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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação- FAAC

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação- FAAC Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo- DAUP

INFORMATIZAÇÃO DO ACERVO CARTOGRÁFICO DA EFNOB KM0/BAURU

Bolsista: Ana Luiza de Caires Schiavinato Orientador: Prof. Dr. Samir Hernandes Tenório Gomes

Período: Agosto de 2012 à Julho de 2013

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação- FAAC Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo- DAUP

INFORMATIZAÇÃO DO ACERVO CARTOGRÁFICO DA EFNOB KM0/BAURU

Relatório Final de pesquisa apresentado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. FAPESP

Processo n°: 2012/08626-3

Bolsista: Ana Luiza de Caires Schiavinato

Orientador: Prof. Dr. Samir Hernandes Tenório Gomes

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SUMÁRIO

RESUMO ... 1

1. INTRODUÇÃO ... 2

2. O CONTEXTO DA PESQUISA: A ESTRADA DE FERRO NOROESTE DO BRASIL ... 4

4. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ... 8

4.1 Etapas Realizadas ... 11

4.1.1 Fase 1: Pesquisa bibliográfica com a temática: A cartografia e o patrimônio cultural...12

4.1.2 Fase 2: Reconhecimento e identificação das fontes cartográficas do patrimônio industrial da EFNOB na cidade de Bauru/SP ... 18

4.1.3 Fase 3: Organização do Catálogo ... 25

4.1.4 Fase 4: Digitalização Cartográfica do Patrimônio Industrial da EFNOB na Cidade de Bauru/SP ... 29

4.1.5 Fase 5: Armazenamento e Gerenciamento das Imagens Digitais do Patrimônio Industrial da EFNOB ... 30

4.1.6 Fase 6: Desenvolvimento e Gerenciamento do Sistema Web do Acervo Cartográfico ... 43

5. CONCLUSÕES ... 53

6. DIFICULDADES E PROBLEMAS ENCONTRADOS ... 54

7. BIBLIOGRAFIA ... 55

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RESUMO

Este relatório é final e tem como função apresentar o conteúdo de atividades desenvolvidas pela aluna Ana Luiza de Caires Schiavinato, referente ao projeto de informatização do acervo cartográfico da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (EFNOB), processo Nº 2012/08626-3, realizada no período de agosto de 2012 à janeiro de 2013.

O trabalho faz parte do projeto intitulado “EFNOB Bauru Centro de Memória e Informação Virtual”, que por sua vez, faz parte do projeto maior “EFNOB/Bauru, Km0”, Edital FAPESP/CONDEPHAAT Nº 9/2011, processo Nº 11/51014-6 e Processo CONDEPHAAT Nº 12/50041-2.

O projeto consiste em facilitar o acesso e conhecimento de dados cartográficos concernentes ao patrimônio industrial ferroviário da EFNOB da cidade de Bauru/SP, com posterior inserção dessas informações em banco de dados on-line.

Com a disponibilização on-line dos dados, informações e imagens cartográficas obtidas, em formato digital, haverá efetiva contribuição para valorização do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB, assim como a preservação dos documentos constituintes do acervo, para melhor e maior utilização do arquivo e também contribuirá para futuras pesquisas da temática, assim como, banco de dados do Arquivo Público do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura de São Paulo.

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1. INTRODUÇÃO

No Brasil, o estudo e a preservação do patrimônio ferroviário industrial têm alcançado nos últimos anos crescente importância, principalmente, na discussão de muitas iniciativas que tem englobado a reabilitação e a revalorização de antigos vestígios deste patrimônio (linhas de trens, estações, depósitos, rotundas, oficinas e tantos outros). Nesse contexto, a importância atribuída ao patrimônio ferroviário industrial tem dado origem, de maneira recente, a muitas reflexões concretizadas em seminários, encontros, reuniões técnicas e pesquisas, cujos resultados são aplicados na divulgação das atividades concernentes a este patrimônio, bem como na definição de formas de permanência dessa herança cultural.

Figura 01 – Imagem da Rotunda e linhas férreas pertencentes, a época, a EFNOB, no município de Bauru/SP

FONTE: Acervo do Museu Ferroviário de Bauru, sem data

Nesse contexto, as ações concretas para a preservação da memória desse conjunto patrimonial industrial e ferroviário localizado na cidade de Bauru não têm conduzido a uma atitude positiva relacionada ao tratamento cartográfico desse acervo, de modo a atender um amplo leque de consultas e confecção de instrumentos de pesquisa. Os exemplos recentes de propostas de preservação neste patrimônio industrial ferroviário têm carecido de ferramentas

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conscientes de critérios de intervenção desses bens culturais. Na maioria das vezes, as propostas preservacionistas destes bens patrimoniais e culturais não têm levado em conta o potencial estratégico dos serviços informacionais disponíveis, permitindo que ações básicas de criação, ampliação e disseminação de informações na área operem sistemas de informações restritos ou ineficazes.

O resgate, a recuperação, a organização de fontes documentais e inventários na área de bens patrimoniais da ferrovia a fim de organizar o conhecimento produzido, sob impulso das tecnologias da informação e comunicação apontam como o melhor caminho para melhorar a qualidade de acesso e gerar imediatismo no atendimento das demandas informacionais. Questões metodológicas como essas poderiam sistematizar informações, tornando-as pertinentes, relacionando-as até constituírem um conjunto por meio do qual a memória coletiva passa a ser valorizada, tornando-se patrimônio cultural. Ou seja, essas ações, como última instância, velariam pela conservação dos fundos materiais e documentais de valor histórico e artístico relacionados ao patrimônio industrial e ferroviário.

Neste sentido, a pesquisa teve como objetivo a coleta, tratamento, seleção, organização e disseminação do acervo cartográfico do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB da cidade de Bauru/SP. Com amparo das novas tecnologias de acesso foi elaborada uma base de dados on-line, onde os resultados obtidos, quando da conclusão deste trabalho, foram inseridos e ganharam acesso remoto. Essa base tem como proposta à inserção no futuro Centro de Memória Informação Virtual em processo de instalação na cidade de Bauru, onde facilitará a busca em uma rede de dados dos acervos cartográficos, documentais e registros fotográficos relacionados a este patrimônio. Fornecer informações eficazes, confiáveis e de fácil acesso ao público geral e mais ainda à pesquisadores da área de patrimônio ferroviário industrial é outro foco do trabalho. Pretende-se assim divulgar e transferir os conhecimentos adquiridos nesta pesquisa que certamente irão suprir necessidades e demanda de informação na temática.

Outra pesquisa análoga e simultânea a esta, é desenvolvida pela bolsista Nayara Taliberti Lôvo (processo Nº 2012/06847-2) que analisa o acervo documental (relatórios, diários oficiais, jornais, boletins de pessoal, revistas, etc) da EFNOB existente no Museu Ferroviário de Bauru/SP. As duas pesquisas estão atreladas e vinculadas ao projeto maior intitulado “Estrada de Ferro Noroeste do Brasbil/Bauru, Km0” trabalho aprovado junto ao convênio FAPESP/CONDEPHAAT (processo 11/51014-6) e liberado pelo Prof. Dr. Nilson

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Ghirardello. Conta ainda com a participação do Prof. Dr. Eduardo Romero de Oliveira, docente do Departamento de Turismo da UNESP, campus de Rosana e um especialista em Patrimônio Industrial, Prof. Dr. Julián Sobrino Simal, docente do Departamento de História, Teoria y Composición Arquitectónica, de la Escuela Técnica Superior de Arquitetura, da Universidade de Sevilha, Espanha (através de convênio efetivado pela UNESP, com a Universidade de Sevilha – Espanha).

2. O CONTEXTO DA PESQUISA: A ESTRADA DE FERRO

NOROESTE DO BRASIL

Sob o desígnio de baratear os custos e agilizar os transportes, houve um grande desenvolvimento industrial na Europa no século XIX, o que proporcionou surgimento de novas tecnologias, cuja principal foi inventada por Stephenson em 1825, a locomotiva. Esta, aliada ao principal produto da revolução industrial, o ferro, foram associados nessa mesma época pelo veloz desenvolvimento que teve a malha ferroviária européia, principalmente na Inglaterra e na França. Na segunda metade do século é que esse desenvolvimento corre nos Estados Unidos, onde os trens levavam as tropas até os frontes de batalha durante a Guerra Civil Americana.

A busca por linhas férreas no Brasil ocorreu durante o império, quando houve aumento das exportações de café e havia necessidade de mais e melhores canais de escoamento da produção cafeeira. Em 1834, o regente Feijó autoriza a construção de estradas de ferro, porém, somente em 1854 o Barão de Mauá idealiza, implanta e custeia a primeira estrada de ferro brasileira.

Durante a Guerra do Paraguai (1864-1870) foi notória a precariedade dos meios de transporte entre a capital do Império e as províncias do interior, quando uma viagem do Mato Grosso ao Rio de Janeiro (capital brasileira da época) devia passar pelo rio Paraguai, rio Prata até chegar ao oceano Atlântico, o que demorava cerca de três meses. A necessidade de ligação entre o Mato Grosso e o resto do país ficou evidente após o fim da guerra. Com isso vários planos de interligação foram propostos, dentre os principais: Plano Bicalho (1881) e Plano Bulhões (1882). O primeiro propunha uma ligação férrea de norte a sul e uma mistura de transporte fluvial e ferroviário; o segundo propunha quatro grandes eixos principais dos quais

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o primeiro ligava o Rio de Janeiro ao Mato Grosso. Em 1890, na recém proclamada república, o Plano da Comissão foi proposto por uma comissão de engenheiro e técnicos.

Com traçado iniciado em Bauru e como destino a cidade de Cuiabá foi criada, em 18 de outubro de 1904, a Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do Brasil, C.E.F.N.O.B., formada por recursos brasileiros e franco-belgas. O local inicial foi escolhido devido à chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana e a possível chegada dos trilhos da Companhia Paulista de Trens, que acabou acontecendo.

Normalmente, as ferrovias passavam por grandes áreas produtoras de café, mas a Noroeste não foi direcionada para uma área economicamente desenvolvida e ativa, sendo a região a ser atravessada era praticamente inabitada e sem grandes atrativos. Portanto, em função disso, no ano de 1908 o governo federal modifica o traçado da ferrovia por meio de decreto, tendo agora como ponto final a cidade de Corumbá, e a ferrovia passaria a ter dois trechos, Bauru-Itapura e Itapura-Corumbá. A construção da ferrovia em Bauru iniciou-se em novembro de 1905, quando a cidade era uma minúscula vila e contava apenas com 600 habitantes.

As condições de trabalho eram subumanas. Por conta do isolamento geográfico e de falta de infra-estrutura, os empregados eram obrigados a comprar alimentos nos armazéns da Companhia, onde se endividavam. Doenças como leishmaniose, malária e febre amarela eram comuns e contraídas rapidamente entre os operários, visto que as condições sanitárias, de alimentação e de trabalho eram precárias.

Para a construção da ferrovia havia a necessidade de abrir caminho no meio do mato, literalmente. Com isso, foi somado ao problema de doenças, ataques de índios caingangues, os quais eram legítimos senhores da terra. Unindo o interesse de latifundiários de se apossar dessas terras próximas à linha de trem aos da Companhia, foram contratados grupos de homens armados para acompanhar as obras da ferrovia e exterminar os índios. Destruição dos trilhos, queima de postes telegráficos, e até execução de funcionários da estrada de ferro eram maneiras com que os indígenas revidavam.

Com a precariedade da ferrovia, em todos os setores, o Governo Federal teve que praticamente reconstruí-la. Na década de 1920, trechos inteiros foram refeitos, raios de curva ampliados, dormentes substituídos e estações erguidas em alvenaria, do contrário das poucas e péssimas que por vezes eram de madeira. A divisa entre os estados de São Paulo e Mato

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Grosso do Sul, o rio Paraná, que antes era feita penosa e demoradamente por ferry boats, em 1926, já era feita por uma ponte de ferro, considerada até hoje a maior do tipo no Brasil. Apesar disso, foi sobre o rio Paraguai que foi erguida uma ponte de dois quilômetros de extensão e com estrutura de concreto armado, sendo então mais arrojada, inaugurada em 1947, representando um enorme salto na engenharia civil do país.

A EFNOB é encampada pela Rede Ferroviária Federal SA em 1957 e se transforma em RFFSA. Por volta de 1990, a RFFSA é privatizada e a partir daí tanto a ferrovia quanto o restante da rede ferroviária do país começa a declinar, visto a concorrência dos automóveis, péssimas administrações e falta de interesse governamental. Atualmente, a América Latina logística, ALL, gerencia o transporte de cargas na linha. Extensas áreas estão encravadas na região central da cidade, permitindo ao longo dos anos, profundos desajustes nas dinâmicas e conformações do tecido urbano. Portanto, a preservação das estruturas físicas da antiga EFNOB, transcende o simples relevo local, para atingirem o interesse da memória nacional e das próprias relações estratégicas com nossos parceiros hispano-americanos, numa quase antevisão do Mercosul.

Figura 02 – Imagem do Prédio da Estação Central da NOB no município de Bauru/SP

FONTE: Acervo do Museu Ferroviário de Bauru, sem data

É de fundamental importância para a cidade de Bauru e para o estado de São Paulo a preservação e salvaguarda do complexo arquitetônico pertencente à antiga sede da EFNOB

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localizado em Bauru, pois é um dos maiores e melhores exemplares de edifícios ferroviários existentes no Brasil, retirando-o então do atual estado de abandono em que se encontra. Fazem parte do complexo da EFNOB edificações construídas em diferentes períodos e de peculiares características, conforme seu uso e data de construção, sendo eles: os antigos escritórios, erguidos a partir de 1905; as grandes oficinas construídas no início dos anos 1920; a estação central edificada entre 1934 3 1939; e a vila, erguida a partir de 1905, cujas casas pertenceram às várias hierarquias funcionais da ferrovia, desde o superintendente, passando pelos engenheiros e operários. Todo esse complexo de construções está sob estudo de tombamento pelo CONDEPHAAT, e já foram parcialmente tombadas pelo órgão de preservação local, o CODEPAC.

3. OBJETIVOS DA PESQUISA

O projeto consiste na informatização dos documentos cartográficos (mapas e plantas arquitetônicas) do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB na cidade de Bauru, propiciando migração desses documentos para uma base de dados on-line de acesso em formato digital. O interesse da pesquisa está na disponibilização dos arquivos dos documentos cartográficos em formato digital, com possibilidade de acesso pela internet contribuindo, desta forma, para uma valorização efetiva do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB, preservação dos documentos que constituem o acervo, e para uma melhor utilização do arquivo ao introduzir as facilidades de acesso, de consulta e de manipulação permitidas pelas tecnologias digitais.

Os objetivos específicos são:

 Criar formas de indexação, acesso, consulta, disponibilização e recuperação de documentos cartográficos do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB por meio de um sistema web;

 Indexar a coleção cartográfica do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB junto ao futuro Centro de Memória e Informação Virtual do Patrimônio

Industrial Ferroviário, proposta a ser criada pelo projeto "Estrada de Ferro

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 Fornecer de forma rápida, confiável e eficaz ao público-alvo, informação atualizada da coleção de mapas e plantas do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB;

 Recuperar fontes cartográficas informacionais que sinalizem a história do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB;

 Contribuir para a preservação do acervo cartográfico do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB da cidade de Bauru, reduzindo o manuseio e o acesso físico ao material original, criando uma cópia de segurança do material primário;  Contribuir na definição de políticas públicas à área de atuação da SEC/Condephaat e de interesse do Estado de São Paulo, para a salvaguarda do patrimônio material e imaterial da EFNOB/Bauru e do patrimônio cultural do Estado de São Paulo;

Os objetivos procuraram responder às seguintes questões: O trabalho com fontes cartográficas, a partir de suportes e tecnologias digitais com a finalidade de recolher, organizar e disponibilizar informação pode construir um modelo coerente na área de preservação e memória do patrimônio industrial ferroviário? O acesso, a consulta e a manipulação dos documentos cartográficos produzidos e disponibilizados no acervo digital podem contribuir na definição de políticas públicas para a salvaguarda do patrimônio material e imaterial da EFNOB e do patrimônio cultural do Estado de São Paulo? O acervo digital cartográfico do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB na cidade de Bauru/SP pode ser uma ferramenta estratégica no trabalho de inventariar, identificar, documentar (histórica, metrológica, sistema construtivo, acabamentos e estado de conservação dos materiais), localizar e analisar os prédios da EFNOB?

4. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Para a execução dos objetivos propostos, a pesquisa determinou um cronograma de ações divididos da seguinte forma:

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FASE 1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA COM A TEMÁTICA: A CARTOGRAFIA E O PATRIMÔNIO CULTURAL

 A cartografia, processo tecnológico e os reflexos sociais. A cartografia e a ciência da informação. A cartografia e as fontes documentais.

 Indexadores. A análise do conteúdo da imagem para seleção de indexadores.  Documentação patrimonial cartografia de bens culturais.

 Elementos históricos do patrimônio arquitetônico pertencente à EFNOB/Bauru.

FASE 2 – RECONHECIMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES CARTOGRÁFICAS DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DA EFNOB NA CIDADE DE BAURU/SP.

 A importância da localização de fontes primárias cartográficas: caminhos, formas e características.

 Reconhecimento e identificação básica do acervo cartográfico da EFNOB/Bauru. Definição tipológica cartográfica: ano, autoria, procedência, fundo ao qual pertence, descrição, numeração, etc.

 Montagem das fichas de identificação. Montagem de um Banco de Dados Digital para busca, recuperação e gerenciamento das informações cartográficas pré-catalogadas. FASE 3 – ORGANIZAÇÃO DO CATÁLOGO

 O papel dos catálogos cartográficos

 Organização do catálogo cartográfico do patrimônio arquitetônico pertencente à EFNOB/Bauru: histórico da constituição do acervo, metodologia de organização, tipo de material oferecido, etc.

FASE 4 – DIGITALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DA EFNOB NA CIDADE DE BAURU/SP.

 O uso da tecnologia digital no contexto das unidades informacionais

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cartográficos

 Digitalização dos documentos cartográficos da EFNOB/Bauru

 Captura digital (máquina fotográfica) executada pelo trabalho de campo da pesquisa. FASE 5 – ARMAZENAMENTO E GERENCIAMENTO DAS IMAGENS DIGITAIS DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DA EFNOB

 Estruturação do armazenamento e gerenciamento dos objetos digitais do banco de dados cartográficos. Definição de diretrizes na preservação do acervo e criação de cópias de segurança.

 Escolha de equipamentos e servidores (softwares e hardware) e plano de manutenção do sistema de banco de dados.

 Criação de cópias de segurança em dispositivos externos de armazenamento tais como: cd-rom, dvd, fita dat, fita dlt.

FASE 6 – DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DO SISTEMA WEB DO ACERVO CARTOGRÁFICO

 Criação de um sistema web para a migração, indexação, consulta e acesso on-line do acervo cartográfico

 Reunião do acervo digital de mapas e plantas, otimizando sua organização, gerenciamento, manutenção e compartilhamento por meio de um sistema web.

FASE 7 – DISPONIBILIZAÇÃO DO ACERVO CARTOGRÁFICO NO FUTURO CENTRO DE MEMÓRIA E INFORMAÇÃO VIRTUAL DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL FERROVIÁRIO DE BAURU

 Criação de repositório digital com alimentação e busca de rede on-line na home page do futuro Centro de Memória e Informação Virtual do Patrimônio Industrial

Ferroviário de Bauru

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4.1 Etapas Realizadas

As atividades realizadas ocorreram de acordo com o cronograma proposto entre o período de agosto/2012 a janeiro/2013. Como este projeto de iniciação científica está vinculado ao projeto “Estrada de ferro Noroeste do Brasil/Bauru, Km0”, fez-se uso dos equipamentos adquiridos em conjunto com o mesmo, sendo os mesmos indispensáveis para execução do propósito. Destacando-se a máquina fotográfica digital, que foi utilizada para capturar imagens não somente do espaço físico onde se encontra o acervo cartográfico da NOB, mas também do próprio material a ser indexado e execução das etapas. Assim como o scanner e o notebook, onde aquele é utilizado para gerar arquivos digitais dos mapas e plantas arquitetônicas, pois estes tem dimensões variadas, sendo que a maioria é maior que uma folha A3; e este, que é necessário para que as informações obtidas até o momento sejam passadas para o acervo digital.

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

Elaboração do projeto ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4 ETAPA 5 ETAPA 6 ETAPA 7 ETAPA 8

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4.1.1 Fase 1: Pesquisa bibliográfica com a temática: A cartografia e o patrimônio cultural

Na primeira fase foi feita a pesquisa bibliográfica para a abordagem teórica que subsidiou a coleta das informações e sua análise. Os principais pontos analisados são descritos a seguir:

 As novas tecnologias da informação e os acervos cartográficos: O desenvolvimento cada vez mais rápido das novas tecnologias da informação tem favorecido com soluções que se adéquam às diversas necessidades cotidianas. Nos centros de documentação e informação que trabalham com o patrimônio histórico no Brasil, por exemplo, no que diz respeito ao armazenamento, disponibilização, recuperação e acesso de informações até então disponíveis apenas em suportes físicos, especialmente em papel, a atuação da tecnologia, com ênfase para a informatização, tem promovido resultados evidentes para a preservação e acesso às informações, com destaque para aquelas que se encontram em meio físico, e que se fragilizam tanto pela ação do tempo, quanto por agentes externos e internos. Especificamente na área dos acervos cartográficos de mapas e plantas da ferrovia, o resgate, a recuperação, a organização de fontes documentais e inventários, a fim de organizar o conhecimento produzido, sob impulso das tecnologias da informação e comunicação apontam como o melhor caminho para melhorar a qualidade de acesso e gerar imediatismo no atendimento das demandas informacionais. Questões metodológicas como essas poderiam sistematizar informações, tornando-as pertinentes os conteúdos cartográficos, relacionando-as até constituírem um conjunto por meio do qual a memória coletiva passaria a ser valorizada, tornando-se patrimônio cultural. Ou seja, essas ações, como última instância, velariam pela conservação dos fundos materiais e documentais cartográficos de valor histórico e artístico relacionados ao patrimônio industrial ferroviário. Como exemplo de novas formas de acesso aos documentos cartográficos, as tecnologias de informação e comunicação despontaram como as grandes produtoras de alternativas na área da imagem e dos recursos digitais. A informatização inaugurou de maneira avassaladora, novos signos e colocou em ação a possibilidade de uma nova atuação dos sistemas informações no contexto do patrimônio cultural. Redes de

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telecomunicação, combinadas com recursos de telemática e de multimídia, voltaram-se para o oferecimento de um novo conceito de comunicação no contexto da preservação do patrimônio cultural. Todos esses fatores e desafios referendaram em novas alternativas no processo de disseminação e reprodução das coleções de mapas e plantas, abrindo um panorama de potencialidades e aplicações, como por exemplo, acesso a acervos de unidades de informação e distantes bases de dados cartográficos, buscas de dados e informações às fontes imagéticas, serviços online de pesquisa de imagens, acesso a centros bibliográficos e centros locais cooperativos de informação. Além disso, os repositórios digitais possibilitaram, de um modo eficaz, a disponibilização da informação através de uma organização alfabética, temática ou geográfica, essencial nos serviços de documentação cartográfica.

 A importância dos acervos cartográficos: Durante um longo período, os acervos cartográficos não foram considerados peças importantes nos planos de salvaguarda, porque eram considerados meramente copias e, assim, não recebiam a atenção devida ou o cuidado como os desenhos originais. Entretanto, aos poucos começa a esboçarem-se algumas modificações no sentido de se criarem novas condições de trabalho aos profissionais que lidam com esse suporte informacional. Neste contexto, os profissionais que militam em centros de memória e bibliotecas ou ainda os próprios organismos informacionais, tem produzido elos fundamentais na criação de sinergias em prol da valorização dos recursos cartográficos. No que se refere ao tema da conservação e restauração de mapas e plantas arquitetônicas, encontra-se o trabalho de Rivas e Barbachano (1987), que trata das técnicas de reprodução, tipos de suportes e dos fatores de degradação. Este trabalho foi publicado como um estudo pertencente à UNESCO, dentro do Programa de Gestão de Documentos e Arquivos conhecido como RAMP, da Divisão do Programa Geral de Informação. O objetivo do Programa era responder melhor as necessidades dos estados membros, em especial os países em desenvolvimento, e para ser um orientador de politicas e normativas de procedimentos para gestão de documentos e arquivos;

 Tratamento dos acervos cartográficos: Com relação à importância no tratamento dos acervos cartográficos, Carvalho (2011) destaca algumas instituições vinculadas à memória do patrimonio cultural e que vêm trabalhando nos últimos anos na conservação e disseminação de informações cartográficas, como, por exemplo: (a)

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Documentação arquitetônica do acervo da Biblioteca Avery da Universidade de Columbia, que passou por um processo de identificação, acondicionamento e microfilmagem; (b) O Centro de Documentação de Arquitetura Latino-Americana – CEDODAL tem entre seus objetivos principais a definição de mecanismos de valorização pública da documentação arquitetônica e o resgate de arquivos de plantas; (c) No XVII Congresso Brasileiro de Arquitetos, em 2003 foi organizada a mesa “Preservação e Acesso de Acervos de Arquitetura e Urbanismo”, onde traçou diretrizes de documentação de plantas arquitetônicas e contando com a colaboração do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Núcleo de Pesquisa e Documentação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FAU/UFRJ); (d) Em 2004 foi promovido o I Congresso Internacional de Archivos de Arquitectura da Universidad de Alcala, sendo apresentada uma pesquisa sobre as condições dos acervos dos arquitetos modernos brasileiros, na qual relata a ausência de uma politica de guarda e conservação de acervos cartográficos arquivos e sem apoio de recursos técnicos e financeiros dirigidos a proteção desse patrimônio arquivístico; (e) No ano de 2006 foi criada a Câmara Setorial sobre Arquivos de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo do Conselho Nacional de Arquivos/CONARQ. Seus objetivos foram realizar estudos, propor diretrizes e normas no que se refere a organização, a guarda, a preservação, a destinação e ao acesso de documentos integrantes de arquivos de arquitetura, patrimônio histórico engenharia e urbanismo; (f) Em 2008, em Belo Horizonte, foi organizado o Seminário Latino Americano Arquitetura e Documentação e um dos pontos discutidos foi a retomada da consulta a fontes primarias (documentação cartográfica), ocasionando uma revisão nas versões tradicionais da historiografia dominante. Na ocasião, foi lançada a Rede Latino-Americana de Arquivos de Arquitetura e Urbanismo – RELAQ.

 O acervo cartográfico e os bens do patrimônio ferroviários: Os documentos cartográficos de mapas e plantas arquitetônicas têm sido apontados como importantes instrumentos destinados ao acesso informacional e disponibilização na área dos bens patrimoniais ferroviários. Muitas vezes essas plantas são as únicas fontes documentais de projetos que não foram executados, seja por questões politicas, econômicas ou sociais. Na verdade são registros de projetos originais de construções que foram posteriormente derrubadas ou alteradas. Importante ressaltar que esses registros

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servem de subsidio para intervenções adequadas na restauração de edificações, tombadas ou não pelo patrimônio histórico, sendo fontes primarias históricas de informação (CARVALHO, 2011). No contexto das ferrovias paulistas, a produção da documentação cartográfica desempenhou papel fundamental não só no registro dos levantamentos técnicos realizados ao longo da linha do trem, como por exemplo, perfis topográficos, implantações, edificações e obras de arte, mas também a confecção de plantas de máquinas, locomotivas, vagões e equipamentos em geral. Com o advento da ferrovia, um número notável de engenheiros, técnicos e mestres-de-obras inaugurou, com efeito, a necessidade de desenvolver um trabalho sistemático de conhecimento e representação do território, não só por questões de estratégia ferroviária, mas, também, pelo interesse em avaliar as necessidades de intervenção.O trabalho chave de documentação cartográfica dos principais elementos construtivos pertencentes à ferrovia ficou, obviamente, destinado aos profissionais engenheiros, desenvolvendo atividades de acordo com as necessidades ditadas pelo respectivo enquadramento institucional. Hoje, algumas dessas construções podem ser classificadas entre as principais do país em suas categorias, seja devido a sua dimensão, seja em termos de linguagem e tecnologias avançadas para sua época, tanto no estado de São Paulo quanto no Brasil. Neste sentido, significativos conjuntos de material cartográfico concentram valiosos registros desse conjunto patrimonial ferroviário brasileiro. Como exemplo de edificação com especial importância no patrimônio ferroviário, destaca-se a estação central, um novo edifício público, local de confluência de diversos extratos sociais e núcleo gerador das principais atividades sociais, econômicas, culturais e urbanas das cidades paulistas. Por outro lado, outras importantes edificações ferroviárias são registradas, entre elas destacando-se as rotundas, as oficinas, as vilas de operários, e demais instalações. Esses registros foram fundamentais para a construção da memória cartográfica tecnológica e arquitetônica da cultura industrial ferroviária paulista, permitindo que hoje, tais coleções ganhassem

status de documento e fonte de pesquisa para recuperar o passado. No contexto dos

sistemas de preservação do patrimônio ferroviário, os documentos cartográficos desempenham papel fundamental nos mecanismos de levantamento e acesso às informações de objetos/documentos, estabelecendo importantes vínculos entre o indivíduo e o acervo preservado. Decoficando e interpretando os fragmentos de fatos do presente e do passado, as informações de cunho cartográfico podem transformar ou servir à construção do conhecimento e da pesquisa. Com isso, pode-se afirmar que em

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se tratando de preservação e memória do patrimônio ferroviário, os documentos cartográficos/ferroviários funcionam como instrumentos carregados de conteúdos informacionais que podem operar importantes contribuições no âmbito da comunidade em geral, além de promover o intercâmbio de experiências, informações e conhecimentos entre pessoas e instituições. Entretanto, Carvalho (2011) descreve que a utilização de documentos cartográficos como fontes de pesquisa e conhecimento cultural é uma constatação recente. A mudança se deu, principalmente, quando o conceito de ‘documento’ passa a desempenhar uma nova dinâmica de atuação, incorporando à imagem a possibilidade de constituir-se como um resíduo do passado, capaz de atestar situações de vivência. Quanto à manipulação dada aos documentos cartográficos, as imagens recebem tratamento distinto se comparado aos acervos textuais. Todo o trabalho de leitura dos acervos mapas e plantas passam por um processo de transcodificação do código icônico até chegar ao código verbal, onde são organizados e reestruturados a fim de que eles possam estar disponíveis aos usuários. De forma geral, um longo trajeto é percorrido até que a informação cartográfica chegue à unidade de informação como arquivos, bibliotecas, centros de memória ou museus, começando com a formação do acervo e finalizando no estabelecimento de acessos para a pesquisa;

 O problema do acesso dos documentos cartográficos: O acesso aos documentos cartográficos baseados em instituições de preservação do patrimônio ferroviário paulista ainda se encontram acanhados e carentes de uma política de gestão informacional que permitam, efetivamente, o acesso, a consulta e a manipulação dos bens preservados. Não é demais afirmar que, as principais unidades de informação/documentação paulistas que têm trabalhado com o tema lutam com enormes dificuldades, sobretudo com relação à falta de pessoal qualificado, instalações físicas inadequadas e descaso dos organismos governamentais. Além disso, problemas estruturais na área têm sido enfrentados em termos de falta recursos materiais e financeiros e planos ineficazes para disseminação da informação da preservação do patrimônio industrial e ferroviário. Entretanto, as propostas preservacionistas do conjunto patrimonial industrial ferroviário localizado na cidade de Bauru não têm levado em conta o potencial estratégico dos serviços informacionais disponíveis, permitindo que ações básicas de criação, ampliação e disseminação de informações na área operem sistemas de informações restritos ou ineficazes. Desta

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forma, embora sejam concentrados esforços no sentido de preservar esses suportes cartográficos, a medida geralmente adotada tem sido o afastamento dos documentos do público, para que não sejam acentuados os desgastes. Dessa postura adotada pelos centros de informação como bibliotecas, museus, centros de pesquisa e tantos outros surgem um impasse: como disponibilizar informações cartográficas contidas em documentos históricos para os usuários sem comprometer sua integridade e preservação, atendendo um amplo leque de consultas e confecção de instrumentos de pesquisa? Nesse contexto, as ações concretas para a preservação do acervo cartográfico patrimonial industrial e ferroviário de Bauru não têm conduzido a uma atitude positiva relacionada ao tratamento documental desse acervo, de modo a atender um amplo leque de consultas e confecção de instrumentos de pesquisa. Mais que isso, as restrições nos acessos às informações cartográficas, juntamente com outros desajustes na organização desta informação documental tem resultado no desconhecimento da memória tecnológica e arquitetônica da cultura industrial ferroviária paulista. Neste caminho, o objetivo desta pesquisa é informatizar os documentos cartográficos (mapas e plantas arquitetônicas) do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB na cidade de Bauru, com vistas a uma posterior migração desses documentos para uma base de dados on-line possibilitando o acesso em formato digital. No âmbito desta pesquisa, importante mencionar que, o acesso aos documentos cartográficos do conjunto patrimonial industrial ferroviário localizado na cidade de Bauru ainda se encontra acanhado e carente de uma política de gestão informacional que permita, efetivamente, o acesso, consulta e manipulação dos bens preservados. Não é demais afirmar que, o Museu Ferroviário Regional e a Inventariante da Extinta Rede Ferroviária Federal têm trabalhado com enormes dificuldades, sobretudo com relação à falta de pessoal qualificado na área de bibliotecas e museus e preservação da memória, carecendo de ações concretas relacionadas ao tratamento documental do acervo cartográfico e confecção de instrumentos de pesquisa. Na maioria das vezes, as propostas preservacionistas destes bens cartográficos não têm levado em conta o potencial estratégico dos serviços informacionais de base de dados disponíveis, permitindo que ações básicas de criação, ampliação e disseminação de informações na área operem sistemas de informações restritos ou ineficazes.

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4.1.2 Fase 2: Reconhecimento e identificação das fontes cartográficas do patrimônio industrial da EFNOB na cidade de Bauru/SP

É importante deixar claro que, o Museu Ferroviário de Bauru têm sob sua guarda não só um conjunto documental cartográfico relacionado à Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, mas também inúmeras outras peças cartográficas vinculadas à cidade de Bauru, elementos paisagísticos e arquitetônicos, entre outros. Este fato se deu, principalmente, porque o trabalho principal do museu, direcionado à responsabilidade pelo recolhimento da documentação do transporte ferroviário e por sua conservação, bem como pelo acesso a esse patrimônio histórico, nunca teve seu papel definido. Apesar da importância preservacionista e histórica destes conjuntos documentais, o acervo tem refletido esse caráter heterogêneo e diversificado.

Portanto, vale mais uma vez destacar que um dos objetivos deste projeto foi diagnosticar a situação do acervo cartográfico do Museu Ferroviário de Bauru, com o intuito de separar, organizar e tratar os documentos que são vinculados diretamente ao patrimônio ferroviário da Noroeste na cidade de Bauru. E com a importância deste acervo, considerado não apenas patrimônio histórico da cidade, mas também no contexto Brasileiro, ficou mais evidente a necessidade de se ter um tratamento adequado para com os seus documentos cartográficos, uma vez que estes eram utilizados não somente pelos profissionais que trabalham na instituição, mas também por historiadores, pesquisadores, bem como a população em geral.

Nesta fase foi feito o reconhecimento da área de acervo do Museu Ferroviário, especificadamente onde estavam e as condições do material que seria analisado, dentre eles plantas das estações e demais edificações pertencentes à EFNOB, mapas da região com o traçado e projeto da estrada de ferro, plantas com especificações de componentes de vagões e locomotivas, etc. Foi reconhecida a maioria dos documentos do acervo definido para esta pesquisa.

Como foi abordado anteriormente, Bauru possui grande importância no âmbito da temática a respeito do patrimônio industrial ferroviário para o Estado de São Paulo e para o país, visto que possui uma extensa e complexa rede de edifícios relacionados à linha férrea, a qual foi de extrema relevância para a ligação do interior do país ao litoral, e também porque

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foram produzidos muitos documentos sobre essa mesma temática, os quais guardam uma parte da história vivenciada pela nação naquele momento.

Antes do início das atividades do projeto de Iniciação Científica, entre os dias 4 e 8 do mês de julho de 2011, houve um primeiro contato com o acervo da EFNOB localizado no Museu Ferroviário. Nesta época foram dados os passos iniciais para uma interligação com pesquisadores da FATEC de Jundiaí, UNESP campus de Rosana e a UNESP campus Bauru. Naquela semana foi feito um treinamento que serviu de base para o norteamento dos instrumentos de pesquisa dos acervos cartográfico, documental e fotográfico e para troca de informações a respeito do patrimônio industrial férreo. O interesse pelo vasto acervo relacionado à Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, cujo marco inicial é na cidade de Bauru, e o avançado estágio da pesquisa e do banco de dados digital utilizados para levantamento do patrimônio industrial ferroviário da cidade de Jundiaí, foram as justificativas dos pesquisadores terem vindo para ajudar a direcionar os trabalhos de manipulação do material a ser examinado, assim como as devidas técnicas de higienização, manuseio, organização das fichas catalográficas, classificação do acervo e tratamento da informação.

A docente do CEETEPS/FATEC Jundiaí, Professora Dra. Lívia Maria Louzada Brandão, juntamente com as discentes Rachel Scrivani e Samira Lopes Ferreira, que orientaram os discentes da UNESP/Bauru, Nayara Taliberti Lôvo, Airton Fernandes de Barros Junior, Julian Monteiro Seifert e Ligia Moreira Rodrigues e o Prof. Dr. Samir Hernandes Tenório Gomes, na execução das atividades descritas acima. À época desse treinamento, a autora deste ainda não fazia parte do grupo de pesquisa, porém recebeu posteriores indicações das maneiras que deveria proceder com os documentos para que se desempenha-se suas funções na sua área de projeto.

As pesquisadoras da FATEC/Jundiaí estão envolvidas num projeto denominado “Memória Ferroviária”, cujo objetivo é levantar dados acerca do patrimônio industrial ferroviário do estado de São Paulo. Em vista da semelhança dos objetivos do grupo da FATEC e do grupo de Bauru, os resultados obtidos a partir da presente pesquisa irá integrar a base do banco de dados digital desse mesmo projeto.

Durante a pesquisa que ocorreu entre os meses de outubro a dezembro a catalogação e indexação dos mapas e plantas foram feitas somente por esta pesquisadora, com amparo, em momentos de dúvidas e dificuldades, e coordenação do professor orientador. Foi necessária a

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elaboração de metodologia própria para, além de manter a organização dos documentos no acervo do museu, sistematizar a catalogação e análise dos mesmos para fim da realização deste projeto.

Todo o acervo está localizado em duas salas, em um dos prédios do Museu Ferroviário de Bauru. As condições de armazenagem de todos os documentos não são das melhores, muito menos a indicada, porém não é precária, cumpre seu papel de proteger os arquivos de intempéries que poderiam prejudicar ainda mais o atual estado de conservação deles.

O armazenamento da parte cartográfica é bem diverso, existem documentos acondicionados em caixas de papelão e que estão em cima de estantes e em cima de armário tipo arquivo, caixas no chão e, a parte mais apropriada, armazenada em uma mapoteca. Este móvel foi recuperado dentre os antigos móveis dos escritórios da EFNOB e atualmente é o que dispõe de melhores condições de armazenamento. Os documentos nele contido ora estão enrolados, ora estão planos; as condições de cada um deles são das mais diversas. Descrevendo cada um dos acondicionadores:

 Caixa pequena em cima de armário tipo arquivo: aproximadamente 15 mapas enrolados;

 Caixa média em cima de armário tipo arquivo: não foi possível contar, pois a mesma está localizada em um armário alto e o local não possuía escada para que se pudesse subir e contabilizar a quantidade de documentos;

 Caixa grande em cima de estante de madeira: aproximadamente 50 mapas enrolados;

 Caixas no chão: 15 rolos grandes e aproximadamente 70 rolos pequenos

 Mapoteca: foram contabilizados os mapas a partir das gavetas ao nível que puderam ser abertas, visto que o móvel é de grandes dimensões (1m x 1m x 1,90m)

 Gaveta nº7: 14 rolos pequenos;  Gaveta nº8: 16 rolos pequenos;  Gaveta nº9: 16 rolos pequenos;

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 Gaveta nº10: 16 rolos pequenos;  Gaveta nº11: nenhum item;  Gaveta nº12: nenhum item;

 Gaveta nº13: aproximadamente 20 folhas soltas;  Gaveta nº14: 3 rolos pequenos e 2 imagens avulsas;  Gaveta nº15: 1 rolo comprido;

 Gaveta nº16: 2 folhas grandes dobradas;  Gaveta nº17: nenhum item;

 Gaveta nº18: nenhum item;  Gaveta nº19: nenhum item;  Gaveta nº20: nenhum item.

Figura 03 – Imagem das caixas pequena e média estocadas em cima de armários tipo arquivo

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F

Figura 04 – Imagem caixa grande estocada em cima das estantes de madeira

FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012

Figura 05 – Imagem da sala onde caixas com material cartográfico (à esquerda) estão no chão e a mapoteca (à direita)

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Figura 06 – Imagem de caixas armazenando material cartográficas dispostas diretamente no chão

FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012

Figura 07 Imagem de caixas armazenando material cartográfico disposto diretamente no chão

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Figura 08 – Imagem de da mapoteca, móvel em madeira com 20 gavetas numeradas com etiquetas de metal

FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012

Como a quantidade de documentos é grande e há necessidade de tomar vários cuidados ao analisar um por um, tais como a meticulosidade ao manusear os mapas, visto que a maioria está em estado crítico, com pedaços faltando, contendo manchas e até contaminados por fungos, houve um prolongamento nas ETAPAS 2 e 3. Uma única folha de mapa ou planta demanda muito tempo somente para abri-la, tomando cuidado para não estragar a folha, rasga-la ou amassa-rasga-la; a etapa seguinte é analisar documento por documento, preenchimento a ficha catalográfica e após, fazer a imagem digital de cada uma utilizando-se a máquina fotográfica ou o scanner. Este prolongamento das atividades não altera o cronograma proposto das fases seguintes, a alteração se dá na carga horário dispensada a estas fases, a qual será aumentada, porém sem prejudicar o andamento das próximas etapas.

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4.1.3 Fase 3: Organização do Catálogo

Na terceira etapa foi organizado um catálogo a partir das fichas de identificação de cada um dos documentos cartográficos. Este catálogo geral forneceu informações sobre o acervo (histórico da constituição do acervo, metodologia de organização, tipo de material oferecido, etc.) e sobre cada um de seus conjuntos cartográficos.

No conjunto documental cartográfico do Museu Ferroviário de Bauru não é utilizado nenhum sistema de classificação, tampouco existe um catálogo com informações sobre os mapas e plantas. Elas estão dispostas sem seguir qualquer critério recomendados na literatura da área para a guarda dos documentos; entretanto, algumas plantas estão ordenadas por data: cada diretório é identificado pela data e pelo título da ocasião.

Apesar de não ser utilizado nenhum método para o tratamento dos documentos cartográficos e não haver um controle mais atento do ambiente do acervo ou uma orientação definida de manuseio, os dirigentes do Museu Ferroviário de Bauru (atuais responsáveis pela guarda dos documentos da EFNOB) demonstram preocupação e interesse em manter os documentos de maneira mais adequada. Infelizmente, nem todas as instituições têm esse tipo de preocupação, ainda que possuam os recursos necessários para uma preservação adequada de seus acervos. Apesar de julgarem importante a preservação da coleção, o museu afirmou não possuir condições financeiras para arcar com um investimento visando uma melhor preservação dos documentos. O acervo cartográfico, apesar de reconhecidamente importante para a memória da EFNOB, não está entre suas prioridades. O interesse de preservar a história de uma linhagem torna-se secundário perante as necessidades atuais.

A proposta desta pesquisa, como apresentado anteriormente, que teve como objetivo principal criar um acervo digital cartográfico do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB na cidade de Bauru/SP, visando preservar e criar condições de implantação de um banco de imagens deste acervo.

Este projeto de pesquisa contou com uma parceria institucional importante nas tarefas de catalogação. A parceria é fruto do trabalho desenvolvido junto ao Projeto Memória Ferroviária na cidade de Jundiaí, coordenado pelo Prof. Dr. Eduardo Romero de Oliveira, docente do Departamento de Turismo da UNESP, Campus de Rosana e membro do GA (Grupo de Arquitetura): Teoria e Projeto, no levantamento das fontes documentais referentes

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às empresas ferroviárias paulista e o inventário e mapeamento do patrimônio industrial em determinados conjuntos ferroviários pelo estado, além da implantação de bases de dados eletrônicas sobre as fontes levantadas. As experiências adquiridas ao longo do ano de 2011, em termos metodológicos, envolvendo o levantamento documental pela equipe de pesquisadores com uso de instrumentos de catalogação, com auxílio do CEDEM e Arquivo do Estado, trouxeram contribuições significativas, principalmente, na confecção das fichas catalográficas.

Nesse contexto, a pesquisa utilizou como sistema de organização, catalogação e recuperação da informação o AACR2 (Anglo American Cataloging Rules – 2nd edition). A fixação deste sistema, além de seguir parâmetros nacionais e internacionais de catalogação, identificação e descrição dos objetos cartográficos disponíveis no acervo, visou também estabelecer um processo claro e eficiente na organização e recuperação das informações do projeto.

Como afirma Ribeiro (2004), o AACR2 define elementos importantes na descrição das atividades de catalogação:

Recurso Bibliográfico é uma expressão ou manifestação de uma obra ou de um item formando a base para a descrição. Item passa a ser o termo usado em todas as regras, em substituição aos termos específicos que identificam cada tipo de material ou suporte da informação. Assim, é definido como um documento, ou grupo de documentos, sob qualquer forma física, editado, distribuído, ou tratado como uma entidade autônoma, constituindo a base de uma única descrição, como por exemplo um livro, um mapa, um disco etc. A descrição consiste na individualização do item-base da catalogação, tornando-o único entre os demais de um acervo.

(RIBEIRO, 2004, p. 1-5).

Outra preocupação neste projeto de pesquisa foi formar uma interface importante entre a informação documental cartográfica e o usuário especializado, fornecendo de forma rápida, confiável e eficaz ao público-alvo, as centenas de documentos no arquivo. Neste caso, um elemento importante e necessário para a recuperação destes documentos foram os instrumentos de pesquisa, elaborados através do processo de descrição.

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Para Bellotto (2004, p.179), a “descrição é a única maneira de possibilitar que os dados contidos nas séries e/ou unidades documentais cheguem até os pesquisadores”. Com essa afirmação é possível reconhecer o valor e a necessidade da atividade descritiva, pois, somente por meio desse processo que usuários poderão direcionar suas atividades de pesquisa e seus focos de interesse.

Schellenberg (2002) argumenta que os tipos de descrição seguem caminhos bem definidos de atuação, sendo descritos quanto a seu conteúdo substantivo e quanto a sua apresentação física e cada uma dessas descrições se divide em relação à organização, atividades, assuntos, unidades de arquivamento e assim por diante, mantendo o caráter técnico e objetivo da descrição, mostrando ser uma atividade que envolve a dedicação do arquivista principalmente quanto ao arranjo, pois este estando incorreto irá resultar numa descrição também incorreta.

Neste projeto de pesquisa, que objetiva trabalhar documentos cartográficos no contexto das novas tecnologias, estipulando à interligação em redes com centros de pesquisa, acervos e instituições, propõem-se a definição de políticas de descrição documental pautadas em dois elementos básicos: uniformização na elaboração de instrumentos de pesquisa e padronização de procedimentos descritivos no acervo estudado.

A pesquisa utilizou a norma ISAD(G)1 com o objetivo de estabelecer um padrão de descrição arquivística. Com isso as atividades foram pautadas na facilitação do trabalho dos arquivistas aliada as melhores condições de descrição do acervo e todas as facilidades para que o pesquisador tenha o documento necessário em mãos.

Os documentos cartográficos deste projeto, segundo a ISAD(G), seguiram os padrões de descritores arquivísticos visando:

a) assegurar a criação de descrições consistentes, apropriadas e auto-explicativas; b) facilitar a recuperação e a troca de informação sobre documentos arquivísticos; c) possibilitar o compartilhamento de dados de autoridade;

1

A ISAD(G) (Norma Internacional Geral de Descrição Arquivística) é o resultado dos esforços coletivos para padronizar terminologias e procedimentos de tratamento dos documentos de arquivo. O tratamento descritivo uniforme para os documentos se aproxima da biblioteconomia no sentido de procurar uma padronização do processo de descrição, o que também envolve regras e termos específicos.

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d) tornar possível a integração de descrições de diferentes arquivos num sistema unificado de informação.

Para inventariar o acervo cartográfico, presente no Museu Ferroviário (R: 1º de Agosto, S/N, Qd. 1, Centro, Bauru/SP), lançou-se mão de uma ficha indexadora contendo informações básicas à essenciais a respeito do estado de conservações, condição de preservação e localização física dentro do museu. Todo o material cartográfico foi analisado através de leitura da legenda, memoriais descritivos, escalas, além da interpretação dos desenhos de representação. Dentre todas as informações possíveis inseridas na ficha, o item Descritores Gerais é o que teve maior relevância, pois sintetizou todo o conteúdo anunciado, podendo ser compreendido também como palavras-chave. Os itens preenchidos na ficha facilitaram, agilizaram e dinamizaram o processo de leitura, identificação, caracterização e classificação de cada mapa e/ou planta arquitetônica.

Com a intenção de facilitar a busca de informações pelos usuários, foi elaborada uma ficha catalográfica (ANEXO) que foi preenchida e faz referência aos documentos cartográficos levantados no Museu Ferroviário. Foi montado um catálogo que possui uma introdução com orientações para melhor e mais proveitoso uso do mesmo, sendo que este contém todas as fichas de identificação. Foram visualizadas e parcialmente preenchidas, visto que muitas formavam grupos, cerca de 470 documentos cartográficos.

A criação da ficha de indexação dos documentos segue como base a ficha cartográfica utilizada pelo grupo de pesquisadores do Projeto Memória Ferroviária da FATEC/Jundiaí, possuindo o mesmo formato, além de serem sucintas. Como os dados obtidos no acervo da EFNOB/Bauru serão compartilhados também pelo banco de dados digital deles há necessidade de que os dados possuam os mesmos itens descritivos.

A ficha possui vários itens a serem preenchidos, dentre os quais:

 PRODUTOR CARTOGRÁFICO: nome; histórico (produtor); histórico arquivístico; qualificação do acervo e datas limites;

 LOCAL DE GUARDA: nome; estado de organização; endereço e informações gerais;

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 ACERVO – ITENS LÓGICOS: gênero/tipo; cartográfico (plantas/ desenhos técnicos/ planta cadastral/ mapa/ croqui/ outros); título; localidade; data limite e descritores gerais;

 ITENS FÍSICOS: suporte (papel/ cartonado/ vegetal/ telado/ ozalid/ heliográfico/ outros); estado de organização; acondicionamento; escala; dimensão; estado de conservação (excelente/ bom/ satisfatório/ parcialmente satisfatório/ ruim); descrição; quantidade; localização interna (biblioteca/ museu/ área externa) e identificação interna;

 COLETA/DIGITAÇÃO: nome do(s) coletor (es); data da coleta; código de cadastro; obs./digitador e revisado por.

Houve ainda uma viagem no final do mês de agosto de 2012 com destino à FATEC/Jundiaí, onde se buscou fortalecer o vínculo entre as pesquisas e efetivar o intercâmbio de informações entre ambos os grupos sobre o assunto patrimônio ferroviário. Nesta viagem houve treinamento para melhor utilização do sistema digital onde seriam inseridas as informações obtidas pelas fichas catalográficas.

4.1.4 Fase 4: Digitalização Cartográfica do Patrimônio Industrial da EFNOB na Cidade de Bauru/SP

Esta fase tratou-se da digitalização dos documentos de maior relevância no tema de patrimônio industrial ferroviário e salvaguarda, mais ainda aqueles que dizem respeito ao complexo edificado da EFNOB em Bauru, obtidos na pesquisa realizada na FASE 2. Teve início no mês de janeiro de 2013 e foi finalizado em junho de 2013.

Foi criado um arquivo digital da ficha cartográfica no programa de software Microsoft Office Word que pudesse ser preenchida, assim, todas as fichas preenchidas manualmente na FASE 2 foram digitalizadas, obtendo-se assim, cópias de segurança das mesmas. Nesta etapa foi feita uma triagem das fichas consideradas de maior relevância e das quais seriam feitas imagens digitais do documento cartográfico a que ela fazia referência.

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Os equipamentos adquiridos com verba oriunda da FAPESP (scanner A3, scanner A4, multifuncional e máquina fotográfica digital) e que seriam utilizados para captura de imagem digital estavam alocados no Laboratório do Grupo de Arquitetura (G.A.), dentro do campus da UNESP/Bauru. Este laboratório foi montado para uso de todos os pesquisadores que fazem parte do projeto “EFNOB/Bauru, Km0”, Edital FAPESP/CONDEPHAAT Nº 9/2011, processo Nº 11/51014-6 e Processo CONDEPHAAT Nº 12/50041-2. Porém houve um empecilho na questão da logística para a captura das imagens digitais dos documentos cartográficos. Como os equipamentos encontravam-se em local diferente do acervo pesquisado, havia a necessidade de deslocamento de um dos dois (equipamentos ou documentos) para que a etapa fosse realizada. Contudo, como os documentos são de grande dimensão, só poderiam ser utilizados ou o scanner A3 ou a Máquina Fotográfica Digital para captura das imagens e, como averiguado posteriormente, é proibida a retirada dos documentos cartográficos (considerando-os em estado frágil e a possibilidade de contaminação) do museu onde se encontram armazenados, o que exclui a possibilidade de uso do primeiro equipamento – pois, como definido pelo grupo, ele não seria retirado do Laboratório do G.A. por questão de segurança – restando a Máquina Fotográfica Digital para captura de imagem digital.

Também em vista da dificuldade do manuseio das pranchas de mapas e plantas arquitetônicas que possuem dimensões maiores que uma folha A4, e para obter melhor qualidade de imagens, teve-se que tirar várias fotos de um mesmo documento, existindo a imprescindibilidade de tratamento da imagem digital, tanto para junção das imagens para formar uma só tanto para melhorar a própria qualidade da foto, para posterior inserção da mesma no acervo digital.

4.1.5 Fase 5: Armazenamento e Gerenciamento das Imagens Digitais do Patrimônio Industrial da EFNOB

Nesta etapa houve a inserção dos elementos referentes aos documentos obtidos nesta pesquisa na base de dados idealizada, criada e utilizada pelo grupo parceiro “Memória Ferroviária” da FATEC/Jundiaí. Este banco de dados, seu processamento e gerenciamento foram desenvolvidos pela equipe de Tecnologia e Cultura da faculdade citada, formada pelos docentes Prof. MS. Carlos Eduardo Schuster (pesquisador responsável pela criação e desenvolvimento do sistema de informação) e Profª Drª Lívia Maria Louzada Brandão (coordenadora do subgrupo Tecnologia e Cultura e responsável pela equipe discente em seu

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processo de construção) e 12 discentes do curso de Tecnologia da Informação, os quais foram divididos em duas frentes de trabalho. A primeira equipe foi responsável pela higienização, preenchimento de fichas arquivísticas e imagens digitais do material documental encontrado na Biblioteca do Museu da Cia. Paulista. A segunda equipe trabalhava na sala do projeto – Laboratório de Tecnologia da Informação, montada com recursos oriundos da FAPESP – desenvolvendo o módulo base composto da criação da base de dados e desenvolvimento dos submódulos “Cadastro” (desenvolvimento do sistema para a inserção dos dados coletados na base de dados criados) e “Pesquisa” (composto pelo desenvolvimento dos códigos responsáveis pela busca dos dados armazenados).

Tal sistema metodológico de trabalho foi utilizado pelos pesquisadores envolvidos em levantamentos documentais realizados em outros acervos, tais como Arquivo do Estado, em São Paulo, Museu da Sorocabana, em Sorocaba e, por esta pesquisa, no Museu Ferroviário Regional de Bauru.

É importante salientar que o Sistema Memória Ferroviária foi composto por diversos módulos desenvolvidos de acordo com cada fase do projeto. Em fase inicial, com desenvolvimento parcial, ficou a cargo da equipe de alunos de TI o desenvolvimento de uma base para que módulos posteriores pudessem ser criados. Este foi denominado Módulo Base. Este Módulo I foi avaliado em março de 2011 com o desenvolvimento de um software de base de dados. Durante o ano foi dado continuidade com o prosseguimento do Módulo II relativo ao desenvolvimento de interface de consulta para o pesquisador. Trata-se de buscar melhorias nos módulos construídos na primeira fase e construção de critérios de pesquisa que permitissem melhor visualização e maior agilidade nas informações do conteúdo inserido no banco de dados. Os professores Prof. Ms. Claudio Luís Vieira Oliveira e Prof. Ms. Carlos Eduardo Schuster, orientadores da área de TI, foram os coordenadores desta etapa juntamente com a Profª Drª Lívia Maria Louzada Brandão, que orientou as equipes de trabalho.

Com registro de domínio para o portal do Projeto Memória Ferroviária o Sistema foi disponibilizado na rede de internet em julho de 2011. Neste “site” (http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br/memoriaferroviaria/) também foram incluídos no portal informações sobre o projeto, projetos associados, divulgação nos diversos meios de comunicação, a equipe, links, formulário para contato e acesso aos sistemas de cadastro e consulta ao acervo nas diversas instituições que os guardam.

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Figura 09 – Imagem da página inicial do site do Projeto Memória Ferroviária

FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013

Integrando a equipe de docentes responsáveis pelo projeto, a Profª Adani Cusin Sacilotti, ficou responsável por melhorias e implementações dos sites da companhia paulista e do site do projeto. O desenvolvimento do Módulo III começou no segundo semestre de 2011 com a Interface da Consulta para o Pesquisador (ICP), onde houve também instalação das rotinas para acesso público, reformulação dos itens do menu de acesso e controle de acesso dos usuários.

Por fim, um dos objetivos desta pesquisa – “Informatização do Acervo Cartográfico da EFNOB km0/Bauru” - era a alimentação do banco de dados do Sistema Memória Ferroviária da FATEC/Jundiaí com dados sobre o acervo cartográfico situado no Museu Ferroviário Regional de Bauru.

Foi durante a viagem para Jundiaí/SP, em agosto de 2012, como dito na Fase 3 deste relatório, que houve troca de importantes informações entre os pesquisadores dos projetos “Memória Ferroviária” e “EFNOB Bauru Centro de Memória e Informação Virtual”, especificadamente esta pesquisadora, o orientador, Prof. Dr. Samir Hernandes Tenório Gomes e Nayara Taliberti Lôvo, discente bolsista pesquisadora do projeto semelhante a este

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intitulado “Construção da Base de Dados Documental do Patrimônio Industrial Ferroviário da EFNOB/BAURU” (processo Nº 2012/06847-2). Foi nesta viagem que o Prof. Ms. Carlos Eduardo Schuster definiu e autorizou acesso dos três pesquisadores citados acima ao Sistema Memória Ferroviária, demonstrando também o processo para alimentação do mesmo.

A seguir será elucidado como deve ser agregada uma nova ficha cadastral do tipo cartográfica. Os passos foram organizados em ordem alfabética para facilitar sua compreensão.

A. A partir da página inicial do endereço online http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br/memoriaferroviaria/ é preciso acessar a área de cadastro de acervo. Para tanto, clica-se no link CADASTRO.

Figura 10 – Imagem da página inicial do site do Projeto Memória Ferroviária – link CADASTRO

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B. Há o direcionamento para a página SISTEMA DE CADASTRO DE ACERVO, onde deve-se clicar em EFETUAR LOGIN.

Figura 11 – Imagem da página SISTEMA DE CADASTRO DE ACERVO – EFETUAR LOGIN

FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013

C. Insere-se o LOGIN e SENHA > OK

Figura 12 – Imagem da página EFETUAR LOGIN

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D. Como o cadastro que será feito é de acervo os passos seguintes são: LOCAL DE GUARDA: Museu Ferroviário de Bauru > PRÓXIMA.

Figura 13 – Imagem da página LOCAL DE GUARDA

FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013

E. Caso o LOCAL DE GUARDA do pesquisador não for um dos existentes, deverá ser criado um novo item para esta categoria. Na aba CADASTRAR clicar em LOCAL DE GUARDA. Na nova janela o item imprescindível de ser preenchido é NOME, que é o nome do acervo, o qual o pesquisador deve ter precisão de informação. Os demais campos são opcionais de preenchimento. Item preenchido, clicar em PRÓXIMA e voltar a página de LOCAL DE GUARDA.

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Figura 14 – Imagem da página CADASTRAR LOCAL DE GUARDA

FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013

F. Com o LOCAL DE GUARDA selecionado, a página seguinte é a do FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS. Nesta página devem ser inseridos todos os dados obtidos no preenchimento manual das fichas cartográficas. No primeiro item deve ser selecionado o PRODUTOR. No caso desta pesquisa, a maior parte do acervo foi produzida/mantida pela EFNOB, que foi o item selecionado. Deve-se obrigatoriamente clicar em ADICIONAR, para que a seleção seja salva.

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Figura 15 – Imagem da página FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS - PRODUTOR

FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013

G. O próximo item que deve ser selecionado é GENERO. Pelo fato da presente pesquisa ser sobre itens cartográficos, deve-se selecionar CARTOGRÁFICO. A página será atualizada e aparecerão os itens CROQUI, DESENHOS TÉCNICOS, MAPA, OUTROS, PLANTA CADASTRAL e PLANTAS, dos quais um deve ser selecionado, respeitando o que houver sido preenchido na ficha.

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