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TÍTULO: A INFLUÊNCIA DO CALOR E DO GELO NA FLEXIBILIDADE DOS MEMBROS INFERIORES E ALONGAMENTO DA CADEIA POSTERIOR.

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Academic year: 2021

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TÍTULO: A INFLUÊNCIA DO CALOR E DO GELO NA FLEXIBILIDADE DOS MEMBROS INFERIORES E ALONGAMENTO DA CADEIA POSTERIOR.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LUIZ FERNANDO ARAUJO, ERICK SILVA PINTO, KLEYA ISMARY RODRIGUES BENEDITO, WELLINGTON ANDRADE GOMES

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANA CAROLINA SIQUEIRA ZUNTINI ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

A aplicação de recursos térmicos como estratégia para ganho de flexibilidade tem sido frequentemente observada com o intuito de reduzir os riscos de lesões musculares, minimizando a dor, e, dessa forma, melhorando o desempenho na prática esportiva. Entre os recursos mais difundidos estão as aplicações de gelo e calor, embora não haja um consenso na literatura específica acerca das melhores estratégias para tais aplicações ou qual recurso é mais efetivo. Assim, o presente estudo tratou da análise da influência do calor e do gelo na flexibilidade da cadeia posterior. Para tanto, participaram do estudo 36 universitários de ambos os sexos, submetidos à avaliação da flexibilidade da cadeia posterior por meio do teste do terceiro dedo ao chão e medidas dos ângulos coxofemoral e tibiotársico. Todos os testes foram executados em três condições diferentes: livre (natural), após aplicação de gelo e após aplicação de calor. Os resultados obtidos foram comparados entre os grupos e, no teste do terceiro dedo ao chão e na avaliação do ângulo coxofemoral, o calor foi a estratégia que proporcionou os maiores ganhos de flexibilidade, embora as diferenças encontradas não tenham sido significativas do ponto de vista estatístico. Concluiu-se com base nos dados observados que o uso de recursos térmicos pode influenciar de forma positiva a flexibilidade da cadeia posterior.

Palavras Chaves: Flexibilidade, Calor, Gelo.

INTRODUÇÃO

Para Alter (1999), a palavra flexibilidade vem do latim “flectere” ou “flexibilis”. Essa destreza refere-se à qualidade de estender os tecidos periarticulares favorecendo a ação fisiológica de mover-se normalmente, consequência simples do alongamento.

Segundo Gadjdosik (2001), clinicamente, a flexibilidade é a máxima amplitude articular exibida da maior dimensão muscular. A amplitude articular alcançada é estabelecida pelo cálculo de uma força aplicada.

Achour Junior e Bertolla (2004) citam algumas causas que prejudicam a flexibilidade, como fatores internos: genética, gênero, idade, volume muscular e adiposo, e fatores externos: treinamento, temperatura e ambiente. As mulheres geralmente são mais flexíveis que os homens, já que possuem maiores níveis de estrógeno, o que contribui para o menor desenvolvimento da massa muscular e

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acumula-se mais água e polissacarídeos do que no gênero masculino, causando menor atrito entre as fibras musculares, possibilitando maior flexibilidade.

Conforme Dickinson (1968), a flexibilidade não é a mesma em todas articulações e movimentos corporais, consequentemente, pode ocorrer de uma pessoa ter boa flexibilidade para determinados movimentos e para outros não, isso representa o que se designa como individualidade da flexibilidade.

A aplicação de recursos térmicos para ganho de flexibilidade tem sido utilizada com o intuito de proporcionar maiores ganhos de amplitude de movimento. Entretanto, não existe consenso na literatura quanto a protocolos específicos ou às melhores estratégias para utilização, mais especificamente, do calor e do gelo (SILVA et al, 2010).

Conforme Knight (2000), crioterapia é a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulta na remoção do calor corporal, fazendo com que a temperatura dos tecidos diminua. O efeito da aplicação do gelo, resulta na diminuição do metabolismo, aumento da rigidez tecidual, e como tratamento, redução da dor, do espasmo muscular, e diminuição e/ou aumento dos efeitos inflamatórios e circulatórios.

Rodrigues e Guimarães (1998), afirmam que crioterapia é o resfriamento ou diminuição da temperatura dos tecidos com finalidade terapêutica. E que essa ação resulta num efeito chamado vasoconstrição que é a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos.

E de acordo as teorias mais aceitas, segundo NUNES e DA COSTA VARGENSII (2007), o mecanismo de ação do gelo é o aumento do limiar das fibras

de dor, liberação de endorfinas, diminuição de excitabilidade nas terminações livres são também consequências da crioterapia.

Segundo Starkey (2001) e Kitchen (2003), a termoterapia é uma das práticas mais antigas de reabilitação e pode ser definida como uma forma de terapia que provoca elevação da temperatura dos tecidos mais profundos ou superficiais do corpo.

De acordo com Low (2001), aquecer os tecidos moles antes de alongá-los aumenta sua capacidade de extensão mesmo sendo um tecido encurtado. Conforme a temperatura do músculo aumenta, os tecidos cedem mais facilmente ao alongamento passivo. E com esse procedimento ocorre uma diminuição na frequência dos disparos do neurônio eferente do tipo II dos fusos musculares com

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isso aumenta a sensibilidade do órgão tendinoso de golgi e assim aumenta a probabilidade de disparar e quaisquer dessas respostas inibem a tensão muscular.

Conforme relatos de Brasileiro, Faria e Queiroz (2006), recursos que possam aumentar a viscoelasticidade dos tecidos aumentariam a eficiência das manobras de alongamento pois assim reduzem a resistência tecidual; isso foi comprovado com o aquecimento dos músculos.

De acordo com Kisner e Agne (2005) e Low (2001), os tecidos fibrosos quando expostos ao calor se modificam. Tendões, cápsulas articulares e cicatrizes, cedem com mais facilidade ao estiramento muscular quando aquecido. No entanto, somente o calor não produz aumento do comprimento destes tecidos.

OBJETIVO Objetivo Geral

Avaliar a influência do calor e do gelo na flexibilidade e no alongamento de membros inferiores, entre universitários.

Objetivo Específico

Avaliar o alongamento da cadeia posterior por meio do teste do terceiro dedo ao chão e a flexibilidade articular dos membros inferiores pela medida dos ângulos coxofemoral e tibiotársico em condição natural e após a aplicação de calor e gelo;

Comparar os dados obtidos nas três avaliações.

METODOLOGIA

Trata-se de estudo individualizado e experimental, com pesquisa de campo de caráter quantitativa, prospectiva e transversal. A pesquisa foi iniciada com 110 voluntários universitários de ambos os gêneros, e com idade entre 17 e 48 anos. Após a pré-seleção, todos os participantes foram submetidos à avaliação de flexibilidade da cadeia posterior por meio do teste do terceiro dedo ao chão. Aqueles que conseguiram tocar o chão foram excluídos do estudo. Não foram incluídos indivíduos com qualquer lesão ortopédica manifestada nos últimos 6 meses ou que apresentaram quaisquer desconfortos ou tonturas durante os testes. A amostra final foi constituída por 36 universitários, dos quais 27 homens (75%) e 9 mulheres (25%), com média de idade de 25,22 (0,92) anos, massa corporal média de 73,50 (2,09) quilogramas (kg) e altura média de 1,72 (0,01) metros (m). Todos os participantes

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assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) após ciência quanto aos objetivos e métodos do presente estudo.

DESENVOLVIMENTO

Para todos os grupos e testes foram calculados média e erro padrão, de forma a facilitar a comparação. Por sorteio, estabeleceu-se a seguinte ordem para execução dos testes: livre (natural), após aplicação de gelo e após aplicação de calor. Todos os testes foram realizados três vezes, considerando-se a média das tentativas como resultado final.

Procedimentos:

3º dedo ao chão: O participante, na posição de bipedestação, realizou a flexão anterior do tronco, sem flexionar os joelhos ou deslocar a pelve posteriormente, levando as mãos em direção ao chão, medindo-se a distância, com fita métrica, do terceiro dedo ao solo (NONALA; CAROMANO; MENDES, 1999).

Ângulo coxofemoral: O indivíduo deve estar na posição ortostática com os pés juntos e alinhados. A medida é feita na superfície lateral da pessoa. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado perpendicularmente ao solo no nível da crista ilíaca. Braço móvel do goniômetro: Ao completar o movimento, deve ser colocado ao longo da linha axilar média do tronco. Eixo: Sobre a espinha ilíaca ântero-superior. Precauções: Evitar a flexão dos joelhos (MARQUES, 2003).

Ângulo tibiotársico: Posição ideal: A vítima deve estar em pé, para executar a flexão do tronco, e ativar a ação dos músculos da região posterior da coxa. O pé deve estar em posição anatômica. Para a realização das medidas utilizar-se-á a superfície lateral da articulação. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado paralelo à face lateral da fíbula. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado paralelo à superfície lateral do quinto metatarso Eixo: Na articulação do tornozelo, junto ao maléolo lateral. Precaução: Evitar a movimentação das articulações do quadril e do joelho; evitar a inversão e a eversão do tornozelo e manter o joelho estendidos (MARQUES, 2003).

Aplicação de gelo: por meio tubos de gelo dentro de um saco plástico A4 lacrado, na região posterior das coxas, nos mm. isquiotibiais, com auxílio de pano fino entre a pele e o gelo em saco plástico, para evitar lesões ou danificações diretas ou indiretas ao voluntário. Não houve qualquer exercício ou manobras de alongamento

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antes das avaliações a fim de minimizar e valorizar possíveis efeitos da temperatura tecidual. Tempo de aplicação de 12 minutos.

Aplicação do calor: por meio de bolsas térmicas, com água aquecida, sempre com temperatura abaixo de 42 graus Celsius. Tempo de aplicação 20 minutos.

Análise estatística: para a comparação entre grupos foram escolhidos os testes one-way ANOVA para análise da variância e o teste de Tukey para múltiplas comparações, utilizando-se o software GraphPrism 7.0. Consideraram-se significantes os valores de p<0,005.

RESULTADOS

A comparação das distâncias médias alcançadas no teste do terceiro dedo ao chão evidenciou que os melhores resultados foram encontrados, na sequência, após a aplicação do calor (11,20cm1,22), em condição natural (livre) (11,37cm1,30) e após a aplicação do gelo (12,601,11). Não foram encontradas diferenças estatísticas (figura 1).

Figura 1. Comparação entre grupos das distâncias médias alcançadas (em centímetros) no teste do

terceiro dedo ao chão

Para as medidas médias do ângulo coxofemoral direito tanto as aplicações de calor (92,243,53) quanto de gelo (93,281,96) melhoraram a flexibilidade dos

LIVRE GELO CALOR 0 5 10 15 CONDIÇÃO d is n c ia ( c m )

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participantes em comparação às medidas em condição natural (93,892,47), conforme mostra a figura 2. O mesmo padrão foi observado para as medidas do ângulo coxofemoral esquerdo cujos valores médios foram de 91,813,46, 93,112,01 e 95,782,42, para as condições calor, gelo e livre, respectivamente. Também não foram encontradas diferenças significativas.

Figura 2. Comparação entre grupos dos ângulos coxofemorais médios (em graus) observados

Em relação ao ângulo tibiotársico, os resultados foram mais variados, sem um padrão de resposta uniforme. A figura 3 mostra as medidas angulares médias direitas e esquerdas em que se observa que os piores resultados para o lado direito foram alcançados após aplicação de calor (98,431,28) enquanto para o lado esquerdo, na condição livre (98,151,08). A condição natural (livre) e após aplicação de gelo foram as melhores estratégias para os ângulos tibiotársicos direito e esquerdo, respectivamente, com valores de 97,680,86 e 97,401,03.

LIVRE GELO CALOR 0 50 100 150 CONDIÇÃO ân g u lo ( g ra u s ) COXOFEMORAL DIREITO

LIVRE GELO CALOR 0 50 100 150 CONDIÇÃO ân g u lo ( g ra u s ) COXOFEMORAL ESQUERDO

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Figura 3. Comparação entre grupos dos ângulos tibiotársico médios (em graus) observados

A tabela 1 apresenta a síntese dos resultados gerais, em que se observa que a aplicação de calor foi a melhor estratégia para ganho de alongamento e flexibilidade quando avaliados os sujeitos pelos testes do terceiro dedo ao chão e medidas dos ângulos coxofemorais. Já para os ângulos tiobiotársicos, a condição natural (livre) foi a melhor para o lado direito e a aplicação de gelo, para o lado esquerdo.

Tabela 1. Resultados gerais médios

livre gelo calor

Terceiro dedo ao chão, em cm 11,37±1,30 12,60±1,11 11,20±1,22 Ângulo coxofemoral direito, em graus 93,89±2,47 93,28±1,96 92,24±3,53 Ângulo coxofemoral esquerdo, em graus 95,78±2,42 93,11±2,01 91,81±3,46 Ângulo tibiotársico direito, em graus 97,68±0,86 98,31±1,15 98,43±1,28 Ângulo tibiotársico esquerdo, em graus 98,15±1,08 97,40±1,03 97,49±1,04 Resultados expressos em média±erro padrão

CONCLUSÃO

A aplicação de calor foi a melhor estratégia para ganho de flexibilidade da articulação do quadril e para ganho de alongamento da cadeia posterior. Não foi possível definir qual melhor recurso para ganho de flexibilidade do tornozelo visto que os resultados das medidas dos ângulos tibiotársicos não foram uniformes.

LIVRE GELO CALOR 0 50 100 150 CONDIÇÃO ân g u lo ( g ra u s ) TIBIOTÁRSICO DIREITO

LIVRE GELO CALOR 0 50 100 150 CONDIÇÃO ân g u lo ( g ra u s ) TIBIOTÁRSICO ESQUERDO

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REFERÊNCIAS

ACHOUR JÚNIOR, Abdallah. Flexibilidade e alongamento: saúde e bem estar. rev.

e ampl. 2009.

KNIGHT, Kenneth L. Crioterapia no tratamento das lesões esportivas. Manole, 2000.

BRASILEIRO, J. S.; FARIA, A. F.; QUEIROZ, L. L. Influência do resfriamento e do aquecimento local na flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Revista Brasileira de

Fisioterapia, v. 11, n. 1, 2007.

JOÃO, Sílvia Maria Amado. Avaliação postural. Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Disponível em http://www. fm. usp. br/fofito/fisio/pessoal/biomecanicaonline/complexos/pdf/Postura. Acesso em, v. 16, 2009.

MARQUES, Amélia Pasqual. Manual de goniometria. 2. Ed. Editora Manole, 2003. NOBRE, Everton; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Análise crítica do alongamento muscular associado a agentes térmicos no ganho de flexibilidade crônica.

NONAKA, Lie; CAROMANO, Fatima Aparecida; MENDES, Felipe Augusto dos Santos. Avaliação de dois testes de flexibilidade em idosos do sexo feminino: método fotográfico. Rev. ter. ocup, v. 10, n. 2/3, p. 75-80, 1999.

NUNESI, Sonia; DA COSTA VARGENSII, Octavio Muniz. A Crioterapia COMO

ESTRATÉGIA PARA ALÍVIO DA DOR, 2007.

RODRIGUES, Edgard Meirelles; GUIMARÃES, Cosme S. Manual de recursos

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RODRIGUES, Mário Rui Vieira. Efeitos de um programa de hidroginástica na composição corporal e no desenvolvimento da resistência da força muscular e da flexibilidade de adolescentes e jovens adultos. Mestrado, Porto 2012.

SILVA, S. A. et al. Efeito da crioterapia e termoterapia associados ao alongamento estático na flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Motricidade, v. 6, n. 4, p. 55-62, 2010.

WILHELMS, Francieli et al. Análise da flexibilidade dos músculos da cadeia posterior mediante a aplicação de um protocolo específico de Isostretching. Arquivos de

Referências

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