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REATOR ELETRÔNICO PARA IP COM CONTROLE DE POTÊNCIA

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Academic year: 2021

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REATOR ELETRÔNICO PARA IP COM CONTROLE DE POTÊNCIA

                                             

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(1) – LACTEC – Instituto para o Desenvolvimento da Tecnologia (2) – CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica (3) – UNICENP – Centro Universitário Positivo

(4) – PUCPR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Abstract

The use of electronic ballasts for street lighting is becoming more and more popular. This is due to their smaller losses, high power factor, and low weight. Moreover, they allow addictional control to be incorporated into the ballast, such as integrated photocell, precise control of the power delivered to the lamp, and reduction of the power at pre-programmed times in order to save energy. This work describes the LAC01C integrated circuit, and its application to a 70W - Sodium Electronic Ballast.

Resumo

O uso de reatores eletrônicos para iluminação pública vem tornando-se cada vez mais populares. Isto se deve ao fato dos mesmos estarem tornado-se mais confiáveis, com menores perdas, alto fator de potência e baixo peso. Para torna-los mais eficientes, novos controles são incorporados ao conjunto reator, tais como, fotocélula integrada, controle de potência constante sobre a lâmpada e controle de redução de potência, que permite economizar energia, em horários de pico. Este trabalho descreve o projeto do circuito integrado LAC01C com aplicação em um reator eletrônico para IP de 70W – lâmpada vapor de sódio.

1. Introdução

Os atuais reatores para Iluminação Pública são do tipo eletromagnético e necessitam de um indutor submetido a baixas frequências (60/50Hz) para limitar a corrente sobre a lâmpada. Alem disso, uma fotocélula externa, um capacitor para correção do fator de potência e um ignitor para partida da lâmpada (no caso de ser usada uma do tipo vapor de sódio) são necessários.

Em geral, as fotocélulas, por usarem contato eletromecânico, são fontes de falhas frequentes mantendo a lâmpada permanentemente ligada ou simplesmente desligada. Em muitos casos, os capacitores de correção de fator de potência, que variam de 20uF a 40uF, também danificam-se, alem de sofrerem envelhecimento, comprometendo o fator de potência, fazendo com que o núcleo aqueça, reduzindo sua vida útil. Por fim, o ignitor deixa de operar e, dessa forma, a lâmpada não funciona, pois, sendo de descarga a alta pressão, necessita de um impulso inicial em torno de 3500V a 4000V para sua partida.

Estes fatores nos levaram a desenvolver um reator eletrônico, que, por trabalhar em alta freqüência, permitiu reduzir em muito o valor e tamanho dos componentes. Seu funcionamento é baseado em chaves de chaves do tipo FET, associado a circuitos integrados, que fazem todo o controle do reator.

2. Funcionamento do Reator Eletrônico

Os reatores para iluminação pública em geral são constituídos por elementos eletromagnéticos que servem para limitar a corrente entregue à lâmpada de descarga. Esta, por sua vez, possui uma característica não linear, que, associada ao elemento eletromagnético, faz com que seja necessário um capacitor para elevar o fator de potência da estrutura. Como o reator está submetido à baixas frequências, o volume/peso dos componentes reativos se tornam extremamente elevados. A utilização de conversores que operam em altas frequências tem como principal consequência a redução deste volume além de outros benefícios, podendo-se citar:

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• Incorporação de circuito que manterá a potência entregue à lâmpada constante, independentemente de variações de tensão de entrada;

• Incorporação de circuito que se adapte às variações de características entre lâmpadas de diferentes marcas/fabricantes, controlando a potência entregue às mesmas;

• Incorporação de circuito que se adapte às variações de comportamento da lâmpada ao longo dos anos (envelhecimento), mantendo constante a potência entregue às mesmas;

• Incorporação do circuito fotossensor, para acionamento do reator durante o período noturno e desacionamento no período diurno;

• Elevação do fator de potência da estrutura.

O circuito integrado LAC01C, projetado nos laboratórios do LACTEC, prioriza o correto acionamento do reator, gerenciando as etapas de comando necessárias ao desempenho ótimo da estrutura.

CI1 – Circuito integrado controlador de chaveamento CI2 – Circuito integrado LAC01C

Figura 1 – Diagrama em blocos do reator eletrônico

Na figura 1 temos os blocos principais que mostram o funcionamento de um reator eletrônico. No bloco A, temos os filtros de EMI e circuito retificador; no bloco B, temos o circuito conversor boost pré-regulador de fator de potência; no bloco C, temos o circuito meia ponte, ou de saída. O bloco D, composto pelos CI’s 1 e 2, são responsáveis pelo comando e controle dos estágios B e C. O CI1, é responsável pelo correto funcionamento do estágio pré-regulador Boost, elevando o fator de potência da estrutura, e controla também o estágio de meia ponte, que, de acordo com sinais provenientes do CI 2, controla a potência entregue à lâmpada, ou seja, o CI2 atua diretamente no controle de frequência de chaveamento, alterando-o, de modo a aumentar ou reduzir a potência entregue. O controle de acionamento do fotossensor está incorporado ao CI2, que atua no reator, ligando-o ou desligando-o através do uso de um fototransistor.

3. Descrição do Circuito Integrado LAC01C

O circuito integrado foi projetado para conter as seguintes funções: Controle da Fotocélula e Curva de Conservação de Energia Programável (figura 2) segundo uma tabela padrão (tabela I), utilizando como base de tempo a freqüência da rede elétrica, dispensando o uso de cristal oscilador.

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Figura 2 –Curva padrão de economia Tabela 1 – Curvas programáveis

Construído em tecnologia CMOS e encapsulado em 14 pinos tipo “dual-in-line”, o CI LAC01 (figura 3), possui entrada para habilitação, podendo ser acionada por fototransistores ou por habilitação do tipo liga-desliga.

pino 1 – photo pino 2 – start pino 3 – nstart pino4 – bit16_check pino 5 – control pino 6 – ncontrol pino 7 – GND pino 8 – clk_check pino9 – clock pino 10 – pull_up/down pino 11 – A pino 12 – B (program) pino 13 – C pino 14 - VDD

Figura 3 – Circuito integrado LAC01C

A inserção do CI LAC01C permite controlar o acionamento do Reator Eletrônico e da curva de potência, reduzindo sua potência em horário pré-programado em 30%.

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O diagrama em blocos da figura 4 mostra o circuito integrado LAC01C, cujo princípio de funcionamento está baseado em quatro blocos distintos. O primeiro bloco controla o acionamento do reator e do circuito contador através do circuito fotossensor. O circuito contador (bloco 2), consiste em uma cadeia de flip-flops tipo D, totalizando 16 bits, que associados ao bloco 3 executa a curva padrão de acordo com a sua programação externa (straps A,B,C). Ambos enviam seus sinais ao bloco 4, que é o bloco de controle. Sua saída (control) atua no ajuste de freqüência do circuito integrado de controle do circuito boost e meia ponte do reator.

Figura 5 – principais funções do CI LAC01C

O gráfico da figura 5 mostram os principais sinais de entrada e saída, sendo que a entrada “start” é acionado via fototransistor, a saída control, gerada pelos contadores do bloco 2, descreve a curva de controle de potência. O sinal de saída clk_check é utilizado para verificação do sinal de clock de entrada, e o sinal bit16_check é utilizado para verificar a integridade dos dados dos contadores.

4. Resultados

O circuito integrado LAC01C foi desenvolvido no Laboratório de Microeletrônica do LACTEC, utilizando ferramentas L-EDIT e PSpice dada a sua baixa integração. Processado pela ORBIT dentro do programa MOSIS e encapsulado no Laboratório de Microeletrônica do CTI – Centro Tecnológico para Informática, Campinas, SP – Brasil.

O circuito integrado funcionou de acordo com as especificações propostas. Os ensaios (Relatório LACTEC 350/97), que compreenderam os seguintes testes:

• Funcionamento e operação do Circuito Schmitt Trigger;

• Funcionamento e operação do Circuito Temporizador;

• Funcionamento do circuito fotosensor

• Funcionamento do bloco de Programação

• Medidas da corrente de saída;

• Verificação da tensão de alimentação;

• Verificação da velocidade de operação;

• Tensão mínima para operação;

• Consumo do circuito integrado.

Algumas das características técnicas medidas estão listadas abaixo: Alimentação: 5V +0,5V

Consumo: IDD = 30,21uA @ VDD = 4,5V IDD = 55,43uA @ VDD = 5,0V IDD = 63,33uA @ VDD = 5,5V

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Frequência de clock: 0,1Hz a 20MHz, funcionamento normal Frequência de clock no circuito: 60Hz (rede elétrica)

Programação: Conforme Tabela I

Sensibilidade do circuito fotossensor: 3,5V ON, 2,5V OFF, 1V de histerese Velocidade de operação: Funcionamento nominal 60Hz

• 0,1Hz a 20MHz – Funcionamento normal

4. Conclusões

Com os resultados obtidos, o circuito integrado LAC01C foi inserido em um modelo de reator eletrônico de 70W para lâmpadas vapor de sódio (figura 6). Seu funcionamento permite acionar o reator, reduzir a potência sobre a lâmpada em até 50%, de acordo com a ajuste do circuito controlador do pré-regulador e meia ponte. O próximo passo será a integração dos dois circuitos integrados, visando a redução de custo e espaço.

Figura 6 – vista do reator eletrônico 70W para lâmpadas vapor de sódio, incluindo o CI LAC01C 6. BIBLIOGRAFIA

[1] Keown, John; “Pspice and Circuit Analysis”, Prentice Hall, Englewood Cliffs, Second Edition, 1994, NJ, 562 pp;

[2] Chueiri, Ivan e Bianchin, Carlos; “Reator Eletrônico 70W – Sódio, para IP”, LACTEC, Comunicação Técnica 0357/1999, Curitiba, PR, julho/1999, 21pp;

[3] Chueiri, Ivan e Bianchin, Carlos; “Reator Eletrônico de Alta Eficiência 70W”, LACTEC, Comunicação Técnica 021/1998, Curitiba, PR, julho/1999, 21pp;

[4] Rohrich, Rony; “Ensaio e Teste funcional do Circuito Integrado LAC01C”, LACTEC, Relatório Técnico 0850/1999, Curitiba, PR, abril/1999, 06pp;

[5] MicroSim, “Pspice A/D – Circuit Analysis Reference Manual” MicroSim Corporation, Irvine, CA, Version 6.2, April/1995, 538pp;

[6] Tanner Tools, “L-Edit Manual” Tanner Research, Pasadena, CA, Version 5, October/1995, 560pp.

[7] Rashid, Muhammad H., “Power Electronics, Circuits, Devices and Applications” Second Edition, Prentice Hall International Editions, USA, 1998, 674 pp..

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