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CONSELHO SUPERIOR - CONSU
RESOLUÇÃO Nº 02 DE 31 DE JULHO DE 2020
Aprova a Implantação do Ecossistema da E2A 2.0 na Instituição
O Presidente do Conselho Superior da Faculdade AGES de Tucano, professor Robson
Jose Santos Santana, no exercício de suas funções estatutárias e tendo em vista as
deliberações constantes na ata da reunião do referido órgão colegiado realizado no dia 31
de julho de 2020 e considerando a necessidade de implantar o Currículo Integrado do
Ecossistema Anima de Aprendizagem da FACULDADE AGES DE TUCANO e,
RESOLVE:
Art. 1°. Aprovar a implantação do Currículo Integrado do Ecossistema de Aprendizagem
da E2A 2.0, na Faculdade AGES de Tucano, conforme breve relato anexo.
Art. 2°. Esta Resolução entra em vigor na data de sua aprovação, revogadas as
disposições em contrário.
Registre-se. Publique-se. Divulgue-se.
ROBSON JOSE SANTOS SANTANA PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DA
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ECOSSISTEMA DE APRENDIZAGEM DA E2A 2.0
O projeto pedagógico do Ecossistema de Aprendizagem, elaborado com a participação dos coordenadores de cursos e regionais, diretores de área e de unidade e de alguns docentes do grupo Ânima de todo o Brasil, tem por objetivo aperfeiçoar, ainda mais, a alta qualidade de ensino/aprendizagem da AGES que por já trabalhar com método ativo, o currículo integrado permitirá potencializar a proposta de Educação já existente por organizar melhor os saberes das áreas de conhecimento, formando o estudante para o concorrido mundo do trabalho, em estrita observância às novas diretrizes do MEC implantadas para vários cursos nos últimos anos.
O currículo integrado foi introduzido, no 1º semestre de 2020, nas unidades de Betim, Contagem (turno manhã), Nova Serrana e Uberlândia.
A partir do 2º semestre de 2020, o Ecossistema Ânima de Aprendizagem será implantado para os alunos que atualmente se encontram matriculados na E2A 1.0, isto é, ingressantes a partir do 1º semestre de 2018.
O Ecossistema Ânima de Aprendizagem é referenciado por competências, com conteúdos integrados, permitindo a conexão entre temas afins, rompendo com a excessiva fragmentação causada pelos currículos tradicionais, estruturados na divisão em disciplinas. Buscamos, então, um currículo que busca correlacionar saberes, rompendo a distância entre teoria e prática.
O critério básico de um currículo planejado para promover a compreensão é o de que ele não transmita apenas informação. Em vez disso, o currículo deve envolver os alunos em espirais contínuas de aprendizado, que revelem conexões entre os temas tratados no projeto pedagógico do curso.
A adoção do novo projeto pedagógico coloca o estudante no centro do processo de aprendizagem, proporcionando um ensino consubstanciado no desenvolvimento de habilidades e competências, contextualizado com o mundo contemporâneo e alinhados à realidade na qual atuarão.
3 A nova estrutura busca desenvolver no estudante a capacidade analítica de forma efetiva, permitindo que ele busque conhecimentos, mas, ao mesmo tempo, aprimore suas habilidades e atitudes.
Nos preocupamos com a inserção do estudante no mundo do trabalho, propiciando uma formação completa para que ele possa atuar nas diferentes demandas do mercado, sendo um profissional adaptável a uma sociedade que está em constante transformação.
O novo plano curricular tem como marco conceitual o Ensino para a Compreensão (EpC), baseando nos seguintes elementos:
> Tópicos geradores – “Que temas os estudantes devem compreender em determinada área de conhecimento?”1
Os tópicos tem por objetivo desenvolver compreensões que proporcionam uma base para atividades mais complexas no domínio de um tema e se relacionam com questões consideradas como conceitos centrais de determinada área do conhecimento.
> Metas de compreensão – “O que os estudantes precisam compreender sobre os tópicos?”2
Enquanto os tópicos geradores delineiam a matéria que os alunos devem explorar, as metas definem mais detalhadamente as ideias, os processos, as relações ou questões que os estudantes compreenderão melhor por meio de seus estudos.
> Desempenhos – “Como podemos estimular a compreensão?”3
Os desempenhos devem ser estabelecidos a fim de buscar nos estudantes a aplicação do que compreenderam, enfatizando a capacidade do estudante de usar o que entendeu na prática.
1 WISKE, Martha Stone [et al.]. Tradução Luzia Araújo. Ensino para a compreensão: A pesquisa na prática. Porto
Alegre: Artmed, 2007. p. 53.
2______. Ensino para a compreensão: A pesquisa na prática. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 53. 3______. Ensino para a compreensão: A pesquisa na prática. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 53.
4 > Avaliação continuada – “Como podemos saber o que os alunos compreendem?”4
Os critérios avaliativos precisam estar diretamente vinculados às metas de compreensão e devem ter em vista os próximos passos e olharem para trás a fim de monitorar e avaliar o progresso dos estudantes. Dessa forma, os alunos aprendem não apenas se realizaram um bom desempenho, mas também como podem melhorar seus desempenhos, além de permitir ao professor constatar se seus estudantes estão, efetivamente, atingindo os objetivos propostos.
A matriz curricular passa a ser organizada em unidades curriculares (UC’s), que enfatizam a interdisciplinaridade e o desenvolvimento de habilidades e competências, em uma carga horária de 160 (cento e sessenta) horas por semestre.
Das 160 (cento e sessenta) horas, 120 (cento e vinte) horas são desenvolvidas em sala de aula e 40 (quarenta) horas em atividades relacionadas com a busca ativa.
As unidades curriculares são ministradas por dois professores, cada um deles com um encontro semanal com a turma.
A busca ativa tem por essência a participação do estudante como protagonista de sua formação acadêmica e se aperfeiçoa na pesquisa, propiciando um aprendizado para além da sala de aula. Seu escopo consiste no aprofundamento do estudo de temas relacionados aos tópicos geradores para alcançar as metas de desempenho propostas nos plano de ensino, por meio de atividades propostas e orientadas pelos professores. Em regra, a cada semestre o estudante cursa duas unidades curriculares, dedicando o quinto dia para a participação em projetos de extensão, que passam a integrar de forma efetiva a jornada acadêmica, em observância à diretriz estabelecida pela Resolução nº 7, de 18/12/2018, do MEC, que estabelece carga horária equivalente a, no mínimo, 10% (dez por cento) da carga horária total para atividades extensionistas.
5 A partir da conclusão de cada unidade curricular, o estudante obtém certificações, o chamado “nanodegree”, que corresponde a um “nanocertificado”, que é uma formação direcionada para o mercado de trabalho, comprovando que o aluno domina determinada área do conhecimento.
O estágio pode ser desenvolvido em unidades curriculares duais, em que o estudante desenvolve parte da carga horária na instituição e parte em empresas e instituições parceiras.
As unidades curriculares são organizadas em comunidades de aprendizagem, segmentadas em quatro níveis de experiência: o Core Curriculum, o eixo de formação por área, o eixo profissional e o eixo específico.
O Core Curriculum, adotado pelas melhores universidades do mundo, como Harvard, visa propiciar ao estudante uma formação geral e multidisciplinar, por meio de conteúdos técnicos ou do desenvolvimento de habilidades socioemocionais, promovendo a integração dos alunos de todos os cursos. O aluno pode optar pela área de seu interesse: artes, línguas, raciocínio lógico, culturas, mindfulness, dentre outras.
Além disso, integra o plano curricular o projeto Vida & Carreira, que amplia o desenvolvimento do estudante, buscando, especialmente, sua autonomia e responsabilidade em sua jornada acadêmica.
Em cada unidade curricular, serão realizadas três atividades avaliativas, denominadas A1, A2 e A3, estruturadas com base nas metas e competências previstas no plano de ensino da unidade curricular.
A A1, no valor de 30 (trinta) pontos, tem o formato de uma prova escrita, contendo de uma a três questões, com o objetivo de apurar habilidades relacionadas com a expressão da linguagem, códigos e signos da área de conhecimento.
6 A A2, também no valor de 30 (trinta) pontos, consiste em uma prova de múltipla escolha, com quinze questões, com o escopo de avaliar habilidades de leitura, interpretação, análise de informações e estabelecimento de relações.
Ambas as provas – A1 e A2 – caracterizam-se por serem avaliações somativas, nas quais se pretende diagnosticar o aprendizado e analisar o grau de domínio do estudante em uma área de aprendizagem.
A A3, no valor de 40 (quarenta) pontos, realizada por meio de um projeto a ser desenvolvido pelo estudante, individualmente ou em grupo, caracterizando-se por ser um processo avaliativo formativo, com a previsão de entrega de um produto final. Os professores devem se atentar para a fixação de critérios e requisitos para os estudantes de forma clara, além de utilizarem-se do desenvolvimento de habilidades socioemocionais do aluno. Todas as atividades avaliativas devem basear-se nas metas e competências previstas no plano de ensino da unidade curricular.
O estudante que não obtiver 70% de desempenho para aprovação, deverão fazer a Avaliação Integrada (AI), que tem o valor de 30 (trinta) pontos e substitui a avaliação de menor nota (A1 ou A2). A avaliação acontece no início do primeiro mês do semestre seguinte, ou seja, em fevereiro ou agosto.
