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Análise de custos e preços na produção de elevadores agrícolas

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃOLATO SENSU EM CONTROLADORIA E GESTÃO EMPRESARIAL

ANÁLISE DE CUSTOS E PREÇOS NA PRODUÇÃO DE

ELEVADORES AGRÍCOLAS

DENIZE ADRIANE LESCHEWITZ

IJUÍ (RS) 2013

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ANÁLISE DE CUSTOS E PREÇOS NA PRODUÇÃO DE

ELEVADORES AGRÍCOLAS

Denize Adriane Leschewitz1 Euselia Paveglio Vieira2

RESUMO

Com a concorrência cada vez mais acirrada e grande preocupação em atender a Legislação, estando em acordo com princípios morais e legais, as organizações vêm buscando meios de redução nos custos e melhorias nos produtos para permanência no mercado, bem como o fortalecimento da marca e do prestígio. A contabilidade de custos tem uma grande preocupação, que parte da fabricação dos produtos até a gestão da organização, com o intuito de alavancar negócios, mostrando novas possibilidades que apenas são conhecidas quando se tem real conhecimento do que esta sendo realizado. O presente trabalho de Custos foi realizado na empresa Engegran Indústria e Montagens Ltda onde foi efetuado um levantamento de dados, seguido pela análise do preço de venda praticado, o preço de venda orientativo e o preço de venda mínimo. Partiu-se da dificuldade que empresa possui em formar o custo de seus equipamentos, pois não existe um método de custos bem estruturado. Quanto à metodologia o estudo classificou-se como uma pesquisa aplicada, exploratória e descritiva. Com o presente estudo, verificou-se que o elevador agrícola modelo EAE 170 – 160 t/h – 22,26 metros é vendido abaixo do preço mínimo, não sendo suficiente para pagar os custos diretos e indiretos. Deste modo, sugere-se a empresa que viabilize um amplo estudo de custos que compreenda todo rol de produtos. O produto que foi estudado esta sendo vendido abaixo do preço sugerido, mas deve haver equipamentos que são vendidos com uma margem considerável, o que mantém a empresa no mercado, mas o importante é conhecer a margem de cada um dos produtos para que haja maior segurança no momento da tomada de decisão.

PALAVRAS CHAVES: Custo, preço de venda, preço de venda praticado, margem de contribuição.

INTRODUÇÃO

O mercado é incrivelmente dinâmico, exigente e seletivo e permanece constantemente em busca do que há de melhor em cada segmento. Inseridas neste contexto as empresas passaram a buscar meios de sobrevivência que não prejudicassem sua integridade física e

1 Bacharel em Ciências Contábeis, concluinte do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Controladoria e Gestão

empresarial da UNIJUI.

2

Professora do Depto de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação da Unijuí, Mestre em contabilidade pela FVC.

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financeira, uma das alternativas mais rentáveis foi a redução de custos e a permanência da qualidade dos produtos e/ou serviços.

Desta forma, o Contador, por meio da gestão de custos, torna-se indispensável nas organizações, pois é ele o detentor do maior banco de dados que se transformados em informações relevantes podem subsidiar a tomada de decisão pelos gestores e consequentemente a definição de estratégias na busca do sucesso da empresa.

O gestor de custos necessita conhecer minuciosamente a estrutura de custos da empresa, pois isto é fundamental para que os procedimentos de coleta de dados, interpretação e análise sejam efetuados de forma correta e de acordo com as necessidades vivenciadas.

Nesta linha, a Contabilidade de Custos transforma os dados em informações gerenciais, as quais podem contribuir na solução dos mais variados problemas e questões de diferentes segmentos da empresa, que se apresentam na base administrativa, fornecendo todo o suporte e fundamentação consistente para que as decisões sejam tomadas corretamente.

As decisões sobre preços de venda não são constantes em todas as organizações. Para fixação do preço de venda de determinado produto é necessário considerar inúmeras variáveis, como por exemplo, a composição do custo de produção, o período de fabricação (se será produzido no curto ou no longo prazo), se o processo de produção é por ordem ou encomenda, quais são as consequências que isto irá trazer para o fluxo de produção e caixa da empresa.

Além do custo de produção, existem influências externas sobre o preço de venda que devem ser consideradas no momento da precificação, entre elas, o preço de mercado, que é o valor que o cliente está disposto a pagar pelo produto, o preço da concorrência e o valor percebido pelo cliente.

Desta forma, a contabilidade de custos é uma ferramenta utilizada para auxiliar a empresa, em apurar de forma real o seu custo de produção, bem como a formação de preços mínimos e máximos, e consequentemente informações gerenciais condizentes.

Mesmo assim, pode-se considerar que a formação do preço de venda ainda é uma barreira significativa a ser vencida por inúmeras empresas brasileiras, principalmente de pequeno e médio porte. Isso se deve ao fato de que existem inúmeras variáveis que devem ser levadas em consideração para que não ocorram equívocos.

A empresa objeto deste estudo foi a Engegran Indústria e Montagens Ltda, estabelecida em Panambi, no Rio Grande do Sul, a qual atua no ramo metal mecânico, na linha de armazenagem de grãos. A empresa possui dificuldades na análise do custo de produção dos diferentes produtos por ela fabricados, desde o custo hora máquina, o custo hora

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mão-de-obra, bem como os demais custos indiretos e operacionais. Baseado nisso, surge a preocupação em analisar o custo de produção de um elevador agrícola e avaliar os resultados obtidos atualmente com os preços praticados, podendo assim encontrar os pontos conflitantes.

O objetivo do estudo se baseou em avaliar a composição do custo de produção e os resultados obtidos pelos preços praticados, identificando informações para o gerenciamento da organização.

O estudo se classifica como sendo uma pesquisa aplicada, que utilizou-se dos métodos de pesquisa exploratória e descritiva para atender aos seguintes objetivos: Mapear o processo de produção; Apurar o custo hora homem; Calcular o custo total de produção de elevadores; Analisar o preço de venda e os resultados; e Levantar as principais informações de custos para gestão.

Verificou-se que no produto estudado a empresa não pratica seu preço mínimo, vende seu produto por um preço que cobre os custos diretos, mas não é suficiente para custos indiretos, muito menos para se ter uma margem de lucro.

1 Contabilidade de Custos

Com a Revolução Industrial teve-se uma grande necessidade do aprimoramento dos sistemas contábeis e financeiros praticados. Da manufatura passou-se a fabricação utilizando energia, aumentando a produtividade. Consequentemente os empresários passaram a buscar investimentos de instituições bancárias para impulsionar os negócios. Com a mecanização das indústrias e a fabricação em larga escala, a contabilidade de custos começa a ser foco de estudos.

A contabilidade de custos está inserida em grande parte das empresas, contempla os diferentes tipos de custos e métodos de apuração, partindo da coleta de dados até a formação de relatórios gerenciais.

Uma das definições mais precisas sobre contabilidade de custos foi escrita por Leone (2000, p.47) que conceitua da seguinte forma:

Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que coleta, acumula, organiza, analisa, interpreta e informa os custos dos produtos, dos serviços, dos estoques, dos componentes operacionais e administrativos, dos planos operacionais, dos programas, das atividades especiais e dos segmentos de distribuição para determinar a rentabilidade e avaliar o patrimônio da empresa, para controlar os próprios custos e as operações e para auxiliar o administrador no processo de planejamento e tomada de decisão.

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São objeto de trabalho da contabilidade de custos os mais variados segmentos do mercado. Na fase inicial são coletados os dados, os quais são organizados, analisados e interpretados, gerando informações para o planejamento estratégico e tomada de decisões gerencias.

Um sistema de custos bem alinhado e organizado, que gera relatórios confiáveis, tende a fornecer um grande benefício a seus usuários, compensando os investimentos realizados na manutenção do banco de dados.

O objeto da contabilidade de custos vai além de fornecer aos usuários da informação o custo do produto. Por intermédio dos sistemas contábeis pode-se formular a estratégia gerencial de curto e longo prazo, bem como, a viabilidade de novos produtos e investimentos.

Por meio de relatórios sobre a rentabilidade de produtos, a empresa pode alocar recursos, controlando o custo por segmento e linha de produção, refletindo no preço final repassado ao cliente.

Desta forma, poderá ser efetuada uma readequação no processo produtivo, mensurando o desempenho dos colaboradores, comparando o realizado com o planejado. A viabilidade de um sistema de custos é imensurável, tendo em vista os retornos proporcionados e a satisfação do todo.

1.1 Gestão de custos

Inicialmente a contabilidade de custos surge com o intuito da resolução de problemas relacionados com a mensuração do custo dos estoques, não se pensava na apuração do custo como uma necessidade gerencial.

Hansen e Mowen (2001, p. 28) explicam a gestão de custos da seguinte forma:

A gestão de custos requer uma compreensão profunda da estrutura de custos da empresa. Os gestores precisam ser capazes de determinar os custos a longo e a curto prazo de atividades e processos, assim como os custos de produtos, serviços e outros objetos de interesse (por exemplo, os clientes). Os custos de atividades e processos não aparecem nas demonstrações financeiras. Porém, conhecer esses custos é fundamental para as empresas que estão se engajando em tarefas como melhoria contínua, a administração da qualidade total, a gestão ambiental, o realce da produtividade e a gestão estratégica. A gestão de custos engloba tanto o sistema de informação da contabilidade de custos quanto o da contabilidade gerencial.

Conhecer o custo do produto a ser vendido é fundamental para saúde financeira da organização. Para Martins (2001, p. 22) a gestão de custos deve-se a seguinte necessidade:

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Com o significativo aumento de competitividade que vem ocorrendo na maioria dos mercados, sejam industriais, comerciais ou de serviços, os custos tornam-se altamente relevantes quando da tomada de decisões em uma empresa. Isto ocorre pois, devido a alta competição existente, as empresas já não podem mais definir seus preços de acordo com os custos incorridos, e sim com base nos preços praticados no mercado que atuam.

Desta forma, a gestão de custos é considerada uma ferramenta indispensável na gestão e no planejamento estratégico. Com a competição mundial a cada dia mais acirrada, a gestão de custos vem com o intuito de otimizar o processo produtivo, alocando recursos e trazendo benefícios no controle e planejamento estratégico.

1.2 Classificação dos custos: diretos e indiretos, fixos e variáveis

Para a formação do custo de determinado produto ou serviço é necessário que seja efetuada a alocação exata dos custos incidentes, assim cada um destes pode ser devidamente apropriado ao produto. Os custos podem incidir de forma direta ou indireta sobre o produto, dependendo do grau de relevância do custo no momento da fabricação do produto.

O custo direto de fabricação pode ser definido como sendo o custo que incide diretamente sobre o produto e é facilmente identificado, como por exemplo, a matéria-prima e as pessoas ligadas à produção. Já o custo indireto não é facilmente percebido e não participa diretamente na produção, como exemplo, a manutenção efetuada nas máquinas e equipamentos.

Para Horngren, Foster e Datar (2000, p. 20) os custos diretos e indiretos são definidos da seguinte forma:

Custos diretos de um objeto de custo são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados como este de maneira economicamente viável (custo efetivo).

Custos indiretos de um objeto de custo são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo mas não podem ser identificados como este de maneira economicamente viável (custo efetivo). Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação de custo determinado rateio.

O custo de um produto ou serviço depende da finalidade para a qual será utilizada, por exemplo, o salário do supervisor de uma fábrica pode ser um custo direto da fábrica, mas será um custo indireto se for analisado o custo do produto.

Segundo Santos, Santos e Cacozzi (2011, p. 03) “não existe um único custo para um produto ou serviço que possa ser utilizado para diversas finalidades. Cada objetivo exige um

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custo diferente. Para calcular um determinado custo, é preciso saber qual será a sua finalidade, ou seja, a qual objetivo irá atender”.

Portanto, não existe uma fórmula exata para a classificação do custo, pois será determinada pela finalidade, mas é fundamental conhecer o custo de acordo com cada objeto para alocar os recursos de forma rentável.

Para a classificação dos custos em fixos e variáveis é levada em consideração uma unidade de tempo, pode ser um mês, um semestre, um ano, dependendo da finalidade. Os custos fixos são custos que a empresa possui dentro de determinado período que não se alteram, mesmo com o aumento da produtividade como, por exemplo, o aluguel.

Os custos variáveis são assim chamados porque não se conhece previamente o montante gasto, pois esta diretamente ligada à produtividade como, por exemplo, o valor da matéria-prima.

Para Horngren, Foster e Datar (2000, p. 20) “um custo variável é um custo que se altera em montante em proporção às alterações num direcionador de custo. Um custo fixo é um custo que não se altera em montante apesar de alterações num direcionador de custo”.

Da mesma forma que os custos diretos e indiretos, para os custos fixos e variáveis não existe uma classificação pré-definida, deve-se levar em consideração o contexto e as circunstâncias.

1.3 Métodos de custeio por absorção variável e Custeio Variável

Como o próprio nome sugere o método de custeio por absorção surge com o intuito de repassar ao valor do produto todos os custos obtidos com a produção, administrativo e vendas, bem como, o lucro que se deseja obter, ou seja, absorver todos os custos no produto fabricado. Para Martins (2001, p. 41 e 42) o custeio por absorção “Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens alocados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos”.

Segundo Backer & Jacobsen, citado por Leone (2000, p. 454) o custeio por absorção traz reflexos importantes para a empresa:

Aplica-se esse método para os produtos que são feitos sob encomenda, ou para novos produtos, onde não há um mercado já estabelecido. A principal vantagem desse método é que em sua simplicidade recupera todos os custos relacionados e ainda deixa margem de lucro desejada pela empresa. Uma das desvantagens é que o método não leva em consideração a dificuldade existente em apropriar custos indiretos a um determinado produto. Essa apropriação é sempre arbitrária, porque

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não existem critérios que ofereçam um definitivo grau de certeza. Ainda podemos citar as seguintes desvantagens: a) o método ignora a elasticidade da procura; b) não leva em consideração a concorrência; c) não distingue entre os custos fixos e os variáveis; d) os produtos não contribuem todos da mesma margem de lucro.

Desta forma, o método de custeio por absorção é uma ferramenta que pode trazer benefícios relevantes a empresa, como a diluição dos custos e a inclusão da margem de lucro desejada. Mas deve ser analisado o fato de que este método de custeio não leva em consideração o rateio exato dos custos diretos, indiretos, fixos e variáveis.

O Método de Custeio Variável também conhecido como Custeio Direto, considera todos os custos com matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos variáveis. Ao contrário do Custeio por Absorção, este método de custeio não soma os custos indiretos fixos, pelo fato de que estes existem independentemente da produção.

Desta forma, por meio do Método de Custeio Variável é conhecida a margem de contribuição unitária, sendo ainda o método utilizado para gestão e tomada de decisão.

1.4 Sistema de produção por ordem

O método de sistema de produção por ordem, também chamada de encomenda, dá-se em empresas que operam com produtos customizados, fabricados de acordo com a necessidade do cliente, assim o custo é o acumulado das ordens de fabricação.

Leone (2000, p. 121) determina da seguinte forma:

O sistema de custos por ordem de produção é um sistema no qual cada elemento do custo é acumulado separadamente, segundo ordens específicas de produção, emitidas pela seção de fabricação.

A cada ordem de produção é atribuído um código. Todos os documentos relacionados com os fatores de produção devem ser ligados às ordens de produção por meio desses códigos.

Desta forma, cada produto gera um código e as ordens de produção também possuem um código ligado ao código do produto principal. Por exemplo, a empresa Engegran vende um Elevador Agrícola, para a fabricação deste produto é aberta uma ordem de fabricação, com seu determinado código, mas para a confecção deste elevador são necessárias várias ordens de fabricação, todas com os códigos ligados ao elevador, que é o equipamento principal.

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1.5 Análise do custo, volume e resultado

Historicamente o preço de venda é calculado adicionando-se ao custo do produto o lucro desejado. Com a competição global, muitas empresas têm formado seu preço de venda com base no mercado. Mas existem várias estratégias que podem ser adotadas para que a formação do preço de venda deixe de ser um problema e passe a se tornar a válvula de escape para resolução de inúmeros problemas ligados a gestão.

Para formação do preço de venda e a viabilidade de um produto, além da análise dos custos de produção, são estudadas todas as possibilidades para o sucesso do mesmo, é fundamental conhecer o comportamento do mercado e a margem de contribuição de cada produto.

Martins (2001, p. 238) defende que a precificação seja efetuada da seguinte forma:

Do forte conhecimento, e cada vez mais sensível no Brasil moderno e bem mais competitivo, de que o mercado é o grande definidor do preço, surge a idéia de se utilizar a figura da Margem de Contribuição para auxiliar nas tomadas de decisões também relativas à fixação dos preços.

Desta forma, conhecendo a margem de contribuição e o custo do produto a empresa pode alocar custos, formando estratégias de vendas de acordo com a margem desejada. Outro relevante é o número de unidades vendidas, em muitos casos a viabilidade torna-se maior quando a empresa opta pelo aumento da margem de contribuição e um número menor de unidades vendidas, pois quanto menor a margem de contribuição maior a quantidade de unidades que deverá ser vendida para alcançar o lucro desejado.

Chama-se Margem de Contribuição a diferença entre o preço de venda e as despesas variáveis gastas na confecção do produto. Conhecer a margem de contribuição do mix de produtos é fundamental para se chegar ao ponto de equilíbrio.

Assim, Hansen e Mowen (2001, p. 594), determinam:

Um refinamento da abordagem do resultado operacional é a abordagem da margem de contribuição. De fato, estamos apenas reconhecendo que, no ponto de equilíbrio, o total da margem de contribuição é igual às despesas fixas. A margem de contribuição é a receita de vendas menos o total de custo variável.

Quanto a rentabilidade em relação a margem de contribuição Cogan (2002, p. 26) defende:

Assim, os produtos de maior margem de contribuição supostamente são os mais rentáveis partindo-se do pressuposto que os custos fixos aí estão para dar suporte ao mix dos produtos. A margem de

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contribuição, sem dúvida, apresenta somente valores corretos e que incidem em cada produto afastando qualquer possibilidade de erros de apropriações indevidas aos custos fixos. Contudo, embora represente um passo em direção à descoberta dos produtos mais rentáveis, por outro lado não considera ainda a totalidade dos custos fixos e que, segundo esse conceito, não são apropriados aos produtos. Portanto, representa uma vantagem em relação ao primeiro paradigma, mas ainda não é a solução final tão perseguida e procurada. Nos casos em que os custos fixos representam um percentual significativo dos custos totais, essa técnica se enfraquece.

Neste sentido, pode-se considerar que quanto maior a margem de contribuição do produto, maior sua rentabilidade. Assim, conhecendo a margem de contribuição dos produtos, a empresa poderá trabalhar sua política de preços e a rentabilidade de cada período.

A empresa atinge o ponto de equilíbrio quando a receita obtida num determinado período é igual aos custos e despesas, não havendo lucro nem prejuízo.

Leone (2000, p. 377) define de seguinte forma:

O ponto de equilíbrio é uma consequência direta do comportamento dos custos diante do volume de atividade. Eis o conceito mais simples do ponto de equilíbrio: é o ponto da atividade da empresa no qual não há lucro nem prejuízo, isto é, o ponto em que a receita é igual ao custo total. Além do ponto de equilíbrio, a empresa obterá lucro; aquém do ponto de equilíbrio, a empresa terá prejuízos.

Pensando nisso, Cogan (2002, p. 36) relata que o ponto de equilíbrio tem a seguinte finalidade:

O modelo do ponto de equilíbrio tem por objetivo determinar o nível de produção em termos de quantidade e/ou de valor que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e das receitas. Para um nível abaixo desse ponto, a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona de lucratividade. Neste ponto, o nível de operação é tal que absorve a totalidade dos custos/despesas fixas, e acima dele somente incidem os custos/despesas variáveis.

Desta forma, o ponto de equilíbrio é considerado um ponto neutro, em que não há lucro ou prejuízo. O custo fixo dividido pelo preço menos o custo variável é a equação que determina o número de unidades que devem ser vendidas para que a empresa chegue ao ponto de equilíbrio, a venda de um número menor representará prejuízo, do contrario, haverá lucro.

A margem de segurança corresponde ao número de unidades que excede o ponto de equilíbrio, ou seja, o ponto que supera os custos e as despesas, quanto maior esta margem maior será o lucro da empresa e consequentemente o risco de prejuízos.

Portanto, a Margem de Segurança é obtida por meio do volume de unidades vendidas deduzindo-se a quantidade de unidades que compõem o Ponto de Equilíbrio.

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2 METODOLOGIA

2.1 Classificação da Pesquisa

No que ser refere a sua natureza, o estudo caracteriza-se por ser uma Pesquisa Aplicada. Pesquisas desta natureza têm como objetivo principal a aplicação imediata do resultado obtido no estudo, mas para isso depende do conhecimento teórico e sua aplicabilidade. Para Lakatos e Marconi (1996, p. 19) a “Pesquisa aplicada. Como o próprio nome indica, caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade”. Portanto o método de Pesquisa Aplicada não desenvolve pesquisas de cunho teórico, mas parte da teoria para atingir seu objetivo maior que vem a ser a aplicação das descobertas nas diversas áreas do cotidiano.

Do ponto de vista dos objetivos, o método de Pesquisa Exploratória é utilizado quando o tema abordado, pouco é conhecido e explorado, sendo um meio de investigação para obtenção de esclarecimentos precisos sobre o tema abordado. Gil (1999, p. 43) define e objetiva a Pesquisa Exploratória da seguinte forma:

Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Esse tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.

Neste sentido, o estudo foi considerado uma pesquisa exploratória por ser pouco explorado pela empresa, visto que não conhece o custo exato de seu mix de produtos.

Além disso, esta pesquisa é considerada descritiva por ter trazido a exposição das características do assunto que esta sendo abordado. Para Furasté (2008, p. 38) na Pesquisa Descritiva “observam-se, descrevem-se, analisam-se, classificam-se e registram-se fatos sem qualquer tipo de interferência”. Sendo assim, a pesquisa descritiva teve como objetivo a descrição fiel do fato que esta sendo analisado e estudado.

Do Ponto de Vista da Forma de Abordagem, a Pesquisa Qualitativa se caracteriza por ser um método que define critérios já na estrutura do projeto, não necessitando de regras precisas. Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (2002, p. 147) caracteriza a pesquisa qualitativa da seguinte maneira:

Oferecer sugestões para o planejamento de estudos qualitativos não é fácil. Em primeiro lugar porque, ao contrário do que ocorre com as pesquisas quantitativas, as investigações qualitativas, por sua diversidade e flexibilidade, não admitem regras precisas, aplicáveis a uma ampla gama de casos. Além disso, as pesquisas qualitativas

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diferem bastante quanto ao grau de estruturação previa, isto é, quanto aos aspectos que podem ser definidos já no projeto.

Para tanto, a pesquisa qualitativa é um método de planejamento de pesquisa, ou seja, a estrutura para elaboração do projeto a qual, utilizou métodos flexíveis não perdendo o foco do estudo.

Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos, os Estudos de Casos se caracterizam por serem estudos aprofundados e exaustivos, exploram, descrevem e explicam determinadas situações. Para Gil (1999, p. 72 e 73) “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo aprofundado e exaustivo de um ou de poucos objetivos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados”.Desta forma, o estudo de caso visa o conhecimento na sua totalidade, permitindo que o fato seja minuciosamente descrito.

2.2 Instrumento de Coleta de Dados

A entrevista é sem dúvida nenhuma técnica indispensável para todos os tipos de pesquisadores, sendo uma ferramenta de coleta de dados importantíssima, podendo ser utilizada nos mais diversos campos. Gil (1999, p. 116) define a entrevista da seguinte maneira:

Pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação. A entrevista é, portanto, uma forma de interação social. Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação.

Para Lakatos e Marconi (1996, p. 85) na entrevista despadronizada “o entrevistado tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal”.Neste sentido, o estudo utilizou da entrevista despadronizada para obter informação junto aos colaboradores da empresa, por meio de perguntas convenientes para cada situação, podendo assim, coletar os dados e explorar o tema.

Além da entrevista despadronizada foi utilizado o método de observação consiste na análise imediata no momento em que os fatos vão ocorrendo, neste instante o pesquisador vê, ouve e examina, sem que haja filtro algum, como por exemplo, na entrevista.

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Lakatos e Marconi (1996, p. 83) determinam:

Normalmente, as observações são feitas no ambiente real, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo, espontaneamente, registrando-sem a devida preparação.A melhor ocasião para o registro é o local onde o evento ocorre. Isto reduz as tendências seletivas e a deturpação na reevocação.

Portanto, a observação é uma importante ferramenta a ser utilizada pelos pesquisadores, pois auxilia na identificação dos fatos e a obtenção de provas, reduzindo a subjetividade.

2.3 Plano de análise e interpretação dos dados

A Pesquisa Qualitativa difere-se dos demais métodos de pesquisas por tratar de assuntos complexos e com grande variedade de dados, desta forma, para organizar estes dados é estritamente necessária uma análise aprofundada, cuidadosa e criteriosa para que não ocorram distorções no momento da apresentação dos mesmos. Para Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (2002, p. 170), na análise dos dados devem ser observados alguns quesitos:

Pesquisas qualitativas tipicamente geram um enorme volume de dados que precisam ser organizados e compreendidos. Isto se faz através de um processo continuado em que se procura identificar dimensões, categorias, tendências, padrões, relações, desvendando-lhes o significado. Este é um processo complexo, não-linear, que implica um trabalho de redução, organização e interpretação dos dados que se inicia já na fase exploratória e acompanha toda a investigação. À medida que os dados vão sendo coletados, o pesquisador vai procurando tentativamente identificar temas e relações, construindo interpretações e gerando novas questões e/ou aperfeiçoando as anteriores, o que, por sua vez, o leva a buscar novos dados, complementares ou mais específicos, que testem suas interpretações, num processo de “sintonia fina” que vai até a análise final.

Desta forma, a análise dos dados consiste na elaboração e interpretação, bem como, a complementação de quesitos incompletos, a fim de proporcionar ao leitor o entendimento do tema abordado.

3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A partir deste ponto apresenta-se os resultados do estudo por meio da metodologia da pesquisa.Também são expostos os métodos de custeio abordados e a análise de viabilidade do produto.Inicialmente foi realizado um levantamento de todos os itens que compõe o elevador

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agrícola modelo EAE 170 – 160 t/h – 22,26 metros, ou seja, toda matéria-prima,que é composta de inúmeros itens, totalizando o valor de R$ 12.786,97. Para a produção do equipamento é necessária a mão-de-obra direta de 45 colaboradores que trabalham num total de 78,5 horas em 15 setores diferentes.

Em seguida, verificou-se a remuneração de cada funcionário, o tempo disponível para o processo produtivo e o custo hora médio de cada setor, bem como o custo com a MOD (mão-de-obra direta) do produto que somou R$ 4.690,86, conforme o quadro seguinte:

Quadro 1: Custo da MOD do elevador agrícola modelo EAE 170 – 160 t/h – 22,26 metros.

PROCESSO DE PRODUÇÃO Q. HORAS Nº COLAB.

Custo hora setor

Custo com MOD do produto PUNCIONADEIRA 3,00 2 33,34 100,03 PROGRAMADOR 1,50 1 14,29 21,43 GUILHOTINA 3,50 5 70,04 245,16 PRENSA 3,50 3 38,25 133,86 SERRAFITA 2,00 2 24,58 49,15 DOBRADEIRA 5,50 4 50,54 277,97 TORNO 22,00 2 26,16 575,43 SOLDA 18,00 8 114,98 2.069,63 PINTURA 3,50 2 29,85 104,47 MONT. INTERNA 8,00 5 76,18 609,42 CALANDRA 0,50 1 14,10 7,05 IDENTIFICAÇÃO 0,50 1 11,20 5,60 SEP. E CARREGAMENTO 6,00 6 79,93 479,60 SEP. DE MATERIAIS 1,00 1 12,06 12,06 TOTAL 78,50 45 4.690,86

Fonte: Conforme dados do trabalho.

Com o salário dos funcionários de cada setor foi calculado o custo hora por setor, o qual, multiplicado pelo número de horas resultou no custo da MOD do produto.

Após ter sido calculado o custo da MOD, foi efetuado o levantamento de todos os custos indiretos fixos e variáveis mensais, por meio do balancete da empresa, os quais foram rateados por setor, tendo assim, o custo indireto total de cada processo produtivo pelo qual o equipamento necessita passar para ser produzido. No quadro abaixo segue o total do custo indireto do elevador:

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Quadro 2: Custo indireto total na produção do elevador agrícola modelo EAE 170 – 160 t/h – 22,26 metros.

PROCESSO DE PRODUÇÃO

Quantidade

deHoras Custo Indireto Fixo

Custo Indireto Variável Custo Indireto Total PUNCIONADEIRA 3,00 39,98 62,58 102,56 PROGRAMADOR 1,50 19,99 31,29 51,28 GUILHOTINA 3,50 46,65 73,00 119,65 PRENSA 3,50 46,65 73,00 119,65 SERRAFITA 2,00 26,65 41,72 68,37 DOBRADEIRA 5,50 73,30 114,72 188,02 TORNO 22,00 293,20 458,89 752,09 SOLDA 18,00 239,89 375,45 615,34 PINTURA 3,50 46,65 73,00 119,65 MONT. INTERNA 8,00 106,62 166,87 273,49 CALANDRA 0,50 6,66 10,43 17,09 IDENTIFICAÇÃO 0,50 6,66 10,43 17,09 SEP. E CARREGAMENTO 6,00 79,96 125,15 205,11 SEP. DE MATERIAIS 1,00 13,33 20,86 34,19 TOTAL 78,50 1.046,19 1.637,39 2.683,58

Fonte: Conforme dados do trabalho.

Esta foi a primeira etapa para a formação do custo por meio dos métodos de custeio, que também vai contribuir na formação do preço de venda do equipamento. Deve-se levar em consideração que o levantamento de dados é importantíssimo e merece todo cuidado, pois a partir deles são geradas informações de nível gerencial.

3.2 Métodos de Custeio

Neste estudo foram utilizados dois métodos de custeio, um deles é o Custeio por Absorção, o outro é o Custeio Variável, também conhecido como Custeio Direto. No Custeio por Absorção é somado o valor da matéria-prima, da mão-de-obra direta, dos custos indiretos fixos e variáveis. Já o Custeio Variável (direto) não considera os custos indiretos fixos, apenas o variável, isso faz com que seu valor seja inferior ao custeio por absorção.

O método de Custeio por Absorção é aceito pela legislação brasileira, atende as normas e os princípios de contabilidade, apurando também, o resultado líquido do produto. Mas quando se fala de custos para a gestão e tomada de decisão, é necessário apurar o custo pelo método de custeio variável ou direto. Neste método estão incluídos apenas os custos

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variáveis, sem a interferência dos custos fixos, que existem independentemente da produção ou não.

A partir do custeio variável apura-se a margem de contribuição unitária e total, sendo uma das ferramentas mais importantes para a gestão e tomada de decisão. Após a apuração dos valores necessários para a apuração dos custos chegou-se aos seguintes custos:

Gráfico 1: Métodos de custeio Fonte: Conforme dados do trabalho.

Desta forma, a empresa possui um custo de produção, que calculado pelo método de Custeio por Absorção soma R$ 20.161, 41, já pelo método de Custeio Variável o custo da empresa soma um montante de R$ 19.115,23, estes são custos diretos na fabricação do elevador agrícola. Percebe-se que a diferença entre os dois métodos de custeio não foi muito significativa pelo fato de que o custo indireto fixo mensal não é muito elevado representando apenas o total de R$ 1.046,19.

3.3 Análise do custo, volume e resultado

No decorrer do estudo verificou-se que a empresa Engegran não possui um método para a apuração do custo de seus produtos. Atualmente é feito um levantamento simplificado dos custos diretos para a fabricação dos equipamentos e acrescentado um percentual que deveria cobrir os custos indiretos e margem de lucro.

5.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00

MP MOD CIF CIV CT

Custeio Absorção Custeio Variável

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Mediante este cálculo simplificado o elevador agrícola modelo EAE 170 – 160 t/h – 22,26 metros, é vendido por R$ 24.748,00. Com este preço a empresa espera saldar todos os custos e despesas de fabricação, bem como possuir uma margem de lucro.

Na contabilidade de custos o Preço de Venda é calculado utilizando-se o Método de Custeio por Absorção, o qual teve como custo de produção do elevador agrícola o total de R$ 20.161,41. Para levantamento do Preço de Venda Orientativo e o Preço de Venda Mínimo foi calculado o Mark up levando em consideração os seguintes itens:

Quadro 3: Calculo do Mark up divisor e multiplicador.

Formação do Preço de venda PV Cheio - Orientativo PV Mínimo

Itens Dentro Estado Fora Estado Dentro Estado Fora Estado

Impostos 14,73 14,73 14,73 14,73 Despesas 5,3 5,3 5,3 5,3 Comissões 0,5 0,5 0,5 0,5 Margem de Lucro 5 5 Total 25,53 25,53 20,53 20,53 Mark up Divisor 0,7447 0,7447 0,7947 0,7947 Mark up Multiplicador 1,3428 1,3428 1,2583 1,2583

Fonte: Conforme dados do trabalho.

Quando se utiliza o valor do custo apurado no Custeio por Absorção e aplica-se o Mark up, o Preço de Venda Orientativo para dentro e fora do estado é de R$ 27.073,00.

Mas aplicando o Mark up mínimo, onde não está inclusa a margem de lucro da empresa o preço de venda para dentro e fora do estado fica em R$ 25.369,84.

Comparando com o preço de venda praticado atualmente pela empresa e o proposto pela contabilidade de custos pode-se perceber a diferença que existe entre os valores, bem como os prejuízos ocasionados. Segue o gráfico comparativo de preços:

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Gráfico 2: Diferenças entre preços de venda.

Fonte: Conforme dados do trabalho.

Desta forma, é possível verificar que a empresa vende o elevador agrícola modelo EAE 170 – 160 t/h – 22,26 metros, por um valor abaixo do sugerido e do mínimo, tendo prejuízo com as vendas deste equipamento.

Na seqüência, apresenta-se a margem de contribuição unitária, que é a diferença entre o preço de venda menos os custos e despesas variáveis, ela serve para cobrir os custos fixos e gerar o resultado na empresa. Se a empresa vende-se seus produtos pelo preço de venda sugerido neste trabalho, ela teria uma margem de contribuição positiva de 2.399,85.

Mas, como seu preço de venda esta a baixo do mínimo, não possui margem de contribuição na venda deste produto. No entanto, percebe-se que o preço que atualmente a empresa esta praticando, não é suficiente para gerar uma margem de contribuição positiva, ou seja, o preço de venda atual não cobre os custos variáveis e as despesas variáveis com vendas. Posteriormente, foi calculado o ponto de equilíbrio contábil, sendo que para uma empresa o ponto de equilíbrio é atingido quando não há lucro nem prejuízo, considerado como um ponto neutro. O custo fixo dividido pelo preço menos o custo variável é a equação que determina o número de unidades que devem ser vendidas, visto que a empresa vende seus produtos abaixo do preço mínimo, não há como calcular o número de unidades para atingirmos o ponto de equilíbrio.

Já a margem de segurança operacional é o número de unidades vendidas que excede o Ponto de Equilíbrio, as unidades excedentes são consideradas uma segurança, pois a partir

(5.000,00) 5.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 PV orientativo PV minimo PV empresa Dif PV Ort x emp Dif. PV min e empresa

Elevador Dentro Estado Elevador fora estado

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delas a empresa começara a ter o lucro. Mas, como a empresa vende este produto por um valor abaixo do preço mínimo, não poderá ser calculada a Margem de Segurança Operacional.

CONCLUSÃO

Em meio ao cenário mundial a Contabilidade de Custos vem mostrando-se indispensável, uma ferramenta de gestão capaz de desenhar novos rumos dentro das organizações, mostrando novos horizontes e direções que visam o sucesso incondicional.

De fato os contadores já despertaram para a visão da contabilidade de custos como uma importante ferramenta de gestão, mas é preciso muito mais do que isso, é preciso que os diretores e administradores das empresas façam uso deste meio tão precioso, que tem como objetivo maior o aumento da rentabilidade.

O presente estudo teve êxito em atingir os objetivos propostos. O processo produtivo foi mapeado, apurou-se o custo hora homem, o custo total de produção dos elevadores foi calculado, realizando-se análises do preço de venda e dos resultados e foram levantadas as principais informações de custos para gestão.

Pode-se afirmar que o problema que a empresa possui quanto à precificação de seus produtos existe de fato e devem ser tomadas providências urgentes para verificar a margem de lucro ou prejuízo do seu rol de produtos.

Como visto o equipamento estudado é vendido abaixo do preço mínimo, não sendo o preço de venda capaz de cobrir os custos de fabricação, acredita-se que alguns produtos devem possuir uma grande margem de lucro, fato que explica a permanência da empresa no mercado por tamanho período de tempo.

Durante o estudo percebe-se a impotência de gestão da empresa em inúmeras situações por não haver um método de custos bem estruturado. Atualmente é grande a dificuldade para a formulação de orçamentos, pois não existe a certeza da margem positiva no momento da negociação.

Desta forma, a implantação de um sistema de custos representa para a empresa uma nova injeção de fôlego para impulsionar o gerenciamento dos negócios. Mas sabe-se que para isso é necessária muita disciplina, mudanças nos processos, controles mais rígidos e novos hábitos. Uma mudança que iria representar um novo começo, com a certeza de que os números estão corretos, com reflexo direto na tomada de decisão.

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Referências

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