SETOR SIDERÚRGICO
Gustavo Dimas de Melo Pimenta Lisa Orsi Beihy PachecoI. DEFINIÇÃO DO MERCADO
O setor siderúrgico no Brasil começou a ganhar destaque e expandir no governo de Getúlio Vargas na década de 40 com a criação da CSN. Até o começo da década de 90 a siderurgia no Brasil era dominada por empresas estatais (70% da produção nacional) que tinham monopólio sobre os produtos planos.
Em 1991, começou o processo de privatização das siderúrgicas. Dois anos depois, oito empresas estatais, com capacidade para produzir 19,5 milhões de toneladas, tinham sido privatizadas.
Hoje em dia o parque siderúrgico brasileiro é composto por 29 usinas administradas por 11 grupos empresariais, dentre eles os mais importantes e os que serão analisados nesse trabalho são: FESA, CSN, USIMINAS e GERDAU.
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO:
PRINCIPAIS PRODUTOS
Podemos dividir os diferentes tipos de produtos da siderurgia em duas categorias:
§ Aços Carbonos:
Contêm baixo teor de liga e tem como aplicações chapas automobilísticas,
perfis estruturais, placas para produção de tubos, construção civil, pontes e latas de folhas de flandres.
§ Aços Ligados/Especiais:
Que podem ser divididos em dois grupos: os aços para construções mecânicas que são aços ao carbono com baixa liga e são usados para forjaria, rolamentos, molas, eixos, peças usinadas e os aços ferramentas que apresentam alto carbono ou alta liga e grande resistência a altas e baixas temperaturas, muito usado para
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO:
TECNOLOGIA
O aço é produzido basicamente por
três elementos: minério de ferro, cal e carvão. Ela pode ser dividida em quatro processos (em alguns casos cinco):
1. Preparação da carga
2. Redução
3. Refino
1. Preparação de carga: Nesse processo aglomera-se o minério de ferro
utilizando cal e o carvão, que é transformado em coque.
2. Redução: Nesta etapa, as matérias primas são levadas ao alto forno onde
atingem a temperatura de 1.000 graus centígrados; o coque em contato com o oxigênio dá início ao processo de redução do minério de ferro em um metal líquido: o ferro-gusa.
3. Refino: Nesse processo é usado aciarias (equipamento específico) de
oxigênio ou elétricas para transformar o ferro-gusa em aço líquido. É nessa etapa que a maior parte do carbono é retirada junto com as impurezas e o aço líquido é solidificado em equipamentos de lingotamento.
4. Laminação: Nesse estágio, os blocos, lingotes e semi-acabados são
transformados em diferentes produtos, que dependem do seu uso final.
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO:
TECNOLOGIA
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO:
TAMANHO DO MERCADO
A lógica da indústria siderúrgica é a da
produção para atendimento ao mercado interno, com o excedente voltado às exportações.
A siderurgia representou 0,55 do PIB em
2013. No Brasil, o parque produtor está dividido em 10 estados da federação, no entanto é o Sudeste do país que domina a produção. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo representavam 94% de toda a produção de aço do Brasil, além de apresentar a maior concentração de empresas do mercado.
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO:
CONTEXTO INTERNACIONAL
Fonte: PWC e World Steel.
Segundo dados da World Steel, em 2015, o Brasil teve uma produção bruta de 33
milhões de toneladas, enquanto a China produziu 800 milhões de toneladas. Turquia e Alemanha foram os países que tiveram os números mais próximos do Brasil no ano de 2015.
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO: CONTEXTO
INTERNACIONAL
Fonte: Gerdau. O m e r c a d o p r e v ê u m a desaceleração da economia mundial para 2015 e 2016. Essa desaceleração deve impactar a demanda por aço. No entanto é previsto que a produção, principalmente chinesa, não deve ser afetada, aumentando ainda mais o excesso de oferta no mercado.I. DEFINIÇÃO DO MERCADO: CONTEXTO
INTERNACIONAL
Fonte: Metal Bulletin.
Desde 2010 os preços dos diversos tipos de ferro têm reduzido sistematicamente, no gráfico ao lado vemos essa queda para o 62%Fe, tipo de ferro mais usado na produção de aço. Essa queda no preço de um dos principais insumos do setor pode explicar parte do aumento da produção.
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO: CONTEXTO
INTERNACIONAL
Fonte: World Steel.
A produção de aço mundial passou de 1.064 milhões de toneladas em 2004 para 1.665 milhões em 2014. A China quase dobrou a participação na produção nesse mesmo período.
No entanto, o mais relevante é notar que a demanda por aço não acompanha a produção mundial. Este quadro que deve piorar nos próximos anos.
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO: CONTEXTO
INTERNACIONAL
Fonte: Gerdau.
Por conta do preço do minério de ferro, o governo chinês não quer fechar as minas e as fábricas de aço. Logo, há um excesso de produção nos últimos meses, que estima-se que continuará nos próximos com a desaceleração do crescimento do país. É o chamado movimento de produção "fake", que prejudicará os produtores/exportadores brasileiros, que passam a perder mercado para esse excesso de produção chinesa.
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO:
CONTEXTO INTERNACIONAL
Fonte: PWC e World Steel.
O Brasil é absoluto em termos de
produção na América Latina, onde seu maior concorrente é o México que produziu um pouco mais da metade da produção brasileira. Já em relação ao contexto mundial a China é de longe a maior produtora (produção equivalente a 46,3% do aço consumido no mundo).
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO:
ESPECIFICAÇÕES DO SETOR
Não costuma haver sazonalidade no setor siderúrgico pois os altos fornos trabalham ininterruptamente.
É consenso que a siderurgia e o seu processo produtivo são favorecidos por economias de escala, estudos mostram que um aumento de um alto forno de 1000 m3 para 4000m3 resulta num acréscimo na produtividade de 16%. Isso fica claro também se analisarmos a grande concentração no mercado, indicativo de um setor
I. DEFINIÇÃO DO MERCADO:
ESPECIFICAÇÕES DO SETOR
O setor siderúrgico tem como
principais mercados consumidores:
§ Construção Civil;
§ Automotivo;
§ Bens de capital e Máquinas e
Equipamentos (incluindo agrícolas);
§ Utilidades Domésticas e Comerciais.
Participação dos setores consumidores:
(2014)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 1985 1990 1995 2000 2006 2009 2010 2011 2015
II. ESTRUTURA:
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO NÚMERO DE
EMPRESAS
Fonte: IBGE.
Processo de privatização das empresas siderúrgicas
estatais e enventuais processos de M&A. Na década de 2000 houve com maior intensidade a entrada de empresas internacionais.
II. ESTRUTURA:
EVOLUÇÃO DOS PREÇOS E PRODUÇÃO
80 85 90 95 100 105 110 115 120
jan/10 jul/11 jan/13 jul/14 jan/16
IPP 50 60 70 80 90 100 110 120 130
fev/02 fev/04 fev/06 fev/08 fev/10 fev/12 fev/14 fev/16
PIM PF
Fonte: IBGE.
Índice de preços de
produtos metalúrgicos Produção física industrial: siderugia
II. ESTRUTURA:
EVOLUÇÃO DOS PREÇOS
Fonte: BNDES.
É comum as empresas siderúrgicas praticarem o chamado dual pricing, compensando, com preços mais elevados no mercado doméstico, as exportações a preços suficientemente baixos. A prática de dual pricing é usual na indústria siderúrgica mundial, mesmo em situações normais de mercado, tornando-se mais evidente quando o excesso de ociosidade é considerável, como no momento.
II. ESTRUTURA:
EVOLUÇÃO DA DEMANDA DO SETOR
Fonte: IABR.
Vendas de produtos siderúrgicos
Mil toneladas Queda da importância do
consumo interno e aumento da participação das exportações nas vendas do
setor brasileiro: A economia brasileira passa, há algum tempo, por
um processo de
desaceleração, enquanto o resto do mundo passou por
uma certa fase de crescimento, marcado pela
II. ESTRUTURA:
EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DO
SETOR
Fonte: MDIC. - 500 1.000 1.500 2.000 2.500mai/97 mai/98 mai/99 mai/00 mai/01 mai/02 mai/03 mai/04 mai/05 mai/06 mai/07 mai/08 mai/09 mai/10 mai/11 mai/12 mai/13 mai/14 mai/15 mai/16
Exportações
II. ESTRUTURA:
EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DO
SETOR
Fonte: MDIC. 2% 4% 6% 8% 10%Participação nas exportações brasileiras
A participação do setor nas exportações tem se reduzido cada vez mais, representando cerca de 4 a
II. ESTRUTURA:
VANTAGENS DA SIDERURGIA
BRASILEIRA
Fonte: BNDES.
Entre as vantagens comparativas que a indústria brasileira apresenta no
mercado mundial, podemos destacar:
§
a qualidade, a disponibilidade e o diferencial de preço de minério de
ferro, devido, principalmente, ao frete;
§
a eficiência energética dos processos produtivos alinhada com os
principais produtores mundiais;
§
a internacionalização de alguns grupos siderúrgicos nacionais;
§
a capacidade instalada suficiente para atender o mercado interno,
com excedente para exportação.
II. ESTRUTURA:
DESVANTAGENS DA SIDERURGIA
BRASILEIRA
Fonte: BNDES.
Entre as desvantagens que a indústria brasileira apresenta – que, no
final, são as que possibilitam a entrada de produtos siderúrgicos no país
capazes de competir com o produto nacional – podemos destacar:
§
a política tributária inibidora da agregação de valor;
§os gargalos pontuais na infraestrutura logística;
§
a dependência de importação de tecnologias;
II. ESTRUTURA:
EVOLUÇÃO DA DEMANDA DO SETOR
Fonte: IABR.
Capacidade de produção & Demanda mundial de aço
A perspectiva para o futuro do mercado internacional se baseia em uma nova fase de
desaceleração da economia mundial: a demanda por aço bruto deve se manter nos próximos anos, havendo uma perspectiva de
baixa queda, enquanto o aumento de capacidade instalada deve levar a uma alta significativa de excesso de capacidade – como
aquela que, como comentado anteriormente, já estamos observando na China.
II. ESTRUTURA:
EVOLUÇÃO DO SALDO DE
CONTRATAÇÕES
Fonte: CAGED. -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000jan/07 jul/08 jan/10 jul/11 jan/13 jul/14 jan/16
A recessão da economia brasileira nos últimos
meses teve o mesmo impacto no setor que a
crise de 2008, evidenciando o impacto
sobre o setor do desempenho da economia do país.
II. ESTRUTURA:
GRAU DE CONCENTRAÇÃO
Principais produtores de aço no Brasil:
(2012) Em relação à composição do parque produtor de aço no Brasil, atualmente são:
29 usinas, 13 delas integradas e 15 semi-integradas. Em 2012, elas detinham capacidade instalada para fabricar em torno de 48,4 milhões de toneladas/aço ao ano. Estas usinas são administradas por 10 grupos empresariais: Gerdau; Usiminas; Arcelor Mittal Tubarão; CSN; ArcelorMittal Aços Longos; Votorantim; ArcelorMittal Inox; V&M do Brasil; Sinobrás.
Grupo produtor de aço bruto Participação na produção 1° ArcelorMittal 25,4% 2° Gerdau 24,9% 3° Usiminas 19% 4° CSN 13,9% 5° Thyssenkrupp CSA 8,9% 6° Votorantim 3,1%
7° Aperam South America 2,1% 8° V&M do Brasil 1,5%
9° Sinobrás 0,7%
10° Villares Metals 0,4%
II. ESTRUTURA:
GRAU DE CONCENTRAÇÃO
As indústrias siderúrgicas são pouco concentradas em nível mundial. No caso da América Latina as projeções são de que a consolidação chegue a três grandes grupos na América Latina.
No Brasil, a medida CR4, que mede a fatia de mercado das quatro maiores produtoras de aço, é de 83,2% - o que pode indicar um certo nível de concentração, em parte resquício do controle governamental no início da indústria no País.
Fonte: IAB e CNI.
O Índice Herfindahl-Hirschman d e c o n c o r r ê n c i a , q u a n d o c a l c u l a d o p a r a o s e t o r siderúgico no Brasil, é de 1919,35. De acordo com a classificação da FTC nos Estados Unidos, isto indicaria um setor de considerável concentração.
HHI 1919.347
Na indústria siderúrgica há algumas barreiras que são consideradas fracas ou
moderadas, como: barreiras econômicas, do tipo vantagem absoluta de custo e requerimento inicial de capital, e as barreiras estratégicas do tipo preços predatórias são fracas; as barreiras institucionais e as estruturais - diversificação e diferenciação – são moderadas. No caso das barreiras institucionais têm-se, para regularizar a atuação das empresas no setor, as seguintes exigências: as formais que compreendem principalmente as leis ambientais e as patentes; e as informais que são as certificações de conformidade e qualidade de produto. Quanto às barreiras do tipo diferenciação de produto, verifica-se que, no caso da indústria siderúrgica brasileira, ela ocorre para todos os tipos de produtos, a partir dos atributos: qualidade; tamanho e espessura; design e marca; atendimento individualizado (projetos); entre outros.
II. ESTRUTURA:
As barreiras que podem ser consideradas fortes são as barreiras econômicas do tipo:
economia de escala, capacidade excedente e custos irrecuperáveis.
§ Economia de escala exige que as entrantes produzam com escalas semelhantes à de empresas
estabelecidas. Essas têm vantagens no processo produtivo, uma vez que já estão produzindo em maior quantidade, favorecendo a diluição dos custos fixos. Algumas empresas ingressaram no mercado nacional com capacidade inferior a escala considerada ótima, o que não implica que estas operam com prejuízo, mas com menor lucratividade.
§ A capacidade excedente é decorrente de variáveis como: alta escala de produção; ciclos econômicos;
taxa de crescimento da demanda; surgimento de novos países e empresas produtoras. A ociosidade das empresas estabelecidas pode ser considerada uma vantagem frente às possíveis entrantes, pois estas não conseguem dimensionar efetivamente a capacidade excedente após o seu ingresso. Todas as empresas nacionais do setor atuam com capacidade ociosa, oscilando de 85,6% até 16%.
§ Os custos irrecuperáveis que estão associados ao investimento em P&D, ao capital humano e,
principalmente, à planta produtiva (requer altos investimentos em capital fixo) são barreiras à saída consideráveis e, portanto, barreiras à entrada fortes.
II. ESTRUTURA:
II. ESTRUTURA:
II. ESTRUTURA:
ESTRUTURA DE
CUSTOS
Fonte: IBGE. 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Gastos de pessoal Consumo de matérias-primas, materiais auxiliares e componentes Custo das mercadorias adquiridas para revendaCompras de energia elétrica e consumo de combustíveis
Consumo de peças, acessórios e pequenas ferramentas
Serviços industriais prestados por terceiros e de manutenção
Aluguéis e arrendamentos Despesas com arrendamento mercantil
Impostos e taxas Depreciação
Demais custos e despesas operacionais
Despesas não-operacionais
A estrutura de custos do setor siderúrgico é extremamente dependente de três fatores
específicos: mão de obra; consumo de matérias-primas, materiais
auxiliares e componentes; e depreciação.
Esta estrutura indica claramente a dependência da mão de obra qualificada para o setor e de máquinas e capital.
III. CONDUTA:
INVESTIMENTO EM P&D
Do ponto de vista do processo produtivo, a indústria siderúrgica é
bastante madura, e não existe, num horizonte próximo, grandes mudanças que revolucionem o modo de produzir aço. Por outro lado, a inovação de produtos tem sido o foco dos investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Os maiores desafios tecnológicos do setor são: promoção de eficiência energética; redução de resíduos e emissões; e flexibilização dos insumos de produção.
No período de 2003 a 2008, o setor investiu apenas 0,22% ao ano
das suas receitas líquidas de vendas em P&D. Do total de investimentos do setor, a proporção direcionada para P&D se reduziu de 16% em 2001-2003 para 9,4% em 2006-2008.
O setor siderúrgico vem passando por contínuos processos de fusões e aquisições,
visando lucratividades maiores e queda dos custos de produção. Ao realizar este processo, as indústrias siderúrgicas adquirem uma série de fatores (capacidade instalada, carteira de clientes e fornecedores, tecnologia, mão de obra
qualificada, conhecimento, entre outros) que lhe dão maior capacidade de negociação e, assim, competitividade dentro do mercado.
Outro ponto favorável decorrente das F&As, atrelado à característica produtiva
desta indústria, é a obtenção de significativos ganhos de escala. O processo de F&A aumenta ou fortalece o poder de monopólio das empresas do setor,
especificamente, se estas fusões forem horizontais. Este tipo de F&A diminui as empresas existentes no mercado, afetando a concorrência. Além disso, esta redução da concorrência pode gerar um comportamento de coordenação das empresas restantes, especialmente direcionadas a preços e quantidades.
III. CONDUTA:
III. CONDUTA:
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE: RESUMO
OPERACIONAL (2015)
Gerdau S.A. Companhia Siderúrgica
Nacional
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.
Companhia de Ferro Ligas da Bahia - FERBASA Receita Líquida 43,581 15,332 10,186 936 Lucro Bruto 4,291 3,533 173 337 Margem Bruta 10% 23% 2% 36% EBITDA 4,293 2,685 549 258 EBITDA Margin 10% 18% 5% 28% Desesa Financeira (1,472) (2,915) (260) (1) Lucro Líquido (4,551) 1,258 (3,236) 173 Dívida Bruta 26,462 34,309 8,456 18 Caixa 5,648 7,861 800 41 Dívida Líquida 20,814 26,448 7,656 (23)
Dívida Líquida / EBITDA 4.8x 9.9x 13.9x -0.1x
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Th ou sa nd sFonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
Siderurgia 68% Mineraçã o 20% Outros 12% Origem Siderurgia (2014-2015) Mercado Interno -21% (Participação: 75% para 60%) Mercado Externo +56% (Participação: 25% para 40%) Mineração (2014-2015) Mercado Interno -(Participação: Menor que 1%)
Mercado Externo -20% (Participação: Quase 100%) Variação de Vendas (toneladas) -15% +12%
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
Apesar da diminuição nos preços do minério de ferro em 2015, a rentabilidade do segmento de mineração conseguiu se manter. A margem EBITDA obtida pelo minério subiu de 34,8% em 2014 para 36,7% em 2015. Na siderurgia, porém, o aumento das exportações e a queda nos preços internacionais reduziram os ganhos desta área. A margem EBITDA
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
Siderurgia 90% Outros 10% Origem Siderurgia (2014-2015) Mercado Interno -24% (Participação: 85% para 79%) Mercado Externo +30% (Participação: 15% para 21%) Variação de Vendas (toneladas) -21% +36%Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
Siderurgia 100% Origem Siderurgia (2014-2015) Mercado Interno +5% (Participação: 80% para 75%) Mercado Externo +50% (Participação: 20% para 25%) Variação de Vendas (toneladas) -15% +12%Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
• A Ferbasa é uma produtora de ligas de ferro cromo e silício, que são usadas na composição de aços inoxidáveis e especiais. Apesar da crise que passa a siderurgia brasileira e mundial, a empresa conseguiu manter-se lucra@va, sendo ajudada pelo aumento das exportações e a desvalorização do real. No entanto, nos úl@mos meses, com a queda nos preços do ferro cromo e a uma valorização da moeda nacional, a empresa esta sofrendo um decréscimo de rentabilidade. • Em 2016, a Ferbasa deve reduzir o ritmo das exportações, mas os preços do ferro cromo estão 10,9% menores que no trimestre anterior, reduzindo ainda mais as margens. No caso do ferro silício, os preços médios @veram alta de 10%. Neste trimestre, a empresa sofre também os efeitos nega@vos da valorização do realFonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
ON Brasil (Operação de Negócio Brasil) – inclui as operações no Brasil (exceto aços especiais), a operação
de carvão metalúrgico e coque na Colômbia e a operação de minério de ferro no Brasil;
ON América do Norte (Operação de Negócio América do Norte) – inclui todas as operações na América do
Norte (Canadá, Estados Unidos e México), exceto aços especiais;
ON América do Sul (Operação de Negócio América do Sul) – inclui todas as operações na América do Sul
(Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela), exceto as operações do Brasil, a operação de carvão metalúrgico e de coque na Colômbia e a operação de minério de ferro no Brasil;
ON Aços Especiais (Operação de Negócio Aços Especiais) – inclui as operações de aços especiais no Brasil,
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RECEITAS
Siderurgia 100% Origem Siderurgia (2014-2015) Mercado Interno -23% (Participação: 86% para 75%) Mercado Externo +30% (Participação: 14% para 25%)Operação de Negócio Brasil
Variação de Vendas (toneladas)
-22%
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
CUSTOS
Ano Custos
FESA USIM GGBR CSNA 2010 479 10.432 25.873 7.687 2011 507 10.608 30.298 9.801 2012 553 12.230 33.234 12.072 2013 638 11.354 34.728 12.423 2014 645 10.705 37.406 11.592 2015 582 10.013 39.291 11.800 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Th ou sa nd s
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
LUCRO BRUTO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Th ou sa nd sFonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
MARGEM BRUTA
Ano Margem Bruta
FESA USIM GGBR CSNA
2010 29% 20% 18% 47% 2011 21% 11% 14% 41% 2012 22% 4% 12% 29% 2013 20% 12% 13% 28% 2014 22% 9% 12% 28% 2015 38% 2% 10% 23% A Ferbasa é uma produtora de ligas de ferro cromo e silício, que são usadas na composição de aços inoxidáveis e especiais. Apesar da crise que passa a siderurgia brasileira e mundial, a empresa conseguiu manter-se lucra@va, sendo ajudada pelo aumento das exportações e a desvalorização do real. Dado a especialização da Ferbasa na produção de Ferrocromo, há uma maior eficiência de custos em sua operação.
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
DESPESAS
Ano Despesas
FESA USIM GGBR CSNA
2010 68 570 1.875 3.531 2011 73 601 2.230 1.924 2012 84 789 2.399 8.364 2013 86 775 2.380 3.698 2014 109 330 2.241 3.763 2015 139 3.802 7.506 -508 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Th ou sa nd s
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
Volume de dívida crescente para a maioria dos players do setor, acompanhado de um maior índice de alavancagem.
IV. PERFORMANCE:
DÍVIDA
0 5 10 15 20 25 30 35 40 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Th ou sa nd sFonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
RESUTADO FINANCEIRO
Ano Resultado Financeiro
FESA USIM GGBR CSNA
2010 36 13 -685 -1.911 2011 47 -50 -528 -2.006 2012 28 -491 -789 -1.992 2013 17 -895 -1.302 -2.512 2014 29 -523 -1.561 -3.081 2015 -24 -1.246 -2.879 -3.373 -4 -4 -3 -3 -2 -2 -1 -1 0 1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Th ou sa nd s
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
Volume de dívida crescente para a maioria dos players do setor, acompanhado de um maior índice de alavancagem.
IV. PERFORMANCE:
ALAVANCAGEM
-40 -30 -20 -10 0 10 20 2010 2011 2012 2013 2014 2015 FESA USIM GGBR CSNA-
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
LUCRO LÍQUIDO
-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Th ou sa nd sFonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
MARGEM LÍQUIDA
-40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 2010 2011 2012 2013 2014 2015Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
A maioria dos players do setor possuem crescente potencial de caixa até 2014, contudo suas operações vieram perdendo eficiência em 2015.
IV. PERFORMANCE:
EBITDA
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Th ou sa nd sFonte: BNDES,Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
MARGEM EBITDA
A maioria dos players do setor possuem crescente potencial de caixa até 2014, contudo suas operações vieram perdendo eficiência em 2015.
-30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 2010 2011 2012 2013 2014 2015
FESA USIM GGBR CSNA
A margem EBITDA crítica do setor é considerada 10%.
Fonte: BNDES,Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
MARGEM EBITDA
-30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 2010 2011 2012 2013 2014 2015FESA USIM GGBR CSNA
A margem EBITDA crítica do setor é considerada 10%.
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
Considerável perda do poder de barganha da Gerdau S/A e relativa estabilidade dos demais players do setor.
IV. PERFORMANCE:
PODER DE BARGANHA
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 FESA USIM GGBR CSNAFonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
LOGÍSTICA
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 2010 2011 2012 2013 2014 2015FESA USIM GGBR CSNA
Fonte: Planilhas da Relação com Investidores das Companhias e análises do grupo.
IV. PERFORMANCE:
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO
EM GIRO
Ano Giro / Receita Bruta
FESA USIM GGBR CSNA
2010 3% 4% 27% 29% 2011 3% 4% 25% 25% 2012 4% 2% 26% 20% 2013 4% 2% 24% 26% 2014 4% 3% 24% 26% 2015 4% 3% 23% 30%
23,0 85,6 37,8 17,6 Fonte: Economática. Seguindo a expectativa evidenciada pelos indicadores financeiros, as ações apresentaram
retornos negativos nos
últimos 5 anos com máxima de queda nas ações da
Usiminas (82,4%) e mínima nas ações da FERBASA
(14,4%).
IV. PERFORMANCE:
COTAÇÕES E RENTABILIDADES
Queda do IBOV: 27% 0 20 40 60 80 100 120 140 D ez-09 Mar -1 0 Ju n-10 Se t-10 D ez-10 Mar -1 1 Ju n-11 Se t-11 D ez-11 Mar -1 2 Ju n-12 Se t-12 D ez-12 Mar -1 3 Ju n-13 Se t-13 D ez-13 Mar -1 4 Ju n-14 Se t-14 D ez-14 Mar -1 5 Ju n-15 Se t-15 D ez-15 Mar -1 6 Performance das Ações (Pontos Base 100)FESA4 GGBR3 CSNA3 USIM3 IBOV
V. REGULAÇÃO DO MERCADO
Os sindicatos no setor sempre foram historicamente fortes e foram protagonistas da greve de 1988 na sede da CSN em Volta Redonda, conhecida também como o Massacre de Volta Redonda, que culminou na morte de três operários e inúmeros feridos. No entanto, com a privatização do setor no início da década de 90, o movimento sindical do setor perdeu força, mas continua articulando greves e exigindo melhores condições de trabalho nas principais empresas de siderurgia
O Estado detinha uma enorme participação e controle no mercado de siderurgia até o início de década de 90 quando foram realizadas as privatizações no setor. Atualmente não existe nenhuma agência reguladora responsável pelo setor.
As maneiras pelas quais o Estado interfere no mercado siderúrgico é através
das leis de patentes e ambientais.
As empresas siderúrgicas estabelecidas (exceto a CSN) estão vinculadas a um
órgão de representação, o Instituto Aço Brasil (IAB), que tem como uma de suas funções realizar pesquisas e eventos, organizar o setor, defender interesses, bem como contribuir para a criação de normas que poderão ser tratadas como barreiras informais às entrantes.
O IAB prevê que as normas de gestão ambiental sejam cada vez mais
restritivas, levando em consideração que o órgão atua ao lado do governo e tem forte influência no que diz respeito aos marcos regulatórios.
V. REGULAÇÃO DO MERCADO:
REGULAÇÃO GOVERNAMENTAL
VI. TENDÊNCIAS
§ A produção brasileira de aço bruto deve fechar o ano 1% menor do que em 2015, totalizando 32,9
milhões de toneladas, segundo previsão do Instituto Aço Brasil.
§ As vendas internas de produtos siderúrgicos tem previsão de queda de 4,1%, chegando a 17,4 milhões
de toneladas.
§ O consumo aparente de aço no País deve ser de 19,4 milhões de toneladas, o que representa redução
de 8,8% na comparação com o ano passado.
§ No plano conjuntural, o cenário político-econômico nacional foi determinante para que os grandes setores
consumidores de aço: automotivo, construção civil e de máquinas e equipamentos registrassem quedas sucessivas em seus resultados, encolhendo substancialmente o mercado interno de aço.
§ No plano estrutural, a manutenção das assimetrias competitivas evidencia ainda mais as dificuldades que
a indústria nacional tem historicamente de concorrer com o importado.
VII. BIBLIOGRAFIA
IBGE (Contas Nacionais, PIM-PF)
CARVALHO, Pedro S. L. de; MESQUITA, Pedro P. D. Panorama setorial 2015-2018: Siderúrgico.
In: BNDES (Ed). Perspectivas do investimento 2015-2018 e panoramas setoriais. Biblioteca digital:
BNDES, 2014. 165-174.
AZENHA, Amanda F. Barreiras à entrada no setor siderúrgico basileiro no período de 1993 a
2012. 2013. 127. Tese – Universidade Estadual Paulista. Jaboticabal.
PWC. Siderurgia no Brasil. Disponível em:
https://www.pwc.com.br/pt/publicacoes/setores-atividade/assets/siderurgia-metalurgia/metal-siderurgia-br-13a.pdf. Data de acesso: 20/06/2016.
Instituto Aço Brasil. Aço e economia. Disponível em:
http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/biblioteca/Folder_Economia_AcoBrasil_2016.pdf.