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Relatório de estágio pedagógico : Escola Secundária c/3º ciclo de Amato Lusitano

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Ciências Sociais e Humanas

Relatório de Estágio Pedagógico:

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano

Raquel Mendes Martins

Relatório para obtenção do Grau de Mestre na especialidade de

Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

(2º ciclo de estudos)

Orientador: Professor Doutor Júlio Martins

(2)

AGRADECIMENTOS

“Desejo que você,

Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há céu sem tempestade, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcança-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.

Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.

Seja um batedor de ideias. Lute pelo que você ama.” Augusto Cury

Este trabalho constitui mais uma etapa importante na minha vida.

O meu sincero agradecimentos a todos aqueles que, das mais diversas formas contribuíram para que a realização deste estágio fosse possível.

Aos Professores, aos Auxiliares, aos Colegas, aos Amigos, aos Alunos, que sem eles nada disto era possível.

Á Amizade e Saber do meu orientador Professor António Martins, pelo apoio e ensinamentos transmitidos ao longo de todo este percurso, o meu Muitíssimo Obrigada.

Um agradecimento especial ao meu colega Pedro, pelo encorajamento e ajuda nos momentos mais dificeis.

Ao Professor Júlio Martins, pelo seu profissionalismo.

E a todos aqueles que, de forma direta ou indireta, tiveram a paciência necessária para esperar por mim.

Muito Obrigada.

(3)

Resumo

Capítulo 1

Este relatório de estágio surge no âmbito da conclusão dos estudos conducentes ao grau de Mestre em Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade da Beira Interior, da disciplina Estágio Pedagógico. Este estágio pedagógico foi realizado no ano letivo de 2012/2013, Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano em Castelo Branco.

Tem como objetivos primordiais tentar descrever o trabalho realizado enquanto professor estagiário, pretendendo realizar uma introspeção acerca do trabalho efetuado, relativamente ao planeamento e lecionação, na intervenção relativa à turma identificando e enumerando tanto os aspetos positivos como os negativos, permitindo assim, tornar as minhas futuras prestações mais eficazes e eficientes, bem como fornecer algumas sugestões para, se possível, melhorar o funcionamento do Estágio Pedagógico em anos futuros.

(4)

Capítulo 2

O objetivo deste estudo foi verificar se um programa de treino de endurance e força dos membros inferiores e superiores, durante seis semanas, influenciaria significativamente a melhoria da endurance e da força dos membros inferiores e superiores em alunos de ambos os sexos do ensino secundário. A amostra foi composta por 57 alunos (16,93+1,13 anos) divididos em 2 grupos, grupo controlo (GC) (n=26) e grupo experimental (GE) (n=31) que teve duas sessões de treino /semana durante seis semanas. O GC apresenta valores não significativos (p>0,05), mas o GE apresenta valores significativos nas componentes desenvolvidas pelo programa de treino imposto (intragrupo). Apresentando assim, valores não significativos apenas no sprint, tanto no sexo feminino (p>0,188) como no sexo masculino (p>0,327), o que confirma a persecução dos objetivos deste trabalho, uma vez que no programa esta componente não constava diretamente. O programa de 6 semanas, no GE de ambos os sexos apresentaram melhorias estatisticamente significativas em todos os parâmetros do programa proposto (p<0,05).

Palavras-chave

:

Treino de força, Contexto escolar, Endurance, Força membros inferiores e superiores.

(5)

Abstract

Chapter 1

This internship report comes in the context of the completion of studies leading to the degree of Master of Physical Education in Primary and Secondary Education at the University of Beira Interior, Teacher Training Course. This teaching practice was conducted in academic year 2012/2013, High School c / 3rd Cycle Amato Lusitano in Castelo Branco.

Its primary goals attempt to describe the work as a trainee teacher, intending to conduct an introspection about the work done in relation to planning and lecionação, intervention on the class identifying and enumerating both the positive and negative aspects, thus, make my future benefits more effective and efficient, as well as provide some suggestions to, if possible, improve the functioning of Teacher Training in future years.

Keywords:

Teacher Training, Teaching - Learning, School Context.

Chapter 2

The aim of this study was to determine whether a program of endurance training and strength of upper and lower limbs for six weeks, significantly influence the improvement of endurance and strength of upper and lower limbs in students of both sexes in secondary education.The sample comprised 57 students (16.93+1.13 years) divided into two groups, control group (CG) (n = 26) and experimental group (EG) (n = 31). The CG has non-significant values (p> 0.05), but EG has significant values in the components developed by the training program tax (intragroup). Featuring well, non-significant values only in the sprint, both in females (p> 0.188) and males (p> 0.327), confirming the pursuit of the objectives of this work, since the program was not included in this component directly. The 6-week program at GE from both sexes showed statistically significant improvements in all parameters of the proposed program (p <0.05).

Keywords:

Strength training, School context, Endurance, Force members inferiors and superiors.

(6)

Índice

1.

Introdução

9

2.

Objetivos

11

2.1.

Objetivos do Estagiário

11

2.2.

Objetivos da Escola

12

2.3.

Objetivos do Grupo de Educação Física

13

3.

Metodologia

14

3.1.

Caraterização da Escola

14

3.2.

Lecionação

16

3.2.1.

Amostra

16

3.2.1.1.

Caraterização da Turma 11ºDESP1

16

3.2.1.2.

Caraterização da Turma de Psicomotricidade

17

3.2.2.

Planeamento

18

3.2.2.1.

Turma 11º DESP1

19

3.2.2.2.

Turma de Psicomotricidade – Projeto “Especial – O futuro em

construção” 24

3.2.2.3.

Outras Turmas

26

3.2.2.4.

Reflexão da Lecionação

26

3.3.

Recursos Humanos

28

3.4.

Recursos Materiais

31

3.5.

Direção de Turma

34

3.5.1.

Amostra

34

3.5.1.1.

Caraterização da Turma 12ºDESP2

34

3.5.2.

Reflexão

35

3.6.

Desporto Escolar

36

3.7.

Atividades não Letivas

38

3.7.1.

Atividades do Grupo Disciplinar

38

3.7.2.

Atividades do Grupo de Estágio

41

4.

Reflexão

46

5.

Considerações Finais

48

(7)

Capítulo 2 - Efeitos de um programa de treino de força em contexto

escolar: Endurance e saltos verticais /lançamento com bola medicinal em

jovens do secundário.

50

1. Introdução

50

2. Método

52

2.1. Amostra

52

2.2. Instrumentos

53

2.3. Procedimentos

53

2.4. Análise estatística

56

3. Resultados

56

4. Discussão

59

5. Conclusões

60

6. Referências

61

(8)

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Fotos Multiatividades de Ar Livre

29

Figura 2: Fotos da entrega das medalhas (esq.); Foto da entrega do certificado

(meio); Foto de grupo (drt).

38

ÌNDICE DE QUADROS

Quadro 1: Matérias das unidades didáticas – opções.

12

Quadro 2: Distribuição dos espaços, matérias e duração das mesmas pelos

respetivos períodos letivos da turma 11ºDESP1.

13

Quadro 3: Tabela de avaliação do atletismo

14

Quadro 4: Critérios de avaliação para o ensino secundário.

15

Quadro 5: Distribuição da população escolar por categorias.

20

Quadro 6: Distribuição da população docente e não docente por

categorias.

21

Quadro 7: Distribuição dos alunos da ESAL.

21

Quadro 8: Distribuição dos docentes do grupo de EF por categorias.21

Quadro 9: Cargos de professores do Grupo de Educação Física

22

Quadro 10: Distribuição dos espaços e serviços na ESAL

23

Quadro 11: Espaços para a prática da disciplina de Educação Física 24

Quadro 12: Material existente na ESAL

25

Quadro 13: Descrição dos jogos realizados no 2º Encontro Projeto Especial

(9)

Capítulo I – Estágio Pedagógico

1. Introdução

Este relatório de estágio surge no âmbito da conclusão dos estudos conducentes ao grau de Mestre em Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade da Beira Interior, da disciplina Estágio Pedagógico. Tem como objetivos primordiais tentar descrever o trabalhorealizado enquanto professor estagiário, funcionando como uma reflexão sobre o que se pode vir a melhorar futuramente na prestação de Professor.

O Estágio Pedagógico decorreu durante um ano letivo, tendo inicio a 1 de Setembro de 2012 e terminando a 31 de Maio de 2013, na Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano em Castelo Branco (ESAL). Contudo, continuaremos a exercer as nossas funções de Professor até ao final dos concelhos de turma. Fiquei inserida num grupo de Estágio com mais um colega e a nossa orientação nesta escola ficou a cargo do Professor António Martins que foi indispensável na nossa evolução.

A importância deste Estágio é deveras importante, pois tem a responsabilidade de nos formar e de obter a profissionalização nos ensinos básicos e secundário em Educação Física. A realização da prática pedagógica é o ponto culminante de todo o trabalho desenvolvido teoricamente, pois ela inclui quatro áreas essenciais de atuação, tais como: Ensino aprendizagem; Direção de turma/Relação com o meio; Desporto Escolar/Intervenção na Escola; Atividades de caráter Científico-Pedagógico. Durante as abordagens realizadas às diferentes áreas, efetuei um aprofundamento dos conteúdos assim como das estratégias utilizadas, destacando as vantagens e projetando os benefícios das estratégias para o futuro.

Os objetivos relativamente a este Estágio passam principalmente por ser mais uma experiência enriquecedora de conhecimentos. A partilha de ideias, a convivência do dia-a-dia não só com o Núcleo de Educação Física mas com todos os professores, alunos e funcionários da escola fez com que evoluíssemos mais como Professores e fundamentalmente como pessoas de modo a compreendermos a complexa realidade.

Assim, durante o presente Estágio Pedagógico lecionei a disciplina de Educação Física, sendo-me atribuída uma turma da qual tive a responsabilidade total por essa durante todo o ano. Sendo uma mais-valia essa opção, pois conseguimos perceber mais facilmente a evolução desses e corrigir os métodos que não se enquadram tão facilmente neste processo de ensino aprendizagem. Além disso, fiz parte de dois anos consecutivos da turma de Psicomotricidade da qual fomos os primórdios desse projeto realizado na disciplina de Seminário I no meu primeiro ano de mestrado. Porém, o facto de estas aulas coincidirem com a turma do meu

(10)

colega, este ano foi mais difícil presencialmente, mas convém salientar que sempre que fui solicitada para disponibilizar informação e para lecionar estas aulas estive sempre disponível, como em todas as atividades que realizaram e das quais algumas fiz parte. O Desporto Escolar foi essencial para despertar outra vocação e recordar alguns aspetos essenciais na aprendizagem realizada na licenciatura, pois esse consistiu em Multiactividades de Ar Livre (MAAL). A direção de turma também teve um ponto importante pois era onde percebíamos as dificuldades e muitas vezes os porquês de alguns comportamentos menos próprios para a “sala” de aula. E a participação em inúmeras atividades extra - curriculares, organizadas pela escola e/ou pelo grupo de estágio que posteriormente irei abordar mais especificamente.

Este relatório está organizado por dois capítulos, dos quais o primeiro consta de todo o trabalho realizado na prática pedagógica, e o segundo consistirá num artigo científico. Ou seja, o primeiro consta de uma descrição, uma reflexão e uma avaliação de todo o trabalho desenvolvido na escola durante este ano letivo. Primeiramente é realizada uma referência mais pormenorizada aos principais objetivos do estagiário, da escola que me acolheu e ao grupo de Educação Física. Posteriormente a metodologia utilizada, caracterizando a escola e os recursos desta, os alunos da turma que lecionamos e o trabalho desenvolvido com estes. No final, uma reflexão acerca das contribuições do Estágio Pedagógico, apresentando as considerações finais de relevo das experiências por que passamos. O segundo capítulo consistirá num artigo científico desenvolvido na cadeira de Seminário II que se domina por “Efeitos de um programa de treino de força em contexto escolar: Endurance e saltos verticais /lançamento com bola medicinal em jovens do secundário” que foi realizado na escola onde realizei o estágio pedagógico este ano.

Posto isto, vou apenas deixar uma pequena citação que tive sempre em consideração no desenrolar deste ano:

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." Fernando Pessoa

(11)

2. Objetivos

2.1. Objetivos do Estagiário

A formação contínua de qualquer ser humano é fundamental para mim. Quanto mais aumento o leque de experiências na minha vida, mais facilidade tenho em perceber a imensidão de conhecimentos que existem e que estão longe de serem abordados do modo de que gostaria. Por vezes, penso realmente na ingenuidade que temos acerca de certos assuntos transversais. Por isso, opto sempre por tentar saber um pouco mais sobre as diferentes áreas em que podemos intervir, tendo sempre consciência “Que o saber não ocupa lugar”. Deste modo, pretendo a aquisição de novas competências, instrumentos e conhecimento de modo a auxiliar a minha prestação profissional na área que atuo e noutras áreas em que poderei vir atuar que com a ambição de melhorar as minhas competências pessoais e profissionais resolvi mais uma vez atirar-me de cabeça e coração a outro mestrado.

Neste estágio pedagógico, pretendo colocar em prática os instrumentos e competências adquiridas durante toda a formação académica, focalizando o ensino aprendizagem. Para tal, um dos objetivos passou por desenvolver a capacidade de organização, liderança, planeamento, lecionação e reflexão, adquirir conhecimentos dos conteúdos lecionados de forma a melhorar a instrução, avaliação e uma maneira geral de estarmos preparados para as dúvidas solicitadas pelos alunos. Passou também, pelo facto de melhorar a capacidade de comunicar, relação, controlo da turma e gestão de um bom ambiente e do tempo restrito que nos é imposto, como também percebermos as dificuldades e os comportamentos subjacentes dos nossos alunos. De uma maneira geral, o nosso maior objetivo, a meu ver, passa por aumentar o interesse dos alunos pelas aulas de Educação Física, promovendo nesses uma vida mais saudável.

Salientando, o facto de este mestrado ter superado as minhas expetativas e de certa forma de me superar como ser humano, convém salientar que passando este a ser um mestrado sem qualquer remuneração e tendo nós de fazer um trabalho semelhante a um Professor com a mesma carga horaria, fora todo o trabalho de casa realizado, é de valorizar o empenho e a dedicação que todos os mestrandos fazem na conciliação de trabalho, vida pessoal e mestrado.

(12)

2.2. Objetivos da Escola

Os objetivos gerais da ESAL pretendem de uma maneira geral:

 Garantir condições de formação humanística para os valores e literacia relacional, pelo respeito pela diversidade e solidariedade entre homens e povos;  Opções pedagógicas objetivando a formação moral e o exercício da cidadania;  Atividades que persigam esse objetivo;

 Melhoria do espaço físico e dos equipamentos;

 Reforço da identidade e sentimento de pertença à ESAL;

 Iniciativa nas orientações pedagógicas; Nas opções curriculares como resposta às necessidades dos alunos e do meio; Na organização interna dos espaços e dos tempos; Nas relações com os Pais e Encarregados de Educação; Nas relações com os agentes externos; Nas relações com as autarquias; Nas relações com a tutela; Nas relações com os agentes económicos; Nas relações com os agentes culturais; Nas relações com os agentes científicos; Nas relações com os agentes desportivos.

Presentemente a sua missão, definida no Projeto Educativo da ESAL 2012/2013, assenta no seguinte:

- Diminuição do insucesso; Valorização transversal da Língua Portuguesa; o envolvimento em atividades de formação de valores; o domínio do uso das tecnologias da informação e comunicação; a promoção da Educação para a Saúde; o respeito pelos Direitos Humanos; o controlo da disciplina e o reforço da participação dos pais na vida da escola.

A escola considera prioritárias: a organização pedagógica; a aprendizagem dos alunos, consubstanciada nos seus resultados; a Educação para os Direitos Humanos, para a criatividade e a autonomia; atualização e informação; a relação escola/comunidade; formação dos membros da comunidade educativa, com uma atenção especial ao nível das novas tecnologias e a avaliação das atividades realizadas.

(13)

2.3. Objetivos do Grupo de Educação Física

O grupo de Educação Física (EF) da ESAL, no ano letivo 2012/2013, foi constituído por treze professores, um deles contratado e dois deles são professores estagiários.

Na escola, o grupo de Educação Física apresentou um dinamismo elevado, promovendo inúmeras atividades, quer no interior e exterior da escola, assim como muitas ações de formação entre grupo. Existe um excelente espírito de grupo, refletido na grande cooperação entre todos os professores. De referir que estão formalizados entre o grupo de Educação Física documentos orientadores, nomeadamente as Normas de Grupo de Educação Física e o Protocolo de Avaliação.

Poderemos salientar que o grupo de EF está inserido no Departamento Curricular das Expressões da ESAL. O funcionamento destes é realizado “através dos regulamentos internos que estabelecem o funcionamento de cada grupo disciplinar e a sua articulação com os departamentos curriculares onde se inserem, ajudam a promover a avaliação interna / relatório de atividades através de um instrumento de recolha a preencher gradualmente ao longo do ano letivo e partilhado na plataforma moodle que pretende, numa perspetiva de cooperação, analisar os resultados das avaliações de diagnóstico, sumativa e formativa, as discrepâncias, o cumprimento de programações, a aplicação dos critérios de avaliação, a operacionalização de matrizes conjuntas de testes, etc”.

Mais especificamente é da competência do grupo disciplinar:

 Organizar um planeamento distribuído pelos diferentes períodos do ano letivo que deverá ser cumprido por todos os professores do grupo;

 Distribuição do conteúdo programático em unidades didáticas;  Definição da avaliação a utilizar nas unidades didáticas a lecionar;

 Facultar aos alunos os critérios de avaliação adotados para cada ciclo de ensino e proceder ao esclarecimento de dúvidas que aí possam existir;

 Optar por unidades de ensino constantes do programa, que possam ser desenvolvidas na escola, mediante o material e instalações desportivas existentes;

 Definição do esquema rotativo de utilização das instalações desportivas e do material existente;

 Caracterizar e gerir segundo normas específicas os recursos materiais.

Salientando, que o grupo de EF deve determinar, em cada unidade didática a lecionar, as dimensões sócio afetivas, cognitivas e motoras, consoante a aptidão geral da turma e o nível de prática dos mesmos.

(14)

3. Metodologia

3.1. Caraterização da Escola

A Escola Secundária Amato Lusitano (ESAL) situa-se em Castelo Branco. Foi criada pelo Decreto nº 40209 de 28 de Junho de 1955, sendo inicialmente chamada de Escola Industrial e Comercial. A escola começou a funcionar em instalações provisórias situadas no velho Paço Episcopal (onde atualmente está instalado o Museu Francisco Tavares Proença Júnior).

No ano de 1959 deu-se o início das obras das atuais que terminaram no dia 1 de Outubro de 1962. A escola foi dimensionada para uma população escolar mista de 1.200 alunos, onde se ministravam os Cursos do Ciclo Preparatório, Complementar de Aprendizagem - eletricista -, de Formação - eletromecânico, formação feminina, geral de comércio e secções preparatórias para os Institutos -, de Mestrança - encarregado de obras - e oficinas anexas de canteiro e bordadora.

No dia 10 de maio de 1987, nasce com a publicação em Diário da República da Portaria n.º 261/87 de 2 de Abril - ao abrigo do disposto no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 93/86, de 10 de Maio, a Escola Secundária Amato Lusitano – Castelo Branco.

A ESAL situa-se perto do centro da cidade de Castelo Branco, encontrando-se num terreno com cerca de 2,4 hectares. Na zona edificada podem distinguir-se 4 blocos autónomos, perfeitamente interligados: o bloco central, o dos ginásios e refeitório, o das oficinas de (Construção Civil, de Artes, de Mecânica, e de Eletricidade e Eletrónica) e o do bar dos alunos; O bloco central é constituído por 4 pisos. O 3º piso direciona-se essencialmente para serviços de apoio às aulas e organização administrativa. Ainda neste piso temos o Gabinete da Direção e em frente os Serviços Administrativos, o Serviço de Ação Educativa e o armazém, a Sala de Professores, uma sala de apoio às atividades docentes e de seguida as salas de aula normais e cinco salas de informática. O Gabinete de Educação Física e o ginásio grande e pequeno também são neste piso. Subimos ao 4º piso e além de salas de aula normais e específicas de Desenho, temos o Gabinete de Apoio ao Ensino Especial, o gabinete de receção dos Pais e Encarregados de Educação e a Biblioteca Escolar. Descemos ao 2º piso, fundamentalmente constituído por salas de aula; os balneários masculinos, femininos e refeitório. Ainda no 2º piso podemos entrar noutro bloco e visitar as oficinas: de Construção Civil, de Artes, de Mecânica, e de Eletricidade e Eletrónica. Passando pelo exterior, ou voltando pelo piso 2, podemos deslocar-nos até ao Bar dos Alunos e à Reprografia. No 1º piso,

(15)

encontramos salas de aula, laboratórios de física e química, mais uma sala de informática e o espaço 550, do Grupo de Informática.

No exterior organizam-se dois campos de jogos, dois campos recuperados (um sintético para futebol e outro para basquetebol e voleibol), pátios, caixa de areia e zona de lançamentos. As instalações da escola apresentam um nível de qualidade bastante aceitável, tendo em conta que é uma construção dos anos sessenta, mas que tem melhorado significativamente com a manutenção adequada que se tem realizado, feita quer a nível interno, quer a nível externo com intervenções de fundo a nível do governo e da Câmara Municipal.

A escola recorre ainda ao pavilhão municipal e aos campos da ALBISPORT (ténis) a cerca de 500 metros, de forma a colmatar a falta de espaços desportivos cobertos e que em alguns horários se torna um importante auxílio na distribuição das turmas pelos espaços disponíveis como também pela especificidade de algumas modalidades.

A ESAL está situada na cidade de Castelo Branco, e presentemente a população escolar é de 914 alunos, 129 docentes (sendo 110 de QND, 8 QZP e 11 contratados); uma psicóloga e 41 não docentes (12 assistentes técnicos e 29 assistentes operacionais). O corpo docente pode considerar-se estável e com elevado potencial de continuidade, uma vez que a larga maioria dos professores pertencem ao QND.

Os alunos estão distribuídos pelo 3º ciclo e Cursos de Educação e Formação - CEF (8 turmas com um total de 152 alunos) e ensino secundário (cursos científico-humanísticos, tecnológicos e profissionais – 37 turmas com um total de 762 alunos). Os alunos, na sua maioria, são oriundos do sector terciário e de uma população residente com médio-baixo nível de instrução. O contexto socioeconómico não é teoricamente o mais favorável para um melhor desenvolvimento a nível escolar, no entanto representa um desafio que importa enfrentar com determinação e ambição.

A ESAL, oferecendo um variado leque de cursos profissionais e o curso tecnológico de Desporto, manifesta a preferência masculina por estas opções. Por outro lado, é interessante verificar que a população feminina opta, maioritariamente, por cursos que possibilitam o prosseguimento de estudos.

Em termos de conclusão, poderemos referenciar que esta Escola tem uma grande dinâmica e que se envolve em variadíssimos projetos de diversos âmbitos. Poderemos verificar isso mesmo, no extensivo plano de atividades desenvolvidas no ano letivo. No geral, apresenta excelentes condições para lecionar, instalações limpas, organizadas e bem equipadas.

(16)

3.2. Lecionação

3.2.1.

Amostra

A amostra foi constituída por cinco turmas, uma de 10ºAno AVIS1, uma do 11ºAno DESP1 e por último do 12ºDESP2 e AVIS1. Da amostra total descrita anteriormente foi da responsabilidade do grupo de estágio acompanhar estas, como também a turma do 12ºDESP2 em Direção de turma, porém o nosso orientador este ano não teve este cargo mas a turma coincidiu. Destas cinco turmas, tivemos a possibilidade de escolher qual a turma que iríamos lecionar durante todo o ano letivo.

Enquanto docente, lecionei a disciplina de EF à turma do 11ºAno DESP1. O meu colega de estágio optou pelo 12ºAVIS1, ficando a cargo desta turma. Todas as outras turmas, o nosso orientador deu-nos a plena liberdade de intervir quando necessário, ou quando por si só a turma era dividida, no caso dos agrupamentos.

Além disso, lecionei algumas aulas da disciplina de Psicomotricidade a alunos com Currículo Específico Individual – CEI (abrangidos pelo artigo 21º do Decreto – Lei 3/2008 de 7 de Janeiro) e fui coadjuvante do Professor Jorge nas Multiactividades de Ar Livre no Desporto Escolar.

3.2.1.1. Caraterização da Turma 11ºDESP1

A turma inicial do 11ºDESP1 era constituída por 31 alunos, sendo que só 24 estavam inscritos na disciplina de EF. Porém dois deles inicialmente iriam apenas fazer melhoria, o que posteriormente não se verificou, acabando por nunca terem aparecido às aulas. Como também no final de três semanas de aulas, um outro aluno anulou a matrícula porque iria mudar de escola. Atualmente a turma tem 21 alunos a realizar a disciplina de EF.

Existem 21 alunos matriculados a todas as disciplinas do 11ºDESP1, e 9 alunos apenas matriculados a uma ou duas disciplinas do 11ºano, principalmente a Português e a Matemática. Estes alunos encontram-se matriculados em turmas do 12ºano. Dos 21 alunos a frequentar a disciplina de EF, 10 são do sexo masculino e 11 do sexo feminino, nascidos entre 1993 e 1996. A média de idades era de 16,8.

(17)

Os alunos desta turma já frequentavam esta escola no ano passado, como também a mesma turma. Relativamente ao encarregado de educação, de dezasseis alunos quem exerce essa função é a mãe, de um dos alunos é o pai, de outro é ele próprio e por fim três deles é outra pessoa (avós ou amigas do encarregado de educação). A nível socioeconómico seis deles beneficiem de subsídio e quatro deles não possuem nem computador nem internet em casa.

Dos pais, apenas quatro deles possuem habilitações a nível superior (duas licenciaturas e dois bacharelatos), doze possuem o décimo segundo ano, dezassete possuem o nono ano, um deles, sexto e dois deles, quarto ano.

A maioria dos pais dos alunos apresenta situações profissionais favoráveis, apresentando dois deles situação de desemprego e três das mães domésticas. As profissões são muito diversas desde limpezas manuais, mecânicos, técnicos de farmácia a comerciantes por conta própria.

Convém salientar, que somente uma aluna não frequenta as aulas de EF na prática pois apresentou um atestado médico de caráter permanente que a impossibilita de fazer qualquer atividade, pois brevemente terá de ser operada a um joelho.

Poderemos referenciar que é uma turma com um bom historial de aproveitamento à disciplina de EF, apesar de apresentarem algumas dificuldades nas disciplinas teóricas, visto que apenas cinco alunos não apresentaram nenhuma negativa a qualquer disciplina. Em relação a aspetos comportamentais pode ser caraterizada como uma turma sem complicações disciplinares graves, apenas com alguns problemas de atenção/concentração.

Foi uma turma bastante motivada para a disciplina, existindo alunos que se destacaram mais que outros, acabando por evoluir da forma que pretendíamos. Ao longo do ano, pude comprovar que é uma turma bastante unida, a maioria mostraram ser pontuais, assíduos e com sentido de responsabilidade.

3.2.1.2. Caraterização da Turma de Psicomotricidade

Convém salientar que a disciplina de Psicomotricidade surgiu no âmbito do Seminário de Investigação em Ciências do Desporto I – Atividade de Intervenção na Escola, do Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da Universidade da Beira Interior. Onde se propôs a realização de sessões de Psicomotricidade, incluídas no Projeto Especial - O Futuro em construção, que tem por objetivo primário potencializar a Escola Secundária c/3 de Amato Lusitano (ESAL) numa resposta mais estruturada e capaz de corresponder às

(18)

necessidades dos alunos com NEE de carácter permanente face às exigências da sociedade atual.

A turma no primeiro ano de mestrado que lecionei esta disciplina era constituída por cinco alunos com Currículo Específico Individual (CEI), que frequentavam os 7º,8º 10º e 12ºanos de escolaridade e com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos.

Enquanto a turma deste ano, cresceu consideravelmente sendo constituída por catorze alunos, dos quais dois estão a frequentar o 8ºano, um o 9ºano, dez o 10ºano e um o 11ºano.

São alunos que possuem um défice cognitivo com outros problemas associados, tais como síndrome alcoólico fetal, multideficiência (deficit cognitivo e deficiência motora, visual e auditiva associadas), défice cognitivo com hiperatividade associada, défice cognitivo com problemas emocionais associados.

Estes alunos integraram turmas do ensino regular, porém como pertencem a um currículo específico individual (CEI) e tendo em conta as suas características apenas frequentam algumas disciplinas com a turma, sendo estas disciplinas adaptadas às competências desses alunos. Salientando que nas reuniões que são realizadas com os Professores que têm nas suas turmas alunos com NEE´s, estes apresentam algumas dificuldades em gerir o seu tempo, pois como estes alunos apresentam carências emocionais e efetivas significativas, demonstra por si só uma enorme necessidade de chamarem e captarem a atenção completa dos Professores. Nas nossas aulas, como são aulas mais práticas procuramos sempre criar estratégias de os cativar realizando tarefas e jogos em que todos conseguissem ter sucesso.

3.2.2.

Planeamento

“A competência de Planeamento desenvolver-se-á ao longo do ano, de acordo com critérios de qualidade da gestão curricular enunciados na literatura científica e pedagógica, onde se destacam os referentes à gestão dos programas nacionais de Educação Física e aos modelos e técnicas do planeamento pedagógico.”

Guia de Estágio de Mestrado no Ensino da Educação Física dos Ensinos Básico e Secundário (MEEFEBS) 2009/2010

Poderemos referenciar que o planeamento do ano letivo é um processo essencial e com alguma exigência no contorno de haver um equilíbrio, fase às dificuldades dos alunos e às suas aprendizagens ao longo do ano letivo, conjugando tudo com as diferentes divergências impostas pelos recursos materiais, recursos temporais, recursos espaciais, entre outros aspetos.

(19)

O planeamento é um instrumento de trabalho que nos orienta para a realização dos objetivos que definimos. Poderá ser um planeamento a longo, médio e curto prazo. Por exemplo:

Longo prazo: Calendário escolar; rotação dos espaços; planificação das diferentes modalidades por ano escolar; plano anual.

Médio prazo: Unidades didáticas com extensão de conteúdo.

Curto prazo: Planos de aula.

3.2.2.1. Turma 11º DESP1

Tendo em conta que consideramos o plano anual como um planeamento a longo prazo, esta planificação coube aos Professores de Educação Física a construção desta mesma, com base nos programas de Educação Física do ensino básico e secundário, seguindo as diretrizes do Ministério da Educação. Esta planificação pretendeu ser simples e exequível, seguindo os objetivos e conteúdos a abordar nas diferentes modalidades, procurando assegurar que os alunos do 7º ao 12ºano pudessem praticar e conhecer todas as modalidades disponíveis nesta escola. Em reunião de grupo estabeleceu-se um sistema de rotações pelos espaços disponíveis, respeitando e ponderando a duração dos três períodos com respetivas interrupções letivas de maneira a que as modalidades fossem concretizadas nos espaços mais adequados.

Esta escola baseia-se de acordo com os autores do programa de EF do ensino secundário (Jacinto et al.,2001), ou seja um regime de opção, tendo os alunos a possibilidade de optar pelas modalidades que preferem:

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Quadro 1: Matérias das unidades didáticas – opções.

A primeira semana de aulas consistiu na apresentação dos Professores estagiários e na avaliação diagnóstica da condição física destes alunos, utilizando o programa de Aptidão Física FITNESSGRAM, considerando os objetivos da aplicabilidade deste programa, onde os seus resultados são um parâmetro de avaliação dos alunos. Salientar, que os mesmos testes foram realizados no final dos três períodos letivos com o intuito de saber se os alunos se encontravam na zona saudável. O grupo de Educação Física definiu como parâmetros de avaliação o teste da milha – 1609metros para resistência aeróbia, “Sit and Reach” para a flexibilidade, abdominais para força e resistência abdominal e extensão de braços para força e resistência da região superior do tronco.

As aulas de EF no início do ano letivo, funcionavam por agrupamentos para as turmas de 11º e 12ºano, onde os alunos tinham a possibilidade de optar por ginástica ou atletismo, consequentemente a essa escolha eram agrupados por turmas segundo as suas preferências. Evidenciando também que poderiam optar por duas modalidades de jogos desportivos coletivos e ainda por Badmínton ou Ténis e também por Orientação ou Floorball e Dança.

Nesta turma a maioria dos alunos optou pelo Atletismo, sendo apenas quatro alunas a optar pela Ginástica. Durante seis semanas, os alunos que optaram pelo atletismo passaram por diferentes áreas: corrida de barreiras, velocidade, triplo salto, salto em comprimento, salto em altura, lançamento do peso e resistência aeróbia (12 minutos). Fazia parte da

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avaliação um salto, um lançamento, uma corrida e como opção a corrida de resistência aeróbia à escolha do aluno. Na Ginástica a avaliação consistiu num esquema de solo, paralelas assimétricas e simétricas, trave e cavalo. Depois destas seis semanas, circulamos por todas as áreas e monitorizando em cada aula uma área diferente, os alunos regressaram às turmas iniciais.

Como foi dito anteriormente, o grupo de Educação Física no início do ano letivo, tendo em conta o calendário escolar e as respetivas interrupções letivas, construiu um modelo de organização curricular, contemplando as matérias do ensino secundário para o ano letivo, assim como a rotatividade dos espaços e a duração de cada matéria.

Posto isto, podemos verificar a grelha de matéria distribuída pelos respetivos períodos

da turma 11ºDESP1:

Organização Curricular da turma 11º DESP1

1º PERÍODO 2º PERIODO 3º PERIODO

Esp aç os Espaço 1 Ginásio grande e exterior Espaço 5 Exterior Espaço 5 Pavilhão Municipal Espaço 1 Ginásio Grande Espaço 4 e 3 Ginásio Espaço 3 Pav. Municip al Espaço 1 Ginásio grande e exterior Espaço 3 e 4 Pav. Municipal e campo sintético Espaço 1 Ginásio Grande Espaço 1 Ginásio grande e exterior M at éria s Av. Inicial/ Fitnessgram Atletismo / Ginástica Andebol Fitness gram Badmin ton Floorbal l Fitnessgra m

Futebol Dança Fitnessgr am Du ra çã o (se m an as ) 2 6 4 1 6 3 2 6 2 2

Quadro2: Distribuição dos espaços, matérias e duração das mesmas pelos respetivos períodos letivos da

turma 11ºDESP1.

Podemos verificar pelo quadro 2, que a turma do 11ºDESP1 após seis semanas de Atletismo ou Ginástica iniciou a modalidade de Andebol (Plano de aula - Anexo 6), com a duração de quatro semanas no pavilhão municipal, no 1ºperiodo. Enquanto no 2ºperiodo esta turma iniciou com a modalidade de Badmínton durante seis semanas e Floorball durante três. Finalmente no 3ºperiodo, seis semanas ficaram reservadas para a modalidade de Futebol e duas para a Dança. Reservando uma ou duas semanas no fim de cada período para aplicar a bateria de testes do FITNESSGRAM.

(22)

A avaliação foi, desde o início do estágio, o ponto onde senti mais dificuldades tendo em conta o processo de avaliação de um aluno ser bastante complexo. O facto de tal experiência ter um valor acrescentado, tendo em conta que as notas contam para média, considero que evoluí bastante nesta área tentando ser bastante rigorosa e avaliar cada aluno individualmente, porque cada aluno é um caso e não podemos generalizar.

A avaliação no atletismo foi facilitada pois baseamo-nos nos quadros já existentes:

Quadro 3: Tabela de avaliação do atletismo

Nas outras modalidades, o desenvolvimento de vários trabalhos nessas áreas, possibilitou a criação de diversas estratégias e formas de melhorar a intervenção ao conceder as notas. Associando isto tudo, ao facto de ter observado diversas aulas, o que possibilitou selecionar as melhores formas de avaliação utilizadas. Pois só desta maneira, foi possível ser mais correta e rigorosa na avaliação.

O processo de avaliação acaba por ser a base de todo o processo de ensino-aprendizagem. Este processo foi dividido em três momentos distintos: avaliação diagnóstica; formativa; e sumativa. A avaliação de diagnóstico consistiu na aplicação da bateria de testes inicialmente, e posteriormente conforme a modalidade a abordar foi realizada uma ficha de diagnóstico de modo a permitir a nossa área de atuação, ajustando os conteúdos e objetivos à turma, sempre sobre as diretrizes do Ministério da Educação que constam no programa de Educação Física. No geral, esta turma não teve qualquer problema na execução dos gestos técnicos, havendo só alguns casos pontuais em que inicialmente se realizou alguns exercícios

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mais elementares. De modo, que os planos de aula eram sempre realizados para um nível intermédio a alto. A avaliação formativa era mais específica nos conteúdos a abordar, de modo a ajustar os planos de aula consoante a evolução dos alunos, pretendendo saber se o aluno executa bem ou mal determinado gesto ou como se posiciona em situação de jogo. De tal modo, a melhorar as possibilidades pessoais, a dar informação sobre a sua evolução e progresso, como identificar e otimizar a aplicação dos conteúdos desta modalidade. Por último, a avaliação sumativa visa atribuir um valor a determinado objetivo proposto, ou seja foi um instrumento de trabalho importante, realizando-se no final de cada modalidade e utilizava a informação recolhida na avaliação formativa.

A avaliação da disciplina de EF no final de cada período foi definida de acordo com as seguintes dimensões e competências conforme os critérios definidos pelo grupo de EF no início do ano letivo e aprovados em Concelho Pedagógico. O quadro que se segue mostra a percentagem que equivale a cada critério de avaliação de uma forma resumida:

Dimensões

Competências específicas Competências transversais Conhecimento Atividades físicas e desportivas Aptidão física (FITNESSGRAM) - Metodologia de trabalho; - Participação; - Valores / atitudes. 10 % 60% 15% 15%

Quadro 4: Critérios de avaliação para o ensino secundário.

As competências específicas em relação ao conhecimento foram avaliadas através de uma prova escrita. Foi realizada uma palestra em cada período letivo cujo tema do 1ºperiodo era “Processo de controlo do esforço”, do 2º período “Fatores que influenciam as possibilidades de prática das atividades físicas a aptidão física e a saúde” e no último “Princípios fundamentais do treino das capacidades motoras” que foi dada por nós estagiários.

Será importante também evidenciar o facto, tal como referenciei anteriormente que na turma que lecionei tive uma aluna com um problema de saúde o que a impossibilitou de realizar as aulas práticas. Posto isso, e de acordo com a legislação em vigor, os alunos que apresentam atestado médico por um período de tempo ou durante todo o ano letivo são avaliados nas dimensões socio afetiva e cognitiva, sendo a percentagem de cada dimensão 40% e 60% respetivamente. Esta aluna realizou um teste escrito da modalidade em vigor como um trabalho específico da matéria/modalidade que estávamos a lecionar. Qualquer outro aluno, que por razões justificáveis não pudesse realizar a aula, teria de elaborar um relatório desta, como exercer funções de arbitragem e arrumação de material.

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3.2.2.2. Turma de Psicomotricidade – Projeto “Especial – O futuro em

construção”

Presentemente existe uma preocupação cada vez mais evidente por parte das instituições de ensino em promover a inclusão. Os alunos com NEE´S são parte integrante da comunidade e é fundamental que a Escola proporcione a sua autonomia e posterior integração na sociedade.

A Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano tem como projeto “Especial – O futuro em construção” que surge com o intuito de complementar as práticas pedagógicas regulares no âmbito do ensino aprendizagem para os alunos com Currículo Específico Individual (artigo 21º, dec-Lei 3/2008 de 7 de Janeiro), conforme os princípios da diferenciação pedagógica, e de acordo com a perspetiva verdadeiramente inclusiva e respeitadora do perfil de funcionalidade de cada aluno em particular.

O projeto tem como objetivo primário potencializar a Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano (ESAL) numa resposta mais estruturada e capaz de responder às necessidades dos alunos com Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente (NEE-cp) face às exigências da sociedade atual.

Este ano apesar de não ter estado à frente do projeto era solicitada várias vezes para lecionar essas aulas. No planeamento realizado tentei sempre planear atividades diferentes que os pudesse motivar e interagir com os outros. Tendo em conta, o horário estipulado ser na hora da lecionação da turma do meu colega, nem sempre era possível estar presente. Porém, facultei os planos de aula do ano anterior para se poder adaptar outros exercícios com os mesmos objetivos de maneira haver uma progressão nos alunos que se mantiveram e nos novos alunos.

Objetivos Gerais do Projeto

 Promover a participação dos alunos em atividades curriculares em contextos diversificados (no espaço escolar, na comunidade – parcerias, espaços comerciais, etc.);

 Aplicar metodologias e estratégias de intervenção interdisciplinares, visando o desenvolvimento e a integração social e escolar dos alunos;

 Assegurar a criação de ambientes estruturados, setoriais e significativos para os alunos;

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 Contribuir no processo de transição para a vida pós-escolar;

 Incrementar as bases de psicomotricidade para o seu desenvolvimento motor, intelectual e social.

Objetivos Específicos do Projeto

♦Desenvolver competências específicas nas diferentes áreas:

- Competências nos domínios afetivo, cognitivo, comunicativo, moral e ético;

- Competências pessoais de autonomia e independência pessoal e social;

- Competências compatíveis com as exigências da vida pós-escolar:

 Capacidade de cumprimento de horários;

 Capacidade de cumprimento de regras de saber ser, estar e fazer;  Capacidade de cumprimento de instruções;

 Capacidade de respeito pelas hierarquias;

♦ Promover a atividade física e desportiva para que os alunos tenham uma evolução motora adaptada;

♦ Assegurar o treino de atividades de vida diária;

Tentamos este ano que o número de experiências por parte destes alunos fosse maior, utilizando a Psicomotricidade na realização de jogos, atividades lúdicas que desenvolvam os conceitos de esquema corporal, lateralidade, direccionalidade, perceção e orientação espacial. Este ano foi elaborado um mapa balizado especialmente para estas crianças na atividade de Orientação, onde poderemos afirmar que teve um enorme êxito na capacidade de atenção, concentração e socialização entre os outros alunos.

As sessões eram realizadas todas as 5ªs feiras, das 10h20 às 11h50.

As áreas/matérias fundamentais para o desenvolvimento destes alunos foram: atividades de exploração da natureza, atividades de deslocamento e equilíbrio, atividades rítmicas e expressivas, jogos e atividades de perícia e manipulação.

O processo de avaliação dos alunos não ficou a meu cargo, uma vez que este ano as aulas de Psicomotricidade não faziam parte do meu plano curricular. Porém, partilhei sempre a minha opinião sobre o desenvolvimento individual de cada aluno e a sua evolução em grupo com a Professora de Educação Especial.

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3.2.2.3. Outras Turmas

As outras turmas estão englobadas em todas as turmas do orientador que diretamente ou indiretamente participamos. De acordo com o regulamento de estágio pedagógico temos o dever de contemplar e participar nestas mesmas, intervindo quando nos solicitado pelo orientador. A turma do 12ºAVIS1 esteve a cargo do meu colega, onde o auxiliei sempre que necessário e da qual discutíamos as melhores estratégias no processo de ensino – aprendizagem.

De referir também que no início do ano letivo, tendo em conta que as aulas de Educação Física funcionavam por agrupamentos, tivemos a oportunidade de acompanhar vários alunos de várias turmas e lecionar em diversas áreas específicas das modalidades.

3.2.2.4. Reflexão da Lecionação

No que respeita às questões de lecionação, uma das dificuldades sentidas inicialmente prendeu-se com a adaptação das situações do protocolo aos espaços e ao número de alunos da turma. Porém, tive a sorte e o privilégio do grupo de Professores de Educação Física serem bastante acolhedores, possuírem conhecimentos pela sua vasta experiência e pelo empenho e dedicação que põem naquilo que fazem, aprendendo todos os dias com eles. Salientando, acima de todos o apoio crucial do Orientador de Estágio que nos inseriu da melhor maneira nas turmas, no grupo e na escola, tendo sido esta adaptação e integração muito rápida. O facto, de já ter estado no primeiro ano de estágio a desenvolver o projeto de Psicomotricidade durante o ano letivo, como o desenvolvimento do trabalho “Efeitos de um programa de treino de força em contexto escolar: Endurance e saltos verticais / lançamento com bola medicinal em jovens do secundário” facilitou ainda mais este processo de integração.

No planeamento que foi sendo efetuado, foi notória a preocupação em respeitar/aproximar o mais possível as situações propostas, que aliado a uma reflexão conjunta permitiu organizar as aulas de modo a que todos os alunos conseguissem atingir os seus objetivos, independentemente do nível que se encontravam naquela modalidade. Pois apesar de ser uma turma boa no geral, a grande dificuldade é na heterogeneidade que se encontra entre os alunos, tendo-se de adaptar o planeamento muitas vezes na hora.

Durante o ano letivo, senti algumas dificuldades na forma de abordar certos exercícios, pois sendo uma turma Tecnológica de Desporto, senti algum receio no planeamento de certas

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aulas, de maneira a tentar encontrar um “equilíbrio” de exercícios que não fossem demasiado fáceis/desmotivantes ou demasiado complexos, pois apesar de ter em conta o diagnóstico efetuado em cada modalidade a realizar, por vezes não se torna fácil percecionar as várias dificuldades existenciais individualizando a turma.

Houve matérias em que me senti completamente à vontade para lecionar, porém outras senti-me completamente desconfortável tendo de pesquisar, investigar e investir tempo na realização da sua unidade didática. Sendo estas matérias como exemplo a Ginástica, Floorball e Dança. Algo interessante e ao mesmo tempo gratificante, foi o facto de termos optado por turmas de diferentes anos de escolaridade, 11ºano no meu caso e 12ºano o meu colega. O que nos permitiu partilhar ideias, discutir dúvidas, acompanhar outras matérias e tirar mais partido deste estágio. Como também o facto de serem turmas completamente distintas, tanto as nossas duas, como as do nosso orientador, pois algumas eram de Desporto 1 e 2, e as outras de Artes.

Ainda no planeamento da aula, ao conhecer melhor os alunos tentei elaborar planos de aula cuidados, com estratégias que permitiram a resolução das dificuldades. Foi igualmente importante a realização de uma análise cuidada de cada uma das dificuldades, através de autoscopias realizadas após cada aula. Optei também por fazer uma reflexão crítica constante na pertinência da aplicação das várias situações de aprendizagem, complementadas em discussão com o meu orientador e restantes colegas de grupo. Pois apesar dos planos de aula serem realizados atempadamente e discutidas as suas lacunas, nem sempre chegávamos às mesmas conclusões. Porém tive a necessidade de efetuar uma reflexão mais global e pormenorizada, focando a minha intervenção em quatro dimensões de ensino: Instrução, Organização, Clima e Disciplina. Salientando a pertinência da análise destas dimensões numa lógica de evolução ao longo do ano letivo.

Poderemos considerar a importância destas quatro dimensões de ensino para a nossa própria evolução, sendo uma mais-valia na nossa operacionalização como profissionais. Mas nunca descurando a importância do trabalho desenvolvido nas reuniões das nossas turmas, como na turma de direção de turma. Apesar do nosso orientador este ano não ter tido nenhuma direção de turma, a turma que ficou a nosso cargo foi uma turma que assistimos às suas aulas por fazerem parte das turmas dirigidas pelo nosso orientador. Uma mais-valia da direção de turma é que conseguimos compreender e conhecer melhor os alunos que temos, pois sabemos as suas envolvências em atividades dentro e fora da escola, aspetos sociais e económicos, as suas dificuldades e os seus proveitos, as relações pessoais com os colegas, as relações familiares e o contacto com os seus encarregados de educação. Com toda esta informação, conseguimos e devemos intervir da melhor forma possível a atingir os melhores resultados para os alunos.

(28)

Em relação à lecionação das sessões de Psicomotricidade, posso dizer que tive o privilégio de trabalhar dois anos letivos com estes meninos. Este projeto foi pioneiro e realizado por mais dois colegas do ano passado na disciplina de Seminário I, dando-se continuidade este ano o que é deveras positivo. Este ano, apesar de não ter estado à frente do projeto, lecionei sempre que possível algumas aulas, planeando atividades diferentes que os pudessem motivar e interagir com outros alunos. No início deste ano, foi falado que iria ser realizado um Sarau no Cine Teatro organizado por alunos finalistas de 12ºano. Deste modo, achei pertinente que esta turma de NEE´s pudesse colaborar ou intervir. Posto isso, pensei em coreografar uma música que fosse simples para eles dançarem e cantarem. Foi ensaiada algumas vezes, contudo chegou-se à conclusão que eles poderiam escolher outra música, pois haveria músicas mais “modernas” e assim sendo mais motivacionais. Mas tendo em conta as características destes alunos, alterações de humor repentinas e problemas inerentes à família não foi possível ser apresentada no Sarau. Sendo esta, apresentada mais tarde no II Encontro de Psicomotricidade.

A participação/lecionação do Desporto Escolar foi algo bastante motivacional para mim, pois é uma área que me desperta bastante interesse e perceber a dinâmica organizacional e promover o convívio dos alunos usando atividades diferentes mas ao mesmo tempo do seu agrado, foi bastante compensador.

Relativamente a este ponto, foi um privilégio e orgulho poder lecionar.

3.3. Recursos Humanos

Neste ano letivo de 2012/2013, a ESAL conta com mais alunos que no ano anterior, sendo esta população escolar de 1085 elementos. Poderemos verificar no quadro que nos foi facultado a divisão destes mesmos elementos por categorias:

Categorias Nº de Elementos

Alunos 914

Docentes 129

Não docentes 41

Psicóloga 1

(29)

Das categorias apresentadas, podemos ainda indicar o total de elementos pertencentes à classe docente e à não docente:

Categorias Nº de Elementos

Docentes QND 110

QZP 8

Contratados 11

Não docentes Assistentes técnicos 12 Assistentes Operacionais 29

Quadro 6: Distribuição da população docente e não docente por categorias.

Sendo esta uma escola que tem 3ºciclo e ensino secundário, poderemos verificar um número mais elevado no ensino secundário. No quadro seguinte podemos verificar esta mesma divisão pelos cursos existenciais:

Ofertas formativas Nº de Elementos

3º Ciclo

Ensino Regular

152 Cursos de educação e formação

Cursos científico-humanísticos

Ensino Secundário

762 Cursos tecnológicos

Cursos profissionais

Quadro 7: Distribuição dos alunos da ESAL.

Em relação aos recursos humanos do grupo de EF, poderemos verificar que a maioria pertence ao quadro, estando alguns deles nesta escola há cerca de 20 anos. Poderemos verificar no quadro seguinte a distribuição destes, por categorias:

Categorias Nº de Elementos Docentes do grupo de Educação Física QND 10 Contratados 1 Estagiários 2

(30)

Para finalizar, apresentamos o quadro com os cargos específicos de alguns professores deste grupo: Cargos Docentes do grupo Educação Física Coordenador do Departamento de Expressões

Professor Luís Rechena

Coordenador de Grupo Professor Nuno Fonseca Orientador de Estágio Professor António Martins Diretora de Instalações Professora Paula Espírito Santo Coordenador do Curso Tecnológico de

Desporto

Professor João Teles

Coordenador do Desporto Escolar Professor Miguel

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3.4. Recursos Materiais

De forma a responder às necessidades de todos os alunos que frequentam a ESAL, a escola dispõem de inúmeras infra – estruturas e espaços, tais como 4 blocos distintos mas interligados:

Espaços Interiores da ESAL

Bloco Central Ginásios e Refeitório

Oficinas Bar dos alunos e Reprografia

1ºpiso 2ºpiso 3ºpiso 4ºpiso

Salas de aula; Laboratórios de física e química; 1 Sala de informática; Espaço 550 (Grupo informática) Salas de aula; Balneár ios; Refeitó rio. Gabinete da Direção; Serviços Administrativo s; Serviço de Ação Educativa; Armazém; Sala de Professores; Sala de apoio às atividades docentes; Salas de aula normais; 5 Salas de informática; Gabinete de Educação Física; Ginásio grande e pequeno. Salas de aula normais e específicas de Desenho; Gabinete de Apoio ao Ensino Especial; Gabinete de receção dos Pais e Encarregados de Educação; Biblioteca Escolar. Construção Civil; Artes; Mecânica; Eletricidad e e eletrónica

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Para a prática desportiva, que diz diretamente respeito à disciplina de Educação Física, à qual lecionamos, a escola possui espaços e materiais desportivos adequados. Pois, ainda neste ano letivos, mais propriamente no 2ºperiodo, no dia 13 de Março de 2013 foram inaugurados e prontos a serem utilizados novos campos.

Porém, face ao programa ter algumas modalidades que devem ser realizadas em espaços específicos, a escola tem alguns protocolos, fazendo que os alunos se desloquem para esses mesmos espaços. Um destes exemplos é o Pavilhão Municipal para a prática de Andebol e Floorball e.g., e o Albisport para o Ténis. Resumidamente apresentam no quadro seguinte os espaços disponíveis para a realização da disciplina de Educação Física:

Quadro 11: Espaços para a prática da disciplina de Educação Física

Espaços disponíveis para a prática da disciplina de Educação Física

Campos de jogos Ginásio grande Ginásio pequeno Pátios Pavilhão municipal Balneário s (para professor es e alunos) Arrecadaç ão Gabinete de Educaçã o Física 1 Campo Sintético para Futebol; 1 Campo de Voleibol; 1 Campo de Basket e Voleibol; 1 Campo de Basket; 1 campo de Futebol e Andebol; 1 Campo de Futebol (Andebol/Basket) Pista de Velocid ade; Zona de lançam entos; Zona de saltos.

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Este ano, na reunião inicial cada Professor dava a sua opinião para o material que deveríamos solicitar. Posto isso, o quadro seguinte resume a diversidade de material existente:

Quadro 12: Material existente na ESAL

Modalidades: Desportos Coletivos

Ténis e Badminton

Atletismo Ginástica Outros

Materiais: Bolas: Futebol Futsal Basquetebol Andebol Voleibol Corfebol Rugby Redes de voleibol Cestos de corfebol Cones Sinalizadores Arcos Coletes Raquetas Bolas Volantes Redes Testemunhos Barreiras Dardos Pesos Paralelas assimétricas e simétricas Praticáveis - ginástica de solo Colchões Barra fixa e barra olímpica Trampolim Reuther Plinto transversal e longitudinal Aparelhagem

(34)

3.5. Direção de Turma

3.5.1.

Amostra

3.5.1.1. Caraterização da Turma 12ºDESP2

A turma do 12ºDESP2 é uma turma do curso tecnológico de Desporto constituída, inicialmente por 16 alunos. Posteriormente houve um aluno que anulou matrícula e outra aluna mudou de turma, ficando apenas 14 alunos e destes 14, dois estão a fazer melhoria de notas e estágio, mas também trocaram de turma. Esta turma fazendo parte dos cursos Tecnológicos de Desporto tem como disciplinas Português, Matemática B, Psicologia A, Organizações de Desenvolvimento Desportivo, Práticas Dinamizadoras Desportivas, Projeto Tecnológico e Estágio. Existem cinco alunos matriculados no 11ºDESP2 e dois alunos matriculados no 10ºDESP2 a fazer algumas disciplinas em atraso, como por exemplo, Português e Matemática B, apontadas por estes por serem mais teóricas e sendo assim apresentando maior dificuldade.

Esta turma é constituída por 6 alunos do sexo masculino e outros 6 do sexo feminino com uma média de idades de 18,33 anos. Podemos verificar que a situação familiar não é muito favorável, pois muitos destes alunos têm pais desempregados ou reformados, o que denota algumas dificuldades socioeconómicas. Existem quatro alunos que recebem apoio social, tendo dois deles escalão A e os outros dois escalão B. Em termos de habilitações literárias, só um elemento é que possui formação académica superior, todos os outros têm o 2º e 3º ciclo ou Ensino Secundário.

As disciplinas apontadas como preferidas pelos alunos da turma foram a Educação Física, Inglês que já não têm e Psicologia, sendo as disciplinas de Matemática B e Português anotadas como aquelas onde apresentam maiores dificuldades.

É uma turma que apresenta algumas dificuldades, tanto ao nível de aprendizagem como a nível de interesse, falta de empenho na realização das tarefas desenvolvidas e concentração na aula. Apenas duas alunas da turma se destacam, nas mais variadas vertentes, pela positiva. Esta turma não é muito equilibrada, apresentando alguma instabilidade e alguns conflitos entre os colegas, principalmente entre as meninas e os meninos.

No que respeita à participação, de uma maneira geral, estes alunos são pouco participativos e quanto ao comportamento geral da turma, o Conselho de turma considera que se tem mostrado pouco satisfatório em algumas disciplinas, pontualmente.

Evidenciam-se alunos muito participativos nas atividades propostas enquanto outros se mostram bastante desligados daquilo que lhes compete. Salientou-se o facto de os alunos

(35)

terem participado em inúmeras atividades desportivas, o que se refletiu de forma negativa na sua assiduidade e, consequentemente, no seu aproveitamento.

3.5.2.

Reflexão

Uma das áreas de atividade que o estágio aborda diz respeito à Direção de Turma/ Relação com o Meio, visto ser uma área deveras importante a meu ver, tendo em conta que se destaca a ligação com os encarregados de educação, protagonizada pelo Diretor de Turma. É no conselho de turma que são atribuídas responsabilidades que garantem a coordenação entre os professores e com os processos operacionais com os encarregados de educação.

A turma que acompanhamos durante o nosso estágio foi a turma do 12ºDESP2, onde anteriormente ao falarmos da sua caracterização referenciaram o facto de ser uma turma um pouco complicada. Porém, ao sermos professores estagiários facilita a boa relação desenvolvido com os alunos. Pois conseguiu-se desde logo estabelecer uma fácil comunicação com estes, tentando perceber e até aconselhar algumas atitudes e valores menos próprios, tanto na sala de aula como nos espaços de EF. Durante, todo o ano letivo se fez questão de intervir em todos os assuntos deste âmbito de acordo com as diretrizes do Diretor de Turma de maneira a poder contribuir para melhorar os problemas que iriam surgindo.

Tendo os objetivos formulados por parte do Diretor de Turma no início do ano letivo, podemos destacar as principais tarefas que foram ocorrendo durante este ano:

- Receber os alunos no início do ano letivo, informando-os do papel do diretor de turma e procurar detetar eventuais interesses e necessidades dos alunos;

- Informar os pais e encarregados de educação o horário de atendimento; Durante o ano letivo comunicar-lhes o aproveitamento, comportamento e assiduidade dos alunos;

- Preparar as reuniões de conselho de turma e de pais, assim como, intervir nas mesmas.

- Realização, com os restantes professores, das apreciações individuais e globais da turma nas reuniões de conselho de turma, e posterior lançamento das notas e envio das mesmas no final de cada período letivos para os encarregados de educação.

Dado que a turma que acompanhámos era da direção do nosso professor orientador, tornou-se mais fácil a comunicação com os alunos, mantendo-nos sempre informados acerca do funcionamento das restantes aulas, assim como, sempre que necessário informar ou

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alertar os alunos quando comunicado por outros professores da turma relativamente a situações de insucesso disciplinar.

3.6. Desporto Escolar

O Desporto Escolar (DE) tem como missão contribuir para o combate ao insucesso e abandono escolar e promover a inclusão, a aquisição de hábitos de vida saudável e a formação integral dos jovens em idade escolar, através da prática de atividades físicas e desportivas. Proporcionar a todos os alunos acesso à prática de atividade física e desportiva como contributo essencial para a formação integral dos jovens e para o desenvolvimento desportivo Nacional (GCDE/DGIDC, 2009).

Segundo o programa do DE disponibilizado pelo Ministério da Educação, os seus valores consistem:

 Inovação (nas estratégias, iniciativas e processos, para promover a participação dos jovens e da comunidade em geral);

 Trabalho de equipa (para conjugação de esforços na promoção de regras e valores);

 Universalidade e equidade (para que todos tenham igual acesso promovendo a inclusão garantindo a individualidade de cada um);

 Motivação (de todos os intervenientes na procura das melhores práticas);

 Comunicação e credibilidade (como forma de alcançar o reconhecimento de toda a comunidade);

 Cumprimento e Excelência (assumindo as tarefas para além das obrigações tendo em vista o melhor desempenho possível).

Salientando, tal como o Professor Armando Riscado frisou no I Congresso de Desporto, Educação e Saúde que o Desporto Escolar é a atividade de complemento curricular, voluntária, que permite aos alunos a prática de atividades desportivas, em ambiente educativo, com a orientação de professores, podendo-se configurar para muitos jovens como a principal possibilidade para poderem participar em quadros competitivos de forma regular.

O DE também faz parte da avaliação deste estágio pedagógico, onde a modalidade selecionada para colaborar foi as “Multiactividades de Ar Livre” (MAAL) orientadas pelo Professor Jorge Cardoso, que se realizavam todas as 4ºfeiras das 15h às 17h30. As outras modalidades existentes nesta escola passam pelo futsal feminino e masculino, natação e voleibol.

Imagem

Figura 2: Fotos da entrega das medalhas (esq.); Foto da entrega do certificado (meio); Foto de  grupo (drt)
Tabela  1.  Caracterização  da  Amostra:  idade,  altura,  peso  pré  e  pós  teste  e  IMC  pré  e  pós  teste do grupo controlo, experimental e do conjunto da amostra
Tabela 2. Programa de treino
Tabela  4.  Valores  médios  (M)  +  desvio  padrão  (DP)  dos  resultados  das  diferentes  categorias  inter e intragrupo para a amostra do sexo feminino
+2

Referências

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