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Análise de riscos em uma empresa de pequeno porte fabricante de estruturas metálicas (estudo de caso)

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Academic year: 2021

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(1)

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do

Estado do Rio Grande do Sul

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS

Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Engenharia de Segurança do

Trabalho

JÔNATAS VIEIRA CARPES

ANÁLISE DE RISCOS EM UMA EMPRESA DE PEQUENO

PORTE FABRICANTE DE ESTRUTURAS METÁLICAS

(ESTUDO DE CASO)

Ijui/RS 2013

(2)

JÔNATAS VIEIRA CARPES

ANÁLISE DE RISCOS EM UMA EMPRESA DE PEQUENO

PORTE FABRICANTE DE ESTRUTURAS METÁLICAS

(ESTUDO DE CASO)

Monografia do Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho

Orientador: Fernando Wypyszynski

Ijuí/RS 2013

(3)

JÔNATAS VIEIRA CARPES

ANÁLISE DE RISCOS EM UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE FABRICANTE DE ESTRUTURAS METÁLICAS. (ESTUDO DE CASO)

Monografia defendida e aprovada em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora

Banca examinadora

______________________________________________________________________ Prof.o Fernando Wypyszynski – Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho

Especialização – Orientador

______________________________________________________________________ Renato Zambonatto Júnior – Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho –

Especialização – Banca

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Aos meus queridos pais Walmir Martins Carpes e Marlene Terezinha Vieira Carpes, ao meu irmão Douglas Vieira Carpes pelo amor, carinho e estímulo que me ofereceram, dedico-lhes essa conquista como gratidão.

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu orientador, Professor Fernando Wypyszynski, pela compreensão, incentivo e disponibilidade que contribuiu para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso de pós-graduação em engenharia de segurança do trabalho.

A professora Raquel Kohler que me auxiliou no início das atividades deste trabalho, e por motivos profissionais teve que se ausentar, a ela meus votos de muito sucesso em sua carreira.

Aos meus queridos pais e irmão pelo apoio durante toda essa caminhada e o incentivo que me fortaleceu no decorrer do curso de Pós-graduação

Aos meus colegas de trabalho que me ajudaram de uma forma singela.

Aos meus amigos e colegas que de uma forma direta ou indireta contribuíram para que esse trabalho fosse possível.

A empresa na qual se realizou o estudo de caso, que permitiu a execução deste trabalho, pois sem o auxilio e colaboração da mesma, o objetivo deste trabalho não seria alcançado.

À Deus por ter me iluminado nesta caminhada, por me dar força para enfrentar todos os obstáculos encontrados.

Enfim, a todos aqueles que acreditaram no meu trabalho.

(6)

RESUMO

Atualmente a incorporação das boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho no âmbito das micro e pequenas empresas contribui para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes e doenças e diminuindo consideravelmente os custos. Além de diminuir os custos e prejuízos, torna a empresa mais competitiva, auxiliando na sensibilização de todos para o desenvolvimento de uma consciência coletiva de respeito à integridade física dos trabalhadores e melhoria contínua dos ambientes de trabalho. O presente trabalho tem como objetivo fazer um levantamento dos riscos ambientais existentes em uma determinada empresa, qualificar e quantificar esses riscos e após isso tecer medidas de prevenção para evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A metodologia constou de uma coleta de dados através de sites e literaturas técnicas, coletas de fotos, analise qualitativa e quantitativa na empresa em estudo e elaboração de medidas de controle e foi possível concluir que a empresa tem preocupação referente à segurança no ambiente de trabalho de seus trabalhadores, investindo cada vez mais em processos que eliminam riscos através de adoção de máquinas e equipamentos novos. A elaboração de procedimentos operacionais padrão para inúmeras atividades fabris poderá auxiliar na redução de riscos e acidentes de trabalho.

Palavras-chave: Segurança do trabalho; Análise de riscos ambientais; Prevenção de acidentes.

(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Exemplo de ferramentas manuais ... 17

Figura 2 – Trabalho sentado em um escritório em frente ao computador ... 31

Figura 3 – Sistema captor móvel de exaustão ... 61

Figura 4 – Resultados da medição do agente químico: fumos metálicos ... 62

Figura 5 – Resultados da medição do agente químico: tolueno e xileno / aerodispersóides não fibrogênicos ... 66

Figura 6 – Implantação das colunas da ponte rolante e reservatório de água ... 68

Figura 7 – Movimentação de estruturas metálicas por funcionários ... 69

Figura 8 – Máquina dobradeira adaptada ... 70

Figura 9 – Máquina guilhotina adaptada ... 71

Figura 10 – Isolamento da área de chapas cortadas da máquina guilhotina ... 71

Figura 11 – Processo de pintura das estruturas metálicas ... 72

Figura 12 – Instalação da ponte rolante ... 73

Figura 13 – Organização no estoque de matéria prima ... 73

Figura 14 – Local de convivência ... 74

Figura 15 – Estruturas metálicas aguardando transporte ... 75

Figura 16 – Mezanino ... 76

Figura 17 – Ações de proteção com as mãos ... 78

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Limite de tolerância para o ruído continuo ou intermitente ... 15

Tabela 2: Riscos químicos x consequências ... 23

Tabela 3 – Limite de tolerância para Agentes Químicos... 25

Tabela 4 – Agentes químicos presentes nos insumos utilizados no processo de pintura 26 Tabela 5: Identificação da empresa e suas características ... 35

Tabela 6: Distribuição dos funcionários da empresa ... 35

Tabela 7 – Analises de risco ambientais da função de motorista ... 38

Tabela 8 – Medidas de Controle na função de motorista ... 40

Tabela 9 – Análises de riscos ambientais na função de Soldador ... 41

Tabela 10 - Medidas de Controle na função de soldador ... 43

Tabela 11 - Analises de riscos ambientais na função de pintor ... 44

Tabela 12 – Medidas de Controle na função de Pintor... 46

Tabela 13 – Analises de riscos ambientais na função de Montador de estruturas metálicas ... 47

Tabela 14 – Medidas de Controle na função de montador de estruturas metálicas. ... 49

Tabela 15 – Analises de riscos ambientais na função de Montador de estruturas metálicas (TA) e Soldador (TA) ... 50

Tabela 16 – Medidas de Controle na função de montador de estruturas metálicas (TA) e Soldador (TA) ... 53

Tabela 17 – Função com o numero respectivo de funcionários. ... 54

Tabela 18 -- Analises de riscos ambientais no setor administrativo... 55

Tabela 19 -- Medidas de Controle no setor administrativo ... 56

Tabela 20 – Avaliação do Ruído: “junto ao ouvido do trabalhador” ... 57

(9)

LISTA DE SIGLAS

ACGIH American Conference of Government Industrial Hygenists o

C Unidade de medição de temperatura - Celsius CA Certificado de aprovação

cm Unidade de medição – centímetro CLT Consolidação das leis do trabalho

dB Decibeis

DORT Distúrbio Osteomuscular relacionado ao trabalho EPC Equipamento de proteção coletiva

EPI Equipamento de proteção individual

FISPQ Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico

GL Ginástica Laboral

LT Limite de tolerância

LER Lesões por esforço repetitivo

kg Unidade de medição de massa- kilograma

NR Norma Regulamentadora

n.d. Não detectado

NIOSH Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional PAIR Perda auditiva induzida por ruído

PCMSO Programa de controle médico de saúde ocupacional PPCI Plano de prevenção de combate a incêndio

ppm Unidade de medição – parte por milhão POP Procedimento Operacional Padrão

PPRA Programa de Prevenção de riscos ambientais

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 11 1.1 Tema ... 11 1.2 Delimitação do Tema... 11 1.3 Formulação do Problema ... 11 1.4 Objetivos ... 12 1.4.1 Geral ... 12 1.4.2 Específicos ... 13 1.5 Justificativa ... 13

2 RISCOS E AGENTES AMBIENTAIS ... 13

2.1 RISCOS FÍSICOS ... 14

2.1.1 Ruído ... 14

2.1.2 Vibração... 16

2.1.3 Radiação ionizante ... 19

2.1.4 Radiação não ionizante: ... 19

2.1.5 Pressões anormais ... 20 2.1.6 Umidade ... 21 2.1.7 Temperaturas Extremas ... 21 2.2 RISCOS QUÍMICOS ... 22 2.2.1 Fumos Metálicos ... 23 2.2.2 Vapores Orgânicos ... 25 2.3 RISCOS BIOLÓGICOS ... 26 2.4 RISCOS ERGONÔMICOS ... 28 2.5 RISCOS DE ACIDENTES ... 33 3 METODOLOGIA ... 34 3.1 Planejamento da Pesquisa ... 34

3.1.1 Procedimento de coleta e interpretação dos dados ... 34

3.2 Estudo de Caso ... 35

3.2.1 Reconhecimento e Análise dos Riscos Ambientais ... 36

3.2.2 Resultados das avaliações Quantitativa e Qualitativa ... 56

3.2.3 Registro Fotográfico ... 68

3.2.4 Procedimento Operacional Padrão – POP ... 76

3.2.5 Campanha educativa ... 77

4 CONCLUSÃO ... 80

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 81

(11)

1 INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento das indústrias e com o uso cada vez maior de tecnologia nos meios de produção, a cada dia que passa as indústrias em todos os setores do mercado usam cada vez mais máquinas para realizar de forma mais rápida o que o homem fazia, mas essas máquinas nem sempre estão protegidas e muitas vezes causam acidentes de trabalho para quem as opera.

Acidentes de trabalho são problemas que vem acontecendo e que geram muitos inconvenientes para os trabalhadores e também para as empresas. Uma vez que na ocorrência de um acidente de trabalho as maquinas param, como se sabe máquina parada é prejuízo para a empresa, alem de gerar danos no colaborador que sofreu o acidente seus colegas de trabalho também ficam abalados com a situação e outros problemas podem ocorrer.

O presente trabalho aborda o ambiente laboral de uma empresa de pequeno porte fabricante de estruturas metálicas para a construção de pavilhões industriais, situada na cidade de Cruz Alta – RS, mostrando no seu desenvolver as principais atividades realizadas por cada colaborador, os riscos ambientais nos quais estão submetidos no decorrer suas atividades, e a forma que a empresa adota para diminuir a exposição do funcionário aos riscos.

1.1 Tema

• Segurança no Trabalho.

1.2 Delimitação do Tema

• Análise dos riscos ambientais em uma empresa metalúrgica de pequeno porte.

1.3 Formulação do Problema

• Atualmente empresas de pequeno porte possuem poucos registros de estudos relacionados à segurança do trabalho.

• O estudo pode trazer uma melhor conscientização aos funcionários. • A empresa possui um sistema eficaz de proteção aos seus funcionários? • Os funcionários colaboram com sua segurança?

(12)

• A empresa possui sistema de proteção coletiva em máquinas, equipamentos e no layout interno?

• São necessários sistemas coletivos de proteção?

• O risco de acidentes é iminente? Quais máquinas ou serviços que geram riscos aos funcionários? Alguma área especifica da empresa?

• Quais funcionários tem maior probabilidade de se envolver em acidentes? 1.4 Objetivos

• Conscientizar e informar aos trabalhadores, através da fácil visualização, os riscos existentes na empresa ou setor de trabalho.

• Durante a sua elaboração do trabalho, promover a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

• Divulgar ao proprietário e aos funcionários conhecimentos na área de segurança do trabalho;

• Oferecer alternativas ao proprietário da empresa para adequar suas instalações ao exigido pelas normas regulamentadoras.

• Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa.

• Preservar a saúde e integridade dos empregados através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentemente controle de riscos ambientais presentes em sua atividade;

• Manter um fluxo permanente de ações preventivas que permitam manter os índices de acidentes e doenças ocupacionais dentro de padrões de excelência definidas;

• Manter aderência ás Normas Regulamentadoras estabelecidas pela portaria 3214/78, em especial a NR-09.

1.4.1 Geral

Sintetizar os conhecimentos científicos adquiridos ao longo do curso de engenharia e segurança do Trabalho, aplicando no decorrer da elaboração do trabalho de conclusão do curso.

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1.4.2 Específicos

Analisar, enumerar, explicitar e adequar o sistema de gestão de segurança da empresa em estudo.

1.5 Justificativa

• A questão de segurança no trabalho vem a ser uma questão de estrema importância uma vez que nos dias atuais a fiscalização dos órgãos responsáveis esta a cada dia que passa mais intensa e alem disso e de maior importância é a questão da proteção com os colaboradores, pois no caso de um acidente no qual um funcionário tenha que se ausentar do trabalho ele gera um custo elevado para a empresa além dele mesmo sofrer física e psicologicamente com o acidente.

• A incorporação das boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho no âmbito das micro e pequenas empresas contribui para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes e doenças e diminuindo consideravelmente os custos.

• Além de diminuir os custos e prejuízos, torna a empresa mais competitiva, auxiliando na sensibilização de todos para o desenvolvimento de uma consciência coletiva de respeito à integridade física dos trabalhadores e melhoria contínua dos ambientes de trabalho.

2 RISCOS E AGENTES AMBIENTAIS

A norma NR 9 do ministério do trabalho que trata sobre o programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) traz em sua definição no subitem 9.1.1 que diz o seguinte:

9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência

(14)

de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

A presente norma (NR 9) cita os riscos ambientais ao qual um trabalhador pode ser exposto sendo eles os agentes físicos, químicos e biológicos além de riscos ergonômicos e riscos de acidentes existentes no ambiente de trabalho que em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

2.1 RISCOS FÍSICOS

Os riscos físicos no qual os trabalhadores possam estar expostos são: Ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes e radiações não ionizantes e umidade, a seguir é feito uma pequena definição de cada risco.

2.1.1 Ruído

O ruído é qualquer som indesejável, desagradável e que perturba, tanto de forma física como de forma psicológica para todo aquele que percebe o ruído, ou seja, para aquele que o ouve. (1)

O ruído varia na sua composição naquilo que se refere à frequência, intensidade e duração. Como conceito, é o som ou a mistura de sons que são capazes de causar dano à saúde de quem o percebe. Ou seja, ruído é um som ou um conjunto de sons desagradáveis ao ouvido dos indivíduos. (1)

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente. (2)

O anexo 1 da NR 15 estabelece como limite de exposição dos trabalhadores aos diversos ruídos ocupacionais o limite de 85dB para um período de 8 horas diárias. A Tabela 1 abaixo traz os limites de tolerância para o ruído continuo ou intermitente.

(15)

Tabela 1: Limite de tolerância para o ruído continuo ou intermitente

Fonte: NR 15 – Anexo 1

O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso do trabalhador, ocasionando as seguintes alterações em sua saúde:

• Fadiga nervosa;

• Alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar ideias;

• Hipertensão;

• Modificação do ritmo cardíaco;

• Modificação do calibre dos vasos sanguíneos; • Modificação do ritmo respiratório;

• Perturbações gastrointestinais; • Diminuição da visão noturna; • Dificuldade na percepção de cores.

Nível de ruído dB (A) Máxima exposição diária permissível

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 40 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

(16)

Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição.

Dos efeitos nocivos à saúde do ruído, sobre os quais no referimos acima, o mais conhecido é a surdez e é provocada quando a agressão aos ouvidos não é de muita intensidade, a surdez provocada corresponde somente à perturbação funcional e é reversível. Como exemplo podemos dizer que a audição de um som de 90 dB (decibéis: medida usada para identificar a poluição sonora) durante uma semana, pode provocar um tipo de surdez que pode ser reversível. E a audição de um som de 100 dB pelo período de uma hora durante uma semana provoca surdez permanente, ainda que seja de pequena envergadura. E para que um ruído provoque uma lesão orgânica das células ciliadas da cóclea o que supere as medidas anteriores podem causar assim, uma surdez permanente no individuo. (1)

Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas:

• Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído.

• Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.

• Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento.

• Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.

• Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso. 2.1.2 Vibração

A Vibração é qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto fixo. Esse movimento pode ser regular, ou irregular, quando não segue um padrão determinado. (3)

As vibrações são agentes físicos nocivos que afetam os trabalhadores e que podem ser provenientes das máquinas ou ferramentas portáteis a motor ou resultantes dos postos de trabalho. As vibrações encontram-se presentes em quase todas as

(17)

atividades, nomeadamente em construção e obras públicas, indústrias metalúrgicas e metal mecânico e transportes.

Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, às quais podem ser nocivas ao trabalhador.

As vibrações podem ser:

• Localizadas – (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas. Nas indústrias metalúrgicas e metal- mecânicas este tipo de vibrações ocorre, com muita regularidade, no trabalho com máquinas – ferramentas, nomeadamente rebarbadoras.

Abaixo é mostrado na figura 1, exemplo de ferramentas que provocam vibrações localizadas, sendo a imagem 1 – uma motosserra utilizada para cortar madeiras e a imagem 2 – uma esmerilhadeira, usada para esmerilhar e cortar peças metálicas.

Figura 1 – Exemplo de ferramentas manuais

Fonte: TECNOMETAL n.º 162 (Janeiro/Fevereiro de 2006)

Consequências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).

• Generalizadas – (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. No sector metalúrgico e metal-mecânico temos este tipo de vibrações no trabalho com balances, guilhotinas, prensas excêntricas, entre outros.

(18)

2.1.2.1 Valores – limite e valores de ação de exposição Os valores-limite de exposição são os seguintes:

Para as vibrações localizadas ou transmitidas ao sistema mão-braço:

a. O valor-limite de exposição, para um período de referência de 8 horas, é fixado em 5 m/s2 ;

b. O valor de ação de exposição, para um período de referência de 8 horas, que desencadeia a ação é fixado em 2,5 m/s2.

Para as vibrações generalizadas ou transmitidas a todo o organismo:

a. O valor-limite de exposição, para um período de referência de 8 horas, é fixado em 1,15 m/s2;

b. O valor de ação de exposição, para um período de referência de 8 horas, é fixado em 0,5 m/s2.

Para evitar ou diminuir os danos provocados pela vibração no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas: (3)

• Revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).

• Métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição à vibrações mecânicas;

• A escolha de equipamento de trabalho adequado, bem concebido do ponto de vista ergonômico e que, tendo em conta o trabalho a efetuar, produza o mínimo de vibrações possível;

• A instalação de equipamento auxiliar destinado a reduzir o risco de lesões provocadas pelas vibrações, por exemplo, assentos que amorteçam eficazmente as vibrações transmitidas a todo o organismo e punhos que reduzam as vibrações transmitidas ao sistema mão-braço;

• Programas adequados de manutenção do equipamento de trabalho, do local de trabalho e das instalações existentes no local de trabalho;

• Concepção e disposição dos locais e postos de trabalho;

• Informação e formação adequadas dos trabalhadores para que utilizem corretamente e de forma segura o equipamento de trabalho, por forma a reduzir ao mínimo a sua exposição a vibrações mecânicas;

• Limitação da duração e da intensidade da exposição;

(19)

2.1.3 Radiação ionizante

São emissões de energia em diversos níveis, ultravioleta, raios-X, raio gama e partículas alfa e beta, capazes de contato com elétrons de um átomo, provocando a ionização dos mesmos.

Os operadores de raios-X e radioterapia estão frequentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.

Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:

• Medidas de proteção coletiva: enclausura mento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).

• Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x). • Medida médica: exames periódicos.

2.1.4 Radiação não ionizante:

Ao contrário da radiação ionizante, não se tem poder de ionização pode causar os seguintes sintomas ao trabalhador como contrações cardíacas, debilitação do sistema nervoso central, catarata ou até mesmo a morte. Fator determinante é o tempo de exposição.

São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos, ou de solda oxi-acetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, micro-ondas, etc.

A NR-15 em seu anexo 7 define “radiações não ionizantes as microondas, ultravioletas e o laser”. Por outro lado, a mesma NR-15 exclui de condições insalubres as atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa de 400-320 nanômetros). Esta norma não cita qualquer limite de exposição a radiações não ionizantes, apenas estabelece que “as operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho”. (4)

Portanto, para definir um ambiente de trabalho como insalubre, basta que se inspecione e ali se perceba a existência de radiações não ionizantes (microondas, ultravioleta e laser), sem as devidas proteções ao trabalhador.

(20)

Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:

• Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda).

• Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores de forno).

• Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x). • Medida médica: exames periódicos.

2.1.5 Pressões anormais

Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente estamos expostos.

As pressões anormais podem ser classificadas em dois tipos: baixas Pressões (hipobárica) ou Altas pressões (Hiperbárica).

Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco. Esse tipo de pressão traz ao trabalhador os sintomas de coceira na pele, dores musculares, vômitos, hemorragias pelo ouvido e ruptura do tímpano. (2)

Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens. (2)

A exposição a pressões anormais pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos podendo levar até a morte.

(21)

O trabalho em pressões anormais por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser obedecida.

2.1.6 Umidade

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle.

A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório, quedas de cabelo, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.

Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc.).

2.1.7 Temperaturas Extremas

Podemos classificar as temperaturas extremas em dois tipos: calor quente e calor frio.

Atividades em ambientes como em câmaras frigorificas, caldeiras, fornos de fundição, deve se ter um cuidado especial ao trabalhador, por estar exposto a temperaturas extremas.

Temperaturas extremas: Calor Quente

Altas temperaturas podem provocar ao trabalhador: • Desidratação; • Erupção da pele; • Câimbras; • Fadiga física; • Distúrbios psiconeuróticos; • Problemas cardiocirculatórios; • Insolação.

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Temperaturas extremas: Calor Frio

Baixas temperaturas podem provocar ao trabalhador: • Feridas;

• Rachaduras e necrose na pele; • Enregelamento: ficar congelado; • Agravamento de doenças reumáticas; • Predisposição para acidentes;

• Predisposição para doenças das vias respiratórias.

Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador é necessário que se tome medidas como:

• Proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.

• Proteção individual: fornecimento de EPI (ex.: avental, botas, capuz, luvas, vestimenta especiais para trabalhar no frio).

2.2 RISCOS QUÍMICOS

São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquida, sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e danos à saúde.

Como agente químico pode ser relacionado os gases, vapores, fumos, névoas, poeiras e líquidos capazes de agredir a saúde de uma pessoa por meio de três tipos de penetração no organismo, sendo elas:

• Via respiratória: inalação pelas vias aéreas • Via cutânea: absorção pela pele

• Via digestiva: ingestão

A tabela 2 a seguir apresenta os tipos de riscos químicos com os seus malefícios a saúde do trabalhador:

(23)

Tabela 2: Riscos químicos x consequências

Fonte: PUC Minas 2008

2.2.1 Fumos Metálicos

Em diversos processos industriais, em especial soldagem e corte térmico, há emissão de gases, vapores e fumaças que também se denominam “fumos metálicos” e que podem representar uma séria ameaça à saúde dos trabalhadores, além de também danificarem equipamentos sensíveis como robôs. (6)

Um eficiente sistema de exaustão localizada e, se for o caso, filtragem deve ser implantado para captar os fumos antes que eles atinjam a zona de respiração dos operadores ou se espalhem pelo ambiente de trabalho.

No decorrer da montagem de conjuntos e subconjuntos de aço carbono ou inox, realizam-se atividades de soldagem. Pode-se definir soldagem como “um processo para ligar metais no qual a coalescência é produzida pelo aquecimento do metal a uma temperatura adequada” (7).

Para conhecer melhor alguns processos de solda abordaremos a seguir os processos de solda TIG e MIG.

(24)

2.2.1.1 Solda TIG ou GTA

Na soldagem a arco sob gás e eletrodo de tungstênio - TIG, o arco é estabelecido entre um eletrodo de tungstênio não consumível e a peça de trabalho produzindo calor para o derretimento das bordas adjacentes do metal a ser soldado. Se junta argônio e hélio ao espaço anular em volta do eletrodo para manter o ambiente inerte. Em geral usa-se uma vareta de enchimento alimentada manualmente. A soldagem TIG é utilizada no setor de solda para o processo de soldagem em aço inox. (7)

As concentrações de fumo de solda na soldagem TIG são mais baixas do que outros processos de soldagens. Os fumos metálicos presentes neste processo de solda são constituídos de dióxido de nitrogênio, hélio, fluoretos, ozônio e monóxido de carbono.

2.2.1.2 Solda MIG/MAG ou GMA

Neste sistema, o maçarico de soldar tem uma vareta central consumível que é suprida por um carretel ou bobina que mantêm o arco enquanto ele se derrete dentro da bolha de solda. Ao redor deste eletrodo fica uma passagem anular para o fluxo do hélio, argônio, dióxido de carbono, nitrogênio ou uma mistura desses gases. A composição do arame é, em geral, a mesma ou similar ao metal básico com um revestimento cintilante de cobre para assegurar o contato elétrico na pistola de soldagem e prevenir contra a oxidação superficial. (7)

Os fumos metálicos presentes neste processo de solda são compostos de monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, ozônio, manganês e cobre.

Organizações internacionais de saúde reconhecem a importância de prevenir riscos de saúde associados aos fumos metálicos gerados durante a soldagem e o corte térmico. Em muitos países foram definidos padrões rígidos para os limites máximos de exposição permitidos.

Estão representados na Tabela 3 os limites de tolerância para os componentes dos fumos metálicos neste processo de solda conforme Quadro 1 do Anexo 11 e 12 da NR-15 e Normas ACGIH (American Conference of Government Industrial Hygenists).

(25)

Tabela 3 – Limite de tolerância para Agentes Químicos

Fonte: NR 15 – Anexo 11 e 12 e ACGIH

2.2.2 Vapores Orgânicos

Atualmente, cerca de mil novas substâncias químicas entram no mercado todos os anos. Estas substâncias, normalmente, são encontradas em combinações e formulações de diversos produtos comerciais. Sendo que, de um a dois milhões de tais produtos estão presentes nos mais diversos ramos de atividades indústrias, e nos mais diferentes país. Significando um maior contato, seja na produção, armazenamento, transporte, manipulação, disposição ou uso das diferentes substâncias químicas (8).

A exposição a poluentes atmosféricos pode ocorrer de forma crônica ou aguda, podendo ser sentida sobre a pele e mucosas, aparelho respiratório, cardiovascular, digestivo e sistema nervoso central, causando diversos tipos de afecções desde os mais variados quadros respiratórios até hipertensão arterial e cancro (9).

É notório que ao longo do tempo as atividades industriais desenvolvidas em ambientes de trabalho fechado podem expor os trabalhadores a diferentes tipos de riscos e agravos a saúde.

A atividade de pintura industrial se destaca como um dos processos que possibilita a dispersão de substancias químicas na atmosfera de trabalho.

Dessa forma, os trabalhadores estão susceptíveis aos poluentes químicos por meio de vapores orgânicos originários de agentes que compõem as substâncias como tintas, verniz, endurecedores, adaptadores, catalizadores e thinner ou combinação destes no processo de aplicação nas superfícies de tratamento por meio de pistolas alimentas por ar comprimido.

(26)

Com base no Anexo nº 11 da NR – 15, que trata dos agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho, a Tabela 4 expõe o mapa dos principais insumos utilizados no processo de pintura conforme análise das FISPQ (Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico) de cada produto e seus respectivos agentes e limites de tolerâncias.

Tabela 4 – Agentes químicos presentes nos insumos utilizados no processo de pintura

Fonte: Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico – FISPQ.

2.3 RISCOS BIOLÓGICOS

Constantemente estamos expostos aos mais diversos tipos de micro-organismos causadores de doenças. Apesar de esses microscópicos estarem por toda parte, em determinados ambientes de trabalho corre-se mais o risco de se adoecer em decorrência deles. Os agentes biológicos que contaminam os ambientes ocupacionais são micro-organismos como vírus, bactérias, protozoários, fungos, antrópodes, parasitas (helmínteos) e derivados de animais e vegetais (agentes que provocam alergia). Em geral eles estão presentes em hospitais, estabelecimentos de serviços de saúde em geral, cemitérios, matadouros, laboratórios de análises e pesquisas, indústrias - como a

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farmacêutica e alimentícia -, empresas de coleta e reciclagem de lixo, estações de tratamento de esgotos, incineradores. (10)

Esse tipo de contaminação pode ocorrer pelo contato com materiais contaminados e com pessoas portadoras de alguma doença contagiosa; por transmissão através de vetores (roedores, baratas, mosquitos e animais domésticos); por contato com roupas e objetos de pessoas doentes; através de contaminação em ambientes fechados; acidentes com objetos perfuro cortantes. (10)

Os trabalhadores que estão sob-risco de agentes biológicos devem realizar os exames periódicos pertinentes, receber um conjunto de vacinas para os agentes presentes em seu ambiente de trabalho. Devem utilizar todos os equipamentos de proteção individuais (EPI) para proteger-se de contaminações a prevenir acidentes. Esses equipamentos devem permitir uma fácil visualização de indícios de contaminação (eles devem ser de cor branca) ou de contato com substâncias infectantes e permitir também uma higienização fácil e rápida.

Devem existir dois vestiários: um para roupa de trabalho e outro para vestimenta comum, e os trabalhadores devem tomar um banho antes das refeições e após o término do trabalho. O ambiente de trabalho deve ser bem sinalizado com avisos de risco biológico e permitir uma limpeza e desinfecção fácil, com o devido encaminhamento das águas de lavagens para uma área de tratamento de resíduos.

Segundo a norma regulamentadora NR 15 (atividades e Operações Insalubres) no anexo 14 do ministério do trabalho traz a relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa, sendo:

Insalubridade de grau máximo:

Trabalho ou operações, em contato permanente com:

• Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados;

• Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);

• Esgotos (galerias e tanques); e

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Insalubridade de grau médio

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em:

• Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);

• Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);

• Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;

• Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);

• Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);

• Cemitérios (exumação de corpos); • Estábulos e cavalariças; e

• Resíduos de animais deteriorados.

2.4 RISCOS ERGONÔMICOS

Riscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença. (11)

São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa.

Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do

(29)

sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, entre outras doenças.

Segundo o artigo 198 do código da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) que traz sobre a prevenção da fadiga de um trabalhador diz:

Art.198: É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.

Parágrafo único. Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.

Para a maioria das pessoas que utilizam computadores como ferramenta de trabalho, essa tarefa se limita apenas em sentarem-se diante da máquina, ligá-la e realizar suas tarefas laborativas. Poucos têm conhecimentos de que a postura inadequada, a cadeira muito alta ou baixa, pouca ou muita claridade ou até mesmo a temperatura ambiente podem provocar desconforto e até mesmo agravar ou desencadear problemas físicos.

Inúmeros problemas podem surgir ao longo do tempo, principalmente quando não são utilizados equipamentos adequados às características individuais de cada pessoa.

Existem vários fatores que devem ser levados em conta numa avaliação ergonômica do posto informatizado, entre elas destacamos: (12)

1. Cadeira: Está deve ser estofada e revestida com tecido absorvente diminuído deste modo o efeito da transpiração. Se for revestida por outros tecidos de porosidade baixa (couro) acabam aumentando a transpiração;

• A altura da cadeira deve ser regulável de maneira a permitir que os pés estejam bem apoiados no chão, pois quando a cadeira é alta demais o usuário trabalha com os pés pendurados, tal posição dificulta o retorno venoso;

• A cadeira deve ter o encosto alto (algumas cadeiras já dispõem desse tipo de regulagem), apoio para os braços na altura do teclado, e a borda

(30)

anterior do assento deve ser arredondada permitindo a livre circulação na porção posterior da coxa, evitando deste jeito problemas circulatórios nas pernas e pés.

2. Mesa: deve ter regulagem para o monitor e teclado independente da altura. Quando fixa tem altura média de 76 cm, porém o teclado deve está na altura do cotovelo do usuário;

• O móvel deve ter cor neutra (cinza claro, gelo ou bege) evitando deste modo reflexos e ofuscamento que podem causar fadiga visual no usuário; • Os objetos sobre a mesa deve ser arrumados de forma organizada de tal maneira que facilite o seu alcance e proteja o corpo contra riscos posturais.

3. Vídeo: A parte superior do monitor deve está a altura dos olhos, pois, quando alto ou baixo demais favorece a fadiga na região cervical.

4. Teclado e mouse: O teclado deve ser mantido à frente do computador e se situar a altura da mão do usuário. O mouse deve localizar-se ao lado do teclado como se fosse uma continuação do mesmo, evitando grande deslocamento da mão ou elevação do braço;

5. Teclado e mouse: O teclado deve ser mantido à frente do computador e se situar a altura da mão do usuário. O mouse deve localizar-se ao lado do teclado como se fosse uma continuação do mesmo, evitando grande deslocamento da mão ou elevação do braço.

6. Iluminação: deve ser do tipo geral e uniforme. O usuário deve evitar a iluminação direta no monitor, pois esse tipo de iluminação causa reflexos que podem causar fadiga visual.

A figura 2 abaixo, mostra em detalhe a postura adequada de um trabalhador para trabalho realizado sentado sobre a cadeira em um escritório em frente ao computador.

(31)

Figura 2 – Trabalho sentado em um escritório em frente ao computador

Fonte: Qualifis 2011

Segundo a Portaria 3751/90 da CLT que traz sobre as formas de prevenção da LER (lesão por esforço repetitivo) para os digitadores especifica que cada digitador após 50 min de trabalho tenha um intervalo de 10 min para descanso, proibição para prêmios de produção, temperatura ambiente entre 20°C e 24°C e a umidade relativa do ar não pode ser inferior a 40%.

GINÁSTICA LABORAL

A ginástica laboral (GL) utiliza o ambiente de trabalho como espaço onde o trabalhador vai exercitar o corpo com vários exercícios físicos e atividades durante a jornada de trabalho e deve ser realizada por livre e espontânea vontade do trabalhador sobre orientação de profissionais especializados.

Além dos exercícios elaborados e aplicados por este profissional durante a realização da GL cabe a ele a elaboração de outras atividades preventivas como a avaliação postural, palestras e elaboração de folhetos, jornais ou

(32)

informativos educativos. Todos estes itens compõem um arsenal para combate contra a DORT.

A frequência semanal da GL depende da rotina da empresa, perfil de atividade dos funcionários. Mas o ideal é que seja realizada três vezes por semana com duração de 8 a 15 minutos (com média de 10 minutos). (12)

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS 1. Para os trabalhadores:

• Prevenção de doenças profissionais, estresse, depressão, ansiedade; • Promoção da saúde e da qualidade de vida do trabalhador;

• Estimula o trabalhador a praticar atividades físicas (combate ao sedentarismo);

• Motivação por quebra da monotonia;

• Melhora a atenção e concentração do trabalhador durante a jornada de trabalho diminuindo o risco de acidentes profissionais;

• Melhora as relações interpessoais. 2. Empresariais:

• Aumento da produtividade;

• Redução dos gastos com afastamento do pessoal; • Diminuição dos riscos de acidentes de trabalho;

• Diminuição da rotatividade no quadro de empregados da empresa. Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada entre outras melhorias.

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2.5 RISCOS DE ACIDENTES

Riscos de Acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.

Arranjo físico deficiente - É resultante de: Prédios com área insuficiente; localização imprópria de máquinas e equipamentos; má arrumação e limpeza; sinalização incorreta ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares.

Máquinas e equipamentos sem proteção - Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de operação; comando de liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e equipamentos com defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou não fornecido.

Ferramentas inadequadas ou defeituosas - Ferramentas usadas de forma incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de manutenção.

Eletricidade - Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de aterramento elétrico; falta de manutenção.

Incêndio ou explosão - Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de sinalização; falta de equipamentos de combate ao incêndio ou equipamentos defeituosos.

Os acidentes de trabalho dividem-se em 3 tipos:

• Acidentes típicos: são aqueles que ocorrem com o trabalhador no próprio órgão ou em qualquer outro local, quando esta prestando algum serviço, ou beneficio ao empregador.

• Acidentes de trajeto: São aqueles que ocorrem com o trabalhador no percurso de casa para o trabalho ou vice-versa.

• Doença profissional ou do trabalho – desencadeada pelo exercício de determinada função, característica de um emprego específico.

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De acordo com dados do governo, os acidentes típicos são responsáveis por cerca de 84% dos acidentes de trabalho. Os acidentes de trajeto e as doenças profissionais ou do trabalho somam 16%. (13)

3 METODOLOGIA

3.1 Planejamento da Pesquisa

O trabalho foi realizado em etapas, como a coleta de dados através de sites e literaturas nas quais são citadas nas referencias bibliográficas, coleta de fotos e analise qualitativa e quantitativa na empresa na qual esta se realizando o estudo de caso.

3.1.1 Procedimento de coleta e interpretação dos dados

Os procedimentos utilizados na realização deste trabalho se compõe das seguintes etapas:

• Mapeamento dos riscos na empresa;

• Análise dos processos de fabricação da empresa;

• Análise dos dados coletados por meio de comparativo com NR’s; • Elaboração de Medidas de Controle – Procedimento Operacional

Padrão;

• Registro fotográfico das instalações;

• Registro fotográfico das atividades desenvolvidas;

• Elaboração de cronograma de atividades sugeridas à empresa, em anexo.

(35)

3.2 Estudo de Caso

O estudo de caso abordado é uma empresa de micro pequeno porte, fabricante de estruturas metálicas localizada na cidade de cruz alta. O trabalho mostrará uma analise dos setores produtivos da empresa, fazendo um levantamento dos riscos ambientais que se encontram no setor produtivo. A tabela 5 abaixo apresenta a identificação da empresa e suas características e a tabela 6 a seguir a distribuição dos funcionários da empresa.

Tabela 5: Identificação da empresa e suas características

Empresa Por medidas éticas não será divulgada o nome da empresa.

Nome Fantasia

CNPJ xx.xxx.xxx/xxx-xx

Inscrição Estadual xxx/xxxxxx Endereço da Fábrica de Estruturas

Metálicas

Cruz Alta - RS

CNAE VERSÃO 2.0, Portaria n 76 de 21/11/2008- NR 4.

25.11-0

Ramo de Atividade Fabricação de estruturas metálicas

Grau de Risco IV (Quatro)

Tabela 6: Distribuição dos funcionários da empresa

Função Nº funcionários

Transporte

Motorista 06

Produção

Soldador 06

Pintor de estruturas metálicas 02

Montagem Externa

Montador de estruturas metálicas 04

Montador de estruturas metálicas- TA 06

Soldador-TA 03 Administrativo Arquiteto 01 Comerciante varejista 01 Engenheiro mecânico 01 Proprietário 01 Secretário 01

Total de funcionários 32 (Trinta e dois)

O estudo abaixo a seguir será feita uma analise conforme padrão da NR-9 que trata sobre o PPRA – Programa de Prevenção a Risco Ambientais no qual visa a

(36)

antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentemente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

3.2.1 Reconhecimento e Análise dos Riscos Ambientais

De acordo com o item 9.15 da NR-09: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é considerado riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos á saúde do trabalhador.

• Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes temperaturas extremas, pressões anormais e umidade;

• Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absolvido pelo organismo através da pele ou por ingestão;

• Consideram-se agentes biológicos os micro-organismos como vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos que possam obter contato com o organismo através da via cutânea (pele), parenteral (por inoculação intravenosa, intramuscular, subcutânea), as mucosas por via respiratória ou via oral podendo provocar inúmeras doenças.

• Consideram-se riscos de acidentes, qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

• Consideram-se riscos ergonômicos, qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.

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A definição do tempo de exposição será determinada com base na proposta do Ministério do trabalho, expressa na Portaria 3311, de 29 de Novembro de 1989, a saber: • Exposição Eventual: Aquela que se dá por até 30 (trinta) minutos da jornada de trabalho (cumulativamente ou não), não oferece riscos á saúde ou de acidentes, que não os fortuitos;

• Exposição Intermitente: Aquelas que se dão por mais de 30 (trinta) minutos da jornada de trabalho e oferece risco potencial á saúde ou de acidentes.

• Exposição Permanente: Aquela que ocorre durante quase todo, ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, a não ser fortuita e não programada.

As informações mostradas nesta etapa são:

A determinação e localização das possíveis fontes geradoras, trajetórias e meios de propagação, caracterização das atividades e do tipo de exposição, identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos ao risco.

A descrição das medidas de controle já existentes na empresa e das possíveis alterações para aumentar a sua eficiência na redução ou eliminação dos riscos ambientais encontram-se nos levantamentos de riscos nos postos de trabalho.

3.2.1.1

Setor: Transporte

Função: Motorista

No de funcionários expostos: 6 funcionários

Atividades: Realizar o transporte rodoviário dos trabalhadores via veículo para passageiros ao local de montagem das estruturas metálicas em viagens intermunicipais, realizar inspeções e reparos de primeiro nível, verificar documentação do veículo, definir rotas e assegurar regularidade do transporte, auxiliar na montagem da estrutura nos pavilhões conforme desenhos, alinhamento e fixação com parafusos e solda das peças no local destinado, efetuar o carregamento e acondicionamento das estruturas metálicas e vigas de concreto no cavalo mecânico com guindaste acoplado em carreta graneleira, definir rotas e assegurar regularidade do transporte das estruturas em viagens intermunicipais ao local da montagem, realizar a descarga e o acondicionamento das peças na montagem da estrutura nos pavilhões com o guindaste para a realização de fixação da estrutura.

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Descrição do Local de Trabalho: Cabine do caminhão na movimentação dos mesmos com as devidas cargas, exposto a iluminação variada e natural, em diversas condições climáticas, terreno regular e trafegando por estradas de terra, calçamento e asfalto, também nas atividades realizadas nos canteiros de obras na montagem das estruturas metálicas e de concreto nos pavilhões em construção.

Pavilhão da produção: Pavilhão de alvenaria, estrutura e cobertura metálica, pé direito de 6,00m, piso de cimento alisado, iluminação artificial através de 12 pontos de lâmpadas de mercúrio, iluminação e ventilação natural através de 3 portões amplos com acesso a área externa e 14 janelas basculantes, também tem 11 pontos no telhado com telhas translúcidas que auxiliam na iluminação do ambiente.

Área de montagem da estrutura: Atividades realizadas em propriedades e dependências das empresas contratantes, tarefas realizadas ao ar livre, exposto a iluminação e ventilação variada e natural, pé direito irregular, com variações nas condições climáticas e terrenos regulares.

A tabela 7 abaixo apresenta a analise dos riscos ambientais da função de motorista:

Tabela 7 – Analises de risco ambientais da função de motorista

Risco Identificado: Acidente Agente ou Fator de Risco: Exposição ao trânsito

Fonte geradora Trajetória e meio de propagação Tipo de exposição e tempo de exposição Danos à saúde Atividades de transporte das estruturas e passageiros em viagens intermunicipais ao local da montagem com cavalo mecânico acoplado em carreta graneleira e veículos de passageiros. Através da exposição dos membros superiores e inferiores. (mãos e pés) Habitual e intermitente e 44 horas semanais. Pode ocasionar fraturas, luxações, lesões e amputação de membros e dependendo da gravidade pode resultar ao óbito.

Nível de Ação pela NR 9: Não aplicável. Intensidade e Concentração: Não Aplicável.

(39)

Risco Identificado: Físico Agente ou Fator de Risco: Ruído Fonte geradora Trajetória e

meio de propagação Tipo de exposição e tempo de exposição Danos à saúde Trabalhos proveniente com esmerilhadeira, trabalhos externos através da movimentação do guindaste acoplado no caminhão na montagem das estruturas metálicas. Via auditiva na exposição no ambiente de trabalho. Intermitente e 44 horas semanais Alterações estruturais na orelha interna, que

determinam a ocorrência da Perda Auditiva Induzida por

Ruído. (PAIR).

Nível de Ação pela NR 9: NR 15 Anexo 01 Lei 6514 (22/12/1977) Portaria 3214 (08/06/1978) Limite de tolerância estabelecido = 85dB(A) /8 horas.

Intensidade e Concentração: Movimentação do guindaste no caminhão estacionado: 87,2 dB (A) (Decibelímetro).

Risco Identificado: Químico Agente ou Fator de Risco: Fumos Metálicos Fonte geradora Trajetória e

meio de propagação Tipo de exposição e tempo de exposição Danos à saúde Trabalhos de ajuste da estrutura com caminhão guindaste exposto no ambiente proveniente a fumos de solda sendo realizado com soldador elétrico e ou Mig. Via respiratória com inalação de partículas sólidas de óxidos de metais. Habitual e Intermitente e 44 horas semanais

Efeitos associados como febre dos fumos metálicos,

calafrios, tosse, náusea, irritação dos olhos e trato respiratório, bronquite, asma,

pneumonia e siderose (causada pela presença de partículas de óxido de ferro

nos pulmões).

Nível de Ação pela NR 9: NR 15 Anexo 12 Lei 6514 (22/12/1977) Portaria 3214 (08/06/1978) Limite de tolerância para chumbo em jornadas de trabalho de até 48 horas por semana = 0,1 mg/m3.

Limite de tolerância para ferro em jornadas de trabalho de até 48 horas por semana = 5,0 mg/m3

Intensidade e Concentração: Relatório de ensaio Nº 32453 em anexo

= Chumbo, cádmio, cobre e manganês = n.d. (não detectado)

= Ferro= 0,49 mg/m3.

Na tabela 8 abaixo iremos apresentar as medidas de controle que podem ser adotados, como equipamentos de proteção coletiva (EPC) e os equipamentos de proteção individual (EPI) no setor de transporte.

(40)

Tabela 8 – Medidas de Controle na função de motorista EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

Recomendação Existente

Extintor Veicular Sim

Sinalização veicular Sim

Cinta de elevação e amarração de carga Sim Sinalização com cones e Fitas de isolamento Sim

Isolamento e sinalização de segurança do canteiro de obras Sim (Implantado conforme andamento da obra).

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Recomendados Em uso na

Função

Certificado de Aprovação (CA) Luva de segurança contra agentes mecânicos Sim 8996, 5356 Botina de segurança com biqueira composite Sim 18283

Óculos de segurança Sim 15298, 14759,

15649,25319 Capacete de segurança com abafador de ruído Não

Protetor de segurança auricular Sim 10043,15485,5745

Uniforme padrão profissional Sim

Capacete com carneira Sim 5862

3.2.1.2

Setor: Produção

Função: Soldador

No de funcionários expostos: 6 funcionários

Atividades: Realizar a união de peças metálicas através do arco elétrico da solda Mig, consultar desenhos e especificações para executar a solda das estruturas metálicas, retirar das partes soldadas o excesso de solda através da esmerilhadeira manual portátil no acabamento final, movimentar as estruturas na área de produção até o seu acabamento final, efetuar através da serra rápida (policorte), cortes de perfis metálicos conforme a medida necessária para a montagem das estruturas metálicas, movimentar as estruturas na área de produção até a área de pintura.

(41)

Descrição do Local de Trabalho:

Pavilhão de produção: Pavilhão de alvenaria, estrutura e cobertura metálica, pé direito de 6,00m, piso de cimento alisado, iluminação artificial através de 12 pontos de lâmpadas de mercúrio, iluminação e ventilação natural através de 3 portões amplos com acesso a área externa e 14 janelas basculantes, também tem 11 pontos no telhado com telhas translúcidas que auxiliam na iluminação do ambiente.

Tabela 9 – Análises de riscos ambientais na função de Soldador

Risco Identificado: Físico Agente ou Fator de Risco: Radiações não ionizantes

Fonte geradora Trajetória e meio de propagação Tipo de exposição e tempo de exposição Danos à saúde Trabalhos provenientes da radiação ultravioleta gerada por operações de soldagem em solda mig. Via cutânea na exposição de membros do corpo e visão. Habitual e Intermitente e 44 horas semanais Conjuntivite por radiação infravermelha, lesões na pele e nos olhos.

Nível de Ação pela NR 9: NR 15 Anexo 7 Lei 6514 (22/12/1977) Portaria 3214 (08/06/1978)

Intensidade e Concentração: Conforme inspeção em local de trabalho o Agente ou fator de risco é atenuado por meio de EPI e EPC

Risco Identificado: Químico Agente ou Fator de Risco: Fumos Metálicos Fonte geradora Trajetória e

meio de propagação Tipo de exposição e tempo de exposição Danos à saúde Trabalhos de solda com soldador elétrico e Mig pelo

aquecimento do arame composto por aço de carbono com

acabamento bronzeado e eletrodos composto de manganês em fusão no arco da solda e o acabamento com esmerilhamento das peças soldadas. Via respiratória com inalação de partículas sólidas de óxidos de metais. Habitual e Intermitente e 44 horas semanais

Efeitos associados como febre dos fumos metálicos,

calafrios, tosse, náusea, irritação dos olhos e trato

respiratório, bronquite, asma, pneumonia e siderose (causada pela presença de partículas de

óxido de ferro nos pulmões).

Nível de Ação pela NR 9: NR 15 Anexo 12 Lei 6514 (22/12/1977) Portaria 3214 (08/06/1978) Limite de tolerância para chumbo em jornadas de trabalho de até 48 horas por semana = 0,1 mg/m3

Limite de tolerância para ferro em jornadas de trabalho de até 48 horas por semana = 5,0 mg/m3

(42)

Intensidade e Concentração:

Relatório de ensaio Nº 32453 em anexo

= Chumbo, cádmio,cobre e manganês= n.d. (não detectado) = Ferro= 0,49 mg/m3 .

Risco Identificado: Químico Agente ou Fator de Risco: Hidrocarbonetos Fonte geradora Trajetória e

meio de propagação Tipo de exposição e tempo de exposição Danos à saúde Trabalhos de manipulação dos perfis e peças metálicas revestidas com óleo lubrificante (óleo mineral). Via cutânea com absorção e contato com a pele. Habitual e Intermitente e 44 horas semanais Em contato prolongado e repetido com a pele pode causar dermatite, acne, lesão de pele conhecida com elaioconiose e causar

câncer de pele. Nível de Ação pela NR 9: NR 15 Anexo 13, Lei 6514 (22/12/1977), avaliação

qualitativa. Intensidade e

Concentração:

Conforme inspeção em local de trabalho o Agente ou fator de risco é atenuado por meio de EPI.

Risco Identificado: Físico Agente ou Fator de Risco: Ruído Fonte geradora Trajetória e

meio de propagação

Tipo de exposição e tempo de exposição

Danos à saúde

Em trabalhos com serra policorte,

esmerrilhadeira no corte e acabamento das

partes soldadas e trabalhos de soldagem em metais. Via auditiva na exposição no ambiente de trabalho Habitual e Intermitente e 44 horas semanais Alterações estruturais na orelha interna, que

determinam a ocorrência da Perda Auditiva Induzida por Ruído

(PAIR). Nível de Ação pela NR 9: NR 15 Anexo 01 Lei 6514 (22/12/1977) Portaria 3214

(08/06/1978)

Limite de tolerância estabelecido = 85dB(A)/8 horas Intensidade e Concentração: Pavilhão de produção = 85,7 dB(A) (Dosimetria)

Risco Identificado: Acidente Agente ou Fator de Risco: Maquinas e equipamentos sem proteção.

Fonte geradora Trajetória e meio de propagação Tipo de exposição e tempo de exposição Danos à saúde Em trabalhos em equipamentos manuais sem a devida proteção (esmerilhadeira, serra policorte) exposição de discos em altas rotações. Através da exposição dos membros superiores e inferiores. (mãos e pés) Habitual e intermitente e 44 horas semanais. Acidentes desta natureza podem provocar ocorrências como cortes e amputação dos membros superiores e inferiores, podendo

ocorrer ate o óbito. Nível de Ação pela NR 9: Não aplicável.

(43)

Na tabela 10 abaixo iremos apresentar as medidas de controle que podem ser adotados, como equipamentos de proteção coletiva (EPC) e os equipamentos de proteção individual (EPI) no setor de produção na função de soldador.

Tabela 10 - Medidas de Controle na função de soldador EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

Recomendação Existente

Extintores Sim

Sinalização de segurança Parcialmente

Captor/ coifa de exaustão Não

Sistema de exaustão de partículas via demanda de ar pelo telhado Sim

Proteção em máquinas Parcialmente

Equipamento para movimentação de estruturas metálicas (ponte rolante) Sim EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Recomendados Em uso na

Função

Certificado de Aprovação (CA) Luva de segurança contra agentes mecânicos Sim 8996, 5356 Botina de segurança com biqueira composite Sim 18283 Óculos de segurança contra partículas Sim 15649 Capacete de segurança com abafador de ruído Não

Protetor de segurança auricular Sim 10043, 15485

Uniforme padrão profissional Sim

Avental de segurança contra agentes abrasivos Sim 20296 Máscara/escudo de segurança contra radiações e

impactos de soldagem

Sim 20661,5964

Creme protetor de pele hidrossolúvel água e óleo Sim 11070

Função: Pintor.

No de funcionários expostos: 2 funcionários.

Atividades: Realizar a limpeza da estrutura metálica a ser pintado com decapante (desengraxante penetrantes e ácidos combinados), preparar e aplicar pintura a pistola com tinta esmalte sintética industrial e primer serralheiro de acabamento sintético nas superfícies das estruturas metálicas, observar a secagem e efetuar retoques necessários,

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