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Apostila PIC Direito Penal (Geral)

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Academic year: 2021

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Apostila PIC

Direito Penal (Geral)

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Índice

Conceito do Direito Penal... Características do Direito Penal... Fontes do Direito Penal ... Princípios fundamentais do Direito Penal ... Histórico e Ordenações do Reino ... Evolução doutrinária do Direito Penal ... Velocidades do Direito Penal ... Aplicação da lei penal ... Interpretação da lei penal ... Lei penal no tempo ... Lei penal no espaço ... Conflito aparente de leis penais ... Teoria geral do crime... Fato Típico ... Iter criminis ... Tentativa ... Erro de tipo ... Excludentes da ilicitude ... Culpabilidade ... Coculpabilidade ... Concurso de pessoas ... Das Penas ... 04 05 07 10 24 33 36 40 43 45 53 60 66 76 114 117 125 133 148 161 162 177

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Índice

Concurso de crimes ... 196 Medidas de segurança ... Extinção da punibilidade ... 215 227

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Conceito

Direito penal é o conjunto de princípios e leis destinados a combater crimes e contravenções penais, mediante a imposição de sanção.

É ramo do Direito Público por ser composto por regras de ordem pública, isto é, indisponíveis e impostas obrigatoriamente a todos. E, por ser o Estado o único titular do direito de punir, além de figurar como sujeito passivo constante nas infrações ambientais.

Aspecto formal

Direito penal é um conjunto de normas que qualifica certos comportamentos humanos como infrações penais, define os seus agentes e fixa as sanções a serem aplicadas.

Aspecto sociológico

O direito penal é mais um instrumento do controle social de comportamentos desviados, visando assegurar a necessária disciplina social, bem como a convivência harmônica dos membros do grupo.

O que o diferencia dos demais ramos do direito?

O fato de ser usado como ultima ratio em decorrência da insuficiência ou falha dos demais ramos do direito e a gravidade das suas consequências jurídicas - sanção. É norteado pelo princípio da intervenção mínima.

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• É um ramo do direito público, visto que suas normas são indisponíveis tanto nos crimes de ação penal pública como nos crimes de ação penal privada, pois o “jus puniendi” continua pertencendo ao Estado.

O Estado é o sujeito passivo constante de toda e qualquer infração penal. • O direito penal é uma ciência: Pois suas normas e suas regras estão sistematizadas por um emaranhado de princípios que compõe a dogmática penal (direito penal em vigor), a ciência do Direito Penal é chamada de "dogmática jurídico penal", que é composta pelo Código Penal e pelas Leis penais extravagantes.

• O direito Penal é uma ciência cultural: Pois pertence à classe das ciências do "dever ser", ao contrário das ciências naturais que cultuam o “ser”, portanto se submete as leis humanas "dever ser" e não as leis da física.

• É uma ciência normativa: Pois tem como objeto de estudo a lei penal em vigor, ou seja, o direito positivo, o técnico jurista deve concentrar-se apenas no direito positivo, abstraindo de seu estudo qualquer discussão filosófica ou naturalista.

• Direito penal é valorativo: Pois estrutura hierarquicamente as suas normas, o direito penal sistematiza hierarquicamente as suas normas, que varia de acordo com o fato praticado.

• O direito Penal é finalista: Uma vez que se preocupa com a proteção de bens jurídicos fundamentais além disso ele garante a vigência da norma. • A missão do direito penal é prática e não meramente teórica ou

acadêmica.

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• Direito penal é constitutivo: Pois é autônomo, originário ou autonomista. Ex. Crueldade contra animais, uso indevido de drogas, livramento condicional e sursis.

• Direito penal sancionador: Pois todas as suas normas partem de outro ramo do direito, é um complexo de reforço à tutela de valores pertencentes a outros ramos do direito. Ex. Se ele pune o furto a CF protegeu a propriedade, como prescreve Zaffaroni o Direito penal é predominante sancionador e excepcionalmente constitutivo.

• Direito penal é fragmentário: O direito penal não tutela todos os valores ou interesses, mas somente aqueles que protegem os bens jurídicos mais relevantes para o desenvolvimento social e para a proteção dos cidadãos por isso é a “ultima ratio”.

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Fonte para o Direito Penal é tanto a sua origem como a forma de

manifestação da lei penal por isso se divide em material e formal:

Fonte material (substancial ou de produção): É o órgão constitucionalmente

encarregado de elaborar o direito penal art. 22, I da CF (União).

ATENÇÃO: No art. 22, parágrafo único, diz que lei complementar da União pode

autorizar os Estados membros a legislar sobre questões específicas de interesse local, relacionadas ao art. 22.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,

agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Fontes formais: São os meios pelos quais se exterioriza o direito penal.

Fontes formais imediatas: Única e exclusivamente a lei concretizada pelo poder legislativo em consonância com procedimento estabelecido na CF.

Fontes formais mediatas: São os costumes os princípios gerais do direito e os

atos administrativos.

ATENÇÃO: Em relação a doutrina ela não se reveste de obrigatoriedade, trata-se de um estudo científico. Já a jurisprudência de igual modo revela o entendimento dos tribunais servindo como vetor para o aplicador do direito,

não tem força cogente salvo quando representativo de sumula vinculante

(art. 103-A da CF).

ATENÇÃO: Em relação aos tratados internacionais ainda que o Brasil seja

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signatário precisam obedecer a procedimento complexo para ingressarem no ordenamento jurídico (art. 5°, parágrafo 3°, CF/88), prevalece que somente depois de cumprida as fases, possuindo então, força de lei ordinária ou emenda constitucional, pode ser considerado uma fonte formal mediata, mas apenas fazendo recomendações acerca de criminalização ou penalização (mandados

convencionais de criminalização). Costumes

O costume é a reiteração de uma conduta (elemento objetivo) de modo constante e uniforme por convicção de sua obrigatoriedade (elemento subjetivo).

Obs. Costume não é sinônimo de hábito pois neste não há convicção de

obrigatoriedade. Ex. Dirigir sem uma das mãos.

O costume no direito penal, NÃO pode criar infrações penais (crime e contravenções penais) e cominar sanções penais.

Espécies de costumes:

Costumes “secundum legem” ou interpretativo: Tem a finalidade de auxiliar

o intérprete a esclarecer o conteúdo, elementos ou circunstâncias do tipo penal. Ex. O termo "mulher honesta" e o “ato obsceno” onde o aplicador do direito que deve valorar.

Costume “contra legem” ou negativo: Também conhecido como desuetudo. É o costume que contraria a lei, mas não tem o condão de

revogá-la. Ex. art. 58 da lei 3688/41 que fala do jogo do bicho, uma lei só é revogada por outra lei, conforme dispõe o art. 2º § da LINDB- Princípio da continuidade das leis penais.

ATENÇÃO: Não confundir o costume com o desuso, o primeiro não cessa o pressuposto fático que embasa determinada punição, já no desuso há a

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Costume “praeter legem” ou integrativo: Tem a finalidade de suprir lacuna

da lei ele somente pode ser utilizado em normas penais não incriminadoras, notadamente para possibilitar o surgimento de causas supralegais de excludentes de ilicitude e de culpabilidade. Ex. Circuncisão.

Princípios gerais do direito:

São valores fundamentais que inspiram a elaboração e a preservação do ordenamento jurídico, um princípio nunca pode ser utilizado para criar crime ou cominar pena atuando nas normas penais não incriminadoras.

Atos administrativos

Eles têm a finalidade de complementar leis penais em branco. Ex. O que é droga? A portaria 344/98 da Anvisa (ato administrativo), dispõe um rol de substâncias classificadas como droga.

Obs: com relação à analogia, há doutrinadores que a consideram como fonte mediata do direito penal, outros, no entanto, defendem que não se trata tecnicamente de fonte, mas de método de integração onde se aplica a fonte imediata propriamente dita.

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Princípio da Legalidade:

Atualmente o princípio da legalidade está positivado no art. 5º, XXXIX da CF, art. 9º da Convenção Americana dos Direitos Humanos "pacto São José da Costa Rica", art. 15 do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e no art. 1º do CP assim como na DUDH de 1948.

Constituição Federal

Art. 5 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

Convenção Americana dos Direitos Humanos "pacto São José da Costa Rica"

Artigo 9º - Ninguém poderá ser condenado por atos ou omissões que, no momento em que foram cometidos, não constituam delito, de acordo com o direito aplicável. Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a aplicável no momento da ocorrência do delito. Se, depois de perpetrado o delito, a lei estipular a imposição de pena mais leve, o delinquente deverá dela beneficiar-se.

Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos

Art. 15 - Ninguém poderá ser condenado por atos omissões que não constituam delito de acordo com o direito nacional ou internacional, no momento em que foram cometidos. Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a aplicável no momento da ocorrência do delito. Se, depois de perpetrado o delito, a lei estipular a imposição de pena mais 4. Princípios fundamentais do Direito Penal

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Código Penal

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

ATENÇÃO: Sinônimos do princípio da legalidade: Princípio da reserva legal, estrita legalidade, intervenção legalizada.

Obs: no que tange à diferenciação do Princípio da Legalidade e Reserva Legal, a

par de vários doutrinadores e bancas utilizarem-nos como sinônimos, a legalidade é mais ampla e abrange qualquer espécie normativa prevista no art. 59, CF, enquanto a reserva legal admite apenas lei em sentido formal - editada pelo Poder Legislativo - e material - matéria reservada somente à lei ou matérias que apenas podem ser previstas em uma determinada espécie de lei específica, a exemplo das leis complementares.

ATENÇÃO: O princípio da legalidade é uma cláusula pétrea, direito fundamental de primeira dimensão, não pode ser suprimido, nem mesmo por emenda constitucional.

O princípio preceitua basicamente a exclusividade da lei para criar infrações penais e sanções.

Origem histórica:

Prevalece a tese de que teria surgido na Magna carta de 1215 (Rei João sem Terra), parte da doutrina afirma que tal princípio surgiu na legislação Austríaca em 1887.

Em 1789 sob influência da separação dos poderes trazida por Montesquieu foi consagrado na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão com o livro "o espírito das leis" foi onde se proibiu pela primeira vez a analogia “in malan

partem”, o primeiro código penal a positiva-lo foi o código penal francês de

1810, já no Brasil ele foi contemplado no Código criminal de 1830 no código

penal da república de 1890, na Constituição da república de 1891 e nas

Referências

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