRA (2004): Há fracasso na escola quando o rendimento é baixo, quando a adaptação social é deficiente e, também, quando se destrói a autoestima dos alunos. Deve se aprender na escola conhecimentos e deve-se aprender a viver de acordo com um mínimo de normas compartilhadas, mas a escola também deve inculcar em seus alunos a confiança neles mesmos, deve lhes dar um vivo sentimento de valor, de capacidade, de força, de certeza que podem conseguir muitas coisas a que se propõem. A escola não deve criar indivíduos apáticos, desanimados ou desmoralizados. [...] Não há pior fracasso escolar que produzir alunos com tão baixa estima. (ROVIRA, 2004). Segundo o autor o baixo rendimento vem da adaptação social considerada então como deficiente e destrutiva, pois acaba a autoestima do aluno e sabendo que.

(20) 19. o fracasso escolar é um problema da escola, dos pais e da própria comunidade escolar, pretende-se ampliar a visão de melhorar este desempenho através das inferências, como por exemplo, identificar as causas, quais as variáveis da aprendizagem, o que é fracasso ou insucesso escolar, o que pode a gestão escolar desempenhar neste fato? Vale também ressaltar, a construção de um espaço educativo de sucesso perpassado pelo trabalho coletivo pautado na participação de todos os professores. O referido trabalho, assim desenvolvido, atende as necessidades da escola, dos alunos e resulta num trabalho de equipe favorecendo maiores resultados. Assim, o fracasso escolar pode ser compreendido como não apropriação da aprendizagem, de modo que faltou ao aluno, internalizar o conhecimento, valores e conceitos, que culminam em baixas notas, e o que é muito importante é que se note também que o mesmo é apontado para o aluno subestimando e muitas vezes a escola deixa de assumir seu papel responsável, e muito em contribuir neste fato. A gestão aqui neste fato não é ativa. Somente quando for não haverá casos que fiquem pendentes e que o aluno tenha medo de fracassar. Porém, o fracasso pode ocorrer dentro do contexto familiar, cultural, social e político que o indivíduo está inserido, quando o mesmo não recebe o devido valor como cidadão, sua classe social é muito baixa, isto é, de pouca renda, afetando as condições de aprendizagem e também quando os pais estão desinteressados. A gestão escolar, uma toque de coragem, um grito de desafio e de sucesso uma construção de trabalho coletivo, garantia de sucesso aos seus alunos com estudos de qualidade. Não basta estar na escola, é necessário que a mesma sirva de vida e exemplo de gestão.. 2.2 Identificando as causas. Tendo em vista que a aprendizagem é sempre um ato de risco, ou seja, a obsessão pelos resultados, a competitividade entre alunos, a pressão da sociedade sobre a escola, entre outros, o educando pode aprender ou não, assim também, o fracasso escolar. Muitas são as inferências que apontam para estes resultados compreendidos de maneiras distintas, porém cada ponto de vista coloca em evidência.

(21) 20. os alunos, os professores, as famílias, a cultura escolar, os métodos, os conteúdos, as políticas educacionais e a gestão escola. O insucesso passou a ser chamado de fracasso e vários teóricos vêm estudando e mostrando as frequentes causas que educandos enfrentam na vida escolar. As causas são importantes para que se identifique o problema, mas é de interesse que também sejam vistos os responsáveis por tal fato, no caso o conjunto da soma de todos os que atuam na educação. Entre elas encontramos a escola, os alunos, a família, os professores, o conteúdo, os currículos, a família, o sistema educativo e a sociedade. Como centro da atenção evidencia-se o aluno, mas não somente este tem parcela de responsabilidade e sim toda a comunidade escolar, assim, o fracasso se caracteriza então pela incapacidade de um educando corresponder ou não aos objetivos escolares. Dentre os problemas dos alunos pode-se destacar como causa, atraso no desenvolvimento cognitivo, a instabilidade característica da adolescência, esta principalmente, pode levar o aluno a não querer estudar, ser indisciplinado, por causa de problemas familiares, excessiva proteção dos pais, desinteresse pelo estudo, falta de atenção do professor com os alunos, medo de não ser valorizado. A relação familiar com desajuste faz com que os educandos percam estímulo e fiquem desinteressados e até indisciplinados como forma de expor o sentimento que lhes incomoda. Como também, a situação econômica interfere na aprendizagem pela falta de acompanhar os alunos que tem mais poder econômico, no que tange alimentação e vestuário. Em relação aos professores, o que mais preocupa é como será o desenvolvimento da gestão democrática e como poderão desenvolver os conteúdo os métodos de ensino, a falta de didática nas aulas, a indisciplina dos alunos que o professor deixa rolar e a avaliação somente por provas, o que faz com que o educando deixe muita muitas vezes de valorizar o estudo, pois uma avaliação é o acompanhamento de toda a aprendizagem do aluno, seja ela oral ou escrita e a prova não define a mesma. Outro fato importante é o trabalho pedagógico elaborado, identificando, formas, modos, novidades na maneira de dar aula significando a aprendizagem do aluno. Segundo (SAVIANI, 1991):.

(22) 21. [...] é a transmissão-assimilação do saber sistematizado. Este é o fim a atingir. E é aí que cabe encontrar a fonte natural para elaborar os métodos e as formas de organização do conjunto de atividades da escola, isto é, do currículo. [...] Um currículo é, pois, uma escola funcionando, quer dizer, uma escola desempenhando a função que lhe é própria. (SAVIANI, 1991).. Portanto, a escola precisa de um Projeto Político Pedagógico (PPP), organizado, flexível, focado na missão da escola para que esta flua intensamente. Sem PPP, é possível que a escola esteja mais vulnerável ao fracasso escolar.. 2.3 Influência da família. O grupo familiar é um dos pilares de sustentação do ser humano, é onde o indivíduo começa a interagir, conhece os primeiros valores, a sua cultura e afetividade. A família, é responsável pela mediação da pessoa com a sociedade, é dele que as pessoas tiram o seu comportamento, as suas emoções, a suas aprendizagens e vivências. Desta forma, a escola deve buscar a participação das famílias para que colaborem nas ações desenvolvidas e que com certeza influenciarão na aprendizagem. Para que haja uma investigação de mudanças na área educacional, a escola e a família necessitam de um trabalho integrado que possibilite o aluno desenvolver um olhar crítico em relação ao saber em torno da realidade em que vive. Desta maneira é necessário e obrigatório a intervenção da família e da escola na vida do aluno. Entendendo então a família e a escola na perspectiva deste processo desarticulado do qual podemos dizer que a educação não começa na escola mas na vida familiar onde o indivíduo se desenvolve afetiva e cognitivamente desde que haja um ambiente saudável e de afeto. O que o indivíduo aprendeu na família repassará com as outras pessoas, e a partir deste momento trocará experiências as quais lhe darão outros valores de acréscimo. Não podemos esquecer que a família educa e a escola ensina. Portanto, hoje é importante que as famílias não estejam ausentes e distantes da escola. Mas, olhando as perspectivas da sociedade o grupo familiar, hoje, repassa toda educação e responsabiliza escola para tal. Segundo (COSTA, 2000):.

(23) 22. Atualmente, a família tem passado para a escola a responsabilidade de instruir e educar seus filhos e espera que os professores transmitam valores morais, princípios éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal. Justificam alegando que trabalham cada vez mais, não dispondo de tempo para cuidar dos filhos. Além disso, acreditam que educar em sentido amplo é função da escola. (COSTA, 2000). A família é a garantia indispensável para o processo de sobrevivência dos filhos, pois é ela que dá o suporte afetivo e a estrutura para o desenvolvimento, tendo papel formal e informal nos valores a serem construídos, os quais deixarão marcas a serem observadas nos valores culturais do indivíduo. Sendo assim, a família, é o centro da vida social e escolar. A educação bem sucedida é o que vai dar apoio ao comportamento produtivo e influenciar a aprendizagem, consequentemente no desenvolvimento da personalidade e do caráter. Sendo a família, a base, podemos dizer que a aprendizagem já inicia na mesma, quando os pais começam a educar os filhos, mostrar os valores e os limites e aí está o ponto principal em que as escolas devem ter um trabalho sintonizado com os pais dos alunos, buscando soluções para resolver problemas apresentados. Esta parceria escola-família é extremamente benéfica porque cada aluno passa a desenvolver sentimentos positivos e seguros, o que lhes causará melhor desempenho na aprendizagem e é mais do que importante a escola considerar a bagagem cultural de cada aluno, seja nas artes, nas ciências, na linguagem, na cultura. Desta maneira, os pais também se tornam incluídos no processo de ensinoaprendizagem e passam de espectadores a protagonistas porque participam junto com a escola buscando soluções..

(24) 3. O COTIDIANO ESCOLAR E A GESTÃO DEMOCRÁTICA. O cotidiano escolar é de grande importância hoje no contexto atual, pois revela as várias facetas que a educação apresenta: a realidade social e econômica, a aprendizagem e o fracasso escolar, não que essa se codifique à estas três suposições, mas recebe influências, portanto educar é o grande desafio da sociedade que visa contemplar um ensino cognitivo de qualidade, professores qualificados com boa remuneração e apoio das famílias dos educandos ao processo de aprendizagem. E a gestão escolar é um aspecto que possui relevância na situação escolar. Tem o papel de organizar, articular e mobilizar a construção dos processos sócios educacionais, voltados para a formação do sujeito, ou seja, promover a qualidade do processo ensino-aprendizagem. (LEDESMA, 2008). Levando em conta o contexto sócio histórico é possível compreender como acontece o processo escolar, como será a relação escola-família, escola-aluno e escola-comunidade. Qual será a responsabilidade de escolarização na construção da imagem desenvolvida por alunos que não correspondem às expectativas nos termos de rendimento escolar. Considera a educação de qualidade, o ministro Haddad, na época, 2010, comenta que o Brasil pretende alcançar uma educação de qualidade tendo em vista o seguinte propósito. Melhorar a qualidade de ensino público é hoje reconhecida prioridade da nação. Para traduzir este consenso em ação, colaboramos em duas iniciativas. A primeira é a construção de uma rede de escolas médias federais com dimensão técnica e profissional. A segunda é proposta para reconciliar a gestão das escolas pelos Estados e municípios com padrões nacionais de investimento de qualidade. (Haddad, Fernando e Unger, Roberto Mangabeira. Ensino público de qualidade). Por isso, é necessário despertar para o ritmo de aprendizagem de cada aluno, como ele aprende e como se dá o processo e que práticas educacionais são consideradas dentro do contexto escolar. Até que ponto o fator afetividade influencia na cognição da aprendizagem? O afeto é algo indispensável também uma vez que perpassa a relação professor-aluno e os afeta de forma direta ou indireta. Enfim, na.

(25) 24. escola está a busca de experiências de sucesso ou fracasso, como também as práticas pedagógicas que lhe são oferecidas. Conhecer a escola no cotidiano constitui forças, ou seja, tarefas que impulsionem identificando a organização e o sucesso, pois o trabalho escolar é a atuação de cada sujeito e da gestão democrática, ambiente este conhecido, como lugar de interação social. Sendo, instituição social, a escola tem o papel de propiciar instrumentos necessários para que o aluno adquira conhecimento, passando então do saber espontâneo ao sistematizado, assim como afirma (SAVIANI, 2005): [...] Consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos, e de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir este objetivo (SAVIANI, 2005).. E o referido autor ainda completa: A educação não tem o poder de transformar sozinha a realidade social, é apenas um instrumento para que isso ocorra. A função primordial da escola é a de projetar-se como instância socializadora do saber historicamente acumulado, objetivando uma transformação social, através de ações elaboradas com objetivos bem definidos que colaborem para essa transformação (SAVIANI, 2005).. Portanto, há uma necessidade de integração entre escola e família, pois esta é a instituição responsável pela educação integral do indivíduo no intuito de tornar estas pessoas cidadãos críticos e conscientes do se papel na sociedade. Não podemos esquecer que professores e alunos caminham juntos na construção do conhecimento. Quando então, a escola promover a participação e compromisso da comunidade entre si, a gestão democrática, consegue ultrapassar a estrutura física da escola e estabelece um elo de responsabilidade com a comunidade, a quem ela pertence e se reveste de participação e aprendizado para a proposta pedagógica, contribuindo assim para a reflexão de outras práticas e da ação cidadã, isto é, formar pessoas dignas de seu senso crítico e alunos responsáveis politicamente com seus compromissos educacionais..

(26) 25. Revendo o papel da gestão democrática, eis aí o momento da valorização do trabalho em equipe e da função em relação a aprendizagem. Tudo o que uma gestão escolar democrática fizer, visará a preocupação de garantir igualdade de condições dentro do ideal da educação no cotidiano escolar. Portanto, o PPP da escola deve se colocar neste espaço de construção coletiva no intuito de acertar e cumprir seu papel na socialização do conhecimento e ser o eixo e finalidade da produção do trabalho escolar, ou seja, pais, professores, alunos, norteando as práticas do cotidiano escolar e valorizando então a aprendizagem a ser desenvolvida e o papel da gestão democrática. “Uma escola é o que no conjunto são seus gestores, os alunos, os pais, os educadores e a comunidade. A cara da escola decorre da ação conjunta de todos esses elementos” (LUCKESI, 2007). Uma gestão democrática precisa então da participação ativa da comunidade escolar no momento de partilhar o poder e tomar uma decisão.. 3.1 O Projeto Político-Pedagógico (PPP) e a gestão escolar. Projeto Político-Pedagógico é um compromisso de toda a comunidade escolar que busca alcançar objetivos elaborados pelo coletivo, o qual auxiliará na formação de cidadãos críticos, reflexivos e responsáveis. Portanto, não só na mão de gestores deve estar o PPP, mas na participação de todos os envolvidos. Então, toda a vez que falarmos em Projeto Político Pedagógico, nos reportamos com as práticas de gestão escolar. A gestão desta forma deve estar integrada à realidade dos seus alunos partindo sempre de princípios democráticos, reflexão esta que aponta e envolve a articulação direta com as práticas de cidadania, ou seja, o ser político, o aluno, é capaz de responder pelo que faz. Sendo assim o PPP deve ser construído de acordo com a LDB – lei n° 9394/96, a qual incumbe a escola a responsabilidade de elaborar, executar e avaliar o mesmo, devendo também a sala de aula ser lugar de gestão, conforme (LUCKESI, 2007): A própria sala de aula é um lugar de gestão e, principalmente, de aprendizagem da gestão democrática, não só da escola, mas da vida..

(27) 26. Exercitar a gestão democrática na escola é uma forma de ensinar e aprender. (LUCKESI, 2007).. Nesta participação é importante considerar o cotidiano da escola, a produção de todos os envolvidos para fazer sempre o elo de união e assim ter uma gestão articulada com a transformação social de acordo com Paro (2000). Cabe então ao gestor como educador da coletividade, pais, alunos, professores e comunidade, fazer com que a escola cresça, seja eficaz, autônoma e tenha vivência democrática. E a proposta pedagógica da escola seja definida a partir do debate e posições da comunidade escolar, sendo que a gestão escolar engloba a elaboração e acompanhamento do trabalho pedagógico e organização. O gestor escolar então, em consonância, com o que faz deve ser líder pedagógico, acompanhando professores, alunos, lembrando sempre e avaliando as prioridades educacionais, como promover o bem estar da comunidade e a capacitação para seus professores. Deve também estimular o corpo docente a repensar suas práticas, experimentar novas possibilidades, enfatizar resultados alcançados, seja pelos alunos ou professores. Também resgatar a auto - imagem do aluno, as vezes fracassado, aqueles que tem dificuldades e quase desistem de estudar. Este processo de interação social é que vai enfatizar novamente a aprendizagem. O gestor no desempenho das múltiplas funções precisa ter no dia-a-dia, ações bem planejadas, organizadas e abrir as portas da escola para a comunidade participar. Ainda assegurar que a escola realiza sua missão com sucesso. Não podemos esquecer que problemas escolares são inúmeros e complexos, mas cabe a todos os envolvidos diagnosticar o problema e tentar solucionar. Numa gestão democrática com esta, o fracasso pode acontecer mas não permanecer, por isso é necessário diante do mesmo a escola traçar metas que ajudem o aluno a superar a dificuldade. Esta deve apontar novas estratégias que possibilitem um bom rendimento para que o aluno possa desenvolver novas competências. Um dos fatores mais importantes para a aprendizagem é conceber a família como elo de parceria. É necessário então o gestor estar atento as atividades desenvolvidas nas salas de aula, conhecer o trabalho pedagógico de seus professores no sentido de orientar e incentivar progressos, sem esquecer o PPP, para intervir e buscar recursos para.

(28) 27. gerenciar problemas como fracasso escolar ou outros decorridos da falta de aprendizagem.. 3.2 Relação professor-aluno. Nesta relação, considerar o aluno como centro de atenção implica transformações na maneira como a escola é gerida, como lida com a afetividade do processo ensino-aprendizagem, com a gestão e os recursos disponibilizados sejam financeiros ou materiais e também a maneira que se expressa em relação ao envolvimento dos pais e da comunidade. O ato pedagógico é então, o que constitui a autonomia do aluno em relação à aprendizagem e a gestão democrática, representando as tomadas de decisão sobre objetivos propostos com a participação da comunidade escolar. Vale ressaltar que a autonomia é um processo tanto do aluno como do corpo docente e essa acontece pela interação do colegiado escolar. Logo, o aprender, é um processo pessoal que ocorre desde o nascimento e cada pessoa tem um ritmo diferente frente às declarações estabelecidas com o mundo. Portanto, o ser humano aprende em qualquer momento da vida, não sendo diferente quando se trata da aprendizagem. Na sala de aula, o conhecimento é resultado de trocas que se estabelecem na interação professor-aluno. Essa relação implica o sucesso ou o fracasso do mesmo frente ao conhecimento. Quanto ao docente, precisa despertar o interesse dos alunos buscando a sua participação ativa, motivando o conhecimento, estabelecendo os conteúdos de maneira que tenham foco de aprendizagem, isto é, aulas ministradas de diversas maneiras, como por exemplo, teatro, jogos, jornais, poesias, aulas que façam os alunos buscar e aprenderem o conteúdo e quando o professor substituir a sua autoridade por troca e experiência, a relação professor-aluno terá outra identidade. A tarefa do docente vai além de simplesmente produzir ou reproduzir os saberes. O professor precisa estar convicto de que seu papel na sociedade ultrapassa a esfera do conhecimento, que ela está formando um ser político que frente à.

(29) 28. educação e que vai desenvolver a mesma relação dos sujeitos professor-aluno. Desta maneira a sociedade terá um aluno conforme sua aprendizagem de relação. Portanto, é do professor a tarefa de abrir caminhos, planejar ações que possibilitem resultados e práticas, pois o sujeito que fará a mediação entre a escola, a família e a sociedade. Como por exemplo, dessa relação teremos o governante com êxito ou o fracassado poderoso “ditando” as regras do país. Então o professor não deverá se contentar em satisfazer apenas as necessidades e carências, e sim buscar despertar outras necessidades, acelerar a disciplina, métodos de ensino, propor novas experiências e mobilizar o aluno para uma ativa participação. Assim, poderá citar exemplos de dificuldades que alunos apresentam desde os anos iniciais até o final do ensino médio em grande maioria: a dificuldade de ler e interpretar textos. Devido às vezes a linguagem mais culta, à literatura por apresentar textos poéticos e o aluno não entender o lirismo. Também por falta de atenção, hiperatividade, mas não necessariamente. O medo instiga a não falar e sim consentir em tudo o que acontece. Nestes momentos é mais do que necessário perceber o comportamento, as atitudes e envolver o aluno ou alunos com os colegas, orientar, avaliar e fazer com que estes participem tendo melhor rendimento. É importante ensinar ao aluno a coerência textual, pois aí poderão produzir textos bem elaborados. Algo que deve ser orientado e tirado dos trabalhos é a condição do aluno copiar e colar da internet. Infelizmente hoje em nossas escolas professores aceitam a cópia e dão notas exemplares. Neste caso fica a pergunta: como o professor vai cobrar do aluno aquilo mesmo que não sabe e que nem mesmo sendo errado consente. O fracasso escolar também tem esse momento. Assim a leitura, como interpretação e compreensão precisa estar em todos os componentes curriculares, pois é fundamental para qualquer componente pedagógico. A leitura envolve a atividade de compreender o português, a matemática, a química e as outras disciplinas, pois faz com que o aluno, selecione a informação e extraia o entendimento da questão para resolver problemas, equações, encontrar soluções e construir um pensamento próprio. O professor precisa pensar e realçar seu conhecimento, mas também dar condições para seu aluno desenvolver potencialidades, pois o mesmo não é só matemática, química e física. O aluno é dotado de várias inteligências reportando aqui o pensamento de Gardner, portanto, desenvolve a capacidade cognitiva e metacognitiva, isto é, tem uma soma de potencialidades, por isso se fracassa em uma.

(30) 29. disciplina não significa que ele é fracassado e às vezes é isso que o professor vê. A ideia principal da Teoria das Inteligências Múltiplas é a de que possuímos habilidades diferenciadas para cada tipo de atividade, portanto o professor não pode rotular o aluno e colocá-lo em fase de mau êxito. Ainda segundo (GARDNER, 1994): A teoria de Gardner é especulativa e ainda não testada, mas é extensivamente documentada em uma gama enorme de fontes. A Teoria deixa em suspenso a definição de autonomia e de distinção de suas sete inteligências. Enquanto as evidências citadas por Gardner são cientificamente persuasivas e sugerem uma base para o delineamento de diretrizes educacionais, há indubitavelmente a necessidade de um trabalho exaustivo no sentido de verificar os limites das diferentes inteligências. Por enquanto, sua Teoria corresponde a uma alternativa provocativa para as formas convencionais de conceber a inteligência – e suas implicações na forma de ver a inteligência no contexto da prática educacional. (GARDNER, 1994). E segundo Coll (1996), o processo ensino-aprendizagem dá-se no domínio da interação interpessoal, pelas formas como o professor oportuniza ao aluno interagir com o objeto do conhecimento, considerando sempre que: A aprendizagem escolar não pode ser entendida nem explicada como o resultado de uma série de “encontros” felizes entre o aluno e o conteúdo da aprendizagem; é necessário, além disso, levar em conta as atuações do professor que, encarregado de planejar sistematicamente estes “encontros”, aparece como um verdadeiro mediador e determina, com suas intervenções, que as tarefas de aprendizagem ofereçam uma maior ou menor margem para a atividade auto - estruturante do aluno. (COLL, 1996). Em todo o processo de aprendizagem, a interação social é imprescindível para que ocorra o sucesso e não o fracasso escolar. Assim sendo, o professor é aquele que consegue trazer o aluno ao seu pensamento e coloca sua aula como desafio onde os alunos cansam, mas não dormem. Cansam porque acompanham as idas do pensamento do professor e os desafios lançados por ele. O papel do professor está intimamente ligado à transmissão de certos conhecimentos que são predefinidos e que constituem o próprio sentido da existência escolar, logo o professor exerce um papel de “mediador e incentivador” entre cada aluno e os modelos culturais. O professor deve sempre estar motivado para ensinar e ser um incentivador na construção do saber. O bom relacionamento na sala de aula é quase sempre tão.

(31) 30. importante quanto à variedade de métodos e recursos instrucionais utilizados. Podemos sentir que o relacionamento entre os elementos de uma classe é bom quando vemos os alunos alegres, bem humorados e seguros enquanto desenvolvem as atividades de aprendizagem, e assim com certeza esta relação é a que se espera para o futuro do sucesso escolar e do processo de gestão da escola que deve estar baseado no seu Projeto Pedagógico.. 3.3 Teorias que podem fundamentar ações para minimizar o fracasso escolar. O fracasso escolar é um tema relevante polêmico e requer atenção da gestão escolar sem contar que é a discussão contínua como parte de um processo que precisa reelaborado no dia-a-dia. É necessário então uma reflexão sobre as práticas educativas e cotidianas dos docentes e o rendimento compreendido como fracasso ou sucesso. Nesta pesquisa se ressalta a importância do desenvolvimento de aprendizagem para que não haja fracasso e o papel da gestão escolar como suporte para buscar respostas. Mesmo que haja fracasso, temos que pensar, de que forma acontece, por quê? E como o docente pode fazer algo sobre isso? O fracasso escolar precisa sempre ser discutido onde está acontecendo. Quando parte do aluno é interessante notar de que ponto de partida elucida o problema, o que reclama, intrigar-se, questionar e levantar possibilidades de agir. Entre as causas mais comuns, a reprovação é uma que causa indignação e revolta. Após seguem avaliações mal feitas pelos professores em relação à aprendizagem e o não aprimoramento desta. E estes chocados com a realidade encontram-se com ansiedades, medos, falta de afeto, angústias e também expectativas, porém, precárias. O comportamento em sala de aula, é o reflexo desta situação, ou seja, muitas vezes, aluno indisciplinado, revoltado, sem interesse, pra ele nada é bom. São inquietos, revoltados ou reservados demais, somente na escola. Fora da mesma, tem outro tipo de comportamento, não falo de maneira dúbia, sim de serem uma pessoa totalmente sensata, divertida, sem problemas. Isto significa que na escola reservou, sufocou ideias e sentimentos..

(32) 31. Assim diante desta ideia, a gestão deve estar atenta e refletir os fatos, acompanhar o desenvolvimento, conhecer os seus alunos, dar-lhes oportunidades de serem e fazerem da escola a sua casa. Na justificativa, o problema em questão visa esclarecer o significado do baixo rendimento, chamado fracasso escolar que ocorre com frequência, por isso a necessidade de pesquisar a temática e confrontar com a opinião dos teóricos. Dentre os objetivos se quer uma resposta ao fracasso e identificar que causa este insucesso. Para tanto é necessário encontrar o problema do aluno em consonância com a família, a escola e também valorizar o papel da gestão democrática, na aprendizagem. Então as teorias explicam o que dizem os teóricos a respeito do fracasso. O termo assim conhecido por fracasso escolar resume toda a insatisfação e insucesso da sala de aula no cotidiano escolar, resultado então de reprovação, o que poderia ser entendido como não aprendizagem. Logo, o fracasso escolar, pode acontecer de várias maneiras dependendo sempre do ponto de vista analisado. A questão de hoje, insucesso escolar, compreendido como fracasso, requer o pensamento da conjuntura social que vivemos, a escola de hoje, cheia de planos, também ultrapassada e tentando se renovar pelas políticas públicas e documentos educativos que visam o ensino de qualidade e a busca do sucesso. Os autores buscam explicar o que é o fracasso diante desta sociedade complicada e arrebatadora no sentido de sempre ter e querer mais. Sabemos então que o fracasso no dizer da palavra pode ser interpretado como evasão, reprovação, indisciplina, falta de práticas pedagógicas, currículos adequados, avaliações mal feitas. E esta má qualidade da educação está intimamente ligada ao erro, segundo CARVALHO, 1999): Quando associamos o erro ao fracasso, como se fossem causa e consequência, por vezes nem se quer percebemos, enquanto um termo- o erro- é um dado, algo objetivamente detectável, por vezes, até indiscutível, o outro – o fracasso – é fruto de uma interpretação desse dado, uma forma de encararmos e não a consequência necessária do erro [...] a primeira que devemos examinar é a própria noção de que erro é equivocadamente um indicio de fracasso. A segunda questão intrigante é que, curiosamente, o fracasso é sempre do aluno. (CARVALHO, 1999). O erro então pode sugerir várias interpretações, mas não necessariamente permanecer, por isso MARCHESI E PEREZ (2004) interpretam o fracasso como uma.

(33) 32. perspectiva multicultural, que pode acontecer de várias maneiras, sob vários aspectos. Associado ao erro deve dar condições de o profissional da educação rever fatos, procedimentos metodológicos e assegurar meios de recuperação do aluno. Se o erro não permanecer certamente o problema não tem sequência, evita-se a falta de vontade de estudar, a preguiça e o atraso escolar. Outro enfoque é o fato de como a escola organiza os conhecimentos, comportamentos e linguagens, segundo SOUZA (1999). SAMPAIO (2004) colocam que o fracasso escolar desencadeia outros, como por exemplo, a repetência que torna o aluno fracassado e incapaz de se manifestar, aprender e muitas vezes rotulado na sua aprendizagem, justamente porque não consegue aprender. Como vemos cada autor tem um pensamento para explicar o que acontece. Diante dos que manifestam o problema, há aqueles que não acreditam que o fracasso escolar existe, como por exemplo, CHARLOT (2005). O que na realidade existe são alunos que apresentam dificuldades para aprender em função do nível social pelas condições de moradia, saúde e alimentação. Também podemos concordar que o fracasso escolar não existe, na realidade, alunos que tem dificuldade para aprender pelas diversas condições sociais em que vivem. Há que se concordar também porque pelas dificuldades encontradas, mas isto reduz as condições de aprendizagem, porque hoje, pobreza, falta de moradia, saúde e alimentação, não são requisitos para que o aluno não aprenda.. A própria. constituição garante o direito do aluno à escola com ensino fundamental gratuito e também concede direito às escolas alimentação, para que alunos possam desenvolver condições de aprendizagem. Em contrapartida, ANDRÉ (1999), afirma que o desempenho escolar, a família, os valores, crenças e opções tem mais peso que o nível sócio econômico e suscita a possibilidade de que o desempenho do aluno esteja ligado a questões biológicas, logo o fracasso escolar deixaria de estar acontecendo dentro da instituição. As concepções de fracasso escolar analisadas pelos autores vêm mediadas como não se apresentando pelo mesmo tipo de problema, ou seja, exclusivo da escola, mas sim um reflexo da visão do professor que só apresenta conteúdos chegando então ao limite entre o fracasso e sucesso. E de outro lado, outra forma de ver o fracasso como mera dificuldade de o aluno assimilar o conhecimento e ainda os que acreditam que seja a maneira de a escola tratar as diferenças, assim explicando o motivo de insucesso escolar..

(34) 33. Porém o que se vê, é que ao longo do processo de ensino aprendizagem, o fracasso escolar vai evoluindo, ou seja, mais complicado por que não há melhoras no processo, alunos não aprendem, geram conhecimentos apenas básicos e seu saber sempre pela metade, ficam defasados de um verdadeiro sucesso. E assim, ao longo dos anos, gradativamente, a escola vai contribuindo com o fracasso e ao mesmo tempo os fatores culturais, biológicos e sociais porque o educando é um todo e se desenvolve histórica e politicamente dentro da sociedade. A escola contribui para esta parcela de dívida ou não quando classifica os alunos dando-lhes poder de competir como bons ou maus alunos, deixando em aberto à possibilidade de ajuda para abrir “leques”, outros modos de aprendizagem a partir do desempenho. Esta parte da classificação compreende o fato de o aluno pensar, se sou bom, vou continuar; se sou mau, não consigo aprender, porque continuar? Vale apena estudar? Vou brincar com o estudo e com a vida. E desta maneira a escola está gerando aquele aluno que hoje apontamos como fracassado. A responsabilidade é sim da escola, do professor, da falta de atenção e de carinho que o mestre deveria ter dado ao seu aluno. Carinho, aqui traduzido por atenção e interesse. E também da responsabilidade na própria sociedade, que contribui positiva ou também negativamente para o sucesso. Outro ponto a ser realçado é que os alunos são apenas avaliados por uma prova e o resultado diz que é incapaz, não aprende e sempre tira notas baixas. Neste ponto o professor peca novamente, porque avalia pelos moldes tradicionais e recaiu outra vez na ideia de que o aluno é mau ou bom. PARO (2003), chama atenção para esta situação: [...] a razão de ser da avaliação educativa não é classificação ou a retenção de alunos, mas a identificação do estágio de compreensão e assimilação do saber pelo educando, junto com as dificuldades que este encontra, bem como os fatores que determinam tais dificuldades, com vistas à adoção de medidas corretivas da ação (PARO, 2003).. E ainda se comenta que a escola continua sempre tentando corrigir o erro, mas não se esquece de repetir o mesmo erro. Este continua e aquele não, ou seja, aprovado e reprovado. O mesmo autor, explica:.

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