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A IMPORTÂNCIA DO PIBID PARA A FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

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A IMPORTÂNCIA DO PIBID PARA A FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

WOITOWICZ, Eliete1 LUNKES, Valdinéia de Fátima2 LIECHESKI, Eliane3 PFLUCK, Lia Dorotéa4

Introdução

O presente trabalho trás à discussão a importância de programas voltados a cursos de licenciatura como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID visando à melhoria da qualidade na formação e valorização dos professores de Geografia. O PIBID foi lançado em julho/2007, iniciou suas atividades em janeiro/2008 e é financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. O curso de licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Marechal Cândido Rondon, foi contemplado pelo Edital n˚ 39/2011-PRG-PIBID e iniciou suas atividades com o subprojeto: “O ensino da Geografia: da teoria a prática”, aprovado em julho/2011. O PIBID está alicerçado em objetivos como: incentivar a formação de professores em nível superior para atuar na Educação Básica; e, elevar a qualidade e valorizar a formação inicial dos professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre a educação superior e a educação básica. Talvez, o aspecto mais significativo esteja no fato de o PIBID proporcionar ao aprendiz-professor, contato direto com a realidade escolar que o espera, o que se caracteriza de extrema importância para sua formação inicial.

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Graduanda do 4° ano do Curso de Licenciatura em Geografia - UNIOESTE, campus de Marechal Cândido Rondon-PR. Bolsista do Subprojeto “O ensino da Geografia: da teoria à prática”, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, 2011/2013. Membro do ENGEO – Grupo de Pesquisa em Ensino e Práticas de Geografia, número do Grupo 34953/2011, cadastrado junto a UNIOESTE. E-mail: eliete_wgeo@hotmail.com.

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Graduanda do 4° ano do Curso de Licenciatura em Geografia - UNIOESTE, campus de Marechal Cândido Rondon-PR. Bolsista do Subprojeto “O ensino da Geografia: da teoria à prática”, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, 2011/2013. Membro do ENGEO – Grupo de Pesquisa em Ensino e Práticas de Geografia, número do Grupo 34953/2011, cadastrado junto a UNIOESTE. E-mail: valdineialunkes@hotmail.com.

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Professora supervisora bolsista do Subprojeto “O ensino da Geografia: da teoria à prática”, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, 2011/2013. Professora da Rede Pública de Educação do Paraná. Membro do ENGEO – Grupo de Pesquisa em Ensino e Práticas de Geografia, número do Grupo 34953/2011, cadastrado junto a UNIOESTE. E-mail: elianelie@yahoo.com.br.

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Professora coordenadora bolsista do Subprojeto “O ensino da Geografia: da teoria à prática”, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, 2011/2013. Docente Adjunta da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Marechal Cândido Rondon, curso de Geografia. Membro do ENGEO – Grupo de Pesquisa em Ensino e Práticas de Geografia, número do Grupo 34953/2011, cadastrado junto a UNIOESTE. E-mail: liafluck@yahoo.com.br.

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Cabe ressaltar que, o Estágio Supervisionado, apesar de ser relevante, é considerado insuficiente em relação à formação do professor, pois há um contato prévio momentâneo com o ambiente escolar, na qual o professor iniciante encontra-se, por vezes, despreparado para lidar com realidades distintas e complexas dentro da sala de aula. Torna-se muito difícil durante esse período aliar a teoria à prática, com pouca experiência. O PIBID vem para complementar essa falta propiciando ao licenciando o convívio com práticas de docência, aperfeiçoa sua formação e preparação profissional, o que refletirá na qualidade de suas aulas futuramente. No atual contexto que percorre a Educação Básica, o PIBID se tornou um desafio, uma necessidade incontestável e uma possibilidade para a melhoria da qualidade e valorização da educação brasileira.

Objetivos

Evidenciar a importância do PIBID para com a formação e a valorização do professor de Geografia, visto que esta ciência é considerada, por muitos, enfadonha. Assim, busca-se no âmbito do programa, romper com este estereótipo que é atribuído à Geografia incentivando à pesquisa, leituras, produção de material didático, aulas práticas diferenciadas e trabalhos acadêmicos.

Metodologia

O subprojeto PIBID “O ensino da Geografia: da teoria à prática”, é desenvolvido com a participação de acadêmicos do 1º ao 4º ano de graduação. Desde seu início os bolsistas participam da realidade escolar de duas escolas da rede pública de ensino do município: o Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta Ensino Fundamental, Médio e Profissional (maior IDEB da cidade) e a Escola Estadual Monteiro Lobato Ensino Fundamental e Médio (menor IDEB do município). Este critério foi estabelecido pela coordenação institucional e coordenação de área. Desta forma os bolsistas podem lidar e conhecer ambientes escolares e alunos que apresentam realidades distintas.

Os acadêmicos acompanham os professores supervisores da rede pública de ensino, observando sua aula, metodologia, conhecendo a realidade da turma e da escola. Para cada conteúdo estudado busca-se criar um material didático ou uma forma diferenciada de estudá-lo, na qual os licenciandos auxiliam o professor na sua prática pedagógica. Entende-se que essa atitude, desde a fase inicial da graduação, contribui de forma significativa para a formação do profissional em Geografia, pois o

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licenciando está convivendo frequentemente no ambiente escolar, mesmo antes do Estágio Supervisionado, auxiliando-o no processo de transposição didática dos conhecimentos acadêmicos.

Resultados e discussões

Sendo a Geografia, uma ciência responsável pela formação do cidadão, conhecedor das características sociais e ambientais do local onde vive e capaz de tecer relações entre os constituintes do espaço, há a necessidade de formar professores de Geografia capacitados para atuarem nas escolas, que tenham a concepção clara dos objetivos desta ciência para a formação de um cidadão crítico, reflexivo e atuante na sociedade.

Embora seja um programa recente, já é possível verificar que os licenciandos integrantes do PIBID/Geografia, apresentam maior facilidade e segurança ao assumirem seu papel de professor estagiário. Estes resultados estão sendo observados durante os estágios e nas diversas atividades acadêmicas, pois os trabalhos desenvolvidos no PIBID complementam e aprofundam a formação e a preparação acadêmica, propiciando novos desafios e pesquisas. Torna-se pertinente relatar que o PIBID/Geografia proporciona ao acadêmico a oportunidade de vivenciar efetivamente a universidade, participando de reuniões, eventos, palestras, dedicando mais tempo a pesquisas e desenvolvimento de projetos e, consequentemente, atribuindo a sua formação maior qualidade. A prática de Estágio Supervisionado é de suma importância para a formação de professores. O curso de licenciatura em Geografia preza pela qualidade na formação acadêmica dos futuros professores. Desse modo, não poderia deixar de constar em sua grade curricular a disciplina de Estágio Supervisionado, pois é no e pelo estágio que se pode “experimentar” o que a profissão escolhida reserva ao acadêmico. Nesse sentido, Passini (2007, p. 43) considera que

As aulas de Prática de Ensino devem ser o laboratório para se discutir, simular e avaliar essa transposição para capacitar o professor como profissional, para que nas escolas onde for trabalhar tenha autonomia para sugerir mudanças de métodos de ensino, ousadia para revolucionar os equipamentos de ensino e reorganizar o espaço escolar.

Contudo, não se pode negar que os estágios durante a graduação, não só em Geografia e também não somente em licenciatura, apenas apresentam ao acadêmico o que será sua profissão e, infelizmente, não propicia amplo e profundo conhecimento do dia-a-dia de determinada profissão na prática. Seguindo esse viés, programas como

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PIBID e outros incentivos de bolsas, auxiliam na formação qualificada de futuros profissionais, pois,

O conhecimento produzido na universidade, fundamentado em pesquisas de campo, de laboratório, bibliográficas e dominado pelo professor deve constituir o instrumental teórico a ser elaborado, recriado para transformar-se em saber escolar, ou seja, em saber a ser ensinado (PONTUSCHKA, 2010, p.132).

Da mesma maneira em que nas aulas de Estágio Supervisionado os acadêmicos são levados a experimentar formas diferentes que estimulem a criatividade para que ocorra de fato a aprendizagem, busca-se levar as práticas do PIBID para o estágio, pois:

Em cada um dos momentos do processo de ensino o professor está educando quando: estimula o desejo e o gosto pelo estudo, mostra a importância dos conhecimentos para a vida e para o trabalho, exige atenção e força de vontade para realizar as tarefas; cria situações estimulantes de pensar, analisar, relacionar aspectos da realidade estudada nas matérias; preocupa-se com a solidez dos conhecimentos. A realização consciente competentes das tarefas de ensino e aprendizagem torna-se, assim, fonte de convicções, princípios de ação, que vão regular as ações práticas dos alunos frente a situações posta pela realidade (LIBÂNEO, 1994, p. 99).

Os cursos universitários precisam assumir a formação profissional em todas as modalidades, desde o início do curso, não admitindo mais soluções simplistas de reformas de grade curricular de acréscimo de conteúdo. Nesse sentido, o PIBID assume papel importante na formação do profissional em Geografia, visto que integra a teoria e a prática no contexto da escola pública. Seguindo essa linha de pensamento, Guimarães (2004, p. 47), indaga que “Sem desconhecer a interdependência dos vários fatores que envolvem a questão, tornar o professor um ‘profissional’ passa, necessariamente, por maior qualificação. Assim, a formação, no caso inicial, pode ser uma pedra de toque para a profissionalização”.

De acordo com Brzezinsk (2002, p. 15), o professor tem importantes tarefas a cumprir e sua formação deveria estar voltada para isso, como a formação enquanto processo de autoformação, a necessidade de uma formação contínua, uma formação crítico-reflexivo e a construção da identidade profissional como elemento dessa formação. O trabalho de formação profissional é o de formar sujeitos pensantes e críticos, cidadãos que desenvolvam competências e habilidades do modo de pensar geográfico, internalizar os métodos e procedimentos de captar a realidade, ter uma consciência da espacialidade das coisas e dos fenômenos.

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A atuação do profissional exige uma formação que dê conta da construção e reconstrução dos conhecimentos geográficos fundamentais e de seu significado social, não basta o professor ter o domínio da matéria, é necessário tomar posições sobre as finalidades sociais da Geografia numa determinada proposta de trabalho, é preciso que o professor saiba pensar criticamente a realidade social e que se coloque como sujeito transformador dessa realidade.

A principal função do ensino de Geografia talvez esteja na “alfabetização espacial” do aluno em diversas escalas e configurações, de modo que seja possível compreender a relação existente entre a sociedade e a natureza. Nesse sentido, os trabalhos desenvolvidos no PIBID/Geografia estão alicerçados em proporcionar ao professor iniciante de Geografia capacitação suficiente para manipular noções de paisagem, espaço, natureza, território, lugar e região de modo significativo para o aluno, contribuindo para com a articulação entre a teoria e a prática, necessárias para à formação do professor, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura.

Conclusões

Nota-se que com o PIBID os bolsistas têm maior contato com as escolas e com os alunos, isto faz com que estes acadêmicos vivenciem a escola com uma carga horária superior às disciplinas de estágio, além disto, estão constantemente realizando leituras referentes ao ensino de Geografia e debatendo sobre as mesmas. Em reuniões realizadas periodicamente há a troca de experiências e conhecimentos, os bolsistas ressaltam que dia-a-dia compreendem a profissão do magistério e destacam a importância da ajuda financeira da bolsa provinda da CAPES para o auxílio nos estudos e até mesmo manter-se na universidade. O Programa proporciona aos bolsistas, além do auxílio financeiro individual, ajuda de custo para participação em eventos e também compra de materiais com os quais são confeccionados materiais didáticos utilizados nas escolas.

Na formação de um professor de Geografia é necessário e de grande importância os fundamentos teóricos, a história da formação da ciência geográfica, as formas possíveis de investigação, os instrumentos adequados e a forma de considerar e organizar as informações. Nesse sentido, o PIBID proporciona aos licenciandos muito além do contato direto com a escola, promove momentos de leituras, pesquisas e debates onde se amplia as discussões sobre a ciência geográfica e, sobre a qualidade na formação do professor de Geografia buscando soluções para eventuais dificuldades encontradas em sala de aula. Seguindo essa perspectiva, Callai (2002, p. 255), afirma que “qualquer

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reflexão sobre a formação dos profissionais de educação, entendo que tenham claros dois aspectos: o significado do que é professor e do que é fundamental que se ciência (disciplina/matéria) que ele trabalha.”.

Os relatos dos acadêmicos bolsistas são positivos no que se refere à sua própria formação. Diversas foram as atividades realizadas pelo grupo e individualmente. O principal ponto levantado pelos acadêmicos foi que através do PIBID apresentaram maior facilidade em realizar os estágios supervisionados, pois tiveram a oportunidade de obterem maior contato com alunos, mesmo que estes não fossem das mesmas escolas com as quais o PIBID desenvolve as atividades do subprojeto.

Desde o início das atividades leituras e pesquisas foram realizadas, os pibidianos elaboraram aulas diferenciadas tanto em sala de aula como em saídas de campo, foram realizadas exposições do material produzido nas escolas e no Laboratório de Ensino de Geografia (LEG/UNIOESTE), além da criação de um blog onde os trabalhos realizados no âmbito do subprojeto podem ser divulgados para um público maior. Os bolsistas também tiveram oportunidade de participar de eventos locais, estaduais e nacionais, todos deles com apresentação de trabalho em forma de pôster ou artigo, evidenciando as atividades realizadas no subprojeto. As pesquisas, as aulas e os materiais didáticos produzidos são devidamente documentados e organizados em três cópias, uma para cada escola participante eumano LEG, para futuras consultas, reproduções ou adaptações.

Em suma, acredita-se que um dos passos para se alcançar a qualidade na formação do professor de Geografia e, consequentemente, sua valorização, esteja pautada em trabalhos que envolvam a prática docente, desde o início da graduação. Não se deve admitir apenas a reforma na grade curricular com acréscimos de disciplinas como solução. Aliar a teoria e a prática, assim como é denominado o subprojeto PIBID de Geografia, torna-se uma das soluções mais viáveis, porém, não únicas, pois, dessa forma há a interação contínua entre universidade e escola, o que se constitui de crucial importância na formação do profissional de Geografia.

Referências

BRZEZINSKI, Iria (Org.). Profissão professor: identidade e profissionalização docente. Brasília: Plano Editora, 2002. p. 7-20.

CALLAI, Helena Copetti. Formação do Professor de Geografia. In: Pontuschka, NidiaNacib; Oliveira, Ariovaldo Umbelino de. Geografia em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 2002. p. 255-259.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e Prática de Ensino. Goiânia: Alternativa, 2002. p. 101-120.

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GUIMARÃES, Valter Soares. Identidade e profissionalidade docente, saberes profissionais e práticas formativas. In:_________. Formação de professores: saberes, identidade e profissão. 3ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2004. p. 25-60.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

PASSINI, Elza Yasuko. Convite para inventar um novo professor. In: PASSINI, Elza Yasuko; PASSINI, Romão; MALYSZ, Sandra T. (Orgs.). Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007. p. 32-51.

PONTUSCHKA, NídiaNacib. AGeografia: Pesquisa e ensino. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.). Novos Caminhos da Geografia. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2010. p. 111-142.

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