O EMPÓRIO MATA ATLÂNTICA
O Empório Mata Atlântica do Instituto Auá promove
a aproximação entre os produtores locais de espécies nativas
do bioma e o mercado final, baseado nos princípios
do comércio justo que reverte em renda para essas famílias de
agricultores. Hoje esses produtos vêm da Serra do Mar,
de municípios que compõem o Cinturão Verde de São Paulo
e ainda possuem os maiores remanescentes da Mata Atlântica,
localizados no Sudeste do país.
A missão final é criar mercados sustentáveis para produtos
da mata visando impedir o desmatamento do que restou
e induzir a recuperação da floresta, por meio da valorização
dos produtos que ela oferece!
Há mais de 200 produtores familiares no Cinturão Verde de
São Paulo trabalhando com frutas nativas e que guardam
um saber local sobre as melhores formas de cultivo, receitas
tradicionais e forte identidade cultural paulista – frutos como
o Cambuci já eram usados há mais de 400 anos por índios
e, depois, por tropeiros.
Há mais de 8 anos, muitos desses produtores, prefeituras
e parceiros de ONGs se unem para realizar a Rota do Cambuci,
com festivais gastronômicos em mais de 13 municípios,
resgatando e promovendo o Cambuci, como Mogi das Cruzes,
Paraibuna, Salesópolis, Rio Grande da Serra, Paranapiacaba,
Ribeirão Pires e outros. Muitos produtos da Rota do Cambuci
estão no Box do Mercado de Pinheiros.
A MATA
ATLÂNTICA
A Mata Atlântica está
restrita a 12% da floresta original,
que antes ocupou mais de 1 milhão
e 300 mil quilômetros quadrados
da costa do país. Em seu território
vive quase 80% da população
brasileira, na maioria das capitais
como São Paulo, Rio de Janeiro,
Curitiba, Salvador, Recife.
O Cinturão Verde de São Paulo
ainda possui 600 mil hectares
de Mata Atlântica original,
propiciando serviços ambientais
que garantem a vida na cidade.
E também os frutos que vêm sendo
cultivados na fronteira da floresta
nativa e hoje estão no Box
CAMBUCI
A FRUTA
A ÁRVORE
QUEM CUIDA
É BOM PARA
CONSERVAÇÃO
DO BIOMA
COMO USAR
O Cambuci tem
a polpa muito
cremosa, sem caroço,
e possui um forte
perfume e sabor
azedinho que está
conquistando
a gastronomia.
O Cambucizeiro atinge
em média 8 metros
de altura, e já começa
a dar frutos entre
o segundo e terceiro
ano. No meio da mata
pode ser até mais alto,
e rende cerca de 100
kg a 200kg por safra.
Pequenos agricultores que vivem na região da Serra do Mar Paulista
cultivam o Cambuci e são guardiões de saberes passados de geração em geração, como os usos medicinais
da planta e a tradição de produzir a cachaça curtida no Cambuci, produto com séculos
de história.
Rico em vitamina C, grande quantidade de fibras minerais, acidez com pH 0,3, presença de tanino e função comprovada no fortalecimento do sistema imunológico. O xarope de Cambuci é um excelente expectorante. Pesquisadores da USP vem
estudando o potencial do Cambuci para a prevenção
e tratamento do diabetes.
Os produtores locais cultivam o Cambuci e outras espécies nativas em terras que já
foram degradadas por monoculturas e pastos e estão recuperando a biodiversidade da floresta.
O cultivo das nativas da Mata Atlântica trazem de
volta aves e animais que se alimentam dos frutos e espalham suas sementes.
Fruto versátil para sorvetes, molhos, doces, salgados,
bebidas, com usos cosméticos e medicinais.
Pode ser armazenado congelado por mais de 1 ano. Cachaça curtida
com Cambuci, xarope, farinha de Cambuci, geleia, antepastos e chutney, além do Cambuci congelado
são encontrados no Box Mata Atlântica.
Fruto da Mata Atlântica do Sudeste
(principalmente em São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais)
é encontrado na floresta do alto
da Serra, nos locais mais úmidos
e quentes. Na cidade de São Paulo
o Cambuci é encontrado
no extremo sul, no distrito
de Parelheiros, cultivado por
pequenos e resistentes
produtores rurais.
UVAIA
A FRUTA
A ÁRVORE
QUEM CUIDA
É BOM PARA
CONSERVAÇÃO
DO BIOMA
COMO USAR
Fruto de aroma intenso e delicado perfume,
vem do tupi “ubaia” que significa azedo, além de forte coloração
amarela e dourada, casca fina e aveludada,
com sabor agradável e doce.
Pode chegar
até 13m ou mais
e costuma frutificar
entre setembro
e janeiro.
Agricultores da região Sudeste, especificamente da Serra do Mar, costumam plantar a Uvaia em consórciocom outras frutíferas nativas, como o Araçá
e o Cambuci, conhecendo seu comportamento
na natureza devido a saberes tradicionais.
Tem alto teor de vitamina C e quantidade
considerável de vitamina A, que contribuem com as necessidades diárias desses nutrientes, possuindo importância no combate ao colesterol e ao envelhecimento celular.
Nos plantios de Uvaia combinado a outras árvores nativas, a biodiversidade ganha espaço, permitindo à paisagem recuperar
seu perfil florestal e estimular a conservação da Mata Atlântica
original.
O fruto delicado permite o preparo de sucos, sorvetes e compotas,
sendo aproveitado integralmente, com polpa
bastante perecível, pois resseca com facilidade. Licores e geleia de Uvaia,
além da paleta de Uvaia artesanal do Empório
Mata Atlântica são encontrados no Box do
Mercado de Pinheiros.
Fruta muito típica e exclusiva
da Mata Atlântica do Sul e Sudeste,
conhecida como fruta do mato
em algumas regiões.
ARAÇÁ
A FRUTA
A ÁRVORE
QUEM CUIDA
É BOM PARA
CONSERVAÇÃO
DO BIOMA
COMO USAR
Pequeno e parecido com a goiaba, mas com perfume mais marcante
e intenso, tem uma polpa comestível
e adocicada.
O araçazeiro tem um porte mais arbustivo mas pode chegar a até 9m, com copa esparça, bem adaptada a grandes
altitudes. Agricultores familiares, especificamente da Serra do Mar, costumam plantar o Araçá em consórcio
com outras frutíferas nativas, como o Cambuci e a Grumixama, conhecendo seu comportamento na natureza devido a saberes tradicionais. Possui grandes quantidades de vitaminas A, B e C e alto índice de proteínas, antioxidantes e carboidratos, além de ter ação
anti-inflamatória.
O plantio de Araçá está estimulando a recuperação de áreas já degradadas, pois seu crescimento é rápido
e atrai a fauna, com ampla frutificação na primavera e verão, induzindo à recuperação
da Mata Atlântica.
Além de comer o Araçá cru, é possível fazer sucos, sorvetes, doces
e geleias com a fruta. Licores e geleias de
Araçá, assim como as mudas, são vendidas
no Box do Mercado de Pinheiros. A receita
do suco está em link.
Da Mata Atlântica da Bahia até
o Rio Grande do Sul, o Araçá possui
dezenas de variedades, como o rosa,
o vermelho, o amarelo, o
araçá-de-praia, araçá-pitanga ou araçá-boi, e
seu nome vem do tupi “planta que
tem olhos” em alusão ao miolo que
dá aparência de um olho.
É encontrado na floresta úmida
JUÇARA
A FRUTA
A ÁRVORE
QUEM CUIDA
É BOM PARA
CONSERVAÇÃO
DO BIOMA
COMO USAR
Os frutos que lembram o Açaí podem ser processados e virar polpa
e trazem esperança para o manejo da espécie e sua recuperação (já o uso do palmito implica na morte da árvore), possuindo cor arroxeada-escura, consistência mole e adocicada e fruto bem liso. Espécie-chave para a Mata Atlântica,
alimenta 70 espécies da fauna, atinge até 15m e tem floração em cachos. No Vale do Ribeira ou no Litoral Norte de São Paulo, diferentes famílias ou comunidades quilombolas já estão sobrevivendo da produção de frutos de Juçara. Os frutos da Juçara possuem alto teor de ferro e potássio e quatro vezes mais antocianina que o Açaí da Amazônia, pigmento que combate os radicais livres e protege contra
infecções e doenças vasculares, presente também no vinho tinto.
A produção de polpa de Juçara contribui para
o repovoamento da paisagem, já que possui um
interesse econômico para o plantio, gerando renda para as famílias e criando um ciclo virtuoso: quanto maior a produção de polpa,
mais possibilidade de comercialização, de oferta
de sementes viáveis e de geração de novas mudas.
O processamento da polpa é recente e serve a sucos, geleias e compotas,
além de uma bebida conhecida como Açaí de
Juçara, semelhante em textura e cor ao Açaí da Amazônia. A Granola com
Juçara de São Luiz do Paraitinga e a Geleia de Juçara checar o produtor
é encontrada no Box do Mercado de Pinheiros.
Com ampla distribuição em toda
Mata Atlântica, também conhecida
como Palmito-Juçara, esta palmeira
tem forte relação com a fauna
da floresta, alimentando aves
e macacos, mas a exploração
descontrolada de seu palmito
de excelente qualidade levou
à quase extinção completa
da espécie na natureza.
É também conhecido como
GRUMIXAMA
A FRUTA
A ÁRVORE
QUEM CUIDA
É BOM PARA
CONSERVAÇÃO
DO BIOMA
COMO USAR
Possui um sabor único e inigualável, misto de Pitanga e Jabuticaba,
e pode ser comida in natura quando frutifica,
entre novembro e dezembro. Conforme
a variedade, os frutos podem ser negros, amarelos ou vermelhos, e são doces e suculentos,
lembrando também as Cerejas.
O pé de grumixama tem porte médio e atinge até 15m, dá flores brancas. Agricultores da região Sudeste, especificamente da Serra do Mar, costumam plantar a Grumixama em consórcio com outras frutíferas nativas, como
o Araçá e o Cambuci, conhecendo seu comportamento na natureza devido a saberes tradicionais. É rica em antioxidantes e tem alto teor
de vitamina C, do complexo B e de flavonoides, além de poder ser usada
como expectorante contra a tosse quando
feito um xarope com sua casca.
Como outras frutíferas nativas serve de alimento para a fauna e seu plantio
induz à recuperação florestal da Mata Atlântica. Licor de Grumixama, geleia da fruta e mudas da espécie estão no Box.
Enriquece a paisagem com suas
flores brancas e seu porte médio,
até 15 metros de altura,
nas matas que vão da Bahia até
Santa Catarina. Vem do tupi
“guamixã” que significa “o que
pega na língua” pela intensidade
de seu sabor, e hoje é uma árvore
facebook.com/emporiomataatlantica
facebook.com/rotadocambuci
facebook.com/institutoaua
instagram.com/institutoaua
ONDE
FRUTA
ÁRVORE
QUEM PRODUZ
BENEFÍCIOS
CONSERVAÇÃO
DO BIOMA
USO CULINÁRIO
CAMBUCI
Mata Atlântica do SudesteFormato de “disco voador” e de cor verde.
Azedinha e de forte perfume
Chega a 8m ou mais. Produz 100 a 200 kg por
safra, de março a junho
Pequenos agricultores da Serra do Mar Paulista
Rica em Vitamina C, fibras minerais e tanino.
Fortalece sistema imunológico e é antioxidante Recupera terras degradadas e atrai a fauna Doces, salgados e bebidas, como sorvetes, mousses, sucos, vitaminas,
molhos e marinados para carnes e peixes
UVAIA
Mata Atlântica do Sul e SudesteColoração amarela e dourada, casca fina e aveludada, com sabor
agradável e doce
Pode chegar até 13m ou mais e costuma frutificar entre setembro e janeiro
Agricultores da região Sudeste, especificamente da Serra do Mar Rica em Vitaminas A e C, combate o colesterol e o envelhecimento precoce
Floresta recupera sua paisagem e a biodiversidade ganha espaço Sucos, sorvetes, geleias e compotas, sendo aproveitado integralmente
ARAÇÁ
da Bahia até o Rio Mata Atlântica - Grande do SulPequeno e parecido com a goiaba. Perfume intenso
Tem um porte mais arbustivo mas pode chegar a até 9m, bem
adaptada a grandes altitudes Agricultores familiares, especificamente da Serra do Mar Vitaminas A, B e C e alto índice de proteínas, antioxidantes e carboidratos. Ação anti-inflamatória Recuperação de áreas já degradadas, pois seu
crescimento é rápido e atrai a fauna
Além de comer o Araçá cru, é possível fazer sucos, sorvetes, doces
e geleias com a fruta
JUÇARA
Em toda Mata AtlânticaConhecida como Palmito-Juçara, os frutos lembram o Açaí e podem ser processados e virar polpa Espécie-chave para a Mata Atlântica, alimenta 70 espécies da fauna, atinge até 15m
e tem floração em cachos Famílias ou comunidades quilombolas, no Vale do Ribeira e Litoral Norte de SP
Alto teor de ferro e potássio e quatro vezes
mais antocianina que o Açaí da Amazônia. Protege contra doenças
vasculares
Auxilia de forma direta na recuperação do bioma, já que há interesse econômico na produção da polpa, evitando o corte do palmito Creme de Juçara (parecido com o do Açaí), sucos, compotas, geleias, em bolos e salgados
GRUMIXAMA
Mata Atlântica - da Bahia até Santa CatarinaPodem ser negros, amarelos ou vermelhos, são doces e suculentos, lembrando também
as Cerejas
Porte médio, até 15 metros, dão flores
brancas Agricultores da região Sudeste, especificamente da Serra do Mar Rica em antioxidantes e tem alto teor de vitamina C, do
complexo B e de flavonoides
Serve de alimento para a fauna e seu plantio
induz à recuperação florestal
Licores, geleias, compotas