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Prática Civil 1 Petição Inicial ABC 2020 2S

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(1)

Plano de Ensino

Presença

(2)

Plano de Ensino

I – Petição inicial

1. Requisitos formais

1.1. Ações de rito ordinário (1)

1A

1.2. Ações locatícias (2)

1B

(3)

Petição Inicial

1

Considerações Prévias

A partir da petição inicial é que serão fixados todos os

parâmetros do processo

As peças jurídicas em geral, incluindo a petição inicial,

devem ser concisas e apresentar linguagem clara.

(4)

Petição Inicial

2

Requisitos (CPC, 319)

I - o juízo a que é dirigida;

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no CPF ou no CNPJ, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de

(5)

Petição Inicial

3

Fato e Fundamentos Jurídicos (CPC, 319, III)

Fatos: são que eventos ou acontecimentos que originaram o

conflito, ocorridos no plano material (causa de pedir remota)

Fundamentos Jurídicos: a consequência jurídica pretendida pelo

autor decorrente exatamente dos fatos anteriormente narrados

(causa de pedir próxima).

Observação - Em petições iniciais a causa de pedir costuma ser

dividida em dois tópicos: I – Dos Fatos e II – Do Direito.

Não se trata de uma divisão obrigatória, mas recomendável para

que haja maior facilidade na compreensão dos argumentos

trazidos pelo autor.

(6)

Petição Inicial

4

Pedido (CPC, 319, IV)

O pedido é o tópico de elaboração técnica mais precisa (deve ser

sucinto e objetivo), razão pela qual o advogado precisa cuidado

ao elaborá-lo.

Nos termos do art. 322 do CPC, o pedido deve ser certo, logo

interpretado de forma restritiva, não sendo possível ampliá-lo

pela via interpretativa.

Ao formular o pedido na inicial, o advogado deve pleitear um

provimento

jurisdicional

(

condenação

,

declaração

ou

constituição

) e, na sequência, o bem ou interesse pretendido

pelo autor.

(7)

Petição Inicial

5

Pedidos Implícitos

Por força de previsão legal, há situações em que é dever do juiz

se manifestar acerca de determinados pontos:

juros legais, correção monetária e honorários advocatícios

(CPC, art. 322 §1º);

prestações periódicas vencidas (CPC, art. 333);

conforme o caso, multa diária para que o réu faça ou deixe de

fazer alguma coisa (CPC, art. 537).

Importante

: apesar da omissão de tais pedidos na petição inicial

não consistir erro propriamente dito,

os examinandos devem

sempre formulá-los para evitar desconto na pontuação

.

(8)

Petição Inicial

6

Pedidos Cumulados (CPC, 327)

A legislação permite a denominada cumulação de pedidos desde

que (CPC, art. 327, §1º):

os pedidos sejam compatíveis;

o mesmo juízo seja competente para apreciar os pedidos; e

as causas tenham o mesmo procedimento, ou, se houver

diferenças de procedimento, que se utilize o procedimento

comum, rito ordinário.

(9)

Petição Inicial

7

Valor da Causa (CPC, 319, V)

Toda causa cível, contenciosa ou não, deverá mencionar o valor

da causa, com base em dois critérios básicos:

fixação legal, como questão de ordem pública (art. 292 do

CPC e

legislações extravagantes - Lei 8.245/1991, art. 58, III

).

atribuição voluntária, diante da ausência de previsão legal, o

valor da causa é fixado livremente, pela estimativa do autor

(art. 291 do CPC).

Atenção: indicação correta do valor da causa é rigorosamente

observada no Exame de Ordem e em Provas Práticas em geral,

merecendo atenção especial o art. 292 do CPC e respectivos

incisos quando da elaboração da petição inicial.

(10)

Petição Inicial

8

Diferença entre Pedido e Requerimento

Apesar de não existir distinção explícita no CPC, não é de boa

técnica confundir

pedido

com

requerimento

(“pede-se” uma

prestação jurisdicional, enquanto “requer-se” uma providência

processual).

Assim:

requer-se

a citação; a juntada de documento, a intimação do

Ministério Público, a expedição de mandado de citação.

pede-se

a condenação do réu a pagar indenização ao autor; a

declaração de nulidade do contrato; a desconstituição do

vínculo matrimonial.

(11)

Petição Inicial

9

Requerimento de Provas (CPC, 319, VI)

As provas formam o convencimento do juiz quanto aos fatos

trazidos aos autos, sendo ônus daquele que faz as alegações (art.

333, I). Assim, deve o autor indicar quais provas pretende

produzir.

Tradicionalmente, assim se requer a produção de provas:

“Requer provar o alegado por todos os meios de prova

permitidos em lei, ou seja, documental, testemunhal,

depoimento pessoal, pericial e inspeção judicial”

(12)

Petição Inicial

10

Requerimento de Citação

É conveniente que o advogado indique

expressamente a forma

de citação

, para que se evitem eventuais delongas no andamento

do processo – com a eleição, pelo juiz, de uma forma citatória

não pretendida pelo autor.

A citação por correio é regra, porém o art. 247 do CPC a

excepciona em certos casos:

a) ações de estado; b) réu incapaz; c) ré pessoa de direito público;

d) local sem o atendimento de serviço postal; e e)

o autor a

requerer de outra forma

.

(13)

Petição Inicial

11

Requerimento de Citação - Formato

Tradicionalmente o requerimento de citação é formulado da

seguinte forma:

Citação Postal

“Requer-se a citação do réu, por correio, com aviso de recebimento, para que, querendo, apresente defesa no prazo legal, sob pena de revelia e consequências legais decorrentes”

Citação por Oficial de Justiça

“Requer-se a citação do réu, por mandado a ser cumprido por oficial de justiça com os benefícios do art. 212, § 2º, do CPC, para que apresente sua defesa no prazo legal, sob pena de revelia e consequências legais decorrentes”

(14)

Petição Inicial

12

Outros Requisitos

Ao elaborar a petição inicial deve-se observar outros requisitos

não previstos no art. 319 do CPC.

São eles:

juntar a procuração (CPC, 104);

juntar as guias de recolhimento de custas ou

requerer os

benefícios da gratuidade da justiça

(CPC, 98);

(15)

Petição Inicial

13

Observações Gerais - Fatos

Em relação à extensão, a causa de pedir é o requisito que mais

espaço ocupa em uma petição inicial. Apesar desta constatação,

com relação aos fatos, e preferível uma simples narrativa, em

que os pontos relevantes para a causa devem ser expostos pelo

advogado de forma clara e objetiva.

A linguagem usual no momento do relato dos fatos (e em toda a

escrita forense, de modo geral) é a utilização da terceira pessoa.

Exemplo:

“A autora, na data dos fatos, estava trafegando pela Av.

Paulista, altura do nº 1.800, quando foi atingida pelo

veículo do réu”.

(16)

Petição Inicial

14

Observações Gerais - Fundamentos

Ao se elaborar a petição inicial, no tocante aos fundamentos

jurídicos, inexiste exigência da indicação do dispositivo legal

(artigo de lei), pois fundamento jurídico (consequência jurídica

dos fatos narrados) não é sinônimo de dispositivo ou fundamento

legal (artigo de determinado diploma legislativo, seja Código ou

lei extravagante).

“Jura novit curia” (O juiz conhece o direito) e “Da mihi

factum, dabo tibi jus” (Dá-me os fatos, te dou o direito)

Porém, é sempre conveniente que se identifique qual o

dispositivo legal aplicável ao caso concreto, bem como, até

mesmo transcrevê-lo,

numa prova ou avaliação

(o que, em

regra, é desnecessário ao elaborar uma petição inicial).

(17)

Sugestão

de Petição Inicial

(18)

BRUNO TELLO, brasileiro, solteiro, engenheiro e VERA AMADOR, brasileira, solteira, professora, ambos residentes e domiciliados nesta Capital, na Rua Carlos II nº 10 – apto. 50 – Pinheiros, decidiram constituir uma união estável e para isso alugaram um apartamento e contrataram a empresa TOPATUDO MÓVEIS LTDA, com sede em Barueri, na Rua Dois, nº 123 – Alphaville, para a confecção de móveis planejados para a cozinha, em 5 de maio de 2016, pelo valor total de R$ 35.500,00. O prazo determinado para a entrega dos móveis foi 22 de julho de 2016. Tal prazo não foi cumprido. Apenas em 19 de novembro foi concluída a instalação dos móveis, entregues em 13 de setembro após muitas ligações. A empresa não pagou a multa pelo atraso na entrega dos móveis no valor de R$ 200,00 para cada dia útil de atraso. Além disso, os móveis foram feitos com MDP, enquanto o contrato previa MDF. Os autores pretendem abatimento de 40% sobre o valor pago e a multa contratual em razão do atraso. Também entendem ser devida indenização por dano moral em valor superior a R$ 20.000,00, afinal não era possível usar a cozinha para possibilitar sua instalação, desde a data prevista para entrega.

(19)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DO XI FORO REGIONAL DA COMARCA DA CAPITAL – PINHEIROS

BRUNO TELLO, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador da cédula de identidade RG n° [número], inscrito no CPF/MF sob o nº [número], [e-mail] e VERA

AMADOR, brasileira, solteira, professora, portadora da cédula de identidade RG n° [número], inscrita no CPF/MF sob o nº [número], [e-mail], ambos

em união estável, residentes e domiciliados nesta Capital, na Rua Carlos II nº 10, apto. 50, Pinheiros, CEP [número], por seu advogado que esta

subscreve, conforme instrumento de mandato anexo, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 318 e ss. da Lei 13.105, 16 de março de 2015 (CPC) propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS, pelo procedimento comum, em face de TOPATUDO MÓVEIS LTDA, empresa de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], [e-mail], com sede em

Barueri, na Rua Dois, nº 12, Alphaville, CEP [número], pelas razões de fato e de

(20)

I. DOS FATOS

Os autores compraram móveis planejados para a cozinha, despensa e área de serviço, contrato nº [número], firmado em 5 de maio de 2016, pagando o

valor total de R$ 35.500,00 (trinta e cinco mil e quinhentos reais), conforme demonstram os comprovantes de pagamentos (doc. anexo).

O prazo determinado para a entrega dos móveis foi 22 de julho de 2016. Tal prazo não foi cumprido. A partir deste momento iniciou-se uma verdadeira penitência na vida dos autores, com significativos danos materiais e morais, que permanecem até agora, posto que apesar das cobranças diárias, apenas em 19 de novembro foi concluída a instalação, com a entrega dos últimos materiais.

O contrato previa a aplicação de multa para o atraso da entrega dos móveis no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) para cada dia útil de atraso.

Além disso, os móveis não estão de acordo com o contratado até o presente momento, cabendo a aplicação das sanções legais e contratuais, posto que era previsto o material MDF e foram feitos com MDP.

(21)

Tais fatos demonstram o descaso no cumprimento do contrato, afinal o casal ficou sem poder usar a cozinha por mais de três meses, até 19 de novembro, tendo sido obrigado a fazer refeições em restaurantes ou usar serviços de entrega de comida por todo o período.

A impossibilidade do uso da cozinha derivou de exigência contratual, posto que os locais de instalação deveriam estar livres de objetos e coisas para receber a equipe de montagem e os produtos a serem instalados.

Tal vício dá ensejo ao abatimento proporcional do preço, conforme assegura o Direito, que será demonstrado no próximo tópico.

Por fim, todo o suceder dos fatos, conforme já se indicou acima, causou grande insatisfação nos autores, diante da impotência em solucionar os problemas provocados pela empresa ré, que tratou com total descaso a situação de constrangimento verificada.

Tal situação fática de angústia, dá ensejo à indenização por dano moral, conforme assegura o Direito, que será demonstrado no próximo tópico.

Apresentados os fatos que autorizam a propositura da ação e o pedido de condenação ao final apresentado, passamos à articulação do Direito.

(22)

II - DO DIREITO

Conforme se infere dos atos acima relatados a relação contratual firmada entre as partes está subordinada ao Código de Defesa do Consumidor, vez que presente os elementos caracterizadores dos arts. 2º e seguintes da Lei 8.078, de 1990.

Assim, à presente hipótese aplica-se o art. 18 da Lei 8.078, de 1990, que assim dispõe:

"Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

(23)

(...)

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.

(...)

§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.

(...)

§ 6° São impróprios ao uso e consumo: (...)

III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam”.

Com efeito, os autores desejam fazer uso do inciso III do §1º do art. 18 da Lei 8.078, de 1990, exatamente como autoriza o respectivo § 3º, a saber: pretendem que a ré seja condenada ao abatimento do preço, com a restituição imediata de 40% (quarenta por cento) do valor total pago, a saber, R$ 14.200,00 (quatorze mil e duzentos reais), monetariamente atualizada, além da multa e da condenação nas perdas e danos.

(24)

Como dissemos acima, a empresa ré também é devedora de multa contratual em razão do atraso, no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) correspondente aos 40 dias de atraso, computados de 22 de julho de 2016 até 13 de setembro de 2016, no importe de R$ 200,00 por dia útil.

Também se mostra devida a indenização por danos morais, pois os problemas experimentados pelos autores, tentando por vários meses solucionar a questão, não obtendo êxito, e ainda sendo obrigados a ajuizar a presente ação para solução dos problemas, configuram danos que ultrapassam os limites de mero incômodo ou aborrecimento.

A doutrina moderna tem afirmado que dano moral não se demonstra nem se comprova, mas se afere como resultado da ação ou omissão culposa “in re ipsa”, traduzido na dor psicológica, no constrangimento, no sentimento de reprovação diante da lesão e da ofensa ao conceito social e à dignidade. Nesse sentido,STJ, REsp. nº 196.024/MG, rel. Min. César Asfor Rocha:

“A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que na concepção moderna da reparação do dano moral prevalece a orientação de que a responsabilidade do agente se opera por força do simples fato da violação, de modo a tornar-se desnecessária a prova do prejuízo em concreto”.

(25)

Dessa forma, dispensável a demonstração do prejuízo ou abalo, para a admissibilidade da pretensão indenizatória de danos morais, pois o dano decorrente de ter contratado serviço específico, com pagamento das prestações avençadas e se ver privado de utilizá-los em virtude da falha na entrega e montagem dos móveis, configura-se dano passível de indenização moral.

No tocante ao valor do dano, entendem os autores que para não caracterizar enriquecimento sem causa, o valor deve ser equivalente ao dobro do lucro da empresa ré esperado nessa operação comercial, que nos critérios do lucro presumido corresponde a 64% do valor contratado, ou seja, R$ 22.720,00 (vinte e dois mil setecentos e vinte reais).

Assim, ficando claro que o fornecedor de serviços responde objetivamente pelos danos causados aos consumidores, em razão (i) do material diverso ao contratado, (ii) da demora na entrega, (iii) dos gastos com alimentação, e (iv) do dano moral, procedentes deverão ser julgados os pedidos.

Por fim, o direito dos autores também encontra amparo na jurisprudência, senão vejamos:

(26)

“Bem móvel - Ação de rescisão contratual cumulada com devolução de quantia paga e dano moral. Não entrega de parte dos bens adquiridos. Entrega dos demais com defeito. Montagem e instalação mal executadas Responsabilidade. Reconhecimento. Restando incontroversa a ausência da entrega de parte dos móveis contratados, bem como demonstrados os vícios e falhas daqueles recebidos, o reconhecimento da mora da vendedora é medida que se impõe, justificando-se plenamente o acolhimento da pretensão voltada à resolução do contrato, com o consequente ressarcimento das quantias pagas. Bem móvel Móveis planejados - Não entrega de parte dos bens adquiridos. Entrega dos demais com defeito. Demora injustificável de solução - Quebra do princípio da confiança - Reconhecimento Indenização por danos morais - Cabimento. Patenteada a responsabilidade da requerida, a comprovada circunstância de a autora haver adquirido bens móveis para guarnecer sua cozinha sem que tenha havido a respectiva entrega de alguns e, por outro lado, a existência de defeitos naqueles recebidos, além da demora inaceitável de solução amigável, constituem fundamentos seguros para a imposição de reparação por danos morais a cargo da fornecedora dos bens em decorrência da frustração da expectativa legitimamente criada e da inobservância do princípio da confiança. Recurso adesivo não conhecido e improvido o recurso de apelação.”

TJSP. 30ª Câmara de Direito Privado. Apelação nº 0019712-26.2012.8.26.0011; Rel. Orlandi Pistoresi, julgado em 06/11/2015.

(27)

Demonstrado o direito, resta claro que a empresa ré ao não cumprir o prazo contratual de entrega, ao não sanar o problema no prazo legal, ao fornecer o produto com qualidade diversa da contratada, causou danos materiais e morais aos autores.

III - DO PEDIDO

Por todo o exposto e diante dos fundamentos de fato e de direito, esta se apresenta para requerer a procedência do presente pedido para:

a) condenar a empresa ao abatimento da quantia paga restituindo a quantia de R$ 14.200,00 (quatorze mil e duzentos reais) nos termos do art. 18, § 1º, inciso III, da Lei 8.078, de 1990, bem como ao pagamento da multa contratual no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), acrescidos de juros e correção monetária na forma da lei;

b) condenar a empresa ré ao pagamento de danos morais no importe R$ 22.720,00 (vinte e dois mil setecentos e vinte reais), conforme os critérios legais apontados nesta inicial;

c) condenar a empresa ré ao pagamento de honorários advocatícios e demais despesas processuais, conforme o previsto na legislação vigente. Elaborado o pedido, resta, ainda, a elaboração dos requerimentos.

(28)

IV – DOS REQUERIMENTOS

Ante o exposto, esta também se apresenta para requerer:

a) a citação da empresa ré, pelo correio, na pessoa de seu representante legal para apresentar resposta a presente ação no prazo legal, sob as penas da lei;

b) a inversão do ônus da prova nos termos do inciso VIII do art. 6º, da Lei 8.078, de 1990;

c) a produção de todos os meios em direito admitidos, em especial pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, prova pericial e depoimento pessoal do representante legal da ré e demais que se fizerem necessárias;

À causa é atribuído o valor de R$ 44.920,00 (quarenta e quatro mil, novecentos e vinte reais), decorrente da soma dos pedidos.

Termos em que, pede deferimento. São Paulo, [data].

[NOME DO ADVOGADO] OAB/SP N.° [NÚMERO]

(29)

FIM DA

APRESENTAÇÃO

DA PEÇA “A”

(30)

Plano de Ensino

I – Petição inicial

1. Requisitos formais

1.1. Ações de rito ordinário (1)

1A

1.2. Ações locatícias (2)

1B

(31)

Ações de Locação

1

Introdução

A Lei 8.245, de 18 de outubro de 1991, dispõe sobre as locações dos

imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes, devendo ser a

fonte principal para a elaboração das ações de locação urbana, com exceção daqueles imóveis relacionados no parágrafo único do art. 1º da lei:

• os imóveis de propriedade da União, dos Estados e dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas;

• as vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos;

• os espaços destinados à publicidade;

• os apart-hotéis, hotéis-residência ou equiparados, assim considerados aqueles que prestam serviços regulares a seus usuários e como tais sejam autorizados a funcionar;

(32)

Ações de Locação

2

Regras Gerais Processuais

(art. 58 da Lei 8.245/91)

Art. 58. Ressalvados os casos previstos no parágrafo único do art. 1º,

nas ações de despejo, consignação em pagamento de aluguel e acessório da locação, revisionais de aluguel e renovatórias de locação, observar - se - á o seguinte:

I - os processos tramitam durante as férias forenses e não se suspendem pela superveniência delas;

II - é competente o foro do lugar da situação do imóvel, salvo se outro houver sido eleito no contrato;

III - o valor da causa corresponderá a doze meses de aluguel, ou, na hipótese do inciso II do art. 47, a três salários vigentes por ocasião do ajuizamento;

(...)

V - os recursos interpostos contra as sentenças terão efeito somente devolutivo.

(33)

Ações de Locação

3

Ação de Despejo

Segundo o art. 5º da lei 8.245/91 a ação para o locador reaver o

imóvel é a

Ação de Despejo

Art. 5º Seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo.

Todas as ações de despejo seguem o

procedimento comum

,

inclusive a ação de despejo fundada na rescisão por falta de

pagamento de aluguéis ou acessórios (art. 9°, III, da Lei 8.245/91)

(34)

Ações de Locação

4

Hipóteses de Despejo – Contrato de 30 meses

O art. 47 da Lei 8.245/91 informa as seguintes hipóteses para

ajuizamento de ação de despejo:

• os casos do

art. 9° da Lei 8.245/91

(I);

mútuo acordo (I); infração legal ou contratual (II); falta de pagamento (III); reparações urgentes pelo Poder Público (IV)

• extinção do contrato de trabalho (II);

• uso próprio, cônjuge ou parente de 1º grau (III);

• demolição ou aumento de área (IV);

(35)

Ações de Locação

5

Outras Hipóteses de Despejo da Lei 8.245/91

Além das hipóteses do art. 47 da Lei 8.245/91 existem outras

hipóteses para o ajuizamento de ação de despejo na lei:

• extinção de usufruto ou fideicomisso (art. 7º);

• alienação do imóvel, observado o art. 8°;

• término de locação não residencial (art. 56);

• término de locação por temporada (art. 59, III);

• contrato

de

locação

não

residencial

por

prazo

indeterminado (art. 57);

(36)

Ações de Locação

6

Despejo por Falta de Pagamento

Peculiaridades

Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte:

I – o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito;

(...)

VI - havendo cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos aluguéis, a execução desta pode ter início antes da desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos.

(37)

Ações de Locação

7

Despejo - Cálculo Discriminado do Valor do Débito

Quadro demonstrativo de valores devidos atualizados Parte I do Demonstrativo

(38)

Ações de Locação

8

Despejo - Cálculo Discriminado do Valor do Débito

Parte II do Demonstrativo

Mês Valor Devido Juros % Juros em R$ Total

Dez/07 12.001,25 8% 960,10 12.961,35 Jan/08 11.885,95 7% 832,01 12.717,96 Fev/08 11.804,50 6% 708,27 12.512,77 Mar/08 11.748,11 5% 587,40 12.335,51 Abri/08 11.688,50 4% 467,54 12.156,04 Mai/08 11.614,17 3% 348,42 11.962,59 Jun/08 11.503,73 2% 230,07 11.733,80 Jul/08 13.200,00 1% 132,00 13.332,00

Aluguéis devidos até o ajuizamento 99.712,02 Honorários conforme cláusula 12º (20% do devido) 19.942,40

Custas 1.320,00

(39)

Ações de Locação

9

Hipóteses de Liminar em Ação de Despejo

O § 1º do art. 59 da Lei 8.245/91 informa as hipóteses para a concessão de liminar:

• descumprimento de mútuo acordo (I); • extinção do contrato de trabalho (II); • término da locação para temporada (III); • morte do locatário (sem sucessor) (IV);

• permanência do sublocatário no imóvel, extinta a locação (V); • havendo a necessidade de se produzir reparações urgentes no

imóvel, determinadas pelo poder público (VI);

• término do prazo notificatório sem apresentação de nova

garantia apta a manter a segurança inaugural do contrato (VII);

• término do prazo da locação não residencial, tendo sido proposta

a ação em até 30 dias do termo ou da notificação de retomada (VIII);

• a falta de pagamento de aluguel e acessórios, estando o contrato

(40)

Ações de Locação

10

Pedido - Ação de Despejo por Falta de Pagamento

Por todo o exposto, esta se apresenta para requerer a

procedência do presente pedido para que

seja declarada

a rescisão do presente contrato de locação

, com a

consequente

expedição do mandado de despejo para a

desocupação do respectivo imóvel

,

em caso da não

observância

do prazo legal

para

a

desocupação

voluntária, bem como, com a condenação ao pagamento

de honorários advocatícios e demais despesas processuais

na forma da lei.

(41)

Sugestão

de Petição Inicial

Ação de Despejo cumulado

com Cobrança

(42)

Juvenal Soares, residente em São Carlos, na Rua Longa, nº 100, Centro, deu em locação a Lourival Mendonça, um imóvel residencial localizado em São Paulo na Rua Alva, nº 99, Pinheiros. A avença foi ajustada por escrito pelo prazo de 30 meses e o aluguel atual é de R$ 800,00, devendo ser pago até o dia 10 de cada mês subsequente ao vencido na residência do locador. Figura no contrato, na qualidade de fiador do locatário e devedor solidário com este, Roberval Pereira, viúvo, domiciliado em Itu, onde reside na Rua Caju, n° 1. Estipulou-se no contrato que, em caso de mora do locatário, este responderia pela multa de 10% sobre o débito pendente, bem como por juros igualmente de caráter moratório de 1% ao mês e, em caso de ajuizamento de qualquer ação, o contraente faltoso ficaria sujeito ao encargo da verba honorária de 10%. Ajustou-se, ainda, que o contraente que viesse a dar causa à resolução do contrato, responderia por multa equivalente a 3 aluguéis do valor vigente à época da infração. O locatário deixou de efetuar o pagamento do aluguel e respectivos encargos pertinentes faz dois meses.

Questão: Na qualidade de advogado de Juvenal prepare a petição cabível na espécie objetivando o despejo e o recebimento dos aluguéis devidos.

(43)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DO IX FORO REGIONAL DA COMARCA DA CAPITAL – PINHEIROS

(dez linhas)

JUVENAL SOARES, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador da Cédula de

Identidade RG nº [número] e inscrito no CPF/MF sob o nº [número], residente e

domiciliado em São Carlos, na Rua Longa, nº 100, Centro, CEP 01503-000, [e-mail], por seu advogado que esta subscreve, conforme mandato anexo, vem,

respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 62 da Lei n. 8.245, de 18 de outubro de 1991, propor a presente AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO DE ALUGUEL CUMULADA COM COBRANÇA DE ALUGUÉIS, que observará o procedimento comum, em face de LOURIVAL MENDONÇA , [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador da

Cédula de Identidade RG nº [número] e inscrito no CPF/MF sob o nº [número],

residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Alva, nº 99, Pinheiros, CEP 03606-000, [e-mail], e de ROBERVAL PEREIRA, [nacionalidade], viúvo, [profissão],

portador da Cédula de Identidade RG nº [número] e inscrito no CPF/MF sob o

[número], residente e domiciliado em de Itu, na Rua Caju, nº 1, CEP

(44)

DOS FATOS

Conforme comprova o contrato de locação anexo (doc. 01), o autor locou ao réu pelo prazo de 30 meses, um imóvel para fins residenciais, localizado nesta Capital, na Rua Alva, nº 99, Pinheiros, CEP 03606-000. Ressalte-se, ainda, que figura no contrato, na qualidade de fiador do locatário e devedor solidário com este, o corréu Roberval Pereira, já qualificado.

Com efeito, ficou ajustado que o réu pagaria a título de aluguel a importância de R$ 800,00 (oitocentos reais) e, em caso de mora, responderia pela multa de 10% (dez por cento) sobre o débito pendente, bem como por juros igualmente de caráter moratório de 1% ao mês.

Nesse sentido, verificamos que o contrato em questão, estabelece o pagamento de prestações liquidas e certas, sempre no dia 10 (dez) de cada mês subsequente ao vencido na residência do locador.

Ocorre, porém, que desde o mês de julho de 2020 o locatário não paga o aluguel, caracterizando a falta de pagamento dos aluguéis, que enseja o pedido de despejo.

(45)

Para tornar o líquido o valor devido, o autor apresenta os quadros a seguir: o primeiro que discrimina o valor do débito, acrescido de multa convencionada no contrato e correção monetária conforme a tabela do Tribunal de Justiça, o segundo, que liquida o total do débito incluindo os juros e os honorários advocatícios nos termos da legislação pertinente. Vejamos:

QUADRO DEMOSTRATIVO DE VALORES DEVIDOS ATUALIZADOS Mês Aluguel Multa Total Divisor Multiplicador Atualizado Mar 800,00 80,00 880,00 50,487820 50,790746 885,28 Abr 800,00 80,00 880,00 50,790746 50,790746 880,00

Apurados os valores dos aluguéis devidos com multa e correção monetária, passamos à liquidação dos valores com a inclusão dos juros de mora e os encargos da locação.

A título de esclarecimento salientamos que o contrato estipula que em caso de ajuizamento de qualquer ação, o contraente faltoso ficará sujeito ao encargo da verba honorária de 10% (dez por cento).

O cálculo dos juros e dos encargos previstos na Lei 8.250/91 será demonstrado no quadro a seguir:

(46)

LIQUIDAÇÃO DOS VALORES DEVIDOS CONFORME A LEI 8.250/90 Mês Valor Devido Juros % Juros em R$ Total

Jan/2020 885,28 2% 17,70 902,98 Fev/2020 880,00 1% 8,80 888,80 Total 1.791,78 Honorários 179,17 Custas 96,00 Total Devido 2.006,95

Com efeito, o réu deve de aluguéis e demais despesas processuais a importância de R$ 2.006,95 (dois mil e seis e reais e noventa e cinco centavos) até a presente data.

DO DIREITO

A ação de despejo está prevista na Lei 8.245/91, sendo certo que a falta de pagamento dos aluguéis e encargos da locação é causa suficiente para a rescisão do contrato e despejo do locatário, tal como se infere do art. 9º, III, c/c o art. 63 da referida lei.

(47)

Assim, sendo incontroversa a ausência de pagamento dos aluguéis e encargos pelo locatário neste caso concreto, outro caminho não há senão a determinação judicial para desocupação do imóvel em questão, após a declaração da rescisão do contrato de locação.

Apresentados os motivos de fato e de direito, resta a elaboração do pedido.

DO PEDIDO

Por todo o exposto, esta se apresenta para requerer a procedência do presente pedido para:

a) em relação ao locatário, rescindir o contrato e decretar-se o despejo por falta de pagamento do mesmo, bem como, condenando-o à desocupação do respectivo imóvel, com a expedição do competente mandado de despejo, observando os prazos previstos no art. 63 da Lei n. 8.245/1991;

(48)

b) em relação a ambos os réus, a condenação do pagamento dos aluguéis devidos conforme apurado nos autos, acrescidos de multa, correção monetária e juros, bem como, ao pagamento de honorários advocatícios e demais despesas processuais.

DOS REQUERIMENTOS

Outrossim, também se requer:

a) a citação dos réus, na forma postal, para que, querendo, apresentem a competente defesa, dentro do prazo legal ou mesmo efetuem o pagamento de todos aluguéis vencidos, atualmente importando em R$ 2.006,95 (dois mil e seis e reais e noventa e cinco centavos), nos termos do art. 62, II, da Lei n. 8.245/91;

b) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, caso se façam necessárias, notadamente, depoimento pessoal do réu, oitiva de testemunhas e demais permitida em lei.

(49)

Nos termos do art. 58, III, da Lei 8.245/91, o autor atribui à causa o valor de R$ 9.600,00 (nove mil e seiscentos reais).

Termos em que,

Pede e espera deferimento, São Paulo, (data).

(Nome do Advogado) (Número da OAB)

(50)

FIM DA

APRESENTAÇÃO

DA PEÇA “B”

(51)

Plano de Ensino

I – Petição inicial

1. Requisitos formais

1.1. Ações de rito ordinário (1)

1A

1.2. Ações locatícias (2)

1B

1.3. Ações de execução (3)

1C

(52)

Ações de Execução

1

Introdução

O processo de execução autônomo, previsto no Livro II do CPC, destina-se ao credor dotado de um título executivo extrajudicial.

Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.

Processo de conhecimento: há dúvida quanto ao titular do direito (crise de certeza) Processo executivo:

não há dúvida quanto ao direito, mas sim problemas

quanto ao cumprimento (crise de inadimplemento)

(53)

Ações de Execução

2

Requisitos

Temos dois requisitos básicos:

(i) inadimplemento: devedor que não satisfaz o crédito de

titularidade do credor (

CPC, 786

);

(ii) título executivo extrajudicial: documento apto a demonstrar

uma obrigação e capaz de possibilitar a propositura do processo

de execução (

CPC, art. 784

).

Os títulos executivos extrajudiciais são aqueles criados pela

vontade das partes, sem prévia participação do Poder Judiciário,

mas desde que previstos na legislação.

(54)

Ações de Execução

3A

Títulos Executivos Extrajudiciais

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

I - a

letra de câmbio

, a

nota promissória, a

duplicata

, a

debênture

e o

cheque

;

II - a escritura pública ou outro documento público assinado

pelo devedor;

III - o

documento particular

assinado pelo devedor e por

2 (duas)

testemunhas

;

IV - o instrumento de transação

referendado

pelo Ministério

Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos

advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador

credenciado por tribunal;

(55)

Ações de Execução

3B

Títulos Executivos Extrajudiciais

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro

direito real de garantia

e aquele

garantido por caução

;

VI - o contrato de

seguro de vida

em caso de morte;

VII - o crédito decorrente de

foro

e

laudêmio

;

VIII - o

crédito, documentalmente comprovado

, decorrente de

aluguel de imóvel

, bem como de

encargos acessórios

, tais como

taxas e despesas de condomínio;

IX - a

certidão de dívida ativa

da Fazenda Pública da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente

aos créditos inscritos na forma da lei;

(56)

Ações de Execução

3C

Títulos Executivos Extrajudiciais

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

X - o crédito referente às

contribuições ordinárias ou

extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva

convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que

documentalmente comprovadas;

XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro

relativa a

valores de emolumentos e demais despesas devidas

pelos atos

por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas

em lei;

XII - todos

os demais títulos aos quais, por disposição expressa,

a lei atribuir força executiva

.

(57)

Ações de Execução

4

Outras espécies de Execução

No Código, há as seguintes espécies de execução:

• por

quantia certa contra devedor solvente

(CPC, 824);

• para a entrega de coisa (

CPC, 806

e

CPC, 811

);

• de obrigação de fazer e não fazer (

CPC, 814

);

• contra a Fazenda Pública (

CPC, 910

);

• de alimentos (

CPC, 911

);

Todas seguindo as regras gerais previstas no art. 797 do CPC

(58)

Ações de Execução

5A

Petição Inicial

A petição inicial deve observar os seguintes requisitos, basicamente: • (i) endereçamento (CPC, 319, I, onde serão observadas as regras

de competência da execução CPC, 781);

• (ii) qualificação das partes com CPF ou CNPJ (CPC, 798, II, b); • (iii) a exibição do título executivo extrajudicial (CPC, 798, I, a); • (iv) a demonstração do débito atualizado (CPC, 798, I, b), com o

índice de correção, a taxa de juros e os termos inicial e final, a periodicidade da capitalização e a especificação do desconto obrigatório (CPC, 798, parágrafo único);

• (iv) requerimento para citação por oficial de justiça (CPC, 829, § );

(59)

Ações de Execução

5B

Petição Inicial

Nessa petição inicial de execução não há pedido propriamente dito (salvo em relação aos honorários), mas requerimento de citação e

medidas para a obtenção da satisfação da dívida, portanto:

• deve-se destacar o inadimplemento (CPC, 786) e a existência do título (CPC, 784), visto que estes são os requisitos necessários para a utilização da execução;

• não há requerimento de provas, mas deve-se requerer a juntada do título executivo (ou comprovação da posse dele) (e, em se tratando de execução por quantia, deve-se fazer menção ao demonstrativo de débito);

• na execução de quantia é possível a indicação de bens a penhorar (CPC, 798, II, c), inclusive requerer a penhora on-line (CPC, 854), bem como a condenação em honorários (CPC, 827).

(60)

Problema

Bruno Phantum, casado pelo regime da comunhão de bens com

Janice Pereira, domiciliado neste Município e Comarca de São

Paulo onde reside na Rua X, n. 100, subdistrito de Santo Amaro,

emprestou, por meio de contrato particular que dele

participaram duas testemunhas, a quantia de R$ 17.000,00 a

Fernando Campos, casado pelo regime da comunhão parcial de

bens com Matilde Campos, domiciliado neste Município e

Comarca de São Paulo onde reside na Rua Dois, nº 1, Itaquera,

contrato esse que contou com a fiança de Leôncio Lima e sua

esposa Serafina Lima, domiciliados no Município e Comarca de

Limeira onde residem na Rua da Paz, nº 99. No vencimento da

dívida não houve a quitação, seja por meio de Fernando, seja por

meio de Leôncio e Serafina, apesar de instados a tanto.

Questão: Na qualidade de advogado de Bruno prepare a petição

inicial cabível na espécie.

(61)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL XI – ITAQUERA - COMARCA DA CAPITAL

(dez linhas)

BRUNO PHANTUM, brasileiro, casado, (profissão), portador da Cédula de

Identidade RG (número) e inscrito no CPF sob o nº (número), residente e domiciliado nesta Capital, na Rua X, nº 100, Santo Amaro, CEP (número), e-mail (dados), por seu advogado que esta subscreve, conforme mandato anexo, com escritório nesta cidade, na Rua (endereço), local onde receberá intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 797,

e 824 do Código de Processo Civil, a presente AÇÃO DE EXECUÇÃO DE QUANTIA

CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE figurando no polo passivo FERNANDO CAMPOS, casado, (profissão), portador da Cédula de Identidade RG (número) e

inscrito no CPF sob o nº (número), residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Dois, nº 1, Itaquera, e-mail desconhecido e LEÔNCIO LIMA portador da Cédula de Identidade RG (número) e inscrito no CPF sob o nº (número) e sua esposa

SERAFINA LIMA, portadora da Cédula de Identidade RG (número) e inscrito no CPF

sob o nº (número), ambos domiciliados na comarca de Limeira, na Rua da Paz, nº 99, e-mails desconhecidos, pelos fatos e razões a seguir expostos.

(62)

DOS FATOS E DO DIREITO

1) Em virtude de negociação particular, o credor emprestou, por

meio de contrato particular que dele participaram duas testemunhas,

a quantia de R$ 17.000,00 ao devedor (documento anexo).

2) O contrato foi firmado na presença de duas testemunhas, razão

pela qual se configura título executivo extrajudicial, nos termos do

art. 784, III, do CPC, vejamos:

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: (...)

III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

3) Da mesma forma, já venceu o prazo estipulado para pagamento,

existindo o inadimplemento.

(63)

DOS FATOS E DO DIREITO

(...)

4) Assim, é possível a execução tendo em vista que (i) há título

executivo (art. 784, III

) que traduz obrigação líquida, certa e exigível

(art. 783

– memória de cálculos em anexo) e (ii) houve o

inadimplemento (art. 786).

5) Para atendimento do art. 798, parágrafo único, informamos o

valor do crédito, observados os parâmetros descritos na memória

anexa, na forma da lei.

DO REQUERIMENTO

Face ao exposto, requer-se a V. Exa.:

a) sejam os executados citados, para, em três dias, pagar o principal,

juros e correção, quantia essa acrescida de honorários advocatícios

(art. 829) – verba que será reduzida à metade se houver o

(64)

b) seja a citação realizada por oficial de justiça, a este sendo

facultada a realização da diligência nos termos do art. 212, § 2.º, do

CPC, para o devedor principal e, por carta precatória para ambos

fiadores;

c) na hipótese de não pagamento, que o Sr. Oficial de Justiça (art.

829, § 1.°), proceda à penhora de tantos bens quantos necessários

para garantir o valor principal mais acessórios (art. 831), observando

a ordem prevista em lei (art. 835);

d) neste momento, com base na faculdade prevista em lei (art. 798,

II, “c”), desde já indica o exequente à penhora os seguintes bens:

(i) dinheiro porventura existente em contas do executado (penhora on-line, expressamente prevista no CPC, art. 854);

(ii) não encontrada qualquer quantia em conta, requer-se a penhora do seguinte bem: (indicar bem, porventura existente);

(65)

e) não sendo encontrado qualquer dos executados, que se proceda

ao arresto dos seus bens, tantos quantos bastem para garantir a

execução, por meio do Sr. Oficial de Justiça, nos endereços

supracitados, e a partir daí siga-se as demais previsões do art. 830 do

CPC;

f) por fim, requer que as intimações deste r. juízo sejam feitas em

nome do advogado que firma a presente.

Nos termos do art. 292, I do CPC

o autor atribui à causa o valor de R$

17.000,00 (dezessete mil reais).

Termos em que,

Pede e espera deferimento,

São Paulo, (data).

(Nome do Advogado)

(Número da OAB)

(66)

FIM DA

APRESENTAÇÃO

DA PEÇA “C”

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