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A Nova Gestão Pública
Prof. Doutor Jacob Massuanganhe
PhD, Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local Director de Programas e do Mestrado, CPPPGL- FDUAN
Jacob.massuanganhe@gmail.com
UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE DIREITO
Programa de Mestrado e Pós-Graduação
Introdução
A Sociedade actual exige novas formas de
gestão Pública.
A Gestão do Conhecimento no sector público
significa uma gestão mais transparente e
eficaz: orientada para o cidadão.
Criar novos sistemas de gestão que se
Traduzam medidas de eficiência
Introdução
Desafio - desenvolver pessoas com o perfil
requerido por esse novo tipo de organização.
É fundamental, repensar os papéis dos
gestores e dos funcionários nessa nova
organização;
criar novos sistemas de gestão; fazer com
que o aprendizado seja parte do dia-a-dia da
Abril de 2005
A N
OVAG
ESTÃOP
ÚBLICA
A Nova Gestão Pública trata de renovar e inovar
o funcionamento da Administração,
incorporando técnicas do sector privado,
adaptadas às suas características próprias,
assim como desenvolver novas iniciativas para o
logro da eficiência económica e a eficácia social,
subjaz nela a filosofia de que a administração
pública oferece oportunidades singulares, para
melhorar as condições económicas e sociais dos
povos
”.
Conjunto de práticas de gestão ligadas a introdução de
mecanismos de mercado e na adopção de ferramentas de
gestão privada, para solucionar os problemas de eficiência
da gestão pública bem como para melhorar a satisfação do
cidadão nas suas relações com o Estado.
A NGP baseia-se então, na introdução de mecanismos de
mercado e na adopção de ferramentas de gestão privada,
para solucionar os problemas de eficiência da gestão
pública.”
6
Promove-se a competição entre fornecedores de bens e
serviços públicos, na expectativa da melhoria do serviço
para o cidadão (ao nível da qualidade) ao mesmo tempo
que se reduzem os custos de produção
“A primeira refere
-se à capacidade do governo para
identificar problemas críticos e formular as políticas
apropriadas a sua acção.
A segunda diz respeito à capacidade governamental de
mobilizar os meios e recursos necessários à execução
dessas políticas, enfatizando, além da tomada de decisão,
os problemas ligados ao processo de implementação.
7
A T
EORIA DA
E
SCOLHA
P
ÚBLICA
A escolha pública procura evidenciar a necessidade do respeito
pela vontade manifestada pelos cidadãos num processo de decisão. O governo é eleito para agir em nome da colectividade,
representando-a e procurando afirmar as suas (dos cidadãos) preferências.
Como vimos, no ponto anterior, vários autores defendem a tese da
estratégia oportunista de burocratas e políticos. Para a teoria da Escolha Pública, a principal premissa é que as instituições
públicas deveriam ser desenhadas de forma a proporcionar aos
cidadãos aquilo que realmente querem, em vez de os sujeitarem às escolhas que maximizam interesses de políticos e burocratas.
Assume-se então uma posição clara de combate à burocracia e a
luta pela reposição do primado dos políticos, verdadeiros representantes da vontade popular, sobre o funcionário
Assim, a reforma deve incidir numa centralização das decisões, num
maior controlo e coordenação dos políticos sobre os burocratas. A teoria da Escolha Pública reconhece ao mercado a qualidade de reflectir as preferências dos cidadãos. A competição que lhe está subjacente obriga a que haja uma atenção e preocupação pelas
necessidades dos consumidores, o que não acontece nas instituições públicas que actuam num ambiente de monopólio. É então proposto um caminho que passa pela destruição dos modelos organizativos tradicionais, assente em hierarquias e monopólios públicos.
A aposta está na desagregação do poder burocrático caminhando
para soluções onde o poder público age como garante a existência de bens e serviços públicos sem a obrigatoriedade de os produzir.
Mitigando os centros de autoridade, estabelecendo as relações com
base em contratos geridos pelos políticos e agindo num mercado de concorrência, acreditando-se que os interesses dos cidadãos poderão
ser respeitados e satisfeitos. 9
O M
ANAGERIALISMO
Woodrow Wilson (1887) Aliviada da componente política a gestão
pública deveria ter como objectivo, executar as decisões e as políticas pública definidas, da maneira mais eficiente.
Diferentemente da teoria da escolha pública, que parte para uma
destruição das organizações existentes a escola gestionária aposta na sua recuperação, modificação e aproveitamento. Centra-se na aproximação das práticas da Administração Pública à gestão
privada. Mas para isso é necessário modificar o modus operandi do sector público.
Note-se que aquilo que está em questão, não é a superioridade da
gestão privada quando comparada com a gestão pública, mas sim o reconhecimento que alguns instrumentos de gestão permitidos ao sector privado deveriam ser, por beneficiarem a eficácia e
O M
ANAGERIALISMO
A gestão como ideologia dominante apresenta-se com a capacidade
de localizar e eliminar fontes de desperdício, através de
instrumentos que permitem um melhor aproveitamento dos recursos. Mostra-se sobretudo incompatível com formalismos e práticas burocráticas e administrativas. Mas para que tal seja possível é necessário reformular e reestruturar a liberdade de acção dada ao gestor público.
Assim, e ao contrário da teoria da Escolha Pública, é defendida
maior autonomia, maior liberdade, para o gestor mas que vem acompanhada de uma maior responsabilização. Sem esta
contrapartida, poderíamos estar a enveredar por um caminho, que possibilitasse ao gestor público, maior autonomia, sem o devido controlo das consequências das suas acções.
O M
ANAGERIALISMO A ênfase e o controlo recaem sobre a capacidade do gestor gerir com
eficiência. Esta responsabilização deixa de ser integralmente
política e passa a ser também perante os cidadãos e os objectivos assumidos. Não basta ter a confiança política para continuar a exercer o cargo para o qual foi contratado é preciso satisfazer os desejos das populações e cumprir os contratos estabelecidos.
No sector público, embora não exista o preço para serviços cuja
utilidade é recebida colectivamente, como, por exemplo, a segurança, está a desenvolver-se a ideia de que também é necessário ponderar os custos e os benefícios das políticas
A T
EORIA DE
V
ALUE FOR MONEY
Não existe uma proposta de valor no sentido empresarial nem um
preço de mercado para todos os “bens públicos”, mas existem formas de avaliar a eficácia relativa das políticas, por exemplo, através de técnicas de estudos de mercado por segmentos de potenciais beneficiários das políticas públicas dirigidas a suprir essas necessidades de serviços públicos.
Assim, value for citizens significa que os recursos financeiros
investidos em serviços públicos devem ter em conta as utilidades relativas desses serviços para os cidadãos e empresas. A
necessidade pelo cumprimento das regras passa a ser uma questão secundária superada pela visão da escola gestionária de eficiência e eficácia económica. É necessário desregular e libertar as
amarras.
14
Modelo de reforma tradicional (burocrático) Modelo de reforma Gerencial
Ênfase em processos administrativos e reestruturação organizacional e simplificação dos procedimentos.
Ênfase em mecanismos de gestão orientados para resultados que garantam efectividade do Estado
A Administração burocrática é autorreferente e se concentra em processos, em suas próprias necessidades e perspectivas
O modelo gerencial é orientado para o cidadão e se concentra nas necessidades e perspectivas deste
Preocupada em eficiências dos procedimentos (sem ter em conta a qualidade dos serviços) e na gestão de processos
Preocupada com a satisfação do cliente e na gestão dos projectos e programas
Baseado em sistema hierarquizadas e bastante rígidas (regras).
Baseado em mecanismos flexíveis de apoio a gestão de equipas e processos
O funcionário público é visto como o agente que actua em representação dos interesses do Estado
O Servidor Público é visto como um agente que actua em representação dos interesses do cidadão
Império da lei e normas que ditam o que deve ser feito e como fazer. Cabe a administração o cumprimento, não importando se os resultados
15
Modelo de reforma tradicional (burocrático) Modelo de reforma Gerencial
Administração tradicional recorre aos funcionários público para a execução das tarefas do Estado (Função Pública)
As tarefas do Estado, parte são executadas por agencias por si designadas em seu nome (contratos de gestão)
Vedado por leis que pecam por orientação administração para dentro de si (processos)
Orientado por inovação, com um carácter orientado para fora (cliente)
Contratos rígidos para funções amplas e diversificadas
Contratos flexíveis para tarefas concretas
Controlo burocrático preventivo orientado para falhas (antecede os fenómenos)
Controlo gerencial e de desempenho orientado para os resultados (corrige as falhas quando elas ocorrem)
Excessivo formalismo na sua actuação (Informação através de canais autorizados: requerimentos, pedido de audiências, etc)
Dialogo aberto e flexível quanto as normas que orientam a actuação (acesso a informação: panfletos, placas informativas, etc)
Centralizador mesmos em campos descentralizados (descentralização centralizada) para atender a hierarquia
Gestão Pública vs Administração Pública
Administração Pública Gestão Pública
Abril de 2005
A Gestão Pública
e o Conhecimento
Uma aspecto importante a considerar é que da mesma forma que a pesquisa aplicada procura resolver os aspectos concretos da sociedade, a reforma deve
administração burocrática
No final do séc. XIX, começaram a ser
difundidas as idéias weberianas de
administração
racional-legal
, ou
administração
burocrática.
O C
ONHECIMENTO NO QUADRO DA REFORMA
“
O Estado moderno deve agir com conhecimento da técnica
e fundamentos científicos. No processo de geração da nova
abordagem do Estado, as instituições de Investigação e
Pesquisa desempenham um papel de força motora para o
andamento do processo
”.
O Estado contemporâneo deve agir com mestria e
colocar-se acima de qualquer agente de modo a poder regular,
controlar e agir com efectividade. Qualquer processo de
reforma na sua eminência deve ter dois sustentáculos: a
razão e a finalidade. Na teoria de aprendizagem
moderadora, advoga-se que a razão de qualquer fenómeno
natural deve estar consubstanciado ao fundamento
pratico do que constitui a génese.
O surgimento de novas abordagens inerentes ao funcionamento e
organização da administração pública, motivada pelo deficit de desempenho das instituições, inoperâncias e rigidez dos sistemas, a desmotivação e fraco desempenho dos funcionários público,
crescem as pressões da sociedade quanto ao funcionamento do Estado.
O avanço da ideologia politica, tecnológico, económico, cultural e as
facilidade de acesso a informação no mundo globalizado, são
alguns factores que elevaram a democratização, o pluralismo e a consciência social e tudo indicava que o modelo burocrático e o empirismo estavam com dias contados.
De facto, esta transformação qualitativa da estrutura da sociedade
chamava atenção para a necessidade de um acompanhamento da própria estrutura organizativa e funcional da Administração
Pública e que a génese da reforma, devia estar orientada para a resolução de problemas concretos da sociedade. 20
Uma reforma orientada para fora e não para dentro da
administração. A falta de ensaios relativas as politicas públicas pode trazer consequências desastrosas na estabilidade económica, social e politica, desde as revoltas populares até emergência de guerras internas.
A orientação da reforma não é tão somente pela revisão de
diplomas legais, simplificação dos procedimentos e ai em diante. Há que estabelecer com exactidão a relação causa-efeito que nos referimos anteriormente de modo a estabelecer objectivos concretos que responsam problemas concretos.
Há que destacar também que mesmo sem ir pelos extremos, entre
as revoltas e as guerras há um silencio que pode minar a
estabilidade social, resultado em crimes de diversa ordem. Deste modo, a questão que se coloca é: qual é o papel da pesquisa
aplicada no suporte das acções da reforma administrativa? 21
As dimensões da gestão do
conhecimento apresentadas pelos
autores, vão todas na mesma
direcção, ou seja:
As organizações intensivas em
Em relação a dimensão humana os
Finalmente, em relação a Dimensão
Externa os gestores devem
preocupar-se com: relacionamento
com, parceiros, órgãos reguladores e
Abril de 2005
E
FICIÊNCIA
Produção da maior quantidade de produto possível
por quantidade mínima de insumo (Pereira, 1999).
Quociente entre a relação produção observada e a
produção óptima, a nível dum conjunto de
possibilidades de produção (Sudit, 1995).
Mede o nível de utilização dos
inputs
em relação a
A
NALISE DEE
FICIÊNCIA A eficiência não se confunde com eficácia nem com efectividade. A
eficiência transmite sentido relacionado ao modo pelo qual se processa o desempenho da actividade administrativa; a ideia diz respeito, portanto, à conduta dos agentes. Por outro lado, eficácia tem relação com os meios e instrumentos empregados pelos
agentes no exercício de seus misteres na administração; o sentido aqui é tipicamente instrumental.
A efectividade é voltada para resultados obtidos com acções
administrativas; sobreleva nesse aspecto a positividade dos objectivos. O desejável é que tais qualificações caminhem simultaneamente, mas é possível admitir que haja condutas administrativas produzidas em eficiência, embora não tenham
O DEBATE
(1)
Neoliberais:
O mercado livre cria eficiência
Relação de procura e oferta (eq)
Mão-invisível
Promove investimento
(propriedade) Investimento de longo prazo Conversão de activos em capital Segurança
Falhas do Mercado
Neokeynesianos:
As falhas do mercado vs imperfeição
Divergência equilíbrio (
camadas baixas)
Custos sociais > beneficios sociais
Mercado exige instituições fortes
Reconhecem as falhas do Governo
Políticas mistas
Conjugação de políticas Complementaridade
A
NALISE DEE
FICIENCIA De outro prisma, pode a conduta não ser muito eficiente, mas, em
face da eficácia dos meios, acabar por ser dotada de efectividade. Até mesmo é possível admitir que condutas eficientes e eficazes acabem por não alcançar os resultados desejados; em
consequência, serão despidas de efectividade.
O princípio da eficiência pouco tem sido objecto de estudo na
doutrina da administração pública. Representa inovação que
merece sensível cuidado por tratar-se de importante instrumento para fazer exigir a qualidade dos serviços e produtos advindo do Estado.
Para Di Pietro (1999) o princípio apresenta dois aspectos, podendo tanto ser considerado em relação à forma de actuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas actuações e atribuições, para lograr os resultados melhores, como também em relação ao modo racional de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, idem quanto ao intuito de alcance da qualidade na prestação do serviço
A eficiência é princípio que se soma aos demais princípios
impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a
nenhum deles, especialmente ao da legalidade, sob pena de
sérios riscos à segurança jurídica e ao próprio Estado de
Direito.
Dilema está também no corpo de servidores públicos.
Sempre ocorreram distorções na Administração Pública e
isto tem causados transtornos aos cidadãos.
A eficiência na administração publica considerada afectiva
ou intervencionista, é discutida a nível dos fóruns sobre
produtividade das unidades públicas (
Government
Produtivity).
31
A eficiência dos serviços públicos é uma medida de avaliação do
refere a muita literatura sugere como medição do performance, um instrumento de gestão que se tem tornado subestimado na avaliação dos serviços públicos no desenvolvimento económico.
Os modelos de análise de eficiência contribuem para o
desenvolvimento da análise da microeconomia, pois possibilitam realizar a medição da capacidade produtiva de unidades
organizacionais similares e que estes podem ser úteis para a determinação do nível de produtividade, no qual se encontram
empresas similares de diferentes países, facilitando assim, a adopção de políticas pelos governos frente a uma globalização de mercados.
32
33
A L
EI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTESA função de produção
simplificada obedece a 3 níveis: (i) Rendimentos crescentes, (ii) Rendimentos crescentes a
T
IPO DE EFICIÊNCIA
34
Alocativa
Técnica
A
EFICIÊNCIA ALOCATIVA
corresponde a minimização dos custos de produção,
representada pela restrição sujeita, que define os vários
pontos de equilíbrio orçamental na produção de uma
quantidade Y de produto ou serviço.
Neste caso, pode ser entendida como a habilidade de
minimização dos custos do funcionalismo publico e aumento
dos índices de oferta de bens e serviços.
A analise de eficiência pode usar técnicas como de
custo/benefício (ACB) como um método para avaliar
alternativas de investimento, no qual consiste em calcular os
benefícios e os custos, ambos referidos a um mesmo ponto no
tempo, e se os benefícios excederem os custos, a proposta deve
ser aceita, caso contrário, é rejeitada.
A
EFICIÊNCIA ALOCATIVA
corresponde a minimização dos custos de produção,
representada pela restrição sujeita, que define os vários
pontos de equilíbrio orçamental na produção de uma
quantidade Y de produto ou serviço.
Neste caso, pode ser entendida como a habilidade de
minimização dos custos do funcionalismo publico e aumento
dos índices de oferta de bens e serviços.
A analise de eficiência pode usar técnicas como de
custo/benefício (ACB) como um método para avaliar
alternativas de investimento, no qual consiste em calcular os
benefícios e os custos, ambos referidos a um mesmo ponto no
tempo, e se os benefícios excederem os custos, a proposta deve
ser aceita, caso contrário, é rejeitada.
A
EFICIÊNCIA ALOCATIVA
Pode ser medido em termos de tempo para emissão de uma
licença, processos inerentes a tramitação, flexibilidade dos
serviços. É comum apresentar-se o resultado final da análise
como um quociente B/C, se este for maior que 1 resulta na
aceitação do projecto ou se (B - C) maior que zero também
resulta na aceitação do projecto. A analise de custo beneficio
essencialmente, três objectivos:
contribuir na decisão sobre a afectação e a desejabilidade de um projecto privado ou público de qualquer género;
contribuir na selecção do melhor entre vários projectos alternativos;
assistir na selecção do tempo de início e do prazo de vida do projecto seleccionado.
.
R
AZÃO
C
USTO
B
ENEFÍCIO
O critério da razão custo/benefício consiste na comparação
do valor presente dos benefícios com o valor presente dos
custos.
n t t t t n t t t t ti
C
i
B
R
0 0)
1
(
)
1
(
desconto de social taxa gasto do objeto do duração de período ano no totais custos ano no totais benefícios benefício -custo razão t t t t i n t C t B RP
ROBLEMAS COMA
NÁLISEC
USTO-B
ENEFÍCIO
Como identificar e medir custos e benefícios
sociais?
Qual a taxa apropriada para descontar estimativas
futuras de custos e benefícios no cálculo dos
respectivos valores actuais?
Como estabelecer o período em que se fazem notar
os custos e os benefícios dos projectos?
Como agregar custos e benefícios de vários
E
FICIÊNCIAT
ÉCNICA
A eficiência técnica pode ser definida, como a
habilidade de produzir o máximo de produto ou serviços
para um dado conjunto de insumos e tecnologia.
A eficiência técnica (ET) representa o potencial
produtivo e a combinação de factores aplicados no
processo. Se tivermos que alocar um determinado
numero de funcionários dentro de um departamento,
então a eficiência técnica será medido pela habilidade
dos mesmos oferecerem um determinado nível de
serviços (definido como metas), em função dos custos
envolvidos, como salários, uso de internet, telefones,
etc.
E
FICIÊNCIAT
ÉCNICA
Na linguagem simplicista, podemos conferir a eficiência
técnica a responsabilidade inerente a domínio das
funções operativas dos servidores públicos, pelo que
importante é investir no capital humano de modo a
estar munido de habilidades, conhecimento e técnicas
necessárias para manusear os serviços.
A estimativa da eficiência Técnica é fundamentada no
equilíbrio entre a procura e a oferta - Quantidade
óptima da combinação dos recursos para gerar um
resultado, traduzido na forma linear:
Y= a+bx
A oferta agregada (
AS
–
aggregate supply
) refere-se à quantidade total de bens e serviços que as empresas de um país estão dispostas a produzir e vender num dado período. AAS
depende do nível de preços, da capacidade produtiva e do nível dos custos dos factores.A procura agregada (
AD
–
aggregate demand
) refere-se ao montante total que os diferentes refere-sectores da economia estão dispostos a gastar num dado período. AAD
resulta da soma da despesa dos consumidores, empresas e administração pública e depende do nível de preços, da política monetária, da política orçamental bem como de outros factores.D
EMANDA DOSC
ONSUMIDORES:
O gráfico ao lado representa o
comportamento da demanda em relação a um produto . Quando o preço está em um nível elevado, a demanda pelo produto é menor, ou seja, uma boa parte dos
consumidores não está disposta a adquirir o produto a este nível de preço (ao preço de 10Kz teremos somente 8.000 kg vendidos.
Se o preço está em um nível mais baixo, a
demanda pelo produto será maior , pois mais consumidores estarão dispostos a adquirir o produto àquele nível de preço. Nota-se no gráfico que ao preço de 5,00Kz
O
FERTA DO
P
RODUTORES
:
No Caso da oferta, com o nível de preço
elevado, os produtores tendem a ofertar uma quantidade maior do produto. Se o preço estiver em 10,00 Kz, a quantidade colocada no mercado será de 15.000
unidades.
Mas, se o nível de preço cair para 4,00Kz,
muitos produtores deixarão de ofertar a mercadoria, e a este preço teremos uma oferta de 8.000 unidades, ocasionando uma queda na quantidade ofertada.
Isto pode ocorrer por vários motivos. Se o preço estiver muito baixo, alguns produtores terão o seu custo de
produção acima deste preço e se torna inviável continuar produzindo;
outros preferirão produzir outra mercadoria que esteja
E
QUILÍBRIO DOM
ERCADO Nesta situação há uma "harmonia" entre
oferta e demanda. Teoricamente, neste
ponto, o nível de preço não está nem muito alto nem muito baixo, satisfazendo tanto a consumidores quanto a produtores.
Citando o exemplo da carne bovina, se o
quilo estiver em 10,00 Kz o quilo, será um bom negócio para o produtor, mas muito mau para o consumidor, o preço é
considerado muito alto. Inversamente, se o preço cair para 3,00 Kz o quilo, é óptimo para o consumidor mas mau para o
produtor. Agora se o preço ficar em 6,00 Kz o quilo, teoricamente seria melhor para os dois lados.
E
QUILÍBRIO DO
M
ERCADO
Quando há excesso de oferta, a tendência é
ocorrer uma queda no preço do produto. É a lei da oferta e procura. Muito produto para pouco comprador ocasiona uma
concorrência, por parte dos produtores, em busca dos consumidores.
Com isso, alguns produtores passarão a
ofertar o produto a um preço menor, isso fará com que mais consumidores estejam dispostos a adquirir a mercadoria àquele preço, e esse processo continua até atingir um preço de equilíbrio. No gráfico é fácil visualizar este comportamento.
Conforme o preço da mercadoria vai caindo (ponto azul), a quantidade ofertada também vai
Dez relógios de pulso são vendidos quando o seu preçoé 80Kz; e 20
relógios de pulso são vendidos quando seu preçoé 60 Kz. Qualé a equação de demanda?
Y= a+bx => Y= 100 - 2x
Quando o preço for de 25,00Kz nenhum relogio está disponível no
mercado; quando o preco aumenta para 30,00Kz , são ofertadas 20 unidades no mercado. Qualé a equação de oferta?
Y= a+bx => Y= 25 + 1/4x
Qual o preço e quantidade de equilibrio?
A
EFICIÊNCIA ECONÓMICA
é uma expressão racional de utilização eficiente dos
recursos a nível de pleno emprego, respeitadas as
eficiências técnica e alocativa. Pressupõe que o nível de
produto ou serviço é determinado a um custo mínimo
com uma combinação óptima dos recursos.
Mede o nível da maximização da utilidade dos
recursos. Assim, é tida a eficiência económica como
unidade de medida do contributo da administração
pública, esta será determinada pelos mecanismos que
garantam a utilização efectiva dos serviços
–
O impacto
gerado pelos serviços na vida do cidadão.
A
EFICIÊNCIA ECONÓMICA
Também pode-se considerar esta lógica na óptica de
rentabilização dos serviços. Embora a função do Estado
não seja de maximização dos lucros, a sua função não
pode de maneira nenhuma ter rácios operacionais
negativos, sobretudo quando estamos perante uma
gestão de carácter autónoma. As medidas de análise de
eficiência dos serviços públicos, incluem:
Medida de
produtividade,
que quantifica os outputs e
inputs expresso em rácio. David N. Ammos, citado por
citado por NCPP (1997), define a produtividade como a
dimensão da eficiência e efectividade num simples
indicador.
Eficiência (rácios e proveitos líquidos), definido segundo
Epstein citado por NCPP (1997), como o método de examinar o nível de como o governo realiza as suas acções, medido pelo rácio do custo (income) dos serviços pelo “outcome”. Os
“incomes” definem a quantidade dos recursos, (financeiros ou
outros, e.g. materiais, pessoal) usados para a implementação duma determinada acção ou serviço.
Nasce aqui o conceito de custo-efectivo (effective-cost), referindo que a medição de performance do Governo, que traduz a
avaliação da qualidade dos serviços prestados por um custo razoável ou seja, o ponto em que os serviços prestados não são lucrativos, mas que também não criam prejuízos.
Os “outcomes
-
Impacto”, refere
-se as unidades
produzidas, nível de impacto, satisfação ou ao grau de
implementação ou de prestação dos serviços. As funções
financeiras traduzem este pensamento de Epstein como
sendo VAL ≥ 0 (Valor Actual Líquido) conhecido como
break even point
, quando o VAL=0.
Traduz o valor descontado (hoje) dos fluxos financeiros,
ou seja a correspondência do valor de uma unidade
monetária nos próximos x anos hoje, deduzidos os
custos nos proveitos.
T
RABALHO EM GRUPO
1. O
BSERVE A FIGURA ABAIXOa) Discuta a luz da hermenêutica os postulados que orientam a
Reforma da Administração Pública. Atendendo os princípios da Administração Pública como melhor assegurar o serviço público.
b) Proceda com analise SWOT para avaliar os pontos fortes,
fracos, oportunidades e ameaças no quadro da Reforma Administrativa
c) Analise a aplicabilidade da teoria de sistemas no quadro do
desenvolvimento local integrado dos municípios. Alie a abordagem as teorias do negativismo.
2. E
STIME A
R
AZÃO
C
USTO
B
ENEFÍCIO
a) Estimar a razão custo beneficio de projecto:
Num projecto publico de racionalização do ambiente teve os seguintes previsões:
Custos de transacção
Mobilidade …………..….. 2.000 Comunicações ………..…4.000 Investimento……….30.000 Operações………..…2.000
Proveitos
Benefícios sociais.…..…15.000 Outros benefícios…...20.000
b) Se considerarmos uma taxa de desconto de 10%, qual vai ser a Razão Custo Beneficio actualizado projectados 5 anos?
1. Com recurso a Teoria dos Sistemas, como
assegurar
a
eficiência
da
administração
Pública, no quadro da sua missão de satisfação
das necessidades colectivas.
2. Discuta a teoria da Cibernetica no quadro da
globalização
e
Integração
regional.
Que
implicações de Políticas.
56
3. O
BSERVE A FIGURA ABAIXOa) Com base no gráfico referente ao preço do petróleo no mercado mundial, defina a equação da oferta, sabendo que a 20/6
foram procuradas 5000 baris, a 05/11 a demanda subiu para 30 mil baris.
b) Se a estrutura da demanda for dada por Y= 10-2X, qual vai ser o preço e quantidade de equilíbrio)
c) Qual vai ser o efeito de politica se o preço aumentar em 3%. Que implicações para a sociedade.