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Aprendendo a viver com Confúcio

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Academic year: 2021

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Aprendendo a viver

com

C

O N F Ú C I O

COMO O SÁBIO CHINÊS AJUDA A ENFRENTAR OS DESAFIOS DA VIDA MODERNA

A

pr

endendo a vive

r

CONFÚCIO

Nascido por volta de 550 a.C., Confúcio viveu durante um período de grande incerteza polí-tica na história da China. Seus ensinamentos sobre conduta social e moral, honestidade e hu-manidade vêm atravessando gerações.

Apren-dendo a viver com Confúcio é uma fascinante

in-trodução a uma sabedoria milenar que nos ins-pira e ajuda a enfrentar os desafios angustiantes com que nos deparamos na época atual.

SOBRE O AUTO-APERFEIÇOAMENTO

Não imponha aos outros o que não deseja

ver imposto a si mesmo.

SOBRE A BUSCA DO CONHECIMENTO

Para ser capaz, a pessoa deve estudar;

para ser intelectual, deve aprender com

os outros.

SOBRE GOVERNAR

Quem é bom servidor público contrata a

graça; quem não o é, contrata o ódio.

SOBRE FILOSOFIA

Ir longe demais é tão ruim quanto não ir

longe o suficiente.

Os ensinamentos de Confúcio, um dos pilares da civilização chinesa, continuam tão relevantes na atualidade quanto foram há mais de dois mil anos. Aprendendo a viver com Confúcio reúne uma seleção desses pensamentos. É um guia indis-pensável para a contemplação filosófica, o aper-feiçoamento individual e a conquista do sucesso.

9 788522 008353

ISBN 978-85-220-0835-3

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Aprendendo a viver

com Confúcio

Como o sábio chinês ajuda a enfrentar os desafios da vida moderna

Compilada por Kuijie Zhou

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Copyright © 2008 by Long River Press Copyright da tradução © Agir Editora Ltda., 2008

Capa: Júlio Moreira Foto: © Keren Su/CORBIS/LatinStock

Copidesque: Carla Mühlhaus

Revisão: Hermínia Totti

Produção editorial: Paulo Cesar Veiga

CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

Confúcio

Aprendendo a viver com Confúcio: como o sábio chinês ajuda a enfrentar os desafi os da vida moderna / compilado por Kuijie Zhou; tradução de Gilson B. Soares. — Rio de Janeiro: Agir, 2008.

il.

Tradução de: A basic Confucius ISBN 978-85-220-0835-3

1. Confúcio. 2. Filosofi a confucionista. I. Zhou, Kuijie. II. Título. C759a

CDD: 181.112 CDU: 1(315) 08-3820

Todos os direitos reservados à

AGIR EDITORA LTDA. – Uma empresa Ediouro Publicações Ltda. Rua Nova Jerusalém, 345 – CEP 21042-235 – Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ

Este livro foi composto em New York e Century Old Style e impresso pela RR Donnelley sobre papel Pólen Bold 90g

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Introdução 5

CAPÍTULO UM

Sobre o auto-aperfeiçoamento 11

CAPÍTULO DOIS

Sobre a busca do conhecimento 31

CAPÍTULO TRÊS

Sobre honestidade e credibilidade 57

CAPÍTULO QUATRO

Sobre ser modesto 69

CAPÍTULO CINCO

Sobre como corrigir erros 85

CAPÍTULO SEIS

Sobre o dever fi lial 93

CAPÍTULO SETE

Sobre como fazer amigos 107

CAPÍTULO OITO

Sobre como se portar em sociedade 129

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CAPÍTULO DEZ

Sobre filosofia 171

CAPÍTULO ONZE

Sobre a vida cotidiana 191 Notas para as ilustrações 206

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5

Introdução

Confúcio é provavelmente o maior fi lósofo da história chinesa, e também um dos fi lósofos mais estudados na his-tória da humanidade. Sua obra, composta por ensinamentos e interpretações, foi transmitida através de gerações, e vem orientando e infl uenciando quase todos os aspectos da sociedade chinesa por milhares de anos. É comprovado que os ensinamentos de Confúcio tiveram o maior impacto individual na história chinesa, mais do que qualquer outro fator social ou histórico.

Confúcio nasceu por volta de 550 a.C. no estado de Lu, situado no que é hoje a província de Shandong. Como muitos chineses de sua época, Confúcio tinha aspirações políticas. A China estava dividida, tanto geográfi ca quanto fi losofi camente. Vários estados e regiões competiam pelo controle político e social. Alianças eram feitas e depois rompidas. Guerras eram travadas. Esse período,

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conhe-cido como Primavera e Outono e Estados Antagônicos (c.770-221 a.C.), deu origem a muitas escolas diferentes de pensamento fi losófi co e cultural, tais como os escritos daoístas de Laozi (Lao-tzu) e Zhuangzi (Xhuang-tzu), e os tratados militares de fi lósofos como Sunzi (Sun--tzu).

O pensamento confuciano afetou cada aspecto da vida chinesa, assim como a maneira pela qual tais aspectos se ligavam a uma série de relacionamentos rigidamente es-truturados. Em seus elementos básicos, esse pensamento é um guia para os valores morais e para a conduta social apropriada. Ser justo e de elevado caráter moral era respon-sabilidade do governante, o que por sua vez capacitaria o povo a seguir seu exemplo.

Confúcio defendia a idéia de reciprocidade e governo responsável. O paradigma do pensamento confuciano é que não deveríamos fazer aos outros aquilo que nos desagrada. O que, aliás, não é diferente do conceito de carma. Com essa idéia veio a defesa do governo benevolente: se o governante ou sábio estiver simplesmente no uso do poder, o povo o seguirá; do contrário, será derrubado.

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7

Introdução

Não é de surpreender, dado o ambiente social da época, que os governantes considerassem as idéias de Confúcio pouco práticas na luta pelo poder. Não há dúvidas de que Confúcio falhou em alcançar uma posição política de alguma importância. Sua vida parecia um fracasso, ainda que ele saísse em campo atraindo leais discípulos. Por 14 anos ele viajou pela China. Embora fosse recebido com algum respeito pelos governantes locais, seus pontos de vista, quando não eram inteiramente descartados, não eram levados a sério. Um governante assim equivalia, para Confúcio, a um cão perdido à procura de um lar.

O confucionismo foi falsamente rotulado como uma religião. Na realidade, confi gurou-se como um sistema de pensamentos e ritos sociais preocupado com as necessidades da sociedade chinesa e seus relacionamentos sociais. Ao con-trário do budismo e do taoísmo, o confucionismo nada tinha a ver com o papel da natureza ou com vida após a morte.

Historicamente falando, o pensamento confuciano con-tinha muitos paradoxos, e seria mais ou menos aceito de

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acordo com as dinastias chinesas que se encontravam no poder. Os ensinamentos de Confúcio eram também consi-derados perigosos, e governantes temiam que o povo se rebelasse. O primeiro imperador da China, Qin Shi Huang, chegou a ordenar a destruição dos textos confucianos e a execução dos eruditos da doutrina.

Confúcio era contra a tirania e a opressão. Ao mesmo tempo, acreditava na superioridade inviolável da classe dirigente. Ele também prescrevia que a esposa devia ser completamente dedicada ao marido; o fi lho, ao pai; e o aluno, ao professor. Originalmente, esses relacionamentos delineavam com clareza características de “superior” versus “inferior”. No entanto, menos do que se concentrar em “classes” diferentes da sociedade, os elementos mais impor-tantes do pensamento confuciano promovem simplesmente o aperfeiçoamento do indivíduo, independentemente dos contextos históricos.

Em meio à incerteza política e social, o pensamento confuciano preconizava que uma civilização poderia ser

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9

Introdução

harmônica se governada por um sistema de métodos padronizado e universalmente compreendido. Para tal espírito de governo, Confúcio defendia cinco qualidades básicas: benevolência, probidade, decoro, sabedoria e honestidade. Entre elas, a benevolência era considerada a pedra fundamental, englobando lealdade, piedade fi lial, tolerância e bondade.

Quando Confúcio morreu, por volta de 479 a.C., suas idéias não eram universalmente conhecidas e a noção do pensamento confuciano como uma verdadeira fi losofi a não havia criado raízes. Seus ensinamentos foram registrados e compilados por muitas gerações de discípulos e são hoje conhecidos como os “Quatro Livros”, textos essenciais que formam a obra do pensamento confuciano: Os Analectos,

O grande aprendizado, A doutrina do método e O livro de

Mêncio.

As histórias da sabedoria de Confúcio que integram este livro benefi ciam todos aqueles que pela primeira vez entram em contato com o pensamento confuciano. Elas

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tanto representam os fundamentos fi losófi cos básicos da sociedade chinesa quanto oferecem profundas (e ainda assim sutis) lições para o aprimoramento individual.

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CAPÍTULO UM

Sobre o

auto-aperfeiçoamento

(13)
(14)
(15)

N

ão imponha aos outros

o que não deseja ver

imposto a si mesmo.

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Sobre o auto-aperfeiçoamento

15

Este é conhecido como o Método de Ouro do pen samento confuciano. Zhong Gong, discípulo de Con -fú cio, perguntou certa vez o que era benevolência. Confúcio respondeu: “Faça o seu trabalho tão diligente e conscientemente como se fosse receber um distinto convidado; convoque pessoas para realizar trabalho braçal e admire-as como se estivesse assistindo a uma cerimônia sacra; e nunca imponha aos outros o que não deseja ver imposto a si mesmo. Assim procedendo, você não atrairá ressentimento.”

(17)

U

m cavalheiro de verdade

é sempre receptivo, ao

passo que um homem

mes-quinho é sempre ansioso.

(18)

Sobre o auto-aperfeiçoamento

17

A imperatriz Wu Zetian (624-705 d.C.) ouviu de um cortesão que um de seus súditos, chamado Di Renjie, era bondoso e honesto. A imperatriz quis, ela mesma, descobrir a verdade. Então perguntou a Di se ele gostaria de saber quem andava falando mal dele pelas costas. Di respondeu, calmamente: “Se fi z algo de errado, gostaria de consertar. Mas não tenho qualquer interesse em saber quem pode ter falado coisas desagradáveis sobre mim com Vossa Majestade.”

(19)

Q

uando conhecer um

homem de virtudes,

tente ser tão virtuoso quanto

ele. Quando conhecer um

homem sem virtudes, dê

uma olhada em si mesmo

para ver se possui os mesmos

defeitos.

(20)

Sobre o auto-aperfeiçoamento

19

Durante o Período Primavera e Outono (772-481 a.C.), um homem chamado Zi foi visitar seu amigo, o prín-cipe Cheng. O prínprín-cipe serviu-lhe um prato feito de car-ne de salamandra. Zi disse: “Não creio que cavalheiros comam salamandra.” O príncipe então perguntou: “Você é um cavalheiro?” Zi respondeu: “O cavalheiro sempre estuda num esforço para melhorar sua integridade moral. Se alguém apenas prossegue sem melhoramento, sua mo-ralidade irá se deteriorar. Esta é a raiz da maldade. Como eu ousaria pensar que sou um cavalheiro? Meramente tenho o desejo de me tornar um cavalheiro.”

(21)

O

rquídeas em lugares

remotos podem ser

lindas e cheirar muito bem,

embora ninguém as veja,

cheire ou admire.

(22)

Sobre o auto-aperfeiçoamento

21

Confúcio foi apanhado num cerco feito contra os es-tados de Chen e Cai, e passou muitos dias sem comida. Todos os seus discípulos estavam igualmente famintos. Um deles, Zi Lu, perguntou: “Mestre, você realiza um bom trabalho a cada dia. Por que ainda tem de passar por um sofrimento desses?” Confúcio respondeu: “Quando se tem talento mas não oportunidade, esse talento não pode ser bem empregado. Uma vez que surja a oportu-nidade, existe qualquer outro empecilho?” Além disso, explicou: “Aquele que possui talento mas a quem não se dá oportunidade é como a orquídea nas fl orestas inóspi-tas e nos vales remotos: embora nunca pare de emanar uma fragrância maravilhosa, ninguém

(23)

R

iqueza e alta posição são

como nuvens efêmeras.

(24)

Sobre o auto-aperfeiçoamento

23

Confúcio estava empenhado numa discussão com seus discípulos sobre o signifi cado da felicidade. Alguns achavam que ser feliz signifi cava ter uma vida próspera, enquanto outros acreditavam que uma elevada posição social era o signifi cado da felicidade. Confúcio tinha uma opinião diferente. Ele disse: “No meu ponto de vista, a felicidade reside em comer alimento cru, beber água fresca e dormir com a cabeça pousada no braço. Riqueza e posição elevada não são mais que nuvens efêmeras.”

(25)

P

obre, mas não adulador.

Rico, mas não arrogante.

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Sobre o auto-aperfeiçoamento

25

Durante o Período dos Estados Antagônicos (481-468 a.C.), Xinling Jun, um nobre do estado de Wei, usufruía de elevada posição e grande riqueza, mas não havia nada de despótico em seu comportamento. Havia também um velho sábio chamado Hou Ying, que traba-lhava como porteiro na capital de Wei. Notícias de sua sabedoria acabaram chegando aos ouvidos de Xinling Jun, que dirigiu ele próprio uma carruagem para se encontrar com Hou Ying. Xinling Jun e Hou Ying mais tarde visitaram um amigo de Hou, e Xinling Jun, mes-mo sendo um nobre, esperou pacientemente enquanto Hou Ying e seu amigo empenhavam-se na sua própria conversa. Hou Ying fi cou surpreso com a modéstia e a sinceridade de Xinling Jun, e a partir daí serviu ao nobre com total dedicação.

(27)

C

ensurar os erros alheios

não glorifi ca ninguém;

censurar a má conduta alheia

não garante a conduta correta

de ninguém.

(28)

Sobre o auto-aperfeiçoamento

27

Durante o Período Primavera e Outono, Shusun Wushu, um funcionário sênior do estado de Lu, visitou outro funcionário chamado Yan Hui, que o recebeu com a devida cortesia. Shusun Wushu era perito em descobrir os erros alheios e em fazer observações frívolas. Yan Hui percebeu isto e por sua vez deu este conselho a Shusun Wushu: “Se continuar agindo assim, não terá ninguém mais para criticar senão a si mesmo. Meu mestre Confúcio sempre disse que censurar os erros alheios não glorifi ca ninguém, e censurar a má conduta alheia não garante a conduta correta de ninguém. Um autêntico cavalheiro deveria comentar suas próprias falhas, e não as dos outros.”

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D

iga sim quando

real-mente sabe. Diga não

quando não sabe. Esta é a

maneira de tornar-se uma

pessoa sábia.

(30)

Sobre o auto-aperfeiçoamento

29

Um discípulo de Confúcio, Zi Lu, o visitou um dia trajando roupas fi nas. Confúcio perguntou-lhe: “O que vai fazer vestindo tão refi nado traje? Quando o rio atra-vessa a montanha Minshan, ele é estreito e lento. Mas no trecho em Jiangin ele é tão torrencial que os barcos precisam ser amarrados uns aos outros para atravessá-lo. Isto não é por causa da confl uência da água nas partes baixas? Como as pessoas ousam dar-lhe qualquer conse-lho quando você está trajando roupas tão vistosas?” Ao ouvir isto, Zi Lu apressou-se até sua casa para trocar de roupa. Confúcio disse: “Você deve se lembrar: aqueles que se gabam são superfi ciais. Somente um homem banal é presunçoso e sente desdém pelos outros. Um cavalheiro deveria saber que pode falar apenas daquilo que entende e fazer somente o que é capaz de fazer. É sábio falar verdadeiramente, e é benevolente portar-se de modo adequado. O que não se pode aprender quando se é sábio e benevolente?”

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Referências

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