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CEPA 2 PONTO 2 QUESTÃO DESAFIO

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Academic year: 2019

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CEPA 2

PONTO 2

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(OAB 119) Aulo Agério moveu ação de reintegração de posse contra

Numério Negídio, em trâmite perante a 15ª Vara Cível de Santo

André (Proc. Nº 0001222-09.2015.5.26.0402), visando à recuperação

da posse de imóvel que havia sido dado em comodato ao Réu pelo

falecido genitor do Autor. O contrato de comodato foi celebrado há

dois anos e seis meses e o fundamento da ação é o término do prazo

ali estabelecido, de dois anos. A ação foi precedida da notificação de

Numério Negídio para desocupação voluntária do imóvel, que não foi

cumprida. Proposta a ação, foi indeferida a liminar pleiteada, sob o

argumento de que a posse exercida por Numério Negídio conta mais

de ano e dia e, por isso, o procedimento não comportaria essa

providência. Essa situação vem causando prejuízos irreparáveis a Aulo

Agério, que não possui outro lugar para morar.

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GABARITO

Interposição de agravo de instrumento, com os requisitos dos arts. 1.016 e seguintes do Código de Processo Civil, perante o Tribunal de Justiça. O candidato deverá sustentar, no mérito, que o prazo de ano e dia a que se refere o art. 558 desse diploma processual conta-se a partir do esbulho ou turbação, o que, no caso concreto, ocorreu com a notificação de Numério Negídio ou, na pior das hipóteses, com o término do prazo contratual, admitindo-se, portanto, a concessão de liminar. O pedido formulado deverá compreender a reforma da decisão agravada e a concessão de antecipação da tutela recursal.

Cabimento: Nelson Nery Júnior, conforme art. 1.015, I, do CPC referente a tutelas provisórias, entende “decisão que defere ou indefere liminar”. Na

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GABARITO

A decisão do juiz deve ser reformada pois apesar da propriedade estar inscrita em nome de Banco Evolucionista S.A. (liquidado), há compromisso de compra e venda em nome de Sandoval que está devidamente registrado à margem da matrícula do imóvel desapropriado.

O STJ tem entendimento de que além do proprietário, também o titular de promessa de compra e venda e o possuidor têm direito à indenização (REsp nº 769.731/PR, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, julg. em 08-05-2007).

Frise-se, ainda, que o compromisso não tem cláusula de arrependimento e se encontra totalmente quitado, não havendo qualquer dúvida sobre a titularidade do domínio do imóvel, uma vez que o compromissário é titular de direito real.

Com efeito deverá ser pedida a antecipação da tutela recursal para a inclusão do agravante no polo passivo.

O cabimento se dá com base no art. 1.015, VII do CPC, vez que “cabível o agravo de instrumento, porquanto os conceitos de "exclusão de litisconsorte" e "inclusão de litisconsorte" têm afinidade. (...) O periculum in mora revela-se na iminência de

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A empresa LM Ltda ajuizou o presente mandado de segurança objetivando a concessão de segurança por sentença, reconhecendo o direito líquido e certo da empresa impetrante em (a) obter a renovação de seu alvará de funcionamento 2016, enquanto pendente de conclusão o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, uma vez que não existe qualquer risco para a segurança pública, diante da rotineira concessão nos últimos anos, ou, subsidiariamente, (b) não ver indeferida a sua pretensão de renovação de seu alvará de funcionamento 2016, enquanto pendente de conclusão o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, com os demais efeitos da condenação, na forma da lei.

Na apresentação dos motivos de fato e de direito a empresa impetrante argumentou que: a) é pessoa jurídica que tem por objeto social é o “comércio varejista de artigos de pirotécnicos”; b) em 4 de fevereiro de 2016 encaminhou à autoridade coatora pedido de renovação do alvará de 2016 para a atividade de Comércio de Fogos de Artifícios, tendo juntado o pedido de vistoria ao Corpo de Bombeiros protocolizado em 02 de julho de 2015, ainda pendente de deferimento, por falta de pessoal para análise; c) a atitude da autoridade configura violação de direito líquido e certo da empresa impetrante, pois a não apresentação do auto de vistoria decorre da inércia do Corpo de Bombeiros, que ainda não o concluiu, não havendo como se presumir eventual risco ou perigo no local da empresa; d) resta violado o princípio da razoabilidade administrativa.

Para surpresa da empresa impetrante, o MM. Juiz de Direito indeferiu a liminar nos seguintes termos: “Não havendo indícios de ilegalidade do ato impugnado, indefiro a liminar, em especial, porque não compete ao Juízo imiscuir na esfera de decisão da Administração no tocante à questão de segurança do estabelecimento”.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo nº. [NUMERO]

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Requer seja deferida inaudita altera parte a antecipação da tutela recursal pleiteada e após os regulares trâmites seja o agravo conhecido e integralmente provido.

DA JUSTIFICATIVA DA MEDIDA

Justifica-se a interposição do presente recurso em sua modalidade de instrumento, nos termos previstos pelo art. 1.015, XIII c/c o § 1º do art. 7º, da Lei 12.016, de 7 de agosto de 2009, com requerimento de antecipação da tutela recursal pleiteada, tendo em vista que a decisão proferida pelo magistrado a quo, ao não deferir a liminar, impede o exercício da atividade econômica da empresa impetrante, com risco de falência, muito embora não haja qualquer manifestação negativa do Corpo de Bombeiros para a renovação do alvará de funcionamento.

Aliás, não se mostra razoável, seja negado o direito de continuidade de funcionamento a um estabelecimento que já fora agraciado com a concessão anterior do alvará de funcionamento, e que em nada contribuiu para a demora na renovação deste, decorrendo tal demora apenas e tão somente da inércia do Corpo de Bombeiros.

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fechamento de suas portas, diante da não renovação da licença, podendo chegar à falência, resultando na ineficácia da medida, se deferida ao final.

Por esse motivo, o agravo de instrumento é o recurso adequado a garantir o tranquilo funcionamento do estabelecimento enquanto se aguarda a conclusão dos trabalhos do Corpo de Bombeiros, vez que permite o deferimento da antecipação da tutela recursal pleiteada.

Para tanto, apresenta as razões em anexo e requer a juntada das inclusas peças necessárias à formação do instrumento.

DAS FORMALIDADES

De acordo com o que preceito o art. 1.016., IV, do CPC, o agravante indica os nomes e endereços dos advogados constantes no processo:

Pela Agravante: (Nome completo), OAB (número), com domicílio nesta Capital, na Avenida Paulista, 800 – Conjunto 500 – 5º andar, CEP 01311-100.

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Para fins de conhecimento, informa a agravante que dentro do prazo legal de três dias será devidamente juntada aos autos do processo recorrido, que tramita na instância inferior, a cópia da petição do agravo com a comprovação da sua interposição (art. 1.018 do CPC).

Informa ainda que, nos termos do art. 1.017, § 1º do CPC, recolheu a taxa judiciária prevista legalmente, relativas às custas e ao porte de retorno comprovada pela guia de recolhimento anexa.

DOS FATOS

A empresa impetrante, ora agravante, ajuizou o presente mandado de segurança objetivando a concessão de segurança por sentença, reconhecendo o direito líquido e certo da empresa impetrante em (a) obter a renovação de seu alvará de funcionamento 2016, enquanto pendente de conclusão o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, uma vez que não existe qualquer risco para a segurança pública, diante da rotineira concessão nos últimos anos, ou, subsidiariamente, (b) não ver indeferida a sua pretensão de renovação de seu alvará de funcionamento 2013, enquanto pendente de conclusão o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, com os demais efeitos da condenação, na forma da lei.

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a) é pessoa jurídica que tem por objeto social é o “comércio varejista de artigos de

pirotécnicos”, conforme a cláusula segunda do seu contrato social (documento juntado aos autos);

b) encaminhou à autoridade coatora pedido de renovação do alvará de 2013 para a atividade de Comércio de Fogos de Artifícios, tendo juntado, inclusive, o pedido de vistoria ao Corpo de Bombeiros protocolizado e não atendido.

c) a atitude da autoridade configura violação de direito líquido e certo da empresa impetrante, pois além de não ser necessária a apresentação do documento exigido para a renovação do alvará, a sua não apresentação decorre da inércia do Corpo de Bombeiros, que ainda não concluiu o auto de vistoria, não havendo como se presumir eventual risco ou perigo no local da empresa;

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Para surpresa da empresa impetrante, entretanto, o MM. Juiz de Direito indeferiu a liminar nos seguintes termos: “Não havendo indícios de ilegalidade do ato impugnado, indefiro a liminar, em especial, porque não compete ao Juízo imiscuir na esfera de decisão da Administração no tocante à questão de segurança do

estabelecimento”.

A decisão interlocutória do juiz a quo não merece prosperar, devendo ser integralmente reformada por este egrégio Tribunal pelas razões abaixo aduzidas.

DAS RAZÕES

Como já afirmamos, o MM. Juiz de Direito indeferiu a liminar por entender ausentes “indícios de ilegalidade” e a impossibilidade do Juízo “imiscuir na esfera de decisão da Administração no tocante à questão da segurança do

estabelecimento”.

Ocorre, porém, que a ilegalidade está presente, da mesma forma que o Judiciário tem competência para anular ato administrativo eivado pelo abuso de poder, notadamente, quanto o mesmo é vinculado.

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Destaque-se, ainda, a presunção de regularidade da empresa impetrante até o efetivo indeferimento do alvará pelo Corpo de Bombeiros, uma vez que se trata de um pedido de renovação de um alvará, que foi costumeiramente renovado desde 2010 (conforme documentos juntados aos autos).

Assim, apesar do juízo “a quo” entender ausentes “indícios de ilegalidade” e a impossibilidade “imiscuir na esfera de decisão da Administração no tocante à questão da segurança do estabelecimento”, o certo é que o Poder Judiciário pode controlar a concessão de alvará, quando decorrente de licença, tendo em vista se tratar de ato vinculado.

Oportunamente, nunca é demais repetir que a nossa jurisprudência tem indicado no sentido de ser impossível à administração pública negar a continuidade de uma atividade, uma vez preenchidos os requisitos legais e enquanto não decide sobre questão pendente. Vejamos:

“ALVARÁ – Licença de funcionamento de atividade – Ato administrativo vinculado – Outorga obrigatória uma vez preenchidos os requisitos legais – Negativa fundada em motivos impertinentes – Mandado de Segurança concedido. Licença é ato administrativo unilateral, vinculado, mediante o qual, o poder público faculta ao administrado o exercício de determinada atividade que, sem tal anuência, seria vedada. Preenchidas as exigências legais, a administração é obrigada a outorgar o benefício

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No que diz respeito a interdição de estabelecimento por falta de alvará, pendente de análise, temos o seguinte julgado:

Processo: 2005.01.1.107750-2 - Autor: Auto Shopping Park Way Derivados de Petróleo Ltda. - Réu: Distrito Federal - Relator Des.: ARNOLDO CAMANHO DE ASSIS

EMENTA

ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO. INTERDIÇÃO DE ESTABELECIMENTO. CONSULTA PRÉVIA. ANÁLISE PENDENTE. ILEGALIDADE. REMESSA DESPROVIDA. 1. Afigura-se abusivo o ato da Administração que promove a interdição de estabelecimento por ausência de alvará de funcionamento, desde que pendente análise de consulta prévia formulada em tempo pelo interessado. 2. Remessa desprovida.

Brasília-DF, 01 de agosto de 2007.

Por fim, para tornar clara a violação ao princípio da razoabilidade, trazemos à colação recente decisão verificada nos autos do Processo 3000156-88.2013.8.26.0451 em prejuízo do Município de Piracicaba, que reconhece que em virtude do “fato trágico ocorrido em data recente em nosso país, as vistorias se multiplicaram havendo um certo atraso na expedição do mencionado documento”. Vejamos:

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anos em Piracicaba, pois, constituída em 2005. Anoto também que apesar do cumprimento das exigências legais, não se juntou ainda à aprovação do corpo de bombeiros, sendo certo que o protocolo data de 28/03/2013, com alterações realizadas segundo a documentos juntadas aos autos. Assim, pelo que se vê dos autos, tudo estar a indicar que as alterações determinadas pelo Corpo de Bombeiros foram realizadas, só não obtendo a requerente o devido certificado de aprovação, pois, em razão de fato trágico ocorrido em data recente em nosso país, as vistorias se multiplicaram havendo um certo atraso na expedição do mencionado documento. Diante disso, e visando minimizar prejuízo em razão da demora, e entendendo que os elementos dos autos são suficientes para conceder a liminar pleiteada, defiro-a autorizando o funcionamento da empresa requerida pelo prazo de 10 dias, sob pena de não se juntando aos autos o respectivo documento, haver a revogação automática da presente decisão. Intime-se o Município de Piracicaba (Rua Antonio Correa Barbosa, 2233, Piracicaba). Servirá a presente decisão como mandado. Cumpra-se.

Com efeito, falar mais não é necessário, sendo evidente, por todos os aspectos que a empresa impetrante merece ser contemplada com a liminar requerida, que agora pode ser obtida por meio da antecipação da tutela recursal, que deverá se dar imediatamente, pois a mesma corre risco de falência pelo fechamento de suas portas.

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DO PEDIDO

DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL

Ante o exposto, face a efetiva lesão de difícil reparação que o agravante sofre com a decisão do juízo “a quo” que indeferiu a liminar para suspender o ato coator que indeferiu o requerimento de renovação do alvará de funcionamento 2016, enquanto ainda pendente de conclusão o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, esta se apresenta para, conforme art. 1.019, I do CPC, pedir que o relator defira a antecipação total da tutela recursal, vez que devidamente demonstrado o preenchimento dos requisitos legais para a concessão da liminar.

DO PEDIDO FINAL

Por todo o exposto, face a tudo o que já foi colocado no presente recurso, é o presente para pedir que este Egrégio Tribunal conheça o Agravo de Instrumento, concedendo-se provimento ao mesmo, confirmando a antecipação de tutela nos moldes requeridos e dando provimento integral no julgamento do mérito do presente recurso para reformar a decisão ora impugnada, por ser medida que mais atende aos ditames da Justiça!

São Paulo, [DATA].

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