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Operações com os vetores de V

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Academic year: 2019

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CAPITULO III

3. BASE E SISTEMA DE REFERÊNCIA DE UM ESPAÇO VETORIAL

Consideremos um conjunto de vetores linearmente independentes de um espaço vetorial V. Diz-se que este conjunto de vetores constitui uma base E de V, se todo vetor de V for uma combinação linear dos vetores de E.

O fato de E ser uma base de V equivale dizer que E gera V e que a dimensão de V, indicada por dimV, é igual ao número de vetores de E.

Os conceitos acima motivam os exemplos que seguem: 3.1. ESPAÇO VETORIAL DE DIMENSÃO 1

Suponha que V1 é o espaço vetorial sobre , cujos vetores são classes de equivalência de segmentos orientados equipolentes consideradas numa reta r.

Fig 3.1

Os vetores de V1 têm a direção de r.

Se v for um vetor não nulo (forma um conjunto LI ), então v pode constituir uma base E de V1 que será denotada por E = (v).

A Fig 3.1 sugere que E = (v) é uma base de V1, pois os demais vetores de V1 podem ser escritos a partir de v. Isto é, a cada vetor w de V1, existe  real tal que

wv

 

. O número  é chamado de coordenada de w em relação a E.

Uma base de V1 possui exatamente um vetor não nulo, logo, dimV1= 1. 3.2. ESPAÇO VETORIAL DE DIMENSÃO 2

Suponha que V2 é o espaço vetorial sobre , cujos vetores são classes de equivalência de segmentos orientados equipolentes consideradas num plano .

Fig 3.2 Os vetores de V2 estão no plano .

Vimos em 2.2.2, exemplo (b) citado, que dois vetores não nulos e não paralelos r r

wv,  v

r

v w

(2)

formam um conjunto LI e, em exemplo 2.1(1), exercícios resolvidos, que três vetores coplanares formam um conjunto LD. Portanto, se considerarmos vetores u e v não nulos e não paralelos e qualquer outro vetor w de V2, segue que {u, v, w} é LD. Assim, existem

1

 , 2 e 3 reais não todos iguais a zero tal que 1u2v3w 0. Sendo 30, então 1 2

3 3

wuv

 

   

   

  

. Entende-se que os vetores u e v formam um conjunto LI e constituem uma base E para V2 e que os demais vetores de V2 são escritos como combinação linear de u e v. A base E é denotada por E = (u,v). 3.2.1. SISTEMA DE REFERÊNCIA – V2

Observe a construção abaixo:

Consideremos os vetores uOU1

 

e vOU2

 

com as respectivas direções das retas r e s não paralelas. Seja w AB um vetor de V2.

Existe um único ponto P em  tal que w  AB OP .

Conduzindo por P paralelas as retas s e r têm-se os pontos P1 em r e P2 em s. Os vetores OP1



e u são paralelos, logo, OP1



=  u para algum  real. Analogamente,

2

OP =  v para algum real.

Os pontos O, P1, P e P2 (nesta ordem) são vértices de um paralelogramo, logo,

2 1

OP P P v.

Temos que w   OP OP 1P P1 , assim,  wOP u v. Isto mostra que E gera V2, isto é, todo vetor de V2 é uma combinação linear dos vetores u e v de E. A Fig 3.3 sugere que ao adotar um referencial (O, u, v) em V2, onde O é um ponto fixo e os vetores u e v (nesta ordem) formam uma base E de V2, se estabelece uma correspondência biunívoca entre os vetores de V2 e os pontos do plano . Assim, a cada vetor w u v, , , fica associado, univocamente, um ponto P de coordenadas

( , )  E do plano. Isto é, se (u, v) é base de V2, então todo vetor w se exprime de maneira única como combinação linear de ue v.

s B P2 P( , ) 

U2 w 

w

v A r

(3)

Portanto, w OP u v = ( , )  E.

Não havendo dúvidas quanto a base utilizada, a notação acima pode ser simplificada w = ( , ) 

Os reais  e  são chamados, indiferentemente, de coordenadas tanto para o ponto P em relação ao referencial (O, u, v) quanto para indicar a decomposição de w. Uma base de V2 é formada com exatamente dois vetores, logo, dimV2 = 2.

Operações com os vetores de V2 em relação a (O, u, v):

Adição: Sejam os vetores g( , ) 1 1 e h( , 2 2)

de V2 Mostremos que g  h (  12, 12)

g  h ( , ) 1 1 +( , 2 2)= (1u1v) + (2u2v) = = ( 12)u + ( 1 2)v

 = = (  12, 12)

Produto de vetor por escalar: Sejam g( , ) 1 1 um vetor de V2 e . Mostremos que g( 1, 1)

g  ( , )1 1 =  ( 1u1v) = 1u1v = ( 1, 1). O vetor nulo possui suas coordenadas iguais a zero, 0 (0,0) , visto que a extremidade P do vetor coincide com a origem O.

3.3. ESPAÇO VETORIAL DE DIMENSÃO 3

Suponha que V3 é o espaço vetorial sobre , cujos vetores são classes de equivalência de segmentos orientados equipolentes considerados no espaço.

z

C D

A B

E

F

y

(4)

Sabemos do exemplo 2.1(2) que um conjunto de três vetores {u, v, w}, sendo u, v e w não nulos e não coplanares, é LI e que quatro vetores do espaço V3 formam um conjunto LD.

Portanto, se tomarmos os vetores u, v e w e um vetor t qualquer de V3, existirão escalares 1, 2, 3 e 4, não todos iguais a zero, tal que 1u2v3w4 t0. Sendo 40, então 1 2 3

4 4 4

tuvw

  

     

     

   

. Entende-se que os vetores u, v e w formam um conjunto LI e constituem uma base E para V3 e que os demais vetores de V3 são escritos como combinação linear de u, v e w. A base E é denotada por E = (u,v,w).

3.3.1. SISTEMA DE REFERÊNCIA – V3

Observe a construção abaixo:

Consideremos os vetores uOU1

 

, vOU2

 

e wOU3

 

com as respectivas direções das retas r, s e g. Seja t AB um vetor de V3.

Existe um único ponto P no espaço tal que   tAB OP .

Conduzindo pela extremidade P do vetor t uma paralela a reta g , obtemos o ponto M no plano OU1U2 . Conduzindo por M paralelas as retas s e r obtemos P1 em r e P2 em s tais que OP1 = u e O P2

 =

v

 ,  , . Conduzindo por P um plano paralelo a OU1U2, temos o ponto P3 tal que OP3



=  w, para algum  real. g

P(

, , ) P3

t B  w s U3

w v U2 t P2

v M

O

Fig 3.4  u

P

1

u

U1

(5)

Os pontos O, P1, M e P2 (nesta ordem) são vértices de um paralelogramo, logo,

2 1

OP P M v. Os pontos O, M, P e P3 (nesta ordem) são vértices de um paralelogramo, logo, MPw.

Temos que     tOP OP 1P M MP1  , assim, t OP u v w. Isto mostra que E gera V3 .

A Fig 3.4 sugere que ao adotar um referencial (O, u, v, w) em V3, onde O é um ponto fixo e os vetores u, v e w (nesta ordem) formam uma base E de V3, se estabelece uma correspondência biunívoca entre os vetores de V3 e os pontos do espaço. Assim, a cada vetor t u v w,   , , , fica associado, univocamente, um ponto P de coordenadas ( , , )   E do espaço. Isto é, se (u, v, w) é base de V3, então todo vetor t se exprime de maneira única como combinação linear de u, v e w.

Portanto, t u v w = ( , , )   E.

Não havendo dúvidas quanto a base utilizada, a notação acima pode ser simplificada w = ( , , )  

Os reais ,  e  são chamados, indiferentemente, de coordenadas tanto para o ponto P em relação ao referencial (O, u, v, w) quanto para indicar a decomposição de w. Uma base de V3 é formada com exatamente três vetores, logo, dimV2 = 3.

Operações com os vetores de V3 em relação a (O, u

, v,w):

Adição: Sejam os vetores f ( , , )  1 1 1 e g( , , )  2 2 2



de V3 Mostremos que  f  g (  12, 1 2, 12)

 f  g ( , , )  1 1 1 + ( , , )  2 2 2 =

= (1u1v 1w) + (¨2u2v2w)

  

= = ( 12)u + ( 1 2)v

+ ( 12)w= = (  12, 1 2, 12)

Produto de vetor por escalar: Sejam f ( , , )  1 1 1 um vetor de V3 e . Mostremos que f (  1, 1, 1)

f    ( , , )1 1 1 =  ( 1u1v1w) = 1u1v1w = =(  1, 1, 1).

Vetor oposto: Sejam f ( , , )  1 1 1 um vetor de V3 e 1 . O vetor oposto de f



é o vetor f , tal que   f 1.f  1.( , , ) (  1 1 1    1, 1, 1).

Diferença de vetores: Dados f ( , , )  1 1 1 e g( , , )  2 2 2 . O vetor diferença

1 1 1 2 2 2 1 1 1 2 2 2

( , , ) ( , , ) ( , , ) ( , , )

f  g               

 

(6)

Proposições: Fixada uma base de V3, tem-se as proposições: 1ª) Vetores paralelos: Os vetores f ( , , )  1 1 1 e g( , , )  2 2 2



, não nulos e sem coordenadas iguais a zero formam conjunto LD (são paralelos, // f g), se e somente se

1 1 1

2 2 2

  

    . Caso apenas 2 0, então 10 e 1 1

2 2

 

  . Segue raciocínio análogo

para2 0ou2 0.

2ª) Vetores coplanares: Os vetoresf ( , , )  1 1 1 , g ( , , )  2 2 2



e h ( , , )  3 3 3 formam conjunto LD (são coplanares), se e somente se

1 1 1

2 2 2

3 3 3

D 0

        

  .

Não demonstraremos esta proposição.

Esta proposição nos informa também que sendo D0 os vetores não serão coplanares e, neste caso, formam uma base para V3.

O vetor nulo possui suas coordenadas iguais a zero, 0 (0,0,0) , visto que a extremidade P do vetor coincide com a origem O. Logo, (O, 0,g, h) não é base de V3. 3.4. BASES ORTONORMAIS

Uma base de V2 é chamada de ortonormal se os seus vetores forem unitários (ver 1.1.3) e ortogonais (ver 1.1.7). A base ortonormal é denotada por E = ( , ) i j .

Um vetor v qualquer de V2 , em relação a base E = ( , ) i j , é dado por va i b j 

e o 2 2

v  ab .

1 Fig. 3.5 j

1 i

Temos que: i

= (1, 0) e j = (0, 1) 1

i  e j 1 e i  j

b

v bjj

a i

i Fig. 3.6

Os vetores a i e b j são ortogonais.

Utilizando Pitágoras, segue que v2  a i2 b j2. Daí, v2  a 2. i 2 b 2.j 2. Sendo i 1 e j 1,

temos 2 2 2 2 2

v  abab .

Portanto, 2 2

(7)

Uma base de V3 é chamada de ortonormal se os seus vetores forem unitários e dois a dois ortogonais. A base ortonormal é denotada por E = ( , , )  i j k .

Um vetor v qualquer de V3 , em relação a base E = ( , , )  i j k , é dado por va i b j c k

   

e o 2 2 2

vabc

.

3.5. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Vetores ortogonais: Consideremos dois vetores u e v em relação a base ortonormal E= ( , , )  i j k e o vetor soma u+v.

Se u e v são ortogonais, então vale a relação de Pitágoras: u v 2= u 2 + v 2,

daí, 2 2 2

1 1 2 2 3 3

(uv) (uv ) (uv ) = (u12 u22u32) + (

2 2 2

1 2 3

vvv ).

Simplificando a igualdade acima, temos a condição de ortogonalidade dos vetores:

u v1 1. u v2. 2u v3. 3 0 1

k j

i 1

1

Fig. 3.7

Temos que: i

= (1,0, 0), j = (0, 1, 0) e k = (0, 0, 1) 1

i  , j 1 e k 1 i

 j , ik e jk

c

kv j c kir a i

b j Fig. 3.8

Temos que 2 2 2

rab

. Utilizando Pitágoras v 2  r2 c k2.

Daí, v 2  r2  c 2. k2. Visto que 1

k  , segue que v 2 a2  b2 c2 .

Portanto, 2 2 2

v  a  b c .

vu

u+vk

ji

Fig 3.9

Se u =

u u u1, ,2 3

e v

=

v v v1, ,2 3

, então u+v =

u1v u1, 2v u2, 3v3

. Os quadrados dos módulos destes vetores são:

2 2 2 2

1 2 3

u uuu

2 2 2 2

1 2 3

v vvv

2

2 2 2

1 1 2 2 3 3

( ) ( ) ( )

(8)

3.4.1. OBTER UM VETOR A PARTIR DE DOIS PONTOS DADOS

Dados os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB), em relação base ortonormal E = ( , ) i j de V2, obtenha o vetor v AB.

Dados os pontos A(xA, yA, zA) e B(xB, yB, zB), em relação base ortonormal E=( , , )i j k   de V3, obtenha o vetor v AB.

z zB

Sabemos que v AB= AE EB  , sendo, AE=A'D'= A'C ' C'D ' e EB=D'B'. Logo, v AB= A'C' C'D' D'B'    .

Portanto, v AB= (xB  xA) i+ (yB  yA)j+ (zB  zA)k.

Nota: A expressão de v acima, exibindo os vetores da base ( , , )  i j k , é chamada por alguns autores de expressão cartesiana de v ou forma algébrica dev.

--- y

yB B

v Fig.3.10 yA A C

j

x i xA xB

Sabemos que

v AB= AC CB  . Logo,

v AB= (xB  xA) i + (yB  yA) j

zA v

B A

k j yA E yB y

xA i A’ v B’ xB C’   D’

(9)

EXEMPLO 3.1

1) Dados os pontos A(2,1,3) e B(5,3,1), em relação a base ortonormal E= ( , , )i j k   , obtenha o vetor v AB.

Solução:

v AB= (52) i+ (31) j + (13) k = 3 i + 2 j  2 k.

2) São dados os vetores u(2,1,0), v(0, 1, 2) e w ( 3, 0, 1) em relação a uma base de V3. Pede-se:

a) u v

Solução: u v = (2,1,0) + (0, 1, 2) = (2+0, 1+(1), 0+2) = (2, 0, 2) b) u2v3w

Solução: u2v3w = (2,1,0) + 2 (0, 1, 2)  3(3, 0, 1) = = (2,1,0) + (0,2, 4) + (9, 0, 3) = = (2+0+9, 12+0, 0+4+3) = (11, 1, 7)

3) Os vetores u(2,1,0), v(0, 1, 2) e w ( 3, 0, 1) podem formar uma base para V3 ? Solução:

2 1 0

D 0 1 2 4

3 0 1

   

 

(0).

Os vetores u, v e w não são coplanares. Logo, podem formar uma base para V3. 4) Determinar m de modo que os vetores u(2,0,1), v(0, , 2)m e w ( 3, 0, )m formem uma base de V3.

Solução:

O conjunto dos vetores deverá ser LI, isto é, eles não podem ser coplanares. 2

2 0 1

D = 0 m 2 2 3 0

-3 0 m

m m

    m0 e 3

2 m  .

5) Dados os vetores i= (1,0,0) , j= (0,1,0), k= (0,0,1), mostre que u= (x,y,z) é combina- ção linear de i,j e k.

Solução:

Devemos ter escalares a, b e c tais que a i+ b j + c k = u ( I ) Substituindo i,j, k e u em ( I ), tem-se

(10)

Portanto, a = x , b = y e c = z

Assim, u = a i+ b j + c k = x i+ y j + z k.

6) Verifique se os vetores u(6, 1, 2) e v(2, 6, 3) , dados em relação a base ( , , )  i j k , são ortogonais .

Solução:

A soma dos produtos das correspondentes coordenadas de u e v é igual a zero, isto é, (6 . 2) + (1 . 6) + (2 . 3) = (12) + (6) + (6) = 0. Assim, u e v são ortogonais. 7) Verifique se ( 2 , 13 , 3 )

182 182 182

u    , ( 2 , 1 , 3 )

14 14 14

v  e ( 3 , 0, 2 )

13 13

w 

, dados em relação a base E = ( , , )  i j k , formam uma base ortonormal de V3.

Solução:

Os vetores devem ser respectivamente ortogonais:

u  v, pois 2 . 2 13 . 1 3 . 3 4 13 9 0

182 14 182 14 182 14 182 . 14

    

   

u  w, pois 2 . 3 13 . 0 3 . 2 6 0 6 0

182 13 182 13 182 13 182 . 14

   

   

vw, pois 2 . 3 1 . 0 3 . 2 6 0 6 0

14 13 14 13 14 13 182 . 14

  

   

Os módulos dos vetores devem ser iguais a 1:

2 2 2 2 2 2

2 2 13 3 2 ( 13) ( 3) 4 169 9

1

182 182

182 182 182

u               

     

2 2 2 2 2 2

2 2 1 3 2 1 ( 3) 4 1 9

1

14 14

14 14 14

v            

     

 

2 2 2 2 2

2 3 2 2 3 0 (2) 9 0 4

0 1

13 13

13 13

w         

   



Portanto, (u, v, w) é uma base ortonormal de V3.

8) Escreva o vetor t(1,2,3) como combinação linear dos vetores u (6,1,2), v(2, 1,2) e w ( 3,1, 1) , dados em relação a uma base E de V3.

Solução:

Devemos ter escalares x, y e z tais que x (6,1,2) + y (2, 1,2) + z (3,1, 1) = (1,2,3). E, daí, ( 6x + 2 y  3 z, 1x 1y + 1z, 2x + 2 y  1 z ) = (1,2,3).

Logo, temos o sistema linear de equações:

6 2 3 1

1 1 1 2

2 2 1 3

x y z x y z x y z

  

(11)

Vamos resolvê-lo utilizando a

regra de Cramer

: a) Obter o valor do determinante das incógnitas

6 2 3

1 1 1

2 2 1 

  

= 12 (0)

b) Obter o valor do determinante com os termos da coluna da variável x substituída pelos termos independentes de variáveis (segundos membros das equações do sistema)

1 2 3

2 1 1

3 2 1

x

  

= 12

c) Obter o valor do determinante com os termos da coluna da variável y substituída pelos termos independentes de variáveis (segundos membros das equações do sistema)

6 1 3

1 2 1

2 3 1

y

  

= 24

d) Obter o valor do determinante com os termos da coluna da variável z substituída pelos termos independentes de variáveis (segundos membros das equações do sistema)

6 2 1

1 1 2

2 2 3

y

   = 36

e) Calculo dos escalares x, y e z:

x = x  =

12 12 

 = 1 , y = y

 = 24 12 

 = 2 e z = z

 = 36 12 

 = 3. Portanto,

1 (6,1,2) + 2 (2, 1,2) + 3 (3,1, 1) = (1,2,3) Assim,

1 u + 2 v + 3 w = t

---

Nota: O sistema linear ( I ) acima pede ser resolvido por

Inversão de Matrizes

6 2 3 1

1 1 1 2

2 2 1 3

x y z

x y z x y z

  

( I )

(12)

6 2 3

1 1 1

2 2 1 

 

 

 

. x y z          

= 1

2 3          

.

Temos que

x y z          

=

1

6 2 3

1 1 1

2 2 1

 

 

 

. 1

2 3          

( II )

Observação: Chamamos M =

6 2 3

1 1 1

2 2 1 

 

 

 

de matriz das incógnitas

Obtenção da matriz M1 ( inversa da matriz das incógnitas x, y e z) : Sabe-se que: ( III )

a) Determinante da matriz das incógnitas

6 2 3

1 1 1

2 2 1 

  

= 12 . O Fato de  ser

diferente de zero indica que existe M1.

b) A matriz cof M, chamada Matriz dos Cofatores, é obtida substituindo-se cada elemento da matriz M pelo correspondente Complemento algébrico.

Exemplificando:

 A posição onde esta o 6 (1ª linha e 1ª coluna) em M é substituída por 1 1

2 1

 = 1. O determinante 2x2 foi obtido suprimindo-se 1ª linha e 1ª coluna de . O seu sinal é mantido porque ocupa a “posição par” ( no da linha + no da coluna = par).

 A posição onde esta o 2 (1ª linha e 2ª coluna) é substituída por ( 1 1

2 1)= 3. Houve troca de sinal no determinante 2x2, obtido suprimindo-se 1ª linha e 2ª coluna, porque o 2 ocupa “posição ímpar” ( no da linha + no da coluna = ímpar).

Procedendo assim, obtemos cof M =

1 3 4

4 12 8

1 9 8

 

 

 

M1 = 1

T

(13)

c) A matriz

cof M

T, transposta da matriz dos cofatores, é construída do seguinte modo: sua primeira linha é igual a primeira coluna de cof M, sua segunda linha é igual a segunda coluna decof M e a sua terceira linha igual a terceira coluna de cof M

cof M

T =

1 4 1

3 12 9

4 8 8

            

d) Aplicando ( III ), segue que M1 = 1

cof M

T

 =

1 12 

1 4 1

3 12 9

4 8 8

             =

1 12 1 3 1 12

1 4 1 3 4

1 3 2 3 2 3

 

 

 

Voltando ao sistema ( II ), temos: x y z           = 1

6 2 3

1 1 1

2 2 1

            . 1 2 3           =

1 12 1 3 1 12

1 4 1 3 4

1 3 2 3 2 3

          . 1 2 3           =

(1 12).1 (1 3).2 (1 12).3 ( 1 4).1 (1) . 2 (3 4).3 ( 1 3).1 ( 2 3).2 (2 3).3

            Logo, x y z           =

(1 12) ( 2 3) (3 12) ( 1 4) ( 2) (9 4) ( 1 3) ( 4 3) (6 3)

            = 1 2 3           Assim,

1 u + 2 v + 3 w = t.

--- EXERCÍCIOS PROPOSTOS 3.1

1) Dados os vetores i= (1,0) ej= (0,1), mostre que u= (x,y) é combinação linear deiej. 2) Dados os vetores a= (1,2) e b= (3,4) em relação a base ortonormal, escreva u= (3,6) como combinação linear de a e b.

¨ R. u = 3 a 3) Escreva, se for possível, o vetor u= (6,25,9) como sendo combinação linear dos vetores a= (1,2,0), b= (3,8,4) e c= (1,7,1) em relação a uma base de V3. Justifique o motivo caso não seja possível escrevê-lo.

¨ R. u = a + 2b+ c 4) Escreva, se for possível, o vetor u= (6,5,3) como sendo combinação linear dos vetores a= (2,1, 0), b= (2, 8, 0) e c= (1, 5, 0) em relação a uma base de V3. Justifique o motivo caso não seja possível escrevê-lo.

(14)

5) Escreva, se for possível, o vetor u= (6,5,0) como sendo combinação linear dos vetores a= (2,1, 0), b= (12, 8, 0) e c= (10, 5, 0) em relação a uma base de V3. Justifique o motivo caso não seja possível escrevê-lo.

R. u   3a b 0c ou 0 3 5

u  a  b c. Os vetores a, b, c e u são coplanares, sendo a//c e a não paralelo a b. Portanto, ae b ou be c formam uma base do plano. 6) Escreva, se for possível, o vetor u= (6,5,0) como sendo combinação linear dos vetores a= (2,1, 0), b= (4, 2, 0) e c= (6, 3, 0) em relação a uma base de V3. Justifique o motivo caso não seja possível escrevê-lo.

R. Não é possível escrever a CL. Os vetores a, b, c e u são coplanares. Temos a//c//b, logo, não formam uma base do plano e u tem a direção diferente de a, bou c. 7) Escreva, se for possível, o vetor u= (12,6,0) como sendo combinação linear dos vetores a= (2,1, 0), b= (4, 2, 0) e c= (6, 3, 0) em relação a uma base de V3. Justifique o motivo caso não seja possível escrevê-lo.

R. u     a b c, 5u  a2b c  e muitas outras mais. Os vetores a, b, c e u são coplanares e a//c//b//u. Assim, aou bou c forma uma base da reta com direção de u. 8) Fixada uma base de V3, tem-se os vetores u

= (3,2,5), v = (1,2,5) e w = (5,2,5). Pede: a) calcular (u+ v), (u  2v + w) e (2u  v + 3w) .

b) determinar x e y de modo que se tenha w = x u + y v.

R. a) (4,4,10), (6,0,0) e (20,8,20) b) x = 2 e y = 1. 9) Os vetores u(1,5,2), (0,1, 1)v e w(3, 13,4) podem formar uma base para V3 ? R. Não 10) Dados os vetores v = 2i3j + k e w = 3ij 2 k, determinar

a) o vetor oposto de w R. (-3,1,2) b) v + w R. (5,-4,-1) c) w  v R. (1,2,-3) d) 4v R. (8, -12, 4) e) 3

2 v

w   

R. (10, 9/2, 11/2)

11) Determinar o módulo dos vetores

(15)

12) Sabendo-se que u é versor de v se u= v v

 , pede-se determinar o versor de

a) v  i 2j2k. R. 1 2 2

3 3 3

u i jk

b) v2  i j k R. 2 1 1

6 6 6

u  i jk

c) v = (1, 0, 0) R. u = v 13) Verificar se são ou não paralelos os vetores

a) u2 i j 4k e 1 1

2 4

vijk

   

R. //u v  b) r(3,0,2) e s(6,0,4) R. //r s c) a ( 3,2,1) e b  ( 3, 1,0) R. a // b

14) Dados os vetores u e v em relação a base ortonormal ( , , )  i j k , verifique se são ortogonais .

a) u2 i j 4k e v  i 2 jk R. sim b) u2i3 jk e v5i2 jk R. não c) u6i3 jk e v3i7j3k R. sim 15) Determinar as coordenados do vetor no plano xy que forma ângulo de 30º com o eixo das abscissas, sentido positivo, e tem módulo 2 .

R. (( 6, 2) 2 2 e

6 2

( , )

2  2

16) Se M(9,5) é ponto médio de um segmento de reta de extremidade A(7,2), determinar, em relação ao sistema ortonormal, as coordenadas da outra extremidade. R. (25, 8) 17) Dados os pontos A(3, 1, 2) e B(2, 1, 0) em relação a base ortonormal, determinar as coordenadas do ponto P que esta a 2/5 de A para B. R.(13/5, 1/5, 6/5) 18) Dados os pontos A(2, 1), B(11, 0) e C(3,1) em relação a base ortonormal,determinar as coordenadas do ponto D tal que AB CD  . R. (12, 0) 19) Dados os pontos R(1, 0, 2), S(2, 1, 3 ) e T(0, 1, 2) em relação a base ortonormal, determinar as coordenadas do ponto U tal que 2RS 1TU

2   

. R. (4, 5, 18) 20) Se u 2 ij , v  i 2j e w4i3j, escrever o vetor w como combinação linear dos vetores u e v. R. 11 10

3 3

wuv

  

(16)

22) Dados os pontos A(0, 6), B(2, 1) e C(4,2) em relação a base ortonormal. Sabendo-se que M é ponto médio do segmento BC e que o ponto P esta a ¼ de C para A.

Determinar a medida do segmento MP. R. 5/2 23) Dados os pontos A(1, 2, 3), B(0, 1, 1) e C(1, 0, 1) em relação a base ortonormal, determinar a medida da mediana do triângulo ABC, correspondente ao vértice A. R. 26 / 2 24) Dados os pontos A(3, 5), B(1, 0) e C(2,8) em relação a base ortonormal, determinar as coordenadas do ponto D tal que o quadrilátero ABCD seja um paralelogramo.

R. (2, 3) 25) Dados os pontos A(3, 5), B(1, 0) e C(2,8) em relação a base ortonormal, classificar o triângulo ABC quanto a medida dos seus lados.

R. isósceles --- 3.5. MUDANÇA DE BASE

Acreditamos que o conceito de mudança de base será entendido ao resolvermos o seguinte problema:

 Sendo conhecidos, em relação a uma base E = (e1, e2, e3) de V3, um dado vetor u= (

x

E,

y

E,

z

E) e, também, os vetores que compõem uma outra base F = (f1,f2,f3) de V3, pelas equações:

11 1 21 2 31 3

1

12 1 22 2 32 3

2

13 1 23 2 33 3

3

f a e a e a e

f a e a e a e

f a e a e a e





   

   

    , ( I ) obtenha as coordenadas de u em relação a base F, isto é, u= (

x

F,

y

F,

z

F).

Solução:

Devemos ter u= (

x

E,

y

E,

z

E) = (

x

F,

y

F,

z

F).

Então, u=

x

E e1+

y

E e2+

z

E e3 =

x

F f1+

y

F f2 +

z

F f3. ( II ) Substituindo ( I ) em ( II ), segue que

xE e1



+ yE e2



+ zE e3



= xF (a e11 1a e21 2a e31 3

  

) + yF (a e12 1a e22 2a e32 3

  

)+ zF (a e13 1a e23 2a e33 3

  

)

e1 f1 E F u= (

x

E,

y

E,

z

E) O e2 f2 O’ u= (

x

F,

y

F,

z

F) ?

e3 Fig. 3.11 f3



(17)

Efetuando-se os produtos indicados do 2º membro da igualdade e evidenciando os elementos da base E, temos:

xE e1



+yE e2



+zE e3



= (xF a11+yF a12+zF a13)e1



+(xF a21+yF a22+zF a23)e2



+(xF a31+yF a32+zF a33)e3



Comparando os membros da igualdade acima, obtemos o sistema de equações:

E 11 F 12 F 13 F

E 21 F 22 F 23 F

E 31 F 32 F 33 F

x a x a y a z y a x a y a z z a x a y a z

          

O sistema pode ser colocado na forma matricial

E E E E x y z           =

11 12 13

21 22 23

31 32 33 E F

a a a

a a a

a a a

          . F F F F x y z          

A matriz MEF =

11 12 13

21 22 23

31 32 33 E F

a a a

a a a

a a a

 

 

 

 

 

será chamada de matriz mudança da base E

para F. Observe que as coordenadas de f1,f2ef3 são, respectivamente, os elementos das colunas da matriz MEF .

A matriz das coordenadas de u na base F é obtida multiplicando-se a matriz M EF-1

pela matriz de u na base E: F F F F x y z          

= -1 EF M E E E E x y z          

Notação: -1 EF

M = MFE é a matriz mudança da base F para E.

--- EXEMPLO 3.2

1) Dados, em relação a uma base E = (e1, e2, e3), o vetor u= 2e1 + 3e2e3 e os vetores f1 = e1 + 3e2e3

f2= e1



+ e2 + e3



f3= 2e1



e2 + 3e3



que compõem uma outra base F = (f1, f2



,f3). Determine u = uF

(18)

Temos o sistema matricial E 2 3 1           = E F

1 1 2

3 1 1

1 1 3

          . F F F F x y z          

e queremos obter o

sistema F F F F x y z           = -1 EF

1 1 2

3 1 1

1 1 3

          . E 2 3 1           .

Necessitamos obter a matriz -1 EF

M =

-1

EF

1 1 2

3 1 1

1 1 3

 

 

 

 

= MFE .

Procedimento para obter MFE: (Exemplo 3.1 (8) – nota)

M = MEF = det M cof M (cof M)T M1 = 1

T

M

cof

E F

1 1 2

3 1 1

1 1 3

          4 E F

4 8 4

1 5 2

3 7 2

 

 

  

  E F

4 1 3

8 5 7

4 2 2

              FE

1 1/ 4 3/ 4

2 5/ 4 7 / 4

1 1/ 2 1/ 2

              Assim, F F F F x y z           = FE

1 1/ 4 3/ 4

2 5/ 4 7 / 4

1 1/ 2 1/ 2

              . E 2 3 1           = F 2 2 1           .

Portanto, u = uF

= 2 f1  2f2 + f3.

2) Dada uma base E = (e1, e2, e3) de V3 e os vetores f1 = e1+ 2e2 , f2 = e1e3 e f3 = e2



+ e3, pede-se que a) Verifique se F = (f1, f2



,f3) é também uma base de V3.

b) Sendo F uma base de V3 , obter a matriz MEF de mudança de base de E para F . c) Sendo v2  f1f2f3, obter as coordenadas de v em relação a base E. d) Sendo F uma base de V3 e w2e1 e2 e3

   

, obter as w em relação a base F. Solução:

a) Consideremos o determinante formado pelas coordenadas dos vetores f1, f2

 e f3,

D =

1 2 0

1 0 1

0 1 1

(19)

O fato de ocorrer D0 significa que os vetores f1,f2 e f3 não são coplanares e, daí, formarem um conjunto LI. Portanto, F = (f1, f2



,f3) é base de V3. b) A matriz MEF é obtida dispondo-se as coordenadas de f1



,f2 e f3

 , respectivamente, como sendo as suas respectivas colunas.

MEF =

EF

1 1 0

2 0 1

0 1 1

 

 

 

  

 

c) Temos que v2  f1f2f3. Substituindo os vetores f1



,f2 e f3



dados na base E, obtemos: v2(e12 ) (e2e1e3) ( e2e3)

      

= e15e32e3

  

. d) Devemos construir o sistema matricial:

F F F F x y z          

= -1 EF M E 2 1 1          

Obtenção de -1 EF

M :

M = MEF = det M cof M (cof M)T M1 = 1

T

M

cof

E F

1 1 0

2 0 1

0 1 1

           1 E F

1 2 2

1 1 1

1 1 2

 

 

 

   

  E F

1 1 1

2 1 1

2 1 2

            FE

1 1 1

2 1 1

2 1 2

             Assim, F F F F x y z           = F E

1 1 1

2 1 1

2 1 2

             . E 2 1 1           = F 0 2 1           .

Portanto, u = uF

= 0 f1 + 2f2+ 1f3.

--- EXERCÍCIOS PROPOSTOS 3.2

1) Dada uma base E = (e1, e2



, e3) de V3 e os vetores f1



= e2+ e3



, f2 = e1



+ e3 e f3 = e1



+ e2, pede-se que

a) Sendo v2f13 f2f3, obter as coordenadas de v em relação a base E. b) Verifique se F = (f1,f2,f3) é também uma base de V3.

c) Sendo F uma base de V3 , obter a matriz MEF de mudança de base de E para F . d) Sendo F uma base de V3 , obter a matriz MFE de mudança de base de F para E . e) Sendo F uma base de V3 e w2e1 e2 e3

   

(20)

R. a) v 2e13e 2e3 b) D = 20, F é base de V3 c) MEF =

0 1 1 1 0 1 1 1 0

 

 

 

 

 

d) MFE =

FE

1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 

 

 

  

 

e) w = 1f10f22f3

  

2) Dada uma base E = (e1, e2, e3) de V3 e os vetores f1



= e2+ e3 , f2 = e1e3 e f3 = e1e2, pede-se que

a) Verifique se F = (f1, f2



,f3) é também uma base de V3.

b) Sendo F uma base de V3 , obter a matriz MEF de mudança de base de E para F . c) Sendo F uma base de V3 , obter a matriz MFE de mudança de base de F para E . d) Sendo F uma base de V3 e w e1 5e2

  

, obter as w em relação a base.

R. a) D = 20, F é base de V3 b) MEF =

0 1 1

1 0 1

1 1 0

 

 

  

 

c) MFE =

FE

1/ 2 1/ 2 1/ 2

1/ 2 1/ 2 1/ 2

1/ 2 1/ 2 1/ 2

  

 

 

  

 

d) w = 6f12f22f3

Referências

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