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Padrão de Desempenho 3 V2 Eficiência de Recursos e Prevenção da Poluição

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Academic year: 2021

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Introdução

1. O Padrão de Desempenho 3 reconhece que o aumento da atividade econômica e da urbanização muitas vezes gera níveis cada vez mais altos de poluição do ar, da água e da terra e consome recursos finitos de uma forma que pode ameaçar as pessoas e o meio ambiente em níveis local, regional e global.1 Nos últimos anos ocorreu também um crescente consenso quanto ao fato de que a concentração atmosférica atual e prevista de gases de efeito estufa (GEE) ameaça a saúde pública e o bem-estar da geração atual e das futuras gerações. Ao mesmo tempo, o uso mais eficiente e eficaz de recursos e de tecnologias e práticas de prevenção da poluição2 e a mitigação das emissões de GEE tonaram-se mais acessíveis e passíveis de serem alcançados em praticamente todas as partes do mundo. Estes são frequentemente implantados mediante metodologias de melhoria contínua semelhantes às utilizadas para fortalecer a qualidade ou produtividade e que são geralmente conhecidas da maioria das empresas dos setores industrial, agrícola e de serviços.

2. Este Padrão de Desempenho apresenta uma abordagem da eficiência dos recursos e a prevenção da poluição no contexto de projetos, em consonância com tecnologias e práticas disseminadas internacionalmente. Além disso, este Padrão de Desempenho promove a capacidade das empresas do setor privado de adotar tais tecnologias e práticas, na medida em que seu uso seja viável no contexto de um projeto baseado em aptidões e recursos comercialmente disponíveis.

Objetivos

 Evitar ou minimizar impactos adversos sobre a saúde humana e o meio ambiente, evitando ou minimizando a poluição das atividades do projeto

 Promover o uso mais sustentável de recursos, inclusive energia e água  Reduzir as emissões de GEE relacionadas ao projeto

Escopo de Aplicação

3. A aplicabilidade deste Padrão de Desempenho é definida durante o processo de identificação dos riscos e impactos socioambientais, ao passo que a implementação das ações necessárias ao cumprimento dos requisitos deste Padrão de Desempenho é administrada pelo sistema de gestão socioambiental do cliente. Esses requisitos encontram-se descritos no Padrão de Desempenho 1.

Requisitos

4. Durante o ciclo de vida do projeto, o cliente analisará as condições ambientais e aplicará os princípios e técnicas que promovam a eficiência dos recursos e a prevenção da poluição que sejam viáveis do ponto de vista técnico e financeiro e que sejam mais apropriados para evitar e, se não for

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Para fins deste Padrão de Desempenho, usa-se o termo “poluição” com referência a poluentes químicos perigosos e não perigosos nos estados sólido, líquido e gasoso e destina-se a incluir outras formas, tais como pragas, patógenos, descarga térmica de água, emissões de GEE, odores incômodos, ruído, vibração, radiação, energia eletromagnética e a criação de possíveis impactos visuais, inclusive luz.

2 Para fins deste Padrão de Desempenho, o termo “prevenção da poluição” não significa a eliminação absoluta

de emissões, mas a prevenção na fonte sempre que possível e, quando não for possível, a subsequente minimização da poluição, na medida em que sejam atendidos os objetivos do Padrão de Desempenho.

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possível, minimizar os impactos adversos sobre a saúde humana e o meio ambiente.3 Os princípios e técnicas aplicados durante o ciclo de vida do projeto serão adaptados aos riscos e perigos associados à natureza do projeto e compatíveis com as boas práticas industriais internacionais (GIIP),4

refletidas em diversas fontes reconhecidas internacionalmente, incluindo as Diretrizes Ambientais Sanitárias e de Segurança do Grupo do Banco Mundial (Diretrizes de EHS).

5. O cliente consultará as Diretrizes de EHS ou outras fontes reconhecidas internacionalmente, quando apropriado, ao avaliar e selecionar técnicas de eficiência dos recursos e de prevenção e controle da poluição para o projeto. As Diretrizes de EHS contêm os níveis de desempenho e as medidas que são normalmente aceitáveis e aplicáveis a projetos. Quando os regulamentos do país anfitrião forem diferentes dos níveis e medidas apresentados nas Diretrizes de EHS, os clientes terão que cumprir aqueles que forem mais rigorosos. Se níveis ou medidas menos rigorosos do que os indicados nas Diretrizes de EHS forem apropriados para as circunstâncias específicas do projeto, o cliente fornecerá uma justificativa completa e detalhada de quaisquer alternativas propostas, mediante o processo de identificação de riscos e impactos socioambientais. Essa justificativa deve demonstrar que a escolha de quaisquer níveis alternativos de desempenho é coerente com os requisitos gerais deste Padrão de Desempenho.

Eficiência dos Recursos

6. O cliente implementará medidas viáveis do ponto de vista técnico e financeiro e com boa relação custo-benefício5 para aumentar a eficiência do seu consumo de energia, água e outros recursos e insumos materiais, especialmente em áreas consideradas atividades empresariais básicas. Tais medidas integrarão os princípios de produção mais limpa ao design e processos de produção do produto, com o objetivo de preservar matéria-prima, energia e água. Quando houver dados de referência disponíveis, o cliente fará uma comparação em termos de eficiência.

7. Além das medidas de eficiência dos recursos acima descritas, o cliente implementará opções viáveis do ponto de vista técnico e financeiro e custo-eficientes para reduzir emissões de GEE relacionadas ao projeto durante a elaboração e a operação do projeto. Essas opções podem incluir, entre outras, alternativas para localização do projeto, adoção de fontes renováveis ou de baixo carbono, práticas de agricultura sustentável, silvicultura e criação de animais, a redução de emissões fugitivas e a redução da queima de gás.

Gases de Efeito Estufa

3 A viabilidade técnica baseia-se no fato de as medidas e ações propostas poderem ser ou não implementadas

por meio de aptidões, equipamentos e materiais comercialmente disponíveis, levando-se em consideração fatores locais existentes tais como clima, geografia, demografia, infraestrutura, segurança, governança, capacidade e confiabilidade operacional. A viabilidade financeira baseia-se em considerações comerciais, inclusive a magnitude relativa do custo incremental da adoção de tais medidas e ações, quando comparado com o investimento do projeto, os custos operacionais e de manutenção e se esse custo adicional pode inviabilizar o projeto para o cliente.

4 Definidas como o exercício de aptidão, diligência, prudência e visão profissional que se poderia razoavelmente

esperar de profissionais aptos e experientes que exerçam o mesmo tipo de atividade, em circunstâncias iguais ou similares em âmbito global e regional. As circunstâncias que profissionais aptos e experientes podem encontrar ao avaliar a extensão das técnicas de prevenção e controle da poluição disponíveis para um projeto podem incluir, entre outras, diferentes níveis de degradação ambiental e capacidade de assimilação do meio ambiente, assim como diferentes níveis de viabilidade financeira e técnica.

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A relação custo-benefício é definida de acordo com o capital e o custo operacional, bem como pelos benefícios financeiros da medição considerada durante todo o seu ciclo. Para fins deste Padrão de Desempenho, uma medição de eficiência dos recursos ou de redução de emissões de GEE é considerada um custo-benefício, se for previsto um rendimento dos investimentos com risco adequado.

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8. Para projetos programados para produzir ou que atualmente produzam mais de 25.000 toneladas de CO2 equivalente anualmente,

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o cliente quantificará emissões diretas das instalações de sua propriedade ou controladas dentro dos limites físicos do projeto7 e das emissões indiretas associadas à produção externa da energia8 usada pelo projeto. A quantificação das emissões de GEE será realizada pelo cliente anualmente, de acordo com as metodologias e as boas práticas reconhecidas internacionalmente.9

9. Quando o projeto tiver potencial para consumir um volume significativo de água, o cliente, além de aplicar os requisitos de eficiência de recursos deste Padrão de Desempenho, deverá adotar medidas que evitem ou reduzam o uso de água, de modo que o consumo de água pelo projeto não tenha impactos adversos significativos sobre outros. Tais medidas incluem, entre outras, o uso de providências adicionais de conservação de água tecnicamente viáveis nas operações do cliente, o uso de fontes alternativas de água , compensações do consumo de água para reduzir a demanda total de recursos hídricos ao âmbito do suprimento disponível, e avaliação de alternativas para localização do projeto.

Consumo de Água

Prevenção de Poluição

10. O cliente evitará a emissão de poluentes ou, quando não for possível evitar, minimizará e/ou controlará a intensidade e o fluxo da massa da sua emissão. Isso se aplica à emissão de poluentes no ar, na água e no solo, devido às circunstâncias rotineiras, não rotineiras e acidentais, com possibilidade de impactos locais, regionais e transfronteiriços.10 Quando existir poluição histórica, como contaminação do solo ou de águas subterrâneas, o cliente procurará determinar se é responsável por medidas de atenuação. Se ficar estabelecido que o cliente é legalmente responsável, estas obrigações serão resolvidas de acordo com a legislação nacional ou, quando esta for omissa, segundo as GIIP.11

11. Para tratar de possíveis impactos adversos do projeto em condições ambientais existentes,12 o cliente considerará fatores relevantes, incluindo, por exemplo, (i) a capacidade assimilativa finita13

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A quantificação das emissões deve considerar todas as fontes significativas de emissões de gases de efeito estufa, inclusive fontes não relacionadas à energia, como, entre outros, metano e óxido nitroso.

do meio ambiente; (ii) o uso atual e futuro da terra; (iii) as condições ambientais existentes; (iv) a proximidade do projeto com áreas importantes para a biodiversidade; e (v) o potencial de impactos acumulados com consequências incertas e/ou irreversíveis. Além de aplicar as medidas pertinentes à eficiência dos recursos e ao controle da poluição exigidas neste Padrão de Desempenho, quando

7 Mudanças induzidas pelo projeto no teor carbônico do solo ou acima da biomassa da superfície e na

deterioração de matéria orgânica induzida pelo projeto podem contribuir para as fontes de emissões diretas e deverão ser incluídas nessa quantificação de emissões.

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Refere-se à geração de eletricidade por terceiros fora do local do projeto e à energia usada no projeto para calefação e refrigeração.

9 As metodologias de estimativa são fornecidas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas,

diversas organizações internacionais e organismos pertinentes do país anfitrião.

10 Os poluentes transfronteiriços incluem os poluentes abordados na Convenção de Poluição Atmosférica

Transfronteiriça de Longa Distância.

11 Isso pode exigir coordenação com o governo nacional e municipal, as comunidades e outros que contribuam

para a contaminação encontrada e que qualquer avaliação siga um enfoque baseado nos riscos, condizente com as GIIP apresentadas nas Diretrizes de EHS.

12 Tais como ar, água de superfície e água subterrânea e solos. 13

A capacidade do meio ambiente de absorver uma carga incremental de poluentes, permanecendo ao mesmo tempo abaixo de um limite de risco inaceitável para a saúde humana e o meio ambiente.

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o projeto tiver possibilidade de constituir uma fonte significativa de emissões em uma área já degradada, o cliente considerará estratégias e adotará medidas que evitem ou reduzam os efeitos ambientais. Essas estratégias incluem, entre outras, a avaliação de alternativas para a localização do projeto e meios de compensar as emissões.

12. O cliente evitará ou minimizará a geração de resíduos perigosos e não perigosos do modo mais prático possível. Quando não for possível evitar a geração de resíduos, o cliente a minimizará, além de recuperar e reutilizar os resíduos de uma forma que seja segura para a saúde humana e o meio ambiente. Quando não for possível recuperar ou reutilizar os resíduos, o cliente os tratará, destruirá ou descartará de uma forma ambientalmente saudável, incluindo o controle apropriado de emissões e resíduos originados no manuseio e processamento de resíduos. Se os resíduos gerados forem considerados perigosos,

Resíduos

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o cliente adotará alternativas das GIIP para uma disposição ambientalmente saudável, observando as limitações aplicáveis ao seu movimento transfronteiriço.15 Quando a disposição de resíduos perigosos for feita por terceiros, o cliente utilizará empreiteiros bem conceituados e empresas legítimas licenciadas pelos órgãos reguladores pertinentes e obterá toda a documentação de custódia até o destino final. Cumpre ao cliente verificar se os locais licenciados para a disposição estão sendo operados dentro de padrões aceitáveis e, quando for esse o caso, o cliente utilizará esses locais. Quando não for esse o caso, os clientes devem reduzir os resíduos enviados para tais lugares e considerar outras opções de disposição, inclusive a possibilidade de criar suas próprias instalações de recuperação ou disposição no local do projeto.

13. Há casos em que materiais perigosos são usados como matéria-prima ou gerados como produto do projeto. O cliente evitará ou, quando isso não for possível, minimizará e controlará a liberação de materiais perigosos. Neste contexto, devem ser avaliados a produção, o transporte, o manuseio, a armazenagem e o uso de materiais perigosos para as atividades do projeto. O cliente levará em conta substitutos menos perigosos quando houver intenção de fazer uso de materiais perigosos nos processos de produção ou em outras operações. O cliente evitará a manufatura, o comércio e o uso de substâncias químicas e materiais perigosos sujeitos a proibições internacionais ou interrupções graduais das operações, devido ao alto nível de toxicidade nos organismos vivos, persistência ambiental, possibilidade de bioacumulação ou possível destruição da camada de ozônio.

Manejo de Materiais Perigosos

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14. O cliente formulará e implementará uma abordagem de manejo integrado de pragas (MIP) e/ou de manejo integrado de vetores (MIV), visando a infestações de pragas economicamente significativas e vetores de doenças de grande importância para a saúde pública. O programa de MIP e MIV do cliente integrará o uso coordenado de informações sobre pragas e meio ambiente, bem como de métodos disponíveis de controle de pragas, inclusive práticas culturais, meios biológicos, genéticos e, em último caso, meios químicos para evitar danos economicamente significativos causados por pragas e/ou transmissão de doenças a seres humanos e animais.

Uso e Manejo de Pesticidas

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Conforme definido por convenções internacionais ou pela legislação local.

15

O movimento transfronteiriço de materiais perigosos deve ser compatível com a Convenção de Basileia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e também com a Convenção de Londres sobre Poluição Marinha.

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Em consonância com os objetivos da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes e o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio. Considerações semelhantes serão aplicadas a certas classes de pesticidas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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15. Quando as atividades de controle de pragas incluírem o uso de pesticidas químicos, o cliente optará por pesticidas químicos que tenham baixa toxicidade humana, que sejam sabidamente eficazes contra as espécies visadas e que tenham efeitos mínimos sobre espécies não visadas e o meio ambiente. Quando o cliente escolher pesticidas químicos, a escolha será baseada em três requisitos: estarem embalados em recipientes seguros, estarem claramente rotulados para uso seguro e apropriado, e terem sido manufaturados por uma entidade então licenciada pelos organismos reguladores competentes.

16. O cliente formulará seu regime de aplicação de pesticidas para minimizar danos aos inimigos naturais das pragas visadas e evitar o desenvolvimento de resistência em pragas e vetores. Além disso, os pesticidas serão manuseados, armazenados, aplicados e descartados de acordo com o Código Internacional de Conduta sobre Distribuição e Uso de Pesticidas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) ou outras GIIP.

17. O cliente não comprará, armazenará, usará, fabricará ou comercializará produtos que sejam classificados nas categorias Ia (extremamente perigoso) ou Ib (altamente perigoso) da Classificação Recomendada de Pesticidas por Classe de Risco da OMS. O cliente não comprará, usará, fabricará ou comercializará pesticidas da Classe II (moderadamente perigoso), a menos que o país anfitrião do projeto tenha controles apropriados sobre a distribuição e uso desses produtos químicos, e que não haja probabilidade de serem acessíveis a pessoal sem treinamento, instalações e equipamentos apropriados para manejo, armazenagem, aplicação e descarte desses produtos de modo adequado.

Referências

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