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A representatividade das mulheres nos escritórios de contabilidade: Um estudo de caso no Município de Tijucas (SC)

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SOCIOECONÔMICO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DANIELI VIRICIMO BATTISTOTTI

A REPRESENTATIVIDADE DAS MULHERES NOS ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE TIJUCAS (SC).

Florianópolis 2020

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DANIELI VIRICIMO BATTISTOTTI

A REPRESENTATIVIDADE DAS MULHERES NOS ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE TIJUCAS (SC).

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em Ciências Contábeis do Centro Socioeconômico da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis

Orientador (a): Profª. Drª. Denize Demarche Minatti Ferreira

Coorientador (a): Sarah Amaral Fabrício

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DANIELI VIRICIMO BATTISTOTTI

A REPRESENTATIVIDADE DAS MULHERES NOS ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE TIJUCAS (SC).

Esta monografia foi apresentada como trabalho de conclusão de curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, obtendo nota média de ______, atribuída pela banca constituída pelos professores abaixo mencionados.

________________________________________ Prof. Fernando Richartz, Dr.

Coordenador de Monografia do CCN

Professores que compuseram a banca:

_______________________________________ Profª. Denize Demarche Minatti Ferreira, Drª.

Presidente (Orientador)

________________________________________ Ma. Sarah Amaral Fabrício

Membro

________________________________________ Prof. Dr. José Alonso Borba

Membro

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RESUMO

O mercado de trabalho apresenta maior participação feminina, no entanto, expõe uma segregação de gênero no que compete a remuneração e cargos de chefia. O presente estudo de caso tem por objetivo analisar a representatividade da mulher nos escritórios de contabilidade do município de Tijucas (SC). Para isso, foi realizada a aplicação do questionário de Pavanelo, Araujo e Nava Hey (2018) a fim de identificar as principais áreas de atuação, assim como os principais cargos e funções, além da participação feminina entre sócios e proprietários de escritórios do município. Dentre os principais resultados, constatou-se que pelo menos 80% dos contadores dos escritórios contábeis da município são mulheres. Além disso, a maioria dos estudantes de ciências contábeis que estagiam e/ou trabalham nos escritórios são mulheres, pelo menos 86,6% deles. Em relação as funções mais exercidas pelas mulheres estão em destaque; a de contadoras (33,3%), de auxiliares (19%) e de gerentes (14,3%). Também foi possível evidenciar uma participação expressiva do público feminino, pois dentre os 21 escritórios analisados, 61,9% destes apresentam mulheres entre seus sócios e proprietários.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Eventos nacionais das profissionais de contabilidade...21 Quadro 2- Escritórios participantes da pesquisa...24 Quadro 3- Questionário aplicado nos escritórios de contabilidade do município de Tijucas (SC)...25 Quadro 4 - Quantidade de escritórios por quantidade de contabilistas...30

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Evolução da mulher na contabilidade... 22

Figura 2 - Gênero dos participantes...27

Figura 3 - Quantidade de contadores e técnicos atuantes...28

Figura 4 - Quantidade de mulheres contadoras e técnicas atuantes...29

Figura 5 - Quantidade de estudantes de contabilidade nos escritórios...30

Figura 6 - Quantidade de estudantes de contabilidade nos escritórios...31

Figura 7 - Áreas com maior participação feminina...32

Figura 8 - Funções com maior participação feminina...33

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFC Conselho Federal de Contabilidade

CRC-SC Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Santa Catarina IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas GEM Global Entrepreneurship Monitor

PNADC Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua OIT Organização Internacional do Trabalho

CNDM Conselho Nacional dos Direitos da Mulher MEC Ministério da Educação

RAIS Relação Anual de Informações Sociais MEI Microempreendedor Individual

EI Empresário Individual

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...11 1.1 TEMA E PROBLEMA...13 1.2 OBJETIVOS...13 1.2.1 Objetivo Geral...14 1.2.2 Objetivos Específicos...14 1.3 JUSTIFICATIVA...14 1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA...16 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO...16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...17 2.1 A REPRESENTATIVIDADE FEMININA...17

2.2 A REPRESENTATIVIDADE FEMININA NA CONTABILIDADE...20

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...23

3.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS...23

3.2 COLETA DOS DADOS...24

4 ANÁLISE DE RESULTADOS...27

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...35

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1 INTRODUÇÃO

Durante a história foi possível observar que as mulheres vêm conquistando destaque em diferentes setores, são eles: político, econômico, social e cultural. Por muito tempo, o sexo feminino foi submisso a sociedade patriarcal, restringindo-se as atividades da casa. Há acontecimentos históricos que contribuíram para que a mulher começasse a ganhar seu lugar no mercado de trabalho, como a Segunda Guerra Mundial e a Revolução Industrial. Para Giuberti e Menezes-Filho (2005), a participação da mulher no mercado de trabalho aumentou após a Segunda Guerra Mundial, principalmente após a década de 1970. A necessidade da contribuição nos serviços que estavam ligados ao ganho financeiro da família, com início na Revolução Industrial, também teve a mão-de-obra feminina absorvida pelas indústrias com o objetivo de baratear os salários (BAYLÃO; SCHETTINO, 2014).

No Brasil, em 1970 o movimento feminista ganha expressividade por conta dos debates públicos sobre o papel da mulher na sociedade, mas é somente em 1980, na redemocratização, que o movimento ganha força, unindo-se com outros movimentos sociais. (ALVES; ALVES, 2013). Porém a luta do movimento feminino se evidenciou na Constituição de 1988, onde garantiu a isonomia jurídica entre homens e mulheres especificamente no âmbito familiar (ROCHA, 2018). O artigo 5º prevê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e estrangeiros residentes no país, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (CF, 1988).

Desta forma, a Constituição Federal garantiu as mulheres uma condição de igualdade em relação aos homens, mas foram necessários diferentes movimentos para que as mulheres pudessem participar nas diversas ocupações da sociedade (RAMOS, 2018). Esses movimentos possibilitaram uma ampliação na participação das mulheres em distintas atividades que antes eram executadas apenas por homens, como é o caso da profissão contábil.

A profissão contábil é uma das mais antigas, e de acordo com Boniatti, Velho, Pereira, Pereira e Oliveira (2014), não há um momento exato do ingresso da mulher na área contábil, porém a partir do Governo de Getúlio Vargas, com o direito de voto feminino e o aumento do ingresso no mercado de trabalho, houve maior integração feminina tanto na área contábil, como em outras áreas profissionais.

Diante disto, foram necessários movimentos dentro do meio contabilista que garantiram às mulheres maior representatividade na profissão. Foram por eles que as mulheres

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conseguiram idealizar o Encontro Nacional da Mulher Contabilista, que teve seu primeiro evento realizado no Rio de Janeiro (RJ) em 1991, visando promover a participação da mulher no desenvolvimento da profissão contábil, incentivando seu lado empreendedor e estimulando sua efetiva contribuição à vida social e política do país, eles acontecem a cada dois anos (CFC, 2018).

Com esta luta, as mulheres vêm ampliando sua participação na contabilidade, tanto quanto no mercado de trabalho como um todo, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (2015), a participação feminina nas empresas industriais cresceu 14,3% em 20 anos. Rodrigues (2016) aponta que enquanto em 1995 elas ocupavam 22,5% dos postos formais do setor, em 2015 esse percentual foi de 25,8%.

Com o aumento na participação feminina, pode-se observar que esse número está longe da igualdade de gênero, pois de acordo com o IBGE (2019), no ano de 2018 a taxa de participação das mulheres era quase 20% inferior à dos homens (52,7% no 4º trimestre de 2018 contra 71,5% deles). Além disso, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (2018), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que as mulheres ganham 22% menos que os empresários do sexo masculino, uma situação que se repete desde 2015.

Especialmente na área contábil, as mulheres já representam 42,79%, ou seja, já são mais de 221 mil mulheres em relação ao total de 518 mil contadores (CRC, 2019). A participação feminina vem crescendo, de acordo com a Exame (2017), as mulheres representam quase 50% dos profissionais graduados em contabilidade, ante 35% em 2004.

Também é possível observar um aumento da participação das mulheres nas universidades, segundo o Conselho Federal de Contabilidade (2016), atualmente, 69% das vagas dos cursos de ciências contábeis são ocupadas por mulheres.

Assim, Boniatti et. al (2014) explicam que com o passar dos anos, a contabilidade tornou-se essencial para a administração dos negócios, além de apontar a contabilidade como a profissão com maior aumento de integração feminina. Desta forma, observa-se um percentual maior de mulheres e como isto afeta os cargos que estas ocupam, visto que “a participação das mulheres na formação de ciências contábeis tem sido expressiva em relação aos homens” (RAMOS, 2018, p. 18).

Por fim, destaca-se que conforme dados divulgados pelo CFC (2019), é cada vez maior o número de mulheres com cadastro ativo, desta forma, observa-se que as mulheres

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estão em constante busca para o equilíbrio de gênero no mercado de trabalho, assim como em diferentes áreas.

1.1 TEMA E PROBLEMA

A participação das mulheres no mercado de trabalho retrata um dos pontos centrais da análise econômica sob a ótica feminina. Ainda que tenha aumentado a participação das mulheres no mercado de trabalho e ocorrido a diminuição da diferença salarial média entre os dois gêneros, as mulheres ainda enfrentam dificuldade de serem remuneradas e promovidas em relação aos homens (MADALOZZO; MARTINS; SHIRATORI, 2010).

A mulher tem buscado participação cada vez maior no mercado de trabalho e, na contabilidade não é diferente. A tendência é que ocorra um crescimento maior da participação feminina na área da contabilidade, pois as condições intelectuais e a dedicação à profissão são características que não faltam às mulheres que ingressam no mercado de trabalho (MOTA e SOUZA, 2013).

Em conformidade com Ramos (2018), durante a busca por igualdade as mulheres precisaram lutar para conseguirem os direitos que possuem hoje. Na contabilidade, a representatividade do sexo feminino tem aumentado constantemente, demonstrando sua importância na profissão contábil (BRIGHENTI; JACOMOSSI; SILVA, 2015).

De acordo com Silva (2016), as dificuldades de colocação da mulher na área contábil se assemelham a qualquer outra área, mas que houveram as precursoras que abriam espaço no setor contábil permitindo assim que mais mulheres pudessem atual na contabilidade.

Diante deste contexto, a fim de analisar a representatividade da mulher nos escritórios de contabilidade no município de Tijucas (SC), buscou-se neste trabalho responder a seguinte pergunta de pesquisa: qual a representatividade das mulheres nos escritórios de contabilidade no município de Tijucas (SC)?

1.2 OBJETIVOS

A seguir são apresentados os objetivos geral e específicos da pesquisa.

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Como objetivo geral, busca-se analisar a representatividade das mulheres nos escritórios de contabilidade no município de Tijucas (SC).

1.2.2 Objetivos Específicos

Visando atingir o objetivo principal, foram traçados os seguintes objetivos específicos:

1. Analisar como o percentual de mulheres presente nos escritórios de contabilidade afeta o cargo e a área que ocupam.

2. Identificar a participação feminina entre sócios e proprietários de escritórios de contabilidade no município de Tijucas (SC).

1.3 JUSTIFICATIVA

Consoante a Cavazotte, Oliveira e Miranda (2006), no universo trabalhista, na questão de gênero ainda é visível a desigualdade, em especial quando refere-se ao nível salarial e a posições de maior responsabilidade dentro das organizações. A desigualdade no mercado de trabalho ainda é perceptível, tendo em vista que o número de mulheres empregadas na população ainda é baixo.

Considerando os cargos de liderança e comando nas organizações, percebe-se uma menor representatividade feminina. Os motivos que revelam essa observação são barreiras sutis impeditivas de oportunidades de carreira ao gênero feminino, bem como de progresso profissional, denominado de efeito teto de vidro (glass ceiling) (ROCHA et al., 2014).

De acordo com Pazello (2006), o aumento no número de filhos tem um efeito negativo apenas sobre a probabilidade de participação da mulher no mercado de trabalho. Trabalhadoras com filhos pequenos têm mais dificuldade de conseguir ou manter emprego, pesquisas apontam que boa parte das mulheres são despedidas até dois anos após a licença (MARTINS, 2018).

A importância e a valorização da mulher cresceram nos últimos tempos. Pode-se notar que o contingente de mulheres que ocupa cargos de chefia tem aumentado consideravelmente nas organizações (MOTA; SOUZA, 2013).

O Ministério da Economia (2019) aponta que a participação da mulher em cargos de gestão cresce a cada ano, é possível observar que dos 2,6 milhões de empregos em cargos de

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chefia registrados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) em 2017, as mulheres somavam 43,8% dos principais cargos de atuação que são: diretores, chefes, supervisores, gerentes, coordenadores e dirigentes.

De acordo com Mendonça (2017, p. 8):

Apesar da evolução da mulher dentro de uma atividade que era antes exclusivamente masculina, e apesar de ter adquirido mais instrução, os salários não acompanharam este crescimento. As mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a mesma função. Conforme o salário cresce, cai a participação feminina. Entre aqueles que recebem mais de vinte salários, apenas 19,3% são mulheres.

Segundo Mota e Souza (2013), ao longo dos tempos a mulher tem buscado participação efetiva em movimentos sociais, políticos, religiosos e comunitários. Considerando a história é possível notar o caminho traçado por ela. Com perseverança, a mulher vem aos poucos quebrando barreiras e ocupando progressivamente o mercado de trabalho em todos os setores. Na contabilidade não é diferente, cada dia mais o número de mulheres que ingressam nas universidades para cursar ciências contábeis, e que ocupam posições de sucesso nos escritórios vem aumentando.

Visto que ainda existem muitas mulheres fora do mercado e que trabalham cuidando dos filhos e da casa, mas há uma crescente quantidade de profissionais do sexo feminino que estão disputando, em condições de igualdade e, muitas vezes de superioridade, um determinado espaço no campo social, econômico e político, denotando uma postura atuante, não apenas pelos seus próprios esforços, mas também pelas exigências do mundo moderno, que obrigou os homens a abrirem mão de sua atitude dominadora e caminharem no sentido de uma parceria necessária e enriquecedora (SERPA, 2010).

Nesse contexto, o presente estudo se justifica não só pela relevância do tema para a sociedade, mas também por evidenciar a representatividade das mulheres nos escritórios de contabilidade da município de Tijucas (SC), entre as problemáticas levantadas está a quantidade de contabilistas do sexo feminino, assim como as áreas e funções que as mulheres têm maior participação dentro dos escritórios.

O município de Tijucas está em crescimento constate, e tem tido um aumento no número de escritórios contábeis nos últimos anos, assim, serão verificadas as tendências de trabalho do município.

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A pesquisa delimita-se em analisar os 21 escritórios de contabilidade do município de Tijucas (SC), por meio da aplicação de um questionário com o intuito de identificar a representatividade feminina, analisando como o percentual de mulheres presente nos escritórios de contabilidade afeta o cargo e a área que ocupam e identificando a participação feminina entre sócios e proprietários de escritórios de contabilidade no município de Tijucas (SC).

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O estudo está ordenado em cinco capítulos: introdução, fundamentação teórica, procedimentos metodológicos, análise dos resultados e conclusões e recomendações.

A introdução apresenta um sucinto contexto sobre o tema, bem como, os objetivos, a delimitação da pesquisa e sua justificativa.

Na fundamentação teórica são apresentadas as evidências da evolução da mulher na contabilidade, assim como também a desigualdade de gênero.

No capítulo de procedimentos metodológicos é abordado o modelo utilizado para o levantamento da amostra e os instrumentos utilizados para analisar os dados.

Na análise dos resultados aborda a análise de conteúdo realizada, demonstrando os resultados do questionário aplicado.

E, por fim, o último capítulo traz as conclusões, assim como, recomendações para estudos futuros e, por fim, as referências utilizadas neste estudo.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A REPRESENTATIVIDADE FEMININA

“Desde o surgimento da humanidade, com as relações familiares marcadamente patriarcais, as mulheres nasciam em meio à submissão a uma sociedade machista, educadas com o perfil já pré-estabelecido de ideal de conduta” (MOTA; SOUZA, 2013, p. 2). Conforme apresentado pelos autores, a mulher era educada para exercer as funções de mãe e esposa.

Ao longo da história foi possível observar que a mulher ocupava um papel discreto na sociedade, onde os trabalhos eram voltados para os afazeres domésticos e a criação dos filhos. A cultura conservadora e o homem eram referência de inteligência, ou seja, liderava o comércio e a indústria (RIBEIRO, 2015).

De acordo com Raquel (2008), somente no início do século XIX, a mulher começou a conquistar seu espaço no mercado de trabalho. Ainda segundo o mesmo autor, foi com a com as I e II Guerras Mundiais que as mulheres precisaram assumir a posição dos homens no mercado de trabalho, quando estes foram para as frentes de batalhas. Com o crescimento industrial e o fortalecimento do sistema capitalista, a mão de obra feminina passou para as fábricas e com isso algumas leis passaram a beneficiar as mulheres (RAQUEL, 2008).

Conforme Santos e Souza (2014), é a partir da década de 1970 a participação da mulher no mercado de trabalho incluiu diferentes camadas sociais, contribuindo significativamente para mudanças de comportamentos e valores sociais e auxiliando na construção de uma nova representação da mulher trabalhadora.

Ribeiro (2015), expõe que o movimento feminista então começou a se propagar pelo mundo, e nos anos de 1980 começam os interesses de partidos políticos sobre o eleitorado feminino. Ainda de acordo com a autora, é nessa época os partidos começaram a incorporar demandas femininas em suas plataformas e programas eleitorais. Assim, com o desempenho das feministas nas esferas de decisão e planejamento, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), criado em 1975, passa a ser responsável por elaborar e propor políticas especiais para mulheres no Brasil, deixando de ser apenas um interlocutor entre as mulheres e o Estado (RIBEIRO, 2015).

Durante a busca por um espaço dentro da sociedade e pela igualdade, os movimentos feministas que ocorreram antes da promulgação da Constituição Federal de 1988,

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contribuíram para que a legislação fosse voltada ao direito da mulher, igualando-a ao do homem. (NEVES, 2018).

De acordo com Pinto (2003), a constituição de 1998, é um momento importante para a participação feminista na política. A autora também afirma que a legislatura de 1986 a 1990, apenas 5,7% da câmara de deputados era representada por mulheres. Mas apesar da pequena quantidade, foi nessa época que foram apresentadas 30 emendas sobre os direitos das mulheres, englobando as reivindicações do movimento feminista (PINTO, 2003). Desta forma, as mulheres começaram a garantir seus direitos perante as leis, e os papeis antes construídos foram se alterando tendo em vista que elas começaram a ganhar espaço na sociedade.

Na visão de Abramo (2007), o que contribui para que as mulheres conquistem seu espaço na sociedade é que as funções antes desempenhadas exclusivamente por homens agora podem ser realizadas com a mesma eficiência por mulheres. No entanto, apesar das conquistas femininas, a desigualdade salarial ainda persiste no mercado de trabalho (RAMOS, 2018). Mesmo qualificadas, há uma discriminação com a mulher no mercado de trabalho, para Brighent, Jacomossi e Silva (2015) constataram uma predominância do gênero masculino em cargos mais elevados e relatam que a mulher, mesmo dispondo do mesmo grau de escolaridade, idade e tempo na empresa, recebe salário inferior àquele pago aos homens. A persistência na diferença salarial é uma das formas mais evidentes de discriminação da mulher no mercado de trabalho, já que mesmo ocupando cargos equivalentes aos exercidos pelos homens, no Brasil, as mulheres ganham até 40% a menos (MOTA; SOUZA, 2013).

Costa e Eller (2019) apontam que em 2018, trabalhadoras da faixa etária mais jovem, de 25 a 29 anos, recebiam 87% do rendimento médio dos homens, já na faixa de 30 a 39 anos, elas ganhavam 81,6%. Neste contexto, observa-se que as mulheres tendem a ganhar menos que os homens.

A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro segue em crescimento constante, porém ainda há uma forte diferença em relação à taxa de participação dos homens (ABRAMO, 2006). O autor também apresenta que o índice de participação das mulheres mais escolarizadas ainda é superior ao índice de participação das mulheres mais pobres e com menos escolaridade, o que indica a existência de diferenças relevantes entre as mulheres de rendas desiguais, e uma maior desvantagem para a inserção das mulheres pobres no mercado de trabalho.

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A discriminação de gênero dentro do ambiente de trabalho pode gerar desmotivação e desinteresse do público feminino no mercado de trabalho. Na visão de Cavazotte, Oliveira e Miranda (2006), quando as mulheres têm a percepção de discriminação de gênero no ambiente de trabalho, isso pode levar ao desengajamento em relação à organização. Diante disto, é possível afirmar que as desigualdades no mercado de trabalho também desestimulam as mulheres a procurar qualificações, e com isso aumento a barreira da desigualdade.

Cada vez mais a mulheres lutam por igualdade de gênero na sociedade. De acordo com Querino, Domingos e Luz:

Apesar das mudanças do mundo, ainda destinam às mulheres as atividades, tais como os cuidados com a casa e com a família, enquanto aos homens cabe o papel de provedor de sua família. Estas diferenciações por gênero ditado pelo mercado de trabalho, determinando assim que homens e mulheres ocupem lugares desiguais e hierarquicamente determinados e favorecem a ocorrência de discriminadores em relação às mulheres. O lugar ocupado pelo sexo masculino e feminino nos setores de atividade e na hierarquia das ocupações tem a característica do gênero (QUERINO; DOMINGOS; LUZ, 2013, p. 6).

A desigualdade entre gêneros teve uma diminuição, no que se refere ao mercado de trabalho. Há um aumento no índice de 39,6% em 1995 para 44,5% em 2009, indicando uma maior participação laboral das mulheres no mercado, não somente em termos de quantidade, mas também na ocupação de cargos com salários mais elevados (BRIGHENTI; JACOMOSSI; SILVA, 2015).

Desta forma, é possível observar que a diminuição da desigualdade está ligada diretamente ao aumento da escolaridade das mulheres. Para Cunha e Vasconcelos (2012), de 1995 para 2009 a educação foi um fator determinante que auxiliou na queda da desigualdade e com escolaridade maior as mulheres conquistam seu espaço e conseguem mais conhecimento para conseguir empreender.

Apesar do aumento do discurso igualitário entre homens e mulheres em áreas como educação e cultura, essas mudanças são carentes em relação a divisão hierárquica do trabalho dentro das empresas (SANTOS; TANURE; CARVALHO NETO, 2014). As mulheres são encontradas em menores proporções conforme aumentam as atribuições de liderança e comando nas organizações, Rocha et al. (2014), evidenciam que o “teto de vidro” é como uma barreira sutil para dificultar a presença das mulheres aos níveis hierárquicos mais elevados nas organizações onde trabalham.

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Diante disso, apesar de estarem alcançando seu espaço na sociedade, as mulheres ainda têm muitas barreiras para quebrar, para Proni e Proni (2018) muitas mulheres ainda enfrentam no mercado de trabalho barreiras invisíveis (“teto de vidro”) que causam grande dificuldade em alcançar cargos de destaque e de maior responsabilidade, apesar das conquistas históricas do movimento feminista.

2.2 A REPRESENTATIVIDADE FEMININA NA CONTABILIDADE

Desde os povos mais antigo, a contabilidade está presente na história da humanidade. Bugarim e Oliveira (2014) evidenciam que a contabilidade evoluiu de acordo com a necessidade de informação dos usuários.

A partir do século XIII, com o surgimento de novas técnicas, os livros contábeis passaram a ser utilizados para registrar as atividades econômicas das empresas. Neste mesmo período temos o marco das obras do monge Luca Pacioli, considerado o pai da contabilidade (BUGARIM; OLIVEIRA, 2014).

Segundo o Portal Educação (2019), no Brasil, a primeira regulamentação da profissão contábil ocorre no ano de 1870, pelo Decreto Imperial n°4.475. Assim, a profissão de Guarda-Livros é avaliada como a primeira ocupação liberal regulamentada no Brasil. É em 1915 ocorre a fundação do Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais. Mas somente em 1924 que acontece o 1° Congresso Brasileiro de Contabilidade, onde é discutida a reforma do ensino comercial no país (PORTAL EDUCAÇÃO, 2019).

Durante muito tempo a contabilidade foi exercida apenas por homens, mas com o seu progresso passou a incluir mulheres. Não existem relatos que apontem a data em que as mulheres começaram a fazer parte da contabilidade, assim como também não há informações das funções que eram praticadas por elas no início da sua participação (RAMOS, 2018).

Os papéis que eram desempenhados somente por homens, hoje, são realizados com a mesma competência por mulheres que lutam pela manutenção de seus direitos, desta forma a mulher contábil vem conquistando seu espaço na sociedade, conforme Monteiro, apud Mota e Souza (2013).

Há uma crescente participação e contribuição da mulher no cenário contábil, principalmente em debates públicos e na tomada de decisões, contribuindo assim para o crescimento social e econômico do país (CFC, 2018).

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De acordo com dados do CFC (2016), o I Encontro Nacional da Mulher Contabilista aconteceu no ano de 1991, no município do Rio de Janeiro, juntamente com a 43ª Convenção dos Contabilistas do Estado do Rio de Janeiro, e foi essencial para que milhares de mulheres contabilistas, por meio de um incentivo com maior participação na vida social e política do país, pudessem levar adiante o objetivo de promover o aprimoramento técnico-cultural. A partir disso, o evento teve outras edições, dando força ao movimento feminino, conforme apresenta o quadro 1:

Quadro 1: Eventos nacionais das profissionais de contabilidade.

Ano Evento Local

1991 I Encontro Nacional da Mulher Contabilista Rio de Janeiro – RJ 1992 II Encontro Nacional da Mulher Contabilista Salvador – BA 1999 III Encontro Nacional da Mulher Contabilista Maceió – AL

2003 IV Encontro Nacional da Mulher Contabilista Belo Horizonte – MG 2005 V Encontro Nacional da Mulher Contabilista Aracajú – SE

2007 VI Encontro Nacional da Mulher Contabilista Florianópolis – SC 2009 VII Encontro Nacional da Mulher Contabilista Vitória – ES 2011 VIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista Caldas Novas – GO 2013 IX Encontro Nacional da Mulher Contabilista Santos – SP 2015 X Encontro Nacional da Mulher Contabilista Foz do Iguaçu – PR 2017 XI Encontro Nacional da Mulher Contabilista Gramado – RS

2019 XII Encontro Nacional da Mulher Contabilista Porto de Galinhas – PE Fonte: CFC (2019)

Estes encontros são importantes para conscientizar as mulheres contabilistas de sua importância no mercado, além de estimular debates de ideias e ações que contribuam para a evolução de suas. Eles deram força para que em 2003 a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 975/2003 fosse aprovada, garantindo participação do sexo feminino nas chapas eleitorais e assegurando a participação feminina nos cargos diretivos (RAMOS, 2018). Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Contabilidade (2018), em 1996, apontou que a participação da mulher no cenário contábil era de 27,45%, enquanto a dos homens era de 72,55%. Ainda segundo o CFC (2018), após 22 anos, os profissionais da contabilidade com registro ativo representam 525.367 mil e, desses, 300.555 (57,20%) são do sexo masculino e 224.812 (42,79%) são do sexo feminino (Figura 1).

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Figura 1: Evolução da mulher na contabilidade.

Fonte: CFC (2018)

Na atualidade, a classe contábil, com cadastro ativo no CFC (2019), conta com aproximadamente 222 mil profissionais do sexo feminino. Desta forma, as mulheres correspondem a 42,79% dos profissionais de contabilidade no Brasil, atingindo um total de mais de 518 mil contabilistas em plena atividade, de acordo com dados do CFC (2019).

Na opinião de Neves (2018), os homens ainda predominaram na profissão de contador, porém, é perceptível que o número de contadoras aumentou consideravelmente, como foi possível observar nos dados apresentados pelo CFC (2019). Não há dúvidas que há um caminho difícil e que necessita de persistência para tornar o mercado mais igualitário, mas o cenário atual é muito mais favorável e menos desigual do que a anos passados.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho será desenvolvido a partir das seguintes etapas:

3.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS

A pesquisa é um estudo de caso, para Yin (2001), o estudo de caso é um método abrangente que engloba planejamento, coleta e análise de dados, com abordagens qualitativas ou quantitativas, e ainda Fonseca (2002), expõe que o estudo de caso visa conhecer profundamente as características de uma determinada questão que se considera como única.

A abordagem da pesquisa se caracteriza como qualitativa, que para Goldenberg (1997), estuda o aperfeiçoamento do entendimento de uma organização ou grupo social. Gerhardt e Silveira (2009) explicam que uma pesquisa qualitativa não tem preocupação com a relevância numérica e estatística, a percepção de uma sociedade é o que de fato importa.

Posto isto, foi analisado o município de Tijucas que fica localizado no litoral do estado de Santa Catarina, a 57 km da capital Florianópolis e, é composto por uma população de 30.960 habitantes, destes 49,9% são mulheres (IBGE, 2010). A taxa de escolarização da população é de 96,5%, porém apenas 2,5% da população frequenta o ensino superior (SEBRAE, 2010)

1) Realização de uma pesquisa bibliográfica, que é “um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema” (LAKATOS e MARCONI, 2001, p. 158)

2) Verificação de dados por meio de questionário, que é “como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.” (GIL, 1999, p.128).

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Levando em consideração os dados apresentados e a contextualização do município de Tijucas (SC), o presente trabalho buscou os 21 escritórios de contabilidade ativos, com atendimento ao público e com registro no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRC-SC). O quadro 2, é composto pela relação de escritórios, o tempo de existência e o número de funcionários, assim como a quantidade de funcionárias mulheres.

Quadro 2: Escritórios participantes da pesquisa

Nome ExistênciaTempo de Funcionários (M/F) Funcionários (F) Assecontábil Assessoria Contábil 27 anos Mais de 15 Mais de 15 Agilitá Contabilidade & Assessoria 4 anos De 1 a 2 Nenhum AF Alinor Furtado Contabilidade & Seguros 10 anos De 9 a 10 De 7 a 8 B&G Contabilidade 15 anos De 1 a 2 De 1 a 2

Contabexpress 4 anos De 9 a 10 De 5 a 6

Cruz Contabilidade 38 anos De 3 a 4 Nenhum

Eficont Contabilidade 7 anos De 1 a 2 De 1 a 2

Ethos Soluções Contábeis 7 anos De 1 a 2 De 1 a 2

Fênix Contabilidade 6 anos De 1 a 2 De 1 a 2

Ferreira Contabilidade 9 anos De 1 a 2 Nenhum

Gubiani Assessoria Contábil 2 anos De 1 a 2 De 1 a 2

JCS Contabilidade 24 anos De 5 a 6 De 1 a 2

JFL Contabilidade 7 anos De 1 a 2 Nenhum

J.Mainhardt Contabilidade 6 anos De 3 a 4 De 3 a 4 Novacont Serviços Contábeis 27 anos De 1 a 2 De 1 a 2

Peixoto Contabilidade 21 anos De 3 a 4 De 3 a 4

PRS Contabilidade 20 anos De 3 a 4 De 3 a 4

Regis Contabilidade, Consultoria e Assessoria 13 anos De 3 a 4 De 3 a 4

Santos Contabilidade 5 anos De 1 a 2 De 1 a 2

Talismã Contabilidade 30 anos De 11 a 15 De 9 a 10 Tijucont Contabilidade & Consultoria 6 anos De 1 a 2 De 1 a 2

Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa (2020) Nota: M/F – Masculino e Feminino e F- Feminino

3.2 COLETA DOS DADOS

Os dados foram coletados por meio do questionário desenvolvido por Pavanelo, Araujo e Nava Hey (2018) e a coleta de dados ocorreu entre os meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020 (Quadro 3).

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Quadro 3: Questionário aplicado nos escritórios de contabilidade do município de Tijucas (SC).

1. Qual é o seu gênero?

De 1 a 2

Adaptado de Pavanelo; Araujo; Nava Hey (2018).

A primeira etapa da pesquisa foi levantar e contactar contatar os escritórios de contabilidade do município de Tijucas (SC) e verificar a disponibilidade de resposta do

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26

questionário por meio digital (e-mail). Nesta fase, conseguiu-se retorno de 11 dos 21 questionários enviados aos escritórios por meio digital. Os escritórios que não retornaram por e-mail foram também contactados e visitados pela pesquisadora e, nesse caso, o questionário foi aplicado em meio físico, sendo disponibilizada uma via por escritório.

As respostas se deram exclusivamente pelos proprietários dos escritórios contábeis. Posteriormente a coleta de dados foi realizado o levantamento e tabulação dos dados, utilizando o Formulário Googledocs.

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4 ANÁLISE DE RESULTADOS

Dos 21 escritórios contábeis que responderam ao questionário, seis (28,6%) eram classificados como sendo de Responsabilidade Individual (MEI; EI; EIRELI) e 15 (71,4%) de Responsabilidade Coletiva (Ltda.; outras). Dos indivíduos respondentes, 15 (71,4%) eram do gênero feminino e seis (28,6%) do gênero masculino, apontando uma maior participação das mulheres nos escritórios de contabilidade no município de Tijucas (SC) (Figura 2).

Figura 2: Gênero dos participantes

Feminino Masculino 0 2 4 6 8 10 12 14 16 15 6

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Assim, vale ressaltar que durante a aplicação da pesquisa houve aceitação e interesse dos entrevistados, havendo participação maior do sexo feminino dos funcionários dos estabelecimentos pesquisados. De acordo com o CFC (2018), as mulheres brasileiras apresentam uma crescente participação no mercado de trabalho e, sem dúvida, sua importância na economia é cada vez mais relevante.

Ao considerar que o mercado de trabalho contábil é majoritariamente masculino, Ramos (2018) afirma que a mulher vem ampliando sua qualificação e atuação nos ramos da contabilidade, bem como aumentando sua participação no meio contábil, que antes era liderado pelo sexo masculino.

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28

Apesar do aumento da participação feminina na contabilidade, Marés (2018) aponta que a lei que determina uma cota de gênero de 30% nas campanhas eleitorais desde 2010 não mudou o número de candidatas eleitas no Brasil, pois as candidaturas femininas em eleições gerais cresceram de 14% em 2002 para 31% em 2014 e o número de mulheres eleitas teve uma queda, passando de 11,2% em 2002 para 10,8% em 2014, assim o país ocupa a 152ª posição de países com representação feminina no parlamento. Desta forma, pode-se observar que não são todas as áreas que a mulher tem grande representatividade.

A fim de avaliar a representatividade dos contabilistas, contadores e técnicos, nos escritórios, constata-se, na figura 3, que mais de 50% dos escritórios possui de 1 a 2 contadores.

Ao analisar essa representatividade, 52,4% dos escritórios possuem de uma a duas contadores e técnicos, em seguida, 23,8% dos escritórios com três a quatro contadores e técnicos, depois 9,5% com nove a 10 contadores e técnicos e então 4,8% para cinco a seis, 11 a 15 e mais de 15, independente de gênero (Figura 3). Desta forma, a maioria dos escritórios do município são de pequeno porte. No decorrer da pesquisa, destaca-se o fato de que os escritórios de contabilidade analisados possuem poucos contadores e técnicos, e que na grande maioria são os próprios proprietários.

Figura 3: Quantidade de contadores e técnicos atuantes.

De 1 a 2 De 3 a 4 De 5 a 6 De 9 a 10 De 11 a 15 Mais de 15 0 2 4 6 8 10 12 11 5 1 2 1 1

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Analisando a quantidade de contadores e técnicos dos escritórios, verifica-se uma participação feminina atuante nos escritórios avaliados, conforme apresentado na figura 4, pelo menos 42,9% dos escritórios tem de uma a duas mulheres atuando, sejam elas contadoras ou técnicas. Também é possível observar que 19% dos escritórios entrevistados não possui mulheres ocupando essas posições.

Figura 4: Quantidade de mulheres contadoras e técnicas atuantes

Nenhum De 1 a 2 De 3 a 4 De 5 a 6 De 7 a 8 De 9 a 10 Mais de 15 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 4 9 4 1 1 1 1 Font e: Dados da pesquisa (2020)

Estes dados apresentam um aumento na representatividade feminina no segmento da contabilidade, principalmente se relacionado à afirmativa de Santos (2018) de que, em 1950, no Brasil as mulheres representavam apenas 4,3% dos trabalhadores da área. Também é possível analisar esse aumento da participação feminina de acordo com a evolução apresentada pelo Conselho Federal de Contabilidade (2019), onde pelo menos 42,79% são mulheres.

Neves (2018) afirma que as mulheres atuam em três ramos principais: empresas comerciais/alimentação/prestação de serviços, escritórios de contabilidade/consultoria e setor público. Assim, é possível ver uma maior representatividade das mulheres nos escritórios contábeis, como é o caso do município de Tijucas (SC).

Comparando a quantidade de contadores em um geral com o número de contadoras mulheres, pode-se dizer que 80% dos escritórios possui pelo menos uma mulher em seu

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30

quadro de funcionários. As mulheres representam uma boa parte do total de contadores dos escritórios do município de Tijucas (SC), concordando assim com a afirmativa de Santos (2018) de que a mulher está assumindo cada vez mais cargos que antes eram do sexo masculinos.

No quadro 4, analisando os dados, é possível observar que dos 21 escritórios analisados, somente quatro não possuem mulheres contadoras. Os demais, todos possuem pelo menos uma mulher contadora ou técnica.

Quadro 4: Quantidade de escritórios por quantidade de contabilistas

Quantidade Quantidade de Contadores/ Técnicos (M/F) Quantidade de Contadores/Técnicos (F)

Nenhum - 4 De 1 a 2 11 9 De 3 a 4 5 4 De 5 a 6 1 1 De 7 a 8 - 1 De 9 a 10 2 1 De 11 a 15 1 -Mais de 15 1 1

Fonte: Dados da pesquisa (2020) Nota: M/F – Masculino e Feminino e F- Feminino

Já no que diz respeito a quantidade de estudantes nos escritórios, se observa que mais de 70% dos escritórios possuem estudantes de contabilidade. Segundo Censo da Educação Superior de 2018, publicado pelo Ministério da Educação (MEC), a graduação em ciências contábeis está entre as cinco mais procuradas por estudantes brasileiros (CARRIZO, 2019). Desta forma, detectou-se nos escritórios do município de Tijucas (SC) que a grande maioria tem entre seus colaboradores estudantes de ciências contábeis, conforme a figura 5.

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Nenhum De 1 a 2 De 3 a 4 Mais de 4 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 6 8 4 3

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Destes estudantes, uma parte significativa são mulheres, visto que dos 15 escritórios que possuem, 13 deles são todos do sexo feminino, como é possível observar na figura 6. Dados apresentados pelo MEC (2017), o curso de ciências contábeis no Brasil tem 206.221 mulheres matriculadas, contra 155.821 dos homens.

A participação feminina tem aumentado no decorrer dos anos. O crescimento da representação feminina na área contábil é efeito das conquistas da mulher tanto no campo profissional, quanto na educação, a contabilidade de modo específico possibilita a construção de uma carreira tanto no setor público quanto no setor privado (NEVES, 2018). Araújo e Ribeiro (2002) acreditam que os obstáculos para as mulheres continuam apesar do crescimento da escolaridade que as mulheres apresentam.

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32 Nenhum De 1 a 2 De 3 a 4 Mais de 4 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 8 7 3 3

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Quanto aos sócios e/ou proprietários dos escritórios, 61,9% tem participação feminina, ou seja, 13 escritórios contábeis possuem mulheres entre seus donos. Estes dados revelam uma significativa representatividade feminina, principalmente se confrontados ao relatório do SEBRAE (2019), que aponta que o número de empreendedoras no Brasil cresceu, além disso elas são mais jovens e tem um nível de escolaridade superior aos dos homens.

As áreas com maior participação feminina nos escritórios são: contábil, recursos humanos (folha de pagamento) e fiscal (Figura 7).

Figura 7: Áreas com maior participação feminina 9.52%

52.38% 23.81%

9.52%

4.76%

Não há mulheres tra-balhando no escritório Contábil

RH (Folha de Pagamento) Fiscal

Societária (Contratos) Fonte: Dados da pesquisa (2020)

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Outro fator relevante são as funções que são exercidas pelas mulheres dentro dos escritórios contábeis. Entre as funções com maior destaque nos escritórios do município de Tijucas, estão os cargos de contadoras (33,3%), auxiliares (19%) e gerentes (14,3%) (Figura 8).

Figura 8: Funções com maior participação feminina

Não há mulheres trabalhando no escritório; 9.52%

Contadora; 33.33% Assistente; 9.52% Coordenadora; 4.76% Gerente; 14.29% Auxiliar; 19.05% Analista; 9.52%

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Segundo Fraga (2019), dados apresentados pela Rais (Relação Anual de Informações Sociais), mostram que a quantidade de mulheres ocupando cargos de gerência e diretoria aumentaram entre os anos de 2003 e 2017. Desta forma, pode-se observar que nos escritórios do município, as mulheres tendem a ocupar os cargos principais de um escritório. Neves (2018) aponta que o nível de escolaridade contribui para que mais mulheres assumam cargos de chefia.

Na sequência, foram apresentadas no questionário três sentenças de múltipla escolha, estas com a finalidade de verificar uma perspectiva geral do respondente a respeito da representatividade das mulheres nos escritórios de contabilidade do município de Tijucas (SC).

A primeira questão referia-se a mulher contabilista quando foram perguntadas se receberiam remuneração inferior aos homens no escritório. Neste questionamento, nove (42,9%) dos entrevistados discordaram da afirmação, com isso, os entrevistados deixam

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claro que os escritórios contábeis participantes não há o problema com a desigualdade salarial. Assim, divergindo da pesquisa feita pelo IBGE (2019), onde afirma que, no Brasil, as mulheres ganham em média 20,5% a menos que os homens.

A segunda sentença traz o questionamento sobre a mulher ter maior senso de grupo e/ou maior dedicação do que o homem, neste quesito a maior parte concordou, tendo assim, seis respondentes (28,6%). Nesta afirmativa, também há uma porcentagem significativa grande de participantes que ficaram entre as opções 2 e 3, conforme figura 9, que tendem a concordar com a afirmativa.

Figura 9: Mulher tem maior senso de grupo e/ou maior dedicação do que o homem

1 2 3 4 5

6 6

5

4

1

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

A última sentença aborda sobre os escritórios dão preferência pelo trabalho de homens contabilistas, pois mulheres têm a possibilidade de gravidez, podendo prejudicar de alguma forma o escritório. A maior parte dos entrevistados discordaram desta afirmação, nove dos respondentes (42,9%), parecendo apontar, neste caso, um cenário igualitário entre os gêneros.

Por fim, a pesquisa disponibilizou um campo de resposta opcional, para observações e opiniões sobre o presente estudo. De forma geral, houve distintas opiniões positivas sobre a atuação feminina nos escritórios de contabilidade, citando-se atributos com dedicação, atenção, rapidez no desenvolvimento de tarefas, decisões com maior assertividade, mais resilientes, bom atendimento, organização e eficiência. Os comentários apontam que a participação das mulheres nos escritórios é necessária para o crescimento das empresas desse

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seguimento e para a prática contábil. No entanto, vale ressaltar que independentemente do gênero, um bom contabilista se faz pelo seu desempenho nas atribuições requeridas pela profissão.

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A história da inserção da mulher no mercado de trabalho foi marcada por movimentos e lutas e, são notórias as mudanças que ocorreram no decorrer da história, podendo observar que a mulher vem conquistando seu espaço na sociedade. O que antes eram áreas inacessíveis para mulheres, já que estas eram vistas apenas para cuidar da casa, hoje já são parte de sua conquista na sociedade. Assim, atualmente é possível analisar que as mulheres se sobressaem por sua qualificação profissional e preparado intelectual.

A contabilidade é uma profissão reconhecida como masculina, mas a mulher brasileira vem conquistando seu espaço nesse meio. Os dados registrados pelo Conselho Federal de Contabilidade demonstram que a atuação da mulher no setor contábil no estado de Santa Catarina já é muito representativa, ocupando mais de 40%. A partir destes dados é possível afirmar que o setor contábil tem passado por uma “feminilização” da profissão, ou seja, o percentual de mulheres atuando na contabilidade tem ganhado representatividade.

Estudos anteriores, como o de Madalozzo e Martins (2007) abordam que não se pode afirmar que existe uma igualdade na condição de trabalho para homens e mulheres, pois enquanto as mulheres cumprem uma jornada dupla e/ou intensiva de trabalho doméstico, os homens podem concentrar sua atenção e dedicação de esforço primordialmente para o mercado de trabalho. Ainda que seja possível verificar uma diferença salarial entre homens e mulheres, os percentuais de desigualdade têm diminuído.

Dada a importância das mulheres para o progresso da contabilidade, buscou-se responder à pergunta da pesquisa: qual a representatividade das mulheres nos escritórios de contabilidade no município de Tijucas (SC)?

A partir do estudo contatou-se que pelo menos 80% são contadoras e, dentre a maioria dos estudantes de ciências contábeis trabalhando nos escritórios são mulheres, pelo

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menos 86,6%. Para Casa Nova (2014), as mulheres já representam a maioria no ensino superior, especialmente no curso de ciências contábeis, em 2011 elas já representavam 58% dos matriculados.

Grande parte das contabilistas opta por exercer a profissão nos escritórios e, ainda, sua atuação manifesta-se em funções e áreas contábeis diversas. Verificou-se que dentre as funções mais exercidas pelas mulheres estão em destaque a de contadoras (33,3%), auxiliares (19%) e gerentes (14,3%).

Já o que diz respeito as áreas em que as mulheres têm mais representatividade dentro dos escritórios da pesquisa, a área contábil ganha destaque com 52%, seguido então de RH (folha de pagamento) com 24%.

No decorrer da pesquisa foi possível verificar que a entre sócios e proprietários de escritórios de contabilidade no município de Tijucas (SC), há uma participação expressiva do público feminino, pois dos 21 escritórios analisados, 61,9% destes apresentam mulheres entre seus sócios e proprietários.

Cabe mencionar que, de forma geral, o retorno foi considerado positivo, já que houve distintas opiniões construtivas sobre o presente tema. O mercado de trabalho contábil, em especial os escritórios de contabilidade em Tijucas (SC), apresentam tendência promissora ao gênero feminino, visto que as mulheres possuem características relevantes para profissão, como dedicação, atenção, rapidez no desenvolvimento de tarefas.

Para realização de novos estudos, sugere-se uma pesquisa que identifique o nível de disparidade salarial entre os gêneros na profissão contábil do município de Tijucas (SC). Também se sugere uma investigação sobre o perfil das mulheres contadoras que atuam nos escritórios contábeis, para conhecer melhor a realidade da mulher contabilista no município de Tijucas (SC), tendo em vista a sua importância no mercado de trabalho em geral.

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