• Nenhum resultado encontrado

Lei Do Município de Barbacena MG Nº 3.246 de 13.12

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Lei Do Município de Barbacena MG Nº 3.246 de 13.12"

Copied!
51
0
0

Texto

(1)

Dispõe  sobre  o  Código  Tributário Municipal e dá outras providências.

Lei Mun. Barbacena/MG 3.246/95 ­ Lei do Município de Barbacena/MG nº 3.246 de

13.12.1995 

DOM­Barbacena: 13.12.1995

TÍTULO I

DOS TRIBUTOS EM GERAL

CAPÍTULO ÚNICO

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei institui o Código Tributário do Município de Barbacena, disciplinando a atividade tributária e regula as relações entre o contribuinte e o fisco municipal decorrentes da tributação. Art. 2º Aplicam­se às relações entre o contribuinte e o fisco municipal as normas gerais do Direito Tributário, constantes do Código Tributário Nacional e de legislação posterior que o modifique. Art. 3º O sistema tributário do município é composto dos seguintes tributos: I ­ Impostos: a) sobre a propriedade predial e territorial urbana; b) sobre serviços de qualquer natureza; c) sobre transmissão "inter vivos" de bens imóveis. II ­ Taxas: 1 ­ Decorrentes do exercício do Poder de Polícia, para: a) localização e funcionamento; b) funcionamento de estabelecimento em horário especial; c) licença para publicidade; d) licença para execução de obras; e) abate de animais; f) licença para ocupação de áreas em vias e logradouros públicos; g) exercício do comércio ou atividade eventual e/ou ambulante; h) habite­se. 2 ­ Pela prestação de serviços decorrentes da utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis, ou da mera disponibilidade de tais serviços, pelo contribuinte: a) coleta de lixo; b) limpeza pública; c) conservação de vias públicas; d) iluminação pública; e) prevenção contra sinistros; f) serviços administrativos. III ­ Contribuição de melhoria.

(2)

Art. 4º Os serviços, cuja natureza não comporte a cobrança de taxas, serão reembolsados mediante preços ou tarifas a serem cobradas com a observância da lei que os instituir.

TÍTULO II

DOS IMPOSTOS

CAPÍTULO I

DO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO

SEÇÃO I

DO FATO GERADOR E DA INCIDÊNCIA

Art. 5º O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou acessão física como definido na Lei Civil, construído ou não, localizado na Zona Urbana do Município. § 1º. Para efeitos do imposto, entende­se como Zona Urbana a definida em lei, observada a existência de pelo menos dois dos seguintes melhoramentos, construídos ou mantidos pelo Poder Público: a) meio­fio ou calçamento, como canalização de águas pluviais; b) abastecimento de água; c) sistema de esgotos sanitários; d) rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; e) escola de primeiro grau, de 1ª a 4ª séries ou posto de saúde, a uma distância máxima de três quilômetros do imóvel considerado para lançamento do tributo. § 2º. Consideram­se também, urbanas, as áreas urbanizáveis ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. § 3º. O imposto incide ainda sobre imóveis construídos, mesmo que localizados fora da Zona Urbana, desde que utilizados como sítio de recreio e nos quais a eventual produção não se destine à comercialização, inclusive condomínios rurais. § 4º. O imposto predial e territorial não incide sobre imóvel localizado dentro da Zona Urbana, seja comprovadamente utilizado em exploração extrativo­vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, superior a um hectare. Art. 6º O fato gerador considera­se ocorrido, para efeito desta lei, no primeiro dia do exercício fiscal.

SEÇÃO II

DO CONTRIBUINTE E DOS RESPONSÁVEL

Art. 7º Contribuinte deste imposto é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor, a qualquer título, de imóvel, construído ou não, situado na Zona Urbana ou de expansão urbana do Município. § 1º. São responsáveis pelo recolhimento do imposto: I ­ O adquirente, pelos débitos do alienante, existente à data de transferência, salvo quando conste do título a prova de sua quitação, limitada esta responsabilidade no caso de arrematação em hasta pública, ao montante do respectivo preço; II ­ O espólio, pelos débitos do falecido, existentes à data da abertura da sucessão; III ­ Os sucessores, a qualquer título, e o cônjuge meeiro, pelos débitos do espólio, existentes à data da partilha ou da adjudicação, limitada tal responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação.

SEÇÃO III

DO LANÇAMENTO

Art. 8º O Imposto Predial e Territorial Urbano é devido e lançado anualmente.

(3)

Parágrafo único. A notificação de lançamento prevalecerá como forma de publicidade do mesmo, dela constando as bases de cálculo e todos os componentes do débito. Art. 9º Para fins de lançamento e cobrança deste imposto considera­se: I ­ Imóvel Edificado: o solo, o edifício e/ou a construção a ele permanentemente incorporada, de modo que não possam ser retirados sem destruição, modificação, fratura ou dano; II ­ Imóvel não Edificado: o solo sem benfeitoria e sem edificação ou construção, assim como toda área de terra nua, de qualquer dimensão ou configuração, ainda que originária de fusão, divisão ou desmembramento de áreas nuas anteriores. Parágrafo único. Equipara­se ao conceito de imóvel não edificado, o terreno: a) sem construção, murado, cercado ou não; b) com construção provisória; c) com construção demolida, desabada, condenada, interditada ou em ruínas; d) em que estejam sendo realizadas construções. Art. 10. Os imóveis que tenham frente para mais de uma via pública lançar­se­ão por aquela que possua mais melhoramentos urbanos e, sendo estes em números iguais, por aquela que tenha maior testada. Parágrafo único. Os imóveis edificados com entrada para mais de uma via pública, lançar­se­ão por aquela que houver a entrada principal ou por aquela que tiver maior testada, se possuir entradas principais para mais de um logradouro. Art. 11. Os demais tributos incidentes sobre o imóvel, serão lançados juntamente para cobrança e arrecadação com o Imposto Predial e Territorial Urbano. Art. 12. Faz­se­á o lançamento ais nome de quem estiver inscrito o imóvel no Cadastro Técnico Municipal. Parágrafo único. O sujeito passivo será notificado do lançamento através da expedição do aviso ou guia de recolhimento, considerando­se também notificado através de divulgação pelo órgão competente dos prazos de vencimentos e locais de pagamento dos tributos, na falta de recebimento dos avisos ou guias. A guia de recolhimento corresponde ao aviso de lançamento.

SEÇÃO IV

DA BASE DE CÁLCULO

Art. 13. A base de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano é o valor venal do imóvel. Art. 14. O valor venal do terreno apurar­se­á através dos dados fornecidos pelo Cadastro Técnico Municipal e será periodicamente atualizado, tomando­se por base, entre outros, os seguintes elementos, considerados em conjunto ou isoladamente: I ­ valores constantes da planta de valores unitários do Município; II ­ os serviços urbanos existentes no logradouro; III ­ a localização do terreno; IV ­ o formato, topografia, situação do terreno na face de quadra e demais características do imóvel considerado; V ­ quaisquer outras informações obtidas pelos órgãos ou repartições competentes e que possam ser tecnicamente consideradas para efeito de valorização do imóvel. Art. 15. A lei definirá a planta de valores unitários de terrenos e edificações, estabelecendo, respectivamente, por face de quadra ou por agrupamento, o valor do metro quadrado. § 1º. Anualmente a planta de valores do cadastro imobiliário será atualizada por ato do Executivo, tomando por base o indexador utilizado pelo Governo Federal para atualização de seus tributos. Quando se tratar de aplicação de aumento real, a mesma será objeto de aprovação do Poder Legislativo, ainda que decorrente de obras públicas.

(4)

§ 2º. Ao contribuinte será assegurado o direito de consulta à planta a que se refere este artigo. Art. 16. Para apuração do valor venal do imóvel edificado, definido no inciso I do art. 9º, serão tomados por base o valor do terreno e o das edificações nele construídas, considerados em conjunto. Parágrafo único. O valor do terreno apurar­se­á na forma dos artigos anteriores e o da construção considerará: I ­ o padrão ou o tipo de acabamento; II ­ a área construída; III ­ o valor do metro quadrado do tipo de acabamento; IV ­ o estado de conservação e a destinação do imóvel. Art. 17. Em caráter geral, poderá o Executivo, para atender à capacidade contributiva da população e à política fiscal, reduzir, em até 20% (vinte por cento), o valor do metro quadrado dos terrenos, estabelecido na planta de valores, ou dos padrões de construção.

SEÇÃO V

DAS ALÍQUOTAS

Art. 18. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, será cobrado mediante aplicação das seguintes alíquotas, que serão aplicadas sobre o valor tributável: I ­ 3% (três por cento) sobre o valor venal dos terrenos sem muros e sem passeios, situados em vias e logradouros dotados de pavimentação asfáltica, poliédrica ou outras; II ­ 2% (dois por cento) sobre o valor venal dos terrenos sem muros e com passeios, ou com muros e sem passeios, situados em vias e logradouros dotados de pavimentação asfáltica, poliédrica ou outras; III ­ 1% (um por cento) sobre o valor venal dos terrenos com muros e com passeios, situados em vias e logradouros dotados de pavimentação asfáltica, poliédrica ou outras; IV ­ 0,75% (zero vírgula setenta e cinco por cento) sobre o valor venal dos terrenos situados em vias e logradouros não pavimentados; V ­ 0,5% (meio por cento) sobre o valor venal quando se tratar de imóvel edificado.

SEÇÃO VI

DA ARRECADAÇÃO

Art. 19. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ­ IPTU, poderá ser parcelado por decisão do Poder Executivo, facultada sempre a opção do pagamento em parcela única, com o desconto de que trata o § 1º deste artigo. § 1º. Para pagamento do imposto total devido até o vencimento da primeira parcela, o Executivo poderá conceder ao contribuinte um desconto de até 20% (vinte por cento). § 2º. O pagamento de qualquer parcela não poderá ser efetuado sem que as anteriores tenham sido pagas.

SEÇÃO VII

DAS ISENÇÕES

Art. 20. Desde que cumpridas as exigências da legislação, fica isento do imposto o bem imóvel: a) pertencente a particular, quando cedido gratuitamente, em sua totalidade, para uso exclusivo da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou do Município, ou de suas autarquias; b) pertencentes a agremiação desportiva licenciada e filiada à federação esportiva estadual, ou liga municipal, quando utilizado efetiva e habitualmente no exercício de suas atividades sociais; c) pertencestes às sociedades civis sem fins lucrativos, destinados ao exercício de atividades assistenciais, culturais, recreativas ou esportivas, declaradas de utilidade pública; d) declaradas de utilidade pública para fins de desapropriação, a partir da parcela correspondente ao período de arrecadação do imposto em que ocorrer a emissão ou a ocupação efetiva pelo poder

(5)

desapropriante.

SEÇÃO VIII

DA INSCRIÇÃO CADASTRAL

Art. 21. O sujeito passivo da respectiva obrigação tributária é obrigado a inscrever no cadastro próprio da Prefeitura o imóvel de que seja proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título, prestando, na oportunidade, as informações solicitadas, ainda que beneficiado por imunidade constitucional ou isenção fiscal. Art. 22. O contribuinte é obrigado a requerer, renovar ou atualizar sua inscrição, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da: I ­ convocação eventualmente feita pela Prefeitura; II ­ demolição ou perecimento da edificação existente no terreno; III ­ aquisição do imóvel, no todo ou em parte, ou dos direitos à posse ou utilidade; IV ­ conclusão da construção, reforma ou ampliação; V ­ ocorrência de quaisquer fatos relacionados com o imóvel que possam influir no lançamento. Art. 23. A Prefeitura poderá promover a inscrição por iniciativa de seus órgãos, sempre que: I ­ o contribuinte não inscrever, não renovar ou atualizar a inscrição do imóvel; II ­ o contribuinte fornecer informações falsas, com erros ou omissões; III ­ for de interesse do cadastro.

SEÇÃO IX

DAS PENALIDADES

Art. 24. Ao contribuinte que não cumprir o disposto nos artigos 22 e 23 será imposta uma multa correspondente a 50 (cinqüenta) UFIRs, ou outra Unidade que venha a substitui­la, aplicada anualmente até que seja regularizada a inscrição. Parágrafo único. Na mesma pena incorre o contribuinte que omitir ou falsificar os dados de inscrição ou de alteração do imóvel. Art. 25. A falta de pagamento do imposto nos prazos fixados sujeitará o contribuinte à incidência de multa de até 20% (vinte por cento) do imposto ou parcela devida, aos juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês e à atualização pela variação da UFIR ou índice que a venha substituir, estabelecido por legislação federal, inscrevendo­se o débito, ao final do exercício, na divida ativa, para cobrança amigável ou judicial. Parágrafo único. A multa prevista no "caput" deste artigo será: I ­ de 10% (dez por cento) para os primeiros 30 (trinta) dias; II ­ de 15% (quinze por cento) até 60 (sessenta) dias, inclusive; III ­ de 20% (vinte por cento) após o prazo do inciso anterior.

CAPÍTULO II

DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA

SEÇÃO I

DO FATO GERADOR

Art. 26. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ­ ISSQN, tem como fato gerador a prestação, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço de qualquer natureza que não configure por si só fato gerador de imposto de competência exclusiva da União ou do Estado. Art. 27. Considera­se prestação de serviços o desempenho de atividade de conteúdo econômico, para terceiro, a qualquer título com fito de remuneração.

(6)

Parágrafo único. São também consideradas prestação de serviços as hipóteses definidas em lei complementar à Constituição da República, ainda que não incluídas na definição do "caput" deste artigo, nem figure dentre os serviços constantes do artigo 28 desta lei. Art. 28. Sujeitam­se ao Imposto os serviços de: 1 ­ Médicos, inclusive análises clínicas, eletricidade médica, radioterapia, ultrasonografia, radiologia, tomografia e congêneres. 2 ­ Hospitais, clínicas, sanatórios, laboratórios de análise, ambulatórios, pronto­ssocorros, manicômios, casas de saúde, de repouso e de recuperação e congêneres. 3 ­ Bancos de sangue, leite, pele, olhos, sêmen e congêneres. 4 ­ Enfermeiros, obstetras, ortópticos, fonoaudiólogos, protéticos (prótese dentária). 5 ­ Assistência médica e congêneres, previstos nos itens 1, 2 e 3 desta lista, prestados através de planos de medicina de grupo, convênios, inclusive com empresas para assistência a empregados. 6 ­ Planos de saúde, prestados por empresa que não esteja incluída no item 5 desta lista e que se cumpram através de serviços prestados por terceiros, contratados pela empresa ou apenas por esta, mediante indicação do beneficiário do plano. 7 ­ 8 ­ Médicos veterinários. 9 ­ Hospitais veterinários, clínicas veterinárias e congêneres. 10 ­ Guarda, tratamento, amestramento, adestramento, embelezamento, alojamento e congêneres, relativos a animais. 11 ­ Barbeiros, cabeleireiros, manicuros, pedicuros, tratamento de pele, depilação e congêneres. 12 ­ Banhos, duchas, sauna, massagens, ginásticas e congêneres. 13 ­ Varrição, coleta, remoção e incineração de lixo. 14 ­ Limpeza e dragagem de portos, rios e canais. 15 ­ Limpeza, manutenção e conservação de imóveis, inclusive vias públicas, parques e jardins. 16 ­ Desinfecção, imunização, higienização, desratização e congêneres. 17 ­ Controle e tratamento de afluentes de qualquer natureza e de agentes físicos e biológicos. 18 ­ Incineração de resíduos quaisquer. 19 ­ Limpeza de chaminés. 20 ­ Saneamento ambiental e congêneres. 21 ­ Assistência técnica. 22 ­ Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens desta lista, organização, programação, planejamento, assessoria, processamento de dados, consultoria técnica, financeira ou administrativa. 23 ­ Planejamento, coordenação, programação ou organização técnica, financeira ou administrativa. 24 ­ Análises, inclusive de sistemas, exames, pesquisas e informações, coleta e processamento de dados de qualquer natureza. 25 ­ Contabilidade, auditoria, guarda­livros, técnicos em contabilidade e congêneres. 26 ­ Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnicas. 27 ­ Traduções e interpretações. 28 ­ Avaliação de bens.

(7)

29 ­ Datilografia, estenografia, expediente, secretaria em geral e congêneres. 30 ­ Projetos, cálculos e desenhos de qualquer natureza. 31 ­ Aerofotogrametria (inclusive interpretação), mapeamento e topografia. 32 ­ Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de construção civil, de obras hidráulicas e outras obras semelhantes e respectiva engenharia, inclusive serviços auxiliares ou complementares (exceto fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICM). 33 ­ Demolição. 34 ­ Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços que fica sujeito ao ICM). 35 ­ Pesquisa, perfuração, cimentação, perfilagem, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo e gás natural. 36 ­ Florestamento e reflorestamento. 37 ­ Escoramento e contenção de encostas e serviços congêneres. 38 ­ Paisagismos, jardinagem e decoração (exceto o fornecimento de mercadorias, que fica sujeito ao ICM). 39 ­ Raspagem, calafetação, polimento, lustração de pisos, paredes e divisórias. 40 ­ Ensino, instrução, treinamento, avaliação de conhecimentos de qualquer grau ou natureza. 41 ­ Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres. 42 ­ Organização de festas e recepções: buffet (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICM). 43 ­ Administração de bens e negócios de terceiros e de consórcio. 44 ­ Administração de fundos mútuos (exceto a realizada por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central). 45 ­ Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros e de planos de previdência privada. 46 ­ Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos quaisquer (exceto os serviços executados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central). 47 ­ Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos da propriedade industrial, artística ou literária. 48 ­ Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de franquia (franchise) e de faturação (factoring). (Excetuam­se os serviços prestados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central). 49 ­ Agenciamento, organização, promoção e execução de programas de turismo, passeios, excursões, guias de turismo e congêneres. 50 ­ Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis e imóveis não abrangidos nos itens 46, 47, 48 e 49. 51 ­ Despachantes. 52 ­ Agentes da propriedade industrial. 53 ­ Agentes da propriedade artística ou literária. 54 ­ Leilão. 55 ­ Regulação de sinistros cobertos por contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis, prestados por quem não

(8)

seja o próprio segurado ou Companhia de Seguro. 56 ­ Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie (exceto depósitos feitos em instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central). 57 ­ Guarda e estacionamento de veículos automotores terrestres. 58 ­ Vigilância ou segurança de pessoas e bens. 59 ­ Transporte, coleta, remessa ou entrega de bens ou valores, dentro do território do Município. 60 ­ Diversões públicas: a) Cinemas, "taxi dancings" e congêneres; b) Bilhares, boliches, corridas de animais e outros jogos; c) Exposições com cobrança de ingresso; d) Bailes, shows, festivais, recitais e congêneres, inclusive espetáculos que sejam também transmitidos, mediante compra de direitos para tanto, pela televisão ou pelo rádio; e) Jogos eletrônicos; f) Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador, inclusive a venda de direitos à transmissão pelo rádio ou pela televisão; g) Execução de música, individualmente ou por conjuntos. 61 ­ Distribuição e venda de bilhete de loteria, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios ou prêmios. 62 ­ Fornecimento de música, mediante transmissão por qualquer processo, para vias públicas ou ambientes fechados (exceto transmissões radiofônicas ou de televisão). 63 ­ Gravação e distribuição de filmes e vídeo­tapes. 64 ­ Fonografia ou gravação de sons ou ruídos, inclusive trucagem, dublagem e mixagem sonora. 65 ­ Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia, reprodução e trucagem. 66 ­ Produção, para terceiros, mediante ou sem encomenda prévia, de espetáculos, entrevistas e congêneres. 67 ­ Colocação de tapetes e cortinas, com material fornecido pelo usuário final do serviço. 68 ­ Lubrificação, limpeza e revisão de máquinas, veículos, aparelhos e equipamentos (exceto o fornecimento de peças e partes, que fica sujeito ao ICM). 69 ­ Conserto, restauração, manutenção e conservação de máquinas, veículos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto o fornecimento de peças e partes, que fica sujeito ao ICM). 70 ­ Recondicionamento de motores (o valor das peças fornecidas pelo prestador do serviço fica sujeito ao ICM). 71 ­ Recauchutagem ou regeneração de pneus para o usuário final. 72 ­ Recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos não destinados à industrialização ou comercialização. 73 ­ Lustração de bens móveis quando o serviço for prestado para usuário final do objeto lustrado. 74 ­ Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, prestados ao usuário final do serviço, exclusivamente com material por ele fornecido. 75 ­ Montagem industrial, prestado ao usuário final do serviço, exclusivamente com material por ele fornecido.

(9)

76 ­ Cópia ou reprodução, por quaisquer processos, de documentos e outros papéis, plantas ou desenhos. 77 ­ Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia. 78 ­ Colocação de molduras e afins, encadernação e douração de livros, revistas e congêneres. 79 ­ Locação de bens móveis, inclusive arrendamento mercantil. 80 ­ Funerais. 81 ­ Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto aviamento. 82 ­ Tinturaria e lavanderia. 83 ­ Taxidermia. 84 ­ Recrutamento, agenciamento, seleção, colocação ou fornecimento de mão­de­obra, mesmo em caráter temporário, inclusive por empregados do prestador do serviço ou por trabalhadores avulsos por ele contratados. 85 ­ Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários (exceto sua impressão, reprodução ou fabricação). 86 ­ Veiculação e divulgação de textos, desenhos e outros materiais de publicidade, por qualquer meio (exceto em jornais, periódicos, rádios e televisão). 87 ­ Serviços portuários e aeroportuários; utilização de porto ou aeroporto; atracação; capatazia; armazenagem interna, externa e especial suprimento de água, serviços acessórios, movimentação de mercadoria fora do cais. 88 ­ Advogados. 89 ­ Engenheiros, arquitetos, urbanistas, agrônomos. 90 ­ Dentistas. 91 ­ Economistas. 92 ­ Psicólogos. 93 ­ Assistentes sociais. 94 ­ Relações públicas. 95 ­ Cobranças e recebimentos por conta de terceiros, inclusive direitos autorais, protestos de títulos, sustação de protestos, devolução de títulos não pagos, manutenção de títulos vencidos, fornecimentos de posição de cobrança ou recebimento e outros serviços correlatos da cobrança ou recebimento (este item abrange também os serviços prestados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central). 96 ­ Instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central: fornecimento de talão de cheques; emissão de cheques administrativos; transferências de fundos; devolução de cheques; sustação de pagamento de cheques; ordens de pagamento e de créditos, por qualquer meio; emissão e renovação de cartões magnéticos; consultas em terminais eletrônicos; pagamentos por conta de terceiros, inclusive os feitos fora do estabelecimento; elaboração de ficha cadastral; aluguel de cofres; fornecimento de segunda via de avisos de lançamento de extrato de contas; emissão de carnês (neste item não está abrangido o ressarcimento, a instituições financeiras, de gastos com portes do Correio, telegramas, telex e teleprocessamento, necessários à prestação dos serviços). 97 ­ Transporte de natureza estritamente municipal. 98 ­ Comunicações telefônicas de um para outro aparelho dentro do mesmo município. 99 ­ Hospedagem em hotéis, pensões e congêneres (o valor da alimentação, quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao imposto sobre serviços). 100 ­ Distribuição de bens de terceiros em representação de qualquer natureza.

(10)

SEÇÃO II

SUJEITO PASSIVO

Art. 29. Contribuinte do Imposto é o prestador do serviço, seja pessoa física ou jurídica que exercer, em caráter permanente ou eventual, quaisquer atividades constantes da lista de serviços, constante do artigo anterior. Parágrafo único. Para os efeitos desta lei, considera­se: I ­ Profissional Autônomo, todo aquele que fornecer o próprio trabalho, sem vinculo empregatício, com auxílio de, no máximo, 03 (três) auxiliares, empregados ou não, que não possuam a mesma habilitação do profissional; II ­ Empresa: a) toda e qualquer pessoa jurídica, inclusive a sociedade civil ou de fato, prestadora de serviço; b) o profissional autônomo que utilizar para o exercício de sua atividade mais de 03 (três) auxiliares empregados ou não; c) o profissional autônomo que utilizar, para o exercício de sua atividade, o serviço de profissional de sua mesma habilitação, ou de nível similar, com ou sem vínculo empregatício. Art. 30. Será responsável pela retenção e recolhimento do Imposto a Empresa que se utilizar de serviços de terceiro, quando: I ­ o prestador do serviço não emitir fatura, nota fiscal ou outro documento admitido pela administração; II ­ o prestador do serviço não apresentar comprovante de inscrição ou documento comprobatório de imunidade ou isenção; III ­ os que permitirem em seus estabelecimentos ou domicílios, exploração de atividade tributável, sem estar o prestador do serviço inscrito no órgão competente, pelo imposto devido sobre essa atividade. Parágrafo único. A fonte pagadora deverá dar ao contribuinte o comprovante de retenção a que se refere este artigo. Art. 31. Será também responsável pela retenção e recolhimento do Imposto, o proprietário do bem imóvel, o dono da obra e o empreiteiro, quanto aos serviços previstos nos itens 32, 33, 34 e 37 da lista disposta no art. 28 desta lei, prestados sem a documentação fiscal correspondente ou sem a prova de pagamento do Imposto. Art. 32. A retenção na fonte será regulamentada por Decreto do Executivo. Art. 33. Relativamente ao disposto no art. 31 desta lei, é indispensável a comprovação do recolhimento do imposto devido, além da apresentação da documentação fiscal, para expedição do habite­se e/ou documento equivalente pela Prefeitura.

SEÇÃO III

DA INSCRIÇÃO

Art. 34. A inscrição deverá ser promovida pelo contribuinte, em formulário próprio, mencionando os dados necessários à perfeita identificação dos serviços prestados. § 1º. A inscrição será efetuada dentro do prazo de 10 (dez) dias, contados do início da atividade do contribuinte. § 2º. Na hipótese de o contribuinte deixar de promover a inscrição, esta será procedida de ofício, sem prejuízo de aplicação de penalidades. § 3º. A inscrição deverá ser feita uma para cada estabelecimento ou local de atividade, ainda que pertencente à mesma pessoa, salvo em relação ao ambulante, que fica sujeito a inscrição única. § 4º. Na inexistência de estabelecimento fixo, a inscrição será única, pelo local do domicílio do prestador de serviço.

(11)

§ 5º. O recebimento, por parte da Prefeitura, de documentos para a inscrição prevista neste artigo, não faz presumir a aceitação dos dados neles contidos.

SEÇÃO IV

BASE DE CALCULO E ALÍQUOTAS

Art. 35. A base de calculo é o preço do serviço, considerando­se como tal a importância relativa à receita bruta a ele correspondente, sem quaisquer deduções, ainda que a título de subempreitada de serviços, fretes, despesas ou impostos, com exceção do disposto no art. 43 desta lei. Art. 36. A apuração do preço será efetuada com base nos elementos em poder do sujeito passivo. § 1º. No caso de concessão de desconto ou abatimento, a base de cálculo será o preço do serviço, sem levar em conta a dedução. § 2º. Nos serviços contratados em moeda estrangeira ou em qualquer índice monetário oficial, o preço será o valor resultante de sua conversão em moeda nacional, na data da ocorrência do fato gerador. § 3º. O reajuste do preço do serviço por atraso de pagamento integra a base de cálculo. § 4º. Os profissionais autônomos que exerçam mais de uma atividade, contribuirão com o imposto para cada atividade profissional. Art. 37. Proceder­se­á ao arbitramento para apuração do preço fundamentalmente, sempre que: a) o contribuinte não possuir livros fiscais de utilização obrigatória ou estes não se encontrarem com sua escrituração em dia; b) o contribuinte, depois de intimado, deixar de exibir os livros fiscais de utilização obrigatória; c) ocorrer fraude ou sonegação de dados julgados indispensáveis ao lançamento; d) sejam omissos ou não mereçam fé as declarações, os esclarecimentos prestados ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo; e) o preço, seja notoriamente inferior ao corrente no mercado, ou desconhecido pela autoridade administrativa. Art. 38. Nos serviços contratados por administração e locação de mão­de­obra em geral, a base de cálculo compreende os honorários, os dispêndios com mão­de­obra, os encargos sociais, as despesas gerais de administração e outras, realizadas direta ou indiretamente pelo prestador. Art. 39. Nas demolições, inclui­se no preço dos serviços o montante dos recebimentos em dinheiro ou em materiais provenientes do desmonte. Art. 40. As alíquotas aplicáveis são as constantes da Tabela do Anexo I a esta lei. Art. 41. Nos casos de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será calculado com a aplicação de alíquotas fixas e tendo como base a Unidade Fiscal do Município vigente na data da promulgação desta lei, atualizável na forma regulamentar. Art. 42. Quando os serviços a que se referem os itens 1, 4, 8, 25, 88, 89, 90, 91 e 92 da lista de serviços constante do artigo 28 desta lei forem prestados por sociedade, estas ficam sujeitas ao Imposto mensal, mediante a aplicação de alíquotas próprias, em relação a cada profissional habilitado, seja sócio, empregado ou terceiro, que preste serviços em nome da sociedade. Art. 43. A base de cálculo do ISSQN para os serviços constantes dos itens 2, 3, 32 e 34 da lista a que se refere o artigo 28 desta lei, será calculada do seguinte modo: I ­ nos itens 2 e 3, a alíquota incidirá sobre 50% (cinqüenta por cento) da receita bruta mensal; II ­ nos itens 32 e 34, o imposto será calculado deduzido o valor dos materiais fornecidos pelo prestador de serviços, bem como as subempreitadas já tributadas pelo imposto. Parágrafo único. No caso do item I deste artigo, o imposto será calculado excluídas as receitas de convênios com a União, Estados e Municípios, que somente serão computadas no mês do recebimento.

SEÇÃO V

DO LANÇAMENTO

(12)

Art. 44. O Cadastro de Contribuintes Prestadores de Serviços, efetuado peia Prefeitura, sem prejuízo de outros elementos obtidos pela fiscalização, será formado pelos dados da inscrição e respectivas alterações. Art. 45. O contribuinte será identificado, para efeitos fiscais, pelo número da inscrição municipal junto ao Cadastro de Contribuintes Prestadores de Serviços, o qual deverá constar de quaisquer documentos, inclusive recibos e notas fiscais. Art. 46. A ocorrência de fatos ou circunstâncias que possam afetar o lançamento do Imposto e/ou alterar os dados apresentados na inscrição, deverão ser comunicados pelo contribuinte. § 1º. Quando se tratar de venda ou transferência de estabelecimento, de mudança de ramo ou de encerramento de atividade, a comunicação deverá ser feita dentro do prazo de 20 (vinte) dias, contados da ocorrência dos fatos ou circunstâncias que possam afetar o lançamento do Imposto. § 2º. A administração poderá promover, de oficio, alterações cadastrais. Art. 47. Sem prejuízo de inscrição e respectivas alterações, o Poder Executivo poderá sujeitar o contribuinte à apresentação de uma declaração de dados para fins estatísticos e de fiscalização na forma regulamentar. Art. 48. O Imposto será lançado, anualmente, com base nos dados constantes do Cadastro de Contribuintes Prestadores de Serviços, por iniciativa da repartição competente, quando se tratar de profissionais autônomos e liberais, bem como, quando se apurarem diferenças em levantamento fiscal. Parágrafo único. O Imposto será lançado e calculado pelo próprio contribuinte, mensalmente, nos casos dos serviços tributados com base no respectivo preço. Art. 49. Os contribuintes do Imposto caracterizados como empresa, ficam obrigados a: I ­ manter em uso escrita fiscal destinada ao registro dos serviços prestados, ainda que não tributáveis; II ­ emitir notas fiscais de serviços, ou outro documento admitido pela Administração, por ocasião da prestação dos serviços; III ­ apresentar Demonstrativo Mensal de Apuração do imposto. Art. 50. O Poder Executivo poderá definir os modelos dos livros, notas fiscais e demais documentos a serem obrigatoriamente utilizados pelo contribuinte, devendo a escrituração fiscal ser mantida em cada um dos seus estabelecimentos, ou, na falta destes, em seu domicílio. § 1º. Os livros e documentos fiscais deverão ser devidamente formalizados, nas condições e prazos regulamentares. § 2º. Os livros e documentos fiscais, que são de exibição obrigatória à fiscalização, não poderão ser retirados do estabelecimento ou do domicílio do contribuinte, salvo nos casos expressamente previstos em regulamento. § 3º. A autoridade administrativa, por despacho fundamentado, e tendo em vista a natureza do serviço prestado, poderá obrigar a manutenção de determinados livros especiais, ou autorizar a sua dispensa, e permitir a emissão e utilização de notas e documentos especiais. Art. 51. Sendo insatisfatórios os meios normais de fiscalização, o Poder Executivo poderá exigir a adoção de instrumentos ou documentos especiais necessários à perfeita apuração dos serviços prestados, da receita auferida e do Imposto devido.

SEÇÃO VI

ARRECADAÇÃO

Art. 52. O imposto será pago, obedecidas as seguintes disposições: I ­ o contribuinte sujeito ao recolhimento mensal recolherá o imposto correspondente à receita do mês anterior até o dia 10 (dez) de cada mês; II ­ os demais contribuintes recolherão o imposto no prazo indicado no aviso de lançamento; III ­ a pessoa física que iniciar sua atividade no decorrer do exercício financeiro, será lançada a partir daquela data, pagando o imposto à proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de exercício;

(13)

IV ­ as diferenças eventualmente apuradas em levantamentos fiscais deverão ser recolhidas no prazo de 08 (oito) dias, após a data da notificação, sem prejuízo das penalidades cabíveis. Parágrafo único. Quando o contribuinte pretender comprovar a inexistência de resultado econômico no decurso do mês, deverá fazê­lo no prazo para recolhimento do imposto. Art. 53. Quando o volume ou a modalidade dos serviços aconselhar tratamento fiscal diferente, a autoridade administrativa poderá exigir ou autorizar o recolhimento do Imposto por estimativa. § 1º. O enquadramento do contribuinte no regime da estimativa poderá ser feito individualmente, por categoria de estabelecimentos ou por grupos de atividades, independendo: a) de estar o contribuinte obrigado à escrita fiscal ou contábil; b) do tipo de constituição da sociedade. § 2º. O regime de estimativa poderá ser suspenso pela autoridade administrativa, mesmo quando não findo o exercício ou período, seja de modo geral ou individual, seja quanto a qualquer categoria de estabelecimentos, grupos ou setores de atividades. § 3º. A Administração poderá rever os valores estimados, a qualquer tempo, reajustando as parcelas do Imposto. § 4º. Na hipótese do contribuinte sonegar ou destruir documentos necessários à fixação de estimativa, esta será arbitrada, sem prejuízo de outras penalidades. Art. 54. No recolhimento do Imposto por estimativa serão observadas as seguintes regras: I ­ com base nas informações do contribuinte ou em outros elementos, serão estimados o valor dos serviços tributáveis e do imposto total a recolher no exercício ou período, parcelado o respectivo montante para recolhimento em prestações mensais; II ­ findo o regime ou período da estimativa ou deixando o regime de ser aplicado, serão apurados os preços dos serviços e o montante efetivamente devido pelo contribuinte, respondendo este pela diferença que lhe cabe e corrigida, ou tendo direito à restituição do imposto pago a maior; III ­ verificada qualquer diferença entre o montante do Imposto recolhido por estimativa e o efetivamente devido, a mesma será: a) recolhida dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do encerramento do exercício ou período considerado, devidamente corrigido, independentemente de qualquer iniciativa do Poder Público; b) restituída ou compensada mediante requerimento do contribuinte, dentro do prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, acrescido dos juros legais e atualização monetária, a partir do vencimento do prazo acima, apurando­se a responsabilidade do servidor pelo atraso. Parágrafo único. Quando, na hipótese do inciso II deste artigo, o preço escriturado não refletir o preço dos serviços, a administração poderá arbitrá­lo. Art. 55. Sempre que o volume ou a modalidade dos serviços o aconselhe e tendo em vista facilitar os contribuintes o cumprimento de suas obrigações tributárias, a Administração poderá autorizar a adoção de regime especial para o pagamento do Imposto.

SEÇÃO VII

INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 56. As infrações serão punidas com as seguintes penalidades: I ­ multa de importância igual a 17,00 UFIRs, vigente na data de promulgação desta lei, atualizável na forma regulamentar, nos casos de: a) falta de inscrição ou de sua alteração; b) inscrição, ou sua alteração, comunicação de venda ou transferência do ramo de atividade, fora do prazo; c) falta de comunicação de baixa, paralisação ou encerramento de atividade.

(14)

II ­ multa de 34,00 UFIRs, vigente na data de promulgação desta lei, e atualizável na forma regulamentar, nos casos de: a) falta de livros fiscais; b) falta de escrituração do Imposto devido; c) dados incorretos na escrita fiscal ou documentos fiscais; d) falta do número da inscrição municipal em documentos fiscais. III ­ multa de 51,00 UFIRs, vigente na data de promulgação desta lei, e atualizável na forma regulamentar, nos casos de: a) falta de declaração de dados; b) erro, omissão ou falsidade na declaração de dados. IV ­ multa de 68,01 UFIRs, vigente na data de promulgação desta lei, e atualizável na forma regulamentar, nos casos de: a) falta de emissão de nota fiscal ou outro documento admitido pela Administração; b) falta ou recusa na exibição de livros ou documentos fiscais; c) retirada do estabelecimento, ou do domicílio do prestador, de livros ou documentos fiscais; d) sonegação de documentos para apuração do preço dos serviços ou da fixação da estimativa; e) embaraçar ou ilidir a ação fiscal. V ­ multa de importância igual a 35% (trinta e cinco por cento) sobre a diferença corrigida entre o valor recolhido e o efetivamente devido ao Imposto, desde que por culpa e responsabilidade do contribuinte; VI ­ multa de importância de 40% (quarenta por cento) sobre o valor do Imposto corrigido no caso de falta de recolhimento do Imposto, apurado por procedimento tributário; VII ­ multa de importância igual a 45% (quarenta e cinco por cento) sobre o valor do Imposto corrigido, no caso de não retenção do Imposto devido; VIII ­ multa de importância igual a 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor do Imposto corrigido, no caso de falta de recolhimento do Imposto retido na fonte; IX ­ multa de importância igual a 9,35 UFIRs, vigente na data de promulgação desta lei, atualizável na forma regulamentar, nos casos de: a) não comunicação do movimento econômico, em tempo hábil (por mês); b) preenchimento da guia de arrecadação, sem identificação. Art. 57. A falta de pagamento do imposto nos prazos fixados sujeitará o contribuinte à multa de até 20% (vinte por cento) do imposto ou parcela devida, aos juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês e à atualização pela variação da UFIR ou índice que a substitua, estabelecido por legislação federal, inscrevendo­se o débito, ao final do exercício, em dívida ativa, para cobrança amigável ou judicial. Parágrafo único. A multa de que trata o "caput" deste artigo será: I ­ de 10% (dez por cento) para os primeiros 30 (trinta) dias; II ­ de 15% (quinze por cento) até 60 (sessenta) dias, inclusive; III ­ de 20% (vinte por cento) após o prazo do inciso anterior.

SEÇÃO VIII

ISENÇÕES

Art. 58. Desde que cumpridas as exigências da legislação, ficam isentos do Imposto:

(15)

I ­ os estabelecimentos de ensino de nível elementar, médio e superior; II ­ as casas de caridade, as sociedades de socorros e os estabelecimentos de fins humanitários e assistenciais, sem finalidade lucrativa; III ­ a prestação de assistência médica ou odontológica, em ambulatórios ou gabinetes mantidos por estabelecimentos comerciais ou industriais, sindicatos e sociedades civis sem fins lucrativos, desde que se destine exclusivamente ao atendimento de seus empregados e associados, e não seja explorada por terceiros, sob qualquer forma; IV ­ a assistência judiciária, seja qual for a entidade mantenedora e desde que o escritório não seja utilizado para fins lucrativos; V ­ as empresas teatrais e circenses pelos seus espetáculos, inclusive concertos e exibições artísticas ou culturais, sem fins lucrativos; VI ­ as atividades esportivas, bem como os espetáculos avulsos, sob a responsabilidade de federações, associações, clubes desportivos, devidamente legalizados e por organizações estudantis; VII ­ as pessoas físicas: a) reconhecidamente pobres, sem estabelecimento fixo e receita anual inferior a 850,12 UFIRs, vigente no Município na data de promulgação desta lei, atualizável na forma regulamentar; b) que prestarem serviços em sua própria residência, por conta própria e sem empregados, não sendo considerados como tais os filhos e cônjuge do responsável, excluídos os profissionais de nível universitário ou técnico de qualquer grau. § 1º. O benefício concedido pelos incisos I, II, III, IV e VI deste artigo, será concedido em requerimento e obedecerá: I ­ a entrega de documentação comprobatória dos requisitos exigidos à obtenção do benefício; II ­ referentemente às instituições, declaração anual da qual constarão: a) as modificações na sua direção; b) as alterações estatutárias; c) seus balanços, orçamentos ou outros dados contábeis que venham a ser exigidos no regulamento. III ­ ser entregue até o último dia útil do mês de janeiro de cada exercício. § 2º. Para a renovação do beneficio fiscal será considerada a documentação inicial apresentada, e exigidas as provas relativas ao novo exercício. § 3º. Para a obtenção do beneficio de que trata o inciso I deste artigo, serão concedidas pelo interessado à Prefeitura, 02 (duas) bolsas de estudo por turma, que as concederá atendendo aos requisitos fixados em lei.

CAPÍTULO III

IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO "INTER VIVOS" DE BENS IMÓVEIS

SEÇÃO I

DO FATO GERADOR E DA INCIDÊNCIA

Art. 59. O imposto sobre a transmissão "inter vivos" de bens imóveis e de direitos a eles relativos. ITBI, tem como fato gerador a transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição. Parágrafo único. São tributáveis os compromissos ou promessas de compra e venda de imóveis sem cláusula de arrependimento, ou a cessão de direitos deles decorrentes. Art. 60. A incidência do imposto alcança as seguintes mutações patrimoniais: I ­ compra e venda pura ou condicional; II ­ dação em pagamento;

(16)

III ­ arrematação; IV ­ adjudicação; V ­ sentença declaratória de usucapião; VI ­ mandato em causa própria e seus subestabelecimentos, quando estes configurem transação e o instrumento contenha os requisitos essenciais à compra e venda; VII ­ a instituição de usufruto, convencional sobre bens imóveis; VIII ­ tornas ou reposições que ocorram nas divisões para extinção de condomínios de imóveis quando for recebida por qualquer condômino, quota­parte material cujo valor seja maior do que o valor de sua quota ideal, incidindo sobre a diferença; IX ­ permuta de bens imóveis e de direitos a eles relativos pela diferença de valor; X ­ quaisquer outros atos e contratos, translativos da propriedade de bens imóveis, sujeitos a transcrição na forma da lei. Art. 61. O imposto é devido quando o imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos transmitidos ou cedidos, esteja situado em território do município, mesmo que a mutação patrimonial decorra de contrato celebrado fora dele.

SEÇÃO II

DA NÃO INCIDÊNCIA

Art. 62. O imposto não incide sobre: I ­ a transmissão dos bens ou direitos, quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital; II ­ a transmissão dos bens ou direitos, quando decorrentes de fusão, incorporação ou extinção de capital de pessoa jurídica; III ­ a transmissão de bens ou direitos, quando a aquisição for feita por pessoa jurídica de direito público interno, templos de qualquer culto ou instituições de educação e assistência social, observado o disposto no § 5º; IV ­ a reserva ou extinção de usufruto, uso ou habitação. § 1º. O disposto nos incisos I e II deste artigo não se aplica quando a pessoa jurídica neles referida, tiver como atividade preponderante a venda ou locação de imóveis ou a cessão de direitos à sua aquisição. § 2º. Considerar­se­á caracterizada a atividade preponderante, referida no parágrafo anterior, quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) últimos anos anteriores, decorrer de venda, locação ou cessão de direitos à aquisição de imóveis. § 3º. Se o início de atividade houver ocorrido há menos de 2 (dois) anos da aquisição, a preponderância referida no parágrafo anterior será apurada com base no período de operações da adquirente. § 4º. Quando a atividade preponderante, referida no § 1º deste artigo, estiver evidenciada no instrumento constitutivo da pessoa jurídica adquirente, o imposto será exigido no ato da aquisição, sem prejuízo do direito à restituição que vier a ser legitimado com aplicação do disposto no § 2º ou § 3º. § 5º. Para efeito do disposto neste artigo, as instituições de educação e de assistência social deverão observar os seguintes requisitos: a) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado; b) aplicarem integralmente, no país, seus recursos na manutenção e no desenvolvimento dos objetivos institucionais; c) manterem escrituração de suas respectivas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua perfeita exatidão;

(17)

d) não remunerem a qualquer título os seus diretores.

SEÇÃO III

DAS ISENÇÕES

Art. 63. São isentas do imposto: I ­ a aquisição de moradia realizada por ex­combatente, suas viúvas que não contraírem novas núpcias e seus filhos menores ou incapazes, quando o valor do imóvel não ultrapassar o limite de 1000 (um mil) UFMs, vigente na data de promulgação desta lei, observando­se que o reconhecimento da isenção cabe à autoridade fazendária municipal, à vista de requerimento instruído com: a) prova de condição de ex­combatente ou documento que prove ser o interessado filho ou viúva de ex­combatente; b) declaração do interessado que não possui outro imóvel de moradia; c) avaliação fiscal do imóvel. II ­ a aquisição de bens imóveis, quando vinculada a programas habitacionais de promoção social ou desenvolvimento comunitário de âmbito federal, estadual ou municipal, destinados a pessoas de baixa renda, com a participação de entidades ou órgãos criados pelo Poder Público.

SEÇÃO IV

DA ALÍQUOTA

Art. 64. As alíquotas do imposto nas transmissões e cessões de imóveis, serão as seguintes: I ­ nas transmissões e cessões por intermédio do Sistema Financeiro de Habitação ­ CEF ou outro sistema constituído para o mesmo fim pelo Governo Federal: a) 0,5% (cinco décimos por cento) sobre o valor, efetivamente financiado; b) 2,0% (dois por cento) sobre o valor restante. II ­ nas demais transmissões e cessões, a título oneroso, 2% (dois por cento).

SEÇÃO V

DA BASE DE CÁLCULO

Art. 65. A base de cálculo do imposto é o valor dos bens, no momento da transmissão ou cessão dos direitos a eles relativos, segundo estimativa fiscal aceita pelo contribuinte, ou o preço pago, se este for maior. § 1º. Não concordando com o valor estimado, poderá o contribuinte requerer a avaliação administrativa, instruindo o pedido com laudos de avaliação emitidos pela Caixa Econômica Federal e avaliador judicial. § 2º. O valor estabelecido na forma deste artigo prevalecerá pelo prazo de 60 (sessenta) dias, findo o qual, sem o pagamento do imposto, ficará sem efeito o lançamento ou a avaliação. Art. 66. Nos casos a seguir especificados a base de cálculo é: I ­ na arrematação ou leilão, o preço pago; II ­ na adjudicação, o valor estabelecido pela avaliação judicial ou administrativa; III ­ na transmissão por sentença declaratória de usucapião, o valor estabelecido por avaliação administrativa; IV ­ nas dações em pagamento, o valor dos bens imóveis dados para solver o débito; V ­ nas permutas, o valor da diferença entre os imóveis ou direitos permutados; VI ­ na transmissão do domínio útil, 1/ 3 (um terço) do valor venal do imóvel; VII ­ na transmissão do domínio direto, 2/3 (dois terços) do valor venal do imóvel;

(18)

VIII ­ na instituição do direito real de usufruto, uso ou habitação, a favor de terceiro, bem como na sua transferência, por alienação, ao nu­proprietário, 1/3 (um terço) do valor venal do imóvel; IX ­ na transmissão da nua­propriedade, 2/3 (dois terços) do valor venal do imóvel; X ­ na instituição de fideicomisso, o valor venal do imóvel; XI ­ na promessa de compra e venda e na cessão de direitos, o valor venal do imóvel; XII ­ em qualquer outra transmissão ou cessão de imóvel ou de direito real, não especificado nos incisos anteriores, o valor venal do bem. Parágrafo único. Para efeito deste artigo considera­se o valor do bem ou direito o da época da avaliação judicial ou administrativa.

SEÇÃO VI

DOS CONTRIBUINTES

Art. 67. O contribuinte do imposto é: I ­ o cessionário ou adquirente dos bens ou direitos cedidos ou transmitidos; II ­ na permuta, o permutante adquirente do bem de maior valor. Parágrafo único. Nas transmissões ou cessões que se efetuarem com recolhimento insuficiente ou sem recolhimento do imposto devido, ficam solidariamente responsáveis por este pagamento o transmitente, o cedente e o titular da serventia da justiça, em razão do seu ofício, conforme o caso.

SEÇÃO VII

DA FORMA E DO LOCAL DO PAGAMENTO DO IMPOSTO

Art. 68. O pagamento do imposto far­se­á na sede do município de situação do imóvel. Art. 69. Nas transmissões ou cessões, o contribuinte, o escrivão de notas ou o tabelião, antes da lavratura da escritura ou do instrumento, conforme o caso, emitirá guia com a descrição completa do imóvel, suas características, localização, área do terreno, tipo de construção, benfeitorias e outros elementos que possibilitem a estimativa de seu valor venal pelo fisco. § 1º. A emissão da guia de que trata este artigo será feita, também pelo oficial de registro, antes da transcrição, na hipótese de registro de carta de adjudicação, em que o imposto tenha sido pago sem a anuência da Fazenda com os valores atribuídos aos bens imóveis transmitidos. § 2º. Na hipótese do parágrafo anterior, fica dispensada a descrição dos imóveis na guia, se a ela for anexada cópia da carta de adjudicação. Art. 70. O ITBI será recolhido mediante guia de arrecadação visada pela repartição fazendária.

SEÇÃO VIII

DOS PRAZOS DE PAGAMENTOS

Art. 71. O pagamento do ITBI realizar­se­á: I ­ na transmissão ou cessão por escritura pública, antes de sua lavratura; II ­ na transmissão ou cessão por documento particular, mediante apresentação do mesmo à fiscalização, dentro de 90 (noventa) dias de sua assinatura, mas sempre antes da inscrição, transcrição ou averbação no registro competente; III ­ na transmissão ou cessão por meio de procuração em causa própria ou documento que lhe seja assemelhado, antes de lavrado o respectivo documento; IV ­ na transmissão em virtude de qualquer sentença judicial, dentro de 30 (trinta) dias do trânsito em julgado de sentença; V ­ na arrematação, adjudicação, remição e no usucapião, até 30 (trinta) dias após o ato ou trânsito em julgado da sentença, mediante guia de arrecadação expedida pelo escrivão do feito; VI ­ na aquisição de terras devolutas, antes de assinado o respectivo título, que deverá ser apresentado à autoridade fiscal competente para cálculo do imposto devido e no qual serão anotados

(19)

os dados da guia de arrecadação; VII ­ nas tornas ou reposições em que sejam interessados incapazes, dentro de 30 (trinta) dias, contados da datada intimação do despacho que as autorizar.

SEÇÃO IX

DA RESTITUIÇÃO

Art. 72. O imposto recolhido será devolvido, no todo ou em parte, quando: I ­ não se completar o ato ou contrato sobre que se tiver pago, depois de requerido com provas bastantes e suficientes; II ­ for declarada, por decisão judicial transitada em julgado, a nulidade do ato ou contrato pelo qual tiver sido pago; III ­ for reconhecida a não incidência ou o direito à isenção; IV ­ houver sido recolhido a maior. § 1º. Instruirá o processo de restituição a via original da guia de arrecadação respectiva ou a comprovação do recolhimento do imposto, mediante certidão passada pela Fazenda Municipal. § 2º. Para fins de restituição, o imposto indevidamente pago será corrigido em função do poder aquisitivo da moeda, segundo coeficientes fixados para correção do débito.

SEÇÃO X

DA FISCALIZAÇÃO

Art. 73. O escrivão, tabelião, oficial de notas, de registro de imóveis e de registro de títulos e documentos e qualquer outro serventuário da justiça, não poderão praticar quaisquer atos que importem em transmissão de bens imóveis ou de direitos a eles relativos, bem como sua cessão, sem que o interessado apresente comprovante original do pagamento do imposto, o qual será transcrito, em seu inteiro teor, no instrumento respectivo. Art. 74. Os serventuários referidos no artigo anterior ficam obrigados a facilitar a fiscalização da Fazenda Municipal, exame em cartório dos livros, registros e outros documentos e a lhe fornecer, gratuitamente, quando solicitadas, certidões de atos que foram lavrados, transcritos, averbados ou inscritos, e concernentes a imóveis ou direitos a eles relativos.

SEÇÃO XI

DAS PENALIDADES

Art. 75. O imposto recolhido fora dos prazos fixados no art. 71 desta lei terá seu valor monetariamente atualizado, acrescido de multa e juros na forma das disposições do art. 25 e seu parágrafo único desta lei. Parágrafo único. Havendo ação fiscal, a multa prevista neste artigo será de 50% (cinqüenta por cento) do imposto devido. Art. 76. A falta ou inexatidão de declaração relativa a elementos que possam influir no cálculo do imposto, com evidente intuito de fraude, sujeitará o contribuinte à multa de 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor do imposto devido. Parágrafo único. Igual penalidade será aplicada a qualquer pessoa, inclusive serventuário ou funcionário, que intervenha no negócio jurídico ou na declaração, e seja conivente ou auxiliar, na inexatidão ou omissão praticada. Art. 77. As penalidades constantes deste Capítulo serão aplicadas sem prejuízo do processo criminal ou administrativo cabível. Parágrafo único. O serventuário ou funcionário que não observar os dispositivos legais e regulamentares relativos ao imposto, concorrendo de qualquer modo para o seu não pagamento, ficará sujeito às mesmas penalidades estabelecidas para os contribuintes, devendo ser notificado para o recolhimento da multa pecuniária. Art. 78. No caso de reclamação de exigência do imposto, e de aplicação de penalidade, apresentada por serventuário ou funcionário, é competente para decidir a controvérsia, em definitivo, o Secretário

(20)

Municipal de Finanças Públicas e Planejamento, ou a autoridade indicada pelo Chefe do Executivo Municipal.

TÍTULO III

TAXAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 79. As taxas de licença têm como fato gerador o exercício regular do Poder de Polícia Administrativa do Município. § 1º. Considera­se Poder de Polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. § 2º. O Poder de Polícia Administrativa será exercido em relação a qualquer atividade, lucrativa ou não e a quaisquer atos a serem respectivamente exercidos ou praticados no território do município, dependentes, nos termos deste Código, de prévio licenciamento da Prefeitura. § 3º. O município não exerce Poder de Polícia sobre as atividades exercidas ou sobre os atos praticados em seu território, mas legalmente subordinados ao Poder de Polícia Administrativa do Estado ou da União. Art. 80. As taxas de licença serão devidas para: I ­ localização e funcionamento; II ­ funcionamento de estabelecimento em horário especial; III ­ licença para publicidade; IV ­ licença para execução de obras; V ­ abate de animais; VI ­ ocupação de áreas em vias e logradouros públicos; VII ­ exercício do comércio eventual e/ou ambulante; VIII ­ habite­se. Parágrafo único. As licenças serão concedidas sob a forma de alvará que deve ser exibido à fiscalização quando solicitado.

CAPÍTULO II

INFRAÇÕES E PENALIDADES RELATIVAS AS TAXAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA

Art. 81. As infrações serão punidas com as seguintes penalidades: I ­ multa de até 20% (vinte por cento) da taxa ou parcela devida, aos juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês e à atualização monetária pela variação da UFIR ou índice que a venha substituir estabelecido por legislação federal, inscrevendo­se o débito, ao final do exercício, na dívida ativa, para cobrança amigável ou judicial; II ­ multa de 17,00 UFIRs, vigente na data de promulgação desta lei, atualizável na forma regulamentar no caso de não observância do disposto nos artigos 86 e 122, parágrafo único, desta lei; III ­ cassação de licença, a qualquer tempo, quando deixarem de existir as condições exigidas para sua concessão. § 1º. A multa prevista no inciso I deste artigo será: a) de 10% (dez por cento) para os primeiros 30 (trinta) dias; b) de 15% (quinze por cento) até 60 (sessenta) dias, inclusive; c) de 20% (vinte por cento) após o prazo da alínea anterior.

(21)

§ 2º. O contribuinte da taxa de licença para localização e funcionamento está sujeito ao fechamento do estabelecimento quando deixar de cumprir as intimações expedidas pela Prefeitura.

CAPÍTULO III

TAXA DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

SEÇÃO I

INCIDÊNCIA

Art. 82. Nenhum estabelecimento comercial, industrial, prestador de serviços, agropecuário e de demais atividades, poderá localizar­se no Município, sem prévio exame e fiscalização das condições de localização concernentes à segurança, à higiene, à saúde, à ordem, aos costumes, ao exercício de atividades dependentes de concessão ou permissão do poder público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos, bem como ao cumprimento da legislação urbanística, e à correção da linguagem para os seus letreiros. Parágrafo único. Pela prestação dos serviços de que trata o "caput" deste artigo cobrar­se­á a Taxa independentemente da concessão de licença. Art. 83. A licença será válida para o exercício em que for concedida, ficando sujeita a renovação no exercício seguinte. Parágrafo único. Será exigida renovação de licença para localização sempre que ocorrer mudança de ramo de atividade, modificações nas características do estabelecimento ou transferência de local.

SEÇÃO II

SUJEITO PASSIVO

Art. 84. Contribuinte da Taxa é a pessoa física ou jurídica que explora qualquer atividade em estabelecimento sujeito à fiscalização.

SEÇÃO III

CÁLCULO DA TAXA

Art. 85. A Taxa será calculada de acordo com a tabela do Anexo II desta lei. § 1º. No caso de atividades múltiplas exercidas no mesmo local, a taxa será calculada e devida sobre a atividade predominante. § 2º. No caso de despacho desfavorável definitivo ou desistência do pedido de licença, a Taxa será devida em 25% (vinte e cinco por cento) do seu valor, equiparando­se a abandono do pedido, a falta de qualquer providência da parte interessada que importe em arquivamento do processo.

SEÇÃO IV

LANÇAMENTO

Art. 86. A Taxa será lançada em nome do contribuinte, com base nos dados do cadastro fiscal. Art. 87. O contribuinte é obrigado a comunicar à Prefeitura, dentro de 10 (dez) dias, para fins de atualização cadastral, as seguintes ocorrências: I ­ alteração da razão social ou do ramo de atividade; II ­ alteração na forma societária; III ­ falta de comunicação de baixa, paralisação ou encerramento de atividade; IV ­ falta de alvará de localização do estabelecimento.

SEÇÃO V

ARRECADAÇÃO

Art. 88. A taxa será lançada e arrecadada no curso do exercício fiscal de referência. Nos casos do parágrafo único do art. 83, a arrecadação será feita no ato da concessão da licença.

CAPÍTULO IV

TAXA DE LICENÇA PARA O FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO EM HORÁRIO ESPECIAL

Referências

Documentos relacionados

(b) Se duas gotas iguais a esta, com mesma carga e o mesmo raio, se juntarem para constituir uma ´unica gota esf´erica, qual ser´a o potencial na superf´ıcie desta nova gota?...

A sentença de prisão é uma sentença de morte, que retira mulheres da sociedade, separa mães de seus filhos, anula suas relações familia- res, discrimina ainda mais grupos

Mesmo nós enquanto amigos, alunos e professores não podendo estar juntos e não podendo ver-nos sem ser a partir de um ecrã, ainda existem coisas boas neste confinamento e

Assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar como se manifesta o estresse na equipe de Enferma- gem, identificar quais sinais e sintomas estão mais presentes

Cauquelin (2005, p.127-130) confirma a união entre os elementos modernos e contemporâneos ao afirmar que, “os valores da arte moderna e os da arte [...]

e) se em cada triângulo as medidas de dois ângulos são conhecidas, podemos afirmar que o terceiro ângulos de cada triângulo (ângulos correspondentes aos

Os principais achados da nossa pesquisa foram as concentrações maiores de nitrito nos grupos formados por portadores de disfunção erétil quando comparados aos controles (tanto na

z Ideia: calcular o valor do Minimax para cada acção em cada mão, e depois escolher a acção com o maior valor esperado através das várias mãos. z Caso especial: se uma acção