CEPA 1
PONTO 1
Avençou-se, ainda, que em caso de não pagamento os promitentes compradores seriam constituídos em mora pelos meios regulares e previstos na legislação que rege a matéria e, se não a purgassem, perderiam, em favor do promitente vendedor, todas as quantias até então pagas por conta do preço, sem prejuízo das perdas e danos que viessem a ser apurados. Os promitentes compradores deixaram de pagar a terceira parcela vencida há mais de 20 dias, e desapareceram do local, com todos os pertences, sem deixar qualquer rastro do seu atual paradeiro.
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DO IPIRANGA DA COMARCA DE CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.
DOS FATOS
1. As partes celebraram contrato particular de compromisso de compra e venda (doc. anexo), através do qual o banco requerente prometeu vender um imóvel consistente em uma casa localizada em São Paulo na Rua X, nº 99, Ipiranga, devidamente registrada junto ao 1º Cartório de Registro de Imóveis da Capital, na matrícula nº (__), pelo preço de R$ 350.000,00 (extenso) a ser pago da seguinte forma: R$ 50.000,00 (extenso) como sinal e princípio de pagamento e o restante em 10 (dez) parcelas mensais, iguais e sucessivas, cada qual do valor de R$ 30.000,00 (extenso), vencendo-se a primeira trinta dias após a celebração do contrato e as demais no dia 10 dos meses subsequentes.
a) a incidência de multa moratória de 10% (dez por cento);
b) juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês sobre as parcelas devidas; e
c) a constituição em mora dos devedores pelos meios regulares, com a rescisão do contrato, com a perda de todas as quantias até então pagas por conta do preço, sem prejuízo das perdas e danos que viessem a ser apurados.
3. Apesar do pactuado, os promitentes compradores deixaram de pagar a terceira parcela vencida há mais de 20 dias, e desapareceram do local, com todos os pertences, sem deixar qualquer informação do atual endereço.
5. Com efeito, tendo legítimo interesse em constituir os requerido em mora, o requerente ajuíza a presente medida, com essa finalidade, e com fundamento nos motivos de direito que se seguem.
DO DIREITO
6. A Cláusula (nº) do contrato anexo, estabelece que "a falta de pagamento de qualquer prestação, antes de se ultimar a transferência definitiva do bem, é motivo de rescisão e de perda dos valores pagos".
7. Da mesma forma, o art. 475 do CC, combinado com o art. 389 do CC, concede ao contraente lesado a faculdade de pleitear a rescisão do contrato cumulativamente com as perdas e danos daí advindas.
9. Essa é a exata situação dos autos, pois ante o sumiço dos requerido o edital é a única solução para a preservação de direitos, como já nos ensina de longa data a jurisprudência:
"RESCISÃO DE CONTRATO – RÉU EM LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO - CITAÇÃO POR EDITAL - VALIDADE. É válida a citação por edital, se o Oficial de Justiça, após diligência, certificou estar o citando em lugar incerto e não sabido." (TAMG - Apelação n. 0399921-3, - Rel: Baeta Nunes - Julg: 04/09/2003 – CD/ROM JUIS N.36 2ºTri/2004).
9. Com efeito, expostos os motivos de fato e de direito, resta apenas a elaboração do pedido.
DO PEDIDO
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00.
Nesses Termos, Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
CEPA 1
PONTO 1
DELFIN BROWN, inglês, aposentado, 93 anos, casado com ELIZA BROWN, brasileira, professora, 86 anos, ambos residentes nesta Capital, na Rua Blue, 111, Centro, são coproprietários da metade ideal do imóvel localizado em Ubatuba, no Edifício Playa, na Avenida Brasil, Nº [número]. A outra metade do imóvel é de MARIA BLANC, brasileira, solteira, do lar, residente nesta Capital, na Rua Pink, 55, Centro, que se mantém como a pessoa cadastrada junto ao SPU e à administradora do condomínio edilício, recebendo todas as informações no seu domicílio.
Até o ano passado, todas as despesas de condomínios, impostos e taxas incidentes sobre o imóvel foram regularmente ameadas com a requerida, porém, desde janeiro do corrente ano a coproprietária mudou de comportamento, deixando de informar o valor da meação devida aos coproprietários, e divulgando entre familiares que suporta sozinha todos os custos do imóvel em condomínio, diante do descaso dos requerentes.
DELFIN e ELIZA têm desejo de pagar sua meação mas diante da idade e da distância do imóvel não conseguem obter por meios próprios as informações dos valores devidos, sonegada voluntariamente por MARIA.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO DEFINIDA PELO DISTRIBUIDOR CÍVEL
DELFIN BROWN, inglês, casado, aposentado, portador da Cédula de Identidade de Estrangeiro RNE nº [número] e inscrito no CPF/MF sob o nº
[número], sem endereço eletrônico cadastrado, e ELIZA BROWN, brasileira, casada, professora, portadora da Cédula de Identidade RG nº
[número] e inscrita no CPF/MF sob o nº [número], também sem endereço eletrônico cadastrado, ambos residentes e domiciliados nesta Capital, na Rua Blue, 111, Centro, CEP [número], pelo advogado que os representa, conforme procuração adicionada a seguir, com endereço eletrônico
[número] e domiciliado nesta Capital, na Av. Paulista, 222, conj. 33, vêm, respeitosamente, à presença de V. Exa., com fundamento no art. 726 do CPC, propor a presente NOTIFICAÇÃO em face de MARIA BLANC, brasileira, solteira, do lar, portadora da Cédula de Identidade RG [número]
I - DOS FATOS
1. Os requerentes são proprietários da metade ideal do imóvel localizado em Ubatuba, assim descrito na matrícula [número], no livro nº
[número], do Registro de Imóveis de Ubatuba: “APARTAMENTO Nº
[número], LOCALIZADO NO [X]º PAVIMENTO DO EDIFÍCIO PLAYA, QUE FAZ PARTE DO CONJUNTO OCIAN, SITUADO NA AVENIDA BRASIL, Nº
[número]”. Tal imóvel também se encontra cadastrado na Prefeitura Municipal de Ubatuba sob o nº [número] (documento 1).
2. Assim, até o ano passado, todas as despesas de condomínios, impostos e taxas incidentes sobre o imóvel foram regularmente ameadas com a requerida, inexistindo qualquer valor pendente a ser solvido.
3. Por outro lado, desde janeiro do corrente ano as despesas de condomínio, impostos e taxas incidentes sobre o imóvel deixaram de ser informadas aos requerentes, o que impossibilitou o pagamento da devida meação pelos requerentes.
5. Assim, os requerentes manifestam seu interesse em pagar o que é devido, e por tal motivo desejam promover a notificação da requerida para que ela fique ciente dessa vontade de efetuar o pagamento do quanto devido, cabendo para tanto a informação, devidamente comprovada, dos valores recolhidos uma vez que não conseguem obter por meios próprios tais informações, notadamente, diante da elevada idade que ostentam, a saber, 93 anos o requerente e 86 anos a requerente (documentos 3 e 4).
II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
6. O Direito ampara a pretensão dos requerentes em promover a notificação da requerida, dando a ela ciência da vontade deles em efetuar o pagamento do quanto devido, por três motivos.
7. O primeiro porque os requerentes são condôminos, titulares da metade ideal do imóvel, e é obrigação de cada condômino, nos termos do
8. O segundo porque a requerida é a responsável pelos pagamentos, uma vez que é a pessoa cadastrada junto ao SPU e à administradora do condomínio edilício, recebendo todas as comunicações no seu domicílio. 9. O terceiro porque o art. 726 do CPC, estabelece o procedimento de jurisdição voluntária adequado à pretensão dos requerentes no sentido de "manifestar formalmente sua vontade a outrem sobre assunto juridicamente relevante", por meio de notificação "para dar-lhes ciência de seu propósito".
10. Com efeito, expostos os motivos de fato e os fundamentos jurídicos, resta apenas a elaboração do pedido com a indicação da providência judicial.
III - DO PEDIDO E DOS REQUERIMENTOS
12. Por oportuno, e dada a natureza peculiar dos procedimentos de jurisdição voluntária, os requerentes aqui também formulam os requerimentos para:
a) obter a prioridade na tramitação deste procedimento, com a devida anotação nos autos do processo, diante da comprovação da idade superior a 60 anos dos requerentes, nos termos do art. 71 da Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003; e
b) seja determinada a expedição da carta de notificação, para a intimação da requerida pelo correio, observando o disposto no art. 274 do CPC.
13. Finalizando a presente peça, os requerentes atribuem à causa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Termos em que, pede deferimento. São Paulo, [data].
[nome completo do advogado]
