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Apostila de Wicca

História, encantamentos, poemas e

práticas

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WICCA

Wicca é uma religião vinda do paganismo, e possui duas deidades reverenciadas: O Deus e a Deusa. Acredito que os nomes variam, assim como suas feições. Foi a Deusa que tudo criou e deu à Luz a todos nós, por isso a consideramos um Ser divino; O Deus é o seu outro lado, ou seja, o lado masculino da Deusa. Wicca é toda a Terra, suas belezas, e por isso, você encontrará muitos wiccanianos, que amam a Natureza e o Meio ambiente, por nosso próprio amor à Natureza e tudo o que vêm dela.

No passado, e mesmo hoje em dia, as(os) Bruxas(os) são vistos como "adoradores do demônio",

mas isso é um fato que a Igreja "construiu", como forma de reduzir a prática da magia. Não há um demônio porque tudo pode ser cruel e cheio de aspectos bons e ruins, então nada é totalmente bom, ou totalmente ruim. A verdadeira Magia, não é Negra, nem Branca, "ela", é ambas.

O Pentagrama é um instrumento e símbolo muito importante, e ele representa os quatro elementos, Terra, Fogo, Ar, e a Água, a quinta ponta representa o Espírito. Os quatro elementos são muito importantes na Wicca, pois a Natureza é representada por eles, e os Feitiços (spells), são feitos através da Energia da Natureza que nos circunda.

Algumas pessoas têm duvidas, se a Magia existe, e eu vos digo: - Magia existe sim!

Magia é a liberação de uma Energia, e quando praticamos "spells", há o uso dela. Nos utilizamos a Energia Natural, que nos envolve para fazer algo à

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nosso favor, e isso nos conduz à Lei Tripla, que rege, que tudo o que você fizer, retornará três vezes à você, ou seja, se você fizer uma "maldição" ela retornará três vezes, se usar a Magia para machucar alguém, ela vai retornar três vezes pior. Mas, se você usar a Magia para praticar o Bem, é claro que ele retornará três vezes à você, também.

Espero que você entenda muito bem isso, porque nós acreditamos fielmente nessa Lei. Todos nós temos o "poder" de praticar Magia, mas as habilidades variam de pessoa para pessoa, por não acreditar muito, ou ainda, não tenta expandir seus conhecimentos.

Wicca, é uma religião muito flexível, pode ser combinada com várias religiões, menos com o Cristianismo e religiões do gênero. Eu, particularmente, tenho um conceito formado sobre isso, não acredito numa religião, onde as pessoas não conversam diretamente com os seus Deuses, confessam seus "pecados", à outra pessoa, e essa mesma pessoa faz um julgamento e sentencia o "pecador". Uma religião, que o Deus é muito bravo, sisudo, que se você não seguir alguns mandamentos, que te "castram" até de viver, ele te manda para inferno, para ser espetado pelo Diabo! Existe outra, ainda pior, que tudo que não é como eles pregam, como diz a Bíblia, e de acordo com o que eles entendem no estudo da Bíblia, são demônios ou pessoas demoníacas, também!

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As Treze Metas da WICCA

1. Conhecer a si mesmo 2. Saber sua Arte

3. Aprender

4. Usar o que você aprendeu

5. Manter o balanço de todas as coisas 6. Manter suas palavras verdadeiras 7. Manter seus pensamentos verdadeiros 8. Celebrar a vida

9. Alinhar você mesmo com os Ciclos da Terra 10. Manter seu corpo correto

11. Exercitar seu corpo e mente 12. Meditar

13. Honrar ao Deus e a Deusa

Essas metas devem ser seguidas pelos praticantes da Wicca, já que realmente acreditamos nelas. Há

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algumas Leis da Wicca, assim também metas que devem ser seguidas e respeitadas. Antes de mais

nada, é importante citar as quatro palavras do Mago. É básico que você entenda e siga essas quatro palavras, sem que você as entenda, não há como ser um praticante de Bruxaria.

Saber, Ousar, Querer, Calar

Para Ousar, precisamos Saber Para Querer, precisamos Ousar

Precisamos Querer para possuir império Para Reinar, precisamos

Manter Silêncio

ORIGENS DA BRUXARIA WICCA

Falar em origem da Bruxaria é o mesmo que retornar aos primórdios da Humanidade, quando os Seres Humanos começaram a despertar sua percepção para os mistérios da vida e da Natureza, segundo os estudiosos da pré-história. A primeira demonstração de Arte Devocional, foram as Madonas Negras, encontradas nas cavernas de período Neolítico. Portanto as Deusas da Fertilidade, foram os primeiros objetos de adoração dos povos primitivos.

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Da mesma forma que nossos antepassados se maravilharam ao ver a mulher dando à Luz à uma criança, todo o Universo deveria ter sido criado por uma Grande mãe. Entre os povos que dependiam da caça.

A Bruxaria é uma religião de origem Xamânica de forte tradição mágica. Mas é bom lembrar que Xamanismo e Magia são técnicas espirituais, isto é, para ser Bruxo(a) não é preciso fazer magia, ou ter poderes paranormais. Muito menos ser vidente ou médium.

O que diferencia o Bruxo(a) do Mago(a) ou Xamã, é a sua devoção pelos Deuses. Xamanismo e Magia, são técnicas utilizadas pelos Bruxos (as), mas não tem nada a ver com a parte devocional da Wicca. É possível ser um(a) (Bruxo(a) fazendo-se somente os rituais de devoção, sem nunca praticar um único feitiço na vida, mas o contrário não é verdadeiro, pois se, não houver da sua parte um amor verdadeiro e sincero pela energia dos Deuses e harmonia com a Natureza, você pode fazer feitiços dia e noite, mas nunca será um Bruxo(a)!

Tradicionalmente os Bruxos(as) podem e devem fazer feitiços recorrendo às energias da Natureza para resolver os problemas práticos da sua vida, bem como para ajudar ao próximo, mas nunca devemos nos esquecer de que o mais importante é a comunhão com as energias da Natureza, e o respeito por todos os seres vivos, e, em especial, pelos nossos semelhantes.

Tipos de Wiccans

A diversidade da Wicca exprime-se nas práticas de diferentes pessoas ou grupos. Encontramos indivíduos que se assumem como monoteístas, politeístas, panteístas, e adeptos de tradições para quem apenas a Deusa é importante, ao lado de outras que dão o maior ênfase à polaridade, aos rituais e nomes de divindades retirados de todas as religiões conhecidas (e por vezes

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mesmo de obras fantásticas), nas mais variadas combinações cujos membros se relacionam num clima de aceitação e harmonia.

Nas grandes reuniões, como o Pagan Spirit Gathering realizado anualmente em Winsconsin (E.U.A.) onde se juntam algumas centenas de pessoas, o relacionamento pauta-se por respeito e aceitação. Durante uma semana realizam-se dezenas de rituais e workshops das mais diversas tradições sem que haja o mais leve atrito «teológico». Pelo contrário, o que se nota é uma constante curiosidade pelas crenças e rituais alheios e o desejo de partilhar e conhecer diferentes vivências religiosas.

A Wicca é comumente formada por uma tradição. Tradição é um método específico de ação, atitude ou ensinamentos que são passados de geração para geração". Na Wicca, a palavra Tradição tem um significado diferente: uma Tradição é um conjunto específico de rituais, ética, instrumentos, liturgia e crenças.

Resumindo, uma Tradição é um subgrupo específico dentro da Wicca. Hoje muitas pessoas estão confundindo o que é uma Tradição da Bruxaria. Muitos afirmam que a Wicca é uma Tradição, o que não é verdade! A Wicca não é uma "tradição", mas sim uma Religião que possui diversas Tradições. Cada Tradição tem sua própria estrutura, rituais, liturgias, mitos próprios que são passados de praticante para praticante. Mas todas elas seguem o mesmo princípio filosófico:

- A celebração da Deusa e do Deus através de rituais sazonais ligados à Lua e ao Sol, os Sabás e Esbás;

- O respeito à Terra, que é encarada como uma manifestação da própria Deusa. - A magia é vista como uma parte natural da Religião e é utilizada com propósitos construtivos, nunca destrutivos;

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- O proselitismo é tido como inadmissível A Filosofia, os ritos, as concepções são muito diversas e radicalmente diferentes de uma Tradição para outra, com freqüência isso ocorre dentro de duas dissidências da mesma Tradição.

Às vezes uma Tradição pode não reconhecer um iniciado em outra Tradição e por isso é muito comum ouvirmos relatos de Bruxos que se iniciaram em duas, três ou quatro Tradições distintas. Outras Tradições porém são mais flexíveis e acolhem Bruxos de outras Tradições em seu segmento. Cada Tradição tem seu próprio Livro das Sombras, contendo seus Ritos sagrados e idéias sobre a Divindade e é muito comum uma Tradição afirmar que o seu Livro é o único descendente do primeiro Livro das Sombras redigido.

Outro ponto de divergência entre as Tradições relaciona-se à hierarquia. Algumas são extremamente hierárquicas, enquanto em outras a hierarquia é inadmissível e tida como tabu. Algumas Tradições aceitam e incentivam seus membros à praticarem a Bruxaria sozinhos, enquanto em outras é terminantemente proibido a prática mágica de qualquer tipo fora do Coven e sem a supervisão do Sacerdote ou Sacerdotisa. Isto ocorre porque na Wicca não existem nenhum dogma ou liturgia fixa e na maioria das vezes o único ponto em comum que une as inúmeras Tradições é a crença na Deusa, criadora de tudo e de todos e a supremacia Dela em seus cultos. Talvez seja esta ausência de coesão que tenha conseguido fazer com que a Bruxaria sobrevivesse através dos século, depois de tantos massacres, cruzadas e propagandas enganosas. E talvez seja esta mesma falta de coesão que faça tantas pessoas se voltarem às práticas Pagãs, pois a Bruxaria é uma Religião adequada àqueles que sentem que sua forma de contatar o Divino é demasiadamente individual para se adaptar às imposições e dogmas estabelecidos pela maioria das Religiões.

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Por necessidade, estas definições são gerais, pois cada Bruxo mesmo que faça parte de uma Tradição específica poderia definir seu caminho como sendo diferente.

Tradição 1734: Tipicamente britânica é às vezes uma Tradição eclética baseada nas idéias do poeta Robert Cochrane, um auto-intitulado Bruxo hereditário que se suicidou através da ingestão de uma grande quantidade de beladona. 1734 é usado como um criptograma(caracteres secretos) para o nome da Deusa honrada nesta tradição.

Tradição Alexandrina: Uma Tradição popular que começou ao redor da Inglaterra em 1960 e foi fundada por Alex Sanders. A Tradição Alexandrina é muito semelhante à Gardneriana com algumas mudanças menores e emendas. Esta Tradição trabalha à maneira de Alex e Maxine Sanders, que diziam terem sido iniciados por sua avó em 1933. A maioria dos rituais são muito formais e baseados na Magia cerimonial. É também uma tradição polarizada, onde o Sacerdotisa representa o princípio feminino e o Sacerdote o princípio masculino. Os rituais sazonais, na maior parte são baseados na divisão do ano entre o Rei do Azevinho e o Rei do Carvalho e diversos dramas rituais tratam do tema do Deus da Morte/Ressurreição. Como na Tradição Gardneriana a Sacerdotisa é elevada autoridade máxima. Entretanto, os precursores para ambas Tradições foram homens. Embora similar a Gardneriana, a Tradição Alexandrina tende a ser mais eclética e liberal. Algumas das regras estritas Gardnerianas, tais como a exigência do nudismo ritual, são opcionais. Alex Sanders intitulou-se a certa altura "Rei das Bruxas", considerando que o grande número de pessoas que tinha iniciado na sua tradição lhe dava esse direito. Nem os seus próprios discípulos o levaram muito a sério, e para a comunidade Pagã no geral esse título foi apenas motivo de troça, quando não de repúdio. Janet e Stewart Farrar são os mais famosos Bruxos que divulgaram largamente a Tradição Alexandrina em suas publicações.

Tradicional Britânica: Uma Tradição com uma forte estrutura hierárquica e graus. Os Rituais estão centrados na Tradição Céltica e Gardneriana

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Wicca céltica: Uma Tradição muito telúrica, com enfoques na natureza, os elementos e elementais, algumas vezes fadas, plantas, etc. Muitas " Bruxas Verdes" (Green Witches) e Adeptos do Druidismo seguem este caminho, centrado no panteão Céltico antigo e em seus Deuses e Deusas.

Tradição Caledoniana (ou caledonni): Uma tradição que tenta preservar os antigos festivais dos escoceses e às vezes é chamada de Tradição Hecatina. Tradição Picta: É uma das manifestações da Bruxaria tipicamente escocesa. Na maioria das vezes é uma forma solitária da Arte. Seu enfoque prático é basicamente mágico e possui poucos elementos religiosos e filosóficos.

Bruxaria Cerimonial: Usa a Magia cerimonial para atingir uma conexão mais forte com as divindade e perceber seus propósitos mais altos e suas habilidades. Seus Rituais são freqüentemente derivações da Magia Cabalística e Magia Egípcia. Embora certamente, mas não de forma intencional, este caminho é infestado freqüentemente por egoístas e pessoas inseguras que usam a Magia Cerimonial para duas finalidades: adquirir tudo aquilo que querem e atingir níveis mais altos para poderem olhar de cima. Estes atributos não são uma regra em todos os Bruxos Cerimoniais, e há muitos Bruxos sinceros neste caminho.

Tradição Diânica: Algumas Bruxas Diânicas só enfocam seus culto na Deusa, são muito politicamente ativos, e feministas. Outras Bruxas Diânicas simplesmente enfocam seu culto na Deusa como uma forma de compensar os muitos anos de domínio Patriarcal na Terra. Algumas Bruxas Diânicas usam este título para denotar que são "as Filhas de Diana", a Deusa protetora delas. Há Bruxas Diânicas que são tudo isto , algumas que não são nada disto, e outras que são um misto disto. A Arte Diânica possui duas filiais distintas: - Uma filial, fundada no Texas por Morgan McFarland . Que dá o supremacia à Deusa em sua teologia, mas honra o Deus Cornífero como seu Consorte Amado e abençoado. Os membros dos Covens dividem-se entre homens e mulheres. Esta filial é chamada às vezes "Old Dianic" (Velha Diânica), e há alguns Covens

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descendentes desta Tradição, especialmente no Texas. Outros Covens, similares na teologia mas que não descendem diretamente da linha de McFarland, e que estão espalhados por todo EUA.

- A outra filial, chamada às vezes de Feitiçaria Feminista Diânica, focaliza exclusivamente a Deusa e somente mulheres participam de seus Covens e grupos. Geralmente seus rituais são livres e não são hierárquicos, usando a criatividade e o consenso para a realização de seus rituais. São politicamente um grupo feministas. Há uma presença lésbica forte no movimento, embora a maioria de Covens estejam abertos à mulheres de todas as orientações.

Tradição Georgina: Esta Tradição foi criada por George Patterson, que se auto intitulou como sendo um "Sumo Sacerdote Georgino". Quando começou o seu próprio Coven, chamou-o de Georgino, já que seu prenome era George. Se há uma palavra que melhor pode descrever a Tradição de George , seria "eclética". A Tradição Georgina é um composto de rituais Celtas, Alexandrinos, Gardnerianos e tradicionais. Mesmo que a maior parte do material fornecido aos estudantes sejam Alexandrinos, nunca houve um imperativo para seguir cegamente seu conteúdo. Os boletins de noticias publicados pelo fundador da Tradição estavam sempre cheio de contribuições dos povos de muitas outras Tradições. Parece que a intenção do Sr. Patterson era fornecer uma visão abrangente aos seus discípulos.

Ecletismo: Um Bruxo eclético é aquele que funde idéias de muitas Tradições ou fontes. Assim Como no caldeirão de uma Bruxa, são somadas elementos para completar a poção que é preparada, assim também são somadas várias informações de várias Tradições para criar um modo mágico de trabalhar. Esta "Tradição" que realmente não é uma Tradição é flexível, mas às vezes carente de fundamento. Geralmente, são criados rituais e Covens de estrutura livre. Tradição das Fadas (ou Fairy Wicca): Há várias facções da Tradição das Fadas. Segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao

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migrarem para as colinas e altas montanhas devido às guerras e invasões ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas. Uma Bruxa desta Tradição poderia ser ou trabalhar, mas não necessariamente:

- Com energias da natureza e espíritos da natureza , também conhecidos como fadas, Duendes, etc.

- Homossexual Alguns dos nomes mais famosos desta Tradição são Victor e Cora Anderson, Tom Delong (Gwydion Penderwyn), Starhawk, etc.

Tradição Gardneriana: Fundada por Gerald Gardner nos anos de 1950 na Inglaterra. Esta tradição contribuiu muito para Arte ser o que é hoje.. A estrutura de muitos rituais e trabalhos mágicos em numerosas tradições são originárias do trabalho de Gardner. Algumas das reivindicações históricas feitos pelo próprio Gardner e por algumas Bruxas Gardnerianas têm que ainda serem verificadas (e em alguns casos são fortemente contestadas) porém, esta Tradição apoiou muitas Bruxas modernas. Gerald B. Gardner é considerado "o avô" de toda a Neo-Wicca. Foi iniciado em um Coven de New Forest, na Inglaterra em 1939. Em 1951 a última das leis inglesas contra a Bruxaria foi banida (primeiramente devido à pressão de Espiritualistas) e Gardner publicou o famoso livro "Witchcraft Today", trazendo uma versão dos rituais e as tradições do Coven pelo qual foi iniciado. Gardnerianismo é uma tradição extremamente hierárquica. A Sacerdotisa e o Sacerdote governam Coven, e os princípios do amor e da confiança presidem. Os praticantes desta Tradição trabalham "Vestidos de Céu" (nus), além de manterem o esquema de Seita Secreta. Nos EUA e Inglaterra os Gardnerianos são chamados de "Snobs of the Craft" (Snobes da Arte), pois muitos deles acreditam que são os únicos descendentes diretos do Paganismo purista. Cada Coven Gardneriano é autônomo e é dirigido por uma Sacerdotisa, com a ajuda do Sacerdote, Senhores dos Quadrantes, Mensageiro, etc. Isto mantém o linhagem e cria um número de líderes e de professores experientes para o treinamento dos Iniciados. A Bíblia Completa das Bruxas (The Witches Bible Complete) escrita por Janet e Stuart Farrar, como também muitos livros escritos por Doreen

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Valiente têm base nesta Tradição e na Tradição Alexandrina em muitos aspectos.

Tradição Hecatina: Uma Tradição de Bruxos que buscam inspiração em Hécate e tentam reconstruir e modernizar os rituais antigos da adoração à esta Deusa. É algumas vezes chamadas de Tradição Caledoniana ou Caledonii. BRUXO

Tradição Familiar ou Hereditária: Um Bruxo que normalmente foi treinado por um ente familiar e/ou pode localizar sua história familiar em outro Bruxo ou Bruxos. Os Bruxos Hereditários, ou Genéticos como gosto de chamar, são pessoas que têm, ou supõem ter, uma ascendência Pagã (mãe, tia, avó são os alvos mais visados). A maioria dos Hereditários não aceitam a infiltração de outras pessoas fora de sua dinastia, porém algumas Tradições Familiares "adotam" alguns membros, escolhidos "à dedo" em seu segmento.

Bruxa de Cozinha: Uma Bruxa prática que é freqüentemente eclética, enfoca e centra sua magia e espiritualidade ao redor do "forno e do lar".

Bruxaria Satânica: Não existe!

Wicca Saxônica ou Seax-Wicca: Fundada em 1973, pelo autor prolífico, Raymond Buckland que era, naquele momento, um Bruxo Gardneriano. Uma das primeiras tradições precursoras em Bruxos solitários e o auto-iniciados. Estes dois aspectos fizeram dela um caminho popular.

Bruxo Solitário: Uma pessoa que pratica a Arte só (mas pode se juntar às festividades de Sabbat em um Coven ou com outros Bruxos Solitários ocasionalmente). Um Bruxo Solitário pode seguir quaisquer das Tradições, ou nenhuma delas. A maioria de Bruxos ecléticos são Solitários.

Tradição Strega: Começou ao redor na Itália em 1353. A história controversa sobre esta Tradição pode ser achada em muitos locais e em muitos livros. Arádia... Gospell of the Witches (Arádia...A Doutrina das Bruxas) é um deles.

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Tradição Teutônica ou Nórdica: Teutônicos são um grupo de pessoas que falam o norueguês, fosso, islandês, sueco, o inglês e outros dialetos europeus que são considerados "idiomas Germânicos". Um Bruxo teutônico acha freqüentemente inspiração nos mitos tradicionais e lendas, Deuses e Deusas das áreas onde estes dialetos se originaram.

Tradição Asatrú: Teve suas origens no Norte da Europa e é uma das facções das Tradições Teutônica e Nórdica. Esta Tradição é praticada hoje por aqueles que sentem uma ligação com os nórdicos e teutônicos e que desejam estudar a filosofia e religiosidade da antiga Escandinávia, através dos Eddas e Runas. Encoraja um senso de responsabilidade e crescimento espiritual, freqüentemente embasados nos conceitos atribuídos aos nobres guerreiros de tempos ancestrais.

Tradição Algard: Uma americana iniciada nas Tradições Gardneriana e Alexandrina, chamada Mary Nesnick, fundou essa "nova" tradição que reúne ensinamentos de ambas tradições sob uma única insígnia.

Bruxaria Tradicional: Todo Bruxo tradicional dará uma definição diferente para este termo. Um Bruxo tradicional é aquele que freqüentemente prefere o título de Bruxo à Wiccaniano e define os dois como caminhos muito diferentes. Um Bruxo tradicional fundamenta seu trabalho mágico em métodos históricos da tradição, religiosidade e geografia de seu país.

Tradição Galesa de Gwyddonaid: Uma Tradição Galesa Céltica da Wicca, que adora panteão galês de Deuses e Deusas. Gwyddonaid, foi quem grosseiramente traduziu a ignóbil obra galesa "Árvore da Bruxa (Tree Witch)" e propagou esta forma de trabalhar magicamente.

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Os nomes dos Deuses variam de panteão para panteão, de acordo com a cultura de um povoado ou nação. Para os egípcios, por exemplo, Ísis seria a personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa, enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen.

O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos, enquanto que Mercúrio responderia pela mesma "pasta" para os romanos. Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.

A bruxa (ou o bruxo, como queira) é muito particular na sua crença. Ela pode se achar mais conectada com o panteão e a tradição egípcia, por exemplo, e cultuar Ísis, Bastet, Hathor, Thoth, Osíris, etc., ou se identificar mais com a história greco-romana e achar mais legal reverenciar os deuses deste panteão. A afinidade e atração por divindades de vários panteões é algo muito particular. Quem decide é você.

Os principais deuses e deusas (por exemplo) do panteão celta são:

Angus Mac Og - Deus da Juventude, do Amor e da Beleza na Irlanda Antiga. Um dos Tuatha de Dannan, Angus possuía uma harpa dourada que produzia música de irresistível doçura. Os seus beijos transformavam-se em pássaros que transportavam mensagens de amor.

Anu/Annan/Dana/Dannan - Deusa Mãe, da Abundância, sendo a maior de todas as deusas do panteão irlandês. Aspecto virginal da Deusa Tripla, formada com Badb e Macha, guardiã do gado e da saúde. Deusa da Fertilidade, da Prosperidade e do Conforto.

Arawn - Regente do Inferno, Annwn, o Submundo na tradição galesa. Representa a vingança, o terror, a guerra.

Arianrhod - Seu nome significa Roda de Prata ou Grande Mãe Frutuosa. Arianrhod é a Face Mãe da Deusa Tríplice para os povo de Gales. Honrada em

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especial na Lua Cheia, ela é a guardiã da Roda de Prata, símbolo do tempo e do carma. Senhora da Reencarnação.

Badb - Seu nome, que se pronuncia Baid, foi traduzido como Corvo de Batalha, ou Gralha Escaldada, que representaria o caldeirão da vida, conhecido em Gales como "Cauth Bodva". Badb, deusa da Guerra, é esposa de Net, também deus da Guerra. Irmã de Macha, a Morrigu, e de Anu. Aspecto Maternal da Deusa Tripla irlandesa. Associada ao caldeirão, aos corvos e às gralhas, Badb rege a vida, a sabedoria, a inspiração e a iluminação.

Banba - Deusa irlandesa que, juntamente com Fotia e Eriu, usava a magia para repelir os invasores.

Bel/Belenus/Belenos/Belimawr - Seu nome significa "brilhante", sendo o Deus do Sol e do Fogo dos irlandeses. Belenos dá seu nome ao festival de Beltane, ou Beltain, festa de purificação e fertilidade comemorada em 1o. de maio no hemisfério norte. Belenos era ainda ligado à ciência, cura, fontes térmicas, fogo, sucesso, prosperidade, colheita e à vegetação.

Blodeuwedd - Seu nome foi traduzido como "flor branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria, mistérios lunares e iniciações.

Boann/Boannan/Boyne - Deusa do rio Boyne, na Irlanda, mãe de Angus mac Og com o Dagda.

Bran - O Abençoado. Bran era irmão do poderoso Manawydan de Llyr e de Branwen, sendo filho de Llyr, do folclore galês. Associado aos corvos, Bran é o deus das profecias, das artes, dos chefes, da guerra, do Sol, da música e da escrita.

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Branwen - Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês. Brigit/Brid/Brigid/Brig - Seu nome significa "flecha de poder". Brigit era filha do Dagda, sendo chamada A Poetisa. Outro aspecto de Danu, associada a Imbolc. Tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, fertilidade, lareira, todas as artes e ofícios femininos, artes marciais, curas, medicina, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, criação de gado, amor, feitiçaria, ocultismo.

Cernunnos - Seu nome deve ser pronunciado como se tivesse um "k": kernunnos. Deus Cornudo, Consorte da Grande Mãe, deus da Natureza, Senhor do Mundo. Comumente representado por um homem sentado na posição de lótus, cabelo comprido e encaracolado, de barba, nu, usando apenas um torque (colar celta) ao pescoço, ou ainda por um homem de chifres, sendo, por isso, erroneamente comparado ao diabo dos cristãos. Os seus símbolos eram o veado, o carneiro, o touro e a serpente. Deus da virilidade, fertilidade, animais, amor físico, natureza, bosques, reencarnação, riqueza, comércio e dos guerreiros.

Cerridwen/Ceridwen/Caridwen - Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.

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Dagda - No folclore irlandês, o Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Pai dos deuses e dos homens, o Arquidruida, deus da magia, da terra. Rei supremo dos Tuatha de Dannan, mestre de todos os ofícios, senhor de todos os conhecimentos. Teve vários filhos, entre eles Brigit, Angus, Midir, Ogma e Bodb, o Vermelho. O Dagda tinha uma harpa de carvalho vivo que fazia com que as estações mudassem quando assim o ordenasse. Deus dos magos e sacerdotes, senhor dos artesãos, da música e das curas.

A Dama Branca - Conhecida em todos os países celtas, era identificada como Macha, Rainha dos Mortos, a forma idosa da Deusa. Simbolizava a morte e a destruição. Algumas lendas chamam-na de Banshee, aquela que traz a morte. Danu/Dana/Dannan - Principal Deusa Mãe dos irlandeses, às vezes identificada com Anu. Mãe dos Tuatha de Dannan, Povo de Dana, o Povo Mágico, descendente dos deuses, que se escondeu com a chegada dos cristãos às terras celtas. Outro aspecto da Morrigu, Danu é a patrona dos feiticeiros, dos rios, das águas, dos poços, da prosperidade e abundância, da sabedoria e da magia.

Druantia - "Rainha dos Druidas", deusa ligada à fertilidade, às atividades sexuais, às árvores, à proteção, ao conhecimento e à criatividade.

Dylan - Filho da Onda, Dylan era o deus do mar para os antigos galeses, sendo filho de Gwydion e Arianrhod. Seu símbolo era um peixe prateado.

Elaine - Aspecto virginal da Deusa no panteão galês.

Epona - Seu nome significa "grande cavalo", sendo homenageada em Gales como deusa dos cavalos. Seus atributos incluíam ainda a fertilidade, a maternidade, a prosperidade, os animais, a cura e a colheita.

Eriu/Erin - Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda.

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Flidais - Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.

Goibniu/Gofannon/Govannon - Era o Grande Ferreiro do povo irlandês, semelhante a Vulcano. Foi ele quem forjou todas as armas dos Tuatha de Dannan. Estas armas sempre atingiam o alvo e toda ferida provocada por elas era fatal. Deus dos ferreiros, dos fabricantes de armas, da ourivesaria, fabricação da cerveja, fogo e trabalho com metais em geral.

Gwydion - O Grande Druida dos galeses. Feiticeiro e bardo do Norte de Gales, seu símbolo era um cavalo branco. Rege a ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas.

Gwynn ap Nud - Rei das fadas e do submundo na tradição galesa.

Gwythyr - Oposto de Gwynn ap Nud, Gwythyr era o senhor do mundo superior, também no folclore galês.

Herne - O Caçador, era associado a Cernunnos, o Deus Cornudo, e acabou sendo, também, associado à floresta de Windsor.

O Homem Verde (Green Man) - O Homem Verde tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade cornuda que habitava as florestas. Deus dos bosques, seu nome, em galês antigo, é Arddhu (O Escuro) ou Atho.

Llyr/Lear/Lir - No folclore galo-irlandês, Llyr era o deus do mar e da água, sendo considerado, ainda, senhor do mundo subterrâneo. Llyr era pai de Manawyddan, de Bran e de Branwen.

Lugh/Luga/Lamhfada/Llew/Lug/Lug Samildanach/Llew Llaw

Gyffes/Lleu/Lugos - Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco. Sua festividade é Lughnasadh, outra festa da

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colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Tinha uma espada e uma funda mágica. Lugh era carpinteiro, pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a água, as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias. Macha - O Corvo. Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspectos da Morrigu, era reverenciada também em Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos vencidos e oferenciam a Macha, sendo este costume chamado de A Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra, e da paz, Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os machos.

Manannan mac Lir/Manawyddan ap Llyr/Manawydden - Filho do deus do mar, Llyr, era homenageado como uma das principais divindades do mar pelos irlandeses. Reverenciado ainda como protetor dos navegadores, deus das tempestades, da fertilidade, da navegação, dos mercadores e do comércio. Tinha uma armadura mágica que se dizia ser impenetrável.

Math Mathonwy - Deus da feitiçaria, da magia e do encantamento no folclore galês.

Merlin/Merddin/Myrddin - Figura já conhecida do círculo da mitologia arturiana, este era o Grande Feiticeiro, o Druida Supremo dos galeses. Dizia-se que aprendeu sua magia (que não era pouca) com a própria Deusa, sob os nomes de Morgana, Viviane, Nimue ou Rainha Mab. A tradição diz que Merlin dorme numa caverna de cristal depois de enganado por um encantamento de Nimue. Merlin era o senhor da ilusão, da profecia, da adivinhação, das previsões, dos artesãos e ferreiros. Diz-se ainda que tinha grande habilidade de mudar de forma.

Morrigu/Morrigan/Morrighan/Morgan - A Morrigu era tida como a Grande Rainha, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudando com sua magia. Representa o aspecto idoso da Deusa

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Tríplice, sendo associada aos corvos e gralhas. Patrona das sacerdotisas e feiticeiras.

Nuada/Nuda/Nodons/Nodens/Lud/Llud Llaw Ereint - No folclore galo-irlandês, era reverenciado como o senhor dos deuses, como Júpiter. Possuía uma espada invencível, guardada pelos Tuatha de Dannan. Nuada era o deus da cura, da água, dos oceanos, da pesca, da navegação, dos carpinteiros, ferreiros, harpistas, poetas e narradores de histórias.

Ogma/Oghma/Ogmios/Grianainech/Cermait - Herói semelhante a Hércules, Ogma tinha uma enorme maça com a qual defendia seu povo, os Tuatha de Dannan, sendo eleito seu campeão. A tradição diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloquência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a linguagem, a literatura, as artes, a música e a reencarnação.

Rhiannon - Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.

Scathach/Scota/Scatha/Scath - Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais. Taliesin - Taliesin o Bardo, foi o druida chefe da corte de Arthur, um dos maiores reis da Inglaterra. Dominava a arte da escrita, a poesia, a sabedoria, a magia e a música. Taliesin é tido como patrono dos druidas, bardos e menestréis.

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Mas o sentido profundo do simbolismo na Bruxaria só pode ser verdadeiramente entendido através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos Deuses Princípio

Feminino ou Grande Mãe

A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias,

mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna. Na bruxaria, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na

Imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal.

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Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios de Morte e do Renascimento. Na bruxaria, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra os ciclos da nossa própria vida. Para alguns, pode parecer meio incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará. E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a Humanidade.

OS ELEMENTAIS

Os Elementais, normalmente se apresentam àqueles que possuem uma maior sensibilidade para poder vê-los, na forma que imaginamos que eles sejam. Um exemplo disso é que as informações que temos sobre os Elementos da Terra -os Gnom-os - é que são uns homenzinh-os de mais ou men-os 30cm de altura, possuem barbas compridas, etc... Por que se nos apresentam assim? Porque eles vão ler a nossa mente, processar a imagem de produzimos à respeito deles, e assim eles irão se apresentar à nós.

Em cada região, os Elementais irão se apresentar de uma forma diferente, como por exemplo na Europa. As mulheres tem a pele clara, cabelos loiros e olhos azuis, portanto as Ondinas que são os Elementais da Água, irão se apresentar dessa forma, bem diferente da nossa Iara, que também é uma

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Ondina, mas com aparência de uma Índia, assim como as pessoas do interior, vêem o saci-pererê, que na realidade é um Gnomo. Mas o mais importante não é a aparência deles, e sim sabermos preservá-los perto de nós. São criaturas doces, maravilhosas, que podem nos ajudar, e muito, a todo momento, desde que sejamos puros, honestos e sensíveis, adoram ser tratados com muito amor e carinho, e ganhar presentes.

Água - Assim como os Gnomos tem suas funções limitadas junto aos Elementos da Terra, os Elementais da Água - as Ondinas - atuam na Essência Invisível e Espiritual, - O Éter Úmido - A beleza é uma característica comum aos Elementais da Água. São sempre cheios de graça, simetria, onde quer que sejam encontradas, representadas na arte, em esculturas. O Elemento Água, que sempre foi identificado como sendo um símbolo feminino, é muito natural que os Elementais da Água sejam simbolizados como fêmeas. As Ondinas, estão subdivididas em vários grupos, algumas habitam as Cataratas, Mares, onde podem ser vistas entre os vapores, outras habitam os Pântanos, Brejos e Charcos, outras ainda habitam em Lagos de Montanhas.

De um modo geral, quase na totalidade, as Ondinas são muito parecidas com seres humanos, tanto na sua forma, como tamanho - as que habitam os Rios e Fontes, tem proporções menores - Normalmente vivem em Cavernas de Corais, nos Juncais, às margens dos Rios ou das Praias. As Ondinas, servem e amam sua Rainha, Necksa. Elas são antes de tudo, seres emocionados, amigáveis com os humanos, à quem gostam de servirem. Muitas vezes, são representadas cavalgado em Golfinhos e em outros grandes Peixes, essas Sereias tem um amor muito grande pelas flores e plantas, às quais servem de maneira devotada e inteligente quanto aos Gnomos. Antigos poetas diziam que o canto das Ondinas "O Canto das Sereias" eram ouvidos no vento Oeste, e que suas vidas, eram consagradas à beleza da Terra Material.

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Terra - Os Elementais que vivem no Éter Terrestre são denominados geralmente de Gnomos. Assim como há seres humanos em evolução através dos elementos físicos e objetivos da Natureza, também existe várias espécies de Gnomos em desenvolvimento e evolução através do Corpo Etéreo da Natureza. São conhecidos também chamados "Espíritos das Árvores, os homenzinhos velhos da floresta. Sua casas são por eles construídas com substâncias parecidas com o Alabastro, o mármore e o Cimento, mas a verdadeira substância é desconhecida no plano físico ( 3ª dimensão ), já que todos os Elementais vivem na 4ª dimensão. Cada arbusto, cada flor, cada planta, cada árvore, tem o seu Espírito da Natureza, que freqüentemente usa o Corpo Físico da planta como sua habitação. Quando uma planta é cortada e morre, seu Elemental morre junto com ela, mas enquanto existir o menor traço de vida nessa planta, ela mostrará a presença de seu Elemental Guardião. Pense bem antes de cortar uma planta, veja se é mesmo necessário... Os Gnomos sempre se colocam à disposição do ser humano, desde que nunca seja usado seus poderes de uma maneira egoísta, para adquirir o Poder Temporal. Uma atitude dessa faz com que estes Elementais se voltem com toda a sua fúria àqueles que os decepcionam.

Os Gnomos são governados por um rei, pelo qual têm um grande amor e referência. Seu nome é Gob, por isso seus súditos são freqüentemente chamados de Gobelinos. Os Gnomos casam-se e constituem família. As mulheres dos Gnomos são as Gnomidas. Alguns usam as roupas tecidas do Elemento que vivem. Em outros casos, sua vestimenta é parte integrante deles mesmos, e cresce com eles, como pêlos nos animais. São muito gulosos, e gastam grande parte de seu tempo comendo, mas ganham seu alimento, através de um trabalho deligente e conscencioso. Muitos são de temperamento avaro, e gostam de acumular coisas, que escondem longe, em plantas secretas.

Existem provas abundantes, que as crianças, até por volta dos sete anos de idade, por sua pureza, freqüentemente vêm os Gnomos, porque seu contato com o mundo material ainda não está completo, ainda não adquiriram defeitos

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psicológicos, sendo assim funcionam mais ou menos conscientemente nos mundos invisíveis. O comportamento dos Gnomos ou Duendes varia em geral baseiam-se em atitudes humanas por estarem próximos aos homens. Essa aproximação, é sempre favorecida quando o ser humano está mais frágil e sensível. Os Gnomos são os Guardiões dos Minerais, com capacidade até de transformar Rocha em Cristal. Os Duendes, são ligados à Terra e geralmente conseguem controlar imprevistos da Natureza. Tanto Gnomos quanto Duendes vivem vários anos, cerca de cem anos. Adoram fazer brincadeiras e esconder coisas. Alguns possuem orelhas pontudas e grandes e tem grande quantidade de pêlos no corpo. Quando confiam no homem, se tornam fiéis e grandes protetores. Adoram frutas, mas naturalmente, em seu sentido de humor que se faz notar em cada uma de suas afirmações - para comermos um melancia ou um melão, teríamos que nos meter dentro. O morango, a cereja, a groselha e amoras silvestres, são seus pratos favoritos, e não comem como sobremesa, mas sim como prato principal.

Alguns Amigos:

Morag Gnomo do Amor

Gnoa Gnomida da Criatividade Magnodun Duende da Magia

Tende Duende da Sorte Sagmo Gnomo da Casa Gobe Gnomo da Sabedoria Dunaz Duende da Natureza Moveg Gnomo dos Vegetais Migsa Gnomida Professora

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Dulei Duende da Alegria Duendo Duende da União

Fogo - O Terceiro grupo de Elementais, são representados pelos Salamandras, que vivem no Éter atenuado e espiritual que é o Invisível Elemento Fogo. Sem elas, o fogo material não existiria, um fósforo não pode ser aceso, e nem a pólvora explodiria. O ser humano é incapaz de se comunicar

adequadamente com as Salamandras, pois ela reduz a cinzas, tudo que delas se aproxima. Antigos místicos, preparavam incensos especiais de ervas e perfumes, para que quando queimados, pudessem provocar um vapor especial, e assim formar nos seus rolos as figuras das Salamandras, sentindo assim a sua presença. Muitas Salamandras são vistas em formas de bolas ou línguas de fogo, correndo através dos campos ou adentrando nas casas. No Brasil, chamam essas aparições, ou "fenômenos" de Fogo-Santileno". A maioria dos místicos afirmam que as Salamandras são seres gigantes, imponentes, flamejantes em roupas fluídas, como se fosse uma armadura de fogo. São as mais poderosas dos Elementais e tem como seu regente Djin. Antigos sábios sempre foram advertidos para manter distância delas, pois os benefícios que seus estudos trariam, não seria proporcional, ao preço que se pagaria por eles. Possuem especial influência sobre os indivíduos de temperamento ígneo e tempestuoso. Tanto nos animais, quanto no homem, as Salamandras trabalham através do emocional, por meio de calor corpóreo, do fígado e da corrente sangüínea. Sem a sua assistência, não haveria calor.

Ar - No último discurso de Sócrates, tal como foi preservado no Fédon de Platão, o filósofo condenado à morte diz: - "acima da Terra, existem seres vivendo em torno do ar, tal como nós vivemos em torno do mar, alguns em ilhas que o Ar forma junto com o Continente; e numa palavra, o ar é usado por

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Eles, tal qual a água e o mar são por nós, e o Éter é para nós. Mais ainda, o temperamento das suas estações é tal, que Eles não têm doenças e vivem muito mais tempo do que nós, e têm visão e audição e todos os outros sentidos muito mais aguçados do que os nossos, no mesmo sentido que o Ar é mais puro que a Água e o Éter do que o Ar. Eles também têm seus templos e Lugares Sagrados, em que os Deuses realmente vivem, e Eles escutam sua vozes e recebem suas respostas; são conscientes de sua presença e mantêm conversação com Eles, e Vêem o Sol, e vêem a Lua, e Vêem as Estrelas, tal como realmente são. E todas suas bem-aventuranças, são desse gênero"... Eles são os mais altos de todos os Elementais, o seu Elemento Nativo é o de mais alta taxa vibratória. É comum atingirem 1000 anos de idade, não envelhecem nunca. São os Silfos, que têm como líder um Silfo chamado Paralda, e vive na mais alta montanha da Terra. Acredita-se que os Silfos reúnem-se em torno da mente dos sonhadores, dos artistas, dos poetas, e os inspiram com seu alto conhecimento das maravilhas e obras da Natureza. São de temperamento alegre, mutável e excêntrico. À eles, é atribuída a tarefa de modelar os flocos de neve e arrebanhar as nuvens, sempre desempenhando esta tarefa com a ajuda das Ondinas, que lhes fornecem a umidade.

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Ritual da Auto Dedicação (ou Auto Iniciação) (para Bruxos Solitários)

Prefira realizar o ritual em uma noite de lua cheia ou crescente, em qualquer um dos oito Sabás ou no seu aniversário.

É melhor realizá-lo a sós, e nu(a); entretanto, se você não se sentir à vontade para trabalhar sem roupa, poderá usar uma veste cerimonial branca. Comece despindo suas roupas e tomando um banho ritualístico perfumado ou de ervas (simbolizando o elemento água) para purificar seu corpo e seu espírito de qualquer vibração negativa. Durante o banho, limpe completamente sua mente de todos os pensamentos mundanos negativos e desagradáveis, e medite até seu corpo ficar totalmente relaxado. Após o banho, trace no chão um círculo com cerca de 1,5m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Salpique um pouco de sal (simbolizando o elemento terra) sobre o círculo sagrado, para consagrá-lo, dizendo:

Com o sal eu consagro E abençôo este círculo

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E do seu Consorte, o Deus Chifrudo. Abençoado Seja!

Sente-se no centro do círculo, voltado para o norte, com duas velas brancas (simbolizando o elemento fogo) e um incensório de olíbano com incenso de mirra (simbolizando o elemento ar) diante de você. Acenda o incenso, em seguida, a primeira vela, e repita:

Eu te invoco e te chamo,

Oh Deusa Mãe, criadora de vida E alma do Universo infinito

Pela chama da vela e pela fumaça do incenso Eu te invoco para abençoar este ritual

E para garantir a minha admissão Na companhia dos teus filhos amados. Oh bela Deusa da vida e do renascimento,

Que é conhecida como Cerridwen, Astarte, Atenas, Brígida, Diana, Ísis, Melusine, Afrodite

E por muitos outros nomes divinos, Neste círculo consagrado à luz de velas Eu me comprometo a te honrar,

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Enquanto eu viver,

Prometo respeitar e obedecer à tua lei De amor a todos os seres vivos.

Prometo nunca revelar os segredos da Arte

A qualquer homem ou mulher que não pertença ao mesmo caminho; E juro aceitar o Conselho Wiccaniano de

"Não prejudicar ninguém, façam o que quiserem". Oh, Deusa, Rainha de todas as Bruxas,

Abro meu coração e minha alma para ti. Assim seja.

Acenda a segunda vela e diga: Eu te invoco e te chamo,

Oh Grande Deus Chifrudo dos pagãos, Senhor das matas verdes

E pai de todas as coisas selvagens e livres. Pela chama da vela e pela fumaça do incenso Eu te invoco para abençoar esse ritual.

Oh grande Deus Chifrudo da Morte E de tudo o que vem depois,

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Que é conhecido como Cernunnos, Attis, Pã, E por muitos outros nomes,

Neste círculo consagrado à luz de velas Eu me comprometo a te honrar,

A te amar e a te bem servir, Enquanto eu viver.

Oh Grande Deus Chifrudo da Paz e do Amor, Abro meu coração e minha alma para ti. Assim seja.

Mantenha suas mãos abertas e voltadas para os céus. Feche os olhos e visualize dois raios brancos de luz brilhante descendo dos céus e penetrando a palma de suas mãos. Uma sensação morna de formigamento se espalhará pelo seu corpo à medida que o poder do amor da Deusa e do Deus purificar sua alma.

Não se assuste se começar a ouvir uma voz (ou vozes) falando dentro de sua mente, como por telepatia. São a Deusa e o Deus dentro de você, revelando sua presença. (Embora nem todos os Wiccanianos ouçam ou percebam as verdadeiras palavras ditas pela Deusa ou pelo Deus Chifrudo - alguns sentem sua presença divina e seu amor -, não é incomum que as deidades pagãs falem diretamente com um(a) Bruxo(a) recentemente auto iniciado(a),

especialmente se você for sensitivo(a).

Permaneça no círculo sagrado até que as velas e o incenso terminem. E, então, encerra-se o Ritual de Auto iniciação.

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COVENS x SOLITÁRIOS

As pessoas perguntam se é melhor ser uma Bruxa Solitária ou fazer parte de um Coven. Isso depende do temperamento de cada um. As duas coisas têm suas vantagens e problemas. Trabalhando sozinha, você tem liberdade e autonomia, sem depender da opinião do grupo. Por outro lado, dentro de um Coven, você pode encontrar amizades e pessoas com quem dividir suas idéias e dificuldades, pessoas mais experientes para lhe ensinar e muita alegria nos rituais. Cabe a você determinar sua forma de trabalho, pois a energia só flui num clima de muita alegria e descontração. O mais comum é encontrarmos pessoas que comemoram os Sabás em grupo, mas mantêm um trabalho independente como Bruxo Solitário.

Para se trabalhar num Coven é preciso que haja total afinidade entre os membros. Todas as opiniões devem ser ouvidas para que se chegue a um consenso O Coven é formado por 13 pessoas, cada uma representando um mês do ano, pois, nas Sociedades Matrifocais, o ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "Um Ano e um Dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para, depois, confirmar seus votos. O Calendário de 13 Luas também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os Ciclos da Terra. Para

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um praticante de Bruxaria é muito importante se afinar com as fases da Lua. Rituais para novos começos são feitos na Lua Nova. Quando queremos crescimentos devemos trabalhar na Lua Crescente. A Lua Cheia é indicada para Rituais de prosperidade, fertilidade e trabalhos que exijam grande dose de energia. Se queremos nos livrar de energias negativas, doenças, etc., devemos trabalhar na Lua Minguante, que também é conhecida como LUA NEGRA. Esse conceito não tem nada a ver com o Mal, dizendo respeito ao lado obscuro da mente, que devemos conhecer, pois é a negação desse lado negro que muitas vezes se transforma em ódio e negatividade.

Não é necessário que se tenha 13 pessoas no Coven, pois é melhor se trabalharem duas ou três pessoas afinadas do que uma multidão que não se entende! Um Coven problemático é uma grande dor-de-cabeça, e nenhuma energia positiva consegue fluir nessas condições. Ao atingir mais que 13 membros, algumas pessoas do Coven podem optar por formar seus próprios grupos interligados, dando origem ao que se chama de Clã. Dentro do Clã, todos os Covens mantêm a sua independência e trocam informações. Num Coven, todas as pessoas são iguais. Muitas vezes, eu uso expressões no feminino durante o curso. Isso não deve ser visto como se o homem fosse menos importante para a Wicca. Deve haver um equilíbrio entre as energias masculina e feminina para que haja harmonia em nossas vidas.

Algumas pessoas começam o círculo pelo Leste, mas eu prefiro a maneira Celta e sempre começo pelo Norte. Na Tradição Celta, o Norte é sagrado, pois é pelo Norte que o guerreiro entra no círculo do conhecimento, e foi pelo Norte da Terra que os Celtas vieram para a Europa. Uma forma de traçar o círculo é dizer: "Pelo Poder da Deusa e do Deus, pelos Guardiões dos Quatro Quadrantes, eu traço este Círculo Sagrado. Deste espaço nenhum Mal sairá, e nele nenhum Mal poderá entrar!"

Se você quiser, pode para em cada Quadrante e convidar os Elementais para entrar no círculo. Antes de iniciarmos o ritual, o lugar em que será traçado o Círculo deve ser varrido com a Vassoura para eliminar qualquer negatividade.

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Mesmo assim, devemos evitar fazer rituais em locais negativos. Na maioria das vezes, o Círculo é traçado no sentido horário durante os Sabás e no sentido anti-horário para os Feitiços, em especial nos trabalhos para se banir energia negativas.

Dentro do Círculo deve haver um símbolo em cada Quadrante representando os Quatro Elementos: Água, Sal ou qualquer objeto marinho para a Água a Oeste; uma vela ou enxofre para o Fogo ao Sul; um pouco de terra ou uma planta para a Terra ao Norte; e uma pena ou incenso para o Ar a Leste. Esses elementos podem ser substituídos por velas na cor dos Quadrantes.

Na Tradição Celta, as cores são: Negro para o Norte, representando a meia-noite; Vermelho para o Leste, representando o nascer do Sol; Branco para o Sul, representando o Sol do meio-dia; e Cinza, Azul ou Púrpura para o Oeste, representando o crepúsculo. Não é meu objetivo apresentar um Ritual para ser copiado, e sim dar uma base para que você crie os seus próprios rituais, de acordo com suas características e possibilidades.

Antes de iniciar o Ritual, tudo já deve ter sido planejado com antecedência, e as funções de cada um já devem estar determinadas. Depois de traçado o Círculo, a sacerdotisa convida a Deusa para entrar no Círculo, e o Sacerdote faz o convite ao Deus. Esse ritual de evocação dos Deuses pode ser feito por outros membros do Coven se for o desejo da Sacerdotisa. Ela é a senhora do Coven, sendo sua atribuição determinar as funções de cada um, bem como dirigir um ritual e determinar seu andamento. Na falta de uma Sacerdotisa, essas atribuições vão para o sacerdote do Coven. Cabe também à sacerdotisa explicar o porquê do ritual e de tudo o que será feito para o Coven, naquela ocasião.

Os rituais são feitos após o crepúsculo, seguindo a Roda do Ano. Caso se trate de um ritual para a realização de um Feitiço, é melhor seguir as tabelas de Horário Planetário, que são dadas no final do curso, mas sem se prender

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demasiadamente a eles, pois nem sempre se pode fazer o Ritual no dia e hora mais propícios.

• O Coven pode fazer alguma visualização ou alguma atividade relacionada com o Sabá ou Feitiço a ser realizado.

• Logo após, a Sacerdotisa e o Sacerdote realizam a Consagração do Vinho. A Sacerdotisa segura o Cálice com ambas as mãos e diz:

"- Este é o Útero da Grande Mãe. Dele todas as coisas do Universo foram criadas."

• Então, o Sacerdote segura o Athame com as duas mãos e introduz a ponta no Cálice, tocando levemente o vinho, enquanto diz:

"- Este é o Falo Divino. Este é o Poder da Fertilidade." • A Sacerdotisa diz:

"- A União da Deusa e do Deus foi feita. Toda a vida foi criada. Abençoado seja o Amor dos Deuses!"

• Todo o Coven responde: "- Abençoado seja!"

• O Sacerdote retira o Athame do Cálice, beija a lâmina e recoloca no Altar. • A Sacerdotisa derrama um pouco de vinho no Caldeirão (ou no chão, se o ritual for ao ar livre). Isto é chamado Libação, e representa uma oferenda aos Deuses. Depois, ela bebe um gole de vinho, dá o Cálice ao Sacerdote, que, após beber, passa aos outros membros do Coven. O último a beber devolve o Cálice à Sacerdotisa, que deve recolocá-lo no Altar. As funções do Sacerdote e da Sacerdotisa podem mudar durante a Consagração, mas, nesse caso, se o Sacerdote segura o Cálice, ele deve se ajoelhar diante da Sacerdotisa.

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• Todos os membros devem beber vinho e comer um pedaço de pão, quando o ritual exigir que ele seja compartilhado. Nesse caso, o primeiro pedaço também deve ser jogado no caldeirão como oferenda.

• Depois da Consagração, os membros podem queimar suas oferendas e pedidos no Caldeirão.

• Nessa hora, todos devem dar as mãos e girar ao redor do fogo, para criar o Cone do Poder. Esse é o nome da Grande Massa de energia criada durante o Ritual. Ela circula pelos corpos energéticos de todos os membros do Coven e se junta num ponto acima do Círculo. Essa concentração de energia recebeu esse nome porque os videntes dizem enxergá-la em forma de cone, de onde vieram as representações de Bruxas e Magos usando chapéus pontudos. Muitos dizem que essa forma auxilia a captação de poder, como acontece nas pirâmides. Se você quiser testar é só fazer uns chapéus em forma de cone para o seu grupo. Se não ajudar em nada, pelo menos é bem divertido!

• Cabe à sacerdotisa perceber quando o nível de energia atingiu um nível satisfatório. Então, ela ergue os braços e todos imitam o seu movimento, lançando o Cone em direção ao Universo, para que seus objetivos sejam realizados.

• Depois de enviado o Cone, todos devem entrar numa fase de relaxamento, onde se pode dançar, ler poesias ou simplesmente partir para os Bolos e Vinho. Esse compartilhar de alimentos é uma das partes mais importantes do Ritual, pois é através da sua Alegria que você faz a verdadeira Comunhão com os Deuses.

• O Ritual não deve ter muitas formas rígidas. cada um deve criar a sua própria forma de chamar os Deuses. Não se desespere caso você gagueje ou esqueça aquele belo ritual decorado. Dê umas boas risadas e vá em frente!

• Se você não tem senso de humor, esqueça a Wicca, pois você nunca será uma Bruxa!

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• Isto não quer dizer que você possa entrar no Círculo para fazer palhaçadas, sem nenhum respeito aos Deuses. A Bruxaria tem seus momentos de descontração e seriedade. Cabe a você saber diferenciar as situações.

• Quando o grupo decidir terminar o Ritual, as pessoas que evocaram os Deuses devem agradecê-los e se despedir. A mesma pessoa que traçou o círculo deve abri-lo, fazendo o traçado no sentido oposto ao que foi traçado, e também deve se despedir de todas as entidades que foram convidadas e agradecer sua ajuda, dizendo:

"- Pelo Amor do Deus e da Deusa, pelos Guardiões dos Quatro Quadrantes, eu abro este Círculo Sagrado. Ele está Aberto, mas não Quebrado. Que ele seja enviado ao Universo."

• Feliz encontro, feliz partida, feliz encontro novamente. Que assim seja, para o Bem de Todos!

É muito importante a criatividade nos Rituais. Eles não devem ser interrompidos, e, salvo em caso de necessidade, nenhum membro deve sair do Círculo até o final. Se isso tiver que ser feito, deve-se pular a Vassoura para não quebrá-lo, pois, se isso ocorrer, todo o Ritual de Abertura terá que ser feito novamente.

Quem tiver algum problema de saúde não deve participar dos Rituais. Se alguma pessoa se sentir mal, deve sair imediatamente do Círculo. Grávidas, pessoas idosas ou muito jovens devem ter cuidados especiais. Pode-se iniciar as pessoas no Coven a partir dos 13 anos, ou, no caso das meninas, após a primeira menstruação. Não é comum crianças pequenas nos Rituais, mas elas podem participar de alguns Rituais em família. Para os que têm filhos, é aconselhável que se criem Rituais leves para que as crianças conheçam os Deuses e desenvolvam seu Amor pela Natureza. Um exemplo seria criar um Ritual simples para que as crianças consagrassem um jardim ou pedissem aos Deuses proteção para seus bichinhos de estimação.

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A Bruxa Solitária deve seguir os mesmos passos dados acima, com a diferença de que ela mesma consagrará o Vinho e dançará em volta do Caldeirão para formar o Cone do Poder. Não se preocupe, pois você, desde que tenha a necessária concentração, poderá formar um Cone do Poder tão bom quanto um grupo de várias pessoas, especialmente se elas não estiverem em sintonia. No final do curso é dado o Ritual de Auto-Iniciação, que serve de base para a criação pessoal. se a pessoa estiver sendo iniciada num Coven, ela deve ser trazida para dentro do Círculo e iniciada pela Sacerdotisa ou Sacerdote. fará os mesmos votos dados na Auto-Iniciação, e prometerá nunca revelar os nomes mágicos de seus companheiros do Coven. Em muitos Covens, a pessoa é apresentada aos Quatro Quadrantes, enquanto a Sacerdotisa desenha com o dedo um Pentagrama em sua testa e em seu coração. Então, a pessoa revela seu Nome Mágico para o Coven e recebe seu Athame, seu Pentagrama e outros símbolos do Coven. Cada grupo deve criar seu próprio Ritual de Iniciação, mas procurando evitar coisas como vendar os olhos, amarrar ou encostar o Punhal no peito das pessoas, pois eu, por experiência própria, sei que isso é bastante desagradável. O Ritual de Iniciação é uma ocasião festiva e não um trote de faculdade! Depois de Iniciada, a pessoa passará por um período de Um Ano e Um Dia de estudos para depois confirmar seus votos. Se, em algum momento, ela decidir deixar o Coven, poderá fazê-lo sem sofrer pressões, ameaças ou maldições.

Os Wiccans recomendam àqueles que buscam a Arte, que aceitem esses poucos princípios básicos:

 Nós praticamos ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das forças vitais, marcadas pelas fases da Lua e aos feriados sazonais.

 Nós reconhecemos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única em relação a nosso meio ambiente. Buscamos viver em harmonia com a Natureza, em equilíbrio ecológico, oferecendo completa satisfação à vida e à consciência, dentro de um conceito evolucionário.

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 Nós damos crédito a uma profundidade de poder muito maior que é aparente a uma pessoa normal. Por ser tão maior que ordinário, é às vezes chamado de "sobrenatural", mas nós o vemos como algo naturalmente potencial a todos.

 Nós vemos o Poder Criativo do Universo como algo que se manifesta através da Polaridade - como masculino e feminino - e que ao mesmo tempo vive dentro de todos nós, funcionando através da interação das mesmas polaridades masculina e feminina.

 Não valorizamos um acima do outro, sabendo serem complementares.

 Valorizamos a sexualidade como prazer, como o símbolo e incorporação da Vida, e como uma das fontes de energias usadas em práticas mágicas e ritos religiosos.

 Nós reconhecemos ambos os mundos exterior e interior, ou mundos psicológicos - às vezes conhecidos como Mundo dos Espíritos, Inconsciente Coletivo, Planos Interiores, etc. - e vemos na interação de tais dimensões a base de fenômenos paranormais e exercício mágico.

 Não negligenciamos qualquer das dimensões, vendo ambas como necessárias para nossa realização.

 Nós não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que ensinam, respeitamos os que dividem de maior conhecimento e sabedoria, e admiramos os que corajosamente deram de si em liderança.

 Nós vemos religião, mágica, e sabedoria como sendo unidas na maneira em que se vê o mundo e vive nele - uma visão de mundo e filosofia de vida, que identificamos como Bruxaria ou o Caminho Wiccaniano.

(41)

 Chamar-se "Bruxo" não faz um Bruxo - assim como a hereditariedade, ou a coleção de títulos, graus e iniciações.

 Um Bruxo busca controlar as forças interiores, que tornam a vida possível, de modo a viver sabiamente e bem, sem danos a outros e em harmonia com a Natureza.

 Nós reconhecemos que é a afirmação e satisfação da vida, em uma continuação de evolução e desenvolvimento da consciência, que dá significado ao Universo que conhecemos, e a nosso papel pessoal dentro do mesmo.

 Nossa única animosidade acerca da Cristandade, ou de qualquer outra religião ou filosofia, dá-se pelo fato de suas instituições terem clamado ser "o único verdadeiro e correto caminho", e lutado para negar liberdade a outros, e reprimido diferentes modos de prática religiosa e crenças.

 Como Bruxos Americanos, não nos sentimos ameaçados por debates a respeito da História da Arte, das origens de vários termos, da legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições.

 Somos preocupados com nosso presente e com nosso futuro.

 Nós não aceitamos o conceito de "mal absoluto", nem adoramos qualquer entidade conhecida como "Satã" ou "o Demônio" como defendido pela Tradição Cristã.

 Não buscamos poder através do sofrimento de outros, nem aceitamos o conceito de que benefícios pessoais só possam ser alcançados através da negação de outros.

 Trabalhamos dentro da Natureza para aquilo que é positivo para nossa saúde e bem estar.

(42)

CAVALARIA WICCA

Sabendo que a Arte dos Sábios é a crença mais honrada e antiga da história da humanidade, ela impõe que todas as Bruxas, no ato de respeitar os Antigos Deuses, os irmãos e irmãs da Arte, e eles mesmos devem saber que:

I - Cavalaria é um alto código de honra, da qual é maioria originada do paganismo antigo, e deve ser vivida por todos aqueles que seguem os caminhos antigos.

II - Todos devem saber que pensamentos e intenções colocadas nessa face da Terra, vão encerrar fortes nas profundezas de outros mundos, e retornará. Tudo o que você planta, você deve colher.

III - É apenas preparando nossas mentes para sermos Deuses, que conseguiremos alcançar a mente dos Deuses.

IV - Acima de tudo, ser sincero consigo mesmo.

V - A palavra de uma Bruxa deve ter a validade de algo assinado ou de uma testemunha de um juramento. Dê apenas a sua palavra escassamente, e apegue-se a ela como ferro.

VI - Evite falar de doença para os outros, já que nem todas as verdades devem ser ditas.

VII - Não fale sobre outras pessoas, coisas que você apenas ouviu falar, já que a maioria das coisas que falam, é tudo mentira.

VIII - Seja honesto com os outros, e deixe claro que você também espera encontrar honestidade nessas pessoas.

Referências

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