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CEPA 1 PONTO 2 QUESTÃO DESAFIO

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Academic year: 2019

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CEPA 1

PONTO 2

(2)

ATIVIDADE INTRODUTÓRIA

Juventino, residente em Osasco, Estado de São Paulo, em viagem de

veraneio pelas praias do Sul, quando retornava pela BR-116, nas

proximidades da cidade de Registro, teve o seu veículo abalroado

por um veículo do Ministério da Agricultura que desgovernou-se

após o estouro de um pneu. Chegando em São Paulo, Juventino o

procura como advogado para promover a competente ação,

objetivando o ressarcimento do prejuízo, que monta em R$

3.800,00.

(3)

RESPOSTA

Juventino deverá propor contra a União (o Ministério da Agricultura

não tem personalidade jurídica) ação de indenização por danos

causados em acidente de veículos, a ser processada pelo JEF (juizado

especial federal), perante o JEF de Osasco (JEF de Brasília e JEF de

Registro também são opções). A responsabilidade civil do Estado é

objetiva

devendo haver na inicial menção expressa a esse

particular (art. 37,

§

6º da CF). Deverá pleitear o pagamento dos

danos emergentes (reparo do veículo).

A citação da União deverá ser requerida na pessoa de seu

procurador (art. 12, I do CPC), para comparecer à audiência a ser

designada, oferecendo a defesa que tiver.

(4)

O autor foi diagnosticado com tumor na próstata tendo sido indicada a realização de uma cirurgia robótica, em caráter de urgência, conforme orientação de seu médico. Sendo titular do plano de saúde Red Blue Nacional, que lhe conferia acomodação privativa e atendimento integral, dirigiu-se ao hospital com o código da autorização previamente fornecido. Lá chegando, durante o atendimento, recebeu a informação de que o convênio apenas autorizou a realização de cirurgia pelo procedimento convencional, com pós-operatório mais moroso e de recuperação mais lenta, ao contrário da cirurgia robótica, que indicava a previsão de alta médica em dois dias. Diante da informação, entrou em contato com o convenio que informou haver autorizado a cirurgia robótica e que o problema estava sendo causado pelo hospital, recebendo e-mail nesse sentido. O hospital negou tal fato, mas informou que mediante o pagamento de mais R$ 10.000,00 poderia realizar a cirurgia robótica. A urgência e a falta de recursos imediatos fez com que o autor aceitasse fazer a cirurgia convencional, ficando o dobro do tempo internado, com pós-operatório mais demorado. Reestabelecido, o autor procurou o hospital, quando lhe foi exibida a autorização do convênio que registrava

(5)

RESPOSTA

(6)

BRUNO TELLO, brasileiro, solteiro, engenheiro e VERA AMADOR, brasileira, solteiro, professora, ambos residentes e domiciliados nesta Capital, na Rua Carlos III nº 100 – apto. 50 – Pinheiros, decidiram constitui uma união estável e para isso alugaram um apartamento e contrataram a empresa TOPATUDO MÓVEIS LTDA, com sede no Município de Barueri, na Alameda Dois, nº 123 – Alphaville, para a confecção de móveis planejados para a cozinha, em 5 de maio de 2015, pelo valor total de R$ 15.500,00 (quinze mil e quinhentos reais). O prazo determinado para a entrega dos móveis foi 22 de julho de 2015. Tal prazo não foi cumprido. Apenas em 19 de novembro foi concluída a instalação dos móveis, entregues em 13 de setembro após muitas ligações. A empresa não pagou a multa pelo o atraso na entrega dos móveis no valor de R$ 100,00 (cem reais) para cada dia útil de atraso. Além disso, os móveis foram feitos com MDP, enquanto o contrato previa MDF. Os autores pretendem abatimento de 40% sobre o valor pago e a multa contratual em razão do atraso. Também entendem ser devida indenização por dano moral, afinal não era possível usar a cozinha para possibilitar sua instalação, desde a data prevista para entrega.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DO XI FORO REGIONAL DA COMARCA DA CAPITAL – PINHEIROS

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I. DOS FATOS

Os autores compraram móveis planejados para a cozinha, despensa e área de serviço, contrato nº [número], firmado em 5 de maio de 2015, pagando o valor total de R$ 15.500,00 (quinze mil e quinhentos reais), conforme demonstram os comprovantes de pagamentos (doc. anexo).

O prazo determinado para a entrega dos móveis foi 22 de julho de 2015.

Tal prazo não foi cumprido. A partir deste momento iniciou-se uma verdadeira penitência na vida dos autores, com significativos danos materiais e morais, que permanecem até agora, posto que apesar das cobranças diárias, apenas em 19 de novembro foi concluída a instalação, com a entrega dos últimos materiais, observando, porém, que o separador de talheres não foi entregue.

O contrato previa a aplicação de multa para o atraso entrega dos móveis no valor de R$ 100,00 (cem reais) para cada dia útil de atraso.

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Tais fatos demonstram o total descaso no cumprimento do contrato, afinal o casal ficou sem poder usar a cozinha por mais de três meses, até 19 de novembro, tendo sido obrigado a fazer refeições em restaurantes ou usar serviços de entrega de comida por todo o período.

A impossibilidade do uso da cozinha derivou de exigência contratual, posto que os locais de instalação deveriam estar livres de objetos e coisas para receber a equipe de montagem e quando for o caso, os produtos a serem instalados.

Tal vício dá ensejo ao abatimento proporcional do preço, conforme assegura o Direito, que será demonstrado no próximo tópico.

Por fim, todo o suceder dos fatos, conforme já se indicou acima, causou grande insatisfação nos autores, diante da impotência em solucionar os problemas provocados pela empresa ré, que tratou com total descaso a situação de constrangimento verificada.

Tal situação fática de angústia, dá ensejo à indenização por dano moral, conforme assegura o Direito, que será demonstrado no próximo tópico.

(10)

II - DO DIREITO

Conforme se infere dos atos acima relatados a relação contratual firmada entre as partes está subordinada ao Código de Defesa do Consumidor, vez que presente os elementos caracterizadores dos arts. 2º e seguintes da Lei 8.078, de 1990.

Assim, à presente hipótese aplica-se o art. 18 da Lei 8.078, de 1990, que assim dispõe:

"Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

(11)

(...)

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.

(...)

§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.

(...)

§ 6° São impróprios ao uso e consumo: (...)

III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam”.

(12)

Como dissemos acima, a empresa ré também é devedora de multa contratual em razão do atraso, no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) correspondente aos 40 dias de atraso, computados de 22 de julho de 2015 até 13 de setembro de 2015, no importe de R$ 100,00 por dia útil.

Também se mostra devida a indenização por danos morais, pois os problemas experimentados pelos autores, tentando por vários meses solucionar a questão amigavelmente, não obtendo êxito, e ainda sendo obrigados a ajuizar a presente ação para solução dos problemas, configuram danos que ultrapassam os limites de mero incômodo ou aborrecimento.

A doutrina moderna tem afirmado que dano moral não se demonstra nem se comprova, mas se afere como resultado da ação ou omissão culposa “in re ipsa”, traduzido na dor psicológica, no constrangimento, no sentimento de reprovação diante da lesão e da ofensa ao conceito social e à dignidade. Nesse sentido, STJ, REsp. nº 196.024/MG, rel. Min. César Asfor Rocha:

(13)

Dessa forma, dispensável a demonstração do prejuízo ou abalo, para a admissibilidade da pretensão indenizatória de danos morais, pois o dano decorrente de ter contratado serviço específico, com pagamento das prestações avençadas e se ver privado de utilizá-los em virtude da falha na entrega e montagem dos móveis, configura-se dano passível de indenização moral.

No tocante ao valor do dano, entendem os autores que para não caracterizar enriquecimento sem causa, o valor deve ser equivalente ao dobro do lucro da empresa ré esperado nessa operação comercial, que nos critérios do lucro presumido corresponde a 64% do valor contratado, ou seja, R$ 9.920,00 (nove mil novecentos e vinte reais).

Assim, ficando claro que o fornecedor de serviços responde objetivamente pelos danos causados aos consumidores, em razão (i) do material diverso ao contratado, (ii) da demora na entrega, (iii) dos gastos com alimentação, (iv) dos vícios do produto, conforme evidenciado nas fotos juntadas, e (v) do dano moral, procedentes deverão ser julgados os pedidos.

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“Bem móvel - Ação de rescisão contratual cumulada com devolução de quantia paga e dano moral. Não entrega de parte dos bens adquiridos. Entrega dos demais com defeito. Montagem e instalação mal executadas Responsabilidade. Reconhecimento. Restando incontroversa a ausência da entrega de parte dos móveis contratados, bem como demonstrados os vícios e falhas daqueles recebidos, o reconhecimento da mora da vendedora é medida que se impõe, justificando-se plenamente o acolhimento da pretensão voltada à resolução do contrato, com o consequente ressarcimento das quantias pagas. Bem móvel Móveis planejados - Não entrega de parte dos bens adquiridos. Entrega dos demais com defeito. Demora injustificável de solução - Quebra do princípio da confiança - Reconhecimento Indenização por danos morais - Cabimento. Patenteada a responsabilidade da requerida, a comprovada circunstância de a autora haver adquirido bens móveis para guarnecer sua cozinha sem que tenha havido a respectiva entrega de alguns e, por outro lado, a existência de defeitos naqueles recebidos, além da demora inaceitável de solução amigável, constituem fundamentos seguros para a imposição de reparação por danos morais a cargo da fornecedora dos bens em decorrência da frustração da expectativa legitimamente criada e da inobservância do princípio da confiança. Recurso adesivo não conhecido e improvido o recurso de apelação.”

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Demonstrado o direito, resta claro que a empresa ré ao não cumprir o prazo contratual de entrega, ao não sanar o problema no prazo legal, ao fornecer o produto com qualidade diversa da contratada, com defeitos grotescos, causou danos materiais e morais aos autores.

III - DO PEDIDO

Por todo o exposto e diante dos fundamentos de fato e de direito, esta se apresenta para requerer a procedência do presente pedido para:

a) condenar a empresa ao abatimento da quantia paga restituindo a quantia de R$ 6.200,00 (seis mil e duzentos reais) nos termos do art. 18, § 1º, inciso III, da Lei 8.078, de 1990, bem como ao pagamento da multa contratual no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

b) condenar a empresa ré ao pagamento de danos morais no importe R$ 9.920,00 (nove mil novecentos e vinte reais), conforme os critérios apontados nesta petição legais apontados nesta inicial;

c) condenar a empresa ré ao pagamento de honorários advocatícios e demais despesas processuais, conforme o previsto na legislação processual vigente aplicável ao caso.

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IV DOS REQUERIMENTOS

Ante o exposto, esta também se apresenta para requerer:

a) a citação da empresa ré, na pessoa de seu representante legal para apresentar resposta a presente ação no prazo legal, sob as penas da lei; b) a inversão do ônus da prova nos termos do inciso VIII do art. 6º, da Lei 8.078, de 1990;

c) a produção de todos os meios em direito admitidos, em especial pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, prova pericial e depoimento pessoal do representante legal da ré e demais que se fizerem necessárias;

À causa é atribuído o valor de R$ 20.120,00 (vinte mil, cento e vinte reais), decorrente da soma dos pedidos.

Termos em que, pede deferimento. São Paulo, [data].

(17)

FIM DA

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