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Do fenômeno religioso ao fenômeno político

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(1)

-1'. , ()

/

/

\

1

(g

'

DO

FENÔMENO RELIGIOSO AO FENOMENO POLÍTICO

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA À COORDENAÇÃO DO CURSO DE MESTRADO EM DIREITO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ,

o-~o'

,t

~\Y"'

COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE

UFC/BUIBFD 07 Ago 1995

111

1

1111

1

111111

Ili Ili

l

lll

Ili

R-407968 C157007 T320 Do fer.caeno religio~o ao fenc.ceno poli t i 5586d

FOPTALEZAJ

1985

(2)

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q

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EXAMIADORA

. Prof . FAVILA RIBEIRO Orientador

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it~t':+-

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ra_

(3)

e JACQUES HENRIQUE

,

que souberam compreender a falta em

momentos decisivos em suas vidas

.

Ao Professor FÁVILA RIBEIRO

,

orienta-dor e amigo a quem muito deve o Autor

,

por

suas notáveis colaborações a este estudo

.

(4)

I

Nf

R()DUÇA'J

1 1 1 1 1 1 1 1 1 f 1 1 1 1 t 1 1 1 1 1 1 1 1 I 1 1 I 1 1 1 1 1 t 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 V

I

CAPITULO I

O SAGRAI)()

E O

PR()FJ\f,XJ,

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1

1. O

Cost--'Os

ca-10

ÜBRA

SAGRADA

.••••••••••••••••...•.•.•••..•...•

1

2.

o

TEMPO E o

ESPAÇO

SAGRADO . ...

..

1 • • • • • • • • 1 1 • • 1 1 • • • • • 1 • • 1 • 1 1

3

3.

o

SAGRADO

CCMO

SÍMBOLO,

..

1 • • 1 • • • • • • 1 • • 1 • • • • • • • • • • 1 • • • • • • 11 • • • • • 6

4,

o

SAGRADO

E o PROFANO NO MuNDO

t'nDERNO . ...

.

....•....

8

I

CPPITIJLD

II

OS

CCMPRCT'1ISSOS

CRISTAOS

DE

LIBERTACNl ...•....

12

1.

o

CRISTIANISMO E SEU CAMPO DE ATUAÇNJ ... ... ...

12

2.

A

IGREJA PRIMITIVA E

os

VAL

ORES

CRISTÃOS

•.••.••..• ···•••· ....•.

14

3.

A

TEOLOGIA E

suA MissÃo REDENTORA

•...•••••...•••.••••••••..•.•.

17

I

CJ\P

ITIJLO I II_

DA

TEOLffiIA A

POÚTI~.,,.,,,,,,,,.,,,

. ,

,

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, . , . , ,

.. ,

,

. , .

26

1.

DA PRÁXIS TEOLÓGICA

à PRÁXIS POLÍTICA

..•.••..•..••..•....••...•

26

2. A

SECULARIZAÇÃO DAS

ESTRUTURAS

DA

IGREJA E

A Soe

I

ALI ZAÇÃO oo

PODER POLÍTICO ...

1 • • • • • • • • • 1 • • • • • • • 1 • • • 34 I

CAPITIJLO

IV

I

O

ESTAOO

MODERNO

E

A

QPJ)Efi

JURID

I

CA, , ,

, ,

.

, , , , , . , ,

,

,

, . , , , , . , , , . , . , .

s4

1.

As

NovAS CONCEPÇÕES DE LEGITIMIDADE

oo PoDER PoLinco ••••

••.•.•

s4

2-.

Ü CONSTITUCIONALISMO

JuSNATURALISTA E O POSITIVISMO JuRÍDIC0

...

61

3.

o

ESTADO

SOCIAL

E SUAS P'IEPERCUSSÕES ... ... ...

68

C~CWSCE:S, ,

,

,

,

, , , , , , •

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7 6

BIBLiffiPN'IA,

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79

(5)

A escolha do tema

Do Fenômeno Rel igioso ao Fenômeno

Polí tico

tem sua origem numa monografia apresentada quando~

sávamos a discipiina Fiiosofia do Direito e do Estado

,

bri

-ihantemente regida peio professor Pauio Bonavides

,

que versa

va sobre a Ação Poiitica da Igreja no Periodo Medievai

,

com

o tituio de

"

Idade Média

:

Um Ideai Cristão de Unidade

".

A idéia amadureceu no decorrer do Curso

,

onde aigu

-mas discipiinas ensejaram especuiação de ordem ético

-

morai

,

sendo naturaimente plausivei encontrar ao mesmo tempo

,

ref~

rências a questões de cunho reiigioso e que infiuenaiam

na

vida humana e na sua dimensão sociai

,

mesmo dentro da organi

zação

,

isto e

,

o Estado

.

A preocupação primeira é o homem como

ser

reiigio

-so

,

não visiumbrando ainda uma crença como hodiernamente co

-nhecemos

.

O homem é o Único

ser

reiigioso

,

visto

ser

o

Único

a possuir condições de vaiorar

,

como ressalta HUBERT LAPARG

-3EUR. Aqui não tratamos da crença como instituição

,

mas ape

-nas como meio comunicativo que o homem possui para

reconhe

-cer em -certas manifestações naturais e sobrenaturais a supe

-rioridade de aigo que preside certos comportamentos

.

Trabaihamos a reiigião primitiva e

,

em seguida

,

sua

evoiução até nossos dias com o Cristianismo que tanto infiu

-ência exerceu sobre o mundo acidentai

,

em questões sociais

,

poiiticas

,

econômicas

,

juridicas e cuiturais

.

O

Homo Religiosus

está presente no

ser

humano,

em

(6)

quaiquer época ou iugar, mesmo que seja

diversa sua

maneira

de expressar tai sentimento

.

Queremos deixar ciaro que nosso objetivo é

apresen-tar sinais evidentes da inserção da Reiigião no campo poiiti

co, todavia

não

nos parece aconseihávei

crer que esteja exau

rida toda

uma probiemática que nasce com a humanidade e com a

sua natureza associativa

.

Entendemos que o homem ancestrai não possuia uma es

trutura

reiigiosa,

nem por isso deixava de oferecer evidênci

as de que é um ser reiigioso. Nossa meta não é apenas vê

-2..

io

toihido por um sistema organizado, mas reconhecer

-

ihe a mais

variada gama passivei de exprimir-se

reiigiosamente

.

Neste

sentido

,

apresentamos no capituio I tai disposição, visando

,

através da evoiução que no homem

é

naturai

,

chegar a uma es

-pécie

reiigiosa

institucionaiizada como hoje conhecemos.

t

mediante estes contornos que a reiigião passa a inserir

so

-bre a ação poiitica do homem no âmbito da sociedade.

A poiitica não está desvinculada da reiigião

,

contrário

,

em certo momento, ambas

foram

necessárias

e

conseguiram

sobreviver

uma sem a outra.

peio

-nao

A anáiise que nos dispusemos fazer

,

tem esse senti

-do de mostrar que no decorrer da história

,

reiigião

e poiiti

ca tornam-se tão dependentes que

foi passivei

a chegada

aos

imperadores teocráticos da Idade Antiga e Idade Média, dest~

cando

-

se entre eies, Constantino e sua infiuência no

espaço

reiigioso,

bem como a sagração de Carias Magno no sécuio

IX

de

nossa

era.

Embora pareça ser

um

estudo com grande

repositório

histórico

,

é

nosso

intento

apenas identificar as

formas

como

(7)

A

História

nos

mostra

de forma indubitávei e contu~

dente

,

a

reZigião

agindo

n

o

meio da sociedade

,

criando

fiss~

rasque Levaram

a

concepções

novas sobre

o homem e sua traje

-

.

tor~a

.

No terreno poZitico-institucionaZ,

a Igreja

teve

participação através das doutrinas patristica e escoZástica

,

que

situaram seu mando

acima do poder temporaZ

,

entendendo

que sua

base era

aZicerçada

na

determinação divina

.

Com o passar dos tempos

,

taZ compreensão

foi

sendo

c

o

ntestada

,

criando

-

se a partir

dai

,

uma distinção cZara en

-~re os campos espirituaZ e temporaZ

.

são pioneiros dessa idé

~

a MarsiZio de Pádua e GuiZherme de Occam

,

seguidos por Lut~

r

o

quando da

reforma reZigiosa

Levada a efeito nos primeiros

oo

mentos do Estado moderno

.

A Legitimidade

o

era escudada no p

o

der divino

,

i

sto

porque

o

racionaZismo

Zaico apresentava a

razão

humana

como

fonte primeira

dé quaZquer discussão sobre o poder e

o

direito

.

Inúmeras são as teorias que justificam taZ procedi

-.e

nto

,

chegando até a gerar movimentos sócio

-

poZiticos,

como

o

exempZos

as revoZuções do sécuZo XVIII

.

O

sécuZo XIX

é

paZco de movimentação

sociaZ

de gran

de impacto

,

favorecendo

o surgimento da sociedade de massa

,

que

é

intermediada

por grupos

que

tentam decidir em nome

de

uma

cZasse

,

não

sendo mais possiveZ a ingerência individuai

.

A Igreja participa dessa

fase,

através da

posição

que

adota em defesa dos grupos operários

,

a

partir da

encí

-c

l

ica

Rerum Novarum

que inaugura definitivamente uma posição

e

m

inentemente

sociaZ

de

sua

atuação, que hoje

repercute

nas

d

i

retrizes

da

"

TeoZogia da Libertação

".

(8)

O SAGRADO E O PROFA

N

O

1, 0

COSMO

S

COM

O

OBR

A

SAG

R

ADA

A historia da humanidade é a historia do homem re

-l i gioso, mui t o embora este, por alguns intervalos na histó

-ria, tenha sido descrente ou, como muitos afirmam nao

te-nham professado nenhuma religião. Todavia, desde os primór

-dios dos tempos, o homem procura um sent ido para a sua vid~

o qual vem por intermédio da religião.

Não se pode negar a existência de urna atitude pro -fana ao lado de urna convicção religiosa do homem no seu mun do, no cosmos .

Diversas sao as crenças, como diversas sao as teo

-rias que identificam a criação do Cosmos e do Homem. Os pri

rnitivos entendiam diferente da concepçao que se tem hoje no

tocante a Criação. O homem primitivo tinha sua conduta

vol-tada para os Deuses , para as divindades que o criaram, por

isso, entendi a que a natureza era motivo de sacralidade

Atr avés da natureza, o homem se comunica com as divindades, com as pot estades. Dai nasce o sagrado que estã ligado

à

re

ligião, assim corno a religião estã ligada ás divindades. A

rel igião tem a função de mediadora entre a visa visí vel e a vida i nvisl vel, interpretando os fenômenos naturai.s em rela ção ao i nvisí vel , ou sej a, ao mundo transcendental.

Par a melhor explicar es~es fenômenos , a religião

se ut i l iza de sí mbolos , os quais são sinais da revelação di

(9)

vina para o homem. Ai está o sagrado como meio para satisfa

zer a procura incessante do homem em sua realização e trans

cendentalidade.

Nesta perspectiva considera HUBERT LEPARGNEUR que

o homem

é

o único animal religioso, porque

é

o Único a

per-ceber o valor de um sinal como simbolo1.

O Cosmos, portanto, como cr iaçao divina

é,

sem

dú-vida, sagrado, assim como a própria natureza, pois toda cri

ação dos deuses, como obras deles , ê algo sagrado. Contudo,

alguns aspectos destas obras ressaltam com maior evidência,

esta sacralidade, pois o próprio homem assim fez perceber.

Assim, esclarece MIRCEA ELIEDE que o que caracteri

za as sociedades tradicionais , ê a oposiçao que elas suben

-tendem ent re o seu território habitado e o espaço desconhe -cido e indeterminado que cerca: o primeiro

ê

o mundo (mais preci samente "o nosso mundo") , o Cosmos; o resto já não e

um Cosmos, mas uma espécie -de "outro mundo", um espaço es

-trangeiro, caótico, povoado por espectros, de demônios

"es-tranhos" (assimilado, aliás, aos demônios e as almas dos mor

tos) .

Complementando seu pensamento, diz que a primeira vista, esta ruptura no espaço parece devida à oposiçao en

-tre o território habitado e organizado, portanto "cogmizado",

e o espaço desconhecido que se estende para alem d as suas

fronteiras : tem-se de uma parte um Cosmos; e justamente Pº!. que foi consagrado previamente de um modo ou de outro, tal

t'erritório

é

obra dos Deuses, ou está em comunicaçao com o

mundo deles.

Finalizando, o autor afirma que o mundo quer di

-zer: nosso mundo,

é

um Universo no interior do qual o sagr~ do se manifestou

já,

onde por consequência a ruptura dos

ni

(10)

veis foi tornada possível e se pode repetir. ~ fácil compr~

ender porque é o momento religioso, implica o "momento c os-gônico": o sagrado revela a r ealidade absoluta, e ao mesmo

tempo torna possível a orientaçao, portanto, funda o mundo,

nest e sentido que fixa os limites e por consequencia, esta

-d - . ' 2

bel ece a or em cosmica.

2,

O

TEMPO E

o

EsPA,o

SAGRADOS

Como foi referido anteriormente, toda obra dos deu

ses e sagrada, assim também o tempo e o espaço sao

dos, pois são obra dos deuses.

sagra

-Ao estudarmos est es dois fenômenos naturais, e po~

sível identificar duas modalidades de tempo. A primeira

es-tá ligada à decorrência natural, ou seja, o tempo profano ,

irreversível. A segunda, diz respeito

à

reatualização da

ação divina, que o homem religioso o faz através da festa re

ligiosa, portanto, este tempo ê reversível, como

MIRCEA ELIEDE:

assevera

2

"Choca-nos em primeiro lugar uma diferen

-ça essencial entre estas duas qualidades

de Tempo: o tempo sagrado ê pela sua

pró-pria natureza reversível, no sentido em

que é propriamente falado , um Tempo míti

-co, primordial tornado presente. Toda fes

ta religiosa, todo tempo litúrgico, repr~

senta a reatualização de um evento sagra

-do que teve lugar num passado mítico, 'no

começo' . Participar religiosamente de uma

festa impl ica a saída da duração temporal

' ordinária' , e a reintegração do Tempo mi

ELIEDE ,1 Mircea. "O Sagrado e o Prof ano - Essência das Religiões"

(11)

tico, reactualização pela própria festa. Por consequência, o Tempo sagrado é inde -finidament e recuperável, indefinidamente repetí vel. De um certo ponto de vista, do tempo sagrado, poderia dizer-se que nao

'flui ' , que não constitui uma 'duração' i r

reversível. ~ um tempo antológico por ex~

celência 'permediano': mantém- se sempre

igual a si mesmo, não muda nem se esgota.

Com cada festa periódica reencontra- se o mesmo tempo sagrado - o mesmo que se

ma-nifestara na festa do ano precedente ou na festa de ha um século: é o tempo criado e santificado pelos deuses quando das suas

gestas,

que são justamente reactualiza -das pela festa. Por outros termos, reen-contra- se na festa a primeira aparição do

tempo sagrado. A qual ela se

efetuaab

o

ri

gine, in i

llo t

e

mpo

re

.

Porque este temp~ sagrado no qual se desenrola a festa, não existia antes das gestas divinas comemora

das pela festa. Criando as diferentes rea

lidades que constituem hoje o mundo, os

Deuses fundaram igualmente o tempo sagra

-do, visto que o tempo contemporâneo de uma criação era necessariamente santificado pe

la presença e a actividade divina." 3

-A lição apresentada por MIRCEA ELIEDE mostra como o tempo sagrado marca de maneira indelével a duração tempo-ral irreversível. Neste caso, é o tempo sagrado algo mais na vida do homem religioso, visto que faz reatualização da ação dos Deuses. Seria possível, pois o homem não se divorciou

totalmente, do sagrado, embora isto possa parecer. A sua atua çao ocorre, através, talvez de meios diferentes dos preconi

zados nos primeiros tempos, porém a ação corresponde ao de-sejo do homem em distinguir em sua vida um tempo dentro de outro.

A v1sao do homem religioso é de qu~ a duração tem

-poral e profana pode parar por intermédio de um período re -ligioso, o qual retira o homem do seu momento histórico atu

3

(12)

al, para fazê-lo participar da açao dos deuses. Aqui,hã uma ruptura no tempo profano, pela realização do ~empo

atraves da festa.

sagrado

No que concerne ao espaço sagrado, ocorre o mesmo fenômeno que se deu quanto ao tempo. O espaço é o lugar on-de se realizam as atividaon-des sagradas, portanto, lugar sa -grado. Em toda vida do homem, locais foram preparados

que cultos fossem oferecidos às divindades.

para

-Esses lugares sagrados sao rupturas do espaço hom~

gêneo, que é por natureza profana. Mas aqui se deve

refor-çar o que antes jã dissemos, que como obra das divindades o espaço como um todo é também obra sagrada, o que porem di ferencia, neste caso, é a ruptura que o espaço sagrado faz em relação ao espaço homogêneo do homem não religioso.

E

significativo o exemplo apresentado pelo livro do Êxodo quando Deus falou a Moisés dizendo: "Não te aproxi mes daqui: tira as sandálias de teus pés porque o lugar, em

que estãs

ê

uma terra santa." 4

A prova de que o espaço como um todo nao é homogê-neo para o homem religioso, esta em que so alguns lugares s~

-gradas possuem esta qualidade, o que torna a sua concepçao,

o espaço heterogêneo, coroo ressalta muito bem MIRCEA ELIE -DE.5

A eleição por Deus de um .espaço santo para se mani

festar a Moisés, vem corroborar com as afirmações de que deE_

tro do espaço profano, hã lugares para um espaço

que

ê

uma ruptura do primeiro.

sagrado,

5

ÊXODO 3.5 "Bíblia Sagrada". trad. Pe. Mattos Soares, São Paulo, Edições Paulinas, 1964.

5

(13)

Muitos sao os exemplos, em

todas as crenças,

de es

paços sagrados, dentro do mundo, onde

possuem

a

finalidade

de prestar cultos

à

divindade.

O mundo moderno

não

nega

es-ta afirmação, pois contempla dentro do

espaço

profano a cri

ação de templos

para que

seja

prestado culto ao Criador, e~

te

te;np:,lq

nada

mais

é

do

que o espaço

sagrado.

A

Igraja

aqui,

é

ruptura do

espaço profano, para

dar

lugar ao aparecimento

do

espaço pagra:do, por possuir uma finalidade destinta da

-quela apresentada pelo conjunto homogêneo, que

é

o

profano.

3

,

Ü

SAGRADO

COMO

SIMBOLO

espaço

A História tem mostrado como o homem se utiliza cbs

meios naturais para dar idéia da presença divina em sua

vi

da.

Em primeiro lugar, é possível dizer que a água

e

utilizada

como símbolo, desdes os mais recuados tempos

até

nossos dias. A

:,

i~ersão

_

do homem nela faz com que o

mesmo

surja novo. Tem, portanto a agua, este simbolismo de

fazer

emergir

um novo

ser.-O

primeiro

livro da Bíblia, o

"Gênesis"

proclama a

presença marcante da água como símblo, dizendo:

"No

princíp~o Deus criou o céu e a terra.

A terra porem estava informe e vazia,e

as

trevas cobriram a face do abismo e o Espí

to de Deus movia-se sobre as águas

.

..

"6

Na simbologia religiosa, a agua tem sua

importân-cia fundamental

visto que ela serve para

lavar

o homem

ve-lho

e

torná-lo

novo.

A Igraja primitiva nao descurou de tal prática

como se pode ver nos escritos de Tertulia~o, citado por MIR

CEA ELI~DE, quando afirma:

"A

água foi a primeira a ser a 'sede

do

Espírito Divino que a preferia então a to

dos os outros elementos

.

.

. '

Foi a água a

6

(14)

itos sao os exemplos, em todas as crenças, de e~

dos, dentro do mundo, onde possuem a finalidade

cultos

ã

divindade. O mundo moderno não nega

es-o, pois contempla dentro do espaço profano a cri

plos para que seja prestado culto ao Criador, es

ada mais

é

do que o espaço sagrado. A Igreja aqui,

do espaço profano, para dar lugar ao aparecimento

profano, por possuir uma finalidade distinta da

-sentada pelo conjunto homogêneo, que

é

o espaço

primeiro lugar,

é

possível dizer que a água

-

e

símbolo, desdes os mais recuados tempos ate

A imersão do homem nela faz com que o Tem, portanto a agua, este simbolismo de

mesmo fazer

primeiro livro da Bíblia, o "Gênesis" proclama a arcante da água como símbolo, dizendo:

"No princípio Deus criou o ceu e a terra.

A terra porem estava informe e vazia,e as

trevas cobriram a face do abismo e o EspÍ

rito de Deus movia- se sobre as águas . . .

"6

Na simbologia religiosa, a agua tem sua importân

-amental visto que ela serve para lavar o homem ve

-ná-lo novo.

A Igreja primitiva não descurou de tal prática

ode ver nos escritos de Tertuliano, citado por MIR

quando afirma:

"A água foi a primeira a ser a ' sede do

Espírito Divino que a preferia então a to

dos os outros elementos . . . ' Foi a água a

(15)

primeira que produziu o que tem vida, a fim de que o nosso espanto cessasse quan~ do ele gerasse um dia a vida no batismo ...

Toda a agua natural adquire, pois,pela an

t iga prerrogativa como foi honrada na sua origem, a virtude da santificação no sa

-cramento, se Deus foi invocado para este efeito. Logo que se pronunciam as palavras

o Espírito Santo descido dos Céus, paira sobre as águas que santifica pela sua fe-cundidade; as águas assim santificadas , impregnam-se por seu turno da virtude san

tificante . . .

o

que outrora curava o corpo cura hoje a alma; o que trazia a saúde no tempo, traz a salvação na eternidade . . . " 7

Continuando a analise sobre a simbologia da agua ,

o citado autor traz

ã

tona a posiçao de são João CrisÕsto-mo para indicar a morte do homem velho pela imersao na agua.

O uso de símbolos na vida religiosa, tem

importân-ia fundamental, pois o homem utiliza objetos naturais que estes sirvam de elo com o seu Criador.8

para

Outro destacado símbolo é a Terra-Mãe. O profeta

jÕdiano.Smohall, da tribo Umatilla, recusava o trabalho da

terra, dizendo:

"t':

um p e e a d o f e r ir ou cor ta r , r as. g ar ou· a .E_ ranhar a nossa Mãe comum com os trabalhos

agrícolas ." 9

Outras religiões apreciam a sacralidade da terra , tendo-a como símbolo e meio de comunicação entre os deuses e as criaturas. Pode-se sentir hem de perto este aspecto,na

tição de MIRCEA ELIEDE:

"t':

a

Terra Mater

ou a

Tel,.7,us Mater

bem co

nhecida das religiões mediterrâneas, que da nascimento a todos os seres". 10

7

ELIEDE, Mircea. op. cit. 32

8

Idem, p. 32/3 9

(16)

Nest e caso, a t erra e si mbolo, port anto sagrada E acr escenta, cit ando um poema homér ico:

"É a terra que cantarei. Mãe univer sal de sól idas bases , avõ venerável que nutre no seu solo tudo que existe . . . É a t i quepe.E,_ tence o dar a vida aos mortais, como a r e toma-la" . . . 11

Do mesmo modo, MIRCEA ELIEDE, baseado nos Coefaras, di z:

"Ésquilo todos os deles de

grorifica a Terra que da seres, os nutre, depois novo o germen fecundado"

a luz recebe 12

Compreende- se porque o homem tem valorizado a pro -pri a natureza, pois ela nada mais é que sagrada. Basicamen-te e obra dos deuses e representa um m~io para chegar ao ob

j

etivo principal do homem, qual seja, ao seu Criador .

A religião cristã tem dado valor significativo a vários elementos que, embora simples, representam muito na simbologia. A fração do pão e do vinho postos

à

disposição do homem para a satisfação espiritual , são elementos nasci -dos da terra e como o trigo e a uva, passam a ser sagrados , pela utilização no culto.

. .

4,

Ü

SAGRA

D

O

E

O PRO

F

ANO NO MUNDO MODERNO

Chegou o instante de indagar se o mundo moderno e essencialmente profano ou alguma religiosidade lhe

é

intrin seca: É inegável admitir que tempos existiram em que o aspe~

11

ELIEDE, Mircea. op. cit. p. 34. 12

(17)

t o religioso ficou obscuro. Os perí odos pÕs- Idade Média principalmente no Iluminismo, fizeram florescer itens con -rá~ios

à

reli gião, o que, no fundo, er a uma oposiçao ao sis

t ema vi venciado na epoca pr ecedente. Contudo o: homem não dei

sou de ser rel igioso, ou melhor, o

homo

religiosas.

Sua ati

-tude a- religiosa não macula a imagem que apresentava e que,

desde muito tinha revelado: religioso, voltado para as coi

-sas t ranscendentais, metafisicas. É oportuna a lição de MIR

CEA ELIEDE , quando afirma:

"Mas este homem a-religioso descendo do

ho

mo religiosus

e queira- o ou nao, é tambéi obra deste, constituiu-se a partir das si

tuaçÕes assumidas pelos seus antepassados.

Em suma, é o resultado de um processo de des- sacralização". 13

Assim como foi possível identificar a presença do

profano e do sagrado no mesmo tempo e no mesmo espaço, acei

tàvel que se encontre no mundo atual o sagrado e o profano.

Não queremos aqui menosprezar a atitude religiosa

d-0 homem primitivo, nem tampouco exaltar das atitudes a-

re-ligiosas apresentadas pelo homem hodierno.

É oportuno identificar uma nova maneira de se atu -ar no ambiente religioso, o que necessariamente não se coa -duna com a at itude assumida pelo homem religioso primitivo.

O uso da razao e um meio de se apresentar o poder

do Criador e quando o homem faz uso desta mesma razão,estã

tendo uma atuação de ligação divina, muito embora não assu -ma este entendimento. Desta forma, estã contribuindo, mes -mo sem religião oficial, para o plano de santificação de to da a obra de Deus. A Escolástica jã localizava a questão da razão humana como ponto primordial, vez que dava liberdade de escolha ao homem. Este

e

o ponto de partida de toda l

i-13

(18)

çao de Santo Tomás de Aquino, ao ensinar que:

"Deus embora tenha feito o homem, deu-lhe liberdade para que este mesmo homem esco-lhesse seu caminho" . 14

Este pe.nsamento refletiu em todos os. aspectos em

que esta envolvido o homem. Também aqui o Direito foi atin

-gi d o . O D i r e i t o D i v i·n o p as. s a v a a s e r r a c i o na 1 me n t e e n t e n d i

-do, pois Deus não criou autômatos , mas seres que possuem di~

nidade, responsáveis.

O homem moderno ainda que sem professar uma crença

nao estã apartado da condição religiosa, pois so e l e e ca

-paz de entender por seu ato de valorar, e nisto consiste a

grande e fundamental importância da religião, qual seJa, a

de levar o homem a Deus. Ainda aqui comporta urna lição de MIRCEA ELIEDE:

"Porque, como jã dissemos, o homem a- r e l i-.

gioso no estado puro

é

um fenômeno muito

raro, mesmo na mais dessacralizada das so

ciedades modernas. A maior ia dos sem r e l i

gião ainda se comporta religiosamente, se

bem que não esteja consciente deste facto.

Não se trata somente da massa das ' supers

-tições' ou dos ' tabus' do homem moderno ,

que tem todos uma estrutura ou urna origem

mágico-religiosa.Mas o homem moderno que

se sente e se pretende a-reli gioso,di spÕe

ainda de toda uma mitologia camuflada de

numerosos ritualismos degredados .Conforme

mencionamos, os festejos que acompanham o

Ano Novo ou a instalação numa casa nova ,

apresentam, bem que laicizada, a estrutu

-ra de um ritual de renovação. Constata- se

o mesmo fenômeno por ocasião das festas e

das al egrias que acompanham um casamento,

ou nascimento de uma criança, ou a obten-ção de um novo emprego ou de uma subida na

escala social , et c." 15

14

TEJADO, Francisco E. "História de la Filosofia del Derecho y del Esta

do - Cristianismo: Edade Media··. Arabes y Judios".Madrid,1946,p.82.

15ELIEDE . . 48

(19)

Em Última analise, o homem moderno embora nao quei ra parecer religioso, no fundo, algo do

homo

religiosus

exi~

te nele par.a torná-lo cada vez mais Útil

à

comunidade em que

(20)

OS COMPROMISSOS CRISTÃOS

DE

LIBERTAÇÃO

1. 0

CRISTIANISMO E

SEU

CAMPO DE ATUAÇAO

O cr is t ianismo i naugura uma nova fase na vida dos povos . Est a etapa est ã ligada ã libertação do homem da· opre~ são polít ico- religiosa.

A pregaçao de Cristo apresenta- se contrária ao que est ã dispost o pelos cultores das leis e da religião . A visão polí tico- rel igiosa não tem apenas um significado exterior; i~ duz o homem a uma r eflexão mais amadurecida da presença de Deus na história. Dai a não aceitação por parte dos

desse Messias .

judeus,

A t radição j udaica impunha um comportamento d i ame-tralmente opost o ao que era preconi zado pelo novo estilo de vida que Cri sto fundara.

Pr imeiro, porque a visao judaica era essencialment e coletiva, enquanto em Cristo era individual, como

FRANCISCO ELIAS DE TEJADO:

apresenta

"En el mundo pagano o indi viduo no contaba como sujeto aisl ado, sino que desapareci a, dentro de organismos superiores la familia, l a gens o fratría, la civit as , o pol is, el r eyno o el imperio; como ser aisl ado care -ci a de derechos y deberes , s ignificando en la vida publica encuanto -partícipe del cu! to a las cenizas de unos antepasados corou- .

nes en el l ar ' fami liari s ' o en el 'Kaf ' oi ki an heros' , o en cuant o habitante de uma

(21)

ciudad. Para el cri s t ianismo, por el

con-t rario, todo hombre por el mero hecho de ser el portador de un destino ultraterreno no que tiene que conquistar aqui abajo l i

-bremente, fué redimido del pecado original por los méritos de Cristo y possee un alma que por si sola vale mas que todas las cir cunstancias de la situaciõn social en que se encuentra situado. En profano individua lismo de la religiÕn cristiana se ponde de relievo considerando que el negocio de la salvaciÕn, el Único en verdad importantepa

r a l a creatura racional yo, que para nada interregar los actos de amigos o inimigos, ni siquiera de los más allegados como los hijos o los padres . Para el cristianismo,

no se salvan los pueblos ni los Estados,si no el hombre; los pueblos y los Estados que dan en la tierra, con papel secundario de medios capaces de favorecer o prejudicar al

logro del fin fundamental que es la conqui~ ta de la eterna bienandanza". 15

A condição de eleito de Deus nao poderia ser tirada

daquele povo, pois para ele era ponto de honra encontrar-se na condição de escolhido do Senhor, privilegio que nenhum

uoro ostentava.

A inovaçao foi a de criar um dualismo ao

monismo até entao conhecido. A dimensão do homem nao

invés do

estava somente ligada ao mundo temporal como queriam os defensores do Império; Deus estava presente neste homem através da men~

sagem de Seu Filho Jesus Cristo. O homem não é sÕ matéria

mas também espírito, qualidade esta trazida pela mensagem do

cristianismo.

Aqui aparece o ponto mais discutido ate hoje, acer

-ca- da missão religiosa.

Terã esta uma açao eminentemente espiritual, ou po

-dera agir de forma a buscar uma convergencia, com a

dimen-sao material? Efetivamente, ainda há quem opte por uma ou ou era das interrogações .

E

provável que a religião não esqueça

(22)

o lado material do homem, pois e um principio seu, que o ho-mem nao foi criado isolado mas integralmente; isto quer di

-zer, em sua dimensão material e espiritual.

Sem dúvida, o cristianismo tem como base o amor ao próximo, a caridade e a fratennidade; porem a estes fundamen tos juntam- se outros que vão nortear a vida do homem naquela inregralidade de que se falou há pouco.

Necessariamente, aqui entram os aspectos sociais

políticos, e tantos outros que envolvem o ser humano.

E

sob

perspectiva religiosa que se deve indagar o verdadeiro

obje-tivo do Cristianismo. Várias sao as concepções acerca do seu

f im, sem contudo nenhuma responder convenientemente, pois a

açao de seu fundador foi mesclada de atitudes práticas , as

quais vão possibilitar uma interpretação mais ampla da

atua-ção cristã, no transcurso da historia.

2.

A

IGREJA PRIMITIVA E

os

VALORES CRISTÃOS

são numerosas as fontes que mostram o trabalho da

Igreja Primitiva para estruturar o que serã mais tarde,o gran

de estandarte na defesa do primado da fe cristã.

t

notória a

contribuição dos chamados co-fundadores do Cristianismo, e

que tiveram uma presença marcante no cenário ativo, em

vir-tude de sua profissão de fé e, ao mesmo tempo, de sua

cons-tância ao pregar esta mesma crença. Muitos podem aparecer co

mo colaboradores deste evento, porém dois estão indelevelmen

te marcados, por seus exemplos de desprendimento e amor a cau

sa de Cristo.

O primeiro, são Pedro, a quem foi conf iada a missao

(23)

fiou a Chefi a de sua Igreja que, a part ir dali, rumava sob a orient ação de Pedro, assistida pel o Espírito Santo. A trans mi ssao dest e poder t orna-se ponto basilar para a hi storia da Igr ej a nascent e .

Mai s tarde, o segundo,São Paulo, combateu ferreamen te os cristãos , vindo a ser convocado par a o serviço do Evan

gelho. Saulo, depois Paulo, alia-se aos segui dores de Cristo,

a quem não conheceu, mas que por sua fê, passou a dar

tras de dedicação

ã

missão recebida.

mos

-É el e quem vai alertar sobre as mais profundas mu

-danças no sistema de vida atê então conhecido pelo povo. Al

teraçÕes de cunho religioso, mas com estreita relação com a

vida polí tica, como asseveramos anteriormente.

-Embora nao se possa dar uma conotaçao eminentemen

-te política da atividade da nova religião, nao se pode negar o Íntimo relacionamento entre um e outro aspecto.

JEAN- JACQUES CHEVALIER estudando o Impérj o Romano e o Cristianismo, apresenta dois textos de importância vi tal

ã

nova imagem criada pela religião cristã. fruto do judaísmo,

a qual iria fundamente revolucionar a ordem estabelecida.Tra

ta-se , portanto, dos Evangelos e da Epistola de São Paulo aos

Romanos .

Nestes documentos, e importante focalizar as

ordens de poder: a espiritual e a temporal. O texto

duas esclare ce o desejo dos fariseus de embaraçar Jesus, quando propuse

-ram uma determinada cilada, a fim de intrigá-lo perante a au

toridade romana. "É lícito pagar tributo a César" , Jesus, co

nhecendo-lhes a malícia, respondeu:

16

"Por que me experimentais, hipócritas? Mos

trai-me a moeda do tributo' Trouxeram-

lhe-um denário . E ele lhes perguntou: 'De quem

é

esta efie e inscrição?' Responderam:'De

César' . Então lhes disse: 'Dai pois, ~

cé-sar o que

é

de César, e a Deus o que e de

Deus. ' Ouvindo isto, se admiraram e, dei

-xando-o, foram-se" . 16

(24)

Aqui, instala-se o dualismo cristão no lugar do mo -nismo pagao que era conhecido pela sociedade antiga.

não possui todo o poder sobre o homem.

, César

Segundo JEAN-JACQUES CHEVALLIER:

"A César o que e de César significa que nem tudo portanto, poderia ser de César; César não poderia reivindicar o homem integral , na qualidade de herdeiro da antiga polis

-a um sÕ tempo, Estado e Igreja; não é so -mente César que dispõe de autoridade sobre

o homem. Em lugar do monismo magão institu

iu-se o dualismo cristão consagrado pela fundação da Igreja de Cristo. O que seria de Deus (exclama Tertuliano) se tudo per-tence a César? Que se dê a este a moeda on

de est á gravada a sua efÍgie,contanto que

se entregue a Deus a imagem de Deus que es tá no homem". 17

Jã na Epístola aos Romanos, São Paulo admoesta obe

-diência à autoridade, com base nos ensinamentos de Cristo

o mesmo fazendo Santo Agostinho, séculos depois no

patrístico:

período

17

"Todo homem esteja sujeito às autoridades

superiores; porque não hã autoridadeque não

proceda de Deus: e as autoridades que exi~

tem foram por ele instituídas . De modo que aquele que se opõe

ã

autoridade, resiste à

ordenação de Deus; e os que resistem,

tra-rão sobre si mesmos condenação. Porque os

magistrados não são para o t emor quando fa zem o bem, e sim quando se faz o mal. Que~ res tu não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela. Visto que a autorida

-de é ministro -de Deus para o teu bem.Entre tanto, se fizeres o mal, tem; porque não sem motivo que ela traz a espada; pois émi nistro de Deus, vingado, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe es tejais suj eitos , não soment e por causa do t emor da punição, mas também por dever de

(25)

consciência. Por esse motivo também pagais

tributo: porque são ministros de Deus,aten

dendo constantemente a este serviço. Pagai

a todos o que lhes é devido; a quem o t r i

-buto, tributo; a quem respeito,respeito; a

quem honra, honra". 18

AÍ está o verdadeiro sentido do Cristianismo.Não se pode separar, todavia, quando se fala do homem, do aspecto p~·

lítico, vez que o religioso traz em su bojo muito desta ca-racterística, como frisamos anteriormente. O que não se deve entender é que a missão do Cristianismo tenha sido eminente-mente política, pelo que se pode extrair dos Evangelhos e de outros escritos pertinentes

ã

ação dessa religião no meio de uma sociedade advinda do judaísmo.

Fica reforçado, mais uma vez, que o campo de atua-çao do Cristianismo embora não deixe de ser por natureza de ordem ético-moral, não descura sua participação nas

de-mais ordens em que o homem seja objeto de indagação.

3. A

TEOLOGIA E SUA MISSÃO REDENTORA

18

LEONARDO BOFF ensina que:

"A teologia (como saber sagrado) resulta

de uma maneira própria de considerar todas as coisas, a saber,

à

luz de Deus.Todas as coisas possuem uma dimensão teologal

por-que elas podem ser vistas em referência a Deus ou contempladas a partir de

Deus.Nes-te sentido, como perspectiva e ótica pró-prias

(ra

t

i

o

f

o

r

m

a

i

is

dos escolásticos, ou

SÃO PAULO. "Epístola' aos Rom~nos", Cap. 13 de 1 a 6. Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, S. Paulo, 1964.

(26)

princípio de pertinência dos modernos) a

teologia e ,uma sÕ". 19

Isso nao quer dizer que a~ ITeologia nao possa apr~

sentar níveis diferentes, como a saber o nível sapiencial

que a apresenta como sakedoria, sendo bastante antiga, como

nostra SEGUNDO GALILEA:

" a teologia como 'sab.edoria' e muito

antiga. Aparece jã no Novo Testamento, nos

primeiros escritos dos cristãos e, através

da história, na literatura, de muitos san

-tos. Esta teologia e própria de gênero ho

-miletico, da reflexão espiritual". 20

O segundo aspecto esta ligado

à

razao, através do

conhecimento científico e sistemático da fe. Neste caso, nao

e a simples razão que dita normas, mas ao seu lado esta a

fé, elemento fundamental para a consecuçao da chamada teolo

-gia dogmãtica ou sistemática;

tãoligados

à

prãxis teológica.

o terceiro e Último níveis

es-Esta tem por fim aprofundar

e realizar o que a teoria prescreve. Exemplifiquemos: a t e o

-1 ~gia natural está ao mesmo nível da filosofia, não havendo

distinção entre uma e outrq, e por isso chama-se Teodicéia

Esta teologia recebe também o nome de Sabedoria, por nao ne

-cessitar de conhecimentos específicos para melhor entendime~

to. A teologia dogmática tem por base os ensinamentos

bibli-cos, as lições do magistério, a tradição cristã, etc.

Ateo-logia em estudo chama-se também científica ou sistemática

por necessitar para sua elaboração, de elmentos cientificas.

No entanto, um elemento basilar se faz mister para que esta

teologia seja reconhecida como tal: a fe. Sem esta nao

-

e po~

19

20

a teologia dogmática ou revelada. Portanto, a fe e nu-

-BOFF,

Leonardo. "Igreja - Carisma e Poder". 3a. ed., Petrópolis , Vo zes, 1981, p. 29.

GALILEA, Segundo. "Teologia da Libertação - Ensaio de SÍntese",trad. de Luiz A. Miranda, S. Paulo, Edições Paulinas, 1978,pág. 16/17.

(27)

cleo de toda a teologia ou sistemática; já a teologia past~

ral tem por meta realizar essa prática, ou seJa, vivenciar

no dia- a- dia uma teologia real. Esta está ligada a condução

dos trabalhos orientados pelos bispos em cada uma de suas di

oceses. Dentro desta linha teológica, podemos encontrar acha mada Teologia da Libertação tão discutida entre nos na Ameri

ca Latina, por tornar-se menos teórica sua realização no meio

do povo de Deus.

Com base nos três níveis apresentados é possível e~

tendermos que a teologia nao prescinde de nenhum deles, pelo contrário, aglutina-os a fim de se obter um trabalho que es -teja voltado para a salvação. Portanto, a teologia corno sab~ doria e como pastoral deve apoiar-se sempre em seus dados

científicos, ainda que não sejam explícitos . A teologia cien

tífica, por sua vez, deve fazer referência permanente a vida espiritual e pastoral, para que não fique

ã

margem da histó

-Não se deve colocar a teologia corno escatologia.Sem

dúvida que ela trata do escatológico, porém este não deve e~

tar somente no porvir, mas no que é. Portanto, começa hoje , no aqui e no agora e nao somente no amanhã, ou seja, no alem,

no eterno. Vários sao os exemplos desta visão na historia do

povo de Deus.

Deus penetrou na história, fazendo parte dela. Asa

ga do povo de Abraão , sua ida para o Egito e

consequentemen-te sua fuga sob a direção de Moisés, têm testemunho claro de

que o povo escolhido luta por dias melhores já aqui na terra

e nao por somente uma vida que "há de vir". É bastante rica

a Bíblia quando narra minuciosamente a luta do povo contra a

ordem estabelecida, pois só alguns detinham o poder,

enquan-to a maioria nada possui.

(28)

-assim discorrendo:

"Havia vários deuses. O Deus Supremo era o Faraó. Os deus inferiores eram os deuses das terras de Canaã. Assim o céu nada mais era do que jm espelho do que se passava na terra. A hierarquia entre os deuses legitl mava a sociedade dividida em classes.

A aristocracia dominava os agricultores que eram explorados. Nessa religião os i n t e r -pretes dos deuses, os sacerdotes,eram lati fundiários . A eles convinha que o sistema não mudasse.

O

culto era monopolizado pe-los sacerdotes, e o povo não tinha acesso a ele.

O

saber era monopólio da aristocracia, que mantinha o povo na ignorância, pois sa ber ler e escrever no Egito só era possí= vel após longos anos de estudo na escola do Faraó'. A escrita no Egito era extremamente complexa e complicada. Finalmente, no cul-to, eram recitados os mitos da criação,que confirmavam a situação: assim como o mundo um dia foi criado, assim sempre haverã de ser . Querer mudar alguma coisa era mesmo que revoltar-se contra os deuses .

Esta era a situação econômica, social, po-l í t i c a e religiosa do povo, no tempo em que Abraão andava pela Palestina e em que Moi-sés atuava no Egito. Não havia diferença entre a Palestina e o Egito. Em ambos os países vivia um povo oprimido, despedaçado por séculos de exploração. Não era uma ra-ça. Era gente marginalizada, perdida, des-ligada das suas tradições, vinda das raças, povos e tribos as mais diversas . O que unia o povo nao era a raça ou o sangue, mas a opressao, o desejo de ter uma terra que fo~ se sua e a vontade de ter uma vida mais ab.ençoada". 21

Aqui começa a história do povo de Deus que ouviu o clamor de sua gente e a partir daí, deu lugar a que se inau

-gurasse uma vida fraterna, igualitária. A fe em um Único Deus

é

o começo de toda a jornada empreendida pela gente oprimida

21

MASTERS, Carlos. "Um Projeto de Deus - a presença de Deus no meio do povo oprimido". 4a. ed., S.Paulo, Ed.Paulinas, 1983, p. 13,14.

(29)

e explorada pelo poder do Faraó e dos reis das terras de

Ca-naa.

Seria oportuno concluirmos que a Teologia tem por

objetivo Último comunicar a salvação, contudo esta deve ser iniciada na terra, pois hã a preocupaçao com o homem de

ho-je, no seu dia-a-dia e não somente com o devir. Sem dúvida,a escatologia é a ciência dos Últimos dias (do fim), porem,ne~ ta questao esta sempre presente a busca de Deus e como ela se efetiva em cada dia do homem e na eternidade. Lã é o mo-mento daquilo que se procurou na terra. É a contemplação de Deus. Por isso, a teologia tem uma missão terrena muito

im-portante, fazendo com que o homem tome consciência da inaug~ ração do Reino no seu mundo. Esse reinado é a presença de Deus no convívio dos homens, através de Jesus Cristo.

Gover-no que significa salvação e esta só é possível através do Fi lho de Deus e de seus ensinamentos.

A salvação nao é limitada no tempo nem espaço, ela estã para todos os homens, sem discriminar ninguém. A

de.Deus e geral e nao para somente alguns, embora nem

ob.r a

todos

a recebam, o que acarreta a consequente responsabilidade por

quem deixou de aceitá-la.

O Reino é de Liherdade e estã no mundo. É claro que

nao se trata de uma abstração, pois nio seria objeto de nos

so estudo se ele não sé realizasse entre os homens na terra. Para este Reino no mundo, Deus utilizou-se de um instrumento e este

é

um sinal que e a Igreja. Ela é signo sacramental da presença do mando de Deus no Universo. O Reino, portanto, en globa o universo humano e a Igreja, senao vejamos o que diz LEONARDO BOFF:

"O tema da pregaçao de Jesus Cristo nao foi ele mesmo nem a Igreja, mas o Reino de Deus. Reino de Deus significa a realização de uma

(30)

utopia do coraçao humano de total

liberta-ção da realidade humana e cósmica.

E

a si

-tuação nova do velho mundo, totalmente re

-pleto por Deus e reconciliado consigo mes

-mo.

Numa palavra, poder-se- ia dizer que Reino

de Deus significa uma revolução total, glo

bale estrutural na velha ordem, levada

a

efeito por Deus e somente por Deus. Por is

so, o Reino é Reino de Deus em sentido ob=

jetivo e subjetivo.

Cristo se entende a si mesmo não só como

pregador e profeta desta novidade

(evange-lho) mas como já um elemento da nova situa

ção transformada. Ele é o homem novo,o Rei

no já presente, embora sob os véus da fra=

queza. Aderir a Cristo é a condição

indis-pensável para participar na nova ordem a

ser introduzida por Deus (Lc. 12, 8-9) . Pa

ra que se realize semelhante transformação

libertadora do pecado, de suas

consequên-cias pessoais e cósmicas, de todos os de

-mais elementos alienatórios sentidos e so

-fridos na criação, Cristo faz duas

cias fundamentais: exige conversão

soa e postula uma restruturação do

pessoa". 22

.

- exigen-da pes-mundo da

Em brilhante palestra onde o tema abordado foi a "Te

ologia da Libertação", J. B. LIBÃNIO, autor de renomada, diz

alto e bom som que: "Toda Teologia tem por t"undamento a Rev~

lação, nao existindo, neste sentido, mais de uma Teologia"

Contudo, podemos apreciá-la sob várias vertentes que tem

si-do objeto de inúmeras colocações por parte de uma enorme

va-riedade de teólogos, principalmente tendo em vista seu tempo

e seu espaço. O tempo presente não foge

à

regra, a Teologia

da Libertação nascida num determinado momento da vida da Igr~

j~, particularmente da Igreja da América Latina, plo típico desta afirmação.

-

e um

exem-22

O que vem singularizar a chamada Teologia da

Liber-BOFF, Leonardo. "Jesus Cristo Libertador - Ensaio de Cristiologia pa

ra o nosso tempo" 9a. ed., Petrópolis, Rio, Ed. Vozes, 1981, p.

(31)

taçao no seio do universo da Teologia, e a busca de subsi-dios em outras ciências para elaborar um entendimento acerca

do plano de Deus. Tais dados vem, principalmente, das

Ciên-cias Sociais,' nao implicando que estas jã signifiquem,a

pri~

ri

,

a prÕpria Teologia da Libertação. Elas são

pre-teolÕgi-cas, ou melhor, emprestam a elementos seus para a consecuçao

de uma abordagem teológica. Não podemos portanto,confundir

a açao especifica da Ciência Teológica com o acervo de conh~

cimentos cedidos por outras ciências, principalmente as Ciên cias Sociais.

Portanto, a Teologia da Libertação teve seu

douro em um espaço específico, o período compreendido

nasce-entre 1950/1960, quando proliferou a chamada "Teoria do Desenvolvi mento" que serviu para que se fizesse uma analise sobre a verdadeira intenção de tal empreendimento, chegando-se a r e

-sultados desfavoráveis, devido às condições sÕcio-economicas

e politicas dos povos afetados.

O estudo concluiu que os povos da América Latina

continuavam na mesma dependência, sob o mesmo sistema de co

-lonização de outrora, agora nao por interferência de Estados

sobre Estados, mas por parte de empresas estrangeiras que ,

por possuiremos três fatores importantes para o desenvolvi

-mento, penetraram de forma tão sutil que rão se podia s a r a s suas reais intençoes .

preci

Sentimos isto aqui no Brasil atraves do arranco pa

-ra o desenvolvimento no período JK, além de outros mais

re-centes. Em conclusão, ficou visto que os povos pobres conti-nuaram cada vez mais pobres, e os ricos sempre mais ricos

necessitando para tanto, de um grito de alerta contra tao in

justa situaçao, que contrariava os planos salvificos de Deus .

· 23

23

Foi a partir de uma situação real que a Teologia p~ LIBANIO,

J.

Batista - Conferência no Seminário sobre TeologiadaLi bertação. Patrocínio ICRE, FAFIFOR,Fortaleza, novembro de 1984.

(32)

de desenvolver uma açao mais próxima da realidade, que esta va a afligir os povos latino-americanos. Com base nesses da-dos, os teólogos vão inquirir sobre o plano de Deus para o homem sofrido e oprimido, espoliado e explorado da América L~ tina.

Fatores sociais, economicos, políticos, jurídicos e

culturais são mostrados e comprovados. Os teólogos os

rece-bem e inquirem

ã

Deus da revelação para os homens nesta sit~ ação de penúria. Alem dos elementos materiais apresentados p~ las ciências sociais, sao aferidos elementos de ordem filo-sófica e teológica (transcendental).

Possuídos estes itens, foi possível a Teologia man-ter uma açao que tivesse por objetivo a salvação do homem tendo como ambiente sua caminhada aqui na terra, a fim de que no Céu, na presença de Deus, se completasse definitivamente a sua redenção.

Para a Teologia, a fonte de toda a injustiça e de to do o mal

e

o pecado. Necessitando que o homem se liberte de~

sa malha para chegar ao Pai. Essa Libertação deve ser inici~

da hoje, no aqui e nao somente no mundo do por-vir, isto e

no mundo escatológico. A Teologia da Libertação nasce, por

-tanto, no dia-a-dia do homem e não somente numa visão

trans-cendental e metafisica. A Revelação é o ponto de apoio da

Teologia pois Deus procurou o convívio com o homem e nao des

te com o Criador: Deus

é

a fonte de toda a graça.

Exemplo desta comunicaçao estã presente no cotidi~

no do homem do homem através da Bíblia e da Historia. O Anti

go e o Novo Testamento testemunham a ação salvadora de Deus

mediante seus profetas e principalmente por Jesus Cristo

seu Filho.

(33)

logia que se preze tem na Revelação seu ponto máximo, nao fi

cando minimizada a Teologia da Libertação, que tem como pon

-to básico a comunicação de Deus através dos Evangelhos

reve-lados, apoiados nos acontecimentos circundantes da vida de

seu povo.

E

necessário, portanto, que se faça uma distinção e~

tre a Teologia da Libertação e a prática pastoral de alguns

prelados da Igreja. Uma coisa é a orientação teológica que

fornece elementos para a prática religiosa e outra

é

esta ati

vidade imiscuída de elementos estranhos de ação social, polf

tica ou econômica, como desejem seus protagonistas.

Concluindo, podemos afirmar que embora reconheçamos

fases teológicas, um ponto comum entre estas

e

detectado,qual

seja, a Revelação, fundamento maior que vai orientar o Plano

(34)

D

A TEOLO

G

IA

À

POLITICA

l,

DA

PRÁX

I

S

TEOLÓG

I

C

A À

PR

AX

I

S POL

Í

TIC

A

A práxis teológica nos primeiros séculos do cristia

nismo teve um direcionamento que pode ser dividido em dois

ângulos. O primeiro diz respeito

ã

ação apostólica

represen-tada por São Pedro e são Paulo, dentro de um contexto social

hostil

à

pregação da palavra de Deus .

O segundo ângulo está ligado

à

patrística e sua re

-presentaçao na vida da Igreja tem como ponto básico, um movi

mento de nível teolÕgico, como podemos observar no ensinamen

to de LICIZ RELYMAEKER:

"No Oriente como no Ocidente, o século IV

conheceu sua grande atividade teolôgica

Basta lembrar os nomes de S. Hilário, de S.

Ambrôisio e de S. Jerônimo. Esses autores

guardam o contato com a literatura orien

-tal e nela se inspiram. Mas a época é in

-teiramente dominada por Santo Agostinho ,

(354-430),

bispo de Hipona na Ãfrica,a fi

-gura mais atraente e o mais poderoso gênio

da antiguidade cristã".

24

Sem dúvida, nos primeiros séculos do cristianismo , podemos encontrar as mais variadas '. posiçÕes na eclésia. Isto

do ponto de vista estritamente religioso como quanto ao posi

cionamento político. É clássica a postura adotada por GELÃ

-SIO I, quando cria a Teoria das Duas Espadas, no século

V

,

e

24

RELYMAEKER, Liciz. "Introdução

ã

Filosofia". S. Paulo, Editora Her

-der, 1969, p. 88.

Referências

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