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(1 Timóteo 3:8 13) O Desenvolvimento da Liderança

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Estivemos estudando a respeito dos presbí-teros. Esta lição será sobre os braços direitos dos presbíteros: os diáconos. Vamos abrir nossas Bí-blias em Filipenses 1:1: “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Fili-pos”. Conforme já observamos, Paulo mencionou primeiramente dois evangelistas (ele próprio e Timóteo) e depois todos os membros de Filipos (“todos os santos”). Finalmente, ele se referiu a dois grupos especiais: “bispos [presbíteros] e diá-conos”. Falaremos sobre o segundo grupo deno-minado “os diáconos”. Quem são os “diáconos” mencionados em Filipenses 1:1? A resposta con-tém três partes importantes: eles são 1) servos especiais 2) que preenchem certas qualificações e 3) que prestam assistência aos presbíteros, possibi-litando que esses líderes cumpram seu ministério.

SERVOS ESPECIAIS...

“Diácono” é a transliteração do grego diakonos. Há muitos palpites sobre a origem dessa palavra. W. E. Vine escreveu que “a palavra está provavel-mente relacionada com o verbo dioko, ‘apressar-se após, perseguir’ (talvez dito originalmente acerca de um corredor)”1. Outro palpite é que seja uma palavra composta: dia (“através de”) mais konia (“pó”2). Nesse caso, sugere-se que diakonos signifi-ca “aquele que levanta o pó”3! Uma sugestão mais

1 W. E. Vine, Merrill F. Unger e William White Jr., Di-cionário Vine. Trad. Luis Arón de Macedo. Rio de Janeiro: CPAD, 7a. ed., 2007, p. 563.

2 Ibid., p. 877.

3 Esta é uma figura de discurso usada a respeito de um corredor. O diácono é descrito como “se movimentado tão rapidamente... para cumprir seu dever que seus pés levan-tam pó por onde ele passa” (J. Dwight Pentecost, The Joy of

comum é que a forma verbal da palavra (diakoneo) significava originalmente “servir a mesa”4 (veja Lucas 17:8; João 12:2), vindo a significar servir em geral. Uma definição simples de diakonos é “servo”.

Diakonos, em suas várias formas, aparece mais

de trinta vezes no Novo Testamento. A forma no-minal é traduzida por várias palavras, incluindo “diácono”, “ministro” e “servo”. Todos esses ter-mos são versões do vocábulo grego. Assim como a palavra grega para “presbítero” (presbuteros5), diakonos pode ser usado num sentido geral ou de

um modo mais específico.

Diakonos é usado num sentido geral

referindo-se a pregadores. Paulo disreferindo-se a Timóteo: “Expon-do estas coisas aos irmãos, serás bom ministro [diakonos] de Cristo Jesus” (1 Timóteo 4:6a; veja Efésios 6:21; Colossenses 1:7). Portanto, num dos sentidos da palavra, o pregador é um “diácono”. Novamente, num sentido geral, a palavra se apli-ca a todos os membros da igreja. Jesus disse: “Se alguém me serve [de diakoneo], siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo

[diako-nos]. E, se alguém me servir [de diakoneo], o Pai o

honrará” (João 12:26). Todo cristão deve, portan-to, ser um “diácono”6.

Num sentido específico, porém, diakonos se refere a um grupo especial de homens (Filipen-Living: A Study of Philippians. Grand Rapids, Mich.: Zonder-van Publishing House, 1973, pp. 113–14).

4 Geoffrey W. Bromiley, Theological Dictionary of the New Testament, ed. G. Kittel e G. Friedrich, trad. G. W. Bromiley. Grand Rapids, Mich.: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1985, p. 152.

5 A palavra traduzida por “presbítero” significa “an-cião”, mas o Novo Testamento às vezes a usa num sentido especial referindo-se ao “ofício” de presbítero.

6 Febe era uma diakonos da igreja nesse sentido geral (Ro-manos 16:1).

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3:8–13)

Esta é uma lição a ser usada no início do processo de escolha de diáconos na congregação. Após a frase de abertura, deve-se explicar a necessidade dessa escolha e como será o procedimento. Na conclusão, sugerimos uma aplicação sobre a responsabilidade de os membros escolherem homens qualificados.

O Desenvolvimento

da Liderança

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ses 1:1) que preenche determinadas qualificações (1 Timóteo 3:8–13) e que cumpre determinadas responsabilidades. Primeira Timóteo 3:10 fala de homens “exercerem o diaconato”7. Usada nesse sentido especial, a palavra diakonos ao se aplica a todos os cristãos.

Além disso, deve-se notar que não há autori-dade inerente na palavra diakonos. Ouse às ve-zes que certa denominação tem “uma equipe de diáconos” que governa a congregação. Mas essa organização não consta do ensino neotestamen-tário nem do significado básico de diakonos. Pres-bíteros podem autorizar diáconos a cumprirem certas responsabilidades, mas não há autoridade implícita no termo “diácono”. Os diáconos são, acima de qualquer coisa, servos.

Alguém disse que ser diácono não tem a ver com a ocupação de um cargo e, sim, com a

execu-ção de um trabalho. A ERAB usa bem as expressões

“exercer o diaconato” e “desempenhar o diacona-to” em 1 Timóteo 3:10 e 13. Poderíamos também dizer “servir como diácono”. “Ordenar” ou “ins-tituir” um homem diácono não o torna um diáco-no. Depois de ser ordenado, ele só se tornará um diácono8 quando começar a fazer o que os presbí-teros lhe pedirem — quando ele começar a servir dessa forma especial.

...QUE PREENCHEM CERTAS QUALIFICAÇÕES...

Os diáconos não são servos somente; eles são servos qualificados. As qualificações dos diáconos encontram-se em 1 Timóteo 3:8–13, após as quali-ficações dos presbíteros:

Semelhantemente9, quanto a diáconos, é ne-cessário que sejam respeitáveis, de uma só pala-vra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostra-rem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus 7 Alguns associam o dom de servir (Romanos 12:6, 7; 1 Pedro 4:10, 11) com o trabalho de diáconos, talvez, sobre-naturalmente intensificados pela imposição das mãos dos apóstolos.

8 Ou seja, ele se torna um diácono no sentido especial da palavra.

9 “Semelhantemente” refere-se às qualificações dos pres-bíteros.

filhos e a própria casa. Pois os que desempenha-rem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.

Alguns pensam que deve ser incluída aqui a breve lista de qualificações citada em Atos 6:

Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete ho-mens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabe-doria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antio-quia (Atos 6:2–5; grifo meu).

No passado, alguns comentaristas acredita-vam que esses sete homens de Atos 6 foram os “sete primeiros diáconos”. Mais recentemente, porém, a maioria dos comentaristas observa que a palavra diakonos não foi usada no texto para identificar esses homens10. Todavia, a forma ver-bal diakoneo aparece na expressão “servir às me-sas”. Esse é o mesmo termo usado em 1 Timóteo 3, quando Paulo falou de desempenhar o diaco-nato (vv. 10, 13). Pelo menos, podemos dizer que os sete homens fizeram o tipo de trabalho que os diáconos devem fazer e que alguma aplicação pode ser feita nesse sentido.

Vamos ler mais uma vez as qualificações ci-tadas em 1 Timóteo 3:8–13. A seguir, vamos ana-lisar as qualificações em Atos 6 (“boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria”, “cheios de fé e do Espírito Santo”). Essas listas salientam a im-portância e a seriedade do trabalho que um diá-cono tem que executar. Os diádiá-conos são homens que representam a igreja em suas várias áreas de serviço ou ministério. Eles precisam ser homens de caráter aptos para assumir responsabilidades.

Vejamos as qualificações citadas em 1 Timóteo 3 e depois, mais rapidamente, os termos mencio-nados em Atos 6.

1 Timóteo 3

1) Respeitáveis. “Quanto a diáconos, é necessá-rio que sejam respeitáveis” (v. 8). “Respeitáveis” é

10 Questiona-se também se é correto haver diáconos sem a prévia instituição de presbíteros. No momento narrado em Atos 6, a igreja em Jerusalém ainda não tinha presbíteros.

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a tradução de semnos, que a ERC traduz por “ho-nestos” e a NVI, por “dignos”. Semnos inclui tan-to a idéia de seriedade quantan-to de dignidade. “A palavra aponta para a seriedade de propósito e amor-próprio na conduta (Moule).”11 São homens que levam muito a sério o trabalho de um diácono.

2) Sinceros. Os diáconos devem ser “de uma só palavra” (v. 8b), ou seja, não devem ter “língua dobre” (ERC). “De uma só palavra” ou “não de língua dobre” são traduções de dilogos (dis [“duas vezes”] mais logos [“palavra”]). Essa era uma fi-gura de linguagem do primeiro século que des-crevia o indivíduo que diz uma coisa para uma pessoa e o contrário para outra pessoa. Um termo atual e coloquial seria “duas caras”. A paráfrase de J. B. Phillips diz: “um homem... de convicções sinceras”12.

3) Não viciados. Os diáconos não devem ser “inclinados a muito vinho” (8c). A NTLH diz que não devem “beber muito vinho”. O sábio escre-veu: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio” (Provérbios 20:1; veja 23:29–35).

4) Honestos. Os diáconos não devem ser “co-biçosos de sórdida ganância” (8d), ou seja, “não amigos de lucros desonestos” (NVI). “Sórdida ga-nância” é o dinheiro obtido por algum meio clan-destino. Alguns gostam tanto de dinheiro que não se importam em como vão obtê-lo. Um diácono não pode ser assim. Ele precisa ser honesto em todos os seus negócios.

5) Fiel. O versículo 9 contém esta qualificação: “conservando o mistério da fé com a consciência limpa”. O “mistério13 da fé” refere-se à revelação de Deus que se concentra na fé em Jesus. Um di-ácono deve ter “uma consciência limpa” porque está “conservando” essa revelação e tentando ao máximo viver de acordo com ela.

6) Atuante. “Também sejam estes primeira-mente experimentados” (v. 10a; grifo meu). Quais são as experiências exigidas para o trabalho de 11 W. E. Vine, Merrill F. Unger e William White Jr., Di-cionário Vine. Trad. Luis Arón de Macedo. Rio de Janeiro: CPAD, 7a. ed., 2007, pp. 989–90. Vine citou H. C. G. Moule, The Epistle of Paul the Apostle to the Philippians, Cambridge Greek Testament for Schools and Colleges. Cambridge: Cam-bridge University Press, 1897, p. 82.

12 J. B. Phillips, Cartas para Hoje. Trad. Márcio Loureiro Redondo. São Paulo: Edições Vida Nova, 1994.

13 “Mistério”, conforme é usado no Novo Testamento, refere-se ao que era mistério no passado, mas que agora foi revelado através de homens inspirados por Deus.

diácono? Uma delas é que o indivíduo já esteja servindo. Os candidatos a diáconos devem ser homens que já estão usando seus talentos para o Mestre e, por isso, são ordenados para essa fun-ção. Não se deve ordenar um homem diácono com o intuito de “torná-lo atuante”. Uma segun-da experiência, relacionasegun-da à primeira, é que o in-divíduo seja capaz de trabalhar em parceria com os presbíteros. Ele é o tipo de pessoa que pode assumir e executar responsabilidades?

7) Boa reputação. O versículo 10 acrescenta: “e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o dia-conato” (v. 10b). “Irrepreensíveis” não significa que eles jamais fizeram algo errado (veja Roma-nos 3:23), mas que são humildes o suficiente para admitir quando pecam, se arrepender e pedir per-dão a Deus e aos outros. São humildes o suficien-te para enxergar suas faltas e zelosos o suficiensuficien-te para fazer tudo que puderem para corrigir qual-quer erro. Um diácono deve ter uma boa reputa-ção dentro e fora da congregareputa-ção.

8) Bom marido e pai. Em relação tanto aos pres-bíteros como aos diáconos, Paulo colocou ênfase especial no fato de serem bons chefes de família. No versículo 11, o apóstolo referiu-se às esposas dos diáconos: “Da mesma sorte, quanto a mulhe-res, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes [autocontroladas] e fi-éis em tudo”. A NVI diz: “As mulheres igualmen-te sejam dignas, não caluniadoras, mas sóbrias e confiáveis em tudo”. Algumas profissões não são afetadas pelo tipo de esposa que o profissional tem, mas isso não se aplica ao serviço do diácono. Um diácono precisa de uma esposa que o apóie e cuja vida reflita em favor dele.

A ênfase na família do diácono continua no versículo 12: “O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa”. Um diácono precisa ser casado e ter uma só mulher. Ele também precisa ser um bom diri-gente dos seus filhos e da sua casa. Como disse Paulo anteriormente, “pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” (v. 5).

Atos 6

Atos 6:3 diz que os apóstolos pediram que a congregação escolhesse “sete homens de boa re-putação, cheios do Espírito e de sabedoria”. No versículo 5 são citados os nomes dos sete escolhi-dos. Um deles era “Estêvão, homem cheio de fé e

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do Espírito Santo”. Deve ter algum proveito ob-servarmos as qualificações dos primeiros homens escolhidos para executar uma tarefa semelhante às de um diácono.

1) Boa reputação. Isto nos remete à qualificação mencionada em 1 Timóteo 3:10: “irrepreensível”. Esses homens precisavam ter uma boa reputação na igreja porque estariam lidando com membros da igreja. Eles também precisavam ter uma boa reputação na comunidade porque, para executar seu trabalho, eles entrariam em contato com não cristãos. Aos olhos das pessoas de fora, eles repre-sentavam a igreja.

2) Cheios do Espírito e fiéis. Eles também tinham de ser “cheios do Espírito”. Isto não quer dizer “cheios de poder miraculoso”, pois evidentemen-te eles só possuíram habilidades miraculosas de-pois que os apóstolos impuseram as mãos sobre eles (veja Atos 5:12; 6:6, 8; 8:5, 6, 14–19). “Cheios do Espírito” refere-se a permitir ser dirigido pelo Espírito14. Quem é “cheio do Espírito” tem “o fru-to do Espírifru-to”: “amor, alegria, paz, longanimida-de, benignidalonganimida-de, bondalonganimida-de, fidelidalonganimida-de, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5:22, 23; observe vv. 16–18). Na seqüência, Lucas registra que Estêvão era “cheio do Espírito”, ou seja, fiel.

3) Sábio. Finalmente, os apóstolos pediram que a congregação encontrasse homens que fos-sem “cheios de sabedoria”. Precisavam ser cheios da sabedoria que só vem de um conhecimento da vontade de Deus (veja Provérbios 23:23). Além disso, eles precisavam ser homens práticos, capa-zes de lidar sabiamente com os problemas15. Se eles tivessem que recorrer aos apóstolos toda vez que surgisse um problema, não haveria propósito em terem sido escolhidos.

Embora as qualificações de Atos 6 não sejam especificamente para diáconos, elas foram estipu-ladas para homens que realizaram um trabalho típico de diáconos e são semelhantes às qualifica-ções de 1 Timóteo 3.

...QUE AUXILIAM OS PRESBÍTEROS

Já comentamos que os diáconos são servos 14 A única maneira objetiva de o Espírito nos dirigir é através da Palavra que Ele inspirou (veja 2 Pedro 1:21; Efé-sios 6:17; veja Salmos 119:105).

15 Os sete foram nomeados para cuidar de um problema potencialmente prejudicial que havia sido levantado dentro da igreja (Atos 6:1). Se a situação não fosse resolvida com sabedoria, as repercussões poderiam ter sido desastrosas.

especiais que preenchem certas qualificações. A seguir, vamos analisar o trabalho que eles execu-tam. A principal tarefa deles parece ser auxiliar os presbíteros para que estes se concentrem no pas-toreamento dos membros. Nesse sentido, poderí-amos descrevê-los como assistentes ou auxiliares.

É comum ouvirmos que os presbíteros são responsáveis pelas necessidades espirituais da congregação e os diáconos, pelas necessidades

materiais ou físicas. Entendemos que as

Escritu-ras ensinam que os presbíteros são responsáveis pelas necessidades espirituais e físicas. Eles são os únicos supervisores da congregação. Isso não quer dizer que os presbíteros têm que fazer tudo, mas que eles devem verificar se tudo está sendo feito. Se, porém, eles tentarem fazer tudo sozi-nhos, 1) isso privará os demais membros de usar seus talentos dados por Deus e 2) ocupará tanto o tempo deles que não conseguirão desempenhar suas funções de pastores. É por isso que os diá-conos são necessários. Alguém me perguntou re-centemente: “Qual é o trabalho de um diácono?” E eu respondi: “Qualquer coisa que os presbíte-ros lhe pedirem para fazer”. Os presbítepresbíte-ros de-vem analisar as necessidades da congregação e as capacidades dos diáconos e, a partir daí, delegar tarefas aos diáconos. Anteriormente, observamos que não há autoridade inerente à função de diá-cono — mas os presbíteros podem delegar tanto a responsabilidade como a autoridade que for ne-cessária para a execução de um trabalho.

Esses princípios básicos encontram-se em Atos 6. Nesse capítulo sete homens foram esco-lhidos para fazer um trabalho semelhante ao de um diácono, depois os apóstolos lhes deram a responsabilidade de garantir que as viúvas da congregação não passassem fome. Vamos rever os versículos 2 a 4:

Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete ho-mens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste servi-ço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.

Adaptando essas palavras a uma congregação moderna, poderíamos parafrasear os versículos da seguinte maneira: “Então, os doze convoca-ram a comunidade dos discípulos e disseconvoca-ram: Não é razoável que negligenciemos o nosso papel

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de pastores para alimentar os famintos, distribuir roupas aos necessitados ou cuidar do prédio onde nos reunimos. Sendo assim, irmãos, escolham en-tre vocês homens que preencham as qualificações de 1 Timóteo 3:8–12, aos quais encarregaremos dessas tarefas; e, quanto a nós, nos dedicaremos à oração, ao estudo e ensino da Palavra e à assis-tência às necessidades do rebanho”.

Em Atos 6 a distribuição adequada do traba-lho gerou dois resultados. O primeiro foi que o trabalho foi executado. O segundo é descrito no versículo 7: “Crescia a palavra de Deus, e, em Je-rusalém, se multiplicava o número dos discípu-los; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”. Quando os diáconos executam seu trabalho, os presbíteros podem executar o seu trabalho e o pregador e os membros também. Assim, Deus abençoa a congregação e a igreja cresce!

CONCLUSÃO

Servir como um diácono é um trabalho vi-tal, muito importante. Depois que Paulo citou as qualificações dos diáconos em 1 Timóteo 3, ele acrescentou: “Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preemi-nência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus” (v. 13).

Os diáconos são servos especiais que têm res-ponsabilidades especiais na igreja — mas todos nós precisamos ser servos. Que Deu nos ajude a servir, usando nossos talentos ou dons no serviço a Deus e à humanidade. Jesus disse: “Mas o maior dentre vós será vosso servo” (Mateus 23:11).

NOTAS

Ao apresentar esta lição, pode-se fazer um esboço e distribuir cópias aos membros, ou usar cartazes, retroprojetor ou multimídia.

NOTAS SUPLEMENTARES SOBRE AS QUALIFICAÇÕES DOS DIÁCONOS

Como no caso das qualificações dos

presbí-teros, não tivemos a intenção de dizer tudo que poderia ser dito sobre cada qualificação dos di-áconos. O propósito primordial foi direcionar as mentes dos ouvintes para as exigências determi-nadas por Deus. Considerando que é possível surgir dúvidas a respeito dessas qualificações, al-gumas observações para o professor ou pregador se fazem necessárias.

1) “Quanto a mulheres, é necessário que se-jam... fiéis em tudo” (1 Timóteo 3:11). Alguns destacam que a palavra aqui é “mulheres”, e não “esposas”, e concluem que esse versículo se refere às qualificações de “diaconisas”. Nesse caso, te-ríamos as qualificações para diáconos em quatro versículos (vv. 8–10, 12) e as qualificações para as supostas “diaconisas” em apenas um versículo (v. 11) — inserido no meio das qualificações dos diá-conos. É preciso ressaltar que no grego não existe uma palavra exclusiva para “esposa”; a palavra grega para “mulher” (gune) também é usada para “esposa”. Nesse contexto, certamente é melhor pensarmos nas esposas dos diáconos, em vez de as mulheres em geral.

2) “O diácono seja marido de uma só mulher” (v. 12a). Conforme já observamos quando comen-tamos as qualificações dos presbíteros, isso elimi-na solteiros e polígamos16.

3) “E governe bem seus filhos” (v. 12a, b). Comentamos anteriormente a improvável neces-sidade de o presbítero ter mais de um filho, obser-vando que a ênfase está na maneira como ele cria ou governa os filhos. O comentário vale também aqui. No caso dos diáconos, porém, nada se diz sobre seus filhos serem “crentes”, ou seja, cristãos fiéis. Muitos comentaristas concluem que um di-ácono pode ter filhos menores do que os filhos de um presbítero — filhos não grandes o suficiente para serem discípulos de Cristo.

16 N. Trad.: E, segundo o entendimento de muitos, os di-vorciados.

Autor: David Roper

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