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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL

ADI – 4357 – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E.C. 62/09 – PRECATÓRIOS

PAUTA DE JULGAMENTO: 13/03/2013

MEMORIAL DOS REQUERENTES

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS

SERVIDORES PÚBLICOS – CNSP E ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO-ANSJ, requerentes da ação direta de inconstitucionalidade em referência, oferecem subsídios fáticos jurídicos, com o objetivo de alicerçar o convencimento iniciado o julgamento aos 16/06/2011 no Plenário do STF em memorável voto do Ministro Ayres Britto, para a decisão da relevante matéria – Pagamento dos Precatórios – EC 62/2009, em nome de mais de 700.000 credores de precatórios alimentares dentre os quais, mais de 100.000 vítimas do calote público nas últimas décadas, falecendo sem receber em vida o legítimo direito.

Mister se faz reivindicar, a correção da inconstitucionalidade contida na expressão integrante do parágrafo 2º do artigo 100 no sentido de que deva ser suprimido “na data da expedição do precatório”, para que se dê tratamento igualitário a todos os credores que completarem 60 anos, ou sejam portadores de doença grave.

A preferência de pagamento aos portadores de doença grave e idosos deve ser mantida pela sua eficácia de tratamento permitindo que os credores que se enquadram nesta condição recebam em vida o correspondente a 3 (três) vezes o valor da R.P.V. o que já vem ocorrendo no Estado de São Paulo, Governo/Prefeituras. Substitui o sequestro humanitário parcialmente, mas evita que nada recebam.

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O instrumento foi aperfeiçoado inclusive com recente correta decisão no C.N.J.

Processo 0003498.17.2012.2.00.0000

atendendo nosso pedido de providências estendendo a preferências em todos precatórios e não somente um.

Os credores lutam e clamam por Justiça pela declaração somente das seguintes inconstitucionalidades, já reconhecidas pelo voto do Ministro Relator Carlos Ayres Britto dentre as quais enfatizamos:

PRIMEIRA INCONSTITUCIONALIDADE: ART.100 § 12º ART. 97, § 1º - II ART. 97 PARÁGRAFO 16º ATUALIZAÇÃO T.R. CADERNETA DE POUPANÇA – Lei 11960/09.

Ofensa aos artigos 2º caput, 5º XXXVI; 5º XXII art. 37 caput de C.F.: folhas 38 a 48 da ADIN

A inconstitucionalidade é de suma importância para os credores, sob pena de desaparecimento do crédito com a implantação de nova modalidade de calote ao utilizar no cálculo indevidamente o indexador T.R. da caderneta de poupança, afastado pelo Supremo Tribunal Federal, com imoral retroação de legislação a Lei Federal 11960/2009, vulnerando a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e a segurança jurídica.

O Ministro Luiz Fux corretamente já apreciou a inconstitucionalidade, ressaltando que a T.R. é absolutamente inaplicável para atualização dos débitos judiciais, alertando e exemplificando que desde setembro de 2012 não sofreu nenhuma valoração.

Os números da afirmativa supracitada são incontestáveis e demonstram a flagrante inconstitucionalidade.

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3 A CORREÇÃO DOS PRECATÓRIOS

Projeções feitas para pagamentos futuros pela lei antiga e pela atual.

Pagamento

Com regra antiga (IPCA +6% de juros de mora compostos

ao ano.

Com a regra atual (TR + 6% de juros de mora simples ao ano) Diferença no percentual de correção Em 1 ano 10,80% 7,1% 3,7% Em 2 anos 22,30% 14,3% 8,1% Em 5 anos 62% 36,6% 25,4% Em 10 anos 148,50% 76,7% 71,7%

A projeção demonstra que em 10 (dez) anos teremos considerável redução no crédito em até 71% (setenta e um por cento) e em 15 anos prazo da moratória, o crédito atingirá 100% de desvalorização, o que demonstra a inconstitucionalidade.

O voto do Ministro Relator, Carlos Ayres Britto, julgou inconstitucional a Lei Federal 11.960/09:

“Mas nem por isso deixa de haver violação à coisa julgada e à separação dos Poderes. Primeiro, porque de nada adianta o

direito reconhecido pelo Judiciário ser corretamente

atualizado até a data de expedição do precatório, se , entre a expedição do requisitório e seu efetivo pagamento, pode ele (o direito) sofrer depreciação de 10, 20, 40%.

Com estes fundamentos, tenho por inconstitucional a expressão “ índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança”, constante do § 12 do art. 100 da Constituição Federal, do inciso II do § 1º e do §16º, ambos do art. 97 do Ato das disposições Constitucionais Transitórias”.

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4 SEGUNDA INCONSTITUCIONALIDADE: OFENSA AOS ARTS.. 2º CAPUT, INCISOS III e IV do ART. 60 PARÁGRAFO 4º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Inciso I do parágrafo 8° e todo o parágrafo 9º ambos do artigo 97 do ADCT.

A inconstitucionalidade é exatamente no sentido de que para o cumprimento do prazo de 15 anos, mister se faz o aumento do respectivo percentual.

Ao apreciar o referido dispositivo já corretamente afirmou que muitos Entes Públicos levarão 85 (oitenta e cinco) anos para pagar a dívida dos precatórios.

O exemplo de 85 (oitenta e cinco) anos considera como parâmetro, o Estado do Espírito Santo que com a alíquota de 1%, 1,5% somente com esse prazo, a dívida poderia ser quitada, motivo pelo qual é necessário que se aumente para 5% da receita liquida, para cumprimento em 15 (quinze) anos, sendo que no caso do Estado de São Paulo, 3% seria suficiente para o pagamento em 10 (dez) anos, sendo que na Prefeitura de São Paulo, 4,25% da receita liquida honraria o pagamento no prazo.

A solução para a questão é cristalina, ou seja, deve-se manter o regime especial a que se refere o artigo 97 da ADCT, com a vinculação da receita líquida, que é dinheiro garantido para os credores e aumentar o percentual com a correspondência ao dispêndio necessário financeiro para fazer frente ao pagamento no prazo máximo de 15 anos, mesmo porquê, as alíquotas é de no mínimo 1%, 1,5% e 2%, devendo ser alterado conforme o montante da dívida, para 3%, 4,25% e até 5%.

A inconstitucionalidade é tão flagrante que o próprio Conselho Nacional de Justiça ao editar a Resolução nº 123 de novembro de 2010, acrescentou o artigo 20 com a seguinte redação “§ 1º. Os Tribunais de Justiça promoverão o levantamento das dívidas públicas de precatórios de todas as entidades devedoras sob sua jurisdição e no caso daqueles em que, pela projeção da aplicação dos percentuais mínimos previstos

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5 constitucionalmente, se verifica, que os precatórios vencidos e vincendos não serão satisfeitos no prazo de 15 anos, fixarão percentual mais elevado, que garanta a quitação efetiva dos precatórios atrasados do prazo constitucional.

O percentual correto da receita liquida do projeto original era de no mínimo 3% - Estado, sendo que no Município de São Paulo já atingiu 2,71771%, conforme recente Decreto nº 53.699 de 18/01/2013 que também deve ser aumentado para 4,25% para fazer frente ao montante da dívida.

Somente com um percentual correto a dívida poderá ser quitada no prazo de 15 (quinze) anos, até contemplando o voto do Ministro Gilmar Mendes no sentido da “ultima moratória”, lembrando-se as penalidades de sequestro, crime de responsabilidade do Governante e retenção de verba no fundo de participação.

Convicto de que Vossa Excelência como guardião da Carta Magna, em respeito ao direito adquirido, coisa julgada, segurança jurídica, ao princípio da igualdade, moralidade aos direitos humanos e absoluto critério de Justiça julgará a favor dos credores vítimas do calote dos precatórios alimentares pelos entes públicos, corrigindo as inconstitucionalidades da E.C. 62/09 acima explicitados a exemplo do voto do Relator Ministro Carlos Ayres Britto, aguardo confiantemente o julgamento.

São Paulo, 12 de março de 2013

____________________________ JULIO BONAFONTE

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