• Nenhum resultado encontrado

Plasmodium vivax Desafios e estratégias para sua contenção e eliminação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Plasmodium vivax Desafios e estratégias para sua contenção e eliminação"

Copied!
37
0
0

Texto

(1)

Plasmodium vivax

Desafios e estratégias para sua

contenção e eliminação

Andre M. Siqueira

Pesquisador em Saúde Pública / Médico Infectologista Instituto Nacional de Infectologia – FIOCRUZ

(2)

OMS: Plano Estratégico Global para controle e eliminação de P. vivax

(3)

Plasmodium vivax

Maior atenção e relevância nos últimos anos

1. P. vivax pode cursar com complicações

clínicas e causa morbidade importante

a. Monoinfecção e comorbidades b. Deficiência de G6PD

2. Desafios para controle e eliminação

a. Biologia – recaídas e gametócitos b. Falha terapêutica

(4)
(5)

Mais difícil de ser eliminado

Área de transmissão de P. falciparum Área de transmissão de P. vivax

Gehing et al. 2012.

(6)
(7)

Dificuldade no controle do P. vivax

Mueller et al. Lancet Inf Dis 2009

Produção mais precoce de gametócitos

(8)

Recaídas

• Primaquina única droga disponível

– Curso longo; Deficiência de G6PD.

• Desafios no manejo:

Individual: Tratamento – cura radical Controle da transmissão

Portadores de hipnozoítos silenciosos Avaliação e definição de estratégias

(9)

*Como identificar/classificar recaídas?

Critério Clínico-Epidemiológico (fora da área de transmissão) Pros  Definição precisa

Cons

 Não utiizável em áreas endêmicas

 Período de incubação anormalmente prolongado.

Tempo para o primeiro episódio de malária Pros  Não necessita ferramentas avançadas

 Possibilita comparação

Cons

 Pode levar tanto a super quanto sub-estimativas, especialmente se uso de drogas de meia-vida curta.

 Variedade de definições aplicadas

Ferramentas Moleculares (e.g. microsatellite)

Pros  Grande número de marcadores / Técnica padronizada

Cons  Variablidade

 Recaídas podem resultar tanto de cepas homólogas quanto heterólogas.

Sorologia

Pros  Anticorpos anti-esporozoítos e anti-saliva de mosquito podem indicar exposição a picadas infectantes.

Cons  Falta de conhecimento de cinética dos anticorpos.

(10)
(11)

Recaídas fora da área endêmica

• Boulos et al, 1991: 25% de recaídas em pacientes usando CQ+PQ. • Pedro et al, 2012: 39% de recaídas.

– Taxas mais baixas com ajustes da PQ por peso.

(12)

Eficácia de Primaquina

• Não há definição de:  Resistência à PQ

 Níveis séricos de PQ

• Confusão com adesão e outros fatores.

(13)

Papel da meia-vida do esquizonticida

Profilaxia pós-tratamento

(14)

Como melhorar a cura radical?

• Dose total mínima: 3,5 mg/kg

– 14d >>> 7d?

– Consideração sobre adesão. – Avaliação de doses maiores

• Controle de cura – como fazer? Onde? • Tratamento supervisionado

– Quando? Como? Para quem?

(15)

Estratégias para o controle

• Baixo nível de evidência de estratégias avaliadas

• Relatos escassos de experiências bem sucedidas.

– Malária já eliminada de várias regiões – o que foi feito?

• FSAT/MSAT – provavelmente menos efetivo que para P. falciparum.

(16)

Estimativas na área endêmica

• Número de episódios

(17)

Recorrências na área endêmica

(18)

Careiro – Amazonas - Brasil

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 0 10 20 30 40 50 60 Aug-08 Se p -08 Oct-08 N o v-08 De c-0 8 Jan -09 Fe b -09 Ma r-09 Ap r-09 Ma y-0 9 Ju n -09 Ju l-09 Au g-09 Se p -09 Oct-09 N o v-09 De c-0 9 Jan -10 Fe b -10 Ma r-10 Ap r-10 Ma y-1 0 Ju n -10 Ju l-10 Au g-10 Se p -10 Oct-10 N o v-10 N c asos n casos vivax ncasos Pf % reocorrencias 90 dias

(19)

Desafios para o controle de Pv

• Assintomáticos

– Pior sensibilidade das provas diagnósticas

• Co-infecções não detectadas

– Estudos mostram alto risco de Pv após tratamento de P. falciparum em áreas co-endemicas.

• Portadores “silenciosos” de hipnozoítos • O que fazer?

(20)

Modelos de recaídas

(21)

Diferentes estratégias

(22)

Experiências Passadas

• Santa Catarina -1980s: • 2 municipios

• 1600 casos de PV por ano. • Falha em eliminar

• Estratégia:

– Fortalecimento das ações – Inquéritos sorológicos

– Tratados se IgM or IgG > 1:64. – 1o ano:~500 positivos

– Incidencia< 50/ano

(23)

Recaídas

• Participação na manutenção da transmissão imprecisa.

– Falta de padronização na classificação

• Novas métricas necessárias

– Número de episódios/indivíduo/tempo?

• Necessidade de estudos sistemáticos para esclarecimento!

(24)

Tratamento dos estágios

assexuados

• Cloroquina (CQ) vem sendo usada como

primeira liha de tratamento de P. vivax pelos últimos 60 anos.

• Alta taxa de redução parasitária/ • Longa meia-vida

– Profilaxia pós-tratamento.

• Segura e tolerável. • Dose única diária. • Baixo custo.

24

(25)

Resistência a CQ

25

(26)

Eficácia anti-esquizonticida em P. vivax

• A avaliação da eficácia anti-esquizonticida em P. vivax é difiultada pela falta de métodos que diferenciem recrudescências de recaídas ou reinfecções.

– Não há marcadores que permitam diferenciar fidedignamente como em P. falciparum.

• A profilaxia pós-tratamento é uma propriedade importante.

• A maioria dos protocolos adota 28 dias de seguimento e aplica a classificação baseada nos níveis sanguíneos de cloroquina e

desetilcloroquina.

26

Baird, JK et al., 2012 WHO, 2013

(27)

Alternativas a CQ

• Terapias combinadas com artemisinina (ACTs).

• Alta eficácia no clareamento de formas sexuadas e assexuadas e na resolução da febre.

• Os países onde CQ não apresenta mais eficácia contra P. vivax adotaram ACTs:

– 5 países da região do Pacífico.

27

Douglas et al, 2010 WHO, 2013.

(28)

Non-inferiority clinical trial comparing fixed-dose artesunate-amodiaquine (ASAQ) combination and

chloroquine (CQ) for P. vivax uncomplicated infection in the Brazilian Amazon

André M. Siqueira, Aline Alencar, Belisa Magalhães, Gisely Melo, Kim Machado,

Andrea Kuehn, Valérie Lameyre, Cláudio T. Daniel-Ribeiro, Marcus V. Lacerda Universidade do Estado do Amazonas

(29)

Desenho do estudo

29 TREATMENT D1 D7 +/- 1d D14 +/- 1d D28 +/- 2d D42 +/- 2d Screening & Randomization D0 D2 D3 1ary outcome End of follow-up ASAQ CQ ECG Lab Primaquine Lab Informed consent Demographics Baseline tests

Including Lab and ECG

(30)

0.5 0.6 0.6 0.7 0.7 0.8 0.8 0.9 0.9 1.0 1.0 14 21 28 35 42 Pr op ortio n remaining un inf ected Days of follow-up ASAQ CQ

Tempo para recorrência

30 p<0.001 19/165 (12%) patients with CQ/DCQ> 100ng/mL Relapses Low-level CQR

(31)

Outros estudos com ASAQ para PV

31 AAQ DHP Hasugian, 2007 Pasaribu, 2013 ½ vida: DHP >> ASAQ ½ life: CQ >> ASAQ

Diferença não atribuível a meia-vida

Eficácia esquizonticida

Proteção contra recaídas

(32)

Algumas particularidades do estudo

32

1. Baixo risco de reinfecção

2. Intervalos mais longos

South America SE Asia

Battle et al, 2014

3. Resistência a CQ de baixo grau?

(33)

Eficácia de drogas anti-P. vivax

• Possibilidade de subestimação de resistência com os protocolos de 28 dias de seguimento.

• Inovação necessária para melhor estimativa da

eficácia esquizonticida contra Pv.

• Manter monitoramento sistemático de eficácia com novos modos.

• Definir claramente diretrizes para troca de primeira linha

– Não somente eficácia esquizonticida, mas também logística e efeito anti-transmissão.

(34)

E nós? Y nosotros? And we?

(35)

P. vivax: Desafios

• Ressaltar sua importância Infecção não é benigna!

• Necessidade de padronizar medidas/métricas para avaliação.

• Documentar e avaliar as estratégias utilizadas e o efeito específico contra este parasito.

• Avaliar novas estratégias: MDA, MSAT, FSAT. • Aproveitar capacidade de colaboração na

região.

(36)

“Ali, na beira do rio Pará, deixaram largado um povoado inteiro: casas, sobradinho, capela; três vendinhas, o chalé e o cemitério; e a rua, sozinha e comprida, que agora nem mais é uma estrada, de tanto que o mato a entupiu. Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar esteve nos mapas, muito antes da malária chegar.

Ela veio de longe ... Cada ano avançava um punhado de léguas, mais perto, mais perto, pertinho, fazendo medo no povo, porque era sezão da brava – da "tremedeira que não

desamontava" – matando muita gente. – Talvez que até aqui ela não chegue...

.... Então, houve gente tremendo, com os primeiros acessos da sezão. – Talvez que para o ano ela não volte, vá s'embora... Ficou. Quem foi s'embora foram os moradores: os

primeiros para o cemitério, os outros por aí afora, por este mundo de Deus.”

(37)

22 Sep – 2 Oct 2015

www.scienceoferadication.org

Referências

Documentos relacionados

 Produção de antígenos recombinantes de regiões polimórficas e conservada da “Proteína 1” de superfície de merozoito de Plasmodium vivax e

De nosso conhecimento, este é o primeiro estudo imunofenotípico realizado com indivíduos infectados pelo Plasmodium vivax no Estado no Maranhão, onde foram

reaparecimento da parasitemia e/ou da sintomatologia malárica; não cura: pacientes tratados, apresentando involução da sintomatologia e lâminas negativas em dois dias consecutivos,

A malária que ocorre nessa área, cujo agente etiológico tem sido caracterizado como Plasmodium vivax na maioria dos casos apresenta baixa parasitemia, sendo freqüentes

This study compared differences between 3D and standard (2D) visual stimuli, organized in virtual reality scenarios of different valence (pleasant, unpleasant, neutral), in

Crescimento em altura do maior ramo de mudas clonais do híbrido HD13 141 cultivado em vasos de cerâmica (A) e concreto (B) e submetido a três níveis de sombreamento, durante 42

Entende-se que o objetivo principal dos benefícios sociais além do bem estar do colaborador, é também a retenção de talento (capital intelectual). O planejamento

Após anos de oralismo em que a fala era a única forma de comunicação dos indivíduos surdos, a língua de sinais chegou e foi conquistando seu espaço dentro da educação