• Nenhum resultado encontrado

Alternativas para secagem de sementes: consumo energético do sistema de qualidade da semente de abóbora em função do processo de secagem / Seed drying alternatives: energy consumption of the pumpkin seed quality system as a function of the drying process

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Alternativas para secagem de sementes: consumo energético do sistema de qualidade da semente de abóbora em função do processo de secagem / Seed drying alternatives: energy consumption of the pumpkin seed quality system as a function of the drying process"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Alternativas para secagem de sementes: consumo energético do sistema de

qualidade da semente de abóbora em função do processo de secagem

Seed drying alternatives: energy consumption of the pumpkin seed quality

system as a function of the drying process

DOI:10.34117/bjdv5n11-174

Recebimento dos originais: 07/10/2019 Aceitação para publicação: 18/11/2019

Reni Saath

Engenheira Agrícola, Prof.ª, Doutora

Departamento de Agronomia - DAG, Centro de Ciências Agrárias - CCA Universidade Estadual de Maringá - UEM/Sede

Av. Colombo, 5790 - Jd. Universitário, Maringá – PR, Brasil E-mail: rsaath@uem.br

Gustavo Soares Wenneck

Engenheiro Agrônomo; Pós-Graduando em Agronomia – PGA Centro de Ciências Agrárias - CCA

Universidade Estadual de Maringá - UEM/Sede Maringá – PR Av. Colombo, 5790 - Jd. Universitário, Brasil

E-mail: gustavowenneck@gmail.com

Danilo César Santi

Graduando em Agronomia; Departamento de Agronomia – DAG Centro de Ciências Agrárias – CCA

Universidade Estadual de Maringá - UEM/Sede Av. Colombo, 5790 - Jd. Universitário Maringá – PR, Brasil

E-mail: danilosantiagro@gmail.com

Larissa Leite e Araujo

Graduanda em Agronomia; Departamento de Agronomia – DAG Centro de Ciências Agrárias – CCA

Universidade Estadual de Maringá - UEM/Sede Maringá – PR Av. Colombo, 5790 - Jd. Universitário, Brasil

E-mail: larissa_leite_araujo@hotmail.com

Roberto Rezende

Engenheiro Agrícola, Prof., Doutor

Departamento de Agronomia - DAG, Centro de Ciências Agrárias – CCA Universidade Estadual de Maringá - UEM/Sede

Av. Colombo, 5790 - Jd. Universitário, Maringá – PR, Brasil E-mail: rrezende@uem.br

RESUMO

A semente de abóbora (Cucurbita pepo) é rica em vitamina E, proteínas, lipídeos e fibras insolúveis. O presente estudo teve como objetivo comparar o processo de três métodos de secagem em relação ao tempo de secagem das sementes de abóboras, à sua composição centesimal e efeitos sobre

(2)

características físicas/fisiológicas. A matéria-prima com teor de água ±0,35 (bs) foi submetida à secagem em estufa a vácuo, com fluxo de ar aquecido e por liofilização até que a semente atingisse um teor de água ±0,08 (bs). Houve alteração significativa nos teores de proteína e lipídeos, porém, a fração de fibras nas sementes de abóbora não foi influenciada pelos processos de secagem. Enquanto o método em fluxo de ar aquecido apresentou menor tempo de secagem e menor efeito sobre a qualidade, o processo por condução causou danos oxidativos nos lipídeos e proteínas da semente de abóbora. As maiores velocidades de remoção de água foram detectadas nas sementes de menor densidade, onde através da razão de água, em função do tempo de secagem, demoraram menor intervalo de tempo para atingir o teor de água de equilíbrio. O método em estufa com fluxo de ar aquecido apresentou menor gasto energético. A técnica de secagem por estufa com circulação de ar quente apresentou elevada produção, menores perdas na qualidade da semente e menor consumo energético, enquanto o processo por liofilização elevado gasto de energia e tempo de secagem superior. O teste de condutividade elétrica diferenciou a qualidade das sementes de abóbora (Cucurbita pepo) destacando maior vigor às sementes secas com circulação de ar forçado e menor vigor nos lotes do processo a vácuo.

Palavras-chave: Cucurbita pepo, desidratação, estresse oxidativo, potencial fisiológico ABCTRACT

Pumpkin seed (Cucurbita pepo) is rich in vitamin E, proteins, lipids and insoluble fibers. The present study had as objective to compare three types of drying process of pumpkin seeds in relation to the time and its composition centesimal, being verified changes in the physical characteristics. The raw material with water content ± 0.35 (ws) was subjected to vacuum drying, heated airflow and lyophilization until the product reached a water content ± 0.08 (db). There was a significant change in protein and lipid contents; however, the drying processes did not influence the fiber fraction in the pumpkin seeds. While the heated airflow method showed lower drying time and lower effect on quality, the conduction process caused oxidative damages in the lipids and proteins of the pumpkin seed. Higher water removal velocities were detected in the seeds of lower density, where through the water ratio as a function of the drying time it took a shorter time interval to reach equilibrium water content. The greenhouse method showed a lower energy expenditure.

Key words: Cucurbita pepo, Oxidative stress, Physical-chemical quality

1 INTRODUÇÃO

O aproveitamento de fontes energéticas, do ponto de vista técnico-cientifico, dinamiza e impulsiona o desenvolvimento nacional e regional. Da abobora consome tanto o fruto como suas sementes (VERONEZI; JORGE, 2012). O fruto (Cucurbita spp.) destaca-se na nutrição, pela riqueza em carotenoides, ferro, cálcio, magnésio, potássio, fibras e vitaminas B e C (VERONEZI; JORGE, 2012), as sementes em função dos teores de fibras (23 a 27%), proteínas (32 a 40%) e lipídios (44 a 50%) ricos em ácidos graxos, mono e poli-insaturados, inseriu-as como matéria-prima à produção de óleo e ingrediente na culinária (SANT’ANNA, 2005).

Considerando a redução do desperdício e o aproveitamento das sementes de abóbora na alimentação, sua exploração comercial exige conhecimentos sobre cuidados na pós-colheita para garantir a qualidade do produto (DIÓGENES et al., 2013). Operações de secagem têm elevado consumo de energia e refletem a conservação das sementes secas. Cada produto apresenta

(3)

características particulares de geometria e composição química, que na remoção de água em função do processo e/ou tempo de secagem pode comporte-los de forma diferente (KOWALSKI; PAWLOWSKI, 2011). Logo, informações teóricas/práticas a respeito são de suma importância para auxiliar na preservação da qualidade das sementes de abóbora pós-colheita e no desenvolvimento de equipamentos e/ou adaptações daqueles já existentes.

O presente estudo teve como objetivo comparar o processo de três métodos de secagem em relação ao tempo de secagem das sementes de abóboras, à sua composição centesimal e efeitos sobre características físicas/fisiológicas.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Frutos abóboras (Cucurbita pepo), doados por produtor da região de Maringá foram transportados ao laboratório de Plantas Medicinais e Pós-colheita de Produtos Agrícolas, pertencente ao Departamento de Agronomia (DAG) da Universidade Estadual de Maringá (UEM/Sede), localizada no município de Maringá - PR, situada na latitude 23º25’S, longitude 51º57’ W e a 542 m de altitude, onde foram selecionados, higienizados, e em seguida abertos para remoção das sementes, separando-as da mucilagem que os envolve, lavadas em água corrente para retirada da mucilagem remanescente, espalhas em peneiras para a eliminação do excesso de água superficial, então e submetidas a secagem.

Para avaliar o efeito do processo de secagem a temperatura de 40°C, o experimento constituiu-se de três métodos de constituiu-secagem: processo por liofilização (T1); secagem em estufa a vácuo (T2) e

secagem em estufa com circulação forcada (T3); as amostras foram pesadas em intervalos (5 minutos)

até atingirem umidade de 0,08±0,2% em base seca (bs), estimado através da redução de massa (Equação 1). Para conhecer o comportamento da semente ao longo do tempo, foi analisada a taxa de redução de água, que representa a variação da massa de água, em relação a massa seca e a variação do tempo de processo ((Equação 2), o consumo energético (CE) para processo alcançar a umidade de 0,08±0,2% (bs) obtido ao multiplicar-se a potência do equipamento pelo tempo de operação.

𝑀𝑓= 𝑀𝑖

100−𝑈𝑖

100−𝑈𝑓 (Equação 1) 𝑇𝑅𝐴 =

𝑀𝑎0−𝑀𝑎𝑖

𝑀𝑆(𝑡𝑖−𝑡0) (Equação 2)

Na caracterização da qualidade das sementes de abóbora, foi determinado o teor de água com quatro repetições de 25 sementes em estufa a 105±1°C por 24h; o teste de germinação com quatro repetições de 50 sementes, distribuídas em germitest umedecido disposto sobre tela de alumínio em caixas tipo gerbox, contendo água destilado (10 mL) e mantidas em germinador a 25°C, computando-se a porcentagem de plântulas normais para cada repetição, no quarto e oitavo dia após instalação do

(4)

teste, de acordo com os critérios estabelecidos pelas Regras para Análises de Sementes (BRASIL, 2009); junto ao teste de germinação, realizou-se na primeira contagem o registro da porcentagem de plântulas normais (CPN)e a classificação de vigor de plântulas (CVP) em duas categorias (normais vigorosas e normais pouco vigorosas).

Para o índice de velocidade de emergência de plântulas (IVE), seguindo-se procedimento adotado no teste de germinação, contando-se diariamente o número de plântulas até o oitavo dia pós semeadura. A velocidade de emergência em areia foi conduzida em conjunto com o teste de emergência em areia, com oito repetições de 50 sementes (BRASIL, 2009); a partir dos dados foram calculados a velocidade de emergência (VE), o índice de velocidade de emergência (IVE) e o coeficiente de velocidade de emergência (CVE) conforme descrito por Schuab et al. (2006).

O teste de envelhecimento acelerado conduzido com quatro repetições de 50 sementes, distribuídas em germitest umedecido disposto sobre tela de alumínio inserida no interior de caixas tipo gerbox contendo 40 mL de água destilada, incubadas em BOD à temperatura de 41ºC por 48 h, quando as sementes foram submetidas ao teste de germinação, conforme descrito anteriormente. Para a determinação da condutividade elétrica (CE), quatro repetições de 25 sementes foram pesadas, colocadas para embeber em copos plásticos contendo 75 mL de água destilada e incubadas em BOD a 30°C/8h (DUTRA; VIEIRA, 2006). A leitura dos lixiviados na solução foi por meio de condutivímetro e os resultados expressos em µS cm-1 g-1 MS. A massa específica aparente determinada em recipiente cilíndrico (1:1) de 1 L conforme reportado por Araújo et al. (2014) e a massa de mil sementes com quatro repetições de 100 unidades (BRASIL, 2009).

Utilizou-se o teste F para destacar os efeitos significativos dos processos de secagem e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p>0,05) com o programa ASSISTAT (2014).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para quantificar a redução do teor de água em relação ao tempo decorrido, as amostras foram pesadas em intervalos de cinco minutos, sendo o processo de secagem das sementes de abóbora conduzido até que atingissem um teor de água de 9% (±1% bs), em base seca, para cada processo de secagem (Figura 1).

(5)

FIGURA 1 Redução de massa das sementes de abóbora em função do tempo de secagem dos processos de secagem por liofilização, em estufa a vácuo e em estufa com circulação de ar.

No caso das sementes de abóbora, assim que extraídas do fruto e expostos ao ambiente sofrem alterações no seu teor de água, influenciando nas suas características germinativas e propriedades físicas, tais como a higroscopicidade (BEE; BARROS, 1999). Pois se tratando de sementes, as interações com o ambiente, quando sem controle, podem favorecer a aceleração das alterações físicas, químicas e biológicas, principalmente referentes ao ataque de microrganismos, o que deprecia sua qualidade (TEIXEIRA; ANDRADE, FIGUEIRA, 2014). Por sua vez, o processo de secagem se desenvolve por meio da passagem de um fluxo de ar, preferencialmente aquecido, pela massa, induzindo a formação de um gradiente de pressão de vapor entre a superfície do produto e o ambiente, por conseguinte, entre a superfície do produto e seu interior (ANDRADE et al., 2008; MELO et al, 2016).

Mas, a intensificação do processo exige abordagem eficiente na combinação das técnicas de secagem (KOWALSKI; PAWLOWSKI, 2011). Nas operações, como parâmetro de secagem, a temperatura do ar exerce a maior influência na cinética de secagem (LEITE et al., 2015; SILVA et al., 2016a; 2016b).

Em função das temperaturas, Silva et al. (2018) observaram que as sementes de melão amarelo tendem o equilíbrio higroscópico na secagem a 35°C em 5,87 h; 40°C (4,91 h); 45°C (4,65 h) e 50°C (3,42 h). Neste estudo, os métodos de secagem aplicados à massa, embora, conduzidos à mesma

0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144 156 168 180 192 204 216 R ed u çã o d e m ass a (g )

Tempo de secagem (min)

(6)

temperatura do ar (40°C), as sementes de abóbora alcançarem o equilíbrio (8±1 bs) em menor tempo (120 min) no processo com circulação de ar forçado (Figura 1).

Na averiguação do comportamento das sementes ao longo do tempo, durante a secagem Andrade et al. (2008) indicam a análise da taxa de redução de água, que representa a variação da massa de água, em relação a massa seca e a variação do tempo de processo. A análise pela redução do conteúdo de água das sementes de abóbora em função do tempo e processo de secagem aplicados (Figura 1) constatou menor gasto energético no método em estufa com fluxo de ar aquecido, que apresentou tempo de secagem inferior e taxa de redução de água superior aos valores médios observados para os demais processos (Tabela 1).

TABELA 1 Valores médios do tempo de secagem, da taxa de redução de água (TRA) das sementes de abóbora com teor de água (base seca) de 0,35±0,1 até 0,08±0,1 (decimal), e consumo de energia para os diferentes processos de secagem a temperatura de 40°C.

Processo de secagem Tempo de secagem TRA Consumo de energia

(40°C) (h) (kg kg-1 h-1) (kWh)

Liofilização 3,6 0,129 1,584

Vácuo 3,2 0,145 1,408

Circulação 2,8 0,164 1,232

As maiores velocidades de remoção de água foram detectadas nas sementes de menor densidade, onde através da razão de água em função do tempo de secagem demoraram menor intervalo de tempo para atingir o teor de água de equilíbrio (Figura 1). Enquanto o método em fluxo de ar aquecido apresentou menor tempo de secagem e menor efeito sobre a qualidade (Tabela 1), o processo por condução causou danos oxidativos nos lipídeos e proteínas da semente de abóbora (Tabela 2). Sant’Anna (2005) afirmou que a semente de abóbora é rica em proteínas apresentando um valor de 21,43% sendo este superior aos teores 16,92-20,93% observado no presente estudo. Houve alteração significativa nos teores de proteína e lipídeos (Tabela 2), porém, a fração de fibras nas sementes de abóbora não foi influenciada pelos processos de secagem.

TABELA 2 Valores médios da composição centesimal das sementes de abóbora submetidas a diferentes métodos de secagem.

Processo de secagem Umidade Extrato etéreo Proteína Fibra Bruta Cinzas

Liofilização 0,08 (±0,1) 25,45 (±0,6)* 16,92 (±0,5)* 7,15 (±0,4) 4,13 (±0,2) Vácuo 0,08 (±0,1) 28,48 (±0,6) 20,88 (±0,5) 7,16 (±0,4) 4,14 (±0,2) Circulação 0,08 (±0,1) 28,45 (±0,6) 20,93 (±0,5) 7,16 (±0,4) 4,13 (±0,2) *significativo (p≥0,05)

(7)

Ao analisar o nível de reorganização das membranas celulares os dados do teste de germinação e de condutividade elétrica, em função dos métodos de secagem, evidenciou-se significância para os efeitos individuais de tempo do processo liofilização, a vácuo e secagem com circulação de ar forçada (Tabela 3).

TABELA 3 Condutividade elétrica (CE), germinação (G), contagem de plântulas normais (CPN), classificação do vigor de plântulas (CVP), envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de germinação (IVG), velocidade de emergência em areia (VE) e coeficiente da velocidade de emergência em areia (CVE).

Processo de secagem CE G CPN CVP EA IVG VE CVE µS cm-1 g-1 ---%--- Liofilização 131,52 71,45 68,92 56,15 71,09 15,15 5,3 16,64 Vácuo 154,98* 68,48 38,88* 47,16 37,92* 7,16* 7,7* 10,02* Circulação 128,03 96,45* 88,03 95,96* 84,23 19,16 4,6 21,91 *significativo (p≥0,05)

Entre os processos de secagem também houve diferenças significativas para as variáveis avaliadas. Observa-se que as sementes cujo teor de água foi reduzido no processo a vácuo (Tabela 3) lixiviaram maior quantidade de eletrólitos, possivelmente por causa da maior desorganização dos sistemas de membranas da estrutura celular dessas sementes quando comparadas às provenientes de secagem com circulação de ar forçado.

Os valores observados na germinação indicam deterioração dos sistemas de membranas, diminuindo a velocidade de reestruturação das mesmas, com consequente perda do vigor da semente (Tabela 3), indicado pelo teste de envelhecimento acelerado, cuja estratificação dos diferentes níveis vigor apontou potencial fisiológico superior nos lotes de semente provenientes do processo de secagem com circulação de ar forçado em relação às sementes de abóbora secas por liofilização e a vácuo.

As sementes classificadas na categoria de menor qualidade pelos testes fisiológicos iniciais evidenciaram os maiores valores de condutividade elétrica (Tabela 3). Esta ocorrência pode ter relação com o fato de que sementes em processo de deterioração ou de menor vigor possuem menor capacidade de reorganização do sistema de membranas celulares, apresentando extravasamento exacerbado de eletrólitos, um indício da qualidade inferior das sementes. Estando diretamente relacionada com as atividades respiratórias (Oliveira et al., 2016), a peroxidação de lipídeos pode ser a causa mais frequente da deterioração e perda da viabilidade de sementes (Abreu et al. (2013).

Pelo teste de condutividade elétrica, as sementes que apresentam menor lixiviação de solutos e, consequentemente, menor valor de condutividade elétrica, são as mais vigorosas (Tabela 3), portanto, apresentam correlação negativa com os demais testes (Tabela 4).

(8)

TABELA 4 Coeficientes de correlação simples (r) estimados entre os testes de emergência em areia, de germinação e de vigor das sementes de abóbora, obtidos com base na média em função dos processos de secagem de sementes.

Correlação CE G CPN CVP EA IVG VE CVE

Germinação -0,83 - 0,23 0,85 0,79 0,45 -0,66 0,54 Emergência -0,71 0,68 0,76 0,76 0,67 0,48 -0,62 0,68 Contagem inicial -0,72 0,89 0,75 0,75 0,56 0,66 -0,41 0,59 Contagem final -0,58 0,88 0,88 0,66 0,42 0,56 -0,47 0,52 Condutividade - -0,58 -0,73 -0,64 -0,56 -0,32 -0,27 -0,38 Extrato etéreo -0,38 0,81 0,74 0,75 0,52 0,61 -0,41 0,53 Proteína -0,13 0,79 0,75 0,72 0,56 0,66 -0,49 0,59 Fibra -0,12 0,82 0,73 0,75 0,54 0,68 -0,41 0,49

Da mesma forma, na avaliação da velocidade de emergência (VE), as sementes que apresentam maiores valores levam mais tempo para emergir e, portanto, são menos vigorosas e a correlação com os demais testes também é negativa. Quanto à composição centesimal da semente de abóbora, embora apenas o processo por liofilização apontasse efeito significativo sobre o teor de óleo e proteína, a análise com as características velocidade de emergência (VE) e condutividade elétrica (CE) apresentou de correlação negativa (Tabela 4).

Associados aos resultados da qualidade fisiológica das sementes, os índices obtidos na correlação sugerem efeitos latentes na integridade da estrutura celular em função dos processos de secagem. Assim, fornecendo informações confiáveis às etapas do processo e resultados reproduzíveis no controle de qualidade um dos pilares para o sucesso de projetos e programas pós-colheita.

4 CONCLUSÕES

O processo com fluxo de ar apresentou os menores tempos de secagem, onde quanto menor a densidade das sementes maior a taxa de redução da massa de água e menor o gasto energético no processo; as características do método de secagem têm influência direta no consumo energético para a redução do teor de água presente nas sementes de abóbora.

A técnica de secagem por estufa com circulação de ar quente apresentou elevada produção, menores perdas na qualidade da semente e menor consumo energético, enquanto o processo por liofilização elevado gasto de energia e tempo de secagem.

Em função dos processos de secagem, o teste de condutividade elétrica diferenciou a qualidade das sementes de abóbora (Cucurbita pepo) destacando o maior vigor às sementes secas com circulação de ar forçado e o menor vigor nos lotes do processo a vácuo.

(9)

REFERÊNCIAS

ABREU, L. A. S.; CARVALHO, M. L. M.; PINTO, C. A. G.; KATAOKA, V. Y.; SILVA, T. T. A. Deterioration of sunflower seeds during storage. Journal of Seed Science, Londrina, v.35 n.2, p.240-224, 2013.

ANDRADE, E.T.; BORÉM F.M. Modelagem Matemática e Simulação Aplicados na Secagem do

Café-Lavras- Ed. UFLA. p. 303-347.2008.

BEE, R. A.; BARROS, A. C. S. A. Sementes de abóbora armazenadas em condições de vácuo.

Revista Brasileira de Sementes, v.21, n 2, p.120-126, 1999.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária.

Regras para análise de sementes. Brasília: MAPA/ACS, 2009, 399 p.

CORRÊA, P.C.; GONELI, A. L. D.; RESENDE, O.; RIBEIRO, D. M. Obtenção e modelagem das isotermas de dessorção e do calor isotérico de dessorção para grãos de trigo. Revista Brasileira de

Produtos Agroindustriais, v.7, p.39-48, 2007.

DIÓGENES, A.M.G.; QUEIROZ, A.J.M.; FIGUEIRÊDO, R.M.F.; SANTOS, D.C. Cinética de secagem de grãos de abóbora. Revista Caatinga, Mossoró, v. 26, n. 1, p. 71-80, 2013.

DUTRA, A. S.; VIEIRA, R. D. Teste de condutividade elétrica para avaliação do vigor de sementes de abobrinha. Revista Brasileira de Sementes, v. 28, n. 2, p. 117-122, 2006.

KOWALSKI, S.J.; PAWLOWSKI, A. Energy consumotion and quality aspect by intermittent drying.

Chemical Engineering and Processing, v. 50, p.384–390, 2011.

LEITE, A.L.P., SILVA, F.S., PORTO, A.G., PIASSON, D., SANTOS, P. Contração volumétrica e cinética de secagem de fatias de banana variedade Terra. Pesquisa Agropecuaria Tropical. v. 45, n.2, p. 155-162. 2015.

LIU, P.; ZHANG, M.; MUJUMDAR, A.S. Comparison of three microwave-assisted drying methods on the physiochemical, nutritional and sensory qualities of re-structured purple-fleshed sweet potato granules. International Journal of Food Science and Technology, v. 47, p. 141-147, 2012.

MACHADO, J. C. Patologia de sementes: significado e atribuições. In: CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. (Ed.). Sementes: ciência, tecnologia e produção. Jaboticabal: FUNEP, 2012. p. 524-590.

MELO, P.C.; DEVILLA, I.A.; CAETANO, J.M.; REIS, V.B.S.; ANTUNES, A.M.; SANTOS M.M. Modelagem matemática das curvas de secagem de grãos de feijão carioca. Revista Brasileira de

Ciências Agrárias, v. 11, n. 3, p. 247-252, 2016.

OLIVEIRA, A. S.; CARVALHO, M. L. M.; BÁRBARA, C. N. V.; GUIMARÃES, R. M.; OLIVEIRA, J. A.; PEREIRA, D. S. Biochemical changes in fber naturally colored cottonseeds during storage. Journal of Seed Science, Londrina, v.38, n.2, p.101-109, 2016.

SANT’ANNA, L.C. Avaliação da composição química da semente de abóbora (Cucurbita pepo)

e do efeito do seu consumo sobre o dano oxidativo hepático de ratos (Rattus novergicus). 2005.

68 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

SCHUAB, S.R.P.; BRACCINI, A.L.; FRANÇA NETO, J.B.; SCAPIM, C.A.; MESCHEDE, D.K. Potencial fisiológico de sementes de soja e sua relação com a emergência das plântulas em campo.

Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá, v. 28, n. 4, p. 553-561, 2006.

SILVA, I.L.; SILVA, H.W.; CAMARGO, F.R.T.; FARIAS, H.F.L.; FREITAS, E.F.M. Secagem e difusividade de sementes de melão. Revista de Ciências Agrárias, v. 41, n. 2, p. 309-315, 2018.

(10)

SILVA, H.W.; RODOVALHO, R.S.; VELASCO, M.F.; SILVA, C.F.; VALE, L.S.R. Kinetics and thermodynamic properties related to the drying of 'Cabacinha' pepper fruits. Revista Brasileira de

Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 20, n. 2, p. 174-180, 2016a.

SILVA, R. B., SILVA, F.S., PORTO, A.G., ALVES, A.P. Estudo da cinética de secagem da polpa de carambola. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, v. 10, n. 2, p. 2069-2080, 2016b. VERONEZI, C. M.; JORGE, N. Aproveitamento de sementes de abóbora (Cucurbita sp) como fonte alimentar. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.1, p.113-124. 2012.

Imagem

FIGURA 1 Redução de massa das sementes de abóbora em função do tempo de secagem dos processos de secagem por  liofilização, em estufa a vácuo e em estufa com circulação de ar
TABELA  2  Valores  médios  da  composição  centesimal  das  sementes  de  abóbora  submetidas  a  diferentes  métodos  de  secagem
TABELA 3 Condutividade elétrica (CE), germinação (G), contagem de plântulas normais (CPN), classificação do vigor  de plântulas (CVP), envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de germinação (IVG), velocidade  de emergência em areia (VE) e coefic
TABELA 4 Coeficientes de correlação simples (r) estimados entre os testes de emergência em areia, de germinação e de  vigor das sementes de abóbora, obtidos com base na média em função dos processos de secagem de sementes

Referências

Documentos relacionados

Este ap´ os fazer a consulta ` a base de dados e carregar toda a informa¸ c˜ ao necess´ aria para o preenchimento da tabela envia-a para o Portal de Gest˜ ao onde a interface

O Documento Orientador da CGEB de 2014 ressalta a importância do Professor Coordenador e sua atuação como forma- dor dos professores e que, para isso, o tempo e

As questões acima foram a motivação para o desenvolvimento deste artigo, orientar o desenvol- vedor sobre o impacto que as cores podem causar no layout do aplicativo,

Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo realizar testes de tração mecânica e de trilhamento elétrico nos dois polímeros mais utilizados na impressão

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

The challenges of aging societies and the need to create strong and effective bonds of solidarity between generations lead us to develop an intergenerational

psicológicos, sociais e ambientais. Assim podemos observar que é de extrema importância a QV e a PS andarem juntas, pois não adianta ter uma meta de promoção de saúde se

Assim, este trabalho apresenta uma abordagem que tem como objetivo principal: (i) analisar a cobertura de código levando em consideração os fluxos de chamadas existentes no sistema