• Nenhum resultado encontrado

Quaresma: Um tempo precioso para a graça da conversão. Pontes sim, muros não. Orar com os intercessores. Os desafios pastorais da família

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Quaresma: Um tempo precioso para a graça da conversão. Pontes sim, muros não. Orar com os intercessores. Os desafios pastorais da família"

Copied!
52
0
0

Texto

(1)

Ano L VII • março • 2017 • nº 505

Pontes sim,

muros não

Os desafios

pastorais da família

Orar com os

intercessores

“Quaresma:

Um tempo precioso

para a graça

da conversão”

(2)

Í N D I C E

01 editorial super-região 02 Sonhar o sonho de Deus! 03 Ação e Compaixão 04 Pontes sim, muros não 06 Quaresma

08 Comunicação digital nas ENS 09 Intercessão

10 Terço dos Intercessores - Mistérios Luminosos

correio da ERI 12 Alegria do Encontro 14 Nossa missão na Igreja 15 Amoris Laetitia Capítulo III

17 Palavra do Papa vida no movimento 19 Província Centro-Oeste 20 Província Leste 22 Província Sul I 23 Província Sul II 24 Província Sul III

25 Como posso pesquisar assuntos nos documentos do Movimento?

raízes do movimento 27 Reflexões sobre um editorial

comunidade N. S. da Esperança 28 Seja uma benção para todos!

testemunho

30 Como os livros do Padre Caffarel nos ajudam 32 Carta de um Casal Ligação à sua equipe ligada 32 Antes de sermos membros das ENS

reflexão

33 Equipes de Nossa Senhora, riqueza da Igreja 34 Nas ENS sejamos testemunhas da Misericórdia Divina

35 Amor fraterno, tempero da vida em comunidade

36 Os biomas e os PCE cultivar e guardar 37 Novo ano

partilha e PCE 39 Retiro

serviços nas ENS

41 Casal Responsável de equipe 43 notícias

48 dicas de leitura

Equipes de Nossa Senhora

Carta Mensal

n

o

505 • março •

2017

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622). Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira. com - Responsável: Ivahy Barcellos - Ilustração de capa e pp. 8,34 e 38 Can Stock Photo - Diagrama-ção, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 26.850 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-ções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

(3)

editorial

Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO”

Queridos irmãos equipistas,

Que alegria! Já estávamos com saudade.

Março se inicia com muitos e grandes desafios, mas também com sinais de alegria e esperança.

Nosso desafio será derrubar muros e construir pontes. Sere-mos facilitadores, construtores de pontes. TereSere-mos a oportuni-dade de olharmos nossas vidas e destruirmos os muros que nos impedem de sermos testemunho de um matrimônio feliz, de testemunhar o Senhor com nossa vida.

A Carta deste mês traz artigos que nos ajudarão a estar em estado permanente de missão.

Neste mês, viveremos a Quaresma, tempo forte de oração, je-jum e esmola que nos fortalecerá para o novo ano equipista. O ar-tigo do Padre Octávio, SCE da Província Sul I, é um convite para ini-ciarmos a caminhada de transformação no seguimento de Cristo.

Goretti e Moacir, casal responsável pela intercessão, nos convidam a rezar mais. Deus habita no coração de quem reza. Não deixem de ler!

Outra importante mensagem vem da ERI. O primeiro artigo do seu casal de ligação da Zona Centro-Europa, e o segundo do sacerdote conselheiro espiritual, Padre Jacinto (SCE ERI).

Em 2016, Padre Geraldo Hackmann iniciou uma reflexão sobre o Amoris Laetitia. Nesta edição, teremos o terceiro capítulo da Exor-tação Apostólica Pós-Sinodal, com o título “O olhar fixo em Jesus”. A partir desta edição teremos um espaço reservado para fa-larmos a cada mês de um PCE e de um serviço dentro das ENS, sempre seguidos de um testemunho. ”Palavra do Papa” será uma bênção nas nossas edições. Que tal ir dar uma olhadinha nestas novidades?

Queridos irmãos, desejamos que 2017 seja um ano intenso, de muito estudo, dedicação e ação. Que N. S. Aparecida, no ano em que comemoramos 300 anos da sua apa-rição, nos cubra com seu manto para que possamos adorar a Deus com todo o coração e amar todas as pes-soas com genuína caridade.

Fernanda e Martini CR Carta Mensal ENS

(4)

super-região

Sonhar o sonho de Deus!

Sonhar o sonho de Deus!

... apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor... Quando acordou, José fez con-forme..tinha mandado” (Mt 1, 20.24)

Caros amigos e amigas equipistas, aproveito o privilégio, nessa primeira edição de 2017 da nossa querida Carta Mensal, para fazer um convite: vamos sonhar o sonho de Deus! Faço isso através da experiência mística de São José, patrono da Igreja, que cele-bramos no dia 19 de março.

Não é novidade para ninguém constatar que vivemos um 2016 mui-to difícil. Um Brasil novo e com desa-fios realmente exigentes surgiu dian-te de nós e indian-terpelou nossas vidas, famílias e sociedade. Particularmente nossa Fé! Não quero ser pessimista, mas realista, nada indica que 2017 será muito diferente. Onde encontrar forças? Como enfrentar os novos e, quem sabe, mais difíceis desafios que virão? Certamente não acreditando unicamente em nós mesmos e em nossos projetos permeados por nos-sos mesquinhos interesses pessoais. Proponho uma inspiração!

Voltando os olhos para o evan-gelista Mateus que coloca São José como interlocutor do anjo do Senhor no anúncio do nascimento do Menino Jesus, temos o segredo de nos man-termos firmes na Fé e na Esperança.

José era um homem justo, tudo indica que seguia com atenção sua religião e os preceitos derivados dela com muita seriedade. Surpreendido com a gravidez de Maria poderia ter agido com o conceito de justiça que sua formação lhe deu, abandonar Maria. Sua lei permitia isso e ele con-tinuaria justo aos olhos da sociedade. Contudo, na prática, ela seria desco-berta grávida num futuro próximo e

como José a teria abandonado a conclusão das pessoas seria a de uma traição, o que levaria Maria ao apedrejamento.

José sonha e recebe um desa-fio: olhar o acontecimento com os olhos da Fé. Ele desperta e per-mite-se sonhar o sonho de Deus. Desposa Maria e com seu simples ato de Fé colabora para mudar a história da humanidade.

Minha proposta é que também sonhemos o sonho de Deus! Va-mos acordar nesse 2017 de nossos pessimismos e de nossas convic-ções por vezes egoístas e limitadas. É o sonho de Deus para o seu ca-samento que você está vivendo? É o sonho de Deus para sua família, relacionamentos... que você está vivendo?

Talvez você até tenha razão, como tinha São José, por já estar fazendo a sua parte e com justiça. Mas Deus pede algo mais. Que algo a mais é este? Agora é com você! Uma coisa posso dizer, assim como José que ao deixar-se sonhar o sonho de Deus proporcionou que Jesus fosse conhecido por inúme-ros homens e mulheres, você, per-mitindo-se sonhar com Deus, pode levá-lo às pessoas ao seu redor, e quem sabe até

aprofundá-lo den-tro do seu próprio coração. Vamos construir o mundo sonhado por Deus! Vamos sonhar com Deus! São José, ro-gai por nós!

Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região

(5)

Ação e Compaixão

No mundo nada é estático, tudo

se move e se transforma sem parar, e para melhor, se tivermos pensamen-tos positivos: quando uma porta se fecha, outra se abre, quando termina um trabalho, outro começa, tudo que chega é bom, tudo que parte tam-bém. É só não termos apego, tristeza ou resistência.

As doenças e os sofrimentos são como despertadores, têm a missão de nos acordar para o que realmente importa neste mundo, pois passamos a maior parte do tempo distraídos com as seduções, com as facilidades, o prazer das futilidades, o poder, o dinheiro, a inércia... O que importa é realizarmos o Divino em nós, e por-tanto toda inércia é um desserviço à obra de DEUS.

Há um mundo a ser transforma-do, e o nosso papel é contribuir para deixá-lo melhor do que o encontra-mos. Recursos temos de sobra, só nos falta, às vezes, a vontade de servir a DEUS, servindo aos irmãos.

Não podemos desa-nimar com a desculpa que as pessoas são difíceis, e que a convivência com os seres humanos é

impossível. Precisamos entender que todos estão se esforçando para bem cumprir a missão que lhes foi confia-da, na busca da mesma luz, embora os caminhos sejam diferentes.

Também nem todos estão no mesmo nível de caminhada, e para isso é necessário muita paciência e boa vontade com o caminhar de cada um, e entender que o outro não está nos atrapalhando ou querendo o nos-so mal, mas está apenas tentando ser feliz também.

Precisamos exercitar a compaixão, que é quando nos colocamos no lu-gar do outro, sentimos a sua dor, e o amor de DEUS faz com que o nosso coração se abra, a generosidade se instala, olhamos para o outro com os olhos de DEUS, e nos deparamos surpresos com o parentesco de nos-sas almas!

Então percebemos que nada tem sentido se não tocarmos o

cora-ção das pessoas, e para isso não é preciso muito não, bas-tam pequenos gestos de amor que de tão simples podem nos parecer nada, mas que são o tudo que o outro

precisa: como uma alegria

contagian-te, uma palavra confortadora,

(6)

um abraço envolvente, um olhar carinhoso, um silêncio respeitador...

“Devemos abater os muros que

dividem: tentar aumentar o bem es-tar do outro e difundi-lo, permitin-do que as desigualdades diminuam e a liberdade e os direitos aumen-tem.” (Papa Francisco)

“Se eu te firo e tu me feres, é

evidente que este ciclo de ódio não acabará nunca. Portanto, em de-terminado momento, alguém forte e com bom senso deve quebrar a cadeia do ódio, a cadeia do mal.”

(Martin Luther King)

Sejamos nós a dar o passo nes-sa direção, seguindo o exemplo de Jesus que se encarnou e viveu uma

vida como a nossa para nos ensinar que com a nossa própria vida deve-mos amar como Ele amou: saindo continuamente do próprio egoís-mo, pondo-se a serviço dos outros, dando a vida pelos outros!

As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor, mas as que fazem o melhor com o que têm. Feliz 2017, com ação e compaixão! Hermelinda e Arturo CR Super-Região

“Põe-me como um selo sobre o teu coração”

O EVANGELHO DO CASAMENTO E DA FAMÍLIA

Queridos equipistas, no tema de estudo deste ano, faremos um per-curso sobre as realidades e neces-sidades da família, refletiremos no contexto da nova evangelização, seus desafios e os caminhos propostos.

Iniciemos pois com uma reflexão: A família devidamente constituída através do sacramento do Matrimô-nio está fadada à extinção? Você acredita mesmo nisso?

Primeiro é preciso desmistificar este jargão, “o casamento está aca-bando”, pois a maior crise pela qual

a humanidade está passando, é exis-tencial, ou seja, não sabemos o que somos e nem sabemos para onde queremos ir, a cultura do individualis-mo exagerado está provocando fortes tensões no âmbito das famílias, cres-cem a intolerância e agressividade.

Somos inundados por rios de informações diariamente e tecnolo-gias que se alteram a cada segun-do, que lentamente estão tirando das pessoas o conceito do certo e do errado, do que é bom ou ruim e também silenciosamente estão sendo incutindo nas pessoas e prin-cipalmente entre os jovens, um conceito de que tudo é descartável, não vale a pena “consertar”.

Isso tudo trouxe consigo uma crise comportamental na pessoas, precisamos acima de tudo “ser”

PONTES SIM, MUROS NÃO

(7)

melhores do que realmente somos e “ter” o que não precisamos para sobreviver.

Nossos jovens hoje estão 100% “conectados” através de seus celu-lares, mas desconectados de si mes-mos, somos todos vítimas da intoxi-cação digital.

Experimentemos nos desligar dos celulares, muitos terão sintomas de abstinência como as geradas pelas drogas! Ansiedade, insatisfação crô-nica, impaciência, baixa tolerância a frustrações, um tédio atroz quando sentimos que não temos nada para fazer, ou seja, estamos nos tornando prisioneiros da nossa própria mente e a consequência disso é que nosso corpo não está unido à consciência do momento, estamos presentes, mas conectados ao mesmo tempo por diversas redes sociais.

Precisamos urgentemente ouvir boas notícias, 99% da pessoas do mundo são boas e bem-intenciona-das, os marginais não são a maioria, Deus te ama e é preciso ter a coragem de mudar de canal ou até mesmo desligar a tv, há vizinhos a sua volta.

Temos que mudar o tom pessi-mista para um discurso mais otimis-ta, falar somente as coisas boas e relevantes, elogiar mais os peque-nos gestos e com toda a firmeza e segurança afirmar que não, a famí-lia sacramentada jamais vai acabar.

Deus na criação do mundo já havia concebido a união entre o homem e a mulher, algo sagrado e imutável, entretanto estamos ten-tando através de ideologias que querem promover uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da

di-versidade biológica entre o homem e mulher, agora somos “gênero”.

Se o Anúncio da Boa Nova, nes-se caso concreto, “O Anúncio da Boa Nova do Matrimônio”, contém a alegria vivida na vida do casal e da família, o anúncio do Evangelho da Família constitui uma parte inte-grante da missão à qual fomos cha-mados e para a qual somos orienta-dos. Deve-se, então, querer e não ter medo, pois a revelação de Deus ilumina a realidade da relação das pessoas. (Tó e Zé)

O Movimento das Equipes de Nossa Senhora deve assumir sua parcela de responsabilidade como protagonista diante deste quadro da realidade conjugal e familiar, o nosso exemplo deve ser visível à sociedade, de que ter uma relação perene entre o homem e a mulher é possível e ao mesmo tempo edificante, esta é a Boa Nova do Matrimônio.

“Não caiamos pois nas arma-dilhas de nos consumirmos em la-mentações autodefensivas, em vez de suscitar uma criatividade mis-sionária, a qual deve ser como um apelo para libertar em nós as ener-gias da esperança, traduzindo-as em sonhos proféticos, ações trans-formadoras e imaginação da carida-de”. (AL57) Sejamos as pontes dessa nova evangeli-zação, a famí-lia é e sempre será a base de qualquer so-ciedade. Sandra E Valdir CR Província Sul I

(8)

A quarta-feira de cinza marca o início de uma longa caminhada, um itinerário que revela a fragilidade de nossa existência através do mistério da morte, mas a supera pela fé na ressurreição. O que aparentemente culmina com a “derrota” pela morte cruel de Jesus na cruz se transforma em Vitória da Vida (Páscoa), alimen-tada pelo Cordeiro sem mancha à espera do Espírito Santo. O próprio Mestre que vence e supera as tenta-ções, e se transfigura como anúncio de “vida plena e definitiva” sobre a cultura da morte e do descartável, convida-nos também a entrar com Ele neste ciclo quaresmal para vencermos juntos como equipistas as tentações contra: a família, os valores do Reino e a cultura da vida, transformando e transfigurando toda realidade.

O Concílio Vaticano II pede: “Tanto na liturgia como na cate-quese litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do tempo quaresmal, que, principalmente pela lembran-ça ou preparação do batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispondo à celebração do mistério pascal. Por isso:

- Utilizem-se com mais abundân-cia os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal. Segundo as circunstâncias, restaurem-se certos elementos da tradição anterior.

- O mesmo diga-se dos elemen-tos penitenciais. Quanto à catequese, seja inculcada na alma dos fiéis, junta-mente com as consequências sociais

do pecado, a natureza própria da pe-nitência que detesta o pecado como ofensa feita a Deus. Na ação peniten-cial não se omita a participação da Igreja nem se deixe de urgir a oração pelos pecadores”. (SC 109)

Trata-se, portanto, de um cami-nho interior, camicami-nho de penitên-cia, de transformação no seguimen-to de Crisseguimen-to, expressada através da Oração, do Jejum e da Esmola que nos devolvem a originalidade de sermos iguais na fragilidade e no

Cristo Carregando a Cruz - Giovanni Battista Tiepolo (1696-1770)

Quaresma

(9)

compromisso com a conversão. É também um tempo de fortes apelos vindos da realidade social que nos cerca e como Igreja procuramos responder e nos posicionar através da Campanha da Fraternidade, momen-to vivido unicamente no Brasil. Todo ano a CF desperta nossas consciên-cias e abre-nos os olhos para a cruel realidade de um país que se profes-sa cristão, mas é desmentido pelos fatos brutais das chacinas, violências no campo e na cidade e por

inúme-ros fatores que exigem e interpelam nosso compromisso profundo com a CONVERSÃO.

A CF 2017 será sobre: “Fraterni-dade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como lema “Cultivar e Guardar a Criação”.

Conversão é uma palavra que não pode terminar com o fim do tempo quaresmal e para nós equipistas que procuramos na união conjugal a san-tificação da família, será um desafio que atingirá os Pontos Concretos de Esforço.

As orientações para este 2017 nos ajudam a ouvir, discernir e agir, a quaresma será o tempo precioso para discernir a realidade de nossas famílias e o desejo de sermos san-tos e santificadores. Portanto, muito mais que um discernimento o Dever de Sentar-se será o meio pela qual a graça da conversão nos ajudará a agir respondendo com alegria aos desa-fios da família de hoje, sendo pontes que unem o coração do homem com a Graça transformadora de Deus.

Caríssimos irmãos e irmãs equi-pistas, quando nossas cabeças se encherem de cinzas ouvindo: “con-vertei-vos e credes no Evangelho” possamos sentir que a Mística do nosso Movimento de Espiritualida-de Conjugal nos compromete com a Igreja a sermos a Família de Cris-to sob a proteção Maternal de Maria Santíssima. Pontes SIM! Muros não!

Pe. Octavio Moscoso SCE Província Sul I Cristo Carregando a Cruz - Giovanni Battista Tiepolo (1696-1770)

(10)

O site das Equipes de Nossa Se-nhora (www.ens.org.br) finalizou o ano de 2016 com cerca de 30.000 acessos mensais, sendo as abas mais acessadas a da Carta Men-sal com 5.000 acessos e o ACER-VO DE FORMAÇÃO com cerca de 2.000 acessos. Para o ano de 2017 está programado para digitalização e postagem o acervo de filmes e fo-tos de encontros, formações e outras atividades para preservar a história do Movimento, sendo este um com-plemento do histórico das edições da Carta Mensal e de outros filmes e fotos já disponíveis no site. Para colaborar também com a formação dos equipistas já está disponível na aba Acervo de Formação/Docu-mentos das ENS a versão eletrôni-ca dos documentos das Equipes de Nossa Senhora. Na aba LINKS estão disponíveis os sites e páginas de redes sociais de 13 Regiões que se adapta-ram às orientações de publicação da Super Região Brasil. Solicitamos que os Casais Responsáveis das outras 39 Regiões que ainda não possuem seus sites, informativos e páginas em redes sociais, próprios ou dos Setores, pu-blicados, que entrem em contato co-nosco pelo endereço comunicacao@

ens.org.br para que também sejam disponibilizados nesta aba. O site do Movimento tam-bém dá acesso à página oficial no Facebook da Super-Região Brasil e à página Henri Caffarel, Profeta do Nosso Tempo.

A página oficial da Super- Região Brasil no Facebook fi-nalizou o ano de 2016 com cerca de 6.500 membros do Brasil e de outros 36 países, sendo visualizada cerca de 37.000 vezes por mês e sendo frequentemente compartilha-da na página compartilha-da Equipe Responsável Internacional. Esta página está dispo-nível para divulgar a vida das Equipes, Setores e Regiões. Os equipistas que desejarem enviar algo para publicação solicitamos que enviem para o ende-reço acima sempre com cópia para o Casal Responsável pela sua Província.

A página Padre Henri Caffarel, Profeta do Nosso Tempo finalizou o ano de 2016 com 1.400 membros do Brasil e outros 18 países, sendo visualizada cerca de 4.500 vezes por mês. Esta página tem o objetivo de divulgar a vida e obra do Padre Caf-farel tornando-o conhecido também fora da comunidade das Equipes de Nossa Senhora. Solicitamos que aju-dem a divulgar essa página convidan-do os membros de sua equipe e sua lista de amigos, principalmente os não equipistas e membros do clero.

Desejamos a todos um Feliz 2017 repleto de Paz!

Fiquem com Deus.

Cristiane e Brito, CRCE Super-Região Brasil

(11)

Queridos amigos, dentro do co-ração de cada um de nós existe um jardim secreto, morada de um tesou-ro de valor incalculável, depositado por Deus. A oração é a chave que nos permite entrar neste espaço sa-grado e resgatar o tesouro que Deus nos confiou, e mais e muito melhor, recebê-lo do próprio Senhor. Porque Deus habita no coração que reza.

Que podemos almejar mais do que a presença de Deus e saber que o Senhor reza através do nos-so coração?

Faça a experiência, tome por hábito reservar um tempo especial para tua oração, “não um tempo que te sobra, mas um tempo re-servado”, coloca-te na presença do Senhor, acolhe-O em teu coração com serenidade, deixa-te conduzir pelo Espírito Santo, e creia sem som-bra de dúvidas de que tua oração é agradável a Deus, não só agradável, o próprio Senhor reza através do teu coração. Ele sorri e se alegra em es-tar contigo, se une em tuas preces. Quer que ela ecoe por todo o

uni-INTERCESSÃO

verso, do Extremo Oriente ao Extre-mo Ocidente. Quer que sua oração, qual a chama de um Círio Pascal, acenda milhões de corações pelo mundo afora.

E assim aquele que reza começa a vislumbrar a beleza do seu jardim secreto, e a primeira joia que brilha em seu interior é a alegria. A alegria de saber que por mais pobres que possamos ser materialmente, temos abundantes graças para oferecer ao mundo, aos nossos irmãos, a vida, através da oração. Como nos ensi-na o Papa Francisco: “Rezar é unir

o céu à terra. E é radiante produzir esta comunhão.” (do Livro “Rezem

por mim”).

Rezar não porque é uma obriga-ção, mas porque nos faz Feliz!

Venha se unir a nós, seja tam-bém um intercessor.

O teu gesto de ternura pode mu-dar o curso de uma vida...

Com carinho e oração,

Goretti e Moacir CRI Super-Região Brasil intercessao@ens.org.br

(12)

1

o

MISTÉRIO LUMINOSO

Mistério de luz é a auto revelação

de Jesus, nas bodas de Caná, onde Jesus a pedido de sua mãe realizou o seu primeiro milagre. A intercessão da Virgem Maria em Caná é prelúdio de sua intercessão também no céu. Peça-mos a Nossa Senhora que interceda por nossos lares, por nossas famílias, pedindo a Deus que nos conceda as graças que precisamos para bem vi-ver. Que não nos falte o pão de cada dia. Não pedimos nem riqueza, nem pobreza, só viver com dignidade. Mas acima de tudo, que não nos falte o vinho do Amor, o vinho do perdão, da alegria e da paz. Nós te consagramos Ó Mãe de Deus e nossa, as nossas fa-mílias felizes e também as que vivem em conflitos, ajuda-nos a caminhar para na santidade.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

3

o

MISTÉRIO LUMINOSO

Jesus anuncia o Reino de Deus

e o convite à conversão

Mistério de luz é para nós a mise-ricórdia de Jesus, perdoando os peca-dores e anunciando o Reino de Deus.

TERÇO DOS INTERCESSORES

Mistérios Luminosos

Batismo de Jesus no Rio Jordão

Enquanto meditamos este misté-rio de luz que é o batismo de Jesus, agradecemos a Deus também o batis-mo de cada um de nós. E com o cora-ção cheio de gratidão começamos as-sim nossa oração... Peçamos a Deus, por todos os casais que aguardam e imploram a graça da maternidade e da paternidade, pois em seu coração já existe o Dom do Amor. Peçamos também pelas crianças que não co-nhecem o carinho e a segurança de um lar e vivem e crescem no abando-no, sem o Amor e a presença dos pais.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

2

o

MISTÉRIO LUMINOSO

Auto-Revelação de Jesus

nas bodas de Caná

(13)

Neste mistério, lembramos de todos os nossos irmãos e irmãs, que vivem longe da luz do Senhor, que sucumbi-ram nos caminhos escuros dos vícios, das drogas, que se deixaram dominar pelo mal da raiva, do ódio, causando dor e sofrimento. Se o coração está nas trevas, quantas trevas haverá ao seu redor, mas se o coração tiver luz, quanta luz irradiará ao seu redor. Pe-çamos a Deus perdão pelos nossos pecados, e oferecemos nossas vidas pelo resgate de nossos irmãos e irmãs.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

4

o

MISTÉRIO LUMINOSO

Contemplamos

a Transfiguração de Jesus

Mistério de luz por excelência é a Transfiguração de Jesus. A glória da Divindade reluz no rosto de Cristo diante dos Apóstolos extasiados para que O escutem (cf. Lc 9, 35) e se dis-ponham a viver com Ele o momento doloroso da Paixão, a fim de chega-rem com Ele à glória da Ressurreição, e a uma vida transfigurada pelo Espíri-to SanEspíri-to. Rezemos trazendo presente todos os nossos irmãos e irmãs que vivem a sua via dolorosa, que atraves-sam a sua paixão, os que atravesatraves-sam as enfermidades suas ou de seus

fa-miliares, pelos que enfrentam a via dolorosa do abandono, da falta de emprego, dos que estão à margem da vida, roubados no seu direito de ter um lar, obrigados a se refugiarem em países estrangeiros, vítimas da violên-cia e da maldade humana.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

5

o

MISTÉRIO LUMINOSO

A Instituição da Eucaristia

Mistério de luz é, enfim, a insti-tuição da Eucaristia, na qual Cristo Se faz alimento com o seu Corpo e o seu Sangue sob os sinais do pão e do vinho, testemunhando “até ao extre-mo” o seu amor pela humanidade (Jo 13, 1), por cuja salvação Se oferecerá em sacrifício. Neste mistério rezemos agradecendo a Deus pelas vocações. Que possam brotar no mundo mais santas vocações. Que os nossos lares sejam berço de vocações. E que pelas nossas atitudes, pelo nosso Amor, o mundo possa perceber que nós par-ticipamos da Eucaristia.

Lá onde os nossos braços não po-dem chegar, por pura Graça e Dom de Deus, pode chegar a força da nos-sa oração.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... Reza-se o Agradecimento; Salve Rainha; Sinal da Cruz.

(14)

correio da ERI

“O jubileu está encerrado,

a misericórdia fica”.

O ano da Misericórdia foi um momento privilegiado da vida da Igreja. Abriu-se nos nossos cora-ções uma nova esperança, que agora nos impele para os nossos irmãos. “Abrem-se diante de nós desafios magníficos” é a missão de todo cristão.

A nossa missão como casal de ligação da Zona Centro-Europa – uma zona que parece um puzzle – ensina-nos que ir para além da-quilo que nos diferencia faz-nos crescer juntos. Neste ano visita a maior parte das super-regiões e regiões diretamente ligadas à ERI (SR/RR), bem como alguns setores distantes. Esta proximidade com-promete-nos a estar mais atentos às suas especificidades culturais e às suas tradições. Ser acolhidos nas suas casas, rezar juntos, pro-var pratos típicos do país e parti-lhar com os membros das famílias (pais e filhos) são experiências incomparáveis, fonte de alegria mútua. Isto é uma oportunidade excepcional que favorece a incul-turação do Carisma e da pedago-gia das equipes nos vários países.

Na Bélgica, chegamos em 22 de abril para participar do Encon-tro Nacional em torno do tema “Viver o Evangelho na alegria”. Uma calorosa recepção na casa do casal responsável (CR), na presen-ça de outros equipistas, alivia-nos depois de longas horas de espera no aeroporto de Bruxelas, poucos

dias após o atentado. O Conse-lheiro Espiritual (CE) e os respon-sáveis animaram bem o dia com cerca de 600 participantes.

Em 30 de abril dirigimo-nos pela primeira vez à Ilha Maurí-cio. Um paraíso terrestre. O nos-so desejo de encontrar de perto os equipistas de diferentes etnias realizou-se graças à benevolência do CR e do CE: cada noite ficámos alojados em casa de um CR dos três setores. Estes encontros, e a visita a Mons. Piat, hoje cardeal, foram ocasiões de abertura de co-ração e de partilha sobre a vida de equipistas. As ENS mauricianas es-tão trabalhando para a expansão do Movimento nas Seychelles e Rodriguez.

Outro campo fértil que se presta bem à expansão das ENS: a Europa do Leste. A nova SR Po-lônia-Europa Central, criada em Roma em 2015, avança com pas-sos seguros. As 200 equipes das 3 regiões gozam de uma estrutu-ra sólida e de uma vida de equipe em coerência com o Carisma do Movimento. Durante a nossa visi-ta, em finais de setembro último, partilhamos belos momentos em família com o CR, bem como com a equipe da Super-Região e o casal responsável do Setor Eslováquia em particular. Estão sendo fei-tos grandes esforços para lançar o Movimento nos países vizinhos (Bielorrússia, Hungria, Eslováquia, Ucrânia, República Checa e em breve na Letônia). O CR da SR e as

(15)

outras SR/RR visitam-se mutuamente.

Que dizer do Setor Lituânia? Nos últimos 2 anos, o número de equi-pes passou de 4 a 16. O CR vê na entreajuda entre os equipistas um salva-vi-das no que diz respeito à educação dos filhos, ten-do eles próprios seis.

Os equipistas têm

uma preocupação constante: como educar os filhos segundo os valores humanos e cristãos numa sociedade que está à deriva por falta de valores.

Em 19 e 20 de novembro fize-mos de novo as malas; desta vez, o nosso destino era Paris. O tema do encontro dos 3.000 responsá-veis da SR FRLS, do qual participa-mos, foi “O matrimónio, caminho de missão, caminho de alegria”. A animação foi cativante. Os ate-liers sobre os PCE entusiasmaram os equipistas; as intervenções fo-ram de uma profundidade notável. Com Elisabeth Saléon-Terras – as-sistente do Padre Caffarel – vive-mos um tempo de oração silencio-sa que foi uma antecipação do céu. A SR respira internacionalidade, e o contributo da Tó e do Zé sobre “A dimensão internacional das ENS” consolidou essa orientação.

Com o mesmo objetivo de re-forçar a internacionalidade do Movimento, a ERI reunir-se-á em março de 2017 em Munique, na RR Germanófona.

Um lampejo do Médio Oriente junta-se às ENS: da Jordânia, dos Emirados Árabes Unidos e do Qatar,

num total de 20 equipes, que par-ticipam em sessões de formação animadas pelo CR da Região Líba-no, seja em Beirute, em Amã ou em Abu-Dhabi e Dubai.

Quanto às equipes da Síria, metade dos equipistas já se en-contra fora do país, e a maioria das equipes desmembraram-se. Contamos visitá-las em 8 de de-zembro próximo em Lattaqué.

Queridos equipistas, damos graças ao Senhor pelos irmãos e irmãs que Ele nos deu. Ficamos maravilhados com a diversidade e a beleza da família de Deus, de que também vocês fazem parte. Marcamos encontro no Encontro Internacional de Fátima de 16 a 21 de julho de 2018.

Mahassen e Georges Khoury CL da Zona Centro-Europa

(16)

Tem-se discutido mui-to nos últimos tem-pos no interior do nosso Movimen-to sobre o sentido da nossa missão na Igreja hoje. O concílio Vaticano II diz dos leigos que a sua missão é santificar as realidades terrestres, or-denando-as segundo Deus (LG 31). Se olharmos para nós, como Movi-mento, ele é antes mais nada uma dinâmica de aprofundamento espiri-tual a partir do sacramento do ma-trimônio. Podemos dizer que essa é a nossa graça das origens, o nosso carisma e a nossa missão, que o Espí-rito Santo inspirou ao Padre Caffarel e aos primeiros casais. Naquele tem-po, a preocupação principal era

es-piritual: levar os casais a viver a

san-tidade cristã como casais. Hoje essa preocupação continua de pé, mas acrescida do fato de vivermos uma crise sem precedentes, tanto na Igre-ja como na humanidade, em geral, que afeta os atributos essenciais do matrimônio, como grandeza huma-na e cristã, bem enunciados tanto huma-na

Familiaris Consortio de S. João Paulo

II (22.11.1981), como na Amoris

Lae-titia, do Papa Francisco (2016).

Então, quando hoje falamos de

missão, não devemos fixar a nossa

atenção apenas no fazer, como se se tratasse de fazer coisas no senti-do que se dá em geral ao apostolasenti-do

dos leigos. Isso é muito importante e

não o devemos esquecer. Todavia, o acento deve ser colocado no ser. Por outras palavras, dar testemunho da

alegria do consentimento incondicio-nal dado ao cônjuge no momento da

celebração do casamento; dar teste-munho da alegria da unidade indis-solúvel do amor que é mais forte que a morte; dar testemunho da alegria dos filhos acolhidos como dom de Deus, que não fazem mal à saúde das mães. É assim que o casal se

tor-na colaborador de Deus tor-na obra da criação e da conservação do mundo, povoando com os filhos a terra e o céu (Gn 1,28)! Verdadeiramente o casal e especialmente o casal cristão são a obra mais bela da Criação!

Aqui está, caríssimos casais, a perspectiva para onde deve orientar-se a nossa atenção quando falamos hoje do sentido da nossa missão como movimento: não se trata so-mente de sair, mas de transmitir um testemunho que só é possível dar se o vivermos. Mas isto não é fácil, bem o sabemos. Tanto os conselheiros espirituais como os casais, temos a necessidade de estar bem alicerça-dos na graça, segundo a palavra do Senhor:

Sem Mim não podeis fazer nada” (Jo 15,5). É para nos ajudar nesta espiritualidade e nesta missão que o Movimento coloca à nossa dis-posição a metodologia dos pontos

concretos de esforço, dos quais eu

tenho sobretudo insistido em dois, e não me canso de o fazer, como sa-beis. Sede fiéis a todos eles, mas es-pecialmente à oração conjugal e ao

dever de sentar-se.

Deus vos abençoe e vos proteja, pela intercessão de Nossa Senhora.

P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj CE da ERI

(17)

O terceiro capítulo da Exorta-ção Apostólica Pós-Sinodal, com o título O olhar fixo em Jesus: a

vocação da família, do número 58

ao 88 do documento, expõe a vo-cação da família de acordo com o projeto de Jesus Cristo. Partindo do alegre “primeiro anúncio” (n. 58), o ensinamento sobre o matri-mônio e a família deve “se inspirar e transfigurar à luz deste anúncio de amor e ternura, se não quiser tornar-se mera defesa de uma doutrina fria e sem vida”, tornan-do-os compreensíveis somente “à luz do amor infinito do Pai, que se manifestou em Cristo entregue até o fim e vivo entre nós” (n. 59). É possível destacar os seguintes pontos presentes neste capítulo, que marcam a vocação da família: • A indissolubilidade do matri-mônio, ou seja, a “união in-dissolúvel entre o homem e a mulher” como o “desígnio primordial sobre o casal hu-mano” (n. 62). O fundamento está na remissão da família e do matrimônio feita por Cris-to (cf. Ef 5,21-32) e a restau-ração de ambos à imagem da Santíssima Trindade, que dá a graça necessária para tes-temunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão (n.

Igreja Católica

Amoris Laetitia

Capítulo III

63). A “aliança de amor e fi-delidade” que vive a família de Nazaré “ilumina o princí-pio que dá forma a cada famí-lia, tornando-a capaz de en-frentar melhor as vicissitudes da vida e da história” (n. 66). • A família está presente nos

do-cumentos da Igreja por meio do ensino da Gaudium et

Spes, do Concílio Ecumênico

Vaticano II (1965), nos núme-ros 47-52, e dos papas recen-tes: Papa Paulo VI, na encíclica

Humane Vitae e na exortação

pós-Sinodal Evangelii

Nuntian-di; Papa São João Paulo II, nas

encíclicas Gratissimam Sane e Familiaris Consortio; Papa Bento XVI, nas encíclicas Deus

Caritas Est e Caritas in Verita-te. Todos estes textos se

re-ferem à sacramentalidade do matrimônio, que “não é uma convenção social, um rito va-zio ou mero sinal externo de um compromisso”, mas “é um dom para a santificação e a salvação dos esposos” e uma vocação (n. 72).

• A compreensão em chave cris-tocêntrica do bem dos côn-juges (bonum coniugum) no matrimônio “compreende a

(18)

unidade, a abertura à vida, a fidelidade, a indissolubilidade e, no matrimônio cristão, tam-bém a ajuda mútua no cami-nho que leva a uma amizade mais plena no Senhor” (n. 77). • O princípio geral de discernir

bem as situações difíceis e das famílias feridas, de acordo com o número 84 da Familiaris

Con-sortio, pelo qual o “grau de

responsabilidade não é igual em todos os casos, e podem existir fatores que limitam a ca-pacidade de decisão” (n. 79). • O matrimônio, por ser uma

“íntima comunidade de vida e do amor conjugal”, está or-denado para a transmissão da vida. O filho, que é uma dádi-va e não uma dívida, nasce em meio ao amor entre o esposo e a esposa e é fruto e realiza-ção deste amor. Por isso, deve ser evitada a mentalidade que reduz a geração da vida aos projetos individuais dos espo-sos (n. 82).

• É preciso redescobrir a men-sagem da encíclica Humane

Vitae do Beato Papa Paulo VI,

que “sublinha a necessidade de respeitar a dignidade da pessoa na avaliação moral dos métodos de regulação da na-talidade” (n. 82).

• O aborto é uma contradição com a família, pois ela é o “santuário da vida, o lugar onde a vida é gerada e

cuida-da”. O aborto nega e destrói a vida humana (n. 83).

• A educação dos filhos é, hoje, um verdadeiro desafio com-plexo e difícil por causa da “realidade cultural atual e da grande influência dos meios de comunicação” e se man-tém como “dever gravíssimo” e “direito primário dos pais”, que ninguém deveria preten-der tirar (n. 84). O Estado ofe-rece um serviço educativo de “maneira subsidiária” e a es-cola não substitui os pais, mas complementa (id.).

• A Igreja vê as famílias que per-manecem fiéis aos ensinamen-tos do Evangelho com profunda gratidão, pois nelas “torna-se credível a beleza do matrimônio indissolúvel e fiel para sempre” (n. 86). A Igreja é a “família de famílias”, enriquecida pela vida de todas as Igrejas domésticas (cf. Lumen Gentium, n. 11). En-quanto as famílias são um bem para a Igreja, a própria Igreja é um bem para a família: há uma reciprocidade, pois a pre-servação do dom sacramental compete às famílias e à Igreja (n. 87),

enquan-to “o amor vivido nas famílias é uma força permanen-te para a vida da Igreja” (n. 88).

Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann Setor E, Porto Alegre-RS

(19)

Palavra do Papa

Na última semana do ano litúrgico de 2016 o Papa Fran-cisco fez-nos refletir sobre o fim, porque haverá um fim: um fim do mundo e um fim de cada um de nós. Na liturgia daquele dia Francisco abordou três tipos diferen-tes de vozes. A primeira voz propos-ta por Francisco o brado em voz alpropos-ta

do anjo, (Ap 18,1-2.21-23; 19,1-3.9)

“caiu a Babilônia” que como expli-cou o Papa a Babilônia que semeava

a corrupção nos corações das pessoas e leva-nos a todos pelos caminhos da corrupção. A corrupção é o modo de viver na blasfêmia, não há Deus, mas há o deus dinheiro, o deus bem-estar, o deus exploração. O Pontífice

pros-seguiu afirmando que esta Babilônia

seduz os grandes da terra mas alguns não caem e são santos, então por causa destes santos esta civilização cairá e o brado do anjo é um grito de vitória: “Caiu”. Assim acaba a Ba-bilônia que enganava com as suas seduções. E o império da vaidade, do orgulho cairá, como caiu Satanás.

A segunda voz foi narrada por João no mesmo trecho do Apoca-lipse: “Depois disto, ouvi como que

uma voz poderosa de uma grande multidão no céu que dizia: “Aleluia! Salvação, glória e poder são do nosso Deus”. E contrariamente ao brado do anjo, que era um grito de vitória por-que esta cidade corrupta tinha caído, explicou o Papa há o brado da mul-tidão, do povo de Deus, o brado de louvor: Salvação, glória e poder são do nosso Deus, porque verdadeiros e

justos são os seus julgamentos. Esta,

disse o Pontífice, é a voz poderosa

da adoração, da adoração do povo de Deus que se salva, e também do povo a caminho que ainda está sobre a terra. O povo de Deus, continuou, é pecador, mas não corrupto: pecador que sabe pedir perdão, pecador que procura a salvação de Jesus Cristo. E este povo rejubila quando vê o fim: é a alegria da vitória no povo de Deus que se faz adoração, é a voz podero-sa da adoração. A nospodero-sa atitude deve ser sempre positiva. Não podemos permanecer com o primeiro brado do anjo se não houver o outro, esta voz poderosa da adoração de Deus, o Senhor. Portanto, o primeiro grito é a queda e o segundo é a adoração. Mas para poder adorar devemos co-meçar aqui a fazer a adoração e para os cristãos não é fácil adorar: somos

bons quando rezamos pedindo algo,

quando agradecemos ou rezamos pelos outros. Mas adorar, a oração de adoração, de louvor, aquela não é fácil, frisou o Pontífice. Por isso de-vemos aprendê-la, dede-vemos apren-dê-la desde agora para não ter que a aprender depressa quando chegar-mos lá.

Enfim, a terceira voz proposta pelo Papa não é um brado nem uma

voz poderosa: é uma voz sussurrada, é um sussurro. De fato, lê-se no

tre-cho do Apocalipse: “Então o anjo

dis-se-me: Escreve, bem-aventurados os que são chamados ao banquete das núpcias do Cordeiro!” O convite do Senhor é sempre uma voz sussurra-da, é uma voz suave, como diz o livro

(20)

dos Reis. Deus fala a Elias, com “um fio de silêncio”: que bonito! A voz de Deus, quando fala ao coração, é as-sim: como um fio de silêncio, o sus-surro de Deus. É precisamente aquele convite, aquela promessa que nos fez, ao povo: “Por isso a atrairei, con-duzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração”, com esta voz suave. E este convite será, afirmou o Papa, o fim, a nossa salvação: convite ao banquete de núpcias do cordeiro. Isto faz-nos pensar que aqueles que conseguiram participar do banquete, segundo a parábola de Jesus, não foram os con-vidados que se recusaram a ir; são os que estavam na encruzilhada dos caminhos, bons e maus, cegos, sur-dos, aleijasur-dos, todos nós pecadores, mas com suficiente humildade para dizer: “Sou um pecador e Deus salvar-me-á”. E se tivermos isto no coração, ele convidar-nos-á; ouviremos este sussurro, esta voz sussurrada a nós,

este fio de um silêncio sonoro que diz: “Vem, vem ao banquete”. E

en-tão, concluiu o Papa, o Senhor nos dê esta graça de esperar aquela voz, de nos prepararmos para ouvir esta voz: “Vem, vem, vem servo fiel, pecador mas fiel: vem, vem ao banquete do teu Senhor”.

Caros amigos, o Papa Francisco refletiu nessa homilia que os santos serão os que vencerão o mal e que o chamado para salvação virá de um sussurro de Deus. Desta forma pro-pomos a seguinte reflexão: a Oração Conjugal e Meditação estão nos au-xiliando a melhor escutar a voz de Deus e a nos conduzir pelo caminho da santidade?

Adaptado da homilia do Papa Francisco em 24 de novembro de 2016 na Casa Santa Marta.

Cristiane e Brito CR Comunicação Super-Região Brasil

(21)

No dia 22 de novembro de 2016 realizou-se em Itumbiara o Encon-tro de Conselheiros Espirituais da Região Goiás Sul, Província CenEncon-tro- Centro--Oeste. O encontro contou com a presença de 23 Conselheiros Espiri-tuais, entre sacerdotes e religiosas. Foi uma bênção ver reunidos tantos conselheiros, representando 9 Setores da Região Goiás Sul. O encon-tro iniciou com uma celebração presidida pelo Sacerdote Conselheiro Espiritual da Região, Pe. José Oslei, e os assuntos abordados foram a história e estrutura do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, a missão e as funções do Conselheiro Espiritual, o Conselheiro Espiritual e a equipe, e o testemunho de um casal sobre a relação da equipe com o Conselheiro Espiritual. Houve ainda um momento em que os Con-selheiros foram convidados a, em grupos, discutirem sobre algumas perguntas sugeridas e, depois, apresentarem suas considerações em plenário. Ainda participaram do encontro vários casais equipistas que carinhosamente vieram acompanhar seus conselheiros. Demos graças a Deus por esta oportunidade em que estivemos reunidos num convívio fraterno com estes conselheiros, representantes de Cristo em nossas equipes, e que unidos ao sacramento do matrimônio geram tantos fru-tos ao nosso Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

Meire e Gilson CR Região Goiás SUL

Itumbiara-Go

vida no movimento

ENCONTRO

DE CONSELHEIROS ESPIRITUAIS

(22)

“É assim a geração dos que

buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.”(Sl. 23) Os eleitos da Senhora da Assunção, em atitude de en-contro e comunhão, reuniram-se no Enen-contro Províncial em Belo Horizonte, sob as fortes chuvas de novembro, em busca da salvação prometida aos filhos sedentos da Misericórdia.

Em um clima de doação sacramental, matrimônio e sa-cerdócio, conforme a profecia de Pe. Caffarel, em oração e formação, demoliram os muros do medo, insegurança e egocentrismo com a força da partilha; e, despertos, proje-taram pontes de fidelidade: “É preciso planejar a vida de

modo que Deus faça parte dela!“. (Frei Arthur)

E unidos à Virgem, luz que encaminha para a Luz, os desa-fios pastorais da família na contemporaneidade ficaram visivel-mente menores, diante daqueles vividos nos tempos idos de 1938. Naquela ocasião de guerra, os casais da Primeira Hora, mesmo desafiados, foram perseverantes na valentia dos valores

A PRECIOSA BUSCA:

ENCONTRO PROVINCIAL LESTE 2016

(23)

evangélicos, deixaram pegadas de testemunho no acompanha-mento conjugal e familiar, na arte da convivência, escuta do outro, fé criativa, compromisso comunitário e exercício de ab-negação. “Isto não é meu, nem seu, para que seja nosso!”(Sto. Agostinho).

Somente revestidos pela graça da oração colhem-se os frutos dos PCEs e passa-se de complicadores a facilitadores, pois o amor sacramental produz algo diferente no mundo da família, com a ternura do diálogo e o tempo gasto com o sofrimento do outro. “Temos que virar evangelho vivo, neste

mundo que desafia nossa fé, ética e esperança; e fazer a san-tidade criar raízes em pleno mundo moderno” (Hermelinda e

Arturo, CSRB).

Bem assim, sem preguiça e acomodação ou desespero e ansiedade, é possível por pura graça divina viver um ministério que salva a muitos, na alegria do Senhor. Esta é a ponte para a santidade: o amor é o meio para se tornar evangelho vivo. Isto requer sempre avanços e não retrocessos, na busca constante, fiel e persistente de se configurar à vontade de Deus.

Sustentados pela graça dos sacramentos que casam a alma humana com Deus, progressivamente, num matrimônio es-piritual capaz de fazer com que a vida seja uma constante oração, ressaltam-se, neste ponto, a preciosidade e a força, sobretudo da confissão, como sacramento de adiantamento na vida espiritual das ENS. E com ajuda dos SCEs os casais podem e devem viver a feliz experiência de rasgar o coração para Deus, mantendo aceso o amor à Igreja, como Maria. E “Devoção é imitação! Não é para admirar, é para imitar”. (Pe. Fabio, SCE ES)

Imbuídos da motivação necessária para se debruçar na

Amoris Laetitia do Papa Francisco e propagá-la com fé e

es-perança renovada às famílias, cada casal presente, saciado pela salvação que vem do Alto, como terra sedenta que aco-lheu a chuva, pode retornar à sua comunidade cristã, con-victo de que será preciso ser ponte para vencer obstáculos, em nome de Jesus!

Felizes os puros no coração porque verão a Deus. (Mt 5,8) Seja 2017, repleto de bem-aventuranças, nas ENS.

Bete e Guinho CRR Minas II

(24)

No ano de 2016, tivemos 9 Encontros de Equipes Novas, nas diversas regiões da Província Sul I, passaram por nós 292 casais novos no Movimento. Que energia boa!

Ao transmitirmos o conteúdo pro-posto, conjugando com o nosso tes-temunho e dos demais casais forma-dores, obtivemos excelentes oportuni-dades de crescimento, no aprofunda-mento nos docuaprofunda-mentos e aproveita-mento das maravilhas que o amor de Deus prepara para nós. Quanto mais se conhece, mais se ama.

Amor que se espalha é amor que se colhe e como tem sido boa nossa colheita: amor, carinho, o acolhimento que temos recebido é de emocionar. De todos: casais novos, casais regionais, casais res-ponsáveis de setor e suas equipes de trabalho, conselheiros, acolhe-dores, uma alegria sem fim. Ao fi-nal de cada encontro, saímos com o coração a explodir, pelo simples fato de termos respondido ao cha-mado para testemunhar as mara-vilhas que o Senhor fez em nossas vidas.

Temos a certeza de que nosso

PROVÍNCIA SUL I

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS

Movimento não acabará jamais, pois a despeito de um mundo frio, individualista e egoísta, existe um imenso número de casais buscando apoio para manter vivo seu amor conjugal e valorizar o sacramento do Matrimônio, sinal do amor de Deus por nós, cristãos casados.

Conforme disse Santo Agosti-nho: “Hoje em minha vida, o que me faz vibrar e que me constrói são as minhas decisões”, deseja-mos que, a cada dia, mais e mais casais tomem a decisão de viver a santidade conjugal e um dos cami-nhos, nós sabemos, é através das Equipes de Nossa Senhora.

“Que a alegria da Boa Nova que tivemos a oportunidade de co-nhecer e proclamar nos faça par-ticipar da esperança e da certeza da Salvação, fazendo de nós tes-temunhas vivas daquilo que anun-ciamos, porque o homem contem-porâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres”. (Evangelii Nuntiandi, 41)

Carmem Silvia e João F. Bacciotti CR Formadores - EEN Província Sul I

(25)

Realizado no período de 21 a 23 de outubro 2016, na cidade de Brodowski-SP, nosso Encontro Províncial, onde, mais uma vez,

tornou-se a fonte onde pudemos nos abastecer para a caminhada em missão.

Tomaram posse neste encontro 13 novos CRS das seis regiões de nossa Província. A Missa de posse foi presidida pelo Pe. Fábio Marsaro de Paula, SCE da Região SP Norte I, e concelebrada por vários SCE.

Nosso encontro foi agraciado por Deus. Tudo transcorreu na mais perfeita harmonia. Os temas abordados através de palestras; vídeos, apresentações e flash foram ao encontro das expectativas e todos ficaram muito motivados, com destaque especial para o Tema do Ano, que traz uma reflexão atualíssima.

Concluímos dizendo que tudo transcorreu conforme o progra-mado. Não temos dúvida em afirmar que:

“O PODEROSO FEZ, FAZ E CONTINUARÁ FAZENDO MARAVI-LHAS EM NOSSAS VIDAS”.

Wanda e David CR Região - SP Norte I Província Sul II ii

ENCONTRO PROVINCIAL

PROVINCIA SUL II

(26)

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS

Recebemos o convite, para parti-cipar do EEN do nosso CRE, pois es-tamos há um ano e meio no Movi-mento, em uma equipe de 16 anos de caminhada. Tudo nos dizia que não poderíamos participar, a saúde do Osvaldo, que há três meses, por um acidente doméstico, perdeu a visão, eu que não me sinto à von-tade dirigindo na cidade, e tantas outras desculpas nos levariam a di-zer não. Mas a responsabilidade e o sentimento, que Deus nos guia, nos fez dizer SIM. A partir de nossa resposta, nossos irmãos de equipe nos ajudaram a fazer o caminho do encontro, de forma particular me deixando tranquila e firme em nos-so propósito de participar do EEN. Chegou então o dia! Fomos recep-cionados calorosamente e com mui-to carinho, o que fez com que não ficássemos à margem, como em

al-guns momentos correram os nossos pensamentos, devido a nossa situa-ção. Pelo contrário, nos sentimos, sim, pertencentes ao grupo e como se estivesse enxergando tudo, as-sim diz o meu marido. A preocu-pação, com nosso pouco estudo e jeito simples de ser, caiu por terra e nos sentíamos iguais a todos, sem distinção de mestres e ouvintes. E sendo assim, pudemos ouvir ain-da mais forte o chamado de Deus, para sermos equipistas. Percebe-mos que fazer parte das equipes, só nos faz crescer e nos traz força para as adversidades de nossa vida. Foi um final de semana de graça, onde sentimos a força de nosso batismo se avivar, com isso cresce-mos na fé. Senticresce-mos a unidade no matrimônio, e o renascer do amor de Cristo vivificado em nossas vidas. Aprendemos muito e

(27)

te que o equipista precisa conhecer o Movimento, e por isso viemos para casa com mais quatro livros, para estudarmos e estarmos atentos às palavras de nosso querido fundador, Padre Henri Caffarel. O depoimento de cada casal e SCE sobre a Mística e o Carisma do Movimento, a humilda-de nas colocações, o acolhimento dos formadores, do CRR, e de todos os casais para conosco, nos encantou, nos mostrou que não devemos nos apegar às nossas fraquezas e sim nas nossas virtudes. Como mensagem, nos dirigimos a todos que receberam

ou irão receber o convite para parti-cipar do EEN e dizer: Casais, sejam fiéis às ENS, acolham este momento que vos é preparado, perseverem e mergulhem de verdade na espiritua-lidade que o Movimento nos oferece. Pois neste mergulho,encontraremos verdadeiramente o Rosto de Cristo. Mas, para isso, precisamos ser casais de oração e ter a certeza de que as ENS são uma família dentro da nossa família.

Mari e Osvaldo Eq. N. S. da Saúde

Província Sul III

O Movimento vem produzindo um rico acervo de assuntos e temas sejam com respeito às regras do Movimento, como questões comportamentais, valores, princípios, educativos, in-formativos, etc.

Eles foram criados pelos próprios equipistas e foram sendo compilados nos diversos documentos do Movimento, especial-mente na Carta Mensal, cujo volume é expressivo (de 400 a 500 artigos por ano).

Como acessar tudo isso?

Anteriormente não tínhamos outra alternativa a não ser abrir os documentos em papel, folhear e procurar, por vezes utilizando o índice dessas publicações. Um trabalho duro e que certamente limitava a extensão da pesquisa. Além do fato que tínhamos que copiar à mão os conteúdos.

Hoje podemos fazer tudo isso muito mais rapidamente com maior penetração, com grande produtividade.

Temos hospedados no site das ENS do Brasil as Cartas Men-sais desde 1981, ou seja, 322 Cartas contando a história dos últimos 36 anos do Movimento, além de muitos documentos de formação.

Todos esses documentos foram criados ou digitalizados em formato que possam ser pesquisados.

COMO POSSO PESQUISAR

ASSUNTOS NOS DOCUMENTOS

(28)

Na página principal do site

ens.org.br encontra-se a

caixa de busca. “dever de sentar-se”

A partir dela é só digitar o que está pesquisando (coloque entre

aspas se for uma expressão composta como por exemplo dever de sentar-se) e uma lista

com todos os documentos aparecerá para sua escolha.

Clicando no documento, este será carregado em seu computador. Com mais um comando, usando as

teclas CTRL e F juntas, uma caixa de procura aparecerá onde você deve digitar novamente o assunto

procurado (agora, sem aspas).

Todas as ocorrências dos termos procurados aparecerão e você poderá navegar no documento e

encontrar todas elas.

Quando encontrar um texto que queira copiá-lo, selecione o texto com o mouse, copie e cole onde

estiver trabalhando.

Conhecimento, história, experiência, evangelização disponível literalmen-te no movimento de seus dedos. Essas intruções estão detalhadas no site, na opção Carta Mensal.

Boa pesquisa e bons estudos. Aproveitem!

(29)

Dias atrás fomos “mordidos” por uma frase lida no livro “Das ENS à Casa de Oração 1903 – 1996”1. À página

97, o articulista menciona um editorial do Padre Caffarel, publicado na Carta Mensal francesa de dezembro de 1959. Lá pelas tantas lê-se: “Cuidado com o novo perigo: esvaziar as obrigações de seu espírito” para logo adiante ques-tionar, com aquele seu modo simples, duro e objetivo: “Nossas equipes irão formar cristãos ou produzir fariseus?”.

Fomos atrás do editorial intitulado “Perigo”. Para nossa surpresa não o encontramos traduzido nas nossas Car-tas Mensais. Fomos pesquisar em nosso arquivo de originais, e lá estava, com o título “Danger”.

Achamos tão apropriado para as nossas realidades que imediatamente providenciamos sua tradução e envio para a nossa Carta Mensal. Entretanto, dias depois, trocando algumas ideias entre nós dois sobre o assunto, nos ocorreu uma imagem talvez conhecida de muitos dos nossos amigos equipis-tas. Em um livro bastante conhecido da literatura mundial, chamado “O Peque-no Príncipe”,2 encontramos uma figura

bastante emblemática. Nas suas viagens pelos planetas nosso Pequeno Príncipe chega ao quinto planeta: “O quinto planeta era muito curioso. Era o menor de todos. Mal dava para um lampião e o acendedor de lampiões...[...] Quando abordou o planeta, saudou respeitosa-mente o acendedor:

- Bom dia. Por que acabas de apagar teu lampião?

- É o regulamento, respondeu o acen-dedor. Bom dia.

1 O Pe. Caffarel – Das ENS à Casa de Oração 1903-1996. SRB ENS, Nova Bandeira. 2 O Pequeno Príncipe. Antoine de Saint-

Exupéry. Editora AGIR, 25a edição, 1983.

- Que é o regulamento?

- É apagar meu lampião. Boa noite. E tornou a acender.

- Mas por que acabas de o acender de novo?

- É o regulamento, respondeu o acen-dedor.

- Eu não compreendo, disse o principe-zinho.

- Não é para compreender, disse o acendedor. Regulamento é regula-mento. Bom dia. E apagou o lampião. Quantos de nossos equipistas não seriam meros cumpridores de regula-mentos? Os regulamentos são neces-sários e fundamentais, mas temos que ter em conta que eles não foram criados pelo Pe. Caffarel e seus primeiros cola-boradores para dizer que as Equipes de Nossa Senhora têm suas normas, suas regras. Ao criá-las o Pe. Caffarel tinha algo em mente, e era justamente o seu espírito. “Fazendo” simplesmente as coisas solicitadas pelo Movimento é estar na mesma condição do acende-dor de lampiões: cumprindo regrinhas. Viver a proposta, os métodos, a peda-gogia do Movimento é “vivenciar” o seu Espírito, que é muito diferente de cumprir regras. É, entre outras coisas, inclusive, caminhar para “águas mais profundas” como sempre pediu o sau-doso São João Paulo II. É preciso olhar as realidades do bairro em que se vive, das paróquias, das cidadezinhas ao redor. Que tal realizarmos Experiências Comu-nitárias com o intuito de formar casais que tenham ideais mais elevados, que se eles quiserem continuar a caminhada poderão desfrutar das maravilhas que as equipes nos propõem. MAGNIFICAT!

Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário

Piracicaba-SP

raízes do movimento

(30)

Estamos completando 40 anos de pertença às ENS de Fátima, Setor B, da cidade de Sorocaba/SP.

Muitas são as memórias que trazemos seladas em nosso cora-ção. Queremos recordar hoje algumas do tempo em que estivemos na responsabilidade da Super-Região Brasil. Em tudo fomos con-duzidos nas asas do Senhor que nos ditava os caminhos, suscitava iniciativas e supria as necessidades com tanta gente dedicada, tanta gente que até perdemos a conta. Recordávamos, até com uma pi-tada de orgulho, que convidamos ao serviço das ENS muitos Regio-nais, Provínciais e até o casal para nos substituir na Super-Região e jamais ouvimos um único “NÃO”. Talvez nos tenha passado desavi-sadamente pela cabeça que tivéssemos tido alguma habilidade no convite ou algum prestígio perante os convidados. Enfim, quando se recebe um “SIM” ao convite de que fomos portadores é sempre motivo de alegria e, por que não dizer, um alívio por ter encontrado um coração generoso ao serviço.

Passaram os anos e agora o apelo de Deus coloca-nos na Dire-ção Nacional das Comunidades Nossa Senhora da Esperança. Um apelo que já nos encontra em época em que sonhamos diminuir os passos, que começamos a sentir o peso da idade, enfim, quando de alguma maneira falta-nos coragem para enfrentar um desafio novo e, por que não dizer, desconhecido: cuidar das pessoas viúvas e pessoas sós.

Dona Nancy, fundadora destes dois Movimentos no Brasil (ENS e CNSE), sonhara que dos quadros equipistas sairiam os voluntários para abraçar esta causa como, aliás, têm saído. Mas neste parti-cular os caminhos de Deus para nós têm sido outros. Tivemos de aprender a sofrer as constantes recusas aos apelos, a suportar o peso que um “Não” pode nos causar.

Tivemos de aprender as razões dessas recusas, que vão desde um inconsciente temor de tratar de uma viuvez ou solidão que não queremos para nós, recusas que passam pela sobrecarga de com-promissos que muitos de nossos irmãos equipistas já assumiram no Movimento das ENS ou em trabalhos pastorais, e até mesmo aque-les que simpaque-lesmente não têm vontade de ajudar neste trabalho.

Da antítese dos uníssonos “SIM” e dos rotineiros “NÃO”, quan-do estes últimos nos martelam a cabeça, eis que surge sempre a Providência Divina para não nos deixar perder o embalo. Sem

(31)

tensões por nós determinadas, sem projetos específicos, sem con-vites personalizados, eis que vem a bênção de Deus. Esta tem sido a aventura das CNSE, uma pequena semente de vida que floresce e deita suas raízes por mais de 80 cidades deste nosso País.

O exemplo mais recente dessa bênção aconteceu nas terras do Mato Grosso do Sul. A Olga do Nei (falecido há pouco mais de um ano), e que foram casal responsável pela Província Centro-Oeste, chama-nos para dizer de sua disponibilidade em revitalizar as CNSE em Campo Grande/MS. Na mesma semana, igualmente sem qual-quer iniciativa nossa, liga-nos um casal jovem da cidade de Maraca-ju (Josiane e Juliano) a 160 km de Campo Grande, dizendo ter sido tocado pela proposta do trabalho com as viúvas e pessoas sós e que estavam prontos a implantar ali o Movimento.

Que a bênção do Senhor recaia sobre as pessoas generosas que se deixaram cativar pelo apelo mudo que sai do coração de tantos que esbarram com o fardo da solidão.

Que sua atuação seja uma bênção para nossas viúvas(os), se-paradas e solteiras de certa idade, que merecem ser alcançadas pela misericórdia de Deus, e da qual podemos ser os portadores, simplesmente pondo-nos alegremente a serviço.

Silvia e Chico Coordenação Nacional da CNSE

(32)

testemunho

Participo das Equipes de Nossa Senhora há 8 anos, mas apesar de sempre ouvir sobre a importância de ler e estudar os textos do Pa-dre Caffarel acabava lendo um ou outro que estavam nos livros tema do ano.

Foi somente neste ano de 2016 que impulsionado pelos testemu-nhos de vida de alguns casais equi-pistas, os quais via e ouvia nos mo-mentos de formação e outros en-contros do movimento, que decidi tentar entender o que estes casais tinham visto no Movimento e que eu ainda não conseguia ver.

Achei por bem escolher um ca-minho, e este passava por entender o pensamento do Pe. Caffarel sobre o Movimento e o matrimônio

Conversar com ele não era mais possível, então resolvi ler seus tex-tos. Pensei, se eu ler vários livros, em algum momento vou começar a encontrar uma ligação entre eles. Uma ideia comum a todos e então entenderei seu pensar.

Alguns poderiam dizer por que não ler o Discurso de Chantilli, este contém todo o pensar, o desejo e as preocupações do Padre Caffa-rel sobre o Movimento. Porque eu queria mais. Ele fez este discurso já na última fase de seu serviço frente ao Movimento, mas o que o ajudou a construir os alicerces deste está nos textos anteriores.

Pois bem, passei o ano refletin-do e escrevenrefletin-do sobre os textos que lia, até que a pedido e por

in-COMO OS LIVROS

DO PADRE CAFFAREL NOS AJUDAM

dicação do equipista Carlos Eduar-do, comecei a ler o livro “Nas En-cruzilhadas do Amor”. Foi como se encontrasse a massa que uniria os tijolos de uma parede.

Neste livro é possível conhe-cer as reflexões do Pe. Caffarel enviadas a casais ou apenas seus pensamentos sobre situações vi-vidas por ele ou por casais que acompanhava.

Pude perceber que há sim uma ideia central perpassando todo o texto. Não foi fácil chegar a ela. Precisei primeiro abandonar outra ideia que parecia ser a correta.

Após ler mais de dois terços do livro, estava pronto a concluir que a ideia dele era mostrar as três atitu-des de vida que deveriam ser bus-cadas para se alcançar a santidade conjugal. Mas o último bloco de textos mostrou que estava engana-do. A ideia era mais profunda.

Para o Padre Caffarel, o casa-mento é (ou deveria ser) sinal do amor de Deus pela humanidade e este relacionamento entre o Ho-mem e Deus pode ver-se refletido na relação homem-mulher unidos pelo sacramento do matrimônio.

Fui então retomando os textos e observando como se dava esta re-lação e cada um deles revelava um novo componente, como o conhe-cer, o buscar, o abrir-se, o acreditar, o perdão, o amor incondicional. Todas estas e outras mais, pare-cem mostrar como o Padre Caffarel olhava para os casais. E não tenho

(33)

provas, pois considero que ainda preciso estudar muito suas obras, mas estes componentes estão re-fletidos no Carisma e Mística do Movimento.

Reunir-se em nome de Cristo, ajudar-se mutuamente e dar teste-munho. Os textos deste livro con-vocam (às vezes sutilmente, outras de forma mais enfática) os casais a buscar a Deus, a ajudarem-se mutuamente e darem testemunho com a vida do amor que existe en-tre eles e do quanto Deus é impor-tante na vida dos dois.

Assim, depois de nos mostrar, durante o decorrer do livro, como melhorar nossa relação com Deus e o cônjuge, e como esta relação é parecida nos dois últimos textos, Pe. Caffarel nos deixa alguns reca-dos importantes.

Em “Se Ouvir Sua Voz”, Pe. Caffarel nos alerta: “...Cuidado

com as trapaças do espírito e do coração. Sejam verdadeiros filhos de Deus, fazendo-lhe o favor de acreditar que não pede coisas não razoáveis. Estejam sempre

pron-tos a se deixar contratar e a partir, sem apelar para direitos, sem pe-dir adiamentos, sem demorar”. Ou

seja como José e Maria, estejamos prontos, não inventemos desculpas e aceitemos nossa missão quando Deus nos convocar, seja em qual-quer fase de nossa vida. Tem tantos casais que acham que já fizeram o suficiente. Gostariam muito que lessem o texto “Os aposentados

do amor”.

E no último texto, ele nos con-vida a conhecer a “Bíblia em

Ima-gens” presente em nosso próprio

lar, na esposa, nos filhos, no pai, no amor conjugal, no dar e receber co-mum às famílias. Em tudo isso, Pa-dre Caffarel ensina: Deus se revela. Este livro não é um manual, mas dá sentido aos manuais. É leitura fundamental, que me deixou ain-da mais apaixonado por este Mo-vimento ao qual o Padre Caffarel guiado pelo Espírito Santo serviu por tanto tempo.

Erica e Marco Antonio Pedronetti Eq.13 - N. S. Desatadora dos Nós Piracicaba-SP

Referências

Documentos relacionados

Tautologia – Quando uma proposição sempre é verdadeira, o que acarreta que toda sua coluna na tabela- verdade possui somente valores Verdadeiros. Contradição – Oposto à

Civil; Bombeiros Voluntários de Almada, Cacilhas, Trafaria e Seixal; Inspecção Distrital de Bombeiros de Setúbal; Serviço Nacional de Protecção Civil; Delegação

O kit Canine Leptospira foi projetado para determinar em soros de caninos, títulos de anticorpos séricos de diferentes sorovares patogênicos de Leptospira interrogans,

Mesmo com suas ativas participações na luta política, as mulheres militantes carregavam consigo o signo do preconceito existente para com elas por parte não somente dos militares,

Ainda na última parte da narrativa, outro “milagre” acontece: Grenouille apa- rece, de súbito, em meio ao povo, destampa uma pequena garrafa que trazia consi- go, borrifa-se com

As mulheres travam uma história de luta por reconhecimento no decorrer do tempo sistematicamente o gênero masculino dominava o feminino, onde prevalecia a hierarquização do sexo

Atualmente o predomínio dessas linguagens verbais e não verbais, ancorados nos gêneros, faz necessário introduzir o gênero capa de revista nas aulas de Língua Portuguesa, pois,

A ideia da pesquisa, de início, era montar um site para a 54ª região da Raça Rubro Negra (Paraíba), mas em conversa com o professor de Projeto de Pesquisa,