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CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS - SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE PLATAFORMAS SUSPENSAS E DE ELEVAÇÃO DE TRABALHADORES

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CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS -

SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE

PLATAFORMAS SUSPENSAS E DE

ELEVAÇÃO DE TRABALHADORES

Data de emissão Junho 2006 Data de revisão

Autor GT Máquinas e Equipamentos de Trabalho Acesso Público

(2)

Índice

INTRODUÇÃO ...3

1

PRINCIPAIS TIPOS DE EQUIPAMENTOS ...4

2

ENQUADRAMENTO LEGAL ...4

2.1 EQUIPAMENTOS CONCEBIDOS PARA A ELEVAÇÃO DE PESSOAS...4

2.2 EQUIPAMENTOS USADOS NA ELEVAÇÃO DE PESSOAS A TÍTULO EXCEPCIONAL...5

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Introdução

Durante os trabalhos de construção e reparação de edifícios, assim como em obras de engenharia civil, surge frequentemente a necessidade de utilização de equipamentos de trabalho para a realização de trabalhos em altura e para a elevação de trabalhadores. O enquadramento legal da utilização destes equipamentos, foi inicialmente estabelecido pelo regulamento de segurança no trabalho da construção civil, aprovado pelos Decreto-Lei n.º 41820 e Decreto n.º 41821, ambos de 11.08.1958. Entretanto a disciplina do Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25.02 (que substituiu o Decreto-Lei n.º 82/99, de 16.03) operou a transposição de Directivas Comunitárias sobre prescrições mínimas de segurança e saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho (Directiva n.º 89/655/CEE, Directiva n.º 95/63/CE e Directiva n.º 2001/45/CE). Nestas circunstâncias as disposições do regulamento de segurança no trabalho da construção referido, designadamente as relativas aos equipamentos de trabalho, não podem ser interpretadas de forma a contrariar a disciplina dos diplomas subsequentes, quer por força das regras de aplicação das leis no tempo, quer por força do efeito do primado do direito comunitário.

Torna-se por isso necessário proceder à conjugação destes diferentes regimes, tendo ainda em atenção a evolução tecnológica ocorrida na concepção destes equipamentos bem como a entretanto originada pela entrada em vigor da Directiva Máquinas (Directiva n.º 98/37/CE), transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º 320/2001, de 12.12.

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1

Principais tipos de equipamentos

Desde a publicação do Regulamento de Segurança na Construção Civil, em 1958 (Decreto n.º 41821), têm surgido no mercado diversos tipos de equipamentos destinados especificamente à elevação de trabalhadores, e cuja utilização não se encontra, nem podia encontrar-se, prevista no referido diploma.

Podemos distinguir 4 tipos de equipamento que são habitualmente mais usados: 1. Os equipamentos de elevação de pessoas (plataformas elevatórias);

2. Os carros automotores de alcance variável (por vezes também designados como multicarregadoras telescópicas ou empilhador multifunções) equipados com

plataformas integradas de elevação de pessoas e concebidas para essa

finalidade;

3. As plataformas suspensas em cabos, também designadas como bailéus, as quais têm sofrido uma evolução considerável ao nível das medidas de segurança integradas no equipamento, pelo que não correspondem actualmente ao que era habitual à data de publicação do referido diploma.

4. As gruas destinadas à elevação de cargas, utilizadas a título excepcional para a elevação de pessoas, e equipadas com cestos suspensos por meio de elementos de suspensão de comprimentos variáveis (correntes, cordas, etc.).

2

Enquadramento legal

2.1

Equipamentos concebidos para a elevação de pessoas

Os equipamentos referidos nos pontos 1, 2 e 3, se colocados no mercado e em serviço após 31.12.1996, data de entrada em vigor das “Exigências essenciais de segurança e

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deslocação de pessoas” da Directiva Máquinas (Directiva n.º 98/37/CE), são

considerados aparelhos de elevação de pessoas com risco de queda vertical superior a 3 metros, estando por isso incluídos no anexo IV da Directiva.

A avaliação de conformidade está dependente da intervenção de um organismo notificado, pelo que a declaração de conformidade deve referir o nome e endereço do

organismo notificado que participou no processo de certificação.

Os equipamentos aos quais não seja aplicável a Directiva Máquinas, devem satisfazer as disposições dos artigos 10º a 29º do Decreto-Lei n.º 50/2005 de 25.02.

No caso das plataformas suspensas em cabos (“bailéus”), não abrangidos pela Directiva Máquinas, deve observar-se o regime de autorização prévia previsto no artigo 27º do Decreto n.º 41821. Este regime deve ser ainda observado no caso da utilização de monta-cargas para a elevação de pessoas, previsto no artigo 134º do referido diploma, nos casos em que estes não cumpram a regulamentação em vigor (artigo 18º do Lei n.º 320/2002, de 28.12 e Lei n.º 513/70, de 30.10, alterado pelo Decreto-Regulamentar n.º 13/80, 16.05).

2.2 Equipamentos usados na elevação de pessoas a título

excepcional

Quando é necessário recorrer a equipamentos de elevação de cargas para a realização de trabalhos temporários em altura, deve atentar-se ao previsto no artigo 33º do Decreto-Lei n.º 50/2005 de 25 de Fevereiro.

O transporte de trabalhadores por meio de guindastes é proibido, conforme o

disposto no artigo 92º do Decreto n.º 41821.

Por vezes são utilizadas plataformas ou cestos montados em equipamentos de elevação de cargas. Esse tipo de plataformas, normalmente de proveniência diversa da do equipamento de elevação de cargas e sem comandos na plataforma que permitam ao operador controlar o seu movimento, é considerada como plataforma não integrada. O controlo é feito exclusivamente pelo condutor da máquina, a partir do posto de manobra do equipamento de elevação de cargas.

O recurso a este tipo de solução para o trabalho temporário em altura, é apenas admissível excepcionalmente em situações aonde outros meios de trabalho (por exemplo utilização de andaimes) sejam impraticáveis ou susceptíveis de ocasionar riscos superiores e/ou quando se tratar de situações pontuais, imprevistas e de curta duração.

Exemplos de situações que não podem ser consideradas pontuais são os trabalhos de produção, trabalhos previstos em plano de segurança e saúde, trabalhos periódicos de manutenção e de uma forma geral, todos os trabalhos previamente planeados.

Na utilização de plataformas não integradas devem observar-se as seguintes condições: 1. As mencionadas no n.º 3 do artigo 33º do Decreto-Lei n.º 50/2005 de 25 de Fevereiro: a. O posto de comando do equipamento deve ser ocupado em permanência; b. Os trabalhadores disponham de meios de comunicação e evacuação

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2. Outras medidas necessárias para garantir a segurança dos trabalhadores durante as operações de elevação:

a. Garantia de resistência mecânica do equipamento aos esforços a que será sujeito;

b. Garantia de estabilidade dos equipamentos tendo em conta a natureza do solo;

c. Medidas que minimizem os riscos de queda de materiais sobre os trabalhadores;

d. Medidas que impeçam o movimento do conjunto formado pela plataforma e equipamento de elevação, sempre que aí se encontrem trabalhadores; e. Os equipamentos devem obedecer às disposições do artigo 29º do

Decreto-Lei n.º50/2005 de 25 de Fevereiro e da norma europeia 14502-1 “Aparelhos de elevação de carga suspensa – Equipamentos para a elevação de pessoas – Parte 1: Cestos suspensos”, e sempre que possível, às condições previstas no número 6 do anexo I do Decreto-Lei n.º320/2001 de 12.12, em especial as relativas a:

i. Resistência mecânica;

ii. Excesso de velocidade da plataforma; iii. Risco de queda para fora da plataforma;

iv. Risco de queda da plataforma. Deve ser garantido que o controlo da descida não dependa apenas de um freio.

f. O condutor manobrador do equipamento de elevação deve estar especificamente habilitado para o efeito, nos termos do artigo 5º do Decreto-Lei n.º 50/2005 de 25 Fevereiro, e deve estar em condições de aceder ao Certificado de Aptidão Profissional, como definido na Portaria n.º58/2005 de 21.01;

g. Medidas de organização dos trabalhos, no que se refere a supervisão dos trabalhos e inspecção dos equipamentos de trabalho.

h. Existência de protecção individual, nomeadamente contra o risco de queda em altura, que minimize os riscos que não puderem ser eliminados ou minimizados por outras vias.

3.

Deve ainda existir plano específico para a execução dos trabalho, devidamente aprovado pelo dono de obra, nos termos do n.º 1 do artigo 12º do Decreto-Lei n.º 273/2003, 29.10, no qual constem as medidas de segurança a adoptar para a execução destes trabalhos.

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Referências Bibliográficas

European Commission DG III (1998), Useful facts in relation to the Machinery Directive

98/37/EC, Office for Official Publications of the European Communities, BRUSSELS.

European Commission DG III (1998), Community Legislation on Machinery – Comments

on Directive 98/37/EC, Office for Official Publications of the European Communities,

BRUSSELS.

Lupin, Henri e Desmoulins, Jean (2004), Fiche pratique sécurité : Les machines Neuves

« CE » ED 54, INRS, PARIS.

Health & Safety Commission (2002), Safe use of work equipment - Approved Code of

Practice and Guidance, HSE Books, Sudbury

Health and Safety Executive (2002), Thorough examination and inspection of particular

items of lifting equipment, HSE Books, Sudbury

République Française, Ministres du Travail et de l’Agriculture, Arrêté du 2 décembre 1998

fixant les conditions auxquelles doivent satisfaire les équipements de levage de charges pour pouvoir être utilisés pour le levage de personnes.

Finland, Minister of Health and Social Services, Government Decision N. 793/1999

concerning the use of cranes and forklift trucks for lifting persons, Helsinki, 8.07.1999

Health and Safety Executive (2005), Working platforms (non-integrated) on forklift trucks, PM 28, Sudbury

Referências

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