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... m±**«~ " KM. publico em tudo esto couiprclieudcil oi arcebispo Dom. nnimo forte piiix dosliicoinpall* por (leiillils coiiliiviilo.

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Anno XIII

Rio do .Tfu.olro — SestMelra. S?,0 do Outubro cío 1023

HOJE

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AS_ia.NATUI.AS

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Rcdacção, Largo da Carioca, 14 aobrado — Offlelnas, Rua do Carmo, 20 a Z0t cSlSTESÃI

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TKI.r.lMIOXKS; KKIUfÇAt), .tntuat, 523, 5285 fl omciAi, --^SnCTA; ci.nii.ai. .918 - OFFICINAS, norte

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TRA

ASSIONATURAS

Por vi moxea

StiSOOÍ)

Por 0 mo/cs I «1*1)1111

NUMHRO avu.so icc hi:ik

ií Romano assassinada pelo Dr. Moacyr to, que, n «ida, so matou

>. ,'Ull

(orle

i S. Pau) emoção.

Qualro íoramos tiros que eliiniiwain ;i «MuIIht dc |>es|oço de cysne»

_M *^^^*'^'^^*^W^'**>*'«*****>^*VV'^V*****y*.>^M.»% VVyvwvw^vwyyv^yywyy»,

SAO PAULO PRESA DE FORTE EMOÇÃO

( proa, desde bontoin

)in a tragodia succedldti ¦ noite, ,i.-i(|ii.'ll,i j,riiiirio cidade, u.i qual fo-r.iui proliiíionIslãs Xi-ué lloinann. nume dos mais conbccldos, um;, bclluza

«nssliiiirii-i ;i tiros por *>i o 'minuto, o (ir. Moac.vr Pi/u, nome lambem lurgamciilc CIMlllCl'lllo riUCI' co-nio ioniiilisiii, (juer tomo advogado, c. niiidu, inuls fcslcjü-rio eoino cseriplor c l " !.i satírico, c (|ue, ii,-iiis o crime,

Miu-i-quando estava mutilada, pois onvui Miofre, a uotieia da bocen de um dnj seus mandatários, do que - colava ludo prompto - ul choque recebeu ¦¦ue. hnven* rio acabado de Jantar, levo unia

vida drama

tcllMimettlc

listado c idii na capital, mu rio um nttentnda por

spirlto

. 1I-M." I.llllll ein ,i

ti-|.

Aqui. no Itio, dcs-ile rodo, hoje, ,1 al-lon.fio piililiea está rollariu para tno tra-i-.ii-o iicontocinieiilo.lii) i rumor, (|Uo illl pou-. lolnpo ;pou-.c {,¦/pou-. Cli) tonto do nome du Nono lloiiuiiio, n o me Stirgiun com o crime Cravinhos, dc (jue r apoiilou eoino :iu-i .:iu-i ,:iu-i "' llainliii rio i .iié". o pelas muitas adições rin familia II -.1. dè que o I ir. Ioaíj'1' ora u in rios máximos expoentes, pelos seus lalentos, sendo já um noiiie consagrado nas le-Iras.'-.

tragédia rio hon-i nhon-i ili Pápljcén, vem ;.|'.i*.;ir essa "ostrcl-In" f|iie, ;io pnsuo que floí.tai .i tint rastro dc luz pnr onde possa-iu, parecia impriniir I iiiiliein um Iom si-ni tro oiide locava o rn ftilgor. Nem mos-nu* os espíritos tidos .¦nino superiores, co-.i.» esst! (fo jorualistn, lioineni do direito, rio poelíi rio fino hu-mor o leve sal ira, cs-capnrinm ii essa liu i.i. uma voz in-cursando no cxlranho i/.bji.-uii-.. .Moaoyr l'i/a

hiTo que unia'

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Jf.-vwHjiwimi. ,*1 <i.t|"..| jljl.ll miiidii liilltíillllllit; BWU WmmMttomm mm ¦ ¦¦iiMI«'^wih"iw.i|M"'»»m»'»'"W_-'mm«w^ __

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So impressionara ii*-»<lim de mel, ji publico em tudo esto couiprclieudcil o

o havia siri" iiiii* Iencoiiliuia nnimo (leiillils coiiliiviilo. I uilisiii* se riiimirlli

ii.vci» '

nao ji,, ii ni, .lua, o i,rin o i Joven advogado, rjuu uno forte piiix dosliicoinpall* vinculo nm' náo fora ¦miii-.iiinurio

por Sim liimiliu. liem pulas leis j dc Deus c ilos homens. l_stova certo rie i .uc uilo consentiria ipie ella lacultâsso a i iiiin;ui'in u graça rie um sorriso, sequer, í fim o seria sun, ulé ú niurte. Ali .. mnitel

HA TRINTA E TRES ANNOS

FOI SAGRADO BISPO 0

CHEFE DA EOREJA CA*

THOLICA NO BRASIL

As homenagens a S. B. o

cardciil Aicoycnle

li*, do .grande signlflcaçüo para a alma a-tiMiicii brasileira o dia de hoje, que marca o .«anniversario ria sagraçio episcopal 'jo a, i-.iiiiiioncii, o Sr. cardeal arcebispo Dom |•Joaquim Arcoverde. Alma cheia do fé, nle* aoso por inclinação nalurhl, o virtuoso choro espiriiunj jamaia ijolsou de concorrer para

A traçieclia

Hontem. como riesrio o primeiro dia, os j amantes, depois do jantar foram passear. , lilla foi \ista ainda, quando, após o agnpo, i fiz uma earleia a dois flocos rio valiollos qnc puxou pnra fora ri,» chupiio ncquciio, descreveu, ligeira, pequenas ciiviiiiiferencia» com um nrmlnho emponrio de "rouge" so-Iii"'- as laces, chegou o "lápis" aos lábios, e. lioila. subiu com um snltlilbo brcgciio '* amplo "doiihlc phnclon".

lillc, ao seu lado, eslava

quando Xcnc cslemomano, sendo que o ila direita foi especialmente iirüáo pelano Hio, precisanicnlç no momento cm que sc escrevia sobre o nlias c. o Dr. Mõçtcur l'i:a

l .vo/'//-;, .in i*v>o. crifftc (le

Crutii-mui. . victinin ria

in-iieia dessa bellcza sinistra, destinada .1 l«igar-5c suliilnmentc, Irngicãnicnlc, cnvol-mio nus trevas ria sua morte nina outra

Quem ora IMenê Romano

i nome de Xenè llomano sur..iu, -iaiiiH-, .-Kiui, nn Hio, cm l!tL'ü, por » (in crime rio Cravinlios uu, como n cuiihccidn, du Ruinbti rio Cafí.

niiiios rie edade. lini S. Paulo, com ocen-mais Tinha enlrc-nto, na roda boiicniia, Xciió Romano go-a .pi de gr.iuric nonicifdgo-a, qUê eJlgo-a ggo-a- ga-nuira dois annos antes, quando fora victi-¦na ii,- um crime, por sun natureza e por «as ciraiiiislancias, muilo originul, e, por isso, produzindo largo escândalo, ainda inní_ que sc coniuientou muilo. por aquella üpoea, n sua origem, toda ella eiuinos de uma mulher rica, despeitada com certo pa-redro político dn torra.

Mas, voltando atrás, (ovemos recordar, primeiro, o crime dc. Cravinhos; Xesse lo-^ir, apparccerani os restos mòrtacs (le um homem. A policia entrou cm ihvcsligações, i' foi aos poiu-uis fiizcndo luz. ni. que clie-on podia ser França, que cúmplice dc Sou -jj conclusão rio que ilovi;i

a victima, um ta! Francisco por ter sido testemunha, ou

iiüi outro caso iiiyslcrioso. devia riesappa-fecer, para não trair. 0 cadáver mutilado de .'iriithos havia sido pasto da sanha bar-liava do alguns empregados da Rainha do Café, ao mando de iim seu administrador da fazenda, do hiodó a não poder ser

rccòhhc-¦cido.

Depois de limitas pesquizas, foi encontra-(lo, .in outra cidade, o tal Francisco Fran-Ça, que, nas suas declarações, sobre cousas riu passado, contou que rie factó era su-spei-lailo, tanto quê tivera (jue procurar outro pouso, por isso ipic, de facto, tomara par-|c uo ataque a Nehô Iloiiiano. dois annos antes, juntamente com outros, chi S. Paulo; ioi assim ([ue resurgiu o caso Nono Ko-j piano, m-corririo eni setembro do 1A18.

Nessa época, andava N'enô Hornaiio nos giilarins da fama. A sua belleza era grande c ella n ostentava iiiipudiciinièiitc, Lomondo parlo nos corsos da Avenida Paulista. I2ra '.lia conhecida pela "Mulher dn pescoço rio eysiié", Uma tardo rio corso, Noné Honiaiio sentiu ipio;-(*oiu,> uma- aza dc. pomho quo so lisso, caia-lhe uo eólio um fragmento' br, nco, Bra

tal

um hilhetiriho.

paixònada, a solicitação dc um encontro,Uma phr.Tso. o perigo a acompanhava desde on-(•'oráiii contar a Siiihnzinha .liinqueirai íiüi.-i da Rainha do Onfé. quo ella; desde aquella tardo, linha nina rival. Sinliáziulin •Umcpioira, bonita tanibom. mas muito mais velha, sem compromissos, dispondo rie altas relações o rio uma grande forluna jurara .h.ígança. li' o copeiro Franca que narra, çiitão, oniiio fora mandado, com outros ho-inens quo vieram rio uma das fazendas ria ..Milha ilo Café, tocaiar Nono Romano, que. éçrla noite, ao cliegai' om casa, recebera profunda o extensa navalhada. Crçãctaniéntê iiaquellii pescoço rie cyshe, Ficara rièforiiia-da !

Heslalielccida, não tendo a policia conse-êllidó apurar o caso, Norié Ruiu ano conli-imou n sun viria rie estrclla nmnduiin, agò-ra mnis agitada e dc mais fausto, por isso .jne o crime, ilo (pio fora victima a collò.cara ainda om maior evidencia, R depois, aquelr In cieatriz, naquelle pescoço de nlabastro, Vinha nté dar.llie mais graça, senão or.igi-niiliiliide, pois parecia uma cobra coral, na-ilmido ;i flor de um lago do leite. Nenè Ro-¦nano deixara, entretanto, os cabelios; cm bandos, para cobrir a oicatriz. Vaidades dc mulher...

Rcsiirgindo, pois. em 1'-'20, o caso Nenè Romano, eom o crime dc Cravinhos. e fican-c'o elle provado, como um crime por viu-gançn, e de resultado a trazer deformidade, «mijes do Noné Ilçhiànò iiidüziram-na a '''titar unia noção de indemnisaçãò. Ella to-vo deveras adto-vogados. Uin riell"s foi o Dr. Moacyr Piza. Foi dahi qne nasceu essa liaixão sinistra, que leve o seu fim trágico, hontsni, em S, Paulo.

, l>i- passagem, Icnilii-amos. aqui. a morte I-"!. Sinliázinlia .lunqiièirá', por oceasião ria Srijipç, loão riepois do caso Nenè Romano.

cerebral, ficandir ET.Tvrnieiite enTcrmn, _C8o morrera logo, mas ficara hcniiplcgica.

de um joven, por causa de Dn suicídio rie

se falou, c. muilo. historia dessa bel-Lão se occuslao, da eus retratos líl'20 aind os rumorosos da Neiló Roma-NOITE, acompa-interesso esses o público, dcs-Nenè Romano, Copacabana, em iqui tinha uma a Io (le seteni-unia photogra-qual destaca-reproduzidos.

; Toledo Pizn era nina fi-neste 'Hsturio, como jor-s advogado, jor-sondo mejor-sino o nn moderna geração do sobrésaindo pela larga visão do: Nenè Romano lambem

naquclla opoca. Eis em traços geraes.

leza sinistra,"que acaba dc dcsáppnrcccr tragicamente.

Nenê Romano, no Rio

Quando em setembro de com montava ni larganientc casos da Rainha rio Café i no, esta veiu ao Rio. A nhando sempre eom muito casos, para melhor Informar cobriu, aqui, o paradeiro rie indn então entrevislul-ii, cm casa de uma sua amiga que irmã. Demos essa entrevista bro dc IP20, acompanhada de phia tiraria n

mos uni dos hoje.

Vé-so, das palavras rie Noné Romano, nossa entrevista, que ella era, apezar do ludo, de bom coração, pois não se havia rogosi.iado com a morto da rival que a nifin-dará deformar o, falando sobro ella, decla-rou (pio nno havia sido causa ria rivalidade a sua béllèza, pois também a qutra era ho-n i tu.

Quanto _ao sou julgamento sobro a rival, disse, então, Noné Romano, que não gutir-dava, inuica, reséuliinentos, ficando, apenas indignada no principio, mas esquecendo, rio-pois.

Quem era o Dr. Moacyr Piza

O Dr. Moaoyr ri. gura de desloque nalista, escriptor c uni vulto brilhante intcllceiuoes bra si Ioi ros sua capacidade dc aççãi

horizontes sociaes o políticos, iíos quaes se movimentou rapidamente eni um largo oir-culo rie prestigio e de admiração. ¦ O Dr. Moacyr ora filho do Dr. .losé ile Toledo Piza. já fnllêoido, e rio I). Maria ,losé do Toledo Piza; irmão rie I). Otlilla rie Toledo Piza Gellegiirdc, esposa rio Dr. Carlos Rellegardo, professor da Escola Npr-mal rio Braz; c rios Drs. Luiz rio Toledo Piza Sobrinho; deputado estadual ao Con-grosso deste listado, o José do Toledo Piza, medico rio Hospital rie Isolamento.

Nascido em Sorocaba, om li) rie abril de 1801, o extineto depois do fazer seus estudos secundários no Gymnasio São lieiilo, ma-Irioiiloii-so. em 1011, nu Faculdade dó Di-reito ricsla capital, fazendo uni curso dis-lindo o conseguindo o gráo do bacharel em 191».

Antes mesmo rie uendemico Moacyr Piza havia apparecido na Imprensa, escre-vendo cm 1907 lio "Estado (io São Paulo'', c, succcssivairieiite, no "Comniercio rie São Paulo", "À Gazela", "Diário Popular" o ".lornal rio Cóihniérciò', daqui.

Sua carreira rie jornalista militante sof-fron uma interrupção com o cxcrcicio rio cargo dc delegado regional, em Cruzeiro, pnra o qual foi nomeado pouco depois da formatura'.

Ü Di'. Moacyr Piza deixou essa funcçâo para voltai' á política, na capital, coniba-lendo ao lado rio Dr. I.uiz Pereira Barreto, de quem foi advogado lia contestação do li-liilo do Dr. Valois de Castro, quando ns dois disputaram a mesma cadeira de

senti-dor. *

Esse moço que acaba de (losapparooer tão tragicamente; impressionando a sooie-dado paulista, ora solteiro.

Um coração, alma e vicia, por

uma causa — Antecedentes

e detalhes da

impressio-nante tragédia

SAO PAULO, 26 (Serviço especial ria A NOITE) — (Pelo tclophoucl — O Dr. Moa-ryr Piza pleiteou, como advogado rie Noné Romano, uma indemnisaçãò a que so. jul-guva com direito, pelas incisuos rio náva-lha abertas rio seu corpo, a mulher cuja

rio advogado repu; mulher transviiirin danos.

Realmente assim

to, que, durante a pendência, souheifoi, o ri autora ri piei- con-ler-se afim rie <|in- o moço nao julgasse qne lhe offcrecla intimidade pára poupar quan-tias. compreheiideu, então, toda a grandeza, rio um profundo amor, grande delle para ella, e nella immenso, o primeiro do sim existência rio aventuras.

Torharain-se amantes.

.ua de mel

que

então, a o lios rio-A vida dos amantes começou,

desilobrur.se num ambienl viam chamai- do felicidade

Solteiro o cheio de recursos para ganhar o dinheiro necessário á manutenção da mu-lhor que so habituara á satisfação inimeriia-Ia rios seus menores caprichos, o advogado sontia-so orgulhoso da exclusividade com que se elegera senhor absoluto rio corpo o aliira rio Noné' Romano, cujos modos a sons olhos, cegos rio paixão, pareciam ler perdido a suave expressão rie máiicia rios primeiros tempos, para so mostrarem quasi castos e cada vez mais soriiictorcs.

Ella lhe chamava de sou unicb, seu pri-ineiro amor. Não queria m nada.

A primeira nuvem

propory.io <|i Moacyr Piza A' Dr. riam com a clusíío ojhe si grande aprcçi indi .fereutes advocacia o de escriptor, • o lempo lá passando, o cujos negócios não cor-lesmu ventura. Chegou á con-O próprio anuir era lido om pela amante, a esla não eram s resultados, rio sua banca do o sua penna de jornalista o Entretanto, a verdade é que, dc affccto pela mu-impuzCra, chegava a por vezes, nas crises

lhor que o destino lhe

esquecei* ãs necessidades materines rio mun-rio, do que por muito se quererem, não os-lão isentos os sores apaixonados... Frn preciso ganhar, mais o mais. caria voz mais.

Notou o Dr, Moacyr Piza, talvez, nm pouco tarde, essa evidente verdade que a outro, monos eumpromelliiin polo coração, teria, logo resultado como uni axióuia que devo estar presente a cada scena (Ia como-dia humahá, o começou á esquivar-se rias rodas que freqüentava, com grande con-cc-itii. no elite paulista.

Os últimos tres mezes cio Dr.

Moacyr Piza

De Iros mc.es a esta parlo, o Dr. Moacyr Piza so arrodavn completamente do mundo quo para elle so polarisava nos olhos da mulher ninada; Não lhe faltava nada lava ao sou lado...

A ella faltava, ia faltando alguma cousa, pois cada voz esbanjava mais. o ninguém po-dera al firmai' so om suas cogitações, vaga-monto., embora, uni outro nao se apresen-taria capaz rio completar os excessos quo o companheiro não podia satisfazer ?

Uma oii outro voz. o Dr, Moaoyr Piza ãpparccia na redacção do ".lornal dò Com-juercip" desta capital, (pio não lhe cunho-cia mais a chronica seinlilfniite nem o ar-ligo caloroso.

Nestes últimos dias, ansonloii-se por com-PM* dn trabalho, continuando; porém, a viôii elegante que fazia com a amante, om cuja companhia jantava, diariamente, nos melhores restaurantes rie São Paulo, o d

os-do mesmo passeavam dado. uns dias. fora. Iras vezes.

o depois rie automóvel, na ei-pelos arrabaldes,

ou-0 abysmp

A situação do pur

pois do suas bodas que ha rious annos, rio-clándestirins, vivia em

ik

para taciturno, Nio J Romano tombava so-i-limari.-i por quatro 1)0* ria Assistência condu* o Ui. Moacyr da Tolo-cabeça c porto rin co-er.i o mesmo.

* Pouco riepois Non bre as almòfadas. vlc ms e na ambulância

•ia im Posto Central ilo Pi/a, baleado n.i

ração,

Soccorririo, pouco depois seu corpo era transportado paro o necrotério. Não fora caso ao alcance ria cirurgia, . thpi-fc tinha vindo iiu seguida aos ferimentos.

0 transporte cio corpo para a

residência da rua General

Jardim

-i. PAFUl

TE, polo t,i ta recebeu om cheio

nipiesa. omqunnto

"ti Serviço especial da phone i — -\ Sociedade

esse golpe

i corpo di

(ra conduzido ;i casa ri.

noral Jardim n. ,.;i, residência viuva Toledo Piza. onde ficou nrdehle, e velado por inninncros então informados ria desgraçada

A

NOI-11.111

lis-rio dolorosa Dr. Moacyr familia. rua Ge-ria Exma. m câmara amigos, já

oceurren-Os funeraes do Sr. Toledo Piza

S. PAULO, ^il (Serviço cspccinl ria A NOI-I NOI-Ií. polo telcphone.) — V hora em que traiismillo para ahi esta coiniiuinicaçáo. cstft.i'c.plcla a residência ria familia Toledo Piza, devendo sair o feretro do Dr. Moacyr Piza ás l horas, para o Cemitério da C

••uluçâo.

jn-doferisor, qné 'civéónlraVa/ti.íí mo.,-, ã.nvlíi,' um cxccllinto motivo rio oxhihir-so uo Fb-rum como profissional rio valor no cxcrcicio de profundos conhecimentos jurídicos no serviço de muita eloqüência de ardor cs-pontunco.

Foi fácil á constituinte Comprchcnder que ao sou defensor uão preoecupava somentea causa projirininentc. Havia mais algu-ma cousa rio empenho com (pie o Dr, Moa-cyr Piza acompanhava o líligiri, o não lhe soiirava a inininui duvida de que ás mãos liaria o dinheiro delia, para o> prazeres

mini-'Unrr: .dizem tnr-se dado a.

tra-ejeclia — 0 testemunho

do chauffeur

lephone., 'Jti — E' cor-quo a tragédia Nené da seguinte j —-— '¦-•*-***»**.*>---*«i*''«*" "Wl--a

_5_mBf*%f^*y ; ^B ____V

\\uXuEr \ - _____________________________________B deu que S. PAULO (Pelo l

rente lambem, aqui, Riimnno-Muacj r Piza forma:

Noné fez annos, honlein. Ha Oito dias atraz, tinha rompido as suas relações com o Dr, Moacyr Piza; esle. eom o propósito de realal-as. inundou-lhe dc presente, rio anniversario, um faqtioiro. lilla recusou! pniéin, osso. presente, Scionlc da recusa, o Dr. Moacyr procurou-a polo telcphone. Nené í-enisnu-se. novamente a attenrier; Demite disto, resolveu o conhecido advogado ir alé á residência de Noné. á rua Tyinbira KX-A. Chegando á sua residência, viu-a ou-Irar em um "landaulet", quo so achava postado á porta. Encaminha-se para o "lan-dáulçt" c Nenè, talvez receiosa dc um inci-dente uo local, convida-o a entrar, no elle accede, sentando-se a seu lado.

0 eliauffcur, (pie não eslava a par rios anteeendes, deu marcha ao vehiculo, saindo em direcção á Avenida Paulista, o quando já sL. achavam na Avenida Angélica, diz o cliauffcu. que ouvira um tiro e, logo ein seguiria, tres outros; pára o automóvel, abre a portinhola o vê o Dr. Moaoyr Piza vol-lar Contra si o revolver c disparai-o, caindo por cima rio corpo rie Ncnê Romano, que já se achava exanime, recostada nas aluio-farias. Tinha sido testemunha, assim, rio sui-oiriio.

Dario o alarme, acorrorráin para o local vários circuíiistaiiles, que so inteiraram rio incidente, chamando immcdiatamcute, para siiccorror os feridos, o Dr. Jorge Tyhirioá I-*illio. qiie, dentro rie poucos minutos ali se. achava, para constatar a morto rie Noné Ro-mano o aconselhar o iniiiiedinlo transporte do Dr. Moacyr para a Assistência.

A estás horas, já so encaminhava para o local lima ambulância, para a qual foi transportando o Dr. Moacyr, o onde exhalou elle o ultimo suspiro.

Eslava terminaria a tragédia: Noné Ro-mano, feriria quatro vezes, uma na região inalar, outra no braço esquerdo, outra no flaiico esquerdo c outra no coração; o Dr. Moacyr tinha varado a região epigaslriea com uma bala quo lhe atlingiu o coração,

A personalidade literária de

Moaoyr Piza

O Dr. Moacyr Piza, ora, nas loiras, cm no jornalismo, onde as exercitou, tini po-lemista vigoroso que so tornava temível pelas graças rio quo sc revestia o seu estylo cheio rie brilho, liem cadenciado, rienunci-ando nm escriptor em que se manifestavam, conjuntamente, as influencias do Camillo. de Fialho, rio Kça.

Em Camillo Branco, som duvida, a ver-naouliilarie rio sua prosa, tão rica cm ex-pressões burlescas; em Fialho bobou o ras-gado sarcasmo em que se alargava o que om Eça ora fina ironia elegante, Seus livros "Sátiras", eni verso, e ''Tres Campanhas" cm prosa; estão em concordância com o Ulti-mo "Roupa suja". Este, é, sob o ponto rie vis-Ia literário, uma rias mais fortes revelações; dc. individualidade, o como contém, por ve-zos, paginas que u autor escreveu para os jornaes. mostram quo Moacyr Piza perteu-cia á nobre raça rios escriploros que não .julgam o jornalismo incompatível com o bom gosto.

O exilo alcançado pela "Roupa Suja" não foi apenas, polo sou valor literário, mas, sobretudo, pelas notas rie escândalo politi-oo o pola comhaliviriarie pessoal. Deiiions-trani. ao riicsrno tempo, as qualidades rio escriptor c os motivos ria obra, as paginas (pio a seguir transcrevemos:

"Ao Leitor — Ha, por vezes, nestas pagi-nas, umas farfalhioes jocosas rie ave que, riepois rie haver roçado o pântano, sc lim-pa, num cspaiiejámeiilo do penas. Explica-sc o èstylo pola maioria. A poliiica é. no geral, uma farça; o o còmmentnrio rie uma fnrça não pôde ser feito, natural montei com palavras sisudas.

.S'. _•,'. o ciinlcul Arcocerdc o engraiidceimenlo ria Igreja dc Roma no Brasil, conquistando, dia a din. maior apreço publico. Varão dotado de predicados espe-oiaos, o ciiiiiH-nle arcebispo do Rio de .Ia-jrichii. que ;'• natural .!¦:-¦ Tívi-iiainbwro. oiido veiu ao mundo ein 17 de janeiro rie ,1H5U. lem dcriiéado sua existência ao serviço rio bem, que pratica indistinctanionto, sendo incontáveis áquelles que junto a si eucon-traram o conforto desejado.

Não podia ser melhor o motivo para que o illustre prelado visse reiteradas as rio-monstra ções admiradas do respeitosa disot-puna, qne foram prestaria*-, esta tarde, a Sua Eminência, por intermédio do cloro.

O corpo síieerdotal encheu completamente o Palácio S. Joaquim e diante rio chefe, na sala rio Ihrono, falou o Sr. conego llene-(lido Marinho, que recordou os serviços de S, Eminência durante esses trinta e seis annos do magistério, de administração e de dedicação apostólár.

Depois, o cardeal viu desfilar diante do. seus olhos as associações catholicas. de lio-meus e senhoras, falando, então, o Dr. Pio Benedicto Uttoni.

Ladeavam Sua Eminência o Sr, núncio apostólico, o arcebispo cohdjutor do Rio Ue Janeiro e ri Sr. bispo do Espirito Santo.

Dispensado de interno do

hospi-tal militar da 2' região

Foi dispensado Jaymc Cardoso America-no, conformo pediu, rio logar rie interno rio hospital militar ria 2* região (S. Paulo).

Mus.sc ü n i

aluo de manifestações

calorosas

E todas cilas, disse o chefo

do governo dc Roma,

dc-monstrando o apoio ás

idéas que cllc

repre-senta e defende

Mll.ÃU, ''(•, (II.)— Km Ioda, as ,-..t,-u;oes, no longo da linha férrea Turlm-Mllao, cm qiíe O Irem jircsiricnci.il parou, o Sr, MiismiIiiii foi alvo rio manifestações calorosas rie \vm-palhia, nolndaiucrilo cm Siiintlilu Veccbia, onde as autoridades, associações o per-oim-Iidades fascistas enchiam a estação para prestar homenagem no cliofe do governo.

!'.ni Nnv.ir.i, onde o Irem chegou iis sris 0 \into ria imito, milhares du pessoas ug-llo-ni(T.iv.im-se ua "gare", aivlaui.uirio enlliii-slastlcatiicnte o presidente do conselho, o qual, a instâncias ri., multidão, pronunciou breves palavras.

Mussolini rii/ que a manifestação de que naquelle momento eslava .sendo ohjcol ¦ significava não apenas uma demonstração do dcfcrcncln pessoal mas o apoio ás Idéas qiie elle representa e defende. A alilio-sphera que so respirava ajjoru mi Itália in-teira não era mais a rios annos nefastos da renuncia o ria itbjccçâo. IJsscs louipus, em que ao crive** rie. honrar o sacrifício, os faltos do patriotismo Insultavam os glorio-sos mutilados c muitas vezes conspiravam ás ncciiltas, já .stávuin, felizmente, longe, ¦'Tuiln

isso — exclama o orador — acalmo para lodo o sempre. Jamais resurgirà!"

As ultimas palavras do chefe rio governo são cobertas rio applãusos, c o trem movi* nientn-so debaixo dc verdadeira tcmpcstiulo de palmas o vivas.

O comboio presidencial deu entrada mi estação desta cidade justamente ns sete o trinta da noite. Numerosas autoridades ei-vis o militares, pessoas rie destaque,membros •Io parlamento c o chefe da secção fascista local, além rie ininimcros amigos o ariniii.i-dores possoaes rio presidente, jornalistas, re* prcschtantcs dè associações c incalculável multidão receberam, sob ncchimaçõcs inter* minayeis, o chefe rio governo.

l.ogo após descer do Irem, Mussolini. cm companhia rios funccionarios presentes o dit, sua comitiva, deixou n estação e dirigiu-se-no hotel dc Milão iniile ficou hospedado

O

mr—

ANNIVERSARIO DO

IMPE-RADOR YOSHIHITO

Não haverá festas devido ao lim.

nacional

IY"* mulivo ilv" l*eCi::i'c !i" l í-ii„:i|.-| (pic çu^Sj liitmi a nação jnpono/a. icporciitindo n,r" mundo inteiro, ficou resolvido que não se roalisaráo este anno os banquetes o. ceri* moinas projcctndós, ria córlc imperial c nos círculos governamentacs rio paiz. que deve.* riam so cffecluar n .11 do corrente, em com-memornção do anniversario nutãlicio de S. M. o imperariur Yoshihito.

Dc accordo com essa dcteniiinação, não haverá, nosso dia, na embaixada imperial do Japão nesta capital, a recepção com que se vem celebrando a passagem desse dia. .

-mmm~-Será, desta vez, solucio

nado o problema

do Ruhr?

PA'RIS, 26 (Havas) - Ò governo accei-lou_ quo a comniissão rio reparações nomeiB peritos parn examinarem o projecto rio prcsideiite Coolidge, quo visa a fixação ria capacidade rio pagamento ria Allemanha.

BERLIM; 2h (Havas) — Kalniido hoje em liagen, o ohancellor Stroscinanii declarou que o rtcich desejava auxiliar, tanto quan-to lhe fosso possível, as regiões occiipadas.

3ÕÕOÕÕC0

A festa do thermomeíro

Lembrauça (le acadêmicos dc Medicina

(Coiielue na 2" pagina)

Não ha muilo tempo o doutorando Luiz Évora teve uma idéa muito significativa i a de Instituir na Faculdade a festa do thermo-metro, apparelho tão indispensável quanto familiar aos médicos. Transmiltiu sua lem-branca a dous collegas que ficaram tão ou-tliusiasinados como elle, isto é, a douto-randa Eporiina Unas e o doutorando Arthur Souza Figueiredo, quo logo envidaram os melhores esforços pnra auxiliar a Luiz Évora na rcalisação da afortunada idéa. li foi assim quo os Ires, obtido ò apoio geral, foram á Casa Moreno, lá expuzeraiii seu plano rio tosta symbnlica, o logo alcançaram a adhesão dos indu.l.iiics da casa, (pie lhe fabricaram um thermoinctro-inonstro; com estòjo de metal branco, o com moslrador graduado dc accordo iom a serie rio curso medico o respectivos discípulos.

* Vamos assim ter nó próximo dia ;» ii Festa do Thermomeíro. quo consistirá ua ep, trega solomno doslo apparelho, pela turma. rio (i0 anuo ii rio 5°. seguindo pouco mais mt menos o estylo du festa ria entrega da chave, jã tradicional na Facilidade dc Direito.

No dia 31, á tarde, a cerimonia vira «ul-i. Stiluir, sem duvida, a festa ria "seringa"' e terá a prestigial-a, além ria adhesão do ciir. po docente, a presença dns professores rio 15° nnno, á hora rio encc.ramen.lo das nulas o das despedidas.

Da cerimonia será lavrada acta cm livv. especial, onde so descreverit tarilberii ri bis. lorico ria fcsla.

A nossa jiliotogropliià hfostrii os Ires ac-i. dçmicos iniciadores e propágfiricJistas dií irica .ia victoriosa, bem como o llieruiòmctrò em questão.

¦^iíai^ftjMi'...^...^^:.,

:/-^0_tó.S.

?

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