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ANO XXIII ª SEMANA DE JANEIRO DE 2012 BOLETIM INFORMARE Nº 04/2012 ASSUNTOS TRABALHISTAS

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BOLETIM INFORMARE Nº 04/2012

Pág. 49

Pág. 51

ASSUNTOS TRABALHISTAS

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - CONSIDERAÇÕES

Introdução Conceitos Contribuição Sindical Rural Trabalhador Rural Empregador Rural -Obrigatoriedade - Enquadramento Sindical na Área Rural - Quem Deve Contribuir - Cálculo da Contribuição - Pessoa Física - Pessoa Jurídica - Tabela e Valor da Contribuição - Prazo Para Pagamento em 2012 - O Pagamento Não Pode Ser Parcelado - Não Recebimento da Guia de Recolhimento - Segunda Via Pela Internet - Destino Dos Recursos Arrecadados - Penalidades - Falta de Pagamento/Implicações - Pagamento em Atraso ...

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) - CONSIDERAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS

Introdução - Conceito - Regulamentação - Desenquadramento do SIMEI - Consequências do Desenquadramento - Documento de Arrecadação do SIMPLES NACIONAL (DAS) - Pagamento Dos Valores - Prazo - Pagamento em Atraso - Contribuição Previdenciária do MEI - MEI Que Trabalhe Também Como Autônomo - MEI Que Trabalhe Também Para Empresa, Como Empregado ou Contribuinte Individual - Benefícios Previdenciários - Microempreendedor - Aposentadoria Por Tempo de Contribuição Dependentes Inadimplência do Recolhimento Previdenciário -Obrigações Previdenciárias do MEI - MEI Sem Empregado - MEI Com um Empregado - Contratação de Empregado - FGTS e Demais Direitos Trabalhistas - Preenchimento do GFIP/SEFIP - Prazo Para Pagamento - GFIP Sem Movimento Pela Conectividade Social - Afastamento Legal de Empregado - Licença-Maternidade - Dispensa de Obrigações Acessórias - MEI Que Não Contratar Empregado - Certificado Digital - Facultativo - Contratação do MEI Por Pessoa Jurídica - Proibição de Cessão ou Locação de Mão-de-Obra - Prestação de Serviços de Hidráulica, Eletricidade, Pintura, Alvenaria, Carpintaria e de Manutenção ou Reparo de Veículos - Atividades Que Podem Ser Exercidas Pelo MEI ...

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ASSUNTOS TRABALHISTAS

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL Considerações

Sumário 1. Introdução 2. Conceitos

2.1 - Contribuição Sindical Rural 2.2 - Trabalhador Rural

2.3 - Empregador Rural 3. Obrigatoriedade

4. Enquadramento Sindical na Área Rural 4.1 - Quem Deve Contribuir

5. Cálculo da Contribuição 5.1 - Pessoa Física 5.2 - Pessoa Jurídica

5.3 - Tabela e Valor da Contribuição 6. Prazo Para Pagamento em 2012 7. O Pagamento Não Pode Ser Parcelado 8. Não Recebimento da Guia de Recolhimento 8.1 - Segunda Via Pela Internet

9. Destino Dos Recursos Arrecadados 10. Penalidades

10.1 - Falta de Pagamento - Implicações 10.2 - Pagamento em Atraso

1. INTRODUÇÃO

As normas e enquadramento para a contribuição sindical rural foram instituídos pelo Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1971, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº 9.701/1998. Esta contribuição é devida por todos os produtores rurais, pessoa física ou jurídica, e a cobrança é efetuada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), representante do Sistema Sindical Rural, em virtude de convênio firmado entre a União e o referido órgão (Lei nº 9.393/1996, art. 17, inciso II, c/c Instrução Normativa nº 20, de 17.02.1998).

2. CONCEITOS

2.1 - Contribuição Sindical Rural

Contribuição Sindical Rural “é um tributo parafiscal que deve ser pago por todos os produtores rurais, pessoa física ou jurídica, enquadrados na categoria econômica rural, nos termos do Decreto-Lei nº 1.166/71, com redação dada pelo art. 5º da Lei nº 9.701/98. É uma contribuição que existe desde 1943, com regulamentação prevista nos arts. 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, combinado com o art. 217 do Código Tributário Nacional e Decreto-Lei nº 1.166/71 que trata do enquadramento e da contribuição sindical rural”.

2.2 - Trabalhador Rural

Considera-se trabalhador rural para efeito de

enquadramento sindical toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste, mediante salário e que trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da mesma família, indispensável à própria subsistência e ex ercido em condições de mútua dependência e colaboração, ainda que com ajuda eventual de terceiros.

2.3 - Empregador Rural

Considera-se empresário ou empregador rural para efeito de enquadramento sindical a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. Os proprietários de mais de um imóvel rural, desde que a soma de suas áreas seja superior a 2 (dois) módulos rurais da respectiva região.

3. OBRIGATORIEDADE

De acordo com a Constituição Federal/1988, artigo 149, a Contribuição Sindical Rural tem caráter tributário, ou seja, é uma contribuição compulsória, independente do contribuinte ser ou não filiado ao sindicato.

4. ENQUADRAMENTO SINDICAL NA ÁREA RURAL

O enquadramento sindical, na área rural, é regulado pelo Decreto-lei nº 1.166/1971, que teve seu artigo 1º alterado pelo art. 5º da Lei nº 9.701, de 17 de novembro de 1998.

4.1 - QUEM DEVE CONTRIBUIR

A CLT trata em seus artigos 578 ao 591 que a contribuição sindical é devida por todos aqueles que participam de uma determinada categoria econômica ou profissional ou ainda de uma profissão liberal em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão. A contribuição sindical rural é cobrada de todos os produtores rurais (pessoa física ou jurídica), de acordo com o Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1971, que dispõe sobre o enquadramento e contribuição sindical, com redação dada pelo artigo 5º da Lei nº 9.701, de 18 de novembro de 1998:

“Artigo 1º do Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1971, para efeito da cobrança da contribuição sindical rural, prevista nos artigos 149 da Constituição Federal e 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho, considera-se:

II - empresário ou empregador rural:

a) a pessoa física ou jurídica que, tendo empregado, empreende a qualquer título, atividade econômica rural;

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b) quem, proprietário ou não, e mesmo sem empregado, em regime de economia familiar, explore imóvel rural que lhe absorva toda a força de trabalho e lhe garanta a subsistência e progresso social e econômico em área superior a dois módulos rurais da respectiva região;

c) os proprietários rurais de mais de um imóvel rural, desde que a soma de suas áreas seja superior a dois módulos rurais da respectiva região”.

5. CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO

O cálculo da contribuição sindical rural é efetuado com base nas informações prestadas pelo proprietário rural ao Cadastro Fiscal de Imóveis Rurais (CAFIR), administrado pela Secretaria da Receita Federal.

De acordo com o § 1º do artigo 4º do Decreto-lei nº 1.166/1971, para o cálculo da contribuição sindical rural deve-se observar as distinções de base de cálculo para os contribuintes pessoas físicas e jurídicas.

5.1 - Pessoa Física

A contribuição é calculada com base no Valor da Terra Nua Tributável (VTNT) da propriedade, constante no cadastro da Secretaria da Receita Federal, utilizado para lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

O produtor rural pessoa física pagará a Contribuição Sindical de acordo com o valor utilizado para o lançamento do ITR - Imposto Territorial Rural do imóvel explorado, utilizando esse valor como capital social para realizar o enquadramento na tabela de pagamento.

5.2 - Pessoa Jurídica

A contribuição é calculada com base na Parcela do Capital Social - PCS, atribuída ao imóvel. A Contribuição Sindical será paga conforme o capital social registrado (Art. 4º, § 1º, do Decreto-lei nº 1.166/1971).

Assim, desde 1º de janeiro de 1997, é da CNA ou da CONTAG a responsabilidade pela cobrança da Contribuição Sindical, diretamente dos produtores rurais pessoa física. O cálculo da contribuição sindical rural é efetuado com base nas informações prestadas pelo proprietário rural ao Cadastro Fiscal de Imóveis Rurais (CAFIR), administrado pela Secretaria da Receita Federal. O valor base para o cálculo corresponde à soma das parcelas do capital social de cada um dos imóveis rurais.

5.3 - Tabela e Valor da Contribuição

Desde o exercício 1998 existe uma única guia por contribuinte, contemplando todos os imóveis declarados à Secretaria da Receita Federal de sua propriedade.

Com base na tabela a seguir é possível calcular o valor

que o produtor rural irá pagar de contribuição sindical rural, conforme o inciso III do artigo 580 da CLT, com redação dada pela Lei nº 7.047/1982.

Tabela para cálculo da contribuição sindical rural vigente a partir de 1º de janeiro de 2012 (www.cna.org.br):

6. PRAZO PARA PAGAMENTO EM 2012

O lançamento da contribuição sindical rural é feito anualmente. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio das Federações dos Estados, envia ao produtor rural a guia de recolhimento, já preenchida, com o valor da sua contribuição.

a) Pessoas jurídicas:

A Contribuição Sindical Rural Pessoa Jurídica exercício 2012 vencerá no dia 31 de janeiro de 2012.

b) Pessoas f ísicas, a contribuição v encerá dia 22.05.2012.

A guia da Contribuição Sindical Rural poderá ser paga até o vencimento em qualquer agência bancária. Depois da data do vencimento deverá ser procurada uma das agências do Banco do Brasil para fazer o pagamento, no prazo máximo de 90 (noventa) dias após o vencimento.

7. O PAGAMENTO NÃO PODE SER PARCELADO

Conforme determina o artigo 580 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), a Contribuição Sindical não pode ser parcelada, ou seja, ela deverá ser recolhida, de uma só vez, anualmente.

8. NÃO RECEBIMENTO DA GUIA DE RECOLHIMENTO

O proprietário rural que não recebeu a guia de recolhimento do exercício deve procurar o Sindicato Rural do Município ou a Federação da Agricultura do Estado onde reside, munido da cópia do Documento de Informação e Apuração do Imposto Territorial Rural (DIAT), a fim de que sejam adotadas as providências para a emissão de nova guia.

8.1 - Segunda Via Pela Internet

Desde 2010, a CNA disponibilizou pela Internet no endereço eletrônico www.canaldoprodutor.com.br no link da

CLASSES DE CAPITAL SOCIAL OU VALOR DA TERRA NUA

TRIBUTÁVEL (EM R$)

ALÍQUOTA PARCELA ADICIONAL

(R$) Até 3.092,79 Contribuição Mínima

de R$ 24,73 - De 3.092,80 a 6.185,59 0,80% - De 6.185,95 a 61.855,95 0,20% R$ 37,11 De 61.855,96 a 6.185.594,40 0,10% R$ 98,97 De 6.185.594,41 a 32.989.836,80 0,02% R$ 5.047,45 Acima de 32.989.836,80 Contribuição Máxima de R$ 11.645,41 -

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contribuição sindical, a emissão da 2ª via da guia da contribuição sindical.

9. DESTINO DOS RECURSOS ARRECADADOS

O artigo 589 da CLT estabelece que quando o produtor rural, pessoa física ou jurídica, faz recolhimento da sua contribuição sindical, os recursos arrecadados, retirados os custos da cobrança, são distribuídos conforme abaixo:

a) 20% (vinte por cento) destinam-se ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE;

b) 60% (sessenta por cento) destinam-se ao Sindicato Rural;

c) 15% (quinze por cento) destinam-se à Federação de Agricultura do Estado;

d) 5% (cinco por cento) destinam-se à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA.

10. PENALIDADES

Ficará sujeito às seguintes penalidades previstas na CLT o contribuinte que não efetuar o pagamento da contribuição e o sistema sindical rural promoverá a cobrança judicial.

10.1 - Falta de Pagamento - Implicações

Conforme o artigo 608 da CLT, referente à falta de pagamento:

a) não poderá participar do processo licitatório; b) não obterá registro ou licença para funcionamento ou renovação de ativ idades para os estabelecimentos agropecuários;

c) a não observância deste procedimento pode, inclusive, acarretar, de pleno direito, a nulidade dos atos praticados, nas duas letras anteriores (Artigo 608 da CLT, incisos I e II).

10.2 - Pagamento em Atraso

O artigo 600 da CLT trata do pagamento após a data do vencimento e seus acréscimos:

a) multa de 10% (dez por cento) nos primeiros 30 (trinta) dias;

b) adicional de 2% (dois por cento) por mês subsequente de atraso;

c) juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e atualização monetária.

Fundamentos Legais: Os citados no texto.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Considerações Previdenciárias e Trabalhistas

Sumário 1. Introdução 2. Conceito 3. Regulamentação 4. Desenquadramento do SIMEI 4.1 - Consequências do Desenquadramento

5. Documento de Arrecadação do SIMPLES NACIONAL (DAS) 5.1 - Pagamento Dos Valores

5.1.1 - Prazo

5.1.2 - Pagamento em Atraso

6. Contribuição Previdenciária do MEI

6.1 - MEI Que Trabalhe Também Como Autônomo

6.2 - MEI Que Trabalhe Também Para Empresa, Como Empregado ou Contribuinte Individual

7. Benefícios Previdenciários 7.1 - Microempreendedor

7.1.1 - Aposentadoria Por Tempo de Contribuição 7.2 - Dependentes

7.3 - Inadimplência do Recolhimento Previdenciário 8. Obrigações Previdenciárias do MEI

8.1 - MEI Sem Empregado 8.2 - MEI Com um Empregado 9. Contratação de Empregado

9.1 - FGTS e Demais Direitos Trabalhistas 9.2 - Preenchimento do GFIP/SEFIP 9.3 - Prazo Para Pagamento

9.4 - GFIP Sem Movimento Pela Conectividade Social 10. Afastamento Legal de Empregado

11. Licença-Maternidade

12. Dispensa de Obrigações Acessórias 12.1 - MEI Que Não Contratar Empregado 13. Certificado Digital

13.1 - Facultativo

14. Contratação do MEI Por Pessoa Jurídica

14.1 - Proibição de Cessão ou Locação de Mão-de-Obra 14.2 - Prestação de Serviços de Hidráulica, Eletricidade, Pintura, Alvenaria, Carpintaria e de Manutenção ou Reparo de Veículos 15. Atividades Que Podem Ser Exercidas Pelo MEI

1. INTRODUÇÃO

A Lei Complementar nº 123/2006, artigos 18-A, 18-B e 18-C, modificados pela Lei Complementar nº 128/2008 e também pela Lei Complementar nº 139/2011, trouxe garantias de vários benefícios para os Microempreendedores Individuais (MEI).

A Legislação apresenta condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um Empreendedor Individual legalizado.

A Resolução CGSN nº 58/2009, que trata do MEI, entrou em vigor no dia 28 de abril de 2009, data de sua publicação, porém produzindo efeitos somente a partir de 1º de julho de 2009 (Lei Complementar nº 128/2008, artigo 14, inciso III), ou seja, a vigência do MEI teve início somente em 1º de julho de 2009.

A Resolução do Com itê Gestor do SIMPLES NACIONAL (CGSN) nº 94, de 29 de novembro de 2011,

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que dispõe sobre o SIMPLES NACIONAL e também sobre o Microempreendedor, trouxe algumas alterações.

Os artigos 91 a 105 da Resolução citada tratam exclusivamente sobre o MEI - Microempreendedor Individual.

2. CONCEITO

“O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário”.

De acordo com a Resolução CGSN nº 94, de 29 de nov em bro de 2011, artigo 91, considera-se Microempreendedor Individual - MEI o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002, optante pelo SIMPLES NACIONAL, que tenha auferido receita bruta acumulada nos anos-calendário anteriores e em curso de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e que seja optante pelo SIMPLES NACIONAL.

3. REGULAMENTAÇÃO

A Resolução CGSN nº 94/ 2011, em seu artigo 91, estabelece que para se regulam entar com o Microempreendedor Individual, deverá ser uma pessoa física, exerça atividade empresarial, sem sócios por meio de uma pessoa jurídica e atenda acumulativamente às seguintes condições (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 1º e § 7º, inciso III):

a) tenha auferido receita bruta acumulada no ano-calendário anterior de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais);

b) ser optante pelo SIMPLES NACIONAL;

c) exerça tão-somente as atividades constantes do Anexo XIII desta Resolução (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 4º-B e 17);

d) possua um único estabelecimento, sem filiais (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 4º, inciso II);

e) não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 4º, inciso III);

f) ter no máximo um empregado que receba até 1 (um) salário-mínimo ou o piso salarial da categoria profissional, observado o disposto no art. 96 (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C);

g) no caso de início de atividade, o limite será de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o mês de início de atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 2º).

Observadas as demais condições citadas acima, e para efeito do disposto na letra “c”, poderá enquadrar-se como MEI o empresário individual que exerça atividade de comercialização e processamento de produtos de natureza extrativista (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A,

§ 4º-A).

4. DESENQUADRAMENTO DO SIMEI

De acordo com a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 105, o desenquadramento do SIMEI será realizado de ofício ou m ediante com unicação do contribuinte (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 6º).

O contribuinte desenquadrado do SIMEI passará a recolher os tributos devidos pela regra geral do SIMPLES NACIONAL   a  partir  da  data  de  início  dos  efeitos  do desenquadramento, observado o disposto nos §§ 6º a 8º (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18- A, § 9º).

4.1 - Consequências do Desenquadramento

O contribuinte desenquadrado do SIMEI e excluído do SIMPLES NACIONAL passará a recolher os tributos devidos de acordo com as respectivas Legislações de regência, passando, assim, a recolher os encargos previdenciários, tais como (Lei n° 8.212/1991, artigo 22):

a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

b) para financiamento da aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT), incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados que lhe prestem serv iços, correspondente à aplicação dos seguintes percentuais:

b.1) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

b.2) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; b.3) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave; c) recolhimento destinado para outras entidades (terceiros).

5. DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL (DAS)

Para o contribuinte optante pelo SIMEI, o aplicativo possibilitará a emissão simultânea dos Documentos de Arrecadação do SIMPLES NACIONAL (DAS), para todos os meses do ano-calendário.

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Conforme o artigo 92 da Resolução CGSN nº 94/2011, o Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo SIMPLES NACIONAL - SIMEI é a forma pela qual o MEI pagará, por meio do DAS, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, observados os limites previstos no item “3” desta matéria, o valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas, referente a contribuição para a Seguridade Social relativ a à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, na forma prevista no § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, correspondente a (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso V):

a) Até a competência abril de 2011:

Alíquota de 11% (onze por cento) do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso V, alínea “a” e § 11);

b) A partir da competência maio de 2011:

Alíquota de 5% (cinco por cento) do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição (Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 21, § 2º, inciso II, alínea “a”; Lei nº 12.470, de 31 de agosto de 2011, artigos 1º e 5º).

5.1 - Pagamento Dos Valores

Conforme a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 95, para o contribuinte optante pelo SIMEI, o Programa Gerador do DAS para o MEI - PGMEI possibilitará a emissão simultânea dos DAS, para todos os meses do ano-calendário (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 21, inciso I).

A impressão simultânea do DAS estará disponível a partir do início do ano-calendário ou do início de atividade do MEI (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 21, inciso I).

A emissão de carnê para pagamento da contribuição previdenciária e dos tributos para geração de direitos e garantias individuais previstas em Lei para o MEI -Microempreendedor Individual será disponibilizada no site do Portal do Empreendedor (Resolução nº 16/2009, artigo 26).

Observ ação: Portal do Em preendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br).

5.1.1 - Prazo

O pagamento mensal deverá ser efetuado até o dia 20 (vinte) do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta, observado o disposto no caput do art. 92 (Artigo 95, § 2º da Resolução CGSN nº 94/2011).

5.1.2 - Pagamento em Atraso

O recolhimento do DAS em atraso terá incidência de multa e juros (Artigo 38 da Resolução citada).

A multa será de 0,33% (trinta e três centésimos por

cento) por dia de atraso limitado a 20% (vinte por cento) e os juros serão calculados com base na taxa SELIC, sendo que para o primeiro mês de atraso os juros serão de 1% (um por cento).

Observação: Após o vencimento deverá ser gerado novo

DAS e essa nova emissão já conterá os valores da multa e dos juros, não precisa fazer o cálculo.

6. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO MEI

A contribuição do contribuinte individual que se enquadre como Microempreendedor Individual (MEI) é calculada sobre um salário-mínimo, devendo ser pago juntamente com outras parcelas no DAS - Documento de Arrecadação Nacional (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A, § 3º, IV).

De acordo com a Medida Prov isória nº 529, de 07.04.2011, a alíquota de contribuição previdenciária foi reduzida de 11% (onze por cento) para 5% (cinco por cento), a partir da competência maio/2011.

Exemplo do Recolhimento Previdenciário, a título de contribuição previdenciária, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual:

R$ 622,00 x 5% = R$ 31,10 (trinta e um reais e dez centavos).

6.1 - MEI Que Trabalhe Também Como Autônomo

Caso o MEI já recolha contribuição previdenciária mensal pelo exercício de outra atividade, poderá continuar a fazê-lo, sob os códigos normais.

Exemplo:

Recolhe mensalmente sobre o valor de R$ 900,00 R$ 900,00 x 20% = R$ 180,00

Recolhimento em GSP: valor R$ 180,00 e com o código 1007.

Observação:

O MEI que recolhe o DAS poderá efetuar a contribuição complementar de 15% (código 1295) e manter a contribuição que vinha fazendo (código 1007).

6.2 - MEI Que Trabalhe Também Para Empresa, Como Empregado ou Contribuinte Individual

O MEI também pode ter vínculo de trabalho com outra empresa, como empregado ou mesmo autônomo. Nesse caso, a remuneração que receber da empresa contará para todos os efeitos para os benefícios previdenciários e essas informações provêm da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de informações à Previdência Social), preenchida pela empresa contratante.

Observação: O MEI que recolhe o DAS, e desejar que

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de todos os benefícios, deverá recolher a GPS (Guia da Previdência Social) com código de pagamento 1295, até o dia 15 (quinze) de cada mês, com valor correspondente a 15% (quinze por cento) do salário-mínimo.

7. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 7.1 - Microempreendedor

Contribuindo conforme o que estabelece a Medida Provisória, o MEI terá direito aos benefícios previdenciários (Art. 18-A, § 12, da LC nº 123/2006):

a) aposentadoria por idade; b) aposentadoria por invalidez;

c) aposentadoria por tempo de contribuição, mas o empreendedor deverá complementar sua contribuição previdenciária;

Nota: O recolhimento referente ao MEI, através do DAS,

assegura ao contribuinte individual a aposentadoria por idade, mas se optar por complementar a sua contribuição previdenciária com 15% (quinze por cento) fará jus à aposentadoria por tempo de contribuição (§ 3º do artigo 21 da Lei nº 8.212/1991).

d) auxílio-doença; e) salário-maternidade;

Importante: Lem brando que com relação à

aposentadoria, há uma particularidade, ou seja, o MEI só poderá aposentar-se por idade e não por tempo de serviço, com esse tipo de contribuição fixa em 5% (cinco por cento) do salário-mínimo. E todo o período de sua contribuição previdenciária será computado para os cálculos de sua aposentadoria, mas não para a contagem de tempo de serviço.

7.1.1 - Aposentadoria Por Tempo de Contribuição

O MEI não tem direito ao benefício aposentadoria por tempo de contribuição, a não ser que complemente a contribuição mensal, ou seja, se desejar contribuir para fins de aposentadoria por tempo de contribuição, ele deverá complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento de mais 15% (quinze por cento).

O segurado que tenha contribuído com a alíquota de 5% (por cento) e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição m ensal m ediante recolhim ento, sobre o v alor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em v igor na com petência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3º do art. 5º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

“Instrução Normativa R FB nº 971/2009, artigo 200 - O Microempreendedor Individual (MEI) de que trata o § 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 2006, contribuirá para a Previdência Social na forma do inciso IV e da alínea “a” do inciso V do § 3º do referido art. 18-A, observando-se a regulamentação do CGSN.

Parágrafo único - O MEI poderá efetuar complementação do recolhimento previsto no § 3º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 1991, diretamente em Guia da Previdência Social (GPS)”.

Observação: A contribuição complementar será exigida

a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício (Incluída pela Lei Complementar nº 128/2008).

Conforme a alteração da alíquota, a Lei nº 8.212/1991, em seu artigo 21, §§ 2º, 3º e 4º, passou a vigorar conforme abaixo:

Exemplos:

A partir da competência maio de 2011:

a) Alíquota de 5% (cinco por cento) do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição

R$ 622,00 x 55 = R$ 31,10

b) alíquota complementar será de 15% (quinze por cento) e deverá ser recolhida em GPS, conforme a Tabela de Código de GPS;

R$ 622,00 x 15% = R$ 93,30

7.2 - Dependentes

Os seus dependentes também terão direito a: a) auxílio-reclusão;

b) pensão por morte.

7.3 - Inadimplência do Recolhimento Previdenciário

De acordo com a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 94, § 5º, a inadimplência do recolhimento da contribuição para a Seguridade Social relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, prevista no inciso I do art. 92, tem como consequência a não contagem da competência em atraso para fins de carência para obtenção dos benef ícios prev idenciários respectiv os (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 15).

8. OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO MEI

Comparativo referente às obrigações previdenciárias do MEI sem empregado e com empregado.

8.1 - MEI Sem Empregado

O MEI que não tem empregado irá fazer o recolhimento através da guia do DAS, de 5% (cinco por cento) sobre o salário-mínimo.

(8)

R$ 622,00 x 5% = R$ 31,10

8.2 - MEI Com um Empregado

Aspectos previdenciários. Exemplos: a) Através do DAS: R$ 31,10 = (R$ 622,00 x 5%) b) Através do SEFIP/GFIP R$ 18,66 = (R$ 622,00 x 3%) CPP do empregador -MEI (sobre a folha de pagamento do salário do empregado), na guia da GPS, através do SEFIP;

R$ 49,76 = (R$ 622,00 x 8%) desconto do segurado empregado.

Total: R$ 68,42 (sessenta e oito reais, quarenta e dois centavos).

Importante: O empregador (MEI) deverá enviar a SEFIP/

GFIP referente à remuneração do segurado a seu serviço, conforme a Legislação (Instrução Normativa RFB nº 971/ 2009, artigos 200 aos 202), observando o artigo 72 da Resolução CGSN nº 94/2011.

9. CONTRATAÇÃO DE EMPREGADO

A Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 96, estabelece que o MEI poderá contratar um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário-mínimo ou o piso salarial da categoria profissional (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C, incluída pela Lei Complementar nº 139/2011), ficando obrigado a:

a) deverá reter e recolher a contribuição previdenciária relativa ao segurado a seu serviço na forma da lei, observados prazo e condições estabelecidos pelo CGSN; b) é obrigado a prestar informações relativas ao segurado a seu serviço, na forma estabelecida pelo CGSN;

c) está sujeito ao recolhimento da contribuição patronal, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário-de-contribuição previsto no caput, na forma e prazos estabelecidos pelo CGSN;

d) a CPP é recolhida através da GPS (Guia da Previdência Social), com código 2100.

9.1 - FGTS e Demais Direitos Trabalhistas

O MEI que contratar empregado está obrigado a efetuar o depósito de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na conta vinculada deste trabalhador.

Observação: O empregado também fará jus aos

demais direitos trabalhistas, tais como: 13º salário, férias, aviso prévio, descanso semanal remunerado (DSR - Lei nº

605/1949), entre outros.

“Lei nº 8.036/1990, artigo 15 - Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta banc ária vinculada, a importânc ia correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965”.

9.2 - Preenchimento do GFIP/SEFIP

O MEI deverá declarar no Sistema de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (SEFIP) as informações relativas ao empregado, dev endo preencher os campos abaixo relacionados, conforme o Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49, de 08 de julho de 2009:

a) no campo “SIMPLES”, colocar “não optante”; b) no campo “Outras Entidades”, “0000”; c) no campo “Alíquota RAT”, “0,0”;

d) nos campos “Período Início” e “Período Fim” - informar a mesma competência da GFIP/SEFIP;

e) código no campo “Cód. Pagamento GPS”, informar o “código 2100”;

f) no campo “FAP” deverá ser preenchido com “1,00”.

Importante: As contribuições deverão ser recolhidas

em GPS com os códigos de pagamento e valores apurados pelo SEFIP.

Deverá ser informada no campo “Compensação” na GFIP, para efeitos da geração correta de valores devidos em Guia da Previdência Social (GPS), a diferença de 20% (vinte por cento) para 3% (três por cento) relativa à Contribuição Patronal Previdenciária calculada sobre o salário pago ao empregado.

Exemplo:

Um trabalhador contratado pelo MEI com salário-mínimo (R$ 622,00), o SEFIP calculará a CPP em 20% (vinte por cento).

Apuração da diferença de CPP (Contribuição Patronal Previdenciária):

Base salário-de-contribuição: R$ 622,00 CPP calculada: R$ 124,40 (20%) CPP devida pelo MEI: R$ 18,66 (3%) Diferença de CPP: R$ 105,74 (17%)

(9)

SEFIP: R$ 105,74.

Lembrando que a diferença deve ser informada no campo “Compensações” e os campos “Período Início” e “Período Fim” deverão ser preenchidos com a mesma competência da GFIP/SEFIP.

Caso o valor de compensação exceda o limite de 30% (trinta por cento) demonstrado pelo SEFIP, esse valor deverá ser confirmado utilizando-se a opção “SIM”.

Observação: O preenchimento dos demais campos

deverá observar o Manual da GFIP (Instrução Normativa RFB nº 880/2008).

9.3 - Prazo Para Pagamento

O prazo para o FGTS é até o dia 7 (sete) do mês subsequente à folha de pagamento e se não for dia útil o recolhimento deverá ser antecipado para o 1º dia útil anterior. O prazo para o INSS, com advento da Medida Provisória nº 447, de 14.11.2008, é até o dia 20 (vinte) do mês subsequente à folha de pagamento, observando que, se dia 20 (vinte) não for dia útil, o recolhimento deverá ser antecipado para o 1º dia útil anterior.

9.4 - GFIP Sem Movimento Pela Conectividade Social

O MEI, quando da inexistência de recolhimento ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de informações à Previdência Social, somente deverá entregar a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) com indicativo de ausência de fato gerador (sem movimento) para a competência subsequente àquela para a qual entregou GFIP com fatos geradores.

Nesta hipótese, o MEI dev erá transm itir pela Conectividade Social um arquivo SEFIPCR.SFP com indicativo de ausência de fato gerador (sem movimento), que é assinalado na tela de abertura do movimento, para o código 115.

“Para fins do disposto no § 9º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, inexistindo fatos geradores de contribuição previdenciária, o sujeito passivo deverá apresentar GFIP com indicativo de ausência de fato gerador - GFIP sem movimento - na primeira competência da ausência de fatos geradores, dispensando-se a sua transmissão para as competências subsequentes até a ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária.”

Observação: A apresentação de GFIP com indicativo

de ausência de fato gerador deverá observar as orientações contidas no manual da GFIP/SEFIP, pois até o momento não houve alteração.

10. AFASTAMENTO LEGAL DE EMPREGADO

A Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 96, § 2º estabelece que para os casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será permitida a contratação de outro empregado, inclusive por prazo determinado, até que

cessem as condições do afastam ento, na f orm a estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (Lei Complementar nº 123, de 2006. art. 18-C, § 2º, incluído pela Lei Complementar nº 139/2011).

11. LICENÇA-MATERNIDADE

A Lei nº 12.470, de 31.08.2011, artigo 2º, alterou o artigo 72 da Lei nº 8.213/1991, passando a vigorar que o salário-maternidade da empregada do Microempreendedor Individual será pago diretamente pela Previdência Social.

12. DISPENSA DE OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

A Resolução CGSN nº 94, artigo 99, estabelece a dispensa de obrigações acessórias do MEI, tais como as dispostas no subitem 12.1 (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 1º e 6º, inciso II).

12.1 - MEI Que Não Contratar Empregado

O MEI que não contratar empregado fica dispensado de (Lei Complementar nº 139/2011):

a) prestar a informação prevista no inciso IV do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, no que se refere à remuneração paga ou creditada decorrente do seu trabalho, salvo se presentes outras hipóteses de obrigatoriedade de prestação de informações, na forma estabelecida pela RFB;

b) apresentar a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 13, inciso II);

c) declarar  ausência  de  fato  gerador  para  a  Caixa Econômica Federal para emissão da Certidão de Regularidade Fiscal junto ao FGTS (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 13, inciso III).

13. CERTIFICADO DIGITAL

Segundo a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 102, o MEI não estará obrigado ao uso da certificação digital para cumprimento de obrigações principais ou acessórias, bem como para recolhimento do FGTS (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 7º), mas poderá ser exigida a utilização de códigos de acesso para cumprimento das referidas obrigações (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 26, § 7º).

A Circular CAIXA nº 566, de 23.12.2011 (DOU de 26.12.2011), prorroga até 30 de junho de 2012 o prazo estabelecido para uso da certificação digital emitida no modelo ICP-Brasil, como forma de acesso ao canal eletrônico de relacionamento Conectividade Social.

13.1 - Facultativo

De acordo com a própria Circular da Caixa nº 566/2011, para o estabelecimento de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo SIMPLES NACIONAL com até 10 (dez) empregados, observados com relação a cada mês o uso da certificação digital emitida no modelo ICP-Brasil,

(10)

é facultativo nas operações relativas ao recolhimento do FGTS.

Também não será necessária a utilização da certificação digital emitida no modelo ICP-Brasil para a transmissão da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social - GFIP na hipótese de ausência de fato gerador - sem movimento, para as empresas inativas, com menos de 12 (doze) meses, que visem, exclusivamente, realizar a baixa do respectivo CNPJ.

14. CONTRATAÇÃO DO MEI POR PESSOA JURÍDICA

Quando houver contratação de serviços executados por intermédio do Microempreendedor Individual (MEI) que for contratado na forma do art. 18-B da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, a empresa contratante não deverá descontar a contribuição previdenciária de 11% (onze por cento) do contribuinte individual (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 78, incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.027/2010).

14.1 - Proibição de Cessão ou Locação de Mão-de-Obra

O MEI não poderá realizar cessão ou locação de mão-de-obra (Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 104).

Cessão ou locação de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores, inclusive o MEI, que realizem serviços contínuos relacionados ou não com sua atividade-fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação.

Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.

Serv iços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade-fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

Por colocação à disposição da empresa contratante entendem-se a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.

14.2 - Prestação de Serviços de Hidráulica, Eletricidade, Pintura, Alvenaria, Carpintaria e de Manutenção ou Reparo de Veículos

O artigo 140 da Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 104, ou seja, a respeito da vedação (item “14.1”, acima) não se aplica à prestação de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-B, caput e § 1º).

Na hipótese da contratação desses serviços, a empresa contratante de serviços executados por intermédio do MEI deverá, com relação a esta contratação (Lei Complementar

nº 123, de 2006, art. 18-B, caput e § 1º):

a) recolher a contribuição previdenciária de 20% - vinte por cento (cota patronal) incidente sobre o total das remunerações pagas ou creditadas ao contribuinte individual que lhe prestem serviços;

b) declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por meio da GFIP/SEFIP, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS;

c) cumprir as demais obrigações acessórias relativas à contratação de contribuinte individual, como, por exemplo, elaborar folha de pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço.

Importante:

A empresa que contratar o MEI para a realização de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos não deverá descontar a contribuição previdenciária de 11% (onze por cento) do contribuinte individual na forma do art. 4º da Lei nº 10.666, de 08 de maio de 2003.

Quando presentes os elementos:

a) da relação de emprego, a contratante do MEI ou de trabalhador a serviço deste ficará sujeita a todas as obrigações dela decorrentes, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-B, § 2º);

b) da relação de emprego doméstico, o empregador doméstico não poderá contratar MEI ou trabalhador a serviço deste, sob pena de ficar sujeito a todas as obrigações dela decorrentes, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 24, parágrafo único).

A empresa que contratar um MEI para prestar serviços de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, a contratante deverá observar também, quando da prestação de informações no SEFIP, as seguintes regras (Ato Declaratório Executivo nº 82/2009, artigos 3º e 4º):

a) o campo “Ocorrência” deverá ser preenchido com “05”; b) o campo “Valor Descontado do Segurado” deverá ser preenchido com “0,0”.

15. ATIVIDADES QUE PODEM SER EXERCIDAS PELO MEI

As ativ idades permitidas ao MEI se encontram disponíveis no Anexo XIII da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011.

(11)

CONSULTORIA INFORMARE

ACRE DDD

Rio Branco - Capital (62) 3717-0500 BAHIA DDD Salvador - Capital (71) 3717-0004 CEARÁ DDD Fortaleza - Capital (41) 3512-8888 ESPÍRITO SANTO DDD Vitória - Capital (27) 3417-0397 DISTRITO FEDERAL DDD

Brazilândia, Paranoá, Planaltina, Taguatinga, Gama, Sobradinho, Ceilândia, Guará, Núcleo Bandeirante, Samambaia, Cruzeiro, Santa Maria, Recanto das Emas, Riacho Fundo, São Sebastião, Cidade Ocidental, Lusiânia, Novo Gama, Valparaiso de Goiás, Parque Estrela D’água, Jardim do Ingá, Céu Azul, Cedro, Cruzeiro, Jardim Planalto, Jóquei Club, Lado Azul, Pacaembu, Parque Alvorada I, Pedregal I, Pedregal II, Povoado Mesquita, Cidade Osfaya, Maniratuba, Parque Sol Nascente, Distrito Industrial de Luziani, Estância D’ Oeste, Três Vendas, Expansão do Novo Gama, Parque Ipê, Parque Santa Rita de Cássia, Americanos, Mandiocal, Mato Grande, Gamelas, Capelinha, Ribeirão das Taipas, Gamelas de Baixo, Vila Zeina, América do Sul, Jardim Bandeirantes, Bairro Grande Vale, Bairro Residencial Alvorada, Bairro Núcleo Residencial Brás, Bairro Vale das Andorinhas e Bairro Jardim Edite.

(61) 3717-0500

GOIÁS DDD

Aragoiania, Goianira, Senador Ganedo, Trindade, Aparecida de Goiânia, Abadia de Goias, Oloana, Santa Maria, Santa Amalia, Ribeirão do Meio, Vila Rica, Cedro, Serra Abaixo e Aragonia.

(62) 3717-0500 MATO GROSSO DDD

Cuiabá - Capital (65) 3717-0500 MATO GROSSO DO SUL DDD

Campo Grande - Capital (67) 3717-0019 MINAS GERAIS DDD

Belo Horizonte - Capital (31) 3231-0002

(31) 3515-2330

Betim - Contagem - Ibirite - Nova Lima - Ribeirão Das Neves - Sabara - Sete Lagoas - Santa Luzia - Vespasiano (31) 3515-2330 Juiz de Fora (32) 3512-9010 Governador Valadares (33) 3717-0002 (33) 3508-1088 Uberlândia (34) 3717-0002

Araguari - Arapora - Araxa - Campina Verde - Campo Florido - Canapolis - Capinopolis - Carmo Do Paranaiba - Carneirinho - Centralina - Conceicao Das Alagoas - Frutal - Itapagipe - Ituiutaba - Iturama - Lagoa Grande - Lagoa Formosa - Limeira Do Oeste - Nova Ponte - Patos De Minas - Patrocinio - Planura - Prata - Presidente Olegario - Rio Paranaiba - Santa Juliana - Santa Vitoria - Sao Francisco De Sales - Tupaciguara - Uberaba - Uberlandia - Uniao De Minas - Usina Mascarenhas De Moraes - Vazante - Zelandi

(34) 3221-8820

Areado - Ibiraci - Monte Santo de Minas (35) 3591-9191

Ibiraci (35) 3544-9060

Araujos - Campos Altos - Corrego Danta - Divinopolis -Iguatama- Luz - Nova Serrana - Papagaios - Para de Minas - Pitangui

(37) 3232-9696 PARÁ DDD Belém - Capital (41) 3512-8888 PARANÁ DDD Curitiba - Capital (41) 3941-8888 (41) 3512-8888

Almirante Tamandare - Araucária - Campo Largo - Campo Magro - Colombo - Curitiba - Fazenda Rio Grande - Pinhais - Piraquara - São José Dos Pinhais (41) 3512-8888 Paranaguá (41) 3717-0002 Londrina (43) 3717-0002 Maringá (44) 3717-0003 (44) 3112-8333 Cascavel (45) 3112-7272 (21) 3512-0988

Belford Roxo Duque de Caxias Mage Mesquita -Nilópolis - Niterói - Nova Iguaçu - Queimados - São Gonçalo - São João de Meriti - Seropedica

(21) 3512-0988

Macaé - Nova Friburgo (22) 3518-8020 RIO GRANDE DO SUL DDD

Porto Alegre (51) 3251-0016 Osório (51) 3048-0003 Três Coroas (51) 3157-0006 Rio Grande (53) 3717-1908 Bento Gonçalves (54) 3417-0002 Canela (54) 3031-0002 Carlos Barbosa (54) 3037-0002 Caxias (54) 3054-0003 Flores da Cunha (54) 3032-1112 Farroupilha (54) 3042-2014 Gramado (54) 3038-0002 Nova Petrópolis (54) 3033-0002 Nova Prata (54) 3717-0005 Passo Fundo (54) 3117-0796 São Marcos (54) 3034-0002 Veranópolis (54) 3017-0002 RONDÔNIA DDD

Porto Velho - Capital (62) 3717-0500 SANTA CATARINA DDD

Florianópolis (48) 3717-0002

Blumenau (47) 3717-0002

Joinvile (47) 3001-0002

SÃO PAULO DDD

São Paulo - Capital (11) 3013-0002

(11) 3014-0388

Barueri - Biritiba-Mirim - Caieras - Cajamar - Carapicuiba - Cotia - Diadema - Embu - Embu-Guaçu - Ferraz de Vasconcelos - Francisco Morato - Franco da Rocha - Guararema - Guarulhos - Itapecerica da Serra - Itapevi - Itaquaquecetuba - Jandira - Juquitiba - Mairipora - Maua - Moji Das Cruzes - Osasco - Pirapora do Bom Jesus - Poa - Ribeirão Pires - Rio Grande da Serra - Salesópolis - Santa Izabel - Santana De Parnaiba - Santo Andre - São Bernardo do Campo - São Caetano do Sul - São Lorenço Da Serra - Suzano - Taboão da Serra - Vargem Grande Paulista

(11) 3014-0388

Atibaia (11) 3517-0602

Jundiaí (11) 3317-0002

Jundiaí - Itupeva - Campo Limpo Paulista - Varzéa

Paulista (11) 3109-9050

Itu (11) 3417-0002

São José Dos Campos

(12) 3212-0002 (12) 3717-0091 (12) 3512-8080

São José Dos Campos - Jacareí - Roseira (12) 3512-8080

Pindamonhangaba (12) 3317-0206

Santos (13) 3113-0002

(13) 3513-9095

Cubatão - Guarujá - Itanhaem - Mongagua - Peruíbe

- Praia Grande - Santos - São Vicente (13) 3513-9095

Bauru (14) 3717-0206 Marília (14) 3917-0002 Sorocaba (15) 3115-0002 Tieté (15) 3615-0003 Araraquara (16) 3117-1897 Franca (16) 3517-0206 Ribeirão Preto (16) 3717-0898 (16) 3512-9889

Aramina - Batatais - Brodosqui - Buritizal - Cravinhos - Franca - Guara - Guatapara - Pua - Ituverava - Jaboticabal - Jardinópolis - Morro Agudo - Sales Moreira - São Carlos - São Joaquim da Barra - São Simão - Sertãozinho

(16) 3512-9889

São José do Rio Preto - Catanduva - Colombia - Guaíra (17) 3512-0030

São José do Rio Preto (17) 2932-0207

Araçatuba (18) 3317-1897

Presidente Prudente (18) 3517-0209

Campinas (19) 3119-0002

Indaiatuba (19) 3317-0002

Araras (19) 3117-0508

Americana - Campinas - Hortolândia - Limeira - Nova Odessa - Paulinia - Indaiatuba - Santa Bárbara D'Oeste - Sumare - Valinhos - Vinhedo

(19) 3112-0090

Piracicaba (19) 3917-0002

Vinhedo (19) 3119-0006

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