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Rentabilidade de 11,8% da Braskem é impactada pelo custo de matéria-prima

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Release de Resultados 2T08

Para maiores informações acesse nosso site www.braskem.com.br/ri ou entre em contato com a equipe de RI:

Luiz Henrique Valverde Luciana Ferreira Rodrigo Maia

Diretor de RI Gerente de RI Especialista de RI

Tel: (55 11) 3576 9744 Tel: (55 11) 3576 9178 Tel: (55 11) 3576 9410

Rentabilidade de 11,8% da Braskem é impactada pelo

custo de matéria-prima

Venda de resina no mercado interno cresce 18% no 2T08

São Paulo, 6 de agosto de 2008 --- A BRASKEM S.A. (BOVESPA: BRKM3, BRKM5 e BRKM6; NYSE:

BAK; LATIBEX: XBRK), líder em resinas termoplásticas na América Latina e a terceira maior produtora de resinas das Américas, divulga hoje o resultado do 2º trimestre de 2008 (2T08).

Esse release se baseia em informações consolidadas que incluem 100% dos resultados da Ipiranga Química, da Ipiranga Petroquímica e da Copesul, com a respectiva eliminação das participações de minoritários em todas essas empresas, bem como a consolidação proporcional, de acordo com a instrução CVM 247, da participação na Cetrel S.A. - Empresa de Proteção Ambiental. Para permitir a análise dos resultados em bases comparáveis, as informações relativas ao 1S07 estão em base pro forma.

Os dados utilizados para a elaboração das informações financeiras pro forma são provenientes das informações trimestrais revisadas por auditores externos independentes.

Em 30 de junho de 2008, a taxa de câmbio Real/Dólar era de R$ 1,5919/US$ 1,00. Segundo Bernardo Gradin, diretor-presidente da Braskem:

“A aprovação da aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga pelo CADE e a consolidação das participações minoritárias detidas nesses ativos pela Petrobras permitiu à Braskem reforçar sua posição de liderança na indústria petroquímica brasileira. Os aumentos dos preços do petróleo e da nafta no último trimestre pressionaram as margens operacionais, impondo à Braskem reagir rapidamente com realinhamento de preços e simultânea defesa do mercado doméstico. As paradas operacionais programadas das Unidades de Insumos Básicos superaram as expectativas de rendimento industrial. As equipes permanecem concentradas em atender nossos clientes, na aceleração da captura das sinergias da integração, bem como na melhoria contínua do resultado operacional. A desaceleração da atividade econômica americana, não deverá atingir significativamente a demanda dos mercados emergentes em 2008. No mercado doméstico, a demanda permanece aquecida, alavancada pela construção civil e por indústrias de consumo.”

1. PRINCIPAIS DESTAQUES:

1.1 O EBITDA1 da Braskem no 2T08 alcançou R$ 519 milhões, com margem de 11,8%:

A Braskem registrou EBITDA de R$ 519 milhões no 2T08, com margem sobre a receita líquida de 11,8%. Apesar dos resultados de vendas de resinas no mercado doméstico, que cresceram 18%, a alta do preço de nafta impactou negativamente o EBITDA em R$ 56 milhões quando comparado ao 1T08. O realinhamento dos preços domésticos aos preços de referência internacionais será continuado no 3T08.

1.2 0 Lucro Líquido do 2T08 alcança R$ 383 milhões:

O lucro líquido da Braskem foi de R$ 383 milhões no 2T08, o que representou um aumento de 362% quando comparado ao lucro líquido de R$ 82 milhões registrados no 1T08. O impacto positivo da variação cambial no resultado financeiro do 2T08, no valor de R$ 593 milhões, foi o fator que mais contribuiu para esse resultado.

1O EBITDA pode ser definido como lucros antes do resultado financeiro, IR/CSL, depreciação e amortização e antes do resultado não operacional. O EBITDA é utilizado como uma medida de desempenho pela administração da Companhia, mas não representa o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como um substituto para o lucro líquido, nem tampouco como indicador de liquidez. A Companhia acredita que o EBITDA, além de medida de desempenho operacional, permite uma comparação com outras companhias. Entretanto, ressalta-se que o EBITDA não é uma medida estabelecida de acordo com a Legislação Societária ou com os Princípios Contábeis Norte-Americanos (US GAAP), podendo ser definido e calculado de maneira diversa por outras empresas.

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1.3 Bernardo Gradin é indicado novo presidente da Braskem

A Braskem iniciou um novo ciclo em seu desenvolvimento empresarial com a indicação de Bernardo Gradin para a sua presidência no dia 4 de julho, em substituição a José Carlos Grubisich, que liderou a Companhia nos últimos sete anos. Gradin participou de todo o processo de criação e formulação estratégica da Braskem, e no passado foi vice-presidente da Unidade de Vinílicos e posteriormente da Unidade de Insumos Básicos. Formado em engenharia civil com MBA pela Wharton Business School, também foi presidente da Trikem, uma das empresas posteriormente integradas à Braskem. José Carlos Grubisich assumiu a presidência da ETH Bioenergia S.A., empresa que consolida os investimentos da Odebrecht no negócio Açúcar e Álcool.

1.4 CADE aprova a aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga pela Braskem

A operação de aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga pela Braskem e Petrobras foi aprovada pelo CADE no dia 09 de julho, encerrando o processo de avaliação de todas as etapas da operação pelos órgãos de defesa da concorrência. Na mesma decisão, o CADE aprovou também o acordo de investimentos pelo qual a Petrobras aportou na Braskem suas participações minoritárias na Copesul, Ipiranga Petroquímica, Ipiranga Química e Petroquímica Paulínia.

1.5 Braskem integra ativos petroquímicos da Petrobras:

Em 30 de maio, foi aprovada a incorporação pela Braskem das ações da Grust Holdings S/A, sociedade na qual a Petroquisa havia aportado suas participações minoritárias no capital social da Copesul, Ipiranga Química e da Petroquímica Paulínia. Com essa incorporação, a Braskem passou a deter, direta ou indiretamente, 100% da Ipiranga Química, 100% da Ipiranga Petroquímica, 100% Petroquímica Paulínia e 99,2% da Copesul. O capital social da Braskem aumentou em R$ 720,7 milhões, mediante a emissão de 46,9 milhões ações ordinárias e cerca de 43 milhões de ações preferenciais classe “A”. Nesta mesma data, a Odebrecht e a Norquisa celebraram com a Petrobras e Petroquisa um novo acordo de acionistas que reforça ainda mais a aliança estratégica entre as empresas. No dia 15 de maio, as Companhias acordaram a opção de integrar na Braskem, em uma segunda fase, até 100% das ações da Petroquímica Triunfo, ou seu valor equivalente em caixa. Neste caso a participação da Petroquisa no capital total da Braskem passará de 23% para 25%.

1.6 Braskem avança no projeto de Polietileno Verde:

Primeira empresa a produzir mundialmente um polietileno certificado com matéria-prima 100% renovável, a Braskem está concluindo os estudos de viabilidade técnica e econômica para instalar o projeto de polietileno verde em Triunfo, com investimentos estimados entre R$ 450 e R$ 500 milhões. O projeto terá capacidade de produção de 200 mil toneladas por ano, com consumo anual de etanol de aproximadamente 460 milhões de litros, cujo fornecimento deverá vir da região Sudeste. A demanda potencial já identificada pela Braskem para o polietileno verde é cerca de três vezes maior do que a capacidade da planta a ser instalada em Triunfo, sinalizando oportunidade para novos investimentos para produção de polímeros a partir de etanol.

1.7 Braskem emite US$ 500 milhões em Eurobônus:

A Braskem anunciou em 30 de maio a emissão de US$ 500 milhões em eurobônus com cupom de 7,25% a.a. e vencimento em 2018. Com uma demanda que superou em três vezes o valor da emissão, esse foi o primeiro bônus emitido pela Braskem após a aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga. Essa foi também a emissão com menor cupom, menor spread sobre os títulos da dívida americana e de maior montante da Braskem, o que ratifica a visão positiva do mercado de capitais sobre a qualidade do crédito da Companhia. Esses títulos foram utilizados para refinanciar parte do empréstimo-ponte de US$ 1,2 bilhão, com vencimentos em 2009 e 2010. Com essa operação o prazo médio de endividamento passou de 9,7 anos para 10,5 anos.

1.8 Braskem assina acordo para projeto petroquímico integrado no Peru

Braskem, Petrobras e PetroPeru assinaram em 17 de maio, um acordo visando avaliar a viabilidade técnica e econômica para implementação de um projeto integrado para produção de 700 mil a 1,2 milhão de toneladas de polietilenos a partir de gás natural disponível no Peru. O Peru detém reservas atuais e potenciais de gás natural rico em etano. Os mercados visados pelo novo projeto são os países da costa Oeste das Américas. Além disso, em função do fácil acesso ao Pacífico e da infra-estrutura já disponível na região, o empreendimento poderá se tornar importante plataforma de exportações para o mercado asiático.

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1.9 Vendas de resinas da Braskem no mercado brasileiro crescem 12% no 1S08:

A demanda brasileira de resinas termoplásticas (PE, PP e PVC) cresceu 11% no 1S08 comparada ao 1S07, impulsionada pelo crescimento da economia brasileira, com destaque para os setores automobilístico, da construção civil e de eletro-eletrônicos, e também pela recomposição de estoques na cadeia. A Braskem cresceu suas vendas em 12% no mesmo período de comparação, aumentando sua participação no mercado brasileiro de 50% para 51%.

Principais números Unidade 2T08

(A) 1T08 (B) 2T07 (C) Var % (A/B) Var % (A/C) 1S08 (D) 1S07 (E) Var % (D/E)

Receita Líquida R$ milhões 4.405 4.410 4.969 (0) (11) 8.816 9.393 (6) EBITDA R$ milhões 519 583 921 (11) (44) 1.102 1.774 (38)

Margem EBITDA % 11,8% 13,2% 18,5% -1,4 p.p. -6,7 p.p. 12,5% 18,9% -6,4 p.p.

Lucro Líquido R$ milhões 383 83 281 362 36 465 408 14

2. DESEMPENHO OPERACIONAL:

2.1 Desempenho trimestral das Resinas Termoplásticas

A demanda2 por resinas termoplásticas no mercado brasileiro apresentou aumento de 11% em relação ao 2T07 e de 8% em relação ao 1T08, ultrapassando a marca de 1,1 milhão de toneladas de resinas no trimestre. Comparando o 2T08 com o 1T08 o destaque ficou para o PP com um aumento de 15% no trimestre, impactado pela crescente demanda dos setores automotivo, de agronegócio e eletroeletrônicos. Em relação ao 2T07, o destaque foi o PVC, com um aumento expressivo de 27%, atingindo a marca de 251 mil toneladas no trimestre. Os setores de tubos e conexões, forros e perfis têm crescido de forma acelerada refletindo o aquecimento do mercado de construção civil, impulsionado principalmente pela popularização das linhas de crédito no Brasil.

A Braskem reforçou sua liderança no mercado doméstico e apresentou 18% de crescimento nas vendas de resinas no 2T08, comparando com o 1T08 e de 17% em relação ao 2T07, atingindo 598 mil toneladas em vendas domésticas no trimestre, com market share de 53% no 2T08. O volume de importados continua alto no mercado brasileiro, especialmente para PP, cujas importações alcançaram 16% de participação. A Unidade de Negócio de Poliolefinas apresentou vendas de PE e PP 21% maiores em relação ao 1T08 e 18% maiores em relação ao 2T07, superiores ao crescimento de mercado no mesmo período, atingindo o market share de 54% para PP e para PE. As vendas da Petroquímica Paulínia totalizaram 17 mil toneladas de PP. O resultado de Paulínia está sendo diferido, já que a planta está em fase de estabilização de sua produção. A Unidade de Vinílicos apresentou crescimento de 7% em suas vendas de PVC comparado com o 1T08 e de 13% em relação ao 2T07, atingindo 124 mil toneladas vendidas. Apesar de ter se mantido em patamares elevados, o volume de importados caiu 2% no 2T08 comparado com o 1T08, concentrado em importações provenientes dos Estados Unidos, onde a demanda está fraca devido à desaceleração no setor de construção civil, entre outros. Diante desse cenário e da forte demanda no mercado, o market share da Braskem passou de 47% no 1T08 para 49% no 2T08.

As exportações de resinas da Braskem foram de 109 mil toneladas no 2T08, uma redução de 11% em relação ao 1T08 e de 52% em relação ao 2T07. Essa performance é resultado do maior direcionamento das vendas para o mercado doméstico nesse trimestre, visando à maximização da rentabilidade das operações, sem prejuízo no atendimento aos clientes mais estratégicos e de maior rentabilidade no mercado externo. No 2T08, a Braskem realizou paradas programadas para manutenção em uma linha de produção de cada central de matéria-prima – em Triunfo em abril e em Camaçari no mês de junho. Concomitantemente foram realizadas paradas programadas de manutenção também nas plantas de PE. Essas paradas provocaram redução no fornecimento de eteno e propeno para as plantas de resinas termoplásticas. Dessa forma, a produção de resinas apresentou decréscimo de 11%, passando de 704 mil toneladas no 1T08 para 624 mil toneladas no 2T08.

2 A demanda é medida pela Abiquim e refere-se ao nível de compra de resinas pelo mercado: vendas domésticas + vendas incentivadas para exportação + importação.

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2.2 Desempenho semestral das Resinas Termoplásticas

No 1S08, a demanda por resinas termoplásticas no mercado brasileiro apresentou crescimento de 11% na comparação com o 1S07, com crescimento de 10% para PE, 4% para PP e 21% para PVC, o grande destaque do semestre. Além do crescimento importante de mercado alavancado pela construção civil, a cadeia produtiva do PVC, que terminou o ano de 2007 praticamente desestocada, aproveitou a oferta de importados proveniente dos Estados Unidos para recompor seus estoques.

Diante deste cenário, a Braskem aumentou suas vendas de resinas no mercado doméstico em 12% para PE e PP e em 13% para PVC. As vendas de PP foram superiores ao crescimento de mercado, com um crescimento de 3 p.p de market share, atingindo a marca de 52%. As vendas de PVC foram inferiores ao crescimento de mercado pelo aumento do volume importado no período. A Braskem está concentrada no projeto de construção de uma nova planta de PVC, que aumentará em 2011 em cerca de 40% a capacidade atual de produção da resina.

As exportações de resinas da Braskem apresentaram redução de 46% no 1S08 em comparação com o 1S07, em virtude do direcionamento de suas vendas para o mercado doméstico e da menor produção no período, resultante das paradas programadas nas centrais de matérias-primas em Camaçari e em Triunfo, como mencionado acima.

A produção de resinas da Braskem no 1S08 apresentou redução de 11% em relação ao 1S07, em virtude do menor fornecimento de eteno e propeno, fruto das paradas programadas de manutenção nas centrais de matéria-prima. Desempenho (t) Resinas Termoplásticas 2T08 (A) 1T08 (B) 2T07 (C) Var% (A)/ (B) Var% (A)/ (C) 1S08 (D) 1S07 (E) Var% (D)/ (E) Vendas Mercado Interno

. PE´s 291.307 241.893 248.365 20 17 533.200 475.918 12

. PP 182.065 148.452 153.858 23 18 330.517 295.354 12

. PVC 124.352 115.780 110.278 7 13 240.131 212.925 13 . Total Resinas 597.723 506.125 512.500 18 17 1.103.849 984.197 12 Vendas Mercado Externo

. PE´s 87.048 94.247 174.567 (8) (50) 181.295 335.100 (46) . PP 16.912 22.684 40.616 (25) (58) 39.597 68.115 (42) . PVC 5.217 5.642 10.872 (8) (52) 10.858 28.327 (62) . Total Resinas 109.177 122.573 226.055 (11) (52) 231.750 431.543 (46) Vendas Totais . PE´s 378.355 336.140 422.932 13 (11) 714.495 811.018 (12) . PP 198.977 171.137 194.474 16 2 370.114 363.469 2 . PVC 129.568 121.422 121.150 7 7 250.990 241.252 4 . Total Resinas 706.900 628.698 738.555 12 (4) 1.335.599 1.415.739 (6) Produção . PE´s 330.686 397.486 414.299 (17) (20) 728.172 823.339 (12) . PP 163.432 175.991 178.843 (7) (9) 339.423 353.194 (4) . PVC 129.916 130.023 113.911 (0) 14 259.939 230.429 13 . Total Resinas 624.034 703.500 707.053 (11) (12) 1.327.535 1.406.963 (6) 2.3 Desempenho de Insumos Básicos

A Braskem realizou paradas programadas nas centrais petroquímicas de Camaçari e Triunfo em 50% da capacidade produtiva dessas centrais, com duração de 35 dias em média, e com uma correspondente redução total de produção de 125 mil toneladas de eteno e 64 mil toneladas de propeno em 2008. As paradas programadas não registraram nenhum acidente com afastamento e serviram para a realização de melhorias nas plantas, dentre as quais podemos destacar: (i) aumento de 25 mil toneladas na capacidade de eteno em Triunfo; (ii) melhoria de produtividade e rendimento em Camaçari; (iii) melhor confiabilidade operacional e garantia de operabilidade por mais 6 anos.

No 2T08, as vendas totais de eteno e propeno atingiram 176 mil toneladas, o que representou uma redução de 14% em relação ao 1T08. Merecem destaque as vendas de propeno, que caíram apenas 4%, devido ao

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maior direcionamento da Braskem para abastecimento de seus clientes. No 1S08, as vendas totais de eteno e propeno apresentaram redução de 24% comparada com o 1S07, em linha com a menor produção no período.

A produção de eteno e propeno apresentou redução de 22% no 2T08 em relação ao 1T08 e 24% em relação ao 2T07, atingindo 686 mil toneladas. Na comparação semestral apresentou redução de 13% no 1S08 comparado com o 1S07, atingindo a produção de 1,6 milhão de toneladas.

No 2T08 as vendas totais de BTX atingiram 178 mil toneladas, uma redução de 10% em relação ao 1T08 e de 18% em relação ao 2T07, novamente em linha com a redução no volume produzido. As vendas totais de BTX apresentaram redução de 14% no 1S08 comparado com o 1S07, em linha com a menor produção no 2T08, como conseqüência das paradas programadas para manutenção nas centrais petroquímicas. Os preços de benzeno no mercado internacional, cujos spreads em relação à nafta vêm sendo comprimidos desde meados do ano passado, ainda não mostraram recuperação expressiva como tipicamente ocorre a partir do 2T, em função de menor consumo de combustíveis nos EUA. Já observa-se, porém, uma melhoria nos preços do início do 3T08.

Cabe destacar neste trimestre, a alta de preços do butadieno, com crescimento de 16%, em reais, no 2T08 comparado com o 1T08. Os preços internacionais de butadieno já apresentam uma alta de 51%, em dólares, no acumulado semestral, e deverão continuar a beneficiar a Braskem no próximo semestre.

Desempenho (t) Insumos Básicos 2T08 (A) 1T08 (B) 2T07 (C) Var% (A)/ (B) Var% (A)/ (C) 1S08 (D) 1S07 (E) Var% (D)/ (E) Vendas Mercado Interno

. Eteno 83.064 106.395 115.147 (22) (28) 189.460 234.104 (19)

. Propeno 92.598 96.757 98.988 (4) (6) 189.356 189.592 (0)

. BTX* 89.053 83.951 105.430 6 (16) 173.004 212.901 (19) Vendas Mercado Externo

. Eteno - - 9.155 - - - 18.771 . Propeno - - 29.828 - - - 54.381 . BTX* 88.842 113.127 112.397 (21) (21) 201.969 224.624 (10) Vendas Totais . Eteno 83.064 106.395 124.302 (22) (33) 189.460 252.874 (25) . Propeno 92.598 96.757 128.816 (4) (28) 189.356 243.973 (22) . BTX* 177.896 197.078 217.827 (10) (18) 374.973 437.525 (14) Produção . Eteno 461.410 586.278 601.286 (21) (23) 1.047.688 1.191.357 (12) . Propeno 224.645 288.473 297.634 (22) (25) 513.118 594.317 (14) . BTX* 183.620 228.966 221.560 (20) (17) 412.586 473.161 (13)

*BTX - Benzeno, Tolueno, Ortoxileno e Paraxileno

3. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO:

3.1 Receita Líquida

A receita líquida consolidada da Braskem no 2T08 foi de R$ 4,4 bilhões, 11% menor que a receita registrada no mesmo trimestre do ano anterior. Excluindo-se de ambos os períodos os efeitos do processamento de condensado da Copesul nas Refinarias Ipiranga e Alberto Pasqualini, a receita líquida caiu 6% em relação ao 2T07, o que equivale a cerca de R$ 280 milhões, principalmente devido ao impacto da apreciação do real sobre os nossos preços, que são referenciados em dólar.

Em dólares e excluindo-se a receita com o processamento de condensado, a receita líquida do 2T08 cresceu US$ 280 milhões, ou 12%, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Este aumento é composto por diversos fatores, dentre os quais destacamos: (i) aumento de 17% no volume de resinas vendido no mercado interno, (ii) crescimento de 24% nos preços em dólares destas resinas e (iii) aumento de 46% nos preços de soda líquida, em dólares, com uma melhora de US$ 30 milhões na receita. Por outro

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lado, a queda de 18% no volume de vendas de aromáticos, com impacto de US$ 30 milhões, e o menor volume vendido de eteno e propeno, em virtude de menor produção em insumos básicos no 2T08 impactaram negativamente a receita.

A receita com exportações no 2T08 foi de US$ 526 milhões (20% da receita líquida), o que representa uma redução de 22% quando comparada a exportações de US$ 675 milhões no 2T07 (27% da receita líquida). Com as paradas nas duas centrais petroquímicas, a estratégia foi a de privilegiar rentabilidade e direcionar um maior volume de vendas de resinas para o mercado doméstico no 2T08, o que levou à redução da receita com exportações.

Abaixo as variações da receita líquida total para estes períodos:

Receita Líquida (R$ milhões) 4.969 4.405 2T07 2T08 Receita Líquida (US$ milhões) 2.507 2.660 2T07 2T08 +6% - 11% Receita Líquida (R$ milhões) 4.969 4.405 2T07 2T08 Receita Líquida (US$ milhões) 2.507 2.660 2T07 2T08 +6% +6% - 11% - 11%

A receita líquida do 2T08 ficou em linha com a do 1T08, tendo como contribuições positivas (i) aumento de 18% no volume de resinas vendidas no mercado doméstico e (ii) aumento de 22% na receita líquida de soda, com melhores preços e volumes vendidos, compensados por (i) uma redução de 6% nas receitas com vendas de eteno, propeno e aromáticos, em virtude de menor produção no período de todos esses produtos. Quando expressa em dólares, a receita líquida consolidada no 2T08 foi 5% maior, principalmente pelo aumento de 3% nos preços em dólares das resinas e pelos maiores preços de petroquímicos básicos no período.

Nessa base de comparação, as exportações do 2T08 ficaram 3% acima do trimestre anterior, quando foram de US$ 509 milhões (20% da receita líquida). Este aumento é explicado principalmente por maiores receitas com buteno e MTBE. As vendas para América do Sul e Europa representaram 66% das exportações no 2T08, apoiadas pela maior atuação da Braskem nos seus escritórios comerciais nessas regiões.

Abaixo as variações da receita líquida total para estes períodos: Receita Líquida (R$ milhões) 4.410 4.405 1T08 2T08 Receita Líquida (US$ milhões) 2.540 2.660 1T08 2T08 + 5% Receita Líquida (R$ milhões) 4.410 4.405 1T08 2T08 Receita Líquida (US$ milhões) 2.540 2.660 1T08 2T08 + 5% Receita Líquida (US$ milhões) 2.540 2.660 1T08 2T08 + 5% + 5%

A Braskem anunciou realinhamentos de preços para as resinas termoplásticas para o mercado doméstico, para os meses de junho e julho, que irão influenciar positivamente as receitas com resinas do 3T08. Os realinhamentos serão em média de 10% para cada mês, sendo suportados pela (i) demanda doméstica atual; e (ii) aumento dos preços de resinas no mercado internacional em razão da alta da matéria-prima.

DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES (2T08)

Europa 31% América do Norte 30% Outros 4% América do Sul 35%

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No 2T08, 55% da receita líquida (excluindo-se revenda de condensado e vendas da Ipiranga Química) foi composta por resinas termoplásticas, 4 p.p. acima da receita do 1T08, confirmando o foco estratégico da Companhia em resinas termoplásticas. Dentre as resinas termoplásticas merece destaque as vendas recordes de UTEC (PE) no 2T08, resina de alto valor adicionado da Braskem. Desde o 1T06 a resina UTEC apresentou um aumento de 64% em seu volume de vendas.

Na comparação semestral, a receita líquida da Braskem foi de R$ 8,8 bilhões no 1S08, com uma redução de 6% em relação à receita obtida no 1S07. A redução de 12% nas exportações no período e a menor receita com processamento de condensado em R$ 261 milhões foram parcialmente compensados pelo aumento de 13% nos volumes domésticos de resinas e de 2% nos preços em reais destes produtos. Além disso, a receita líquida foi impactada pelo impacto da apreciação do real sobre os nossos preços, que são referenciados em dólar.

Em dólares, e excluindo o efeito da receita com processamento de condensado, a receita líquida atingiu US$ 5,0 bilhões, com aumento de 16% entre os semestres. O aumento é função principalmente dos maiores volumes de resinas como também de preços de resinas 26% maiores, em dólares, no mercado doméstico.

Receita Líquida (R$ milhões) 9.393 8.816 1S07 1S08 Receita Líquida (US$ milhões) 4.606 5.200 1S07 1S08 + 13% + 13% - 6% - 6%

3.2 Custo dos Produtos Vendidos (CPV)

Durante o 2T08, o custo dos produtos vendidos ("CPV") da Braskem foi de R$ 3,8 bilhões, uma redução de 7% em relação ao CPV registrado no 2T07. Excluindo-se os custos relacionados ao processamento de condensado da Copesul de ambos os períodos, o CPV ficou estável. Apesar da redução do custo fixo em R$ 43 milhões e do menor volume vendido, o CPV foi impactado pelo aumento de R$ 134 milhões nos custos com nafta. No Brasil, a nafta subiu 18% no 2T08 comparado ao 2T07 e 21% no semestre.

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Na comparação com o 1T08, o CPV ficou em linha. Excluindo-se os custos relacionados ao processamento de condensado temos uma alta de 1% no CPV. Essa alta deve-se basicamente ao aumento de R$ 56 milhões nos custos de nafta.

O preço médio da nafta ARA (Amsterdã – Roterdã – Antuérpia) no 2T08 alcançou a média de US$ 995/t, um aumento de 48% comparado ao preço de US$ 670/t registrado no 2T07 e um aumento de 18% na comparação com o preço de US$ 842/t do 1T08. A nafta manteve, portanto, sua trajetória ascendente de preço, acompanhando a cotação do barril do petróleo, tendo alcançado em junho de 2008 o recorde histórico de US$ 1.092/t. O impacto do maior custo da nafta nos custos da Companhia no 2T08, quando comparado ao 2T07, foi de US$ 344 milhões.

Durante o 2T08, a Braskem comprou 1.700 mil toneladas de nafta, das quais 1.117 mil toneladas (66%) foram adquiridas da Petrobras – sua principal fornecedora de

matéria-prima. O restante, 583 mil toneladas (34%), foi importado diretamente pela Companhia, principalmente do norte da África e da Argentina. O menor volume de compra de nafta refere-se à menor produção em insumos básicos no 2T08, conforme informado anteriormente.

A depreciação e amortização incluídas no CPV atingiram R$ 176 milhões em 2T08, em linha com o 1T08 e 13% abaixo do 2T07, em virtude dos menores volumes vendidos em relação ao ano passado.

Na comparação semestral, o CPV do 1S08 foi de R$ 7,5 bilhões, praticamente em linha com os R$ 7,4 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. Excluindo-se os custos relacionados ao processamento de condensado da Copesul de ambos os períodos, o CPV apresentou alta de 5%, ou R$ 327 milhões. A alta de R$ 601 milhões nos custos de nafta foi a principal responsável por este aumento, tendo sido parcialmente compensada por uma redução de R$ 72 milhões nos custos fixos, além do menor volume vendido.

O CPV da Braskem vem sendo impactado negativamente, nos últimos 2 anos, pela escassez e irregularidade no fornecimento de gás natural em Camaçari. Em 2008, o impacto dos maiores custos de energia pelo uso de óleo combustível em substituição ao gás natural afetou negativamente o resultado da Braskem em R$ 29 milhões.

3.3 Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (DVGA)

A Braskem está comprometida em reduzir os seus custos e despesas fixas com objetivo de aumentar sua competitividade. Dentro desse contexto, a Companhia iniciou, no 4T07, um programa de redução de custos e despesas fixas, cujos resultados serão capturados em 2008 e são complementares ao programa de sinergias relacionado à consolidação dos ativos petroquímicos do Complexo de Triunfo.

No 2T08, as despesas de vendas, gerais e administrativas montaram a R$ 298 milhões, com redução de R$ 35 milhões em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

As despesas de vendas da Braskem no 2T08 foram de R$ 126 milhões, uma redução de R$ 2 milhões em relação às despesas registradas no 2T07.

Na comparação com o 1T08, as despesas de vendas foram R$ 33 milhões maiores, devido principalmente a maiores despesas com movimentação de produtos entre os centros de distribuição e aumento de despesas variáveis de vendas relativas à exportação.

No 2T08, as despesas gerais e administrativas consolidadas alcançaram R$ 172 milhões, uma redução de R$ 33 milhões comparado ao 2T07. A redução nas despesas gerais e administrativas já é resultado do

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programa de redução de gastos fixos anunciado ao mercado e em implementação pela Braskem desde o 4T07.

Na comparação com o 1T08, as despesas gerais e administrativas foram R$ 4 milhões maiores, principalmente devido a despesas relacionadas com otimização da estrutura organizacional e contribuição previdenciária sobre bônus anual.

No 1S08, as despesas de vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 559 milhões, com redução de R$ 118 milhões em relação ao 1S07, evidenciando os resultados do programa de redução de custos fixos.

3.4 EBITDA

O EBITDA consolidado da Braskem no 2T08 foi de R$ 519 milhões, o que representa um decréscimo de R$ 402 milhões em relação ao 2T07. Excluindo o efeito do ganho não-recorrente de R$ 111 milhões, derivado da reversão da provisão do PIS/Cofins no 2T07, temos uma redução de R$ 291 milhões. O maior custo da nafta, com impacto de R$ 134 milhões, combinados aos menores volumes vendidos de petroquímicos básicos foram responsáveis pela redução do EBITDA no período. A margem EBITDA da Braskem no 2T08 foi de 11,8%, comparada à margem EBITDA de 18,5% obtida no mesmo trimestre do ano anterior.

Quando expresso em dólares, o EBITDA no 2T08 atingiu o montante de US$ 314 milhões. Em bases comparáveis, a redução foi de US$ 95 milhões. O impacto dos aumentos dos preços de nafta, no montante de US$ 344 milhões, foi parcialmente compensado por preços de resina 28% maiores, em dólares.

465 314 2T07 2T08 -32% -32% EBITDA (US$ milhões) 921 519 2T07 2T08 - 44% - 44% EBITDA (R$ milhões)

Em relação ao 1T08, o EBITDA da Braskem apresentou uma queda de 11%, impactado principalmente pelos maiores despesas de vendas em R$ 33 milhões e redução de outras receitas operacionais em R$ 19 milhões. A margem EBITDA do 2T08, que foi de 11,8%, apresentou redução de 1,4 p.p. em relação ao 1T08.

Em dólares, o EBITDA do 2T08 ficou US$ 22 milhões menor do que o registrado no trimestre anterior. Mais uma vez, o impacto de US$ 108 milhões relativo ao aumento da nafta foi parcialmente compensado por um aumento de 5% na receita líquida.

EBITDA (US$ milhões) 336 1T08 2T08 - 7% 314 EBITDA (R$ milhões) 583 1T08 2T08 -11% 519 EBITDA (US$ milhões) 336 1T08 2T08 - 7% - 7% 314 EBITDA (R$ milhões) 583 1T08 2T08 -11% -11% 519

O EBITDA da Braskem no 1S08 apresentou uma redução de R$ 671 milhões, passando de R$ 1,8 bilhão no 1S07 para R$ 1,1 bilhão no 1S08. A margem EBITDA no 1S08 foi de 12,5%. Em dólares, o EBITDA do 1S08 alcançou US$ 649 milhões, com queda de US$ 220 milhões na comparação com o mesmo período do ano anterior. O aumento do custo da nafta contribuiu com US$ 846 milhões e foi parcialmente compensado pelos reajustes de preços de resinas implementados no mercado doméstico, seguindo a tendência dos preços internacionais.

O EBITDA dos últimos doze meses no 2T08 foi de R$ 2,5 bilhões, equivalente a US$ 1,4 bilhão, com margem de 13,7%.

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3.5 Participação em Sociedades Controladas e Coligadas

O resultado da Braskem com Participações em Sociedades Controladas e Coligadas no 2T08 foi negativo em R$ 57 milhões. Esse valor contempla as amortizações de ágio dos investimentos em Ipiranga Química e Copesul, e, excepcionalmente neste trimestre, dois ajustes cujo efeito líquido no lucro líquido é nulo: (i) um ajuste no valor de R$ 15 milhões referente à base de resultado da Petroflex para apuração do ganho na alienação, cuja contrapartida é contabilizada como resultado não-operacional, e (ii) uma provisão para perda na investida Alclor („Outros‟), no valor de R$ 9,7 milhões, como contrapartida de uma reversão de provisão para perda de AFAC (adiantamento para futuro aumento de capital) na linha de outras despesas/receitas operacionais.

No 1S08, o resultado com Participações em Sociedades Controladas e Coligadas foi de R$ 78 milhões, uma variação de R$ 22 milhões em relação ao 1S07 devido aos fatores explicitados acima e à maior amortização de ágio naquele período decorrente do ágio de Politeno.

Participações em Soc. Ligadas (R$ mil) 2T08 1T08 2T07 1S08 1S07

Equivalência Patr. Control. e Coligadas (14.832) 2.348 915 (12.484) 168

. Rionil 7 (76)

. Petroflex (14.981) 2.042 (12.939)

. Outros 149 306 908 455 244

Variação Cambial (6.628) 148 (3.893) (6.480) (6.701)

Outros (11.071) (1.531) 3.398 (12.602) 8.533

Sub Total (antes das amortizações) (32.531) 965 420 (31.566) 2.000

Amortizações de Ágios / Deságios (24.331) (22.504) (22.118) (46.835) (58.857)

TOTAL (56.862) (21.539) (21.698) (78.401) (56.857)

3.6 Resultado Financeiro Líquido

O resultado financeiro líquido foi uma receita de R$ 407 milhões no 2T08 contra uma despesa de R$ 59 milhões no 2T07, o que representou um ganho de R$ 466 milhões. Esse resultado está relacionado principalmente à diferença de variação cambial entre os períodos e seus impactos no resultado financeiro, além dos menores juros incorridos no período.

Na comparação com o 1T08, o resultado financeiro líquido do 2T08 apresentou um ganho de R$ 607 milhões. Novamente, o principal fator foi o aumento do impacto da variação cambial entre os períodos, já que a apreciação do Real em relação ao Dólar no 2T08 foi de 9% contra 1% no 1T08.

Excluindo-se os efeitos da variação cambial e monetária, o resultado no 2T08 foi uma despesa de R$ 136 milhões, com redução de R$ 134 milhões em relação ao 2T07, composta principalmente por: (i) redução de R$ 56 milhões em Juros e Vendor em função da queda do custo médio do endividamento em dólares – que era de 8,1% no 2T07 e caiu para 6,4% a.a. no 2T08 e da redução das operações de vendor; (ii) menores gastos com despesas tributárias com um impacto de R$ 30 milhões, compatíveis com o volume de captações de cada trimestre e com a extinção da CPMF; (iii) redução de R$ 11 milhões em Juros sobre Passivos Tributários devido à queda dos encargos SELIC sobre os Passivos Tributários; e (iv) R$ 45 milhões de redução entre Outras despesas e Outras receitas, devido sobretudo a menores encargos com fornecedores. Na comparação com o 1T08, o resultado financeiro do 2T08, excluindo-se os efeitos da variação cambial e monetária, apresentou uma redução de R$ 40 milhões. As principais variações foram: (i) queda de R$ 15 milhões em Juros e Vendor, decorrente da redução do custo médio do endividamento em dólares, que passou de 7,0% a.a. no 1T08 para 6,4% a.a. ao final do 2T08; (ii) aumento de R$ 6 milhões em receita de juros devido ao maior caixa médio do trimestre; e (iii) menores gastos com despesas tributárias em R$ 5 milhões, devido ao menor volume de captações e amortizações neste trimestre.

Na tabela a seguir, detalhamos a composição do resultado financeiro da Braskem em bases trimestrais. Nesse trimestre, adicionamos as linhas de Juros Selic s/Ativos Tributários e Outras Receitas de forma a compatibilizar a abertura do resultado financeiro desse release com as informações trimestrais (ITR).

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(R$ Milhões)

2T08 1T08 2T07 1S08 1S07

Despesas financeiras 473 (231) 14 242 (81)

Juros Financiamento / Vendor / Recebíveis (109) (124) (165) (233) (327)

Variação Monetária (VM) (53) (37) (62) (90) (127)

Variação Cambial (VC) 708 25 394 733 653

Desp c/Oper. Financ.(CPMF/IOF/IR/PIS/COFINS) (9) (14) (39) (22) (70)

Juros SELIC s/Passivos Tributários (18) (25) (29) (43) (59)

Outras Despesas (47) (55) (85) (102) (153)

Receitas financeiras (66) 30 (73) (36) (81)

Juros 40 34 48 74 66

Variação Monetária (VM) 3 9 3 12 31

Variação Cambial (VC) (115) (21) (124) (136) (193)

Juros SELIC s/Ativos Tributários 2 3 3 5 6

Outras Receitas 3 6 (3) 9 8

Resultado Financeiro Líquido 407 (200) (59) 206 (162)

(R$ Milhões)

2T08 1T08 2T07 1S08 1S07

Resultado Financeiro Líquido 407 (200) (59) 206 (162)

Variação Cambial (VC) 593 4 270 598 461

Variação Monetária (VM) (50) (29) (59) (78) (96)

Resultado Fin excluindo-se a VC e VM (136) (176) (270) (313) (527)

3.7 Lucro Líquido

A Braskem registrou no 2T08 um lucro líquido de R$ 383 milhões após a participação de minoritários, o que representou um crescimento de 362% em relação ao lucro do 1T08 e de 36% em relação ao lucro do mesmo período do ano passado. O melhor resultado financeiro no período foi o principal responsável por esses aumentos.

No 1S08, a Companhia registrou lucro líquido de R$ 465 milhões, com crescimento de 14%, ou R$ 57 milhões em relação ao 1S07. Contribuiu positivamente para essa variação o ganho não-operacional resultante da venda da participação na Petroflex no valor de R$ 131 milhões, além do melhor resultado financeiro conforme já explicado.

3.8 Fluxo de Caixa Livre

A geração operacional de caixa (GOC) da Braskem foi positiva em R$ 1.455 milhões no 2T08, comparada a uma geração negativa de R$ 48 milhões no trimestre anterior. Esse aumento é explicado sobretudo pela contribuição do capital de giro, que foi de R$ 1 bilhão no 2T08 comparado a necessidades de capital de giro de R$ 468 milhões no 1T08. As principais variações foram: (i) acréscimo de R$ 799 milhões devido ao aumento de Fornecedores, relativo a maiores custos de matérias-primas e maiores prazos nas importações, (ii) redução em Demais contas a receber por conta do recebimento de R$ 252 milhões referente à alienação da participação da Braskem na Petroflex; (iii) redução do volume de Títulos e valores mobiliários com mais de 90 dias, no valor de R$ 275 milhões, e (iv) baixa nos Estoques, principalmente em produtos acabados, no valor de R$ 65 milhões. Esses impactos positivos foram parcialmente compensados por um aumento em Contas a receber no valor de R$ 459 milhões, referente a uma concentração de faturamento em junho.

No 1S08, a GOC da Braskem foi positiva em R$ 1.407 milhões comparada a R$ 1.866 milhões no 1S07. Essa redução é explicada principalmente pelo menor resultado operacional em 2008.

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R$ milhões 2T08 1T08 2T07 1S08 1S07

G.O.C. 1.455 (48) 754 1.407 1.866

Juros Pagos (131) (149) (176) (281) (338) Atividades de investimento (572) (1.151) (1.114) (1.723) (1.338) Recompra / resgate de ações1 (53) - - (53)

-Fluxo de caixa Livre 699 (1.349) (535) (650) 190 IR / CS Pagos (23) (22) (85) (44) (199)

1 No 2T08, refere-se a desembolsos associados ao novo Programa de Recompra de Ações da Braskem e a pagamento aos

dissidentes do recesso da aquisição do Grupo Ipiranga e do Acordo de Investimentos com Petrobras/Petroquisa

As atividades de investimento do 1T08 incluem a última parcela referente à aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, no valor de R$ 638 milhões, além da última parcela do pagamento da Politeno, no valor de R$ 247 milhões. O montante do 2T07 incluía a primeira parcela referente à aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, no valor de R$ 652 milhões.

3.9 - Estrutura de Capital e Liquidez

Em 30 de junho de 2008, a Braskem apresentou dívida bruta de R$ 8,8 bilhões, R$ 564 milhões menor do que a registrada em 31 de março de 2008, devido à liquidação de empréstimos vincendos no curto prazo e do impacto positivo da variação cambial no valor de R$ 589 milhões, parcialmente compensados pela consolidação integral da Petroquímica Paulínia, com impacto negativo de R$ 277 milhões.

Em 30 de junho de 2008, o saldo de caixa e aplicações caiu 5% em relação a 31 de março de 2008, alcançando R$ 1,8 bilhão, impactado principalmente pelo: (i) pagamento de dividendos no valor de R$ 300 milhões; e (ii) investimentos realizados no montante de R$ 555 milhões. Esses fatores foram parcialmente compensados pelo recebimento de R$ 252 milhões relativos à alienação da participação na Petroflex.

Dívida Bruta (R$ milhões) 9.363 8.799 Mar 08 Jun 08 - 6%

Saldo Caixa + Aplicações (R$ milhões) 1.831 Mar 08 Jun 08 1.932 789 1.143 Aplicações em US$ Aplicações em R$ - 5% - 5% 1.134 697

Dessa forma, a dívida líquida consolidada da Braskem em 30 de junho foi de R$ 7,0 bilhões, uma redução de R$ 463 milhões em relação aos R$ 7,4 bilhões registrados em 31 de março de 2008. Em dólares, a dívida líquida aumentou de US$ 4,2 bilhões em 31 de março de 2008 para US$ 4,4 bilhões em 30 de junho de 2008.

Apesar da redução da dívida líquida, a alavancagem financeira da Companhia, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA, passou de 2,56x no 1T08 para 2,78x no 2T08 (últimos 12 meses), devido à redução do EBITDA nos últimos 12 meses.

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Dívida Líquida / EBITDA(x) 2,56 2,78 Mar 08 Jun 08 +9% +9% Dívida Líquida (R$ milhões) 7.431 6.968 Mar 08 Jun 08 Dívida Líquida (US$ milhões) 4.249 4.377 Jun 08 +3% - 6%- 6% Mar 08

O prazo médio do endividamento foi aumentado em quase um ano, tendo passado de 9,7 anos ao final de março de 2008 para 10,5 anos ao final de junho de 2008. A Companhia tem como prioridade concluir a substituição do empréstimo-ponte, no montante total de US$ 1,2 bilhão, utilizado para a aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga e para fechamento do capital da Copesul, cujos vencimentos se darão em 2009 e 2010. Neste sentido, a Braskem já pagou parte deste empréstimo-ponte com a emissão de um Bond de 10 anos no valor de US$ 500 milhões em maio último, e continua trabalhando na substituição do restante desta operação por operações estruturadas que estenderão ainda mais o seu prazo médio de endividamento, cujo perfil de pagamentos anuais já é adequado à geração de caixa da Companhia.

Ao final de junho de 2008 o endividamento atrelado ao dólar norte-americano era de 70% contra 73% observado ao final do 1T08. Abaixo, detalhamos o endividamento bruto por categorias e por indexadores.

O gráfico a seguir ilustra a agenda de amortização consolidada da Companhia em 30 de junho de 2008.

30/06/08 Saldo das Disponibilidades Aplicado em US$ Aplicado em R$ 1.831 1.134 697 AGENDA DE AMORTIZAÇÃO (R$ milhões) 30/06/2008 Dívida Bruta: 8.799 Dívida Líquida: 6.968 em R$ Milhões Prazo Médio: 10,5 em anos 5% 25% 11% 2008 2009 2010 2011 11% 936 10% 2014/ 2015 933 493 2018/ 2020 2016/ 2017 6% 983* 2.186* 6% 1.357 557 947 2012/ 2013 11% Perpétuos 15% 407

* Inclui R$ 1,1 bilhão do empréstimo-ponte para aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, sendo R$ 990 milhões em 2009 e R$ 145 milhões em 2010

Endividamento Bruto por Categoria Endividamento Bruto por Indexador

TJLP 14% CDI 13% Trade Finance 22% 35% Bridge Loan 13% Pré-fixado 3% US$ 70% Mercado de Capitais 40% Aquisição de Investimentos 13% Agentes Governamentais Nacionais 18% Agentes Governamentais Estrangeiros 2% Operações Estruturadas 27%

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4. INVESTIMENTOS:

Coerente com o seu compromisso com a disciplina de capital e com a realização de investimentos com retorno acima do seu custo de capital, a Braskem realizou investimentos consolidados no 1S08 que totalizaram R$ 797 milhões, o que se compara a R$ 545 milhões no 1S07.

Merece destaque, o investimento na planta de PP em Paulínia, que consumiu R$ 107 milhões em 2008. A planta entrou em operação no início do 2T08 e está em processo de certificação dos diversos grades de PP que serão produzidos. Além disso, a Companhia realizou desembolsos no valor de R$ 245 milhões em paradas programadas para manutenção, em linha com o objetivo de manter suas plantas operando com altos níveis de confiabilidade.

5. CONSOLIDAÇÃO DOS ATIVOS PETROQUÍMICOS DO SUL

A aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga foi concluída no 1T08, com o pagamento da última parcela e a entrega dos ativos pela Ultrapar, ocorridas em 27 de fevereiro de 2008. Dando prosseguimento ao processo de consolidação, em 30 de maio de 2008, a Petroquisa integrou na Braskem suas participações no capital da Copesul, Ipiranga Petroquímica, Ipiranga Química e da Petroquímica Paulínia, passando a deter 23% de participação no capital total.

Neste processo de consolidação foram identificadas uma série de oportunidades de captura de sinergias e criação de valor, sendo que o montante esperado é de US$ 1,1 bilhão, em valor presente líquido. A Companhia estima que os ganhos serão capturados até 2009. Esse montante se compõe de oportunidades em diversas frentes, com destaque para: industrial e comercial, que representam quase metade do montante esperado, e financeira, de cerca de US$ 400 milhões, cuja captura será acelerada com a incorporação dos ativos, o que deve ocorrer até o final de 2008. Os investimentos necessários para a realização destas sinergias envolvem um montante aproximado de R$ 250 milhões.

Quando expressas em bases anuais e recorrentes, a Braskem tem expectativa de capturar cerca de R$ 200 milhões em EBITDA, sendo R$ 108 milhões já em 2008. A captura das sinergias segue em ritmo acelerado e até o 1S08 foram capturados R$ 125 milhões em ganhos anuais e recorrentes de EBITDA, com foco nas iniciativas ligadas à área comercial e supply-chain. Além desse ganho operacional, a Braskem capturou R$ 59 milhões anuais e recorrentes adicionais com impacto em caixa.

6. PERSPECTIVAS:

O cenário macroeconômico mundial segue influenciado positivamente pelos mercados emergentes, com destaque para os altos níveis de crescimento dos países integrantes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), liderados pela China, que registrou crescimento de 10% no 1T08. Por outro lado, existe a crescente expectativa de desaceleração da economia norte-americana. Esses fatores combinados devem resultar em crescimento global em torno de 4% para 2008.

O setor petroquímico permanece com preços elevados para resinas termoplásticas, mesmo com a expectativa das novas entradas de capacidade de eteno para os próximos anos. A manutenção desses preços elevados pode ser explicada principalmente por: (i) atraso nas entradas de capacidade do Irã; (ii) incertezas na entrada em operação das demais novas capacidades, em virtude da alta demanda global por recursos e engenharia para projetos de grande porte e aumento no valor dos investimentos; (iii) manutenção da forte demanda por resinas na Ásia e América Latina e (iv) fechamento de capacidades

INVESTIMENTOS (R$ milhões) Aumentos de Capacidade / Petroquímica Paulínia Reposição de Equipamentos SSMA Tecnologia Produtividade Qualidade / Outros

Sistema de Informação (Fórmula Braskem) 147 119 89 27 125 20 25

797

1S08

245 Paradas de Manutenção

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menos competitivas e reduções nas taxas de utilização de eteno por grandes players da petroquímica global em regiões de menor crescimento de demanda, como Europa e EUA.

Nesse contexto, a Braskem acredita que as entradas de capacidade serão realizadas em um ritmo mais gradual do que o estimado pelo mercado permitindo que os spreads de resinas sobre a nafta mantenham-se elevados em 2008.

A Braskem trabalha com um cenário de crescimento do PIB brasileiro em 2008 de cerca de 4,5% sustentado pela demanda interna, que resulta do aumento da renda disponível e da maior disponibilidade de linhas de crédito com prazos mais longos. Coerente com esse cenário e com o crescimento registrado no 1S08, o mercado de resinas termoplásticas no Brasil deverá crescer entre 10% e 12% em 2008 com destaque para os setores de construção civil, automobilístico, eletroeletrônicos e agronegócio, entre outros. A Braskem espera se beneficiar desse cenário por meio de sua posição de liderança no mercado combinada com uma estrutura diferenciada de produtos e serviços baseada na inovação e tecnologia, sempre visando a maior rentabilidade para os seus ativos. O cenário do 2S08 se mostra especialmente favorável, já que a Braskem prevê a elevada operabilidade de suas 4 unidades produtoras de petroquímicos básicos, com os ganhos de produtividade e eficiência decorrentes das paradas programadas para manutenção que foram realizadas no 2T08. Além disso, estão previstas paradas programadas em produtores brasileiros integrados e não-integrados de PE e PP durante o período.

No âmbito estratégico, a Braskem pretende avançar nas três frentes de sua estratégia de crescimento com criação de valor: (i) consolidação da indústria petroquímica brasileira, com a incorporação dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga e da Petroquímica Paulínia prevista para setembro de 2008 e a captura de US$ 1,1 bilhão de sinergias em valor presente líquido, cujas iniciativas devem estar concluídas nos próximos 24 meses; (ii) diversificação da matriz energética por meio de acesso a matérias-primas competitivas, fator cada vez mais primordial para a garantia da competitividade em um ambiente globalizado; e (iii) inovação, com o avanço do projeto do polímero verde a partir de etanol de cana-de-açúcar, bem como de outros projetos inovadores, ainda em estudo.

A Braskem deverá aumentar a sua capacidade de produção através da implementação de expansões de capacidade em plantas já existentes, com destaque para a expansão de capacidade de PVC em 200 mil toneladas, programada para entrar em operação em 2011. Além disso, permanece em estudo uma nova planta de PP, em Camaçari, para 2012.

Dentro dos projetos de crescimento com melhoria da competitividade através de acesso a matéria-prima competitiva, a Braskem está trabalhando em dois projetos integrados na Venezuela, em parceria paritária com a Pequiven. Um projeto para produção de 450 mil toneladas de PP integrada com uma unidade de desidrogenação de propano, com início previsto para 2010, e um projeto para produção de 1.100 mil toneladas de PE integrado com um cracker de etano, com início previsto para 2012. Os volumes de PP e PE atenderão ao mercado venezuelano de resinas e fornecerão uma base competitiva para exportação para a América do Norte, Europa e costa oeste da América do Sul.

Os acordos de acionistas referentes a essas empresas já foram assinados e se pautam em modernas práticas de Governança Corporativa, com predominância das decisões de consenso e definição clara da atuação de cada parceiro. Ainda em 2008, essas joint ventures, especialmente a Propilsur (projeto de PP), devem concluir a estruturação do project finance com a participação de agências de crédito à exportação, bancos de fomento e bancos privados, e na finalização dos estudos e engenharia de ambos os projetos. Nesse contexto e para o projeto de PP, em julho último, Braskem e Pequiven tomaram a decisão de iniciar a compra em outubro de 2008 dos equipamentos de longo prazo de entrega. A conclusão de engenharia básica e estimativa mais detalhada de custos deve ocorrer na mesma época. O próximo passo será, então, levar o projeto aos respectivos Conselhos de Administração para decisão final de investimento.

No âmbito da inovação, a Braskem pretende apresentar ao Conselho de Administração no 2S08 o projeto para implantar uma nova planta para produção de polietileno verde a partir do etanol de cana-de-açúcar com entrada em operação prevista para 2010 e com capacidade para 200 mil toneladas/ano. A planta, cujo investimento previsto é de cerca de R$ 450 milhões, ficará localizada no Pólo Petroquímico de Triunfo e já

(16)

tem demanda identificada e sendo contratada em setores como embalagem para alimentos, cosméticos e automotivo.

Todas essas frentes de crescimento objetivam posicionar a Braskem como uma das 10 maiores petroquímicas globais, em enterprise value, criando valor para todos os seus acionistas.

7. LISTAGEM DE ANEXOS

Pág. ANEXO I – Demonstrativo de Resultados Consolidado 17 ANEXO II – Balanço Patrimonial Consolidado 18 ANEXO III – Fluxo de Caixa Consolidado 19 ANEXO IV - Volume de Produção Consolidado 20 ANEXO V – Volume de Vendas Consolidado – Mercado Interno 21 ANEXO VI – Volume de Vendas Consolidado – Mercado Externo 22 ANEXO VII – Receita Líquida Consolidada – Mercado Interno 23 ANEXO VIII - Receita Líquida Consolidada – Mercado Externo 24

A Braskem, petroquímica brasileira de classe mundial, é líder em resinas termoplásticas na América Latina e a terceira maior companhia industrial privada de capital nacional. Com 19 plantas industriais localizadas no país, a empresa tem capacidade anual de produção de mais de 10 milhões de toneladas de produtos químicos e petroquímicos.

RESSALVA SOBRE INFORMAÇÕES FUTURAS

Esse documento contém informações futuras. Tais informações não são apenas fatos históricos, mas refletem as metas e as expectativas da direção da Braskem. As palavras "antecipa", "deseja", "espera", "prevê", "pretende", "planeja", "prediz", "projeta", "almeja" e similares, escritas, pretendem identificar afirmações que, necessariamente, envolvem riscos conhecidos e desconhecidos. A Braskem não se responsabiliza por operações ou decisões de investimento tomadas com base nas informações contidas nesse documento.

(17)

ANEXO I

Demonstrativo de Resultados Consolidado

(1)

(R$ milhões)

Receita Bruta 5.625 5.638 6.161 (0) (9) 11.263 11.781 (4)

Receita Líquida 4.405 4.410 4.969 (0) (11) 8.816 9.393 (6)

Custo dos Produtos Vendidos (3.768) (3.760) (4.037) 0 (7) (7.528) (7.449) 1

Lucro Bruto 637 650 932 (2) (32) 1.288 1.944 (34)

Despesas com Vendas (126) (93) (128) 36 (1) (220) (295) (26)

Despesas Gerais e Administrativas (172) (167) (205) 3 (16) (339) (382) (11)

Depreciação e Amortização (130) (131) (122) (1) 6 (260) (230) 13

Outras Receitas (Despesas) Operacionais 5 24 120 (79) (96) 29 116 (75)

Participação em Sociedades Ligadas (57) (22) (22) 164 162 (78) (57) 38

.Resultado de Equivalência Patrimonial (33) 1 0 - - (32) 2

.Amortização de Ágio/Deságio (24) (23) (22) 8 10 (47) (59) (20)

Lucro Operacional antes do Resultado Financeiro 157 261 575 (40) (73) 419 1.096 (62)

Resultado Financeiro Líquido 407 (200) (59) - - 206 (163)

-Lucro Operacional 564 61 516 829 9 625 933 (33)

Outras Receitas (Despesas) Não Operacionais 10 113 (22) (91) - 122 (25)

-Lucro antes do IR e CS 574 173 494 231 16 747 908 (18)

Imposto de renda / Contribuição Social (184) (47) (70) 288 163 (231) (208) 11

Participação dos Colaboradores (6) (6) (5) 6 26 (13) (5) 146

Resultado Antes da Participação de Minoritários 384 120 420 220 (8) 504 695 (28)

Participação de Minoritários (1) (37) (138) (97) (99) (38) (287) (87)

Lucro (Prejuízo) Líquido 383 83 281 362 36 465 408 14

Lucro por ação (LPA) 0,73 0,19 0,76 283 (3) 0,89 1,10 (19)

Lucro por ação ex-amortização de ágio 0,98 0,49 1,08 101 (9) 1,39 1,69 (18)

EBITDA 519 583 921 (11) (44) 1.102 1.774 (38) Margem EBITDA 11,8% 13,2% 18,5% -1,4 p.p. -6,7 p.p. 12,5% 18,9% -6,4 p.p. -Depreciação e Amortização 305 300 324 2 (6) 605 621 (2) . Custo 175 170 202 3 (13) 345 391 (12) . Despesas 130 131 122 (1) 6 260 230 13 Var. (%) (A)/(B)

Demonstração de Resultado 2T08(A) 1T08(B) 2T07(C) 1S08(D) 1S07(E) Var. (%)

(D)/(E) Var. (%)

(A)/(C)

(18)

ANEXO II

Balanço Patrimonial Consolidado

(R$ milhões)

Circulante 6.969 6.851 2

. Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras 1.805 1.727 4

. Contas a Receber 1 1.752 1.362 29

. Estoques 2.703 2.733 (1)

. Impostos a Recuperar 464 482 (4)

. Dividendos e Juros s/ Capital Próprio 0 3 (100)

. Despesas do Exercício Seguinte 37 56 (34)

. Outros 208 4882 (57)

Realizável a Longo Prazo 1.801 2.005 (10)

. Sociedades Ligadas 44 47 (6)

. Depósitos Judiciais e Compulsórios 108 113 (5)

. IR e CS Diferidos 355 405 (12) . Impostos a Recuperar 1.157 1.126 3 . Outros 137 314 (56) Permanente 12.754 12.251 4 .Investimentos 44 42 6 .Imobilizado 3 10.202 9.540 7 .Diferido 2.508 2.669 (6) Total do Ativo 21.524 21.108 2 Circulante 5.197 5.213 (0) . Fornecedores 4 3.627 2.866 27 . Financiamentos 904 1.387 (35)

. Salários e Encargos Sociais 200 261 (23)

. Dividendos e Juros s/ Capital Próprio 7 308 (98)

. Imposto de Renda a Pagar 92 55 67

. Impostos a Recolher 174 158 10

. Adiantamentos de Clientes 86 65 32

. Outros 108 112 (4)

Exigível a Longo Prazo 9.389 9.397 (0)

. Financiamentos 7.895 7.976 (1)

. Impostos e Contribuições a Recolher 1.308 1.247 5

. Outros 186 174 7

Resultados de Exercícios Futuros 37 24 52

Participação Acionistas Minoritários 12 635 (98)

Patrimônio Líquido 6.889 5.839 18 . Capital Social 5 5.362 4.641 16 . Reservas de Capital 457 457 0 . Ações em Tesouraria (66) (13) 406 . Reserva de lucros 671 671 0 . Lucros Acumulados 465 83 462 Total do Passivo e PL 21.524 21.108 2 Notas:

1 Menor volume de operações financeiras envolvendo o Contas a Receber no 2T08.

ATIVO PASSIVO E P.L. 31/03/2008(B) 30/06/2008 (A) 30/06/2008 (A) Var. (%) (A)/(B) Var. (%) (A)/(B) 31/03/2008 (B)

5 Valor de Junho de 2008 contempla emissão de 46,9 milhões ações ordinárias e cerca de 43 milhões de ações preferenciais classe A relativas ao processo de incorporação da Grust Holdings S/A.

4 Aumento de R$ 761 milhões referente a aumento no custo de matérias-primas e de prazo nas importações. 3 Aumento de R$ 636 milhões referente à consolidação total de Paulínia e à imobilização de investimentos realizados no 2T08.

2 No 1T08, contempla R$ 252 milhões relativos à alienação da Petroflex, recebidos em 1 de abril de 2008.

(19)

ANEXO III

Fluxo de Caixa Consolidado

(R$ milhões)

Lucro Líquido 383 83 281 465 408

Despesas (Receitas) que não afetam o caixa 41 337 267 379 719

Depreciação e Amortização 307 308 324 615 621

Participações em Sociedades Ligadas 57 22 22 78 57 Juros, Variações Monetárias e Cambiais, Líquidas (431) 91 (116) (340) (140)

Participação de Minoritários 1 37 138 38 287

Outros 107 (121) (102) (14) (106)

Geração de caixa antes de var. do capital circ. oper. 424 420 548 844 1.127

Efeito no caixa Ipiranga/Paulínia 21 (0) (1) 21 (1)

Variação de Ativos e Passivos, Circulante e LP 1.010 (468) 207 542 740

(Acréscimo) Decréscimo em Ativos 160 (400) 126 (240) 850

Títulos e Valores Mobiliários 275 29 (3) 304 364

Contas a Receber (459) 133 82 (326) 298

Tributos a Recuperar (44) (97) 33 (141) 68

Estoques 65 (443) 46 (378) 9

Despesas Antecipadas 27 14 17 41 36

Dividendos Recebidos 3 4 (0) 7 83

Demais Contas a Receber 293 * (40) (49) 252 (7)

Acréscimo (Decréscimo) em Passivos 851 (68) 81 782 (110)

Fornecedores 799 (124) 64 675 (125)

Adiantamento de Clientes 24 15 (1) 39 0

Incentivos Fiscais 14 (1) 17 13 31

Impostos e Contribuições 53 38 18 91 24

Demais Contas a Pagar (40) 4 (18) (36) (40)

Geração operacional de caixa 1.455 (48) 754 1.407 1.866

Atividades de Investimento (572) (1.151) (1.114) (1.723) (1.338)

Alienação de Ativos Permanente 2 1 1 3 1

Aplicação nos Investimentos (14) (622) (785) (636) (785)

Aplicação no Imobilizado (556) (242) (324) (798) (542)

Aplicação no Diferido (4) (288) (5) (292) (12)

Sociedades Controladas, Coligadas e Interligadas, líquido 0 0 131 0 86

Atividades de Financiamento (661) 883 266 222 (411)

Ingressos 1.421 2.208 2.939 3.630 3.633

Amortizações e Juros Pagos (1.730) (1.326) (2.644) (3.056) (3.813)

Recompra / resgate de valores mobiliários (53) - - (53)

Dividendos / Juros sobre Capital Próprio (300) (0) (29) (301) (230)

Outros 1 1 0 2 (0)

Aumento (Diminuição) do Caixa e Equivalentes 222 (316) 38 (94) 204

Caixa e Equivalentes no Início do Período 1.574 1.890 1.882 1.890 1.717

Caixa e Equivalentes no Final do Período 1.796 1.574 1.920 1.796 1.920

* Inclui R$ 252 milhões referente ao recebimento da venda de Petroflex

1S08 1S07

(20)

ANEXO IV

Volume de Produção Consolidado

toneladas 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 Poliolefinas . PE´s 409.041 414.299 422.471 403.736 397.486 330.686 . PP 174.351 178.843 177.035 178.457 175.991 163.432 . Total (PE´s + PP) 583.392 593.142 599.507 582.193 573.477 494.118 Vinílicos . PVC 116.518 113.911 114.831 120.162 130.023 129.916 . Soda Líquida 113.757 114.666 114.261 115.873 120.228 113.838 . EDC 46.110 13.018 34.758 27.196 26.762 15.795 . Cloro 14.970 15.615 15.890 15.890 15.047 12.907 Insumos Básicos . Eteno 590.071 601.286 593.470 581.322 586.278 461.410 . Propeno 296.683 297.634 300.766 288.959 288.473 224.645 . Benzeno 186.506 175.325 184.170 174.880 173.943 137.215 . Butadieno 64.901 49.137 68.820 66.675 63.147 48.361 . Tolueno 7.765 15.747 6.303 7.963 7.000 12.007 . Gasolina (m3) 166.303 163.585 178.491 167.956 171.437 130.149 . Paraxileno 37.453 15.910 46.089 42.212 32.132 24.263 . Ortoxileno 19.877 14.578 18.008 17.744 15.891 10.134 . Isopreno 3.152 3.742 3.106 3.023 5.176 4.487 . Buteno 1 17.961 13.748 14.688 22.089 22.961 20.747 . MTBE 62.334 48.553 46.834 32.268 30.689 25.336 . ETBE - - 9.367 37.992 40.814 30.056 . Xileno Misto 25.890 40.074 20.419 19.298 22.934 16.303 Des. de Negócios . PET 15.320 10.249 - - - . Caprolactama 11.730 8.358 10.542 10.986 11.871 11.372 PRODUÇÃO

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