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Os últimos Dias Da Humanidade - Bispo Alfredo Paulo

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Bispo Alfredo Paulo

OS

ÚLTIMOS

DIAS

DA

HUMANIDAD

E

(4)

Rio de Janeiro

Editora Gráfica Universal Ltda.

2002

P331u

Paulo, Bispo Alfredo

Os últimos dias da humanidade / Bispo Alfredo Paulo .

-Rio de Janeiro: Ed. Gráfica Universal, 2002. 144p.; 20 cm.

ISBN 85-7140-225-6

1. Escatologia - Doutrina bíblica. I. Título.

CDD: 236 Copyright© 2002

COORDENAÇÃO GERAL: Natal Furucho

DiAGRAMAÇÃO: Wilma Bessa Santos CAPA: Nei Carvalho

PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS E REVISÃO: Mônica Luz

Supervisão Geral: Shirley Rodrigues

IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Editora Gráfica Universal Ltda.

___________________________________ 1ª edição /1ª tiragem

Ano 2002

UNIVERSAL PRODUÇÕES Estrada Adhemar Bebiano, 3.610

Inhaúma - CEP: 20766-720 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2592-5911

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Código para pedidos: 209 Caixa Postal: 264 Rio de Janeiro - RJ CEP: 20001-970

ÍNDICE

INTRODUÇÃO PRIMEIRA PARTE 1. Falsos profetas 2. Violência 3. Guerras 4. Fome 5. Doenças 6. Terremotos 7. Perseguição 8. Pregação do Evangelho 9. Arrebatamento SEGUNDA PARTE 1. A tribulação 2. A Grande Tribulação 3. O anticristo

3.1. Características do anticristo durante a tribulação 4. As duas testemunhas

4.1. Características das duas testemunhas 5. Cristo volta para julgar e guerrear

5.1. Aspectos sobre a segunda etapa da vinda de Cristo 6. Armagedom

7. O Milênio 8. O Juízo Final

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Introdução

Na segunda metade do século XIX, quando o Novo Testamento começou a ser estudado de forma crítica, alguns teólogos, desapontados com a demora da volta de Jesus, embora sejam claras as Suas promessas, afirmaram que as predições bíblicas quanto ao futuro da humanidade eram apenas "invenções da Igreja Primitiva".

Os cristãos sinceros, entretanto, mantiveram acesa a chama da esperança de uma intervenção divina no final dos tempos, quando Deus, soberano sobre tudo e todos, mudará a situação do mundo e nele estabelecerá para sempre o Seu Reino.

No final do século XX, o interesse pelo estudo dos acontecimentos futuros preditos na Bíblia cresceu de modo surpreendente, inclusive fora do cristianismo e em regiões do planeta onde a Palavra de Deus sequer era lida.

O Tass, por exemplo, jornal oficial da União Soviética, publicou na segunda metade dos anos 80, antes do desmantelamento do império soviético, uma série de estudos das profecias bíblicas, ressaltando o papel da Rússia, que, segundo pesquisadores, invadiria a Palestina, dando início à Terceira Guerra Mundial.

Tal fato já é um sinal de que o fim está próximo, conforme Daniel 12.4:

"Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará."

O que acontecerá à humanidade nos seus últimos dias é o que nos esclarece este livro, sempre à luz da Bíblia, e, embora eventos terríveis estejam a cada dia mais próximos, aqueles que aceitaram o Senhor Jesus como seu Salvador terão grande alegria, pois verão confirmado que a eles está reservado desfrutar da glória de Deus por toda a eternidade.

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"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima." (Lucas 21.25-28)

Primeira parte

1. Falsos profetas

2. Violência

3. Guerras

4. Fome

5. Doenças

6. Terremotos

7. Perseguição

8. Pregação do Evangelho

9. Arrebatamento

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1. Falsos profetas

Nos últimos dias, o que mais se tem visto é o aumento dos falsos profetas, o surgimento de falsos cultos e a tolerância com as falsas doutrinas:

"Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, exigem abstinência de alimentos, que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade."

(I Timóteo 4.1-3)

Na passagem acima, o apóstolo Paulo alerta sobre o fato de que, nos últimos tempos, muitos se desviariam da simplicidade da fé, para darem ouvidos a espíritos enganadores.

Os acontecimentos têm provado, sem deixar qualquer dúvida, a verdade desta profecia. Há muito vêm surgindo diversos cultos, cada qual pretendendo ser a verdadeira Igreja e vilipendiando os demais movimentos. Citaremos alguns deles:

1) Teoria da Evolução — Criada por Charles Darwin, afirma que o homem descenderia dos primatas, ou seja, macacos, orangotangos, chipanzés, etc, em flagrante contradição à revelação bíblica, que mostra ter sido o homem criado à imagem de Deus:

"Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente."

(Gênesis 2.7)

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"Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou."

(Gênesis 1.26,27)

O homem é, portanto, sem sombra de dúvidas, a obra prima da criação de Deus, dotado de uma capacidade de raciocínio inexistente nos outros seres vivos, tendo o domínio sobre todas as demais criações divinas.

2) Mormonismo — Com sua doutrina de poligamia, ensina que se um homem casar com uma jovem, e, com o consentimento desta, casar com outra, e ambas forem dele, não haverá adultério. Se vier ainda a casar com outras dez, não estará cometendo adultério, pois todas lhe pertencem, sendo justificado o seu ato.

3) Espiritismo — Com sua satânica doutrina de reencarnação, ensina que na morte a pessoa recebe uma nova identidade, e nasce em outra vida, como animal, ser humano ou até mesmo um deus.

A morte, segundo suas doutrinas, não significa o fim de uma pessoa, mas sim que sua alma, sabendo que o corpo material, o qual neste mundo lhe servia como veículo ou instrumento, já chegou ao limite de tempo de uso, abandona-o a fim de mudar de corpo.

A Palavra de Deus nos mostra que o dia da Salvação é agora:

"Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação."

(2 Coríntios 6.2)

Não precisamos de outra vida ou de quaisquer supostas vidas anteriores, até porque "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hebreus 9.27).

Também está claro que quando Moisés e Elias apareceram no monte da transfiguração, ainda eram Moisés e Elias: "E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com eles" (Mateus 17.3).

O Senhor Jesus também manteve a Sua identidade depois da Sua morte e ressurreição, e Ele mesmo, não alguma reencarnação, voltará à Terra: "Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir" (Atos 1.11).

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O Senhor Jesus não ensinou a reencarnação a Nicodemos, quando disse: "Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3.3).

Ele estava Se referindo ao fato de que Nicodemos precisava abandonar sua velha natureza e se regenerar espiritualmente, tendo uma nova vida. Os apóstolos entenderam isso e ensinaram essa verdade: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura" (2 Coríntios 5.17).

João Batista não era a reencarnação de Elias, conforme ele mesmo disse:

"Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu? Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou."

(João 1.19-21)

4) Testemunhas de Jeová — Grupo sectário e intransigente ao extremo, ensina que Jesus é a primeira criação de Deus, que era o arcanjo Miguel antes de Se tornar homem, e que só Se tornou Cristo (o Messias) no batismo; que Ele não ressuscitou corporalmente e não pode ser adorado.

Diz também ser o Espírito Santo apenas uma força ativa e nega a existência do inferno em seu sentido literal. Os santos do Antigo Testamento, segundo suas doutrinas, não irão para o Céu, para onde só irão 144 mil eleitos. Proíbe a transfusão de sangue e condena todos os outros seguidores de Jesus.

O pastor Russel, seu fundador, predisse a segunda vinda de Jesus para o ano de 1914, predição esta que, como se sabe, falhou totalmente, porém marcar datas para a volta do Senhor Jesus não é uma exclusividade das Testemunhas de Jeová.

De acordo com muitos comentaristas bíblicos, os "marcadores de data" para a segunda vinda de Cristo contribuíram para que as profecias bíblicas fossem desacreditadas por muitos.

A mania de marcar datas começou por volta do ano 500 d.C. A Igreja primitiva não marcava datas específicas, pois acreditava que Cristo poderia voltar a qualquer momento. Apesar das Escrituras Sagradas proibirem a marcação de datas, sempre havia aqueles que lançavam mão de cálculos para fazê-lo.

Os cristãos fiéis sabem que está próximo o fim dos tempos, e que a volta de Jesus é iminente, mas a marcação de datas está fora da Palavra de Deus: "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade" (Atos

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1.7).

5) Ciência Cristã — Não é nem Ciência e nem cristã. Sua fundadora, Mary Baker, casada três vezes, estabeleceu uma religião firmada em um sistema de negações.

Declarou não existir enfermidade, pecado, doença ou morte. Tudo seria produto da imaginação. Satanás também se utiliza de argumentos semelhantes para pregar que não existe pecado, morte, dor, inferno e tantos outros fatores pertinentes à humanidade, os quais o homem gostaria que não existissem, para viver sem nenhuma culpa ou obrigação para com Deus.

6) Catolicismo — Citaremos algumas de tantas doutrinas falsas da Igreja Católica, que ensina, por exemplo, que existe salvação somente através da igreja, contrariando totalmente a Palavra de Deus, que diz:

"Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos."

(Atos 4. I 1, 12)

Ensina também a salvação através de boas obras, quando a Bíblia nos ensina o contrário:

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."

(Efésios 2.8,9)

Afirma ter capacidade para perdoar pecados, porém só Deus, através do Senhor Jesus, pode fazer isso: "Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados" (Marcos 2.5).

Diz ser a única Igreja verdadeira, rotulando todas as outras de seitas, quando a única Igreja verdadeira é a do Senhor Jesus Cristo, independente de denominação, porém uma Igreja comprometida com a verdade e que tem as suas doutrinas fundamentadas na Palavra de Deus.

O papa, segundo o catolicismo romano, é o vigário de Cristo, ou seja, Seu substituto. A Bíblia, entretanto, diz que o Seu único substituto é o Espírito Santo:

"Mas eu vos digo a verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for,

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eu vô-lo enviarei."

(João 16.7)

O papa seria ainda infalível, mais uma vez contrariando a Palavra de Deus: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23).

O batismo de crianças não passa de uma tradição católica, pois só pode haver batismo quando a pessoa crê no Senhor Jesus e se arrepende dos seus pecados.

Um bebê não pode crer nem se arrepender:

"Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água que impede que seja eu batizado? [Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus]."

(Atos 8.36,37)

E ainda: "Eu vos batizo com água para arrependimento" (Mateus 3.11).

Dentre tantas doutrinas falsas, a Igreja Católica também ensina que Maria seria mediadora; auxiliadora; intercessora; advogada e protetora. Que ela daria ordens e estas seriam atendidas por um bebê no colo; que ela seria capaz de salvar e que teria permanecido virgem perpetuamente.

A verdade é que o único Intercessor é o Senhor Jesus: "...o qual está a direita de Deus, e também intercede por nós" (Romanos 8.34). Ele é o nosso Advogado: "...temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 João 2.1).

Maria não permaneceu virgem eternamente, pois a Bíblia faz referências sobre os irmãos do Senhor Jesus: "Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe" (Mateus 12.46); "Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" (Mateus 13.55); "... e também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?" (1 Coríntios 9.5); "E não vi outro dos apóstolos, senão a Tiago, o irmão do Senhor" (Gálatas 1.19).

O purgatório, por sua vez, é uma das falsas doutrinas que mais dão lucro à Igreja Católica, pois a família da pessoa que teria morrido sem salvação tem que pagar dezenas de missas, para supostamente retirar sua alma daquele lendário lugar, sem jamais ter a certeza de que seu familiar foi salvo.

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O purgatório não é mencionado uma vez sequer na Bíblia. A salvação é decidida enquanto se está vivo; depois de morto, só resta o juízo: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hebreus 9.27).

Quanto à idolatria, tão condenada na Bíblia em muitos versículos, assim nos diz o Senhor mais precisamente no segundo Mandamento:

"Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus..."

(Êxodo 20.4,5)

Existe, portanto, uma proibição explícita por parte do próprio Deus. Não se deve fazer imagens nem figura alguma do que há nos céus, na Terra, nas águas, debaixo da Terra, para se curvar diante delas, ou lhes prestar qualquer culto ou veneração. E aqueles que as fazem, ou lhes prestam culto e as veneram, estão desobedecendo ao próprio Altíssimo.

A Bíblia afirma que as imagens atraem maldição:

"Maldito o homem que fizer imagem de escultura, ou de fundição, abominável ao Senhor, obra de artífice, e a puser em lugar oculto."

(Deuteronômio 27.15)

Todos os cultos e doutrinas falsas citados até agora são conhecidos, porém o que mais nos tem chamado a atenção é o fato das falsas doutrinas invadirem as igrejas que se dizem evangélicas, confirmando as palavras do Senhor Jesus:

"E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos."

(Mateus 24.4,5,10,1 I)

Dentre estas, as mais comuns são:

1) "Cair pelo poder de Deus" — conhecida como "fanerose", diz que quando alguém se sente cheio do Espírito Santo, cai no chão, como se estivesse desacordado, sendo uma suposta manifestação visível da presença do Espírito Santo.

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Jesus e os apóstolos ensinaram tal coisa. Aqueles que crêem nessa doutrina afirmam ter base bíblica, citando casos como o de Adão, a quem Deus fez dormir; Abrão, a quem Deus falou quando estava em profundo sono; Daniel, que ao ter uma visão caiu sem sentidos; Saulo, que caiu por terra diante da luz de Deus, e João, que diante da visão do Cordeiro caiu como morto.

Se, porém, analisarmos essas passagens bíblicas, constataremos que não há qualquer base para, a partir delas, estabelecer essa doutrina, pois todos esses casos foram isolados, e cada um com a sua razão de ser.

O sono de Adão deu origem a Eva:

"Então, o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher."

(Gênesis 2.21,22)

O de Abrão foi seguido de grande pavor e cerradas trevas: "Ao pôr-do-sol, caiu profundo sono sobre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o acometeram" (Gênesis 15.12).

A queda de Daniel aconteceu depois de 21 dias de jejum e

oração:

"Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras. Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam. Fiquei, pois, eu só e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma. Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo-a, caí sem sentidos, rosto em terra."

(Daniel 10.3,7-9) Saulo, quando caiu, estava cheio de ódio:

"Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém. Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco subitamente uma luz do céu brilhou ao

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seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?"

(Atos 9.1-4)

E não apenas Saulo caiu; seus companheiros, assassinos, também caíram: "E, caindo todos nós por terra..." (Atos 26.14).

E o apóstolo João estava preso na Ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus, e se encontrava em espírito, e caiu após ouvir a voz do Senhor, como som de trombeta: "Quando o vi, caí a seus pés como morto" (Apocalipse 1.17).

Nada há nestas passagens que reforce a doutrina do "cair pelo poder de Deus", pois o grande fundamento da fé cristã está em levantar o homem, e não em fazê-lo cair: "Então, o Espírito me levantou e me levou à porta oriental da Casa do Senhor, a quai olha para o oriente" (Ezequiel 11.1).

Este é o propósito de Deus: levantar os que se encontram caídos, no chão, na miséria, nas doenças, para fazê-los enxergar que, assim como um pai que deseja e se alegra em ver o seu filho de pé, Ele também deseja que aqueles que O invocam, de todo o coração, levantem-se e enxerguem a plenitude de vida que o Senhor Jesus nos veio trazer.

Exemplo disso aconteceu com o cego de Jericó:

"Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama. Perguntou Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou."

(Marcos 10.49,51,52)

Aliás, quem gosta de ver as pessoas na miséria, doentes, perdidas, é o diabo! E a Bíblia nos ensina que ele é quem joga as pessoas no chão:

"E um, dentre a multidão, respondeu: Mestre, trouxe-te o meu filho, possesso de um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, lança-o por terra."

(Marcos 9.17,18)

A manifestação visível da presença de Deus na vida do cristão não é cair no chão, rolar pelo piso sujo e empoeirado de um salão de culto, tampouco dormir na hora em que uma pessoa está orando ou pregando a Palavra de Deus.

Cada cristão tem a responsabilidade de testemunhar, na sua própria vida, a ressurreição do nosso Senhor Jesus, e também de manter uma conduta irrepreensível. Aí está a manifestação visível,

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o poder de sermos testemunhas vivas do Senhor Jesus.

A Palavra de Deus nos mostra que: "Não havendo sábia direção, cai o povo" (Provérbios 11.14). E o que tem acontecido com aqueles que caem nessa falsa doutrina.

2) Predestinação — falsa doutrina que tem sido divulgada abertamente em muitas igrejas evangélicas, através de interpretações distorcidas da Palavra de Deus.

Os predestinistas dizem que Deus escolhe algumas pessoas para que sejam salvas, enquanto outras estariam destinadas à perdição. Esta doutrina foi criada por Agostinho, bispo de Hipona, no quarto século, a partir de uma reação contra o livre-arbítrio.

Filósofo e teólogo, Aurélio Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje chamada Souk Ahrás, província romana da Numídia, hoje Algéria, África, filho de um funcionário municipal, Patrício, e de Mônica, venerada como santa pelo catolicismo romano.

Viveu durante 15 anos com a mãe de seu filho, Adeodato, sendo que os últimos oito anos foram passados em Cartago, também no continente africano, onde era professor de Eloqüência, função que posteriormente exerceu em Milão, na Itália.

A família se desfez em 384, por motivos religiosos, quando Agostinho se converteu ao cristianismo, numa separação muito triste e dolorida para o casal. Adeodato ficou com o pai e a mãe voltou sozinha para Cartago.

Em companhia da mãe, do irmão, Navígio, do filho e de alguns discípulos, Agostinho viveu numa espécie de retiro espiritual de setembro de 386 a março de 387, ano em que sua mãe foi vítima de uma enfermidade, que em nove dias provocou a sua morte, aos 56 anos de idade.

No ano seguinte morreu Adeodato, seu filho, com 16 anos, também vítima de uma doença que em pouco tempo o matou.

Em 395 foi sagrado bispo na cidade de Hipona, pequeno porto no Norte da África. Escreveu 232 livros, além de inúmeras cartas e sermões. Morreu com 76 anos, no dia 28 de agosto do ano 430.

Algumas Ordens e Congregações Religiosas do catolicismo romano levam o seu nome, dentre elas Agostinianos Assuncionistas; Ordem dos Agostinianos Recoletos; Ordem de Santo Agostinho; Ordem dos Agostinianos Descalços.

Confrontação bíblica

Todas as vezes que a Bíblia fala que Deus nos predestinou, diz respeito a que Ele, na Sua onisciência, antecipou a possibilidade de que o ser humano escolhesse o caminho do mal,

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e, por isso, criou antecipadamente um plano para salvá-lo: "Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade" (Efésios 1.5).

E em todas as vezes que a Palavra de Deus fala de predestinação, refere-se a um povo ou um conjunto de pessoas, sempre num sentido coletivo, e nunca em particular.

A predestinação não tem respaldo bíblico; é, portanto, uma doutrina falsa, e os que a apóiam ofendem diretamente a Deus, que não faz acepção de pessoas: "Porque para com Deus não há acepção de pessoas" (Romanos 2.11).

A predestinação anularia o sacrifício do Senhor Jesus, pois se somos predestinados para a salvação ou perdição, Deus teria sacrificado Seu Filho inutilmente, e também Se revelaria um Deus cruel, que permitiria o nascimento dos seres humanos para depois destinar milhões para o inferno, pela Sua livre vontade.

Eliminaria também a necessidade do ser humano ser julgado, pois como poderia ser condenado ou absolvido por algo que teria sido determinado por Deus, e não pela sua vontade própria?

De nada adiantaria perseverar na fé cristã, pois aqueles que tivessem sido predestinados para serem salvos seriam salvos, e os perdidos já estariam perdidos. A Palavra de Deus, porém, diz que temos de perseverar na fé, combater o bom combate, viver uma vida santa e ser fiéis até a morte: 'Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mateus 24-13); "Combate o bom combate da fé..." (1 Timóteo 6.12); "Sede santos, porque eu sou santo" (1 Pedro 1.16); "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Apocalipse 2.10).

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2. Violência

O livro de Mateus nos relata que durante um de Seus sermões, Jesus Cristo anunciou o que é chamado "princípio das dores", dizendo: "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mateus 24.12).

E pelo fato do amor se esfriar de quase todos, temos visto que a cada dia aumenta a violência. E comum, nos dias de hoje, a divulgação nos noticiários de crimes cada vez mais violentos: filhos matando os próprios pais, crimes passionais e chacinas, dentre outros. Ate parece que as pessoas se alimentam da violência: "Do fruto da boca o homem comerá o bem, mas o desejo dos pérfidos é a violência" (Provérbios 13.2).

A violência urbana tem ultrapassado em muito o limite do que se vê nas guerras, e foi exatamente isso que aconteceu antes do dilúvio: "A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência" (Gênesis 6.11).

A Terra estava tão violenta, que Deus disse: "Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra" (Gênesis 6.13).

O que tem havido é a banalização do mal. O homem está se tomando cada vez mais violento; gastam-se milhões com segurança, e parece que quanto mais se fala no assunto, pior fica.

O tráfico de drogas alimenta a violência e o contrabando de armas nas grandes cidades brasileiras. E no contexto internacional, a questão assume proporções ainda mais alarmantes.

Em alguns países, o tráfico financia guerrilhas para a derrubada de governos, e em outros financia organizações terroristas, as quais usam até mesmo o nome de Deus para apregoar uma "Guerra Santa" e justificar atentados em outras nações, provocando a morte de milhares de pessoas.

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inteiro vivem amedrontados: "...porque vejo violência e contenda na cidade" (Salmos 55.9).

Os veículos de comunicação divulgam sem nenhum pudor a violência. Até mesmo os filmes que são produzidos, na sua grande maioria, focalizam como tema principal a violência, confirmando o que diz a Palavra de Deus: "Faze cadeia, porque a terra está cheia de crimes de sangue, e a cidade, cheia de violência" (Ezequiel 7.23).

Por mais que as pessoas tenham condições financeiras, não estão livres da violência, pois esta atinge todas as classes sociais, mantendo-as atormentadas: "...ora, o medo produz tormento..." (1 João 4.18).

Isso tudo, no entanto, nada mais é que um sinal da volta de Jesus.

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3. Guerras

Já em 1905, o cientista Albert Einstein acenava com a fórmula matemática do átomo e, algumas décadas depois, após a II Guerra Mundial, o mundo conhecia, estarrecido, o alcance da descoberta da energia atômica, com a destruição das cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão.

Era o poder atômico, previsto pela Bíblia em Apocalipse 13.13: "Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo dos céus faz descer à terra, diante dos homens."

De acordo com estudiosos das Escrituras Sagradas, a palavra "céus" é traduzida do vocábulo grego "ouranos", que é exatamente o elemento do qual é produzida a bomba atômica.

Confirmando a profecia, o Senhor Jesus, em Lucas 21.26, fala dos sinais do fim dos tempos:

"Haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados."

No livro de Mateus, Ele também fala de um tempo de acontecimentos terríveis, que ocorreriam um pouco antes da Sua volta à Terra.

Até a descoberta da bomba atômica, entretanto, mesmo nas guerras pelas quais passava a humanidade, em várias partes do planeta, não havia destruição em frações de segundos, como a causada por uma guerra nuclear, conforme predisse a Palavra de Deus:

"Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados."

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O ápice desse leque de descobertas científicas dentro desse período foi exatamente a terrível tecnologia para a fabricação da bomba atômica, a qual, além de ter propiciado a tragédia da destruição de Hiroshima e Nagasaki, avança em seu aperfeiçoamento pelos países que ainda pretendem utilizá-la para a destruição de nações inteiras.

Atualmente, grupos militares de todo o mundo se encontram em estado de alerta máximo. A guerra, que tanta gente temia, infelizmente já começou, e a ONU, Organização das Nações Unidas, classificou o acontecimento como a pior crise humanitária mundial.

As tropas norte-americanas, apoiadas pelas tropas inglesas, e o exército da Aliança do Norte, milícia local armada que se opõe ao Talibã, regime fundamentalista do Afeganistão, no Oriente Médio, após terem atingido bases estratégicas em sete cidades daquele país, conseguiram chegar à capital, depondo o Governo e estabelecendo uma aliança provisória.

Até que isso acontecesse, o mundo assistiu à fuga desesperada de milhares de afegãos em direção às fronteiras, enquanto caíam sobre o território, já quase totalmente arrasado pela guerra civil, bombas e mísseis, junto com os contêineres de "ajuda humanitária", alguns com até 900 Kg, que também provocaram mortes e destruição, quando atingiam áreas ainda habitadas.

As lideranças das minorias políticas, étnicas e religiosas estão agora se reunindo, sob a coordenação da ONU, Organização das Nações Unidas, na tentativa de formar um governo de coalisão, para que todas as camadas da sociedade afegã tenham participação nas decisões quanto ao futuro da nação.

As tropas russas, que durante muito tempo foram consideradas inimigas e combatidas, por estarem no país tentando manter o domínio da União Soviética, estão novamente presentes, desta vez para ajudarem a reconstruir a nação.

Isso é parte de um acordo político, pois a Rússia sempre apoiou a Aliança do Norte na sua resistência contra a Milícia Talibã.

Muito mais complicado, porém, do que deter as ofensivas terroristas, que podem incluir armas químicas e biológicas, é conter a perigosa onda de ódio que assola vários países do Oriente e do Ocidente.

Chefes políticos, completamente cegos pelo rancor, e homens-bomba, suicidas enlouquecidos pelo fanatismo religioso, expõem bilhões de inocentes, de todas as nações, ao perigoso resultado de algo que pode ser classificado, no mínimo, como

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insanidade mental generalizada.

Os norte-americanos, por sua vez, também já não se sentem tranqüilos em seu próprio país. Resta perguntar: Para onde correr, quando todo o planeta parece uma bomba prestes a explodir?

"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes do todos os homens , afirmou o apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, capítulo 15, versículo 19.

Reconhecidas historicamente como importantes marcos do cristianismo, as cartas de Paulo apontam para o único caminho de escape à frágil condição humana: o Senhor Jesus Cristo.

Entretanto, esquecidos de olhar para o alto, de onde vem a salvação, os governantes elaboram estratégicas das mais complicadas e escusas, no intuito de demonstrar superioridade uns sobre os outros.

Naturalmente a comunidade mundial lamenta o desaparecimento de tantas vidas no atentado terrorista ao World Trade Center, em Nova Iorque, Estados Unidos, ocorrido no dia 11 de setembro de 2001. Nada justifica tamanha tragédia. Mas não há, também, como explicar que a sede de vingança tenha chegado, com seus passos demoníacos, ao desesperado Afeganistão.

"Ah! Meu coração! Meu coração! Eu me contorço em dores. Oh! As paredes do meu coração! Meu coração se agita! Não posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra."

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4. Fome

Em relatório oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), constam os dados de que cresce a cada dia a distância que separa ricos e pobres em todo o mundo. Só nos últimos 30 anos, 20% das pessoas mais pobres do mundo diminuíram sua participação na renda mundial, enquanto a parte dos 20% mais ricos aumentou consideravelmente.

As conclusões do relatório também são estarrecedoras: 358 multimilionários do mundo possuem, juntos, mais dinheiro do que 45% da população mundial.

"Se continuarmos nesse ritmo, as diferenças deixarão de ser iníquas para se tornarem desumanas", advertiu o até então coordenador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Richard Jolly.

Ainda segundo o relatório, aproximadamente 400 milhões de pessoas vivem na pobreza nas grandes cidades, o que corresponde a um terço da população urbana do mundo.

Embora a produção de alimentos seja suficiente para acabar com a fome em todo o planeta, a injusta distribuição de renda impede que os mais pobres consigam recursos suficientes para comprar o alimento.

Inúmeras análises sociais, econômicas e financeiras já derrubaram os mitos de que catástrofes naturais, como terremotos, secas e furacões, ou a superpopulação, sejam responsáveis pela fome que dizima povos inteiros. A omissão humana é, na verdade, a causa maior das desigualdades sociais.

No Brasil, por exemplo, a seca na região Nordeste do país deixa para trás uma multidão de vítimas, entre homens, mulheres, crianças e animais, que morrem devido à falta de alimentos essenciais à vida.

A desigualdade e má distribuição de renda têm sido alguns dos maiores vilões nesse abismo social existente entre a população brasileira. Essas pessoas acabam vivendo em condições subumanas, sem estruturas básicas, como saúde e educação,

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sendo as crianças, por motivos de sobrevivência, levadas aos trabalhos nas lavouras, ainda em idade pré-escolar, gerando, dessa forma, um dos maiores fatores de evasão das salas de aula, contribuindo para o aumento do número de analfabetos na região.

Sem contar a taxa de mortalidade infantil, que continua atingindo escalas assustadoras. Em determinadas regiões nordestinas, de cada sete bebês que nascem, um morre antes de completar o primeiro ano de existência, em conseqüência de diarréia e desnutrição, e aqueles que sobrevivem têm uma expectativa de vida muito baixa.

Famílias que normalmente vivem em casas construídas com palha, taipa, pau-a-pique ou bambus, usando o barro como enchimento, passam até semanas sem ter alimento em seus lares, sendo forçadas a consumirem calangos e vegetação local, principalmente espécies de plantas usadas para alimentação do gado, ou papa feita de farinha com água. Em algumas delas, a renda mensal é inferior a trinta reais.

Visando à busca de soluções para os principais problemas do sertão nordestino, o Projeto Nordeste, idealizado pelo bispo Edir Macedo e dirigido pelo bispo Marcelo Crivella, vem sendo desenvolvido na Fazenda Nova Canaã, no município de Irecê, no interior do Estado da Bahia. Lá foi implantado o sistema de irrigação por gotejamento, nos moldes utilizados em Israel,

São mais de 550 quilômetros de mangueiras providas de inúmeros furos, por onde goteja a água sobre o pe de cada planta, o que evita o desperdício. Essa água é extraída do subsolo, através de potentes bombas.

No local existem mais de quinze poços artesianos, que abastecem dois reservatórios com capacidade para mais de três milhões de litros de água. Um dos trabalhos desenvolvidos na fazenda, por exemplo, é o cultivo de solos em clima semi-árido, utilizando modernas técnicas de produção de sementes e condições adequadas para industrializar e comercializar as safras obtidas.

Quanto ao lado social, o projeto tem atendido às comunidades carentes, oferecendo emprego às famílias e tirando as crianças, na fase pré-escolar, dos trabalhos pesados na lavoura, evitando que elas, devido às precárias condições financeiras da família, tenham danos irreversíveis no desenvolvimento físico, intelectual e emocional. Confirmando que quando há vontade humana e fé, tudo é possível!

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5. D

OENÇAS

Peste Negra — por volta do ano de 1357, pessoas de diversas partes do mundo começaram a ser atingidas por uma doença de causas desconhecidas até aquele momento, caracterizada pelo surgimento de manchas pretas provocadas por hemorragia subcutânea. Às vezes formavam-se dolorosos caroços em diversas partes do corpo, e quase sempre a morte era inevitável.

Em algumas cidades da Europa, a epidemia chegou a dizimar quatro quintos de seus habitantes, sendo comum a abertura de grandes valas para sepultar os mortos. Calcula-se que tenham perecido quase 500 mil pessoas.

Gripe Espanhola — no final da I Guerra Mundial, a Ciência já havia tido um grande avanço, e se esperava que grandes epidemias, de proporções como a da Peste Negra, não mais ocorressem.

No entanto, em pouco tempo, uma gripe de forma virulenta assolou o mundo, e se contabilizaram mais mortos que durante os quatro anos de guerra. Dessa vez foi a Gripe Espanhola, que em uma estatística superficial vitimou 12 milhões de pessoas em todo o planeta.

Tuberculose — hoje a quarta causa de mortes no mundo, atingiu 7,3 milhões de pessoas e provocou 2,9 milhões de mortes em 1997, porque as novas variedades da bactéria estão muito resistentes aos antibióticos atuais.

Febre Amarela — vem ressurgindo com rapidez, matando em 1997 um total de 30 mil pessoas, com um saldo acumulado de 200 mil doentes, em sua maioria na África.

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Dengue — descoberta nos anos 70, é um vírus do grupo "arbovírus". A forma mais grave é a dengue hemorrágica.

Hepatite C — silenciosa, calma e devagar; sem causar alarde e sem sintomas, a hepatite C, uma espécie de inflamação no fígado provocada pelo vírus HCV, é uma doença que pode levar até 30 anos para atingir seu objetivo: no mínimo, uma insuficiência hepática com cirrose. No máximo, um câncer fatal.

Transmitido através do sangue contaminado, com transfusão, seringas e drogas injetáveis, o vírus, que tem como característica principal a evolução para a forma crônica e se subdivide em seis tipos, se instala e permanece no organismo, não escolhendo aparência nem classe social para atacar.

Em seu silêncio, já fez mais de 170 milhões de portadores que, exatamente pela falta de sintomas, não conseguem diagnosticar a tempo de evitar o avanço e o estágio crônico. Dados da OMS, Organização Mundial de Saúde, prevêem que a doença deverá ter 500 milhões de vítimas em todo o mundo nos próximos anos.

Ebola — é apenas mais um dos vírus descobertos recentemente, e que recebem a denominação de "emergentes". Ganhou notoriedade mundial com o surto da doença ocorrido no Zaire, no continente africano, em 1995.

Mata 90% das suas vítimas, ocorrendo a morte em poucos dias. O quadro clínico é tão horrível que parece efeito especial de filme norte-americano, do gênero "terror-ficção". O vírus ataca todos os órgãos e tecidos do corpo humano, com exceção dos ossos e alguns músculos.

O colágeno, substância responsável pela unidade da pele, e que mantém os órgãos juntos, transforma-se em uma pasta disforme. A pessoa infectada expele sangue por todos os orifícios do corpo, inclusive pelos olhos e rachaduras espontâneas que surgem na pele.

O globo ocular fica cheio de sangue, o que causa cegueira. A hemorragia interna não pára, porque o sangue não coagula. O revestimento da traquéia e da garganta se desmancha, e pode descer para os pulmões. Surgem hemorragias no coração e o músculo fica flácido.

O fígado incha, apodrece e se torna líquido; a medula se desfaz em pedaços; os rins, repletos de células mortas, deixam de funcionar e a urina se mistura com sangue. O baço incha e endurece, e a pessoa vomita pedaços de intestino com sangue. O vírus destrói o cérebro e a vítima geralmente tem convulsões epilépticas no estágio final da doença.

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Em janeiro de 1985, a Organização Mundial da Saúde publicou um relatório intitulado "Controle e prevenção de doenças transmissíveis, doenças infecciosas novas, emergentes e reemergentes", revelando o grau de preocupação com o surgimento de novas doenças.

Médicos, biólogos e cientistas estão absolutamente perplexos com os acontecimentos. Doenças causadas por bactérias, como cólera, salmonelíase, difteria e meningite, além da dengue e da febre amarela, também voltaram a assustar o mundo.

O medo de um ataque terrorista, utilizando armas biológicas, com bactérias e diversos tipos de vírus, se espalhou pelos Estados Unidos desde os ataques do dia 11 de setembro de 2001.

A bactéria Antraz (Anthrax, conforme seu nome original), por exemplo, deixou o país mais rico do mundo em alerta depois de uma onda de contaminações.

Ela é capaz de sobreviver por mais de cem anos, mesmo soterrada, segundo Brian Moffat, diretor de Arqueologia de uma escavação em Soutra, cidade nos arredores de Edimburgo, na Escócia, cuja equipe encontrou esporos soterrados, os quais sobreviveram por mais de um século.

"Se a bactéria ainda está ativa aqui, há razão para acreditar que ela pode sobreviver em muitos outros locais", disse o pesquisador à agência de notícias France Presse.

Um desses locais é a Ilha Guinard, a Oeste das terras escocesas. Em 1941, agentes dos serviços secretos inglês e norte-americano começaram a suspeitar que Hitler, o genocida que levou o mundo à II Guerra

Mundial, estivesse fazendo testes com armas biológicas, utilizando exatamente essa bactéria.

O Governo britânico decidiu então transferir seus pesquisadores para essa ilha, por ser pequena, desabitada e próxima à base militar de Loch Ewe, levando ainda 60 ovelhas, que serviram como cobaias nas experiências.

Colocados em cercados e expostos à bactéria, os animais morreram em poucos dias, sendo enterrados em uma caverna na ilha, com algumas toneladas de pedra por cima. Isso, entretanto, não evitou que um dos corpos tosse levado para o mar durante uma tempestade.

Foram necessários cinqüenta anos para descontaminar o local, e, mesmo assim, de acordo com o jornal árabe Khallej Times, só após onze anos da retirada das placas de "Afaste-se" poucas pessoas se aventuraram a visitar a ilha, que ficou conhecida como "a Ilha Antraz".

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causador da Aids, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, foi isolado em 1983 e é 100% letal.

Desde o surgimento da doença, ela é sem dúvida a mais conhecida. O vírus ataca os glóbulos brancos do sangue, responsáveis pela defesa do organismo, que, assim, fica debilitado e suscetível ao ataque de germes oportunistas, que provocam vários tipos de infecções. Não há perspectiva de vacina eficaz, porque o vírus se modifica constantemente.

A Peste Negra, que assolou a Europa até o século XVII, parece uma simples gripe, se comparada à Aids, que é na verdade um caso de saúde pública mundial.

Segundo pesquisas recentes publicadas em vários idiomas pelo Worldwatch Institute, organização não governamental sediada em Washington, capital norte-americana, desde o seu aparecimento, há 20 anos, a Aids já matou 20 milhões de pessoas em todo o mundo, deixando atualmente um contingente de 50 milhões de infectados.

Ásia — A China, país com mais de um bilhão de habitantes, de acordo com os dados do Worldwatch, tem um milhão de infectados, um percentual considerado baixo em relação ao total da população.

A transmissão do vírus está ligada à venda de sangue, que no interior da China continua sendo um recurso para aumentar a renda familiar, embora oficialmente esse comércio tenha sido extinto em 1998.

Na índia, onde a prostituição é uma atividade que chega a pesar na economia, o número de soropositivos chega a quatro milhões. Em 1997, em Bombaim, a maior cidade da Costa Oeste, 70% das prostitutas já estavam infectadas pelo vírus da Aids.

De acordo com relatório divulgado em dezembro de 2001 pela ONU, entretanto, os países do antigo bloco soviético são os que apresentam a maior taxa de crescimento de infectados pelo vírus HIV do planeta. Fontes extra-oíiciais afirmam que os números reais são até cinco vezes maiores do que os apresentados pelos governos locais.

Países como Camboja e Tailândia não divulgaram dados oficiais quanto ao número de pessoas infectadas em seus territórios, nem qualquer outra estatística.

Europa — Nos países do chamado Primeiro Mundo, os avanços nas pesquisas médicas têm levado à descoberta de terapias que prolongam a vida, o que, paradoxalmente, tem aumentado o número de infectados com o vírus HIV. A razão disso é que as pessoas estão encarando essas terapias como curas definitivas, deixando de lado o chamado "sexo seguro".

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América Latina tem se dado principalmente entre casais heterossexuais, contrastando com os países do Primeiro Mundo, onde as relações sexuais entre homens têm sido a maior causa do aumento dos índices de infecção.

Quase dois milhões de pessoas são portadoras do HIV, tornando essa região, somada ao Caribe, a segunda mais afetada do mundo, perdendo só para a África.

África — A situação no continente africano é dramática. No ano 2000 o total de contaminados pelo vírus HIV chegou a 25 milhões. Pesquisas recentes divulgadas pela agência internacional de notícias Reuters mostram que mais de 12 milhões de crianças e adolescentes com menos de 15 anos ficaram órfãos no ano 2001, em conseqüência da Aids, na chamada África subsaariana, ou seja, nos países localizados abaixo do Deserto do Saara. Há que se levar em conta que essas crianças e adolescentes não têm outros parentes vivos com quem morar, indo para as ruas.

A África do Sul, o país com maior desenvolvimento do continente africano, é também a nação com o maior número de infectados pelo vírus HIV em todo o mundo. Estatísticas oficiais apontam que uma em nove pessoas está contaminada, e que a cada ano nascem entre 70 mil e cem mil bebês com o vírus. Instituições religiosas em atividade junto às populações mais pobres do país, entretanto, afirmam que 60% dos sul-afncanos estariam contaminados pelo vírus HÍV.

Aproximadamente 8% da população adulta de Camarões, país localizado na costa Oeste da África, estão infectados com o vírus da Aids. Em entrevista coletiva à imprensa internacional, o ministro Jacques Fame Ndongo declarou: "O Ocidente deveria mobilizar uma campanha mundial contra a Aids igual à coalizão internacional contra Bin Laden".

Em Botswana, país ao Sul do continente africano, o índice de contaminação com o vírus da Aids atinge a marca de um terço dos adultos. O país solicitou ao Governo brasileiro cooperação para formação de profissionais e transferência de tecnologia para a produção de medicamentos, para enfrentar a epidemia.

Convênios de cooperação já foram assinados pelo Brasil com Angola; Moçambique; Guiné-Bissau; Cabo Verde; São Tome e Príncipe; todos de língua portuguesa. Namíbia; Zimbabwe; África do Sul; Quênia e Nigéria, países de língua inglesa, já manifestaram interesse em um intercâmbio com o Governo brasileiro.

Estados Unidos — De acordo com a Escola de Saúde pública de Harvard, em Boston, Estado de Massachusetts, a maioria dos universitários norte-americanos não usam regularmente preservativos, embora conscientes do risco das doenças

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sexualmente transmissíveis, o que inclui a Aids,

Medicamentos — A Medicina ainda não acena com uma vacina ou um antibiótico realmente eficaz contra o HIV Uma medicação paliativa, entretanto, que reúne vários remédios e recebe a denominação de "coquetel anti-Aids", tem sido a causa de desentendimentos internacionais, por causa das patentes que os grandes laboratórios detêm.

Quebra de patentes — O Brasil está propondo a quebra de patentes para dois de nove medicamentos que integram um coquetel anti-Aids, com base na Lei de Patentes, de 1996. Em novembro de 2000, entretanto, os Estados Unidos recorreram à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra esse tipo de iniciativa.

A alegação dos laboratórios norte-americanos é que a quebra das patentes viola regras internacionais de proteção da propriedade intelectual. Organizações não governamentais de defesa dos direitos dos aidéticos acusam o Governo norte-americano de defender mais o acúmulo de lucros nos cofres desses laboratórios que a vida humana.

O Governo sul-africano, o primeiro a se manifestar na ONU em favor da quebra de patentes, venceu no ano de 2001, nas cortes internacionais, uma disputa contra 39 das maiores empresas farmacêuticas do mundo, obtendo a permissão para importar versões mais baratas de drogas anti-Aids, o que no Brasil é chamado de medicamento genérico. O Quênia, também no continente africano, já anunciou sua intenção de seguir o mesmo caminho.

Cruz Vermelha — Em reunião recente na Tailândia, Ásia, representantes da Cruz Vermelha, organismo internacional de ajuda, e das Sociedades do Crescente Vermelho, organizações não governamentais locais, elaboraram um manifesto pedindo mudanças nas leis internacionais de importação de genéricos, para que os fabricantes desses medicamentos possam exportá-los para os países com alta incidência de Aids.

Conclusão

A cada dia no mundo mais pessoas ficam doentes, o que somado ao encarecimento das modernas técnicas médicas faz aumentar em muito os gastos com saúde, principalmente nos países subdesenvolvidos. A humanidade, entretanto, está cada vez mais enferma. Moléstias antigas ressurgem com uma ferocidade jamais vista, enquanto novas doenças surgem a cada ano.

Ainda que isso seja um sinal dos últimos dias da humanidade, saiba que se você se encontra doente, já buscou

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socorro na Medicina, através de tratamentos e remédios, e não obteve a cura, o Senhor Jesus na cruz do Calvário levou as nossas dores e as nossas enfermidades:

"Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados."

(Isaías 53.4,5)

6. Terremotos

Considerados uns dos fenômenos mais notáveis dos últimos séculos, os terremotos têm sido notícia em muitos pontos da Terra. O acompanhamento dos registros dos abalos sísmicos dos últimos 500 anos mostra com fidelidade a profecia contida em Lucas 21.11: "Haverá grandes terremotos em vários lugares."

São considerados grandes terremotos aqueles de magnitude igual ou superior a 6 na escala Richter. Essa escala, porém, é logarítmica, e, sendo assim, um terremoto de magnitude 7, por exemplo, é dez vezes mais forte que um de magnitude 6.

Estima-se que ocorram atualmente em torno de 500 mil tremores por ano em todo o planeta, dos quais cem mil podem ser percebidos sem o uso de qualquer equipamento, e pelo menos mil causam danos.

A tabela que se segue mostra o aumento da incidência de terremotos nos séculos passados:

SÉCULO Nº DE TERREMOTO CONSEQUÊNCIAS

XVI 258 860 mil mortos

XVII 378 140 mil mortos

XVIII 640 500 mil mortos

XIX 2.119 179.153 mortos

No século XX, o número e a intensidade dos terremotos aumentaram assustadoramente, sem contar os tremores menores, que também causam extensos danos, mas não são sequer noticiados.

Em todo o século XIX ocorreram 41 grandes terremotos; no século XX, até maio de 1997 já haviam ocorrido 96, provocando a morte de mais de dois milhões de pessoas.

De acordo com o vulcanologista Steve Mattox. da Universidade de North Dakora, nos Estados Unidos, na primeira

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metade do último século houve 15 terremotos considerados "de intensidade extrema", e na segunda metade foram 20 desses terremotos. No século XIX foram registrados apenas sete deles.

A tabela a seguir mostra o aumento da incidência de terremotos até a década de 70, na região do Oriente Médio:

DÉCADAS DO SÉCULO XX Nº DE TERREMOTOS POR DÉCADA

1900 a 1909 141 1910 a 1919 154 1920 a 1929 321 1930 a 1939 358 1940 a 1949 347 1950 a 1959 467 1960 a 1969 1.205 1970 a 1979 1.553

O depoimento a seguir é da iraniana Fatemeh Rafie, dona de casa, sobrevivente do mais recente terremoto que atingiu seu país: "Duzentas aldeias foram destruídas, sendo que sete foram literalmente engolidas pela terra. Mais de quatro mil pessoas morreram. O tremor foi tão forte que várias vezes tentei sair de casa, mas fui empurrada para as paredes. O solo formava ondas de quase meio metro; parecia que eu estava no mar".

No Afeganistão, no último ano do século passado. 4.400 pessoas ficaram soterradas debaixo dos escombros deixados após um terremoto. O porta-voz da aliança militar que controlava a área declarou: "As colinas caíram umas sobre as outras, formando uma cratera gigante. Mais de 20 povoados foram destruídos".

América Latina — Na América Latina houve três grandes terremotos nos 20 anos compreendidos entre 1926 e 1945. Entre 1946 e 1965 aconteceram quatro, e entre 1966 e 1985 houve um total de 12 grandes terremotos.

Em 31 de maio de 1970, um sismo violentíssimo numa região costeira do Peru, que segundo estimativas atingiu 9 graus na escala Richter, aliado à ação de um fenômeno pouco conhecido na época, o chamado "efeito estufa", fez desabar um dos picos do Nevado de Huascaran, na Cordilheira dos Andes, situado a 14,5 Km da cidade de Yungay.

Em menos de três minutos, Yungay foi soterrada por uma massa de gelo e entulho, que se deslocava a

330 Km/h. Mais de 30 mil pessoas morreram, soterradas por uma camada de 27 milhões de metros cúbicos de entulho, com espessura variando de quatro a dez metros.

A repercussão internacional da tragédia, entretanto, foi muito pequena, devido a dois fatores: aconteceu em um país do

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Terceiro Mundo e naquele exato dia estava sendo aberta a Copa do Mundo de Futebol, a Taça Jules Rimet, da qual o Brasil saiu tricampeão.

Ainda na costa deste mesmo país ocorreu recentemente um fenômeno ainda mais aterrador: terremoto seguido de maremoto. O centro da atividade sísmica foi localizado no Oceano Pacífico e atingiu 6,7 graus na escala Richter.

Algum tempo depois houve um grande tremor no Equador, sendo seguido por mais de 300 abalos sísmicos de menor intensidade, e o terremoto que atingiu o litoral Nordeste da Venezuela foi tão forte que a terra tremeu em Manaus, capital do Amazonas, região Norte do Brasil, a 1.500 quilômetros de distância. Segundo as autoridades venezuelanas, foi o pior tremor dos últimos 30 anos.

Quase na virada para o terceiro milênio um tremor de terra assustou a população de Mato Grosso, na região Centro-Oeste brasileira. O sismo, de 5 graus na escala Richter, foi o segundo maior já registrado no Brasil. O primeiro aconteceu na mesma região, em janeiro de 1995, e chegou a 5,6 graus.

Tiveram repercussão internacional o terremoto que destruiu Manágua, capital da Nicarágua, na década de 70, e o que atingiu a Guatemala, pouco tempo depois, deixando além do elevado número de mortos o total de um milhão de desabrigados. Ocorreram ainda abalos sísmicos no Chile e na Argentina, no final do século passado.

América do Norte — Nos Estados Unidos e no Canadá ocorreram 15 grandes tremores no período de 1911 a 1940; nos 30 anos seguintes, de 1941 a 1970, houve 18 grandes terremotos. Apenas na década de 70 ocorreram dez. Na Califórnia ocorreram, em todo o século XIX, 29 grandes terremotos; no século XX, até 1984 já haviam ocorrido 39. Washington, capital norte-americana, experimentou no século XIX seis grandes tremores; no século XX, só até 1983 foram 19.

O Governo norte-americano dedica cem milhões de dólares por ano à pesquisa da previsão de terremotos, porém muitos sismólogos admitem que as tentativas de se encontrar uma maneira de avisar as pessoas com algumas horas de antecedência, ou ainda que sejam minutos, da ocorrência de um terremoto, resultaram inúteis.

Thomas Heanton, pesquisador da Califórnia, é mais enfático e recentemente afirmou em uma entrevista na TV: "Nós nunca seremos capazes de prever em detalhes quando um terremoto se tornará grande".

Ásia — No Japão, no século passado, foi registrada, em um único fim de semana, uma cadeia de mais de 200 terremotos de

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intensidades leve e moderada. O de Kobe, em 17 de janeiro de 1995, considerado o pior dos últimos 70 anos, apresentou uma magnitude de 7,2 graus na escala Richter.

Na China, na primeira década do século XX houve 18 tremores com magnitude igual ou superior a 6 5. Nas três décadas seguintes houve, respectivamente, 35, 33 e 34 desses terremotos no país.

Em 1976 o país foi atingido por um tremor de terra que causou 750 mil mortes. Li Xuanhu, um dos diretores do Centro de Sismologia da China, confirmou há pouco tempo a ocorrência, em um período de apenas seis meses, de três terremotos sérios em uma determinada área do país.

"O tremor de sábado foi o pior na região de Lijiang desde 1474. Ao que tudo indica, a movimentação sísmica foi sentida também na Armênia, Paquistão e Japão", afirmou ele à imprensa local.

Eis a declaração de um jornalista que se encontrava nas Filipinas, quando ocorreu o último grande terremoto noticiado naquele país: "Acordamos com um barulho ensurdecedor, e quando tentamos sair, ondas enormes, de dez a 15 metros de altura, se precipitaram sobre nós. Uma senhora que estava perto de mim perdeu quatro filhos. Mais de 600 tremores secundários foram registrados".

Europa — A Itália foi a nação européia que já neste início do século XXI experimentou um terremoto. Prédios históricos foram atingidos, provocando lamentos por parte da comunidade acadêmica internacional. No final do século passado um sismo de 4,9 graus havia atingido a região central do país.

Também foram registrados tremores perto das ilhas Fiji e na Grécia.

Conclusão

Entre maio e dezembro de 1995, aconteceram 33 fortes terremotos. A devastação provocada foi elevada o bastante para ganhar espaço na mídia impressa e eletrônica internacional. Os países atingidos foram: Estados Unidos; Grécia; Rússia; Itália; Japão; China; Birmânia; Indonésia; Peru; Chile; México; Turquia; Argélia; Equador; Egito; Israel; Jordânia; Nicarágua; Colômbia.

Conforme estudiosos afirmam, esses dados mostram de forma inequívoca que a humanidade "não tem mais o solo firme sob os pés". Segundo eles, os terremotos continuarão aumentando em todo o mundo, tanto em quantidade quanto em intensidade.

Na realidade, os habitantes do planeta estão totalmente vulneráveis diante dos tremores de terra. A perplexidade de

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sobreviventes e repórteres deixa claro o reconhecimento da incapacidade humana em dominar, mesmo com todo o avanço tecnológico, as forças da natureza.

7. Perseguição

Haverá uma perseguição mais severa contra o povo de Deus. Aqueles que se mantiverem fiéis serão salvos:

"Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem."

(Mateus 10.22,23) "Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros."

(Mateus 24.9,10) "Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo."

(Marcos 13.13) "Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse; não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa."

(João 15.19,20) "Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo."

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"Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus."

(Atos 14.22)

"E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança."

(Romanos 5.3) “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo."

(Mateus 24.13)

Ser perseguida é uma das características da Igreja cristã. O Senhor Jesus começou Sua vida neste mundo sob tremenda perseguição, que começou logo após a aparição da estrela e o anúncio dos três reis magos. Herodes, temendo que o Messias prometido fosse um rei secular, que tomaria o domínio de Roma, ordenou aos seus soldados que procurassem a criança anunciada pelos profetas de Israel e a matassem.

A perseguição voltou sobre Ele imediatamente após o Seu primeiro sermão, proferido no templo.

Fariseus, saduceus, zelotes, publicanos e outros grupos religiosos judaicos começaram a persegui-lO, com a aquiescência dos romanos.

A Sua morte foi o ápice dessa perseguição. Aprisionado e crucificado como se fosse um criminoso, o Senhor Jesus teve a Sua sentença de morte registrada em um documento oficial do Império Romano, sob a acusação principal de querer incitar o povo contra o Governo.

A perseguição à Igreja — Enquanto a Igreja permaneceu em Jerusalém, com os irmãos se reunindo para orar, estudar as Escrituras, cantar e louvar, não cresceu. Também não cumpriu o mandamento de que fosse pregado o Evangelho por todo o mundo, a toda criatura.

Quando, porém, no ano 70 da nossa Era, o general romano Tito Vespaciano tomou Jerusalém e a destruiu, os cristãos foram espalhados por toda parte. Depois disso, quando a Igreja começou a ser perseguida, principalmente em Roma, teve início o seu crescimento.

A perseguição aos evangélicos no Brasil —

Preconceito, discriminação e intolerância religiosa fazem, há quase 500 anos, o pano de fundo da história da perseguição aos evangélicos, iniciada com a Reforma Protestante. O saldo de

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